Requisitos de Ferramentas Especializadas de Gestão de Configuração de Software
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- Débora Osório Beretta
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1 Requisitos de Ferramentas Especializadas de Gestão de Configuração de Software Ricardo Terra 1 1 Departamento de Ciência da Computação Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Campus da Pampulha Belo Horizonte MG Brazil Abstract. TODO: Traduzir o resumo. terra@dcc.ufmg.br Resumo. TODO: Fazer o resumo de até 10 linhas. 1. Introdução Gestão de Configuração do Software (GCS) pode ser definida como o controle da evolução de sistemas complexos. Mais especificamente, é a disciplina que permite controlar o desenvolvimento contínuo de sistemas de software, o que contribui diretamente para a melhoria de qualidade e para o cumprimento de prazos [Estublier 2000, Sommerville 2006, Pressman 2009]. A definição padrão dada pelo IEEE Standard destaca os seguintes requisitos indispensáveis a uma ferramenta de GCS: (i) Identificação, que consiste em tornar o produto único e acessível de alguma forma; (ii) Controle, que consiste em mecanismos para garantir um produto consistente mesmo com as alterações realizadas durante todo o seu ciclo de vida; (iii) Estatística, que consiste no armazenamento e no reporte de informações essenciais do produto; (iv) Auditoria e Revisão, que consiste em validar a totalidade do produto e garantir que o produto seja uma coleção bem definida de componentes [Stardard 1987]. Contudo, os requisitos de GCS se diferem de organização para organização. Em certas situações, um problema de gestão de configuração não pode ser solucionado simplesmente pela compra de uma ferramenta. Assim, uma das possíveis soluções para esse problema seria o desenvolvimento de um sistema específico voltado à organização, o que é caracterizado como uma tarefa árdua, além de demandar uma série de recursos. Até o momento, uma das melhores soluções para esse problema consiste em selecionar a ferramenta que mais se adequa aos requisitos da organização e desenvolver apenas os requisitos que não são bem atendidos pela ferramenta selecionada [Kilpi 1997]. Uma das linhas de pesquisa de GCS consiste em comparar as ferramentas de GCS em relação ao atendimento a determinados requisitos de uma dada organização [Kilpi 1997]. Por outro lado, este artigo tem como objetivo principal levantar e analisar os requisitos de ferramentas especializadas de GCS em diferentes paradigmas de desenvolvimento, como em Corporações de Software Virtuais (VSC), em Linhas de Produto de Software (SPL), em Desenvolvimento baseado em Arcabouços Tradicionais, em Desenvolvimento baseado em Arcabouços Transversais (CFs) e em Desenvolvimento de Software de Código Aberto. Assim, o intuito é prover um estudo sobre quais são os requisitos de ferramentas especializadas de GCS e como uma
2 organização poderia se estruturar para que possa se beneficiar das ferramentas existentes [Arimoto et al. 2008, Thao et al. 2008, Cocchio and Puttero 1999, Cagnin et al. 2007, Soares et al. 2000, Junqueira and de M. Fortes 2004]. 2. Modelos e Características de Ferramentas Especializadas de Gestão de Configuração de Software É importante mencionar que as ferramentas existentes de GCS, como RCS, CVS, SCCS, SourceSafe e Subversion, possuem grande parte de suas funcionalidades utilizadas pelas ferramentas especializadas de GCS. O que ocorre é que as ferramentas especializadas de GCS geralmente complementam essas funcionalidades básicas através da inserção de novas funcionalidades que são indispensáveis ao seu contexto de utilização. Para a analise dos requisitos de ferramentas especializadas de GCS, foram selecionados cinco contextos diferentes de utilização: Corporações de Software Virtuais - VSC: Corporações de Software Virtuais (VSC - Virtual Software Corporations) são criadas com o intuito de criar produtos de software e/ou serviços a partir de recursos de diversas empresas que participam em uma aliança estratégica. Além disso, o conceito de VSC está ganhando aceitação em empresas de alta tecnologia e é um contexto de utilização particularmente relevante na indústria de sistemas de software. [Cocchio and Puttero 1999]. Linhas de Produto de Software - SPL: A abordagem de Linhas de Produto de Software (SPL - Software Product Lines) é projetado para melhorar o gerenciamento da variabilidade de um produto devido a necessidade de diferentes funcionalidades, implantação em diferentes plataformas, desejo de diferentes atributos, etc. A principal prática nesse paradigma é a derivação de produtos, que consiste na construção de um produto de software a partir de um conjunto base de núcleos ativos constituído de arquitetura, projeto e código reutilizáveis [Thao et al. 2008]. Desenvolvimento baseado em Arcabouços Tradicionais: Um arcabouço é uma coleção de classes que utiliza um projeto abstrato e reutilizável de soluções para uma família de problemas relatados em um domínio particular. Esses arcabouços permitem o reúso tanto do projeto quanto do código, o que faz com as aplicações resultantes sejam mais confiáveis, pois os componentes utilizados para construir as aplicações foram cuidadosamente testados e já foram provavelmente já utilizados por outras empresas. Além disso, é dito que o desenvolvimento utilizando arcabouços é realizado mais rapidamente e com menos esforço [Cagnin et al. 2007]. Desenvolvimento baseado em Arcabouços Transversais: Considerando a definição de um arcabouço previamente fornecida, um Arcabouço Transversal (CF) é um termo que foi criado para mais precisamente representar os mais comuns tipos de arcabouços orientados a aspectos encontrados na literatura, que incluem um único requisitos transversal, como persistência, criptografia, segurança, etc [Arimoto et al. 2008].
3 Desenvolvimento de Software de Código Aberto: Antigamente, um produto de software era desenvolvido por um único desenvolvedor, que possuia controle total sobre o processo de desenvolvimento, ou por um única empresa, que já necessita de diversas ferramentas de comunicação que são utilizadas para planejar e coordenar as equipes de desenvolvimento. Contudo, no desenvolvimento de software de código aberto, ferramentas de coordenação de grupos e de comunicação são indispensáveis, uma vez que a evolução do software ocorre pela contribuição de desenvolvedores geograficamente distruibuídos que podem entrar e deixar o projeto muito rapidamente. [Soares et al. 2000, Junqueira and de M. Fortes 2004]. 3. Requisitos Nesta seção, foram levantados uma lista de requisitos indispensáveis a cada um dos contextos de utilização analisados Corporações de Software Virtuais - VSC Em VSC, existe uma preocupação principalmente com a distribuição e a segurança dos recursos Linhas de Produto de Software - SPL Ao se trabalhar com Linhas de Produtos de Software em que durante a derivação de produtos, os componentes tanto do núcleo ativo quanto dos produtos de software derivados são modificados a fim de atender necessidades de diferentes funcionalidades, plataformas, atributos de qualidade, etc. Contudo, as ferramentas existentes de GCS não atendem bem ao processo de derivação em LPS [Thao et al. 2008]. Neste caso, existe uma preocupação em propagar alterações, como acertos e novas funcionalidades, dos núcleos ativos para os produtos já derivados Desenvolvimento baseado em Arcabouços Tradicionais Nesta forma de desenvolvimento, o controle de versão é mais complexo que o desenvolvimento tradicional de software, devido a necessidade de não controlar somente as versões dos arcabouços, mas também as aplicações geradas a partir dela. O controle de versões dos arcabouços deve ser realizado com uma atenção especial, uma vez que evoluções de arcabouços podem alterar seu projeto e, consequentemente, o projeto de aplicações dependentes. Como resultado, essas aplicações podem não funcionar adequadamente no novo projeto e comportar de modo não esperado [Cagnin et al. 2007] Desenvolvimento baseado em Arcabouços Transversais Um outro exemplo seria no desenvolvimento baseado em arcabouços transversais. Enquanto o desenvolvimento baseado em arcabouço convencionais em que uma aplicação é obtida pela instanciação de um arcabouço, fazendo a aplicação dependente deste arcabouço. Desse modo, uma arcabouço pode ter várias versões e cada uma delas e cada uma delas pode ser utilizada para desenvolver várias versões de várias aplicações. Por outro lado, o desenvolvimento baseado em CFs, a aplicação pode ser desenvolvida pelo suporte a diversos CFs, on de cada um suporta o desenvolvimento de uma parte ou funcionalidade de uma aplicação [Arimoto et al. 2008]. Neste caso, existe a preocupação em armazenar as versões dos CFs e suas variabilidades e também as aplicações desenvolvidas e seus requisitos (funcionais ou não-funcionais e depois disso o relacionamento entre essas versões devem ser determinadas pela criação de configurações.
4 3.5. Desenvolvimento de Software de Código Aberto Neste contexto de utilização, existe uma preocupação mais complexa com o controle de acesso. No desenvolvimento tradicional de software, pode-se atribuir direito de leitura ou de modificação de um recurso a um usuário. No desenvolvimento de software de código aberto existe a necessidade de uma organização de grupos, que permitisse associar níveis de colaboração aos usuários. Entretanto, as ferramentas existentes não proveem um mecanismo de gerenciamento de usuários que atenda a esse requisito. 4. Aspectos Práticos e Operacionais TODO: Conversar com Rodolfo a respeito da necessidade desta seção. 5. Avaliação do comprometimento de algumas instâncias de Ferramentas Especializadas de Gestão de Configuração de Software Foram propostas ferramentas para cada um dos cinco contextos diferentes de utilização analisados neste artigo. São elas: VISCOUNT: voltada a VSC; MoSPL: voltada a SPL; GREN-WizardVersionControl: voltada ao desenvolvimento baseado em arcabouços tradicionais; TOFRA: voltada ao desenvolvimento baseado em arcabouços transversais; VersionWeb: voltada ao desenvolvimento de software de código aberto. 6. Conclusão Para garantir um alto nível de qualidade de um projeto tanto do ponto de vista gerencial quanto organizacional, ferramentas de GCS são fundamentais. O objetivo geral da utilização de técnicas de gestão de configuração no contexto do desenvolvimento do software é assegurar a consistência de uma configuração que está frequentemente sendo alterada durante todo o ciclo de vida de um produto de software. As ferramentas existentes nem sempre atendem a todas as necessidades específicas de cada paradigma de desenvolvimento, o que faz com que empresas tenham que adotar uma ferramenta cujas funcionalidades mais se adequam ao seu processo de desenvolvimento e desenvolver aquelas que não acompanham a ferramenta. Contudo, este artigo demonstrou que levantado o conjunto necessário de requisitos para cada um destes paradigmas, podem ser encontradas ferramentas disponíveis ou em processo de desenvolvimento que atendam a necessidade de sua empresa. Por exemplo, a ferramenta VISCOUNT para VSC, a GREN-WizardVersionControl para desenvolvimento baseado em arcabouços tradicionais, MoSPL para LPS, TOFRA para desenvolvimento baseado em arcabouços transversais e VersionWeb para desenvolvimento de software de código aberto. Essas ferramentas tem um ponto em comum, elas possuem o intuito de atender as necessidades da disciplina de GCS para um dado paradigma de desenvolvimento. Além disso, elas valorizam as soluções existentes sempre dizendo que são complementares.
5 Desse modo, como trabalho futuro, pretende-se levantar mais requisitos de ferramentas específicas e propor uma solução um conjunto de funcionalidades complementares a uma solução já existente que atenda a vasta gama de requisitos levantados, permitindo aplicar apropriadamente a disciplina de GCS a qualquer paradigma de desenvolvimento de sistemas. Referências Arimoto, M. M., Cagnin, M. I., and de Camargo, V. V. (2008). Version control in crosscutting framework-based development. In SAC 08: Proceedings of the 2008 ACM symposium on Applied computing, pages , New York, NY, USA. ACM. Cagnin, M. I., Braga, R. T. V., Penteado, R., Germano, F., and Maldonado, J. C. (2007). A version control tool for framework-based applications. CLEI Electron. J., 10(2). Cocchio, L. and Puttero, D. (1999). Industrial requirements for distributed scm tool. Software Quality Control, 8(2): Estublier, J. (2000). Software configuration management: a roadmap. In ICSE 00: Proceedings of the Conference on The Future of Software Engineering, pages , New York, NY, USA. ACM. Junqueira, D. C. and de M. Fortes, R. P. (2004). Versionweb: A tool for open source software development support. Web Congress, Joint Conference Brazilian Symposium on Multimedia and the Web & Latin America, 0: Kilpi, T. (1997). Choosing a scm-tool: a framework and evaluation. pages Pressman, R. (2009). Software Engineering: A Practitioner s Approach. McGraw-Hill, 7 edition. Soares, M. D., Fortes, R. P. M., De, D., and Moreira, A. (2000). Versionweb: A tool for helping web pages version control. In In IMSA 2000, 4th International Conference on Internet Multimedia Systems and Applications, pages Sommerville, I. (2006). Software Engineering. Addison Wesley, 8 edition. Stardard, I. A. (1987). Ieee guide to software configuration management. Thao, C., Munson, E., and Nguyen, T. (2008). Software configuration management for product derivation in software product families. pages
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