Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF)"

Transcrição

1 Gado de Leite Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) Em Bovinos Leiteiros Erick Fonseca de Castilho

2 C A P Í T U L O 2 2. Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina 2.1 Introdução Ao longo do tempo, o controle da reprodução dos mamíferos deixou de ser considerado como regulado apenas pelo sistema nervoso central (SNC), passando a ser visto como uma função controlada por dois sistemas separados: o sistema nervoso central e o sistema endócrino (Figura 15). A seguir, descobriu-se que o hipotálamo ligava esses dois sistemas por meio do sistema porta vascular hipotálamo-hipofisário, coordenando as funções das gônadas. Entretanto, muitos fenômenos não podiam ser explicados exclusivamente pelo controle neuroendócrino. Portanto, nos últimos anos testemunhou-se a descoberta de determinados mensageiros químicos (fatores de crescimento), bem como a presença de sistemas regulatórios parácrinos e autócrinos nas gônadas. Tais avanços ajudaram a desvendar fenômenos que não conseguiram ser explicados apenas pelo controle neuroendócrino.

3 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Figura 15:. Cronologia da modificação dos conceitos sobre o controle da reprodução em mamíferos.»» (A) O SNC atua através das vias nervosas (controle nervoso).»» (B) A descoberta do sistema endócrino (SE) mudou a ênfase do SNC para controle endócrino.»» (C) Mais tarde, o reconhecimento do sistema porta hipotalâmicohipofisário propiciou a rota para hormônios hipotalâmicos controlarem a hipófise anterior (controle neuroendócrino).»» (D) os reguladores intragonadais ou fatores de crescimento, agindo via mecanismos autócrinos/parácrinos, modulam a secreção dos hormônios gonadotróficos hipofisários. FONTE: HAFEZ e HAFEZ (2004). 42 IEPEC

4 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina Ambos os sistemas, nervoso e endócrino, funcionam no sentido de iniciar, coordenar ou regular as funções do sistema reprodutivo. Diferentemente do sistema nervoso, que controla as funções orgânicas por meio de impulsos nervosos elétricos como, por exemplo, a regulação musculoesquelética, o sistema endócrino utiliza mensageiros químicos ou hormônios para regular processos orgânicos mais lentos, como o crescimento e a reprodução. Um hormônio é classicamente definido como uma substância química fisiológica, orgânica, sintetizada e secretada por uma glândula endócrina sem ducto e transportada via corrente sanguínea. Os hormônios têm a ação básica de estimular, inibir ou regular a atividade funcional de seus órgãos ou tecidos-alvo. Entretanto, órgãos como o útero e hipotálamo produzem hormônios que não se enquadram nessa definição clássica. Além dos hormônios das glândulas endócrinas, os fatores de crescimento são substâncias peptídicas relacionadas aos hormônios e que controlam o crescimento e o desenvolvimento de diversos órgãos, tecidos e células em cultivo. Diferentemente dos hormônios, os fatores de crescimento são produzidos e secretados por células de diferentes tecidos para se difundirem por meio das células-alvo. Os objetivos deste capítulo são:»» Discutir os conceitos de hormônios, bem como seus tipos e modos regulatórios;»» Discutir a anatomia funcional das glândulas endócrinas e seus principais hormônios envolvidos no controle reprodutivo das fêmeas bovinas;»» Discutir a importância do eixo-hipotalâmico-hipofisário-gonadal na O portal do agroconhecimento 43

5 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros regulação hormonal reprodutiva;»» Descrever a cronologia da ocorrência da puberdade em fêmeas bovinas;»» Descrever os eventos celulares e endócrinos durante a foliculogênese, maturação oocitária e ovulação regulação hormonal e sua importância na fisiologia reprodutiva dos bovinos.»» Discutir a endocrinologia do ciclo estral das fêmeas bovinas. 2.2 Hormônios Atualmente se conhecem mais de 50 hormônios. Na Tabela 2.1 se relacionam os principais hormônios com efeito na função reprodutiva. Existem quatro grupos químicos de hormônios da reprodução: peptídeos, esteroides, ácidos graxos e aminas. Os vários tipos de hormônios têm diferentes características quanto a sua forma de síntese, armazenagem, meia-vida, forma de transporte no sangue e mecanismo de ação. Tabela 2: Principais hormônios que agem na função reprodutiva feminina. Hormônio Órgão secretor Órgão-alvo Principal ação GnRH Hipotálamo Adeno-hipófise Liberação de LH PIF Hipotálamo Adeno-hipófise Inibe a liberação de PRL PRF Hipotálamo Adeno-hipófise Liberação de PRL Prolactina Adeno-hipófise Glândula mamária Favorece a lactação 44 IEPEC

6 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina Hormônio Órgão secretor Órgão-alvo Principal ação FSH Adeno-hipófise Folículo ovariano Maturação folicular LH Adeno-hipófise Ovário Ovulação, manutenção do corpo lúteo e maturação oocitária Ocitocina Corpo lúteo Miométrio Favorece o parto Ocitocina Hipotálamo Glândula mamária Tiroxina Tireoide Todas as células Triiodotironina Tireoide Todas as células Favorece a descida do leite Aumento do metabolismo Aumento do metabolismo Estrógeno Ovário Órgãos sexuais secundários Função cíclica ovariana e caracteres sexuais Estrógeno Ovário Glândula mamária Desenvolvimento Progesterona Ovário Glândula mamária Progesterona Ovário Útero Relaxina Ovário Sínfise pubiana Desenvolvimento mamário Manutenção da gestação Relaxamento do canal do parto hcg Placenta Ovário Similar ao LH ecg Placenta Ovário Similar ao FSH Lact. plac. Glândula mamária Glândula mamária Similar ao hormônio do crescimento (GH) e PRL PGF 2α Miométrio Corpo lúteo Luteólise PGF 2α Miométrio Miométrio Contração uterina O portal do agroconhecimento 45

7 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Os hormônios peptídicos podem ter desde 3 até 200 resíduos de aminoácidos, com peso molecular variando entre 300 e dáltons e constituem o grupo de hormônios mais numeroso. Os principais órgãos que produzem hormônios peptídicos são o hipotálamo, a hipófise, as ilhotas pancreáticas, a placenta, a glândula paratireoide e o trato gastrointestinal. Exemplos: FSH, LH e ocitocina. Os hormônios esteroides são derivados principalmente do colesterol, com peso molecular entre 300 e 400 dáltons. São produzidos pelo córtex adrenal, pelas gônadas e pela placenta, e incluem os corticosteroides, os estrógenos, os andrógenos e a progesterona. Neste grupo está incluída a forma hormonal da vitamina D (1,25-dihidroxi-colecalciferol). Os hormônios do grupo das aminas são derivados da tirosina ou do triptofano. Incluem as catecolaminas, que são produzidas pela medula adrenal e algumas células nervosas, e as iodotironinas, derivadas do aminoácido tirosina, que são produzidas exclusivamente pela tireoide. A melatonina também se enquadra no neste grupo, sendo produzida a partir do triptofano. Finalmente, os ácidos graxos (eicosanoides) incluem as prostaglandinas, os leucotrienos e os tromboxanos, compostos derivados do ácido araquidônico, produzidos em quase todos os tecidos e com peso molecular em torno de 400 dáltons. Na função reprodutiva são importantes a PGF 2α e a PGE Modos de comunicação intercelular O sistema nervoso central era considerado o principal dos sistemas orgânicos até a descoberta das glândulas endócrinas. A partir daí, compreendeu-se que a regulação da reprodução era compartilhada por dois sistemas distintos, com o hipotálamo servindo de interface entre ambos. Atualmente, mensageiros químicos 46 IEPEC

8 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina que não se encaixam em nenhum dos dois sistemas, os fatores de crescimento, estão sendo descobertos como importantes fatores no controle da reprodução. As células se comunicam entre si por meio de mensageiros químicos, como peptídeos, esteroides, aminas e ácidos graxos. Portanto, existem quatro modos de comunicação intercelular: endócrina, parácrina, autócrina e neural (Figura 16). Figura 16: Modos de comunicação intercelular. Fatores de crescimento produzidos localmente agindo de diferentes modos nas células-alvo. Fonte: HAFEZ e HAFEZ (2004) Hormônios do sistema endócrino hormonal No sistema endócrino, o hormônio é sintetizado e armazenado em células especializadas de uma glândula anatomicamente definida. Estes hormônios são liberados na corrente sanguínea e transportados (geralmente por proteínas específicas de transporte) a um órgão-alvo, geralmente distante da origem. O sistema endócrino inclui glândulas secretórias que liberam seus hormônios na circulação geral (por exemplo, a insulina) ou ainda em sistemas de circulação fechada (como o GnRH). O portal do agroconhecimento 47

9 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Hormônios parácrinos São denominados parácrinos os hormônios que influenciam células ou órgãos em sua vizinhança imediata. Por exemplo, os andrógenos produzidos pelas células da teca interna, para agir nas células da granulosa adjacentes no interior do folículo ovariano Hormônios autócrinos Um processo autócrino se refere ao mecanismo em que a célula produtora é também a célula-alvo. Exemplo: prostaglandinas Neurotransmissores Os neurotransmissores estão sendo frequentemente considerados hormônios nos dias de hoje, isto é, são mensageiros hormonais. Neurotransmissores como a acetilcolina podem também ser considerados hormônios parácrinos. O conhecimento a respeito das funções endócrinas é bem maior do que em relação ao restante do sistema hormonal. Nos últimos anos, pesquisadores têm dado mais atenção às funções parácrinas e endócrinas, mas muitos detalhes ainda são pouco compreendidos. Após atingir uma célula-alvo, o hormônio deve provocar uma reação, ativada pelos receptores específicos da célula-alvo. Os receptores são estruturas moleculares com alta afinidade específica para uma determinada configuração hormonal. Assim, os receptores exercem duas importantes funções: 48 IEPEC

10 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina a) Reconhecimento do hormônio específico pela célula-alvo; b) Tradução do sinal em uma resposta celular específica. A estrutura bioquímica dos receptores hormonais pode variar, mas em geral, cada um deles pode reconhecer e interagir com uma unidade hormonal altamente específica (em contraste com o modelo chave-fechadura que rege a interação substrato-enzima). Todos os receptores apresentam dois componentes chave:»» um domínio de ligação que se liga especificamente ao hormônio correspondente;»» um domínio efetor, que reconhece o complexo formado pela ligação entre o domínio de ligação e o hormônio, e ativa a resposta biológica específica da célula, a qual geralmente envolve a ativação ou desativação de enzimas nas células-alvo. Os receptores de hormônios esteroides (lipofílicos) são geralmente encontrados no citosol e no núcleo das células-alvo, onde interagem diretamente com o DNA. Já os receptores para peptídeos e hormônios proteicos (lipofóbicos) geralmente se localizam na membrana externa da célula. A maioria dos receptores, especialmente os da membrana celular, requer um segundo mensageiro para transmitir a mensagem. Um dos segundos mensageiros mais conhecidos é o AMP cíclico (camp), representado na Figura 17. Após ligar-se ao receptor, o hormônio ativa o sistema adenilciclase na membrana celular. O ATP é então convertido em AMP cíclico. O segundo mensageiro camp, por sua vez, ativa a camp-proteína-quinase-a que se torna uma unidade catalítica O portal do agroconhecimento 49

11 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros ativa e uma unidade regulatória. A unidade catalítica ativa da proteína-quinase estimula a fosforilação de uma proteína ou enzima, que provoca então os efeitos celulares, como síntese proteica, crescimento ou secreção hormonal. Como as concentrações hormonais circulantes geralmente são baixas, o receptor precisa ter um mecanismo de captura muito eficiente. Figura 17: AMP cíclico como segundo mensageiro. FONTE: INTERVET (2006). O efeito da secreção de um hormônio endócrino pode variar, conforme a circunstância particular. O número e o tipo de receptores de uma célula-alvo não são fixos, e sua formação e degradação é um processo dinâmico. A função de um hormônio em uma célula pode ser a indução ou a degradação de receptores para outro mensageiro. Além disso, os receptores podem ser bloqueados por 50 IEPEC

12 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina uma quantidade excessiva de hormônio. Neste caso, a superestimulação por doses maiores que a dose normal não irá potencializar o efeito. Muitas condições patológicas no processo reprodutivo são causadas por distúrbios em receptores hormonais Regulação da secreção hormonal O sistema nervoso desempenha papel essencial na regulação da atividade gonadal por meio do mecanismo de retroalimentação endócrina das vias neurais e do controle imunoendócrino Retroalimentação endócrina Gônadas Um hormônio da glândula-alvo (por exemplo, o estrógeno) pode influenciar a secreção do estímulo trófico que causou sua liberação (por exemplo, FSH). O controle por retroalimentação (feedback) ocorre no nível do hipotálamo e da hipófise (Figura 18). Dependendo de suas concentrações na corrente circulatória, os hormônios esteroides podem exercem uma retroalimentação estimulatória (positiva) ou inibitória (negativa). O portal do agroconhecimento 51

13 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Figura 18: Complexo hipotalâmico-hipófise. Células nervosas hipotalâmicas liberando neuro-hormônios nos vasos porta para transportar à hipófise anterior via vasos hipotalâmicos-hifofisários. Partículas sólidas nas células nervosas representam neuro-hormônios. O sangue é transportado pelo sistema venoso retrógrado de volta para o hipotálamo. FONTE: HAFEZ e HAFEZ (2004) Retroalimentação inibitória ou negativa (Feedback negativo) Esse sistema envolve inter-relações recíprocas entre duas ou mais glândulas e órgãos-alvo. Por exemplo, a estimulação dos ovários pelo FSH eleva a secreção de estrógenos, os quais, aumentando na corrente circulatória, consequentemente diminuem a secreção de FSH. De modo semelhante, quando os hormônios hipofisário alcançam um determinado nível, alguns núcleos hipotalâmicos respondem diminuindo a produção de seus hormônios liberadores específicos, há um declínio na secreção do hormônio trófico hipofisário e, finalmente, uma diminuição do nível funcional da glândula-alvo. 52 IEPEC

14 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina Retroalimentação estimulatória ou positiva (Feedback positivo) Nesse sistema, a elevação de determinado hormônio provoca o aumento de outro hormônio. Por exemplo, o aumento dos níveis de estrógeno durante a fase pré-ovulatória acarreta um pico do LH hipofisário. Esses dois eventos são precisamente sincronizados, uma vez que o pico de LH é necessário para a ruptura do folículo ovariano Retroalimentação de alça longa e curta Tanto os hormônios hipofisário quanto os esteroides regulam a síntese, o armazenamento e a liberação dos hormônios hipotalâmicos por meio de dois mecanismos de retroalimentação: alça longa e alça curta. O mecanismo de retroalimentação de alça longa envolve a interação entre a gônada, a hipófise e o hipotálamo. Enquanto que o de alça curta permite às gonadotrofinas hipofisárias influenciar a atividade secretória dos hormônios liberadores hipotalâmicos sem a mediação das gônadas Reflexo neuroendócrino Além dos mecanismos de retroalimentação acima citados, o sistema nervoso também pode controlar a liberação de hormônios por meio de vias nervosas, como, por exemplo, a descida do leite pela ocitocina Controle imunoendócrino O portal do agroconhecimento 53

15 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Os sistemas endócrino e imune interagem extensivamente regulando-se entre si. Diversos órgãos endócrinos estão envolvidos em alguns aspectos desse processo regulatório: hipotálamo, hipófise, gônadas, adrenais, pineal, tireoide e timo. Muitos desses órgãos são afetados pela função imune. 2.3 Glândulas endócrinas Hipotálamo O hipotálamo é uma porção especializada do sistema nervoso central (SNC) que se encontra situada na base do cérebro (região do terceiro ventrículo), acima e atrás do quiasma óptico, estendendo-se do quiasma óptico aos corpos mamilares (Figura 19). Figura 19: Desenho esquemático dos núcleos hipotalâmicos e da hipófise. AH, adeno-hipófise; ARQ, núcleo arqueado; AHA, área hipotalâmica anterior; AHD, área hipotalâmica dorsal; NMD, núcleo medial dorsal; EM, eminência média; NH, neurohipófise; CM, corpo mamilar; PM, núcleo pré-mamilar; QO, quiasma óptico; NPV, núcleo paraventricular; NPO, núcleo pré-óptico; AHP, área hipotalâmica posterior; PT, pars tuberalis; NSQ, núcleo supraquiasmático; NOS, núcleo supra-óptico; NVM, núcleo ventro-medial. FONTE: HAFEZ e HAFEZ (2004). 54 IEPEC

16 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina Os elementos celulares hipotalâmicos que regulam a secreção da hipófise anterior não estão localizados em uma região específica. No entanto, os núcleos nervosos mais importantes do hipotálamo foram identificados como o supraóptico e o paraventricular. Existem conexões neurais entre o hipotálamo e a hipófise posterior através pelo eixo hipotalâmico-hipofisário e conexões vasculares do hipotálamo com a hipófise anterior (Figura 18). O sangue arterial ganha a hipófise através da artéria hipofisária superior e inferior. A artéria hipofisária superior forma alças capilares no nível da eminência média e hipófise posterior. Destes capilares, o sangue flui para o sistema porta-hipotalâmico-hipofisário, o qual começa e termina em capilares sem a passagem pelo coração. Parte do fluxo venoso que sai da hipófise anterior se dá através de um fluxo retrógrado, que expõe o hipotálamo a altas concentrações dos hormônios da hipófise anterior. Tal fluxo sanguíneo possibilita ao mecanismo hipofisário a retroalimentação negativa de regulação das funções hipotalâmicas. Esse tipo de retroalimentação é conhecido como retroalimentação de alça curta. Os hormônios hipotalâmicos relacionados com a reprodução incluem o Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH), os Fatores Liberador (PRF) e Inibidor (PIF) da Prolactina, o Hormônio Liberador de Tireotropina (TRH) e o Hormônio Liberador de Corticotropina (CRH). O hipotálamo ainda é a principal fonte de ocitocina e vasopressina, que são estocadas na hipófise posterior. O portal do agroconhecimento 55

17 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH) O GnRH é um hormônio decapeptídeo (p-glu-his-trp-ser-tyr-gly-leu-arg-pro- Gly-NH 2 ) com peso molecular de dáltons, sintetizado e armazenado no hipotálamo basal médio. O GnRH fornece uma ligação humoral entre os sistemas nervoso e endócrino. Em resposta à estimulação nervosa, pulsos de GnRH são liberados no sistema porta-hipotalâmico-hipofisário promovendo a liberação do Hormônio Luteinizante (LH) e Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) da hipófise anterior. A secreção dos hormônios liberadores hipotalâmicos é modulada pelos níveis dos hormônios secretados nos órgãos-alvo primários e secundários. No caso do GnRH, o controle da secreção na fêmea é feito pelas próprias gonadotrofinas hipofisiárias (LH e FSH), progesterona e o estradiol. Existem agonistas sintéticos do GnRH que são utilizados com fins terapêuticos na prática veterinária. Um deles, a buserelina, é 17 vezes mais potente que o GnRH natural devido a sua menor taxa de degradação e, portanto, maior meia-vida Fator Liberador Prolactina (PRF), Fator Inibidor de Prolactina (PIF) e Hormônio Liberador de Tireotropina (TRH) Os fatores PRF e PIF controlam a biossíntese e a secreção da prolactina. O efeito inibitório parece prevalecer durante o estado basal através do PIF. A secreção de prolactina também é estimulada por neurotensina, substância P, histamina, serotonina e agentes α-adrenérgicos. O Hormônio Liberador de Tireotropina (TRH) tem sido pesquisado como o PRF devido a que estimula a secreção de prolactina. 56 IEPEC

18 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina O TRH é um tripeptídeo, sendo o menor hormônio peptídico que se conhece e tendo a seguinte sequência: p-glu-his-pro-nh 2. O TRH estimula a liberação de tireotropina (TSH) e prolactina (PRL) na hipófise e sua secreção é controlada pelos hormônios tireoidianos (T 3 e T 4 ) e pelo TSH. Seu mecanismo de ação é através do camp Hipófise (Glândula Pituitária) A hipófise está localizada na sela túrcica, uma depressão óssea localizada na base do cérebro, logo, diretamente abaixo do hipotálamo. A hipófise ou pituitária é uma estrutura altamente complexa formada por grupos celulares que sintetizam diferentes tipos de hormônios. É dividida em três porções: hipófise anterior; hipófise posterior; e lóbulo intermediário Adeno-hipófise ou hipófise anterior Os tipos celulares da hipófise anterior têm sido tradicionalmente classificados de acordo com suas características de coloração, em cromófilos acidófilos e basófilos. A hipófise anterior tem cinco tipos diferentes de células, que secretam seis hormônios: os gonadótrofos, que secretam o Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) e o Hormônio Luteinizante (LH); os mamótrofos, responsáveis pela secreção de prolactina; os corticótrofos, que secretam o Hormônio adenocorticotrófico (ACTH); os tireótrofos, que secretam o Hormônio Tireotrópico (TSH); e os somatótrofos, que secretam o Hormônio do Crescimento (GH). O portal do agroconhecimento 57

19 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) e o Hormônio Luteinizante (LH) Cada subunidade proteica das gonadotropinas possui duas cadeias de oligossacarídeos unidos por ligações N-glicosídicas, sendo as unidades monossacarídicas mais comuns manose, glicosamina, fucose e ácido siálico. Este último é o responsável pela meia-vida do hormônio devido ao fato de que antes da degradação do hormônio, deve ocorrer a remoção dos resíduos de ácido siálico. Assim, quanto maior é a proporção de ácido siálico na molécula, maior é a meia-vida do hormônio (Tabela 3). Tabela 3: Conteúdo de carboidratos e meia-vida das gonadotropinas. Hormônio Peso molecular (Dáltons) Glicódios (%) Ácido siálico (%) Meia-vida (horas) LH ,5 FSH hcg ,5 11 ecg ,4 26 A secreção das gonadotropinas hipofisiárias está sob controle do GnRH hipotalâmico, obedecendo a uma modulação feedback negativa por parte dos esteroides gonadais (estrógeno e progesterona na fêmea, testosterona no macho). A secreção basal das gonadotropinas é pulsátil sendo interrompida por um pico massivo de LH durante o estro, no caso dos mamíferos que têm ovulação espontânea. Esse pico de LH é disparado por um pico de GnRH hipotalâmico, o qual, por sua vez, é causado por um aumento na liberação de 17β-estradiol durante o proestro (feedback positivo). 58 IEPEC

20 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina Os agentes opioides endógenos causam diminuição, tanto da frequência quanto da altura, dos picos de secreção de LH. Este fato pode ter importância quando se relaciona o estresse, e a consequente secreção de opioides endógenos com inibição da função reprodutiva. O FSH na fêmea é responsável pelo crescimento e a maturação dos folículos ovarianos ou folículos de De Graaf. O FSH por si só não causa a secreção de esteroides (estrógenos) no ovário; ao contrário, o FSH necessita da presença do LH para estimular a produção estrogênica. O LH tem como função de maturação oocitária, induzir a ovulação e manter o corpo lúteo, além de estimular, junto com o FSH, a secreção de esteroides no ovário (estrógenos antes da ovulação e progesterona no corpo lúteo) Prolactina A prolactina (PRL) ou hormônio lactogênico é sintetizado nas células mamotrópicas da adeno-hipófise. É o maior hormônio peptídico que existe (199 aminoácidos, peso molecular 23,3 kda) considerando uma cadeia só. Existe grande variabilidade das PRLs entre as distintas espécies. A meia-vida da PRL é de 15 minutos. A secreção de prolactina é pulsátil sendo controlada inibitoriamente por ação da dopamina (PIF) e estimulada pelas endorfinas, pois estas inibem a secreção de dopamina. A secreção de PRL também está favorecida por PRF, TRH, estrógenos, progesterona e por estímulos neurogênicos como a sucção das tetas pelo lactente, a ordenha ou por sensações de calor, dor e estresse. Os estrógenos, especialmente o 17β-estradiol, estimulam a secreção de prolactina por inibir o fator inibidor de prolactina (dopamina) e, também, aumentam a secreção de O portal do agroconhecimento 59

21 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros PRL por modular os receptores de TRH, hormônio que estimula a secreção de PRL na hipófise. A secreção de PRL pode ser inibida por derivados do ergot como a bromocriptina, um agonista da dopamina. A PRL pode também regular sua própria secreção atuando diretamente sobre o hipotálamo (feedback de alça curta sobre o TRH). A dopamina, que constitui o único fator hipotalâmico não-peptídico, parece atuar impedindo a mobilização de Ca +2 ao interior da célula lactotrópica secretora da prolactina na adeno-hipófise. A amamentação parece inibir a secreção da dopamina e, portanto, aumenta os níveis de prolactina. A prolactina, por sua vez, provoca a liberação de dopamina da eminência média, conformando uma regulação feedback negativa. A PRL é secretada com flutuações durante os diferentes estágios do ciclo reprodutivo e sua concentração se difere entre as espécies domésticas (Tabela 4). Aumentos de PRL ocorrem durante a ovulação e também durante a fase luteal do ciclo ovariano na vaca. Tabela 4: Níveis sanguíneos de prolactina em várias espécies. Espécie Valor (ng/ml) Cadela (anestro) 9,1 ± 1,2 Cadela (2ª semana de lactação) 86 ± 19 Cadela (pós-parto) 117 ± 24 Cadela (ovarioectomizada) 7,9 11,5 Gata (início de gestação) 7,0 ± 0,3 Gata (fim de gestação) 43,5 ± 4,5 Vaca (fase luteal) 23,3 ± 4,8 Vaca (fase folicular) 15,8 ± 2,7 Porca (2ª semana de lactação) 9,1 26,1 Porca (pós-desmame) 1,4 1,9 60 IEPEC

22 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina Também ocorre aumento de PRL durante a lactação e no parto. A prolactina faz parte do complexo mamotrófico que promove o crescimento da glândula mamária, junto com o hormônio do crescimento, estradiol, progesterona, glicocorticoides e hormônios tireoidianos. A PRL tem efeito luteotrópico na ovelha e roedores, mas não na vaca. Em vários animais, a PRL parece ter um efeito inibitório sobre a secreção das gonadotropinas hipofisiárias, pelo qual tem sido sugerido que a PRL seria um hormônio anti-gonadotrópico, uma vez que estimula a biossíntese de dopamina, a qual tem efeito negativo sobre a secreção de GnRH. A PRL tem sido responsabilizada pela ação inibitória da amamentação sobre o início da atividade ovárica durante o pós-parto em vacas de corte. Por outro lado, tem sido utilizada bromocriptina, agente agonista da dopamina, com a ideia de desbloquear o suposto efeito da PRL sobre a ciclicidade ovárica em vacas. Foi encontrado que a bromocriptina causa diminuição dos níveis de PRL, porém sem ocorrer redução do intervalo do parto ao primeiro cio pós-parto e nem aumento nos níveis de LH. Os indícios levam a aceitar que é o efeito do estímulo neural do amamentamento como tal e não a maior quantidade de PRL secretada, o responsável pela supressão da secreção de gonadotropinas durante o pós-parto de vacas de corte. O portal do agroconhecimento 61

23 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros ACTH ou corticotropina O mais importante glicocorticoide envolvido na reprodução dos animais domésticos é o cortisol. A concentração sérica média de cortisol em bovinos oscila entre 2 e 12 mg/ml. A secreção de glicocorticoides é controlada pelo hipotálamo. O estressor atua, via sistema nervoso central, sobre as células neuro-secretoras do hipotálamo, as quais reagem com uma maior secreção do Hormônio Liberador de Corticotropina (CRH). Através de um sistema portal vascular, o CRH é transportado do hipotálamo até os lóbulos anteriores da hipófise onde provoca uma elevada secreção do hormônio adenocorticotrófico (ACTH) ou corticotrofina. Circulando na corrente sanguínea, este estimula o córtex da adrenal a produzir glicocorticoides (cortisol). Cinco minutos após a injeção com ACTH, soros sanguíneos de bovinos mostram elevada concentração de glicocorticoides. A concentração de cortisol no plasma é regulada por um rígido mecanismo de feedback negativo. Em condições normais, a concentração sanguínea de cortisol atua, principalmente, sobre o hipotálamo, inibindo a secreção de CRH, reduzindo produção de ACTH e, consequentemente, reduzindo a secreção dos próprios hormônios do córtex adrenal. Em condições de intenso e prolongado estresse (calórico, nutricional, ambiental etc.), os estressores estimulam diretamente a liberação de CRH, com secreção posterior de ACTH e cortisol, contornando o status regulador do hipotálamo e desprezando o feedback negativo. Com a ativação do eixo hipotálamo-hipófiseadrenal, ocorrem mudanças em quase todo sistema endócrino. Por exemplo, um organismo sob estresse, a hipófise secreta menos hormônio do crescimento, além de menos TSH e GnRH, conduzindo, os dois últimos, a uma reduzida atividade da tireoide e das gônadas. Dado o efeito catabólico e a gliconeogênese estimulados 62 IEPEC

24 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina pelos glicocorticoides, pode ocorrer constante degradação de tecidos musculares e gordurosos, assim como a inibição da síntese desses tecidos, resultando com isso a perda de peso e reduzido crescimento. Não menos importante é o efeito dos glicocorticoides causando a atrofia do sistema timo-linfático, diminuindo a concentração dos linfócitos e anticorpos, resultando na queda da resposta imunológica do organismo no combate a quaisquer infecções Neuro-hipófise ou hipófise posterior Os hormônios da hipófise posterior diferem dos outros hormônios hipofisário pelo fato de que não se originam da hipófise, mas são apenas armazenados ali até quando forem necessários, pois são produzidos no hipotálamo (Figura 20). A neuro-hipófise possui terminações axônicas de neurônios hipotalâmicos que armazenam dois hormônios: a arginina-vasopressina (AVP) ou hormônio antidiurético (ADH) e a ocitocina (hormônio da descida do leite). Esses hormônios são transferidos do hipotálamo para a hipófise posterior não através do sistema porta vascular, mas ao longo dos axônios do sistema nervoso. Do ponto de vista reprodutivo o hormônio neuro-hipofisiário de interesse é a ocitocina. Os neurônios produtores da ocitocina no hipotálamo têm em abundância retículos endoplasmáticos rugosos e aparelhos de Golgi, além de grânulos secretores, os quais se localizam no corpo do neurônio e nos axônios que se estendem à neuro-hipófise. Os neurônios secretores de ocitocina se encontram em núcleos específicos do hipotálamo: o núcleo supraóptico e o núcleo paraventricular. Os hormônios, dentro dos grânulos, estão unidos a uma proteína transportadora chamada neurofisina e são secretados à circulação desta forma. Existe uma grande similaridade entre as neurofisinas de bovinos, suínos e equinos. O portal do agroconhecimento 63

25 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Figura 20: Conexão nervosa entre o hipotálamo e hipófise posterior. PVN, núcleo paraventricular; SON, núcleo supra-óptico. Fonte: CUNNINGHAM (1999) Ocitocina A secreção da ocitocina é estimulada via neurogênica por amamentação, ordenha, parto, dilatação cervical ou vaginal ou estímulo clitoridiano, sendo a acetilcolina o modulador estimulante e a adrenalina e a noradrenalina os agentes inibidores. Os níveis de ocitocina têm variações entre as espécies (Tabela 5) e durante o ciclo estral na vaca, ovelha e cabra. A concentração sanguínea de ocitocina aumenta depois do pico pré-ovulatório de LH e diminui depois da regressão do corpo lúteo. Os estrógenos ovarianos estimulam a liberação de ocitocina pituitária enquanto que a progesterona a inibe. Têm sido encontrados outros fatores nãoreprodutivos, como o estresse, que afetam a liberação de ocitocina. 64 IEPEC

26 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina Tabela 5: Concentração plasmática de ocitocina em alguns animais. Espécie Valor (pmol/l) Cadela (lactação) Vaca (pré-odenha) 1,6 ± 0,6 Cabra (basal) 4,5 ± 1,0 A ocitocina desempenha um importante papel na fase folicular do ciclo estral, estimulando a contração uterina para facilitar o transporte dos espermatozoides para o oviduto durante o estro (cio). A dilatação da cérvix no momento do parto, causada pela passagem do feto, estimula a liberação reflexa de ocitocina (Reflexo de Ferguson; Figura 21) que promove a contração do miométrio, facilitando a expulsão do feto e da placenta. Figura 21: Esquema do reflexo de Ferguson ou de expulsão do feto. Através do nervo pudendo, realizada pela presença das bolsas fetais e/ou feto no canal vaginal, estabelece-se um estímulo na medula espinhal que resulta na ocorrência dos esforços por meio das contrações abdominais. FONTE: PRESTES e LANDIM-ALVARENGA (2006). O portal do agroconhecimento 65

27 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros A ocitocina também causa a contração das células mioepiteliais (células musculares lisas) que circundam os alvéolos da glândula mamária durante a lactação, resultando na descida do leite. Na fêmea lactente, estímulos táteis, visuais, olfativos e auditivos associados à sucção ou ordenha induzem a liberação de ocitocina na corrente sanguínea. O estrógeno é necessário para a ação da ocitocina, pois estimula a síntese de receptores para ocitocina; portanto os estrógenos aumentam a resposta do útero à ocitocina. A progesterona, por sua parte, inibe a secreção de ocitocina, o que explica que durante a gestação a resposta do útero à ocitocina está muito reduzida. A adrenalina, secretada no estresse, diminui a descida do leite da glândula mamária por bloquear a ação da ocitocina mediante a inibição de sua secreção na neuro-hipófise e também, possivelmente, por bloquear os receptores da ocitocina nas células mioepiteliais. O corpo lúteo também secreta a ocitocina, estando envolvida no processo da luteólise (regressão do corpo lúteo) na maioria dos mamíferos. A ocitocina ovariana, secretada sem a neurofisina, tem receptores no endométrio e sua ação estimula a biossíntese de prostaglandina-f 2α (PGF 2α ). A síntese dos receptores de ocitocina no endométrio é estimulada por 17β-estradiol. Portanto, a ocitocina tem dois sítios de origem: um hipotalâmico e outro ovariano Gônadas (ovários) Os ovários desempenham um papel duplo: a produção de células germinativas (gametogênese) e a secreção de hormônios gonadais (esteroidogênese). As unidades estruturais e funcionais do ovário que garantem essas funções são: folículo ovariano (gametogênese e esteroidogênese) e o corpo lúteo (esteroidogênese). 66 IEPEC

28 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina As células intersticiais ovarianas ou células da teca interna do folículo ovariano são as fontes primárias dos estrógenos circulantes. Após a ruptura do folículo (ovulação), as células da granulosa e da teca são substituídas pelo Corpo Lúteo (CL), que secreta a progesterona. O estrógeno, progesterona e testosterona são hormônios esteroides derivados do colesterol (Figura 22). Na cascata da reação, o colesterol é uma molécula esteroide de 27 átomos de carbono que se converte em pregnolona (20 átomos de carbono). A pregnolona é convertida em progesterona, que por sua vez, converte-se em andrógenos e estrógenos. Entre os sexos, a fêmea apresenta uma maior quantidade de enzimas específicas nesta cascata, o que lhe favorece maior facilidade em converter estrógenos a partir dos andógenos. Animais com baixa ou nenhuma reserva de gordura (colesterol) apresentam maior dificuldade em produzir esteroides reprodutivos, resultando em falhas reprodutivas na fêmea. Os folículos contêm em seu interior as células germinativas ou ovócitos ou oócitos. Com cada ciclo estral, vários folículos crescem e se desenvolvem, sendo que somente um folículo, nas espécies uníparas, ou alguns deles, nas espécies multíparas, serão ovulados. Os folículos são responsáveis pela produção de estrógenos e o corpo lúteo pela produção de progesterona. O ovário também é responsável pela produção de hormônios peptídicos, tais como, a inibina, o fator de inibição de maturação do ovócito, a relaxina e a gonadocrinina. O portal do agroconhecimento 67

29 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Figura 22: Vias metabólicas envolvidas na produção dos principais hormônios esteroides. Fonte: CUNNINGHAM (1999). Os dois ovários não funcionam de igual maneira. Em ovelhas e cabras, 55 a 60 % das ovulações ocorrem no ovário direito, enquanto que na vaca este valor chega a %. Na égua e na porca, o ovário esquerdo é mais ativo, produzindo 55 a 60 % dos ovócitos. 68 IEPEC

30 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina Diferentemente dos testículos, os ovários permanecem na cavidade abdominal. A forma do ovário varia em função da espécie e da fase do ciclo estral. O desenvolvimento dos folículos pode ser avaliado em função do seu tamanho, o número de camadas de células granulosas, o desenvolvimento das células da teca, a posição do ovócito dentro do cumulus oophorus e o tamanho do antro folicular (Figura 23). Em função desses fatores, os folículos podem ser classificados em:»» Folículos primários ou primordiais: são ovócitos envolvidos por uma única camada de células foliculares planas ou cuboides, rodeadas de tecido intersticial;»» Folículos secundários: nos quais o número de células foliculares aumenta e passam a ser chamadas de células granulosas, com aparência irregular poliédrica e com pouco líquido folicular nos espaços intercelulares;»» Folículos terciários: quando as células granulosas começam a secretar uma grande quantidade de líquido folicular que se acumula nos espaços intercelulares, formando um antro. Nesse ponto, os capilares do estroma invadem a camada fibrosa de células que rodeia o folículo e formam uma camada vascular chamada de teca interna. Contudo, as células granulosas dentro do folículo estão privadas de suprimento sanguíneo pela membrana basal. A zona pelúcida que contorna o ovócito está rodeada por uma massa sólida de células granulosas radiais que formam a corona radiata;»» Folículo de De Graaf ou folículo maduro: no qual as células da granulosa aumentam de tamanho, o antro aumenta em função da O portal do agroconhecimento 69

31 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros maior secreção de líquido folicular e o ovócito é pressionado pelo líquido para um extremo do folículo. O ovócito agora é rodeado por inúmeras células foliculares e forma o cumulus oophorus. As células deste folículo se diferenciam em células granulosas, sob a membrana basal, e em células das tecas interna e externa. O ovócito apresenta duas membranas distintas, a membrana vitelina ou membrana plasmática, e a zona pelúcida, membrana homogênea composta de proteínas suscetíveis de serem dissolvidas por enzimas proteolíticas. Figura 23: Classificação fisiológica e morfológica dos folículos ovarianos. P, folículos primordiais; PM, folículos primários; S, folículos secundários; T, folículos terciários. FONTE: HAFEZ e HAFEZ (2004) Estrógeno O estradiol é o estrógeno primário, sendo que a estrona e o estriol representam outros estrógenos metabolicamente ativos. 70 IEPEC

32 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina O 17β-estradiol é o estrógeno biologicamente ativo produzido pelos ovários, com quantidades menores de estrona. Todos os estrógenos são produzidos a partir dos andrógenos. As células da teca interna são responsáveis pela produção de andrógenos que são transportados para as células da granulosa, no interior dos folículos ovarianos. A partir destes andrógenos, as células da granulosa secretam enzimas específicas para a conversão em estrógenos e liberados no fluido folicular e na corrente sanguínea. Os estrógenos são carregados pela corrente sanguínea por meio de proteínas ligadoras. As funções dos estrógenos são:»» Atuam no SNC induzindo o comportamento de estro (cio) na vaca;»» Atuam no útero aumentando tanto a amplitude quanto a frequência das contrações, potencializando os efeitos da ocitocina e PGF 2α ;»» Desenvolvimento físico das características sexuais secundárias femininas;»» Estimulam o crescimento dos ductos e desenvolvem as glândulas mamárias;»» Exercem efeitos de feedback tanto negativos quanto positivos no controle da liberação de LH e FSH no hipotálamo. O efeito negativo ocorre no centro tônico do hipotálamo e o efeito positivo, no centro de pré-ovulatório. O portal do agroconhecimento 71

33 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Em ruminantes, os estrógenos também possuem um efeito anabólico proteico, aumentando o ganho de peso e o crescimento. O mecanismo pode estar relacionado à habilidade dos estrógenos em estimular a hipófise para a liberação de maiores quantidade de hormônio do crescimento. Dentre os estrógenos sintéticos disponíveis no mercado, destacam-se o benzoato de estradiol e o cipionato de estradiol. A explanação destes hormônios será abordada nos capítulos seguintes Progesterona A progesterona é o progestágeno natural de maior prevalência, sendo secretada pelas células luteínicas do corpo lúteo, pela placenta e pelas glândulas adrenais. A progesterona, assim com os estrógenos e andrógenos, é transportada na corrente sanguínea por uma proteína de ligação. Sua secreção é estimulada primariamente pelo LH. A progesterona desempenha as seguintes funções:»» Prepara o endométrio para a implantação embrionária e a manutenção da prenhez, aumentando a atividade secretora das glândulas endometriais e inibindo a motilidade do endométrio;»» Atua sinergicamente com os estrógenos na indução do comportamento do estro;»» Auxilia no desenvolvimento do tecido secretor (alvéolos) da glândula mamária; 72 IEPEC

34 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina»» Provoca a inibição do estro e do pico pré-ovulatório do LH quando em níveis elevados. Portanto, a progesterona desempenha papel fundamental na regulação hormonal do ciclo estral;»» Inibe a motilidade uterina. Alguns progestágenos sintéticos estão disponíveis para a sincronização do ciclo estral de ruminantes. Tais hormônios podem ser administrados por via oral, inseridos no interior da vagina por meio de dispositivos intravaginais ou por implantes auriculares (subcutâneos) pelo período correspondente à fase luteínica do ciclo estral. A explanação destes hormônios será abordada nos capítulos seguintes Relaxina A relaxina é um hormônio polipeptídico com peso molecular de dáltons. A relaxina é secretada primariamente pelo corpo lúteo durante a gestação. A principal ação biológica da relaxina é a dilatação da cérvix e da vagina durante o parto. Ela inibe também as contrações uterinas e causa o crescimento das glândulas mamárias quando administradas em conjunto com o estradiol Inibina, ativina e folistatina A inibina e a ativina foram isoladas de fluidos gonadais por causa de seus efeitos na produção de FSH. Elas são reguladoras parácrinas, pois modulam o sinal endócrino do LH. As gônadas são as principais fontes de inibina e proteínas correlatas, que contribuem para a regulação endócrina do sistema reprodutivo. Na fêmea, as células O portal do agroconhecimento 73

35 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros da granulosa são as produtoras de inibina. As inibinas não são esteroides, mas proteínas compreendendo duas subunidades alfa e beta interligadas por pontes dissulfídicas, liberadas pela corrente sanguínea. As inibinas desempenham um papel importante na regulação hormonal da foliculogênese ovariana durante o ciclo estral. Elas atuam como sinalizadores químicos para a hipófise sobre o número de folículos em crescimento no ovário. A inibina reduz a secreção de FSH até certo nível, o que mantém o número de ovulações espécie-específico tanto nas espécies mono quanto poliovulatórias. Pela inibição da liberação de FSH sem alteração da liberação de LH, as inibinas podem ser parcialmente responsáveis pela liberação diferenciada de LH e FSH pela hipófise. O fluido folicular ovariano contém uma fração que estimula ao invés de inibir a secreção de FSH. As proteínas responsáveis por essa atividade são caracterizadas como ativinas. As ativinas são potentes liberadores de FSH, tendo ação contrária à inibina. A folistatina é outra proteína isolada do fluido folicular ovariano. Ela não somente inibe a secreção de FSH como a inibina, mas também se liga à ativina, neutralizando sua atividade biológica. Portanto, constitui-se num agente modulatório da secreção de FSH Prostaglandinas As prostaglandinas, primeiramente foram isoladas de fluidos das glândulas sexuais acessórias do macho, receberam essa nomenclatura por causa de sua associação com a glândula prostática, sendo que quase todos os tecidos orgânicos podem secretá-las. O ácido aracdônico, um ácido graxo essencial, é o precursor da maioria das prostaglandinas mais intimamente associadas com a reprodu- 74 IEPEC

36 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina ção, principalmente a prostaglandina F2α (PGF 2α ) e a prostaglandina E2 (PGE 2 ) (Figura 24). Na reprodução, as prostaglandinas estão envolvidas na liberação de gonadotrofinas, ovulação, regressão do corpo lúteo, motilidade uterina, parto e transporte de espermatozoides. A maioria das prostaglandinas atua localmente no seu sítio de produção numa interação célula a célula e, portanto, não se encaixa perfeitamente na definição clássica dos hormônios. Mas, também podem ser liberadas na corrente sanguínea para atuar em tecidos-alvo distantes de seu sítio de produção. A PGF 2α é o agente luteolítico natural associado ao final da fase luteínica (corpo lúteo) do ciclo estral, permitindo o início de um novo ciclo quando da ausência de fertilização. Uma elevação nos níveis de estrógenos, os quais promovem o crescimento do miométrio, estimula a síntese e a liberação de PGF 2α. Ela é particularmente potente na interrupção da gestação em sua fase inicial. Em fêmeas prenhes, o embrião em desenvolvimento envia um sinal ao útero (reconhecimento materno da prenhez), prevenindo os efeitos luteolíticos da PGF 2α. Como nos casos de inflamação, na involução uterina pós-parto, as prostaglandinas exercem importante função (BENCHARIF et al., 2000). Além de acelerar o processo de involução, a PGF 2α estimula a contração da camada muscular uterina (miométrio) após o parto. Esta substância é normalmente produzida pelo útero, sendo responsável pela correta involução uterina pós-parto, em tempo normal. A capacidade da PGF 2α em induzir a luteólise é explorada para a manipulação do ciclo estral (sincronização do estro) e também para a indução do parto. O portal do agroconhecimento 75

37 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em Bovinos Leiteiros Hormônios placentários A placenta secreta diversos hormônios idênticos ou com atividades biológicas similares aos hormônios reprodutivos dos mamíferos. Dentre eles, destacam-se: Gonadotrofina Coriônica Equina (ecg) e a Gonadotrofina Coriônica Humana (hcg). O hormônio ecg (originalmente denominado PMSG) foi descoberto quando se verificou que o sangue de éguas prenhes produzia maturidade sexual quando administrado em ratos imaturos. A ecg é uma glicoproteína com subunidades alfa e beta similares ao LH e ao FSH, porém com conteúdo de carboidrato mais elevado (principalmente o ácido siálico). O alto conteúdo de ácido siálico parece contribuir para a longa meia-vida de diversos dias da ecg. Portanto, uma única administração de ecg possui efeitos biológicos por mais de uma semana. Este hormônio é comumente utilizado em programas de IATF, com a finalidade de prolongar a ação folículo estimulante no folículo dominante. O útero equino secreta gonadotrofina placentária, sendo os cálices endometriais a fonte específica da ecg. Tais cálices, que são formados ao redor de 40 dias, permanecem até 85 dias de gestação. A ecg possui atividade biológica semelhante ao FSH e ao LH, porém, predominantemente ao FSH. A ecg circula na corrente sanguínea das éguas prenhes e não é excretada na urina. A secreção de ecg estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos. Alguns folículos ovulam, mas a maioria transforma-se em folículos luteinizados devido à ação da ecg semelhante ao LH. Tais corpos lúteos acessórios produzem progesterona, o que mantém a prenhez da égua. A ecg foi uma das primeiras gonadotrofinas comercialmente disponíveis usadas para indução da superovulação em animais domésticos. A glicoproteína hcg consiste de uma subunidade alfa e outra beta com peso molecular de dáltons. A subunidade alfa do hcg é similar à subunidade alfa do LH em humanos, suínos, ovinos e bovinos. A hcg é primariamente luteinizante 76 IEPEC

38 Capítulo 2 Fisiologia reprodutiva da fêmea bovina e luteotrófico, possuindo baixa atividade de FSH. As células do sinciciotrofoblasto na placenta dos primatas são responsáveis pela síntese de hcg, que pode ser encontrada tanto no sangue quanto na urina. Sua presença na urina no início da gestação constitui a base de vários testes laboratoriais para a gravidez humana. Ela pode ser detectada na urina por meio de imunoensaios sensíveis a partir de 8 dias após a concepção Regulação hormonal da reprodução na fêmea Na maior parte da vida reprodutiva de uma fêmea fértil, ela não se apresenta em atividade cíclica regular (ou seja, apresenta-se em anestro). Quando somados, os períodos de inatividade durante a pré-puberdade, gestação e lactação são muito maiores que os períodos relativamente curtos de atividade cíclica. Entretanto, os períodos em que é possível interferir no processo reprodutivo (cruzar/não cruzar; escolha do macho/sêmen; controle do estro; indução da ovulação etc.) são os mais importantes e é nesta fase que a maior parte dos problemas reprodutivos pode acontecer. Os princípios do mecanismo hormonal da reprodução são basicamente os mesmos para todos os mamíferos domésticos, embora haja algumas diferenças entre eles. Alguns animais são poliéstricos contínuos como os bovinos e os suínos, ciclando durante todo o ano, enquanto outros são poliéstricos estacionais, como os equinos, ovinos e felinos. Além disso, há diferenças no mecanismo de ovulação. A maioria dos animais ovula espontaneamente, mas na gata, coelha e camela a ovulação é induzida pela estimulação de receptores sensoriais na vagina e na cérvix durante o coito. O portal do agroconhecimento 77

Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) Em Bovinos Leiteiros

Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) Em Bovinos Leiteiros Gado de Leite 1/35 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) Em Bovinos Leiteiros Erick Fonseca de Castilho Doutor em Reprodução Animal (UFV/MG) efcmv@yahoo.com.br 2/35 Introdução Cronologia dos conceitos

Leia mais

Ciclo Sexual ou Estral dos Animais Domésticos Prof. Dr. Wellerson Rodrigo Scarano Departamento de Morfologia Instituto de Biociências de Botucatu

Ciclo Sexual ou Estral dos Animais Domésticos Prof. Dr. Wellerson Rodrigo Scarano Departamento de Morfologia Instituto de Biociências de Botucatu Controle Hormonal da Gametogênese Feminina Ciclo Sexual ou Estral dos Animais Domésticos Prof. Dr. Wellerson Rodrigo Scarano Departamento de Morfologia Instituto de Biociências de Botucatu Ovários Formato

Leia mais

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas.

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas. Fisiologia Animal Excreção Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas. Sistema urinario Reabsorção de açucar, Glicose, sais, água. Regula volume sangue ADH: produzido pela

Leia mais

ZOOLOGIA E HISTOLOGIA ANIMAL

ZOOLOGIA E HISTOLOGIA ANIMAL ZOOLOGIA E HISTOLOGIA ANIMAL Sistema Endócrino Prof. Fernando Stuchi Introdução Os mensageiros químicos do corpo (hormônios) são produzidos pelas glândulas endócrinas ou glândulas de secreção interna,

Leia mais

Sistema endócrino I. As células produtoras de hormônios estão geralmente reunidas em órgãos denominados glândulas endócrinas.

Sistema endócrino I. As células produtoras de hormônios estão geralmente reunidas em órgãos denominados glândulas endócrinas. RESUMO DE AULA Sistema endócrino I O funcionamento e equilíbrio fisiológico do corpo humano dependem em parte da comunicação entre as células por meio de mensageiros químicos denominados de hormônios.

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Endócrino. Profa. Valdirene Zabot Unochapecó

Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Endócrino. Profa. Valdirene Zabot Unochapecó Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Endócrino Profa. Valdirene Zabot Unochapecó Sistema de Comunicação Corpórea: Endócrino Nervoso Produtos = Hormônios: ajudam a enviar informações para outras células

Leia mais

CONTROLE E INTEGRAÇÂO

CONTROLE E INTEGRAÇÂO CONTROLE E INTEGRAÇÂO A homeostase é atingida através de uma série de mecanismos reguladores que envolve todos os órgãos do corpo. Dois sistemas, entretanto, são destinados exclusivamente para a regulação

Leia mais

OVÁRIOS. Fonte de gametas e hormônios

OVÁRIOS. Fonte de gametas e hormônios OVÁRIOS Fonte de gametas e hormônios OVOGÊNESE No feto células germinativas multiplicamse ovogônias Cresce meiose I para na prófase I ovócito I nascimento milhares de ovócitos primários. Ovócito primário

Leia mais

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM. Fisiologia Endócrina. Introdução ao Sistema Endócrino

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM. Fisiologia Endócrina. Introdução ao Sistema Endócrino Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM Fisiologia Endócrina Introdução ao Sistema Endócrino Prof. Wagner de Fátima Pereira Departamento de Ciências Básicas Faculdade de Ciências

Leia mais

ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO. Elisângela Mirapalheta Madeira Medica Veterinária, MC

ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO. Elisângela Mirapalheta Madeira Medica Veterinária, MC ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO Elisângela Mirapalheta Madeira Medica Veterinária, MC Introdução Glândulas Endócrinas Hipotálamo Hipófise Gônadas Glândula pineal Glândulas Endócrinas Hipotálamo Glândulas

Leia mais

HORMÔNIOS SEXUAIS SISTEMA ENDÓCRINO FISIOLOGIA HUMANA

HORMÔNIOS SEXUAIS SISTEMA ENDÓCRINO FISIOLOGIA HUMANA HORMÔNIOS SEXUAIS SISTEMA ENDÓCRINO FISIOLOGIA HUMANA GLÂNDULAS SEXUAIS GÔNADAS MASCULINAS = TESTÍCULOS GÔNADAS FEMININAS = OVÁRIOS PRODUZEM GAMETAS E HORMÔNIOS SEXUAIS CONTROLE HORMONAL DO SISTEMA TESTÍCULOS

Leia mais

ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO. Curso Inicial & Integração Novos Representantes

ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO. Curso Inicial & Integração Novos Representantes ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Curso Inicial & Integração Novos Representantes 1 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO O conjunto de órgãos do sistema reprodutor feminino tem como função principal

Leia mais

Mas por que só pode entrar um espermatozóide no óvulo???

Mas por que só pode entrar um espermatozóide no óvulo??? Mas por que só pode entrar um espermatozóide no óvulo??? Lembre-se que os seres humanos só podem ter 46 cromossomos, sendo um par sexual, por exemplo: se dois espermatozóides com cromossomo sexual X e

Leia mais

Ciclo Menstrual. Uma das queixas mais comuns, na clínica ginecológica, são as irregularidades do ciclo menstrual. 400 a 500 óvulos durante a sua vida.

Ciclo Menstrual. Uma das queixas mais comuns, na clínica ginecológica, são as irregularidades do ciclo menstrual. 400 a 500 óvulos durante a sua vida. Profª. Keyla Ruzi Ciclo Menstrual Uma das queixas mais comuns, na clínica ginecológica, são as irregularidades do ciclo menstrual. 400 a 500 óvulos durante a sua vida. Ciclo Menstrual Conceitos iniciais

Leia mais

Quais hormônios regulam a ovogênese?

Quais hormônios regulam a ovogênese? Controle Endócrino da Ovogênese Ciclo Sexual Feminino Prof. Dr. Wellerson Rodrigo Scarano Departamento de Morfologia 1 Quais hormônios regulam a ovogênese? 2 1 CONTROLE HORMONAL DA OVOGÊNESE A ovogênese

Leia mais

SISTEMA ENDÓCRINO - 1 Figuras desta aula são do livro de Silverthorn

SISTEMA ENDÓCRINO - 1 Figuras desta aula são do livro de Silverthorn SISTEMA ENDÓCRINO - 1 Figuras desta aula são do livro de Silverthorn Bernardo Baldisserotto Departamento de Fisiologia e Farmacologia Universidade Federal de Santa Maria, Brasil Sistema nervoso: usualmente

Leia mais

PUBERDADE. Fase fisiológica com duração de 2 a 5 anos, durante a qual ocorre a maturação sexual

PUBERDADE. Fase fisiológica com duração de 2 a 5 anos, durante a qual ocorre a maturação sexual Puberdade PUBERDADE Transição entre a infância e a vida adulta Transformações físicas e psíquicas complexas Fase fisiológica com duração de 2 a 5 anos, durante a qual ocorre a maturação sexual Desenvolvimento

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Ciências Aeronáuticas. Sistema Endócrino. Prof. Raimundo Júnior M.Sc.

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Ciências Aeronáuticas. Sistema Endócrino. Prof. Raimundo Júnior M.Sc. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Ciências Aeronáuticas Sistema Endócrino Prof. Raimundo Júnior M.Sc. Sistema Hormonal atua como um sistema de controle e regulação (assim como o

Leia mais

10/06/2013 GLÂNDULAS ENDÓCRINAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS (NAV) Tireóide Paratireóide Hipófise Pineal Adrenal Ilhotas pancreáticas Timo

10/06/2013 GLÂNDULAS ENDÓCRINAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS (NAV) Tireóide Paratireóide Hipófise Pineal Adrenal Ilhotas pancreáticas Timo UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Campus Curitibanos Medicina Veterinária ANATOMIA II (NAV) Tireóide Paratireóide Pineal Adrenal Ilhotas pancreáticas Timo Profa. Rosane Silva glândulas de secreção

Leia mais

LICENCIATURA EM ENGª DA PRODUÇÃO ANIMAL ENDOCRINOLOGIA MECANISMO DE ACÇÃO HORMONAL DOCENTE RESPONSÁVEL PAULA AZEVEDO paula.azevedo@esa.ipsantarem.pt 1 MECANISMO DE ACÇÃO HORMONAL Glândula endócrina glândula

Leia mais

Disciplina de Fisiologia Veterinária. GH e PROLACTINA. Prof. Fabio Otero Ascoli

Disciplina de Fisiologia Veterinária. GH e PROLACTINA. Prof. Fabio Otero Ascoli Disciplina de Fisiologia Veterinária GH e PROLACTINA Prof. Fabio Otero Ascoli GH Sinônimos: Hormônio do crescimento ou somatotrópico ou somatotropina Histologia: Em torno de 30 a 40% das células da hipófise

Leia mais

Glândulas endócrinas:

Glândulas endócrinas: SISTEMA ENDOCRINO Glândulas endócrinas: Funções: Secreções de substâncias (hormônios) que atuam sobre célula alvo Regulação do organismo (homeostase) Hormônios: Substâncias químicas que são produzidas

Leia mais

Fisiologia Endócrina do Sistema Reprodutivo

Fisiologia Endócrina do Sistema Reprodutivo Fisiologia Endócrina do Sistema Reprodutivo Profa. Letícia Lotufo Função Reprodutiva: Diferenciação sexual Função Testicular Função Ovariana Antes e durante a gravidez 1 Diferenciação sexual Sexo Genético

Leia mais

Sistema Endócrino: controle hormonal

Sistema Endócrino: controle hormonal Sistema Endócrino: controle hormonal Todos os processos fisiológicos estudados até agora, como digestão, respiração, circulação e excreção, estão na dependência do sistema que fabrica os hormônios. O sistema

Leia mais

10/09/2015. Glândula pineal. Hormônio Melatonina : produzido à noite, na ausência de luz. Crescimento; Regulação do sono; CONTROLE HORMONAL

10/09/2015. Glândula pineal. Hormônio Melatonina : produzido à noite, na ausência de luz. Crescimento; Regulação do sono; CONTROLE HORMONAL Glândulas endócrinas e tecidos que secretam hormônios; Coordena funções do organismo CONTROLE HORMONAL S. Nervoso + S. endócrino = Homeostase Mensageiros químicos; Atuam em um tecido ou órgão alvo específico;

Leia mais

ORGANIZAÇÃO MORFOLÓGICA E FUNCIONAL DO SISTEMA HIPOTALÂMICO HIPOFISÁRIO

ORGANIZAÇÃO MORFOLÓGICA E FUNCIONAL DO SISTEMA HIPOTALÂMICO HIPOFISÁRIO ORGANIZAÇÃO MORFOLÓGICA E FUNCIONAL DO SISTEMA HIPOTALÂMICO HIPOFISÁRIO Laboratório de Neuroendocrinologia Prof. Dr. Celso Rodrigues Franci Fernanda Barbosa Lima Os sistemas nervoso e endócrino regulam

Leia mais

BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 42 APARELHO REPRODUTOR FEMININO

BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 42 APARELHO REPRODUTOR FEMININO BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 42 APARELHO REPRODUTOR FEMININO Fixação 1) (UERJ) O gráfico abaixo ilustra um padrão de níveis plasmáticos de vários hormônios durante o ciclo menstrual da mulher. a) Estabeleça

Leia mais

Classificação: valores

Classificação: valores ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO 1º Teste Sumativo DISCIPLINA DE BIOLOGIA 12ºano Turma A TEMA : Reprodução Humana 20 de Outubro de 2011 90 minutos Nome: Nº Classificação: valores A professora:

Leia mais

Sistema endócrino. Apostila 3 Página 22

Sistema endócrino. Apostila 3 Página 22 Sistema endócrino Apostila 3 Página 22 Sistema mensageiro Hormônios: informacionais, produzidas pelas glândulas endócrinas e distribuídas pelo sangue. Órgão-alvo: reage ao estímulo do hormônio. Sistema

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Humana

Anatomia e Fisiologia Humana Introdução Boa parte do funcionamento do corpo humano depende da comunicação entre as células por meio de mensageiros químicos que viajam pelos sangue. Conjunto de células produtoras de hormônios. Hormônios

Leia mais

FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 1 UNIVERSIDADE DE CUIABÁ Atividade Presencial: estudo através de Textos e Questionários realizado em sala de aula SOBRE A FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO CADA ESTUDANTE DEVERÁ IMPRIMIR E LEVAR

Leia mais

Fisiologia humana 0 (parte IV) Hormônios e reprodução. Natália A. Paludetto nataliaapaludetto@gmail.com http://proenem.sites.ufms.

Fisiologia humana 0 (parte IV) Hormônios e reprodução. Natália A. Paludetto nataliaapaludetto@gmail.com http://proenem.sites.ufms. Fisiologia humana 0 (parte IV) Hormônios e reprodução Natália A. Paludetto nataliaapaludetto@gmail.com http://proenem.sites.ufms.br/ Sistema Endócrino Composto pelas glândulas endócrinas integra e regula

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO FISIOLOGIA DI SISTEMA NERVOSO AUTONOMO. Fundamentos da organização morfo-funcional do SNA.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO FISIOLOGIA DI SISTEMA NERVOSO AUTONOMO. Fundamentos da organização morfo-funcional do SNA. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FISIOLOGIA DI SISTEMA NERVOSO AUTONOMO Fundamentos da organização morfo-funcional do SNA. Obs: O texto abaixo apresenta caráter introdutório, dessa forma, não substitui as aulas

Leia mais

Diversidade do sistema endócrino

Diversidade do sistema endócrino Diversidade do sistema endócrino Importância Biomédica - hormônio palavra de origem grega despertar para a atividade - Definição clássica Conceito célula alvo - ação bioquímica ou fisiológica Importância

Leia mais

Sistema endócrino + Sistema nervoso. integração e controle das funções do organismo

Sistema endócrino + Sistema nervoso. integração e controle das funções do organismo Sistema endócrino Sistema endócrino + Sistema nervoso integração e controle das funções do organismo Sistema endócrino Conjunto de glândulas endócrinas que secretam hormônio Relembrando Glândulas que liberam

Leia mais

Sistema Endócrino Sistema Endócrino Sistema Endócrino Sistema Endócrino Sistema Endócrino Sistema Endócrino Mensagem Química: Hormônios Os hormônios são substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea

Leia mais

Sistema Endócrino. Introdução. Glândulas e suas secreções. 1. Hipotálamo: 2. Hipófise anterior (adeno-hipófise):

Sistema Endócrino. Introdução. Glândulas e suas secreções. 1. Hipotálamo: 2. Hipófise anterior (adeno-hipófise): Introdução Sistema Endócrino O sistema endócrino é composto por um grupo de tecidos especializados (glândulas) cuja função é produzir e liberar na corrente sanguínea substâncias chamadas Hormônios. Os

Leia mais

Existem três tipos de glândulas: endócrinas (tireóide, suprarrenal), exócrinas (lacrimais, mamárias) e anfícrinas ou mistas (pâncreas)

Existem três tipos de glândulas: endócrinas (tireóide, suprarrenal), exócrinas (lacrimais, mamárias) e anfícrinas ou mistas (pâncreas) Existem três tipos de glândulas: endócrinas (tireóide, suprarrenal), exócrinas (lacrimais, mamárias) e anfícrinas ou mistas (pâncreas) É formado pelas glândulas endócrinas Essas tem origem no tecido epitelial

Leia mais

Hipófise. 1.1. Relações anatômicas. Hipotálamo interface entre os sistemas nervoso e endócrino. Remoção cirúrgica morte 1 a 2 dias

Hipófise. 1.1. Relações anatômicas. Hipotálamo interface entre os sistemas nervoso e endócrino. Remoção cirúrgica morte 1 a 2 dias 1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA HIPOTÂMICO HIPÓFISÁRIO 1.1. Relações anatômicas Hipófise Hipotálamo interface entre os sistemas nervoso e endócrino Infundíbulo Controla a função hipofisária através

Leia mais

Fisiologia do Sistema Endócrino-I

Fisiologia do Sistema Endócrino-I Curso Preparatório para Residência em Enfermagem-2012 Fisiologia do Sistema Endócrino-I Prof. Fernando Ramos Gonçalves -Msc Glândulas endócrinas: Funções: Secreções de substâncias (hormônios) que atuam

Leia mais

ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA. M.S. Cássio Cassal Brauner FAEM-UFPel

ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA. M.S. Cássio Cassal Brauner FAEM-UFPel ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA M.S. Cássio Cassal Brauner Prof. DZ-FAEM FAEM-UFPel ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA Endocrinologia é parte das ciências médicas que trata da secreção das glândulas internas (hormônios)

Leia mais

HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE. Introdução à Endocrinologia

HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE. Introdução à Endocrinologia HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE Introdução à Endocrinologia GENERALIDADES SOBRE HORMÔNIOS CONCEITO Hormônios são substâncias que funcionam como mensageiras inter-celulares CLASSIFICAÇÃO DOS HORMÔNIOS PROTÉICOS Formados

Leia mais

29/03/2012. Biologia. Principais glândulas endócrinas humanas

29/03/2012. Biologia. Principais glândulas endócrinas humanas Biologia Tema: Módulo 01: Anatomia e fisiologia Marcos Vinícius Introdução É um sistema que juntamente com o sistema nervoso atua no controle das funções gerais do nosso organismo. É representado pelos

Leia mais

REPRODUÇÃO GERAL NOS MAMÍFEROS DOMÉSTICOS Ismar Araújo de Moraes Fisiologia Veterinária

REPRODUÇÃO GERAL NOS MAMÍFEROS DOMÉSTICOS Ismar Araújo de Moraes Fisiologia Veterinária REPRODUÇÃO GERAL NOS MAMÍFEROS DOMÉSTICOS Ismar Araújo de Moraes Fisiologia Veterinária INTRODUÇÃO REVISÃO DOS ASPECTOS ANATÔMICOS http://www.fao.org/wairdocs/ilri/x5442e/x5442e05.gif 1- corno uterino

Leia mais

Profª Leticia Pedroso

Profª Leticia Pedroso Profª Leticia Pedroso Sistema Endócrino O homem apresenta em seu organismo várias glândulas endócrinas (glândulas que secretam hormônios para dentro do sangue). Hormônios são mensageiros químicos responsáveis

Leia mais

ZOOLOGIA E HISTOLOGIA ANIMAL

ZOOLOGIA E HISTOLOGIA ANIMAL ZOOLOGIA E HISTOLOGIA ANIMAL Sistema Endócrino Prof. Fernando Stuchi Introdução à Endocrinologia As múltiplas atividades das células, tecidos e órgãos do corpo são coordenadas pelo inter-relacionamento

Leia mais

Hipófise (ou glândula Pituitária)

Hipófise (ou glândula Pituitária) Sistema Hormonal Sistema Hormonal O sistema endócrino é formado pelo conjunto de glândulas endócrinas, as quais são responsáveis pela secreção de substância denominadas hormonas. As glândulas endócrinas

Leia mais

PROGRAMAS DE IATF EM NOVILHAS ZEBUÍNAS

PROGRAMAS DE IATF EM NOVILHAS ZEBUÍNAS ANEXO TÉCNICO DO MANUAL DE SINCRONIZAÇÃO E INSEMINAÇÃO EM TEMPO FIXO EM BOVINOS PROGRAMAS DE IATF EM NOVILHAS ZEBUÍNAS Os protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) são utilizados de forma

Leia mais

Sistema Endócrino É UM SISTEMA SOFISTICADO E SENSÍVEL FORMADO POR VÁRIOS ÓRGÃOS OU

Sistema Endócrino É UM SISTEMA SOFISTICADO E SENSÍVEL FORMADO POR VÁRIOS ÓRGÃOS OU SISTEMA ENDRÓCRINO Sistema Endócrino É UM SISTEMA SOFISTICADO E SENSÍVEL FORMADO POR VÁRIOS ÓRGÃOS OU GLÂNDULAS DIFERENTES QUE SECRETAM HORMÔNIOS. OS HORMÔNIOS SÃO MENSAGEIROS QUÍMICOS,GERALMENTE TRANSPORTADOS

Leia mais

Profº André Montillo www.montillo.com.br

Profº André Montillo www.montillo.com.br Profº André Montillo www.montillo.com.br Introdução: A célula é uma entidade isolada em sua própria membrana, bem como as suas organelas que também se encontram envoltas em sua próprias membranas, separando-as

Leia mais

7ª série / 8º ano 2º bimestre U. E. 10

7ª série / 8º ano 2º bimestre U. E. 10 7ª série / 8º ano 2º bimestre U. E. 10 Tipos de reprodução Reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de gerar descendentes da mesma espécie. A união dos gametas é chamada fecundação, ou fertilização,

Leia mais

ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA. M. V. Doutorando Lucas Balinhas Farias

ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA. M. V. Doutorando Lucas Balinhas Farias ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA M. V. Doutorando Lucas Balinhas Farias Anatomia do sistema reprodutivo feminino Genitália externa, vagina, cérvix, útero, ovidutos e ovários Maturidade Sexual É representada

Leia mais

HISTOLOGIA. Folículos ovarianos

HISTOLOGIA. Folículos ovarianos HISTOLOGIA No ovário identificamos duas porções distintas: a medula do ovário, que é constituída por tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos sangüíneos, célula hilares (intersticiais), e a córtex do ovário,

Leia mais

EMBRIOLOGIA HUMANA. -Disciplina: Genética e Embriologia. -Profª: Ana Cristina Confortin -2014/1

EMBRIOLOGIA HUMANA. -Disciplina: Genética e Embriologia. -Profª: Ana Cristina Confortin -2014/1 EMBRIOLOGIA HUMANA -Disciplina: Genética e Embriologia -Profª: Ana Cristina Confortin -2014/1 ÚTERO * Compreender a estrutura do tero é base para compreensão dos ciclos reprodutivos e da implantação do

Leia mais

Mensageiros Químicos. Introdução: As Comunicações entre as células: 3 Tipos de Moléculas: Receptores:

Mensageiros Químicos. Introdução: As Comunicações entre as células: 3 Tipos de Moléculas: Receptores: Introdução: A célula é uma entidade isolada em sua própria membrana, bem como as suas organelas que também se encontram envoltas em sua próprias membranas, separando-as do restante da célula. Desta forma

Leia mais

CAPACITAÇÃO ESPERMÁTICA. capacitação. Vaca: 6 a 7 horas Porca: 1 a 2 horas

CAPACITAÇÃO ESPERMÁTICA. capacitação. Vaca: 6 a 7 horas Porca: 1 a 2 horas CAPACITAÇÃO ESPERMÁTICA Ejaculação sptz fêmea aptos a fertilização capacitação Vaca: 6 a 7 horas Porca: 1 a 2 horas CAPACITAÇÃO ESPERMÁTICA Processo mediado por proteínas das glândulas sexuais acessórias

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL - UNISC DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA DISCIPLINA DE FISIOLOGIA GERAL HORMÔNIOS MASCULINOS

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL - UNISC DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA DISCIPLINA DE FISIOLOGIA GERAL HORMÔNIOS MASCULINOS UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL - UNISC DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA DISCIPLINA DE FISIOLOGIA GERAL HORMÔNIOS MASCULINOS Andiara Onizzolo Marques Isadora Schmachtenberg Manoela Zaccani Maristela Ullrich

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO. Professor: João Paulo

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO. Professor: João Paulo SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Professor: João Paulo SISTEMA REPRODUTOR FEMININO É constituído por: uma vulva (genitália externa), uma vagina, um útero, duas tubas uterinas (ovidutos ou trompas de Falópio),

Leia mais

Ginecologia Bovina. Parto e puerpério. Méd. Vet. Dra. Mara Rubin Laboratório de Embriologia Animal Depto de Clinica de Grandes Animais

Ginecologia Bovina. Parto e puerpério. Méd. Vet. Dra. Mara Rubin Laboratório de Embriologia Animal Depto de Clinica de Grandes Animais Ginecologia Bovina Parto e puerpério Méd. Vet. Dra. Mara Rubin Laboratório de Embriologia Animal Depto de Clinica de Grandes Animais Parto Parto: processo de dar a luz que envolve o preparo para dar a

Leia mais

FISIOLOGIA HUMANA III

FISIOLOGIA HUMANA III FISIOLOGIA HUMANA III UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Profª Drª Silvia Aparecida Pieta Interação dos sistemas nervoso e endócrino Os sistemas nervoso e

Leia mais

FISIOLOGIA DO EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE OVÁRIO. Rosy Ane de Jesus Pereira Araujo Barros

FISIOLOGIA DO EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE OVÁRIO. Rosy Ane de Jesus Pereira Araujo Barros FISIOLOGIA DO EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE OVÁRIO Rosy Ane de Jesus Pereira Araujo Barros CICLO MENSTRUAL A menstruação é um sangramento genital periódico e temporário na mulher. É um importantes marcador

Leia mais

GAMETOGÊNESE MASCULINA: ESPERMATOGÊNESE ESPERMATOGÊNESE

GAMETOGÊNESE MASCULINA: ESPERMATOGÊNESE ESPERMATOGÊNESE GAMETOGÊNESE MASCULINA: ESPERMATOGÊNESE Prof. Dr. Wellerson Rodrigo Scarano 1 ESPERMATOGÊNESE Definição Processo pelo qual se formam os gametas masculinos, os espermatozóides, a partir de células germinativas

Leia mais

SISTEMA ENDÓCRINO. Prof. Diego Ceolin

SISTEMA ENDÓCRINO. Prof. Diego Ceolin SISTEMA ENDÓCRINO Prof. Diego Ceolin INTRODUÇÃO Função: Atua juntamente com o sistema nervoso para o equilíbrio corporal ( Homeostase ) HOMEOSTASE Tendência permanente do organismo manter a constância

Leia mais

EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EMPRENHAR A VACA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL APÓS O PARTO

EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EMPRENHAR A VACA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL APÓS O PARTO TIAGO LEIVA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EMPRENHAR A VACA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL APÓS O PARTO Cria em gado de corte: o bezerro é o produto comercializado. Gado de leite (alta produção): a vaca precisa parir

Leia mais

Tema 07: Glândulas Endócrinas

Tema 07: Glândulas Endócrinas Universidade Federal do Amazonas ICB Dep. Morfologia Disciplina: Tópicos Especiais para Biotecnologia Tema 07: Glândulas Endócrinas Função Produção de hormônios; 1 Constituição Controle da homeostase;

Leia mais

Sistema Endócrino. Objetivo da Aula. Anatomia I. Aula 10 p. 76

Sistema Endócrino. Objetivo da Aula. Anatomia I. Aula 10 p. 76 Sistema Endócrino Objetivo da Aula Compreender a divisão, forma e função do sistema endócrino. Adquirir a capacidade de aplicar este conhecimento na prática acadêmica e profissional da Educação Física.

Leia mais

Professor Fernando Stuchi

Professor Fernando Stuchi REPRODUÇÃO Aulas 2 a 5 1º Bimestre Professor Fernando Stuchi Seres Vivos Segundo a Teoria Celular, todos os seres vivos (animais e vegetais) são constituídos por células (exceção dos vírus que não possuem

Leia mais

Bom trabalho! FICHA DE TRABALHO BIOLOGIA 12ºANO. Grupo I ESCOLA SECUNDÁRIA DOM MANUEL MARTINS 2007/08. Tigres vs. Alunos (Descubra as diferenças!

Bom trabalho! FICHA DE TRABALHO BIOLOGIA 12ºANO. Grupo I ESCOLA SECUNDÁRIA DOM MANUEL MARTINS 2007/08. Tigres vs. Alunos (Descubra as diferenças! ESCOLA SECUNDÁRIA DOM MANUEL MARTINS 2007/08 BIOLOGIA 12ºANO FICHA DE TRABALHO Bom trabalho! Tigres vs. Alunos (Descubra as diferenças! ) Grupo I Nos estudos efectuados nos últimos anos verificou-se a

Leia mais

Unidade 1 - REPRODUÇÃO E MANIPULAÇÃO DA FERTILIDADE

Unidade 1 - REPRODUÇÃO E MANIPULAÇÃO DA FERTILIDADE Que modificações ocorrem no organismo feminino após a nidação? A nidação e as primeiras fases de gestação encontram-se sob estreito controlo hormonal. A hormona hcg estimula o corpo lúteo a produzir hormonas,

Leia mais

Outubro 2013 VERSÂO 1. 1. Observe a figura a lado que representa o sistema reprodutor masculino.

Outubro 2013 VERSÂO 1. 1. Observe a figura a lado que representa o sistema reprodutor masculino. BIOLOGIA 1 12º A Outubro 2013 VERSÂO 1 1. Observe a figura a lado que representa o sistema reprodutor masculino. Figura 1 1.1. Complete a legenda da figura 1. 1.2. Identifique a estrutura onde ocorre a

Leia mais

SISTEMA ENDÓCRINO SISTEMA HORMONAL

SISTEMA ENDÓCRINO SISTEMA HORMONAL SISTEMA ENDÓCRINO SISTEMA HORMONAL HORMÔNIOS 1. MENSAGEIROS QUÍMICOS PRODUZIDOS PELAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS. 2. REGULADORES: - (ESTIMULANTES OU INIBIDORES) - (CRESCIMENTO, METABOLISMO, REPRODUÇÃO, ETC.)

Leia mais

Biologia 12ºA Outubro 2013

Biologia 12ºA Outubro 2013 Biologia 12ºA Outubro 2013 1 VERSÂO 2 1. Observe a figura a lado que representa o sistema reprodutor masculino. Figura 1 1.1. Complete a legenda da figura. 1.2. Identifique a estrutura onde ocorre a maturação

Leia mais

SISTEMA ENDÓCRINO - HORMONAL

SISTEMA ENDÓCRINO - HORMONAL SISTEMA ENDÓCRINO - HORMONAL As funções corporais são reguladas por dois grandes sistemas de controle: 1. Sist. Nervoso 2. Sist. Hormonal ou Endócrino envolvido com: - diferentes funções metabólicas -

Leia mais

CONTROLE NEUROENDÓCRINO DA REPRODUÇÃO HIPÓFISE

CONTROLE NEUROENDÓCRINO DA REPRODUÇÃO HIPÓFISE CONTROLE NEUROENDÓCRINO DA REPRODUÇÃO HIPÓFISE HIPÓFISE DE MAMÍFEROS Células gonadotrópicas Hipófise dos teleósteos Neurohipófise Ramos da NH NH não invade a hipófise Hipófise de pirarucu Eminência média?

Leia mais

(www.gineco.com.br) Com relação às alterações hormonais que ocorrem no ciclo menstrual, é correto afirmar que

(www.gineco.com.br) Com relação às alterações hormonais que ocorrem no ciclo menstrual, é correto afirmar que 01 - (Unicastelo SP) O gráfico representa os níveis de concentração dos diferentes hormônios femininos, no organismo, durante o ciclo menstrual. (www.gineco.com.br) Com relação às alterações hormonais

Leia mais

Bem Explicado - Centro de Explicações Lda. C.N. 9º Ano Reprodução humana

Bem Explicado - Centro de Explicações Lda. C.N. 9º Ano Reprodução humana Bem Explicado - Centro de Explicações Lda. C.N. 9º Ano Reprodução humana Nome: Data: / / 1. Os sistemas reprodutores masculino e feminino são diferentes apesar de serem constituídos por estruturas com

Leia mais

Sistema Endócrino. Introdução

Sistema Endócrino. Introdução Introdução A coordenação das funções do organismo é feita pelos sistemas nervoso e endócrino. Este é formado pelo conjunto das glândulas, que produzem os hormônios, substâncias lançadas no sangue que influenciam

Leia mais

II.4 - Histofisiologia dos Epitélios Glandulares:

II.4 - Histofisiologia dos Epitélios Glandulares: Capítulo 1: Parte 3 1 II.4 - Histofisiologia dos Epitélios Glandulares: O epitélio que participa principalmente da secreção está geralmente disposto em estruturas denominadas glândulas. As substâncias

Leia mais

FISIOLOGIA HUMANA SISTEMA ENDÓCRINO

FISIOLOGIA HUMANA SISTEMA ENDÓCRINO FISIOLOGIA HUMANA 1 SISTEMA ENDÓCRINO 2 1 Visão geral Sistema endócrino: Grupo de glândulas responsáveis por regular vários órgãos dentro do corpo; Satisfazer as necessidades de crescimento e reprodução

Leia mais

Curso: Integração Metabólica

Curso: Integração Metabólica Curso: Integração Metabólica Aula 7: Suprarrenal e tireoide Prof. Carlos Castilho de Barros Algumas pessoas podem apresentar distúrbios que provocam a obesidade. Estórias como Eu como pouco mas continuo

Leia mais

ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Sistema Endócrino

ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Sistema Endócrino ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Sistema Endócrino O sistema nervoso e as glândulas endócrinas são os dois principais mecanismos de comunicação e coordenação do corpo humano. Eles regulam quase todos os

Leia mais

Curso: Integração Metabólica

Curso: Integração Metabólica Curso: Integração Metabólica Aula 9: Sistema Nervoso Autônomo Prof. Carlos Castilho de Barros Sistema Nervoso Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Sensorial Motor Somático Autônomo Glândulas,

Leia mais

FISIOLOGIA DO EIXO HIPOTÁLAMO- HIPOFISÁRIO

FISIOLOGIA DO EIXO HIPOTÁLAMO- HIPOFISÁRIO FISIOLOGIA DO EIXO - HIPOFISÁRIO Letícia Lotufo Histórico: Sec. XI d.c. Galeno - primeiras evidências da associação íntima entre o hipotálamo e a hipófise 1920 Lewi & Greving Identificação do trato hipotalâmico-hipofisário

Leia mais

IMUNOCASTRAÇÃO. Universidade Estadual de Londrina Camila Lorena de Lucio 4º ano de Zootecnia.

IMUNOCASTRAÇÃO. Universidade Estadual de Londrina Camila Lorena de Lucio 4º ano de Zootecnia. IMUNOCASTRAÇÃO Universidade Estadual de Londrina Camila Lorena de Lucio 4º ano de Zootecnia. Cronograma 1.Introdução 2. Suínos 3. Bovinos 4.Imunocastração 5. Considerações finais 1. Introdução A castração

Leia mais

FISIOLOGIA ENDÓCRINA

FISIOLOGIA ENDÓCRINA EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM FISIOLOGIA ENDÓCRINA 01. Os chamados hormônios trópicos da hipófise são aqueles que estimulam: a) o desenvolvimento e a função de outras glândulas b) a produção e a eliminação

Leia mais

Aula 23 Sistema endócrino

Aula 23 Sistema endócrino Aula 23 Sistema endócrino O sistema endócrino é formado por órgãos e tecidos que secretam hormônios. Os hormônios são lançados na corrente sangüínea e influenciam a atividade de células, órgãos ou sistemas.

Leia mais

Estrutura adrenal. Função da medula adrenal. Função da medula adrenal. Funções do córtex adrenal. Funções do córtex adrenal. Funções do córtex adrenal

Estrutura adrenal. Função da medula adrenal. Função da medula adrenal. Funções do córtex adrenal. Funções do córtex adrenal. Funções do córtex adrenal Estrutura adrenal Função da medula adrenal O córtex compreende a zona glomerulosa, secretora dos minelocorticóides, e a zona reticulada, secretora de glicocorticóides e dos androgênios adrenais. A medula

Leia mais

Ciclo Menstrual. Ciclo Menstrual. Ciclo ovariano. Ciclo ovariano 17/08/2014. (primeira menstruação) (ausência de menstruação por 1 ano)

Ciclo Menstrual. Ciclo Menstrual. Ciclo ovariano. Ciclo ovariano 17/08/2014. (primeira menstruação) (ausência de menstruação por 1 ano) CICLO MENSTRUAL Ciclo Menstrual A maioria das mulheres passará por 300 a 400 ciclos menstruais durante sua vida Os ciclos variam entre 21 a 36 dias, em média 28 dias O sangramento dura de 3 a 8 dias A

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR. Sistema reprodutor feminino

SISTEMA REPRODUTOR. Sistema reprodutor feminino SISTEMA REPRODUTOR A reprodução é de importância tremenda para os seres vivos, pois é por meio dela que os organismos transmitem suas características hereditariamente e garantem a sobrevivência de suas

Leia mais

BIOLOGIA IACI BELO. www.iaci.com.br. 01. Identifique, na figura, as partes indicadas pelos números: 10:

BIOLOGIA IACI BELO. www.iaci.com.br. 01. Identifique, na figura, as partes indicadas pelos números: 10: BIOLOGIA IACI BELO www.iaci.com.br ASSUNTO: FISIOLOGIA Série: 2EM 01. Identifique, na figura, as partes indicadas pelos números: 1: 2: 3: 4 5: 6 7: 8 9: 10: 02. Explique por que o ventrículo esquerdo é

Leia mais

Sistema neuro-hormonal

Sistema neuro-hormonal Sistema neuro-hormonal O que é o sistema neuro-hormonal? Qualquer alteração no exterior ou no interior do corpo corresponde a um Estímulo que provoca uma resposta do sistema neurohormonal. Como funciona

Leia mais

O corpo humano está organizado desde o mais simples até o mais complexo, ou seja, do átomo microscópico ao complexo organismo humano macroscópico.

O corpo humano está organizado desde o mais simples até o mais complexo, ou seja, do átomo microscópico ao complexo organismo humano macroscópico. 1 O corpo humano está organizado desde o mais simples até o mais complexo, ou seja, do átomo microscópico ao complexo organismo humano macroscópico. Note essa organização na figura abaixo. - Átomos formam

Leia mais

GAMETOGÊNESES & SISTEMAS REPRODUTORES HUMANOS PROF. CARLOS FREDERICO

GAMETOGÊNESES & SISTEMAS REPRODUTORES HUMANOS PROF. CARLOS FREDERICO GAMETOGÊNESES & SISTEMAS REPRODUTORES HUMANOS PROF. CARLOS FREDERICO GAMETOGÊNESES O processo de formação de gametas, na maioria dos animais, se dád através s da meiose e recebe a denominação de gametogênese..

Leia mais

SISTEMA ENDÓCRINO Órgãos endócrinos e suas secreções, alvos e efeitos principais

SISTEMA ENDÓCRINO Órgãos endócrinos e suas secreções, alvos e efeitos principais LOCALIZAÇÃO SISTEMA ENDÓCRINO Órgãos endócrinos e suas secreções, alvos e efeitos principais TIPO QUÍMICO HORMÔNIO ALVO EFEITOS PRINCIPAIS Glândula pineal Glândula Amina Melatonina Desconhecido Controla

Leia mais

Comportamento sexual está intimamente relacionado ao comportamento reprodutivo; Influenciado por vários fatores fisiológicos e comportamentais;

Comportamento sexual está intimamente relacionado ao comportamento reprodutivo; Influenciado por vários fatores fisiológicos e comportamentais; Curso - Psicologia Disciplina: Bases Biológicas do Comportamento Resumo Aula - Comportamento Reprodutivo Comportamento Reprodutivo Comportamento sexual está intimamente relacionado ao comportamento reprodutivo;

Leia mais

Profa. Juliana Normando Pinheiro UNIC -Universidade de Cuiabá SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Profa. Juliana Normando Pinheiro UNIC -Universidade de Cuiabá SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Profa. Juliana Normando Pinheiro UNIC -Universidade de Cuiabá SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Funções Produz gametas: óvulos Produz hormônios da reprodução Recebe as células reprodutivas do macho Fornece local

Leia mais