ANO XXV ª SEMANA DE MARÇO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 11/2014
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- Ana Luísa Costa de Sá
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1 ANO XXV ª SEMANA DE MARÇO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 11/2014 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA DECLARAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS (DBF) OBSERVAÇÕES... Pág. 200 DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE DE AÇÕES (DTTA) OBSERVAÇÕES GERAIS... Pág. 202 DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS PAGOS A CONSULTORES POR ORGANISMOS INTERNACIONAIS (DERC) OBSERVAÇÕES GERAIS... Pág. 204 IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE DISPENSA DE RETENÇÃO DO IRRF DE VALOR IGUAL OU MENOR QUE R$ 10,00 (DEZ REAIS) - NORMAS GERAIS... Pág. 206
2 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA Sumário 1. Introdução 2. Obrigatoriedade da Apresentação 3. Forma e Prazo da Apresentação 4. Falta ou Atraso na Apresentação 1. INTRODUÇÃO DECLARAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS (DBF) Observações Através da Instrução Normativa RFB nº 1.307, de 27 de dezembro de 2012 (DOU de ), com as alterações introduzidas pela IN RFB nº 1.389/2013 e 1.426/2013, foram instituídas as normas para apresentação da Declaração de Benefícios Fiscais - DBF, as quais examinaremos neste trabalho. 2. OBRIGATORIEDADE DA APRESENTAÇÃO Ficam obrigados à apresentação da DBF: a) os órgãos responsáveis pela administração das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais, no que diz respeito às doações efetuadas a esses fundos; b) os órgãos responsáveis pela administração das contas dos Fundos dos Direitos do Idoso nacional, estaduais, distrital e municipais, no que diz respeito às doações efetuadas a esses fundos; c) o Ministério da Cultura, no que diz respeito às contribuições ao Fundo Nacional da Cultura (FNC), às doações e aos patrocínios a projetos culturais que tenham sido previamente aprovados por esse órgão e aos valores despendidos a título de aquisição do vale-cultura; d) a Agência Nacional do Cinema (Ancine), no que diz respeito às doações, aos investimentos e aos patrocínios a projetos de obras audiovisuais que tenham sido previamente aprovados por essa agência e aos benefícios fiscais oriundos de remessas para o exterior; e) o Ministério do Esporte, no que diz respeito às doações e aos patrocínios a projetos desportivos e paradesportivos que tenham sido previamente aprovados por esse órgão; f) o Ministério da Saúde, no que diz respeito ao cancelamento e aos deferimentos e indeferimentos definitivos de pedidos de concessão e de renovação dos certificados de entidades beneficentes de assistência social e às doações e aos patrocínios a projetos do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD) previamente aprovados por esse órgão; g) o Ministério da Educação, no que diz respeito ao cancelamento e aos deferimentos e indeferimentos definitivos de concessão e de renovação dos certificados de entidades beneficentes de assistência social; h) o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no que diz respeito ao cancelamento e aos deferimentos e indeferimentos definitivos de pedidos de concessão e de renovação dos certificados de entidades beneficentes de assistência social; i) o Ministério das Minas e Energia, no que diz respeito a projetos relativos ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura (Reidi) aprovados por esse órgão; j) o Ministério dos Transportes, no que diz respeito a projetos relativos ao Reidi aprovados por esse órgão; k) o Ministério da Integração Nacional, no que diz respeito a projetos relativos ao Reidi aprovados por esse órgão; l) a Secretaria Especial de Portos, no que diz respeito a projetos relativos ao Reidi previamente aprovados por esse órgão; m) o Ministério das Cidades, no que diz respeito a projetos relativos ao Reidi aprovados por esse órgão; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MARÇO - 11/
3 n) a Secretaria de Aviação Civil, no que diz respeito a projetos relativos ao Reidi aprovados por esse órgão. Notas: 1) Nas hipóteses previstas letras i a n do item 2 a DBF: a) as informações prestadas pelo órgão setorial serão as mesmas por ele exigidas da pessoa jurídica enquadrada no Reidi, na forma em que definidas pelo respectivo órgão setorial em ato próprio; b) deverá ser apresentada a partir de 2014 em relação aos projetos e aditivos do Reidi aprovados pelo órgão setorial no ano-calendário anterior; c) o órgão setorial poderá delegar a obrigatoriedade de entrega da declaração a outro órgão vinculado, mediante a edição de ato específico a ser editado até o último dia útil do ano-calendário objeto da DBF, ficando o órgão vinculado responsável perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB); d) o órgão setorial deverá comunicar à RFB a conclusão do projeto, no prazo de trinta dias de sua ocorrência. 3. FORMA E PRAZO DA APRESENTAÇÃO A DBF deverá ser apresentada, em meio digital, mediante a utilização da versão 5.0, disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço e deverá ser utilizado para prestação das informações de que trata o item 2 a partir de 1º de janeiro de O programa DBF 5.0 deverá ser utilizado, também, para entrega de declarações em atraso ou retificadoras. A DBF deverá ser apresentada até o último dia útil do mês de março, em relação ao ano-calendário imediatamente anterior. Para a apresentação da DBF relativa a fatos geradores ocorridos a partir do ano-calendário 2010, é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante utilização de certificado digital válido. O recibo de entrega da DBF será gravado em disco rígido de computador ou em mídia removível após a transmissão. Os declarantes relacionados nas letras f, g e h do item 2 poderão entregar até o último dia útil do mês de março de 2014 a DBF referente ao exercício 2013 referente às informações sobre certificados de entidades beneficentes de assistência social. 4. FALTA OU ATRASO NA APRESENTAÇÃO A não apresentação da DBF no prazo estabelecido no art. 4º ou a sua apresentação com incorreções ou omissões acarretará a aplicação das seguintes penalidades, definidas no art. 57 da Medida Provisória nº , de 24 de agosto de 2001: a) por apresentação extemporânea: a.1) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido ou tenham optado pelo Simples Nacional; a.2) R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas jurídicas; a.3) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas físicas; b) por não cumprimento à intimação da RFB para cumprir obrigação acessória ou para prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário; c) por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou omitidas: c.1) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MARÇO - 11/
4 c.2) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais), do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa física ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta. Notas: 1) Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nas letras b e c do item 4 serão reduzidos em 70% (setenta por cento). 2) Para fins do disposto na letra a do item 4, em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a letra a.2 do item 4. 3) A multa prevista na letra a do item 4 será reduzida à metade, quando a obrigação acessória for cumprida antes de qualquer procedimento de ofício. 4) Na hipótese de pessoa jurídica de direito público, serão aplicadas as multas previstas na letra a.1, na letra b e na letra c.2, do item 4. Fundamentos Legais: Os citados no texto. Sumário DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE DE AÇÕES (DTTA) Observações Gerais 1. Introdução 2. Obrigatoriedade da Apresentação 3. Caso em Que a DTTA Terá Que Ser Apresentada 4. Forma de Apresentação 5. Prazo Para Apresentação 6. DTTA Retificadora 7. Guarda de Documentos 8. Falta ou Apresentação de Forma Inexata ou Incompleta 1. INTRODUÇÃO Foram instituídas, por meio da Instrução Normativa RFB nº 892, de 18 de dezembro de 2008 (DOU de ), com as alterações da Instrução Normativa RFB nº 921, de 20 de fevereiro de 2009 (DOU de ), as normas para apresentação da Declaração de Transferência de Titularidade de Ações - DTTA, as quais examinaremos neste trabalho. 2. OBRIGATORIEDADE DA APRESENTAÇÃO Ficam obrigadas à apresentação da DTTA as entidades encarregadas do registro de transferência de ações. Considera-se entidade encarregada do registro de transferência de ações negociadas fora de bolsa, sem intermediação: a) a companhia emissora das ações, quando a própria companhia mantém o livro de Transferência de Ações Nominativas ; b) a instituição autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a manter serviços de ações escriturais quando contratada pela companhia emissora para manutenção do livro de Transferência de Ações Nominativas ; c) a instituição que receber a ordem de transferência do investidor, no caso de ações depositadas em custódia fungível. 3. CASO EM QUE A DTTA TERÁ QUE SER APRESENTADA A DTTA será apresentada na hipótese de o alienante deixar de exibir o documento de arrecadação de receitas federais que comprove o pagamento do Imposto de Renda sobre o ganho de capital incidente na alienação, ou IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MARÇO - 11/
5 declaração de inexistência de imposto devido em até 15 (quinze) dias após vencido o prazo legal para seu pagamento. A declaração de inexistência de imposto devido deve ser emitida na forma do Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 892/2008, devendo a entidade encarregada do registro manter o documento arquivado enquanto perdurar o direito de a Fazenda Pública constituir os créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. Declaração ANEXO I MODELO DE DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE IMPOSTO DEVIDO (Lei nº , de 21 de dezembro de 2004, art. 5º, 1º) (Nome do alienante), com domicílio (endereço completo), inscrito no CPF/CNPJ sob o nº..., declara a inexistência de Imposto sobre a Renda devido na transferência de titularidade de ações negociadas fora do mercado de bolsa, sem intermediação. O signatário está ciente de que a falsidade na prestação destas informações configura hipótese de crime contra a ordem tributária prevista no art. 2º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. Local e data... ASSINATURA DO RESPONSÁVEL (Abono da assinatura pela entidade encarregada do registro) 4. FORMA DE APRESENTAÇÃO A DTTA deverá ser apresentada, em meio digital, com base no leiaute constante do Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 892/2008, mediante a utilização do programa gerador, de livre reprodução, disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço < A DTTA deverá ser apresentada mediante a utilização do programa de transmissão Receitanet. Para a transmissão da DTTA, é obrigatória a assinatura digital efetivada mediante utilização de certificado digital válido, para fatos geradores ocorridos a partir do 1º semestre de 2010 (Art. 1º, inc. XXI, da Instrução Normativa RFB nº 969/2009, com as alterações introduzidas pela Instrução Normativa RFB nº 995/2010). O programa aplica-se também às pessoas jurídicas extintas, cindidas totalmente, fusionadas ou incorporadas durante o período declarado. 5. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO As declarações geradas pelo programa DTTA devem ser apresentadas: a) até o último dia útil do mês de março, contendo as informações relativas ao 2º semestre do ano anterior; e b) até o último dia útil do mês de setembro, contendo as informações relativas ao 1º semestre do ano em curso. As declarações relativas aos eventos de extinção, cisão total, fusão ou incorporação deverão ser entregues pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas e incorporadas no mesmo período. 6. DTTA RETIFICADORA A alteração de declaração entregue será efetivada mediante apresentação de declaração retificadora, que substituirá, integralmente, as informações apresentadas na declaração anterior, devendo conter todas as informações anteriormente declaradas, ainda que não sujeitas à alteração, bem como as informações a serem adicionadas ou retificadas. 7. GUARDA DE DOCUMENTOS As entidades obrigadas à entrega da DTTA deverão conservar cópia dos sistemas utilizados para processamento das informações relativas à transferência de titularidade de ações, bem como das bases de dados processadas, IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MARÇO - 11/
6 de forma a possibilitar a recomposição e comprovação das informações constantes na DTTA enquanto perdurar o direito de a Fazenda Pública constituir os créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. 8. FALTA OU APRESENTAÇÃO DE FORMA INEXATA OU INCOMPLETA A não apresentação da DTTA ou sua apresentação, de forma inexata ou incompleta, sujeitará a entidade responsável pelo registro de transferência de ações à multa de 30% (trinta por cento) do valor do imposto devido. Fundamentos Legais: Os citados no texto. DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS PAGOS A CONSULTORES POR ORGANISMOS INTERNACIONAIS (DERC) Observações Gerais Sumário 1. Introdução 2. Obrigatoriedade da Apresentação 3. Programa Gerador e Instruções de Preenchimento da DERC 4. Prazo de Apresentação da DERC 5. Penalidades 6. Comprovante Anual de Rendimentos 1. INTRODUÇÃO Foram instituídas, por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.114, de 28 de dezembro de 2010 (DOU de ), as normas para apresentação da Declaração de Rendimentos Pagos a Consultores por Organismos Internacionais - DERC, as quais examinaremos neste trabalho. 2. OBRIGATORIEDADE DA APRESENTAÇÃO Ficam obrigados à apresentação da Derc: a) os órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta, que contratarem consultorias e serviços técnicos especializados, no âmbito de acordos e instrumentos congêneres de cooperação técnica com organismos internacionais celebrados nos termos do Decreto nº 5.151, de 22 de julho de 2004 ; e b) os órgãos e entidades da Administração Estadual e Municipal, direta e indireta, que estabelecerem acordos e instrumentos de cooperação técnica com organismos internacionais. Os órgãos e entidades de que tratam as letras a e b acima informarão, por intermédio da Derc, os pagamentos efetuados mensalmente, a qualquer título, de forma discriminada por natureza e beneficiário. 3. PROGRAMA GERADOR E INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA DERC O programa e as instruções de preenchimento da Derc, versão 3.2b (Derc 3.2b), deverá ser utilizado para os anos-calendário de 2011 a As declarações referentes aos pagamentos efetuados a partir de 01/01/2007, as declarações relativas às informações de exercícios anteriores e as declarações retificadoras deverão ser entregues utilizando a nova versão do programa da Derc. O programa, de livre reprodução estará disponível na Internet, no endereço < Nota: o instalador 3.2b foi disponibilizado apenas para incluir na caixa de combinação os anos-calendário 2011 a 2015, por isso, os contribuintes que utilizaram o anterior não precisam apresentar declarações retificadoras em decorrência apenas deste novo instalador. 4. PRAZO DE APRESENTAÇÃO DA DERC A Derc deverá ser apresentada até o último dia útil do mês de março, em relação ao ano-calendário imediatamente anterior, por intermédio da Internet, utilizando-se o Programa Receitanet, disponível no endereço mencionado no item 3, observado o seguinte: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MARÇO - 11/
7 a) para a apresentação da Derc referente aos fatos geradores ocorridos a partir do ano-calendário 2010, é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante utilização de certificado digital; b) o recibo de entrega da Derc será gravado no disquete ou no disco rígido, após a transmissão; c) a apresentação da Derc no prazo acima faz prova do atendimento, pelos órgãos e entidades de que trata a letra a do item 2, ao disposto no 4º do art. 5º do Decreto nº 5.151, de PENALIDADES Com a nova redação dada ao art. 57 da Medida Provisória nº , de 24 de agosto de 2011, pelo o art. 57 da Lei nº /2013, e o item 6.1 do Parecer Normativo nº 3, de 10 de junho de 2013 (DOU de ), a partir de 25 de outubro de 2013, o sujeito passivo que deixar de apresentar nos prazos fixados declaração, demonstrativo ou escrituração digital exigidos nos termos do art. 16 da Lei no 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que os apresentar com incorreções ou omissões será intimado para apresentá-los ou para prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas: a) por apresentação extemporânea: a.1) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido ou pelo Simples Nacional; a.2) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas jurídicas; a.3) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas físicas; b) por não cumprimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil para cumprir obrigação acessória ou para prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário; c) por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou omitidas: c.1) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta; c.2) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais), do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa física ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta. Notas: 1) Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nas letras b e c do item 5 serão reduzidos em 70% (setenta por cento). 2) Para fins do disposto na letra a do item 5, em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a letra a.2 do item 5. 3) A multa prevista na letra a do item 5será reduzida à metade, quando a obrigação acessória for cumprida antes de qualquer procedimento de ofício. 4) Na hipótese de pessoa jurídica de direito público, serão aplicadas as multas previstas na letra a.2 do item 5, na letra b e na letra c.2 do item COMPROVANTE ANUAL DE RENDIMENTOS Os órgãos e entidades obrigados à apresentação da Derc poderão emitir o Comprovante Anual de Rendimentos por meio do programa de que trata o item 3, o qual deverá ser fornecido aos respectivos beneficiários, em uma única via, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano-calendário subsequente àquele a que se referirem os rendimentos informados, observado o seguinte: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MARÇO - 11/
8 a) fica facultada a emissão do Comprovante Anual de Rendimentos por outro meio que não o estabelecido acima, desde que o mesmo contenha todas as informações nele previstas, dispensada assinatura ou chancela mecânica; b) é obrigatória a emissão de novo Comprovante Anual de Rendimentos quando da apresentação da Derc Retificadora para alterar informações do beneficiário; c) o não fornecimento do Comprovante Anual de Rendimentos aos beneficiários no prazo estabelecido, ou a sua emissão com inexatidão, sujeitará o órgão ou entidade ao pagamento de multa de R$ 41,43 (quarenta e um reais e quarenta e três centavos) por documento. Fundamentos legais: os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE Sumário DISPENSA DE RETENÇÃO DO IRRF DE VALOR IGUAL OU MENOR QUE R$ 10,00 (DEZ REAIS) Normas Gerais 1. Introdução 2. Rendimentos Aos Quais se Aplica a Dispensa de Retenção 3. Rendimentos Aos Quais Não se Aplica a Dispensa de Retenção 4. Normas a Observar Pagamentos a Pessoas Físicas Pagamentos a Pessoas Jurídicas 1. INTRODUÇÃO O artigo 724 do RIR/1999 dispensou a retenção de Imposto de Renda Retido na Fonte, de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais). neste trabalho abordaremos os casos em que se aplicam tais situações. 2. RENDIMENTOS AOS QUAIS SE APLICA A DISPENSA DE RETENÇÃO O artigo 67 da Lei nº 9.430/1996 incorporado ao art. 724 do RIR/1999 dispensou a retenção de Imposto de Renda, de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais). O Ato Declaratório Normativo Cosit nº 15/1997, esclareceu que fica dispensada a retenção do Imposto de Renda na Fonte incidente sobre os rendimentos: a) pagos a pessoas físicas, quando os rendimentos devam integrar a base de cálculo do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual do beneficiário, tais como: salários, exceto o 13º salário, alugueis, rendimentos do trabalho não assalariado, etc.; b) pagos ou creditados a pessoas jurídicas, quando o rendimento integrar a base de cálculo do imposto devido pela beneficiária, seja essa tributada com base no lucro real, presumido ou arbitrado, tais como: comissões, remuneração de serviços prestados, rendimentos de aplicações financeiras, etc. O limite para dispensa do imposto na fonte de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais) refere-se aos rendimentos pagos ou creditados a cada beneficiário individualmente (Decisão nº 99/1997 da 7ª Região Fiscal). Não se aplica ao Imposto de Renda na Fonte incidente sobre rendimentos que devam integrar a base de cálculo do imposto devido nas declarações de ajuste anual o disposto no artigo 68 da Lei nº 9.430/1996, que prevê a adição de imposto de valor inferior a R$ 10,00 (dez reais) com o de períodos subsequentes até completar esse valor (Decisão nº 267/1997 da 7ª Região Fiscal). 3. RENDIMENTOS AOS QUAIS NÃO SE APLICA A DISPENSA DE RETENÇÃO A dispensa de retenção não se aplica nos casos em que os rendimentos são de tributação exclusiva na fonte, como por exemplo: a) 13º salário pago a empregados, trabalhadores avulsos, servidores públicos e aposentados e pensionistas da Previdência Social, rendimentos pagos pelas pessoas jurídicas a beneficiário não identificado; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MARÇO - 11/
9 b) rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e fundos de investimentos e juros remuneratórios do capital próprio pagos ou creditados; c) rendimentos pagos ou creditados a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no Exterior. 4. NORMAS A OBSERVAR Pagamentos a Pessoas Físicas Havendo mais de um pagamento no mês ao mesmo beneficiário, e se por ocasião do primeiro pagamento não houver retenção do Imposto de Renda, por não superar o limite de R$ 10,00 (dez reais), a retenção deverá ser efetuada no segundo pagamento, se da aplicação da tabela progressiva, sobre a soma dos rendimentos pagos no mês, resultar imposto de valor superior a este limite Pagamentos a Pessoas Jurídicas No caso dos rendimentos pagos a pessoas jurídicas, o imposto incide sobre cada pagamento ou crédito de rendimentos, sem a acumulação com outros valores pagos ou creditados anteriormente, à mesma beneficiária. Assim, se no mês ocorrer mais de um pagamento ou crédito de rendimentos à mesma pessoa jurídica, o imposto será calculado sobre o valor de cada um, e se não superar o limite de R$ 10,00 (dez reais), ficará dispensado da retenção, ainda que o montante do imposto apurado no mês, sobre o somatório desses rendimentos, ultrapassasse esse limite. Ressalte-se que, se ocorrerem vários pagamentos ou créditos de rendimentos à mesma pessoa jurídica em um mesmo dia, o somatório dos valores pagos ou creditados constitui uma base de cálculo unitária do imposto, ainda que baseada em vários documentos. Dessa forma, ficará dispensada a retenção, se o imposto apurado sobre o somatório dos rendimentos pagos ou creditados à mesma beneficiária em um mesmo dia for de valor inferior a R$ 10,00 (dez reais). Exemplo: Pagamento de duas Notas Fiscais relativo a serviços prestados pela Empresa Alfa sujeitos à retenção do IRRF à alíquota de 1,5%, no dia , nos seguintes valores: Nota Fiscal nº 100 R$ 550,00 Nota Fiscal nº 120 R$ 650,00 Total pago no dia R$ 1.200,00 IRRF a ser retido (R$ 1.200,00 x 1,5%) R$ 18,00 Fundamentos Legais: Os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MARÇO - 11/
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