SEMANA DO MEIO AMBIENTE LICENCIAMENTO AMBIENTAL LEI COMPLEMENTAR Nº 140/2011. Ricardo Carneiro Junho/2014
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- Maria Vitória Martinho Moreira
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1 SEMANA DO MEIO AMBIENTE LICENCIAMENTO AMBIENTAL LEI COMPLEMENTAR Nº 140/2011 Ricardo Carneiro Junho/2014
2 Constituição da República Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (...) III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; (...) COMO? POR QUE? VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; (...) Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de )
3 Histórico da Regulamentação Apresentada Proposta de Lei Complementar (PLC) nº 12/2003, pelo Deputado Sarney Filho; Iniciado debate, em Seminário promovido pelo MMA no Rio de Janeiro: REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A REGULAMENTAÇÃO DO ART. 23 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O FORTALECIMENTO DO SISNAMA Dez./04 GT criado, com participação do MMA, IBAMA, ABEMA, ANAMMA, CNM, ANA, Conselheiros do CONAMA e etc., para tratar da regulamentação do art. 23; Jul./05 Aprovada minuta de PLC pelo GT; Câmara aprova Substitutivo ao PLC nº 12/2003; Publicada Lei Complementar nº 140/2011.
4 Competência para licenciar ANTES da LC nº 140/2011 Lei nº 6.938, de Resolução CONAMA nº 237, de ÓRGÃO ESTADUAL INTEGRANTE DO SISNAMA IBAMA MUNICÍPIO EM REGRA LICENCIAVA LICENCIAVA ATIVIDADES E OBRAS COM SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL, DE ÂMBITO NACIONAL OU REGIONAL LICENCIAVA EMPREENDIMENTOS CUJO IMPACTO DIRETO LOCAL NÃO EXTRAPOLAVA OS LIMITES DO MUNICÍPIO
5 Competência para licenciar DEPOIS da LC nº 140/2011 ÓRGÃO ESTADUAL INTEGRANTE DO SISNAMA MUNICÍPIO IBAMA TODOS SÃO RESPONSÁVEIS PELO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
6 CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO Localização do empreendimento Tipo de atividade (militar, material radioativo, energia nuclear) Porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento A razão da excepcionalidade do critério da APA
7 Ações Administrativas da União (Art. 7º LC nº 140/2011) Exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida à União; Promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: conjuntamente no Brasil e em país limítrofe no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva Localizados ou desenvolvidos em terras indígenas em UCs instituídas pela União, exceto em APAs em 2 (dois) ou mais Estados
8 Ações Administrativas da União Promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo ou que utilizem energia nuclear que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento
9 Ações Administrativas do Estado Atuação Residual (Art. 8º LC nº 140/2011) Exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida aos Estados Promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7 o e 9 o ; localizados ou desenvolvidos em UCs instituídas pelo Estado, exceto em APAs;
10 Ações Administrativas do Município (Art. 9º LC nº 140/2011) Exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida ao Município; Observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; a) localizados em UCs instituídas pelo Município, exceto em APAs;
11 Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados por um único ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas na LC. Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental.
12 Forma de Cooperação entre os entres federados Atuação Supletiva Ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas na LC Atuação Subsidiária Ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas na LC
13 Atuação Supletiva Art. 5 o O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações administrativas a ele atribuídas nesta Lei Complementar, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a executar as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente. Parágrafo único. Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos do disposto no caput, aquele que possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e em número compatível com a demanda das ações administrativas a serem delegadas.
14 Atuação Supletiva Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na autorização ambiental, nas seguintes hipóteses: I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação; II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve desempenhar as ações administrativas municipais até a sua criação; e III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos. O QUE É ÓRGÃO AMBIENTAL CAPACITADO PARA FINS DE APLICAÇÃO DESTE ARTIGO?
15 Atuação Supletiva Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos para tramitação dos processos de licenciamento. 3 o O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica emissão tácita nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas instaura a competência supletiva referida no art. 15. E SE O UNIÃO NÃO CUMPRIR SEUS PRAZOS?
16 Atuação Subsidiária Art. 16. A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de apoio técnico, científico, administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação. Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente detentor da atribuição nos termos desta Lei Complementar.
17 Fiscalização x Licenciamento Impossibilidade de adoção dos mesmos critérios do licenciamento para a competência fiscalizatória. Impossibilidade de exigir averiguação da extensão nacional ou regional do impacto, para direcionar a atuação do órgão ambiental; mesmo que fosse possível essa averiguação, a extensão do dano nem sempre é clara; o iminente dano ambiental não pode esperar pelo exame da extensão; a imposição de requisitos para fiscalização impossibilitaria a ação rápida e eficaz dos entes públicos, que visam a proteção ao meio ambiente.
18 PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE ESTADOS UNIÃO SUBSIDIARIEDADE MUNICÍPIOS Todas as atribuições administrativas materiais devem ser exercidas, de modo preferencial, pela esfera mais próxima ou diretamente vinculada ao objeto de controle ou da ação de polícia
19 Fiscalização e Licenciamento (Art. 17 da LC nº 140/2011) Competência Ambiental Fiscalizadora Competência Ambiental Licenciadora Compete a todos os entes e órgãos do SISNAMA Competência definida nos termos da LC nº 140/2011 Mesmo que um ente não seja competente para licenciar, será competente para fiscalizar, podendo, autuar todos os responsáveis por qualquer dano que vier a ser causado, em atividade licenciada ou não.
20 Fiscalização e Licenciamento (Art. 17 da LC nº 140/2011) Fiscalização realizada por ente não licenciador Constatação de irregularidades Comunicação ao órgão licenciador para adoção das providências necessárias. No caso de inércia do órgão licenciador, procede a lavratura de autuação.
21 Art. 17, da LC nº 140/2011 Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada. Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão responsável pelo licenciamento, para efeito do exercício de seu poder de polícia. Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente ao órgão competente para as providências cabíveis. É permitido o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização.
22 COMPETÊNCIA FISCALIZATÓRIA DE ATIVIDADES LICENCIADAS/AUTORIZADAS PRINCÍPIO DO LICENCIADOR- FISCALIZADOR PRIMÁRIO DEVER PRIMÁRIO DE FISCALIZAR AS ATIVIDADES POR ELE LICENCIADAS SISTEMA DE PREVALÊNCIA OU PREVENÇÃO EM CASO DE OMISSÃO DO LICENCIADOR, O ENTE SUPLETIVO PODE AUTUAR, MAS O AI CEDE À LAVRATURA DO AUTO PELO ÓRGÃO LICENCIADO-FISCALIADOR PRIMÁRIO
23 COMPETÊNCIA FISCALIZATÓRIA DE ATIVIDADES LICENCIADAS/AUTORIZADAS Uma vez instado, nos termos do 2º do art. 17 da Lei Complementar nº 140/2011, da lavratura de auto de infração relacionado a atividade por ele licenciada, o ente licenciador/primeiro fiscalizador pode adotar uma das seguintes condutas: (i) não adotar qualquer medida de polícia em razão da prévia ação de ente legitimado; (ii) adotar medida de polícia (autuação e medidas acautelatórias julgadas cabíveis) que prevalecerá sobre aquela medida adotada pelo ente fiscalizador supletivo (desde que a penalidade não tenha sido tornada definitiva limite temporal); ou (iii) analisar tecnicamente a fiscalização realizada pelo ente fiscalizador supletivo e entender não-caracterizada a infração ambiental.
24 COMPETÊNCIA FISCALIZATÓRIA DE ATIVIDADES LICENCIÁVEIS, MAS NÃO EFETIVAMENTE LICENCIADAS ART. 17 DA LC SÓ VINCULA E DELIMITA A COMPETÊNCIA FISCALIZATÓRIA DE ATIVIDADES LICENCIADAS OU AUTORIZADAS A PRINCÍPIO, OS ÓRGÃOS AMBIENTAIS DEVEM RESTRINGIR A FISCALIZAÇÃO A SITUAÇÕES NÃO FISCALIZADAS PELOS OUTROS SISTEMA DE PREVALÊNCIA OU PREVENÇÃO, AINDA QUE O AUTO SEJA LAVRADO POR ENTE SUPLETIVO OPERAÇÕES DE FISCALIZAÇÃO DE VÁRIOS EMPREENDI- MENTOS OU ATIVIDADES
25 COMPETÊNCIA FISCALIZATÓRIA DE ATIVIDADES NÃO LICENCIÁVEIS ART. 17 DA LC SÓ VINCULA E DELIMITA A COMPETÊNCIA FISCALIZATÓRIA DE ATIVIDADES LICENCIADAS OU AUTORIZADAS PREVALECE, SEM RESTRIÇÕES, A COMPETÊNCIA COMUM SISTEMA DE PREVALÊNCIA OU PREVENÇÃO, CASO HAJA A LAVRATURA DE DOIS AUTOS
26 COMPETÊNCIA FISCALIZATÓRIA EM CASOS IMINÊNCIA DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL ENTE QUE TIVER CONHECIMENTO ADOTA AS PROVIDÊNCIAS CAUTELARES CABÍVEIS COMUNICA O ENTE LICENCIADOR, SE FOR O CASO, PARA AS MEDIDAS CABÍVEIS SE HOUVER AUTUAÇÃO PELO PRIMEIRO ÓRGÃO, ESTE NÃO SUBSISTIRÁ SE O ENTE COMPE- TENTE O FIZER NESTE CASO, AS MEDIDAS CAUTELARES DETERMINADAS DEVERÃO SER REVERTIDAS, SALVO SE SE TRATAR DE MEDIDAS JÁ CONCRETIZADAS
27 Lei nº 9.605/1998 Art O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a multa federal na mesma hipótese de incidência. Decreto nº 6.514/2008 Art. 12. O pagamento de multa por infração ambiental imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a aplicação de penalidade pecuniária pelo órgão federal, em decorrência do mesmo fato, respeitados os limites estabelecidos neste Decreto.
28 OBRIGADO! Ricardo Carneiro
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