Estudo de Cimentação de Poços Erodidos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Estudo de Cimentação de Poços Erodidos"

Transcrição

1 Estudo de Cimentação de Poços Erodidos Orientadoras: Mônica F. Naccache e Priscilla Varges Aluno: João Pedro Pimenta Introdução No processo de cimentação de poços, a operação é considerada satisfatória quando a pasta de cimento é capaz de deslocar completamente o fluido de perfuração presente no poço. Ao longo do poço podem aparecer regiões de alargamentos repentinos da seção reta, e nestas regiões deve-se garantir também o deslocamento total do fluido de perfuração, a fim de não comprometer a estabilidade do poço. Tanto o fluido de perfuração como a pasta de cimento são fluidos complexos, com comportamento não Newtoniano. Em geral, estes fluidos podem ser considerados fluidos puramente viscosos, pseudoplásticos ou viscoplásticos. Os fluidos pseudoplásticos são aqueles em que a viscosidade cai com a taxa de deformação, e os viscoplásticos, além de apresentarem esta característica, possuem também uma tensão limite de escoamento, abaixo da qual o fluido se comporta como um sólido, i.e., com viscosidade infinita. Dessa forma, a análise do escoamento de fluidos viscoplásticos através de passagens que variam de seção reta abruptamente, é um tema de grande interesse industrial, em especial para a análise do processo de cimentação de poços. O principal objetivo deste trabalho é determinar os parâmetros que afetam o processo de deslocamento e as faixas ótimas de operação, para evitar o acúmulo do fluido de perfuração nas zonas de alargamento do poço. Como mostra a figura 1, este acúmulo de fluido de perfuração prejudica severamente a qualidade do revestimento, de modo que a limpeza inadequada do reboco na parede do poço pode alterar o posicionamento do cimento, comprometendo a cimentação da região. Figura 1 Processo de cimentação em uma região com arrombamento de poço antes e após a cura, respectivamente. Objetivo

2 O principal objetivo do estudo é fazer uma análise experimental qualitativa da influência dos parâmetros governantes do escoamento desses fluidos complexos em regiões com o aumento do diâmetro da seção reta. Pretende-se avaliar a quantidade de fluido retido nas regiões de aumento da seção a fim de observar como o escoamento se desenvolve e assim, fazer uma analogia ao comportamento dos fluidos de perfuração em processos que envolvem a cimentação e perfuração de poços arrombados. Espera-se obter resultados experimentais para diversas combinações de parâmetros, como a reologia do fluido e a geometria utilizada, e em seguida realizar uma adimensionalização dos parâmetros governantes. Desse modo, pode-se estender a analogia desenvolvida para os dados de campo. Por fim, procura-se determinar valores críticos para tais parâmetros adimensionais para que seja possível maximizar a eficiência do deslocamento. Parâmetros e Equações Governantes Um esquema da geometria analisada é mostrado na figura 2. O fluido entra por um anular (diâmetros d e d ), escoa para um anular de diâmetro externo maior e igual a D. Inicialmente, iremos analisar apenas o escoamento de um único fluido através da tubulação, primeiramente um fluido Newtoniano e depois um fluido viscoplástico. Figura 2 Esquema da geometria analisada Os parâmetros relevantes podem ser separados em três grupos diferentes: -Parâmetros geométricos: ; -Parâmetros de Escoamento: -Parâmetros Reológicos: No caso de fluido Newtoniano, a viscosidade é o único parâmetro. No caso de fluido viscoplástico, os parâmetros relevantes seriam a tensão limite de escoamento y e uma viscosidade característica c.

3 Além disso, são utilizadas equações, descritas abaixo, para o calculo da vazão do escoamento e para o numero de Reynolds, para fluidos viscosos, a fim de determinar se os efeitos inerciais podem ser desconsiderados. Geometria Para analisar a eficiência do deslocamento é feita uma visualização na seção do alargamento. A figura 3 mostra o aparato experimental e detalhes da seção de testes.

4 Figura 3 Detalhes do aparato experimental e seção de testes Procedimento Experimental O experimento realizado em laboratório consiste num circuito hidráulico composto por uma bomba de deslocamento positivo, um pulse dampner, um reservatório de armazenamento de fluido, válvulas e mangueiras. A visualização do escoamento é feita através de fotos, tiradas por uma câmera fotográfica digital, de planos gerados por um laser continuo, cuidadosamente alinhados a fim de minimizar efeitos da luz natural nas fotos do plano de laser. Figura 4 Detalhes do aparato experimental e fotos de um experimento Tiram-se fotos do escoamento até que uma imagem ideal seja obtida mostrando da forma a fratura do escoamento do fluido, isto é, deve ser nítida a região onde se observa estagnação do fluido. Na sequencia, mantendo a câmera imóvel, um vídeo é feito do escoamento, que será posteriormente utilizado para um cálculo mais preciso da eficiência do deslocamento. Para a visualização do escoamento são inseridas partículas no fluido, e o escoamento é analisado a partir da imagem gerada pelo movimento das partículas. A figura 4 mostra um exemplo de foto de um escoamento. Observa-se na figural central que as partículas encontram-se estagnadas, e na figura da direita nota-se que as partículas descrevem linhas contínuas em quase todas a seção, identificando uma zona de escoamento, mas estão estagnadas nas regiões próximas aos cantos zonas de estagnação do fluido. A fronteira entre as duas zonas indica a região onde ocorre a fratura do fluido. Depois do término das fotos, calcula-se a vazão mássica do escoamento utilizando uma balança e um cronômetro, que será utilizada para obter os valores da velocidade do escoamento desenvolvido no tubo. Reologia A reologia do fluido representa uma parte importante do estudo, pois ela interfere não só em valores absolutos de propriedades do fluido, como a tensão limite, mas também qualitativamente, de modo que a mesma modifica o comportamento do escoamento

5 observado, por isso, procurou-se durante o experimento fixar uma reologia padrão, a fim de diminuir as variáveis analisadas. O fluido viscoplástico escolhido para o experimento foi a solução aquosa de carbopol, um polímero hidrossolúvel utilizado pela indústria para estabilizar emulsões e dar viscosidade a soluções tais como produtos em gel, em 0,1% de volume. A partir da curva de escoamento obtida, mostrada na figura 5, foram obtidos os parâmetros reológicos do fluido, modelado pela equação de Herschel-Bulkley: Figura 5 Curvas de escoamento para o Carbopol. A figura 5 mostra os valores obtidos para o Carbopol utilizado. A tensão limite de escoamento é igual a 2,299 Pa, o índice de consistência k é igual a 1,454 Pa.s n, e o índice de comportamento n é igual a 0,434. Procedimento Numérico A partir dos vídeos e fotos obtidos durante o experimento, são desenvolvidas rotinas no MATLAB a fim de obter valores precisos para a eficiência observada nas fotos, através do método de subtração, que procura subtrair um frame do vídeo pelo outro, diversas vezes, buscando eliminar as partículas traçantes que não se movimentam. Assim, pode-se obter uma foto final que apresenta de forma bastante precisa as regiões de deslocamento e as regiões de estagnação do fluido. A eficiência é definida como a razão entre a área de fluido escoando (região branca na Fig. 6) e a área total do duto (soma das regiões branca e preta na Fig. 6).

6 Figura 6 Demonstração da imagem utilizada pelo método de subtração para o calculo da eficiência e como a mesma se apresenta após o tratamento. Depois disso, os valores obtidos para a eficiência são utilizados para o desenvolvimento de um gráfico que pode, qualitativamente, extrapolar o comportamento do escoamento observado a dimensões próximas as utilizadas. Resultados A partir dos valores obtidos, pode-se observar que a quantidade de fluido estagnado no escoamento através da região de seção reta aumentada varia com os valores de L/D e D/d. Figura 7 Eficiência encontrada em função da velocidade adimensional. A figura 7 mostra os valores da eficiência no deslocamento de Carbopol em função da velocidade adimensional, para diferentes valores de L/D e D/d. Observa-se que a eficiência do deslocamento apresentada aumenta quando L/D aumenta e decresce quando D/d aumenta. As Fig. 8 e 9 mostram as fotos de escoamentos em diferentes geometrias e vazões, onde pode-se visualizar os resultados encontrados para a eficiência.

7 Figura 8 Visualização de escoamentos em geometrias de diferentes L/D Figura 9 Visualização de escoamentos em geometrias de diferentes D/d Além disso, foi possível observar ainda uma relação mais sutil entre a eficiência e a velocidade do escoamento, provavelmente relacionadas às propriedades do fluido, que apesar de viscoso, não possui tensão limite alta. Conclusão A partir do estudo que vem sendo conduzido, destaca-se a relação entre a região não deformada (zonas de estagnação do fluido, quando a tensão está abaixo da tensão limite de escoamento) e os parâmetros reológicos e geométricos, que vem se mostrando mais determinantes para a variação da eficiência do deslocamento do que os parâmetros de escoamento, como a velocidade adimensional (u * ). Próximos Passos Apesar dos resultados promissores, a condução de mais experimentos de visualização em que são observados D/d intermediários serão necessários para identificar o comportamento da estagnação do fluido em função da geometria utilizada. Além disso, a introdução do parâmetro excentricidade também fornecerá importantes informações sobre o comportamento do fluido viscoplástico durante o escoamento. Outro fator importante a ser observado é a mudança da reologia do fluido viscoplástico utilizado no experimento, a fim de observar possíveis mudanças qualitativas no comportamento apresentado pelo fluido durante o aumento abrupto da seção reta estudada. Posteriormente serão também analisados os casos de maior interesse industrial de um fluido deslocando outro, ambos com comportamento não Newtoniano. Referências Bibliográficas

8 [1] P.R. de Souza Mendes, E.S.S. Dutra, Viscosity function for yield-stress liquids, Appl. Rheol. 14 (6) (2004) [2] P.R. de Souza Mendes, E.S.S. Dutra, J.R.R. Siffert, M.F. Naccache, Gas displacement of viscoplastic liquids in capillary tubes, J. Non-Newtonian Fluid Mech., in press. [3] P.R. de Souza Mendes, M. Naccache, P.R. Varges, F.H. Marchesini, Flow of viscoplastic liquids through axisymmetric expansions-contractions, J. Non-Newt. Fluid Mech. 142 (2007)

ESTUDO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS EM POÇOS DE PETRÓLEO

ESTUDO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS EM POÇOS DE PETRÓLEO ESTUDO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS EM POÇOS DE PETRÓLEO Introdução Aluna: Hannah Alves Pinho Orientador: Mônica F. Naccache e Aline Abdu Foram realizados testes experimentais utilizando fluidos modelos

Leia mais

SIMULAÇÃO DE ESCOAMENTOS DE FLUIDOS COMPLEXOS

SIMULAÇÃO DE ESCOAMENTOS DE FLUIDOS COMPLEXOS SIMULAÇÃO DE ESCOAMENTOS DE FLUIDOS COMPLEXOS Aluno: Giselle da Silva Távora Orientador: Monica Feijo Naccache Introdução Uma das principais características dos fluidos está relacionada à propriedade de

Leia mais

ESTUDO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS EM POÇOS DE PETRÓEO. Aluna: Hannah Alves Pinho Orientador: Mônica F. Naccache e Aline Abdu

ESTUDO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS EM POÇOS DE PETRÓEO. Aluna: Hannah Alves Pinho Orientador: Mônica F. Naccache e Aline Abdu ESTUDO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS EM POÇOS DE PETRÓEO Aluna: Hannah Alves Pinho Orientador: Mônica F. Naccache e Aline Abdu Introdução Na indústria de petróleo, processos como os de perfuração, cimentação

Leia mais

ESTUDO NUMÉRICO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS

ESTUDO NUMÉRICO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS ESTUDO NUMÉRICO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS Aluno: Thiago Ferrão Moura Cruz Orientadora: Mônica Feijó Naccache e Aline Abdu Introdução Com o objetivo de estudar o comportamento do cimento

Leia mais

DESLOCAMENTO DE FLUIDO DE PERFURAÇÃO EM ANULARES DE POÇOS.

DESLOCAMENTO DE FLUIDO DE PERFURAÇÃO EM ANULARES DE POÇOS. DESLOCAMENTO DE FLUIDO DE PERFURAÇÃO EM ANULARES DE POÇOS. Aluna: Juliana de Paiva Corrêa Orientadora: Mônica Feijó Naccache 1. Introdução Depois da perfuração de um poço de exploração de petróleo, fluido

Leia mais

EFICIÊNCIA NO PROCESSO DE DESLOCAMENTO DE FLUIDOS DURANTE A CIMENTAÇÃO DE POÇOS

EFICIÊNCIA NO PROCESSO DE DESLOCAMENTO DE FLUIDOS DURANTE A CIMENTAÇÃO DE POÇOS EFICIÊNCIA NO PROCESSO DE DESLOCAMENTO DE FLUIDOS DURANTE A CIMENTAÇÃO DE POÇOS Aluna: Juliana de Paiva Corrêa Orientadoras: Mônica Feijó Naccache e Aline Abdu Introdução Depois da perfuração de um poço

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE FLUIDOS TIXOTRÓPICOS PARA A VALIDAÇÃO DE UM MODELO NUMÉRICO

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE FLUIDOS TIXOTRÓPICOS PARA A VALIDAÇÃO DE UM MODELO NUMÉRICO CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE FLUIDOS TIXOTRÓPICOS PARA A VALIDAÇÃO DE UM MODELO NUMÉRICO Aluno: Marcos Duarte de Araujo Cid Orientador: Paulo Roberto de Souza Mendes Introdução O conceito de material viscoplástico

Leia mais

Escoamento Permanente De Um Fluido Tixotrópico Através de Expansões Contrações Abruptas Axissimétricas

Escoamento Permanente De Um Fluido Tixotrópico Através de Expansões Contrações Abruptas Axissimétricas Edgar Hernán Cando Narváez Escoamento Permanente De Um Fluido Tixotrópico Através de Expansões Contrações Abruptas Axissimétricas Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial

Leia mais

Deslizamento aparente no escoamento de fluidos viscoplásticos através de um canal de placas paralelas

Deslizamento aparente no escoamento de fluidos viscoplásticos através de um canal de placas paralelas Deslizamento aparente no escoamento de fluidos viscoplásticos através de um canal de placas paralelas Aluno: Ricardo Teixeira Leite Orientador: Paulo Roberto de Souza Mendes Introdução Devido a sua aplicação

Leia mais

EFEITO DE REVESTIMENTO NA PERDA DE CARGA DURANTE O ESCOAMENTO INTERNO DE ÓLEOS PESADOS

EFEITO DE REVESTIMENTO NA PERDA DE CARGA DURANTE O ESCOAMENTO INTERNO DE ÓLEOS PESADOS EFEITO DE REVESTIMENTO NA PERDA DE CARGA DURANTE O ESCOAMENTO INTERNO DE ÓLEOS PESADOS Aluno: Marcelo M. da Silva Orientador: Paulo R. de Souza Mendes Introdução A importância dos petróleos pesados vem

Leia mais

1 Introdução 1.1. Motivação

1 Introdução 1.1. Motivação 1 Introdução 1.1. Motivação Um dos problemas mais desafiadores da nossa geração e possivelmente das seguintes, será tentar alongar o uso do petróleo como uma das principais fontes de energia no mundo.

Leia mais

TAMPONAMENTO DE POÇOS DE PETRÓLEO

TAMPONAMENTO DE POÇOS DE PETRÓLEO TAMPONAMENTO DE POÇOS DE PETRÓLEO Aluna: Fernanda de Azevedo Nascentes Orientadoras: Monica Feijó Naccache Priscilla Ribeiro Varges Introdução O processo de tamponamento consiste no bombeio de pasta de

Leia mais

Escoamento de Materiais Viscoplásticos Através de uma Expansão-Contração Abrupta

Escoamento de Materiais Viscoplásticos Através de uma Expansão-Contração Abrupta Luiz Antônio Reis Júnior Escoamento de Materiais Viscoplásticos Através de uma Expansão-Contração Abrupta DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA Orientadora: Prof. Mônica Feijó Naccache

Leia mais

5 Metodologia de Solução Numérica

5 Metodologia de Solução Numérica 5 Metodologia de Solução Numérica Neste capítulo será descrito a metodologia para a validação do modelo, através dos seguintes itens: Definição do Problema; Adimensionalização do Problema; ondições de

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA INTERFACIAL DE EMULSÕES DE ÓLEOS PESADOS

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA INTERFACIAL DE EMULSÕES DE ÓLEOS PESADOS Departamento de Engenharia Mecânica CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA INTERFACIAL DE EMULSÕES DE ÓLEOS PESADOS Aluno: Tatiana Naccache Rochinha Orientador: Paulo Roberto de Souza Mendes 1. Introdução A indústria

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DO FLUIDO DE BOGER E SOLUÇÃO DE POLIBUTENO + QUEROSENE

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DO FLUIDO DE BOGER E SOLUÇÃO DE POLIBUTENO + QUEROSENE CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DO FLUIDO DE BOGER E SOLUÇÃO DE POLIBUTENO + QUEROSENE Introdução Alunas: Juliana de Paiva Corrêa, Isabela Fernandes Soares Orientadora: Mônica Feijó Naccache O uso de compósitos

Leia mais

3 Tratamento dos dados

3 Tratamento dos dados 3 Tratamento dos dados Para aperfeiçoar o método de apresentação dos resultados foi desenvolvida uma metodologia para o tratamento das fotografias e uma adimensionalização dos parâmetros que governam o

Leia mais

ESTUDO NUMÉRICO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS

ESTUDO NUMÉRICO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS ESTUDO NUMÉRICO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS Aluno: Thiago Ferrão Moura Cruz Orientadora: Mônica Feijó Naccache Introdução Na extração de petróleo, ao se injetar um fluido para deslocar o

Leia mais

DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NO INTERIOR DE POÇOS DE PETRÓLEO

DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NO INTERIOR DE POÇOS DE PETRÓLEO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NO INTERIOR DE POÇOS DE PETRÓLEO Alunos: Bruno S. Fonseca e Marisa Bazzi Orientador: Paulo R. de Souza Mendes Co-orientador: Flávio H. Marchesini Introdução Na indústria do petróleo,

Leia mais

TAMPONAMENTO DE POÇOS DE PETRÓLEO

TAMPONAMENTO DE POÇOS DE PETRÓLEO TAMPONAMENTO DE POÇOS DE PETRÓLEO Aluna: Fernanda de Azevedo Nascentes Orientadora: Monica Feijó Naccache Introdução O processo de tamponamento consiste no bombeio de pasta de cimento para isolar um determinado

Leia mais

Tabela 4.1: Parâmetros reológicos do Carbopol 0,1 %

Tabela 4.1: Parâmetros reológicos do Carbopol 0,1 % 4 Resultados 4.1 Teste com óleo Lubrax GL5 Sae 140 Os primeiros testes nesta etapa do trabalho foram feitos com óleo Lubrax GL5 140 deslocando Carbopol 0, 1%. Devido ao fato que a metodologia para a preparação

Leia mais

4 Modelo de Hidráulica

4 Modelo de Hidráulica 4 Modelo de Hidráulica Um bom planejamento hidráulico é essencial para a perfuração de poços direcionais, assim como um bom entendimento das limitações e capacidades da sonda de perfuração e das necessidades

Leia mais

Décima aula de FT. Segundo semestre de 2013

Décima aula de FT. Segundo semestre de 2013 Décima aula de FT Segundo semestre de 2013 Vamos eliminar a hipótese do fluido ideal! Por que? Simplesmente porque não existem fluidos sem viscosidade e para mostrar que isto elimina uma situação impossível,

Leia mais

ESTUDO DA TRANSIÇÃO ENTRE ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO EM TUBO CAPILAR

ESTUDO DA TRANSIÇÃO ENTRE ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO EM TUBO CAPILAR ESTUDO DA TRANSIÇÃO ENTRE ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO EM TUBO CAPILAR M. H. MARTINS 1, A. KNESEBECK 1 1 Universidade Federal do Paraná, Departamento de Engenharia Química E-mail para contato: marcellohmartins@gmail.com

Leia mais

Fenômenos de Transporte I Aula 04 Cinemática dos Fluidos

Fenômenos de Transporte I Aula 04 Cinemática dos Fluidos Fenômenos de Transporte I Aula 04 Cinemática dos Fluidos 4.1 O que é a Cinemática dos Fluidos? A CINEMÁTICA DOS FLUIDOS é parte da Física que estuda o movimento de líquidos e gases ideais, ou seja, os

Leia mais

Escoamentos Bifásicos

Escoamentos Bifásicos multifásicos são encontrados em inúmeros processos industriais, como plantas de geração de energia, sistemas de combustão e produção de petróleo. No caso da indústria de petróleo, o escoamento em mais

Leia mais

Fenômeno de Transportes A PROFª. PRISCILA ALVES

Fenômeno de Transportes A PROFª. PRISCILA ALVES Fenômeno de Transportes A PROFª. PRISCILA ALVES PRISCILA@DEMAR.EEL.USP.BR Proposta do Curso Critérios de Avaliação e Recuperação Outras atividades avaliativas Atividades experimentais: Será desenvolvida

Leia mais

Reologia Interfacial

Reologia Interfacial Reologia Interfacial Aluno: Rodrigo Bianchi Santos Orientador: Paulo Roberto Mendes Co-Orientador: Priscilla Varges Introdução Reologia é o ramo da mecânica dos fluidos que estuda as características que

Leia mais

1 Introdução 1.1. Motivação

1 Introdução 1.1. Motivação 1 Introdução 1.1. Motivação A maioria das empresas petrolíferas do mundo está tendo grandes dificuldades para repor suas reservas, ou seja, estão produzindo anualmente um volume maior de petróleo do que

Leia mais

APLICAÇÕES DE DIFERENTES TIPOS DE ESCOAMENTO PARA DETERMINAR O NÚMERO DE REYNOLDS

APLICAÇÕES DE DIFERENTES TIPOS DE ESCOAMENTO PARA DETERMINAR O NÚMERO DE REYNOLDS APLICAÇÕES DE DIFERENTES TIPOS DE ESCOAMENTO PARA DETERMINAR O NÚMERO DE REYNOLDS César de Almeida Rodrigues (1); Raul José Alves Felisardo (2); Gabriela Menezes Silva (3); Natália Barbosa Santos Souza

Leia mais

OBTENÇÃO E ESTUDO REOLÓGICO DE COLCHÃO LAVADOR A BASE DE ÓLEO VEGETAL E TENSOATIVO

OBTENÇÃO E ESTUDO REOLÓGICO DE COLCHÃO LAVADOR A BASE DE ÓLEO VEGETAL E TENSOATIVO OBTENÇÃO E ESTUDO REOLÓGICO DE COLCHÃO LAVADOR A BASE DE ÓLEO VEGETAL E TENSOATIVO R. M. ARANHA 1, V. L. MOCHIZUKI 1, F. D. S. CURBELO 1, A. I. C. GUARNICA 1, J. C. O. FREITAS 2, R. K. P. SILVA 1 1 Universidade

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA INTERFACIAL DE EMULSÕES DE ÓLEOS PESADOS

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA INTERFACIAL DE EMULSÕES DE ÓLEOS PESADOS Departamento de Engenharia Mecânica CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA INTERFACIAL DE EMULSÕES DE ÓLEOS PESADOS Aluno: Tatiana Naccache Rochinha Orientador: Paulo Roberto de Souza Mendes. Introdução A indústria

Leia mais

1 Introdução. 1.1 Motivação e Descrição do Problema

1 Introdução. 1.1 Motivação e Descrição do Problema 1 Introdução O estudo da mecânica dos fluidos tem sido tema de diversos trabalhos publicados na literatura, sendo que muitas vezes esse estudo é aplicado às necessidades da indústria. A compreensão do

Leia mais

SELEÇÃO DE BOMBAS HIDRÁULICAS

SELEÇÃO DE BOMBAS HIDRÁULICAS SELEÇÃO DE BOMBAS HIDRÁULICAS Prof. Jesué Graciliano da Silva https://jesuegraciliano.wordpress.com/aulas/mecanica-dos-fluidos/ 1- EQUAÇÃO DE BERNOULLI A equação de Bernoulli é fundamental para a análise

Leia mais

3 MÉTODOS EXPERIMENTAIS

3 MÉTODOS EXPERIMENTAIS 3 MÉTODOS EXPERIMENTAIS Este capítulo foi dividido em quatro partes. Inicialmente foi realizada a caracterização reológica dos fluidos de trabalho, em seguida foram medidos o ângulo de contato e a rugosidade

Leia mais

Experiência de Reynolds

Experiência de Reynolds Experiência de Reynolds Esquema da bancada idealizada por Reynolds Reproduziremos a sua experiência em nossas bancadas Aonde visualizamos os escoamentos laminar e turbulento Além de visualizar o deslocamento

Leia mais

Capítulo 4. Resultados 60

Capítulo 4. Resultados 60 4 Resultados 4.1 Caracterização reológica Materiais complexos, tais como fluidos de perfuração, óleos parafínicos gelificados, cimento, soluções poliméricas, suspensões, emulsões e espumas em geral, apresentam

Leia mais

3 MÉTODOS EXPERIMENTAIS

3 MÉTODOS EXPERIMENTAIS 3 MÉTODOS EXPERIMENTAIS 3.1 Montagem Experimental A planta experimental projetada e construída por Dutra (18) no laboratório para representar o espaço anular de um poço e permitir a visualização da interface

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DE FLUIDOS COMPLEXOS

CARACTERIZAÇÃO DE FLUIDOS COMPLEXOS CARACTERIZAÇÃO DE FLUIDOS COMPLEXOS Aluna: Camila Moreira Costa Orientadoras: Monica Feijó Naccache e Aline Abdu Introdução Determinar as propriedades dos fluidos é de extrema importância para diversas

Leia mais

REOLOGIA DOS FLUIDOS

REOLOGIA DOS FLUIDOS UNIFEB ENGENHARIA QUÍMICA FENÔMENOS DE TRANSPORTE I REOLOGIA DOS FLUIDOS Prof. Marcelo Henrique 2015 1 O QUE É REOLOGIA? É o ramo da mecânica dos fluidos que estuda as propriedades físicas que influenciam

Leia mais

CONSTRUÇÃO DE MÓDULO DE REYNOLDS PARA VISUALIZAÇÃO DOS REGIMES DE ESCOAMENTO APLICADO AO ENSINO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS

CONSTRUÇÃO DE MÓDULO DE REYNOLDS PARA VISUALIZAÇÃO DOS REGIMES DE ESCOAMENTO APLICADO AO ENSINO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS CONSTRUÇÃO DE MÓDULO DE REYNOLDS PARA VISUALIZAÇÃO DOS REGIMES DE ESCOAMENTO APLICADO AO ENSINO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS Caroline Klinger 1, Nataly Leidens 2, Isaac dos Santos Nunes 3 1 URI Campus Santo

Leia mais

Estudo numérico do processo de cimentação em poços erodidos.

Estudo numérico do processo de cimentação em poços erodidos. Himer Alberto Mieles Pinto Estudo numérico do processo de cimentação em poços erodidos. Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Engenharia Mecânica da PUC-Rio como

Leia mais

CAPÍTULO 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

CAPÍTULO 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Capítulo 4 Resultados e Discussões 102 CAPÍTULO 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Neste capítulo, são apresentados e discutidos os resultados obtidos tanto nas determinações experimentais quanto nas simulações

Leia mais

Hidrodinâmica: Fluidos em Movimento

Hidrodinâmica: Fluidos em Movimento Hidrodinâmica: Fluidos em Movimento Renato Akio Ikeoka FLUIDOS EM MOVIMENTO Fluido subdivisão de elementos de volume suficientemente pequenos para que possamos tratar cada um deles como uma partícula e

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 2 FLUIDOS PARTE 2

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 2 FLUIDOS PARTE 2 FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 2 FLUIDOS PARTE 2 PROF.: KAIO DUTRA Fluido Como um Contínuo Se isolarmos um volume no espaço de ar de 0,001 mm³ (em torno do tamanho de um grão de areia), existirão em média

Leia mais

INFLUÊNCIA DO ÍNDICE DE COMPORTAMENTO DO MODELO POWER-LAW NA EFICIÊNCIA DO PROCESSO DE PERFURAÇÃO

INFLUÊNCIA DO ÍNDICE DE COMPORTAMENTO DO MODELO POWER-LAW NA EFICIÊNCIA DO PROCESSO DE PERFURAÇÃO INFLUÊNCIA DO ÍNDICE DE COMPORTAMENTO DO MODELO POWER-LAW NA EFICIÊNCIA DO PROCESSO DE PERFURAÇÃO 1 André Campanharo Gabriel e 2 Renato do Nascimento Siqueira 1 Aluno de Iniciação Científica PIVIC/IFES,

Leia mais

ESTUDOS DE FORÇAS NORMAIS EM MATERIAIS VISCOPLÁSTICOS

ESTUDOS DE FORÇAS NORMAIS EM MATERIAIS VISCOPLÁSTICOS Departamento de Engenharia Mecânica ESTUDOS DE FORÇAS NORMAIS EM MATERIAIS VISCOPLÁSTICOS Aluno: Tatiana Naccache Rochinha Orientador: Paulo Roberto de Souza Mendes Coorientador: Priscilla Ribeiro Varges

Leia mais

Elementos de Máquinas II. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica

Elementos de Máquinas II. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica Elementos de Máquinas II 6. ELEMENTOS DE APOIO - Mancais de Deslizamento TÓPICOS ABORDADOS: 6.1. Introdução 6.. Nomenclatura e Definições 6.3. Projeto de Mancais de Deslizamento 6.4. Lubrificação 6.5.

Leia mais

4 Resultados (4-1) µ deslocador

4 Resultados (4-1) µ deslocador 4 Resultados 4.1 Validação da bancada experimental Foi realizada uma sequência de testes afim de validar a bancada experimental. A verificação foi realizada através do deslocamento de um fluido newtoniano

Leia mais

3 Metodologia Experimental

3 Metodologia Experimental 3 Metodologia Experimental Neste capítulo será descrito o desenvolvimento e construção da bancada experimental (Figura 3.1). Além disso, serão apresentados os resultados das duas etapas de validação da

Leia mais

Jaques Savino. Deslocamento de fluidos em poços horizontais não retilíneos. Dissertação de Mestrado

Jaques Savino. Deslocamento de fluidos em poços horizontais não retilíneos. Dissertação de Mestrado Jaques Savino Deslocamento de fluidos em poços horizontais não retilíneos Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-

Leia mais

Nouar et al. [23] apresentaram um estudo numérico sobre a convecção térmica em fluidos do tipo Herschel-Bulkley. A análise foi feita para convecção

Nouar et al. [23] apresentaram um estudo numérico sobre a convecção térmica em fluidos do tipo Herschel-Bulkley. A análise foi feita para convecção 2 Revisão Bibliográfica Na literatura, embora não tão vasta quanto no caso de fluidos newtonianos, diversas investigações relacionadas ao comportamento térmico de escoamentos de fluidos não newtonianos

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE FLUIDO TIXOTRÓPICO

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE FLUIDO TIXOTRÓPICO CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE FLUIDO TIXOTRÓPICO Aluno: Pablo Esteban Salinas Solis Orientadores: Mônica F. Naccache e Priscilla Varges Introdução Fluidos estruturados se encontram em uma ampla gama de atividades.

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 1-3 TERMODINÂMICA APLICADA AS MÁQUINAS TÉRMICAS PROF.: KAIO DUTRA Diagrama de Fases Estado líquido Mistura bifásica líquido-vapor Estado de vapor Conservação

Leia mais

TAMPONAMENTO DE POÇOS DE PETRÓLEO

TAMPONAMENTO DE POÇOS DE PETRÓLEO TAMPONAMENTO DE POÇOS DE PETRÓLEO Introdução Aluna: Hannah Alves Pinho Orientador: Mônica F. Naccache e Priscilla Varges A operação de tamponamento de poços é muito frequente na indústria do petróleo.

Leia mais

EXPERIMENTO 02. Estudo da influência da perda de carga e da rugosidade de tubos no escoamento forçado de líquidos. Prof.

EXPERIMENTO 02. Estudo da influência da perda de carga e da rugosidade de tubos no escoamento forçado de líquidos. Prof. EXPERIMENTO 02 Estudo da influência da perda de carga e da rugosidade de tubos no escoamento forçado de líquidos Prof. Lucrécio Fábio Atenção: As notas destinam-se exclusivamente a servir como roteiro

Leia mais

Escoamento completamente desenvolvido

Escoamento completamente desenvolvido Escoamento completamente desenvolvido A figura mostra um escoamento laminar na região de entrada de um tubo circular. Uma camada limite desenvolve-se ao longo das paredes do duto. A superfície do tubo

Leia mais

VISUALIZAÇÃO DE ESCOAMENTO UTILIZANDO FEIXE DE LASER

VISUALIZAÇÃO DE ESCOAMENTO UTILIZANDO FEIXE DE LASER UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA VISUALIZAÇÃO DE ESCOAMENTO UTILIZANDO FEIXE DE LASER por Coraci Júnior Gomes - 143370 Filipe Silveira

Leia mais

2a LISTA DE EXERCÍCIOS

2a LISTA DE EXERCÍCIOS IPH 01107 a LISTA DE EXERCÍCIOS 1) Para o escoamento de 15 N/s de ar [R = 87 m /(s.k)] a 30 o C e 100 kpa (absoluta), através de um conduto de seção transversal retangular com 15 X 30 cm, calcule (a) a

Leia mais

4 Análise de Resultados

4 Análise de Resultados 4 Análise de Resultados 4.1 Medição de vazão com extensômetro Inicialmente, a resistência de cada extensômetro foi medida com um multímetro Agilent 34970 A, para cada valor de vazão, na faixa de 0 a 14

Leia mais

Mecânica dos Fluidos. Perda de Carga

Mecânica dos Fluidos. Perda de Carga Mecânica dos Fluidos Perda de Carga Introdução Na engenharia trabalhamos com energia dos fluidos por unidade de peso, a qual denominamos carga (H); No escoamento de fluidos reais, parte de sua energia

Leia mais

MEMÓRIA DE PRESSÃO OBTIDA APÓS TESTES DE SURGE & SWAB

MEMÓRIA DE PRESSÃO OBTIDA APÓS TESTES DE SURGE & SWAB MEMÓRIA DE PRESSÃO OBTIDA APÓS TESTES DE SURGE & SWAB 1 Felipe Martinhuk, 2 Nezia de Rosso, 3 Cezar Negrão 1 Bolsista de iniciação Científica CERNN/UTFPR, discente do curso de Engenharia Mecânica 2 Mestre

Leia mais

2 Fundamentos Teóricos

2 Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos.1.Propriedades Físicas dos Fluidos Fluidos (líquidos e gases) são corpos sem forma própria; podem se submeter a variações grandes da forma sob a ação de forças; quanto mais fraca a

Leia mais

4 Caracterização do Corpo de prova e dos Fluidos

4 Caracterização do Corpo de prova e dos Fluidos 4 Caracterização do Corpo de prova e dos Fluidos Neste Capítulo, serão mostrados os procedimentos experimentais utilizados para determinar as propriedades do corpo de prova e dos fluidos que serão utilizados

Leia mais

Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo Disciplina de Física do Solo.

Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo Disciplina de Física do Solo. Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo Disciplina de Física do Solo. Reologia Aluna: Glaucia Moser Prof. José Miguel Reichert Santa Maria,

Leia mais

ANÁLISE REOLOGICA NA ELABORAÇÃO DE PASTAS DE CIMENTO PARA CIMENTAÇÃO EM POÇOS DE PETRÓLEO

ANÁLISE REOLOGICA NA ELABORAÇÃO DE PASTAS DE CIMENTO PARA CIMENTAÇÃO EM POÇOS DE PETRÓLEO ANÁLISE REOLOGICA NA ELABORAÇÃO DE PASTAS DE CIMENTO PARA CIMENTAÇÃO EM POÇOS DE PETRÓLEO Jose de Arimateia Almeida e Silva 1 ; Sanclero de Melo Nunes 1 ; Frankslale Meira 2 ; 1 Instituto Federal da Paraíba

Leia mais

Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular

Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular 1. (Petrobrás/2010) Um oleoduto com 6 km de comprimento e diâmetro uniforme opera com um gradiente de pressão de 40 Pa/m transportando

Leia mais

Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica

Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica Conceitos fundamentais Fluido É qualquer substância que se deforma continuamente quando submetido a uma tensão de cisalhamento, ou seja, ele escoa. Fluidos

Leia mais

+ MECÂNICA DOS FLUIDOS. n DEFINIÇÃO. n Estudo do escoamento de li quidos e gases (tanques e tubulações) n Pneuma tica e hidraúlica industrial

+ MECÂNICA DOS FLUIDOS. n DEFINIÇÃO. n Estudo do escoamento de li quidos e gases (tanques e tubulações) n Pneuma tica e hidraúlica industrial Mecânica Sólidos INTRODUÇÃO MECÂNICA DOS FLUIDOS FBT0530 - FÍSICA INDUSTRIAL PROFA. JULIANA RACT PROFA. MARINA ISHII 2018 Fluidos O que é um fluido? MECÂNICA DOS FLUIDOS PROPRIEDADE SÓLIDOS LÍQUIDOS GASES

Leia mais

1.Introdução. 1.1.Motivação

1.Introdução. 1.1.Motivação 1.Introdução 15 Os derivados de petróleo são umas das principais fontes de energia e de matéria-prima para indústria petroquímica e química no mundo. Este recurso natural é um dos pilares fundamentais

Leia mais

3.1- Escoamento É a mudança de forma do fluido sob a ação de um esforço tangencial.

3.1- Escoamento É a mudança de forma do fluido sob a ação de um esforço tangencial. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Campus Bagé SEMESTRE: 2013/2 CURSOS: ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO/ ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COMPONENTE CURRICULAR: FENÔMENOS DE TRANSPORTE (BA000200) PROFESSOR: Marcilio Machado

Leia mais

ANÁLISE NUMÉRICA DE ESCOAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS EM POÇOS DE PETRÓLEO

ANÁLISE NUMÉRICA DE ESCOAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS EM POÇOS DE PETRÓLEO ANÁLISE NUMÉRICA DE ESCOAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS EM POÇOS DE PETRÓLEO Aluno: Marcos Alexandre Izidoro da Fonseca Orientador: Monica Feijo Nacacche Introdução Depois da perfuração de um poço de

Leia mais

2 Formulação Matemática e Modelagem Computacional

2 Formulação Matemática e Modelagem Computacional 2 Formulação Matemática e Modelagem Computacional 2.1. Formulação Matemática A análise do escoamento através de tubos capilares foi desenvolvida utilizando-se o código CFD que vem sendo desenvolvido e

Leia mais

3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA

3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA 3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA CONVECÇÃO FORÇADA NO INTERIOR DE TUBOS Cálculo do coeficiente de transferência de calor e fator de atrito Representa a maior resistência térmica, principalmente se for um gás

Leia mais

4º Laboratório de EME 502 MEDIDAS DE VAZÃO

4º Laboratório de EME 502 MEDIDAS DE VAZÃO Universidade Federal de Uberlândia Instituto de Engenharia Mecânica 4º Laboratório de EME 502 MEDIDAS DE VAZÃO Profa. Ana Lúcia Fernandes de Lima e Silva http://www.iem.unifei.edu.br/labtc/ana.html Objetivos

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DO FLUIDO DE BOGER REFORÇADO POR FIBRAS

CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DO FLUIDO DE BOGER REFORÇADO POR FIBRAS CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DO FLUIDO DE BOGER REFORÇADO POR FIBRAS Aluna: Isabela Fernandes Soares Orientadoras: Mônica Feijó Naccache e Aline Abdu Introdução Em muitas aplicações da engenharia, a adição

Leia mais

OBTENÇÃO DE COLCHÃO LAVADOR A BASE DE TENSOATIVO E ÓLEO VEGETAL PARA REMOÇÃO DE FLUIDO DE PERFURAÇÃO NÃO AQUOSO

OBTENÇÃO DE COLCHÃO LAVADOR A BASE DE TENSOATIVO E ÓLEO VEGETAL PARA REMOÇÃO DE FLUIDO DE PERFURAÇÃO NÃO AQUOSO OBTENÇÃO DE COLCHÃO LAVADOR A BASE DE TENSOATIVO E ÓLEO VEGETAL PARA REMOÇÃO DE FLUIDO DE PERFURAÇÃO NÃO AQUOSO Rayanne Macêdo Aranha ¹; Victória de Lima Mochizuki ² ; Fabíola Dias da Silva Curbelo 3 ;

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES

FENÔMENOS DE TRANSPORTES FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 10 ESCOAMENTO INTERNO INCOMPRESSÍVEL PROF.: KAIO DUTRA Escoamento Interno e Externo Escoamentos internos ou em dutos: São escoamentos completamente envoltos por superfícies

Leia mais

Observações: 2 R diâmetros (D) das equações pelos diâmetros hidráulicos (D H) e nada se altera.

Observações: 2 R diâmetros (D) das equações pelos diâmetros hidráulicos (D H) e nada se altera. O cãozinho chamado lemão nasceu com HIDROCEFLI (acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano dentro do crânio, que leva ao inchaço cerebral) e mesmo contra os diagnósticos conviveu comigo durante 3 anos,

Leia mais

Bruno José Barreto Nassar. Escoamentos de Líquidos Elasto-Viscoplásticos através de uma Expansão-Contração Abrupta Axissimétrica

Bruno José Barreto Nassar. Escoamentos de Líquidos Elasto-Viscoplásticos através de uma Expansão-Contração Abrupta Axissimétrica Bruno José Barreto Nassar Escoamentos de Líquidos Elasto-Viscoplásticos através de uma Expansão-Contração Abrupta Axissimétrica Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para

Leia mais

Equações de Navier-Stokes

Equações de Navier-Stokes Equações de Navier-Stokes Para um fluido em movimento, a pressão (componente normal da força de superfície) é diferente da pressão termodinâmica: p " # 1 3 tr T p é invariante a rotação dos eixos de coordenadas,

Leia mais

Mecânica dos Fluidos

Mecânica dos Fluidos Mecânica dos Fluidos Cinemática dos Fluidos: Escoamento e Balanços Prof. Universidade Federal do Pampa BA000200 Campus Bagé 27 e 28 de março de 2017 Cinemática dos Fluidos, Parte 1 1 / 35 Escoamento de

Leia mais

1.2. Revisão Bibliográfica

1.2. Revisão Bibliográfica 19 1 Introdução Os fluidos tixotrópicos estão presentes em diversos setores industriais. Lamas de perfuração, tintas, produtos cosméticos e farmacêuticos, alimentos, gels, recobrimentos, cimentos, óleo

Leia mais

-Semelhança geométrica. -Semelhança cinemática. Semelhança hidrodinámica. - Semelhança dinámica.

-Semelhança geométrica. -Semelhança cinemática. Semelhança hidrodinámica. - Semelhança dinámica. -Semelhança geométrica. Semelhança hidrodinámica. -Semelhança cinemática. - Semelhança dinámica. Semelhança geométrica Semelhança geométrica é cumprida quando são iguais os ângulos semelhantes das máquinas

Leia mais

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I Prof. Gerônimo Virgínio Tagliaferro FENÔMENOS DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL Programa Resumido 1) Cominuição e classificação de sólidos granulares 2) Medidas de Vazão em

Leia mais

DESLOCAMENTO DE BOLHAS DE GÁS EM FLUIDOS VISCOPLÁSTICOS

DESLOCAMENTO DE BOLHAS DE GÁS EM FLUIDOS VISCOPLÁSTICOS DESLOCAMENTO DE BOLHAS DE GÁS EM FLUIDOS VISCOPLÁSTICOS Alunos: Fernando V. da Senhora e Marcos D. de A. Cid Orientador: Paulo R. de Souza Mendes Introdução Um dos problemas mais preocupantes da indústria

Leia mais

Perda de carga em escoamentos laminares de fluidos pseudoplásticos através de uma curva de 90º

Perda de carga em escoamentos laminares de fluidos pseudoplásticos através de uma curva de 90º Latin American Journal of Energy Research Lajer (2015) v. 2, n. 2, p. 1 7 DOI: http://dx.doi.org/10.21712/lajer.2015.v2.n2.p1-7 Perda de carga em escoamentos laminares de fluidos pseudoplásticos através

Leia mais

5 Conclusões e recomendações para trabalhos futuros

5 Conclusões e recomendações para trabalhos futuros 5 Conclusões e recomendações para trabalhos futuros 154 5 Conclusões e recomendações para trabalhos futuros 5.1. Conclusões O presente trabalho combinou o estudo experimental com o numérico para uma geometria

Leia mais

ESTE Aula 2- Introdução à convecção. As equações de camada limite

ESTE Aula 2- Introdução à convecção. As equações de camada limite Universidade Federal do ABC ESTE013-13 Aula - Introdução à convecção. As equações de camada limite EN 41: Aula As equações de camada limite Análise das equações que descrevem o escoamento em camada limite:

Leia mais

PME/EP/USP. Prof. Antonio Luiz Pacífico

PME/EP/USP. Prof. Antonio Luiz Pacífico Exercícios PME 3230 - Mecânica dos Fluidos I PME/EP/USP Prof. Antonio Luiz Pacífico 2 Semestre de 2016 PME 3230 - Mecânica dos Fluidos I (EP-PME) Exercícios 2 Semestre de 2016 1 / 20 Conteúdo da Aula 1

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Escoamento Interno - Parte 2 Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

Escoamento de Fluido não Newtoniano em Espaço Anular com Excentricidade Variável

Escoamento de Fluido não Newtoniano em Espaço Anular com Excentricidade Variável Bernardo Bastos Alexandre Escoamento de Fluido não Newtoniano em Espaço Anular com Excentricidade Variável Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica

Leia mais

FENÔMENO DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL

FENÔMENO DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL FENÔMENO DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL Prof. MSc.. Sérgio S R. Montoro 1º semestre de 2013 EMENTA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL Experimento 1: Estudo do tempo de escoamento de líquidos l em função

Leia mais

A Importância da Reologia do Minério de Ferro Material Típico de Alteamento de Barragens por Montante Nathália COUTO Neemias DIAS

A Importância da Reologia do Minério de Ferro Material Típico de Alteamento de Barragens por Montante Nathália COUTO Neemias DIAS A Importância da Reologia do Minério de Ferro Material Típico de Alteamento de Barragens por Montante Nathália COUTO Neemias DIAS Aloysio SALIBA Bárbara SANTOS BARRAGENS DE REJEITOS NO BRASIL BRASIL: país

Leia mais

Hidráulica e Hidrologia

Hidráulica e Hidrologia 16 2. REGIME DE ESCOAMENTO Os hidráulicos do século XVIII, já observavam que dependendo das condições de escoamento, a turbulência era maior ou menor, e consequentemente a perda de carga também o era.

Leia mais

BOMBAS. Bombas CLASSIFICAÇÃO BOMBAS ALTERNATIVAS APLICAÇÕES 06/04/2011 BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO

BOMBAS. Bombas CLASSIFICAÇÃO BOMBAS ALTERNATIVAS APLICAÇÕES 06/04/2011 BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO BOMBAS Bombas Para deslocar um fluido ou mantê-lo em escoamento é necessário adicionarmos energia, o equipamento capaz de fornecer essa energia ao escoamento do fluido é denominamos de Bomba. CLASSIFICAÇÃO

Leia mais

F A. Existe um grande número de equipamentos para a medida de viscosidade de fluidos e que podem ser subdivididos em grupos conforme descrito abaixo:

F A. Existe um grande número de equipamentos para a medida de viscosidade de fluidos e que podem ser subdivididos em grupos conforme descrito abaixo: Laboratório de Medidas de Viscosidade Nome: n turma: Da definição de fluido sabe-se que quando se aplica um esforço tangencial em um elemento de fluido ocorre uma deformação. Considere a situação em que

Leia mais

INTRODUÇÃO A REOLOGIA

INTRODUÇÃO A REOLOGIA Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Londrina Introdução às Operações Unitárias na Indústria de Alimentos INTRODUÇÃO A REOLOGIA Profa. Marianne Ayumi Shirai Definição de fluido Uma substância

Leia mais