Arritmias cardíacas: o que o anestesista precisa saber...
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- Júlio Amarante Carreiro
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1 Arritmias cardíacas: o que o anestesista precisa saber... rof. Moacir Leomil Neto M.V. Msc. hd. UC Minas VES - Especialidades Veterinárias Campinas NOME DAS ARRITMIAS: Da maneira geral... Ritmo (ritmo ou arritmia ou taqui ou bradi) + Local onde nasce (sinusal ou juncional ou atrial ou ventricular) NOME DAS ARRITMIAS: Ritmo Ritmo Arritmia Taquicardia Bradicardia Local onde nasce Sinusal Juncional Atrial Ventricular 1
2 erguntas a serem feitas (antes): Ondas estão presentes? Há relação entre as ondas e os complexos QRS? O ritmo é regular ou irregular? A frequência cardíaca é normal? erguntas a serem feitas (antes): Ondas estão presentes? Há relação entre as ondas e os complexos QRS? O ritmo é regular ou irregular? A freqüência cardíaca é normal? Ondas estão presentes? Verificar se o nó sinusal está em atividade Ausente Taquicardia supraventricular Fibrilação atrial Silêncio atrial (sinoventricular) Idioventricular 2
3 TAQUICARDIA SURAVENTRICULAR FIBRILAÇÃO ATRIAL BLOQUEIOS SINUSAIS Impulsos bloqueados 3
4 erguntas a serem feitas (antes): Ondas estão presentes? Há relação entre as ondas e os complexos QRS? O ritmo é regular ou irregular? A freqüência cardíaca é normal? BLOQUEIOS AV 4
5 Há relação entre as ondas e os complexos QRS? Determinar se o marcapasso sinusal comanda o ritmo cardíaco Integridade da condução AV Identificar a origem do complexo QRS (condução AV x focos ectópicos) Bloqueio AV 2º grau Bloqueio AV completo (3º grau) ES ES ES ES ES ES 5
6 erguntas a serem feitas (antes): Ondas estão presentes? Há relação entre as ondas e os complexos QRS? O ritmo é regular ou irregular? A freqüência cardíaca é normal? O ritmo é regular ou irregular? Auxílio na identificação do ritmo cardíaco Ex.: Fibrilação atrial x taquicardia supraventricular ausas / bloqueios Taquicardia supraventricular
7 Fibrilação atrial DII N 50 mm / s DE MANEIRA GERAL... REGULAR BOM IRREGULAR RUIM exceção: ARRITMIA SINUSAL erguntas a serem feitas (antes): Ondas estão presentes? Há relação entre as ondas e os complexos QRS? O ritmo é regular ou irregular? A freqüência cardíaca é normal? 7
8 A freqüência cardíaca é normal? Informações relevantes na estimativa do débito cardíaco Normal Taquiarritmias Bradiarritmias Thor, canina, SRD, macho, 11 anos... DII 250 mm/s 8
9 or falar em BRADICARDIA... ATENÇÃO TOTAL ARADA SINUSAL COMLEXOS DE ESCAE DII 25 mm/s ESCAES Origem juncional ou ventricular Onda estranha com FC baixa = NÃO devem ser eliminados Mecanismo compensatório, fundamental para manutenção do débito cardíaco 9
10 A vida tá ruim... mas pode piorar... Quando? Ritmo cardíaco NÃO é semelhante àquele encontrado em exame pré-anestésico? Há REDUÇÃO no débito cardíaco? Há risco de ARADA cardíaca? Ritmo cardíaco NÃO é semelhante àquele encontrado em exame pré-anestésico? Objetivo: manter o ritmo e freqüência próximos do traçado inicial Se arritmia melhorar durante anestesia = lucro!!! Ex.: CV s / Fibrilação atrial ECG anestésico DII N 25 mm / s Complexos ventriculares prematuros (CV s) 10
11 ECG anestésico Fibrilação atrial Há REDUÇÃO no débito cardíaco? A = DC x RV ressão arterial Débito cardíaco Resistência vascular periférica - ulso arterial - ressão arterial sistêmica (direta x indireta) - Tempo de preenchimento capilar Débito cardíaco Sim Não Risco de parada cardíaca TRATAR Sim Não MONITORAR 11
12 Há risco de ARADA cardíaca? Assistolia Fibrilação ventricular Há risco de parada cardíaca? Assistolia (bradiarritmias) Bloqueio AV avançado (2:1, 3:1,...) Bloqueio AV completo (3º grau) arada sinusal sem complexos de escape (nó doente) Ritmo idioventricular / sinoventricular BAV avançado (2:1) QRS QRS DII 25 mm/s 12
13 BAV avançado (4:1) 25 mm/s Fonte: UC Davis BAV 3 grau (completo) DII N 50 mm s Há risco de parada cardíaca? Fibrilação ventricular (arritmias ventriculares) CV s polimórficos Bigeminismo ventricular Taquicardia ventricular sustentada Fenômeno R sobre T 13
14 TV paroxística polimórfica DII 50 mm/s N Bigeminismo ventricular Taquicardia ventricular sustentada DII N 50 mm / s 14
15 Repararam... Atenção com BRADICARDIA virar ASSISTOLIA Atenção com CV virar TAQUIVENTRICULAR Qual a causa? Distúrbios metabólicos Degeneração do tec. condução Estímulo SNA Cardiopatia Fármacos Hipóxia Quadros infecciosos Estímulo SNA Fox et al.,
16 Fox et al., 1999 Como tratar? Correção da causa de base Taquiarritmias Manobras vagais (supraventriculares) Choque pré-cordial Antiarrítmicos Bradiarritmias Atropina Aminofilina (nó doente) Doses maiores em pacientes recebendo b-bloqueadores Antiarrítmicos Classe I Ia procainamida / quinidina Supraventriculares / ventriculares Ib lidocaína Ventriculares (eleição) Supraventriculares (pouco efetiva) Alterações neurológicas, principalmente em felinos Ic propafenona (pouco utilizada) 16
17 Antiarrítmicos Classe II Esmolol Supraventriculares Ventriculares relacionadas ao estímulo simpático Meia-vida curta (infusão contínua) Classe III Amiodarona Supraventriculares / Ventriculares Cuidado!! hipotensão / assistolia Antiarrítmicos Classe IV Diltiazem / verapamil Supraventriculares Depressão miocárdica Monitoramento pós-operatório revalência de arritmias no pós-operatório Duerr et al., Can Vet J, 48(2), , cães (OSH e orquiectomia) ropofol/isofluorano (1) x tiopental/halotano (2) Holter pós-operatório BAV 2º grau 44% CV s 44% CA s 32% 17
18 Monitoramento pós-operatório revalência de arritmias no pós-operatório Duerr et al., Can Vet J, 48(2), , 2007 Arritmias clinicamente importantes Taquicardia atrial Taquicardia ventricular R sobre T 9 animais 5 grupo 1 (1 R sobre T) 4 grupo 2 (todos R sobre T) Muito obrigado! 18
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