PLANEJAMENTO E GERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
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- Fernanda Ribas Guterres
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1 PLANEJAMENTO E GERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
2 EMENTA Capacitar profissionais de saúde para acompanhamento, plamejamento, gestão de programas de proteção à saúde dos trabalhos em geral, proporcionando assim, melhor produtividade dos mesmos.
3 LEGISLAÇÕES PERTINENTES O texto da Carta Magna, em seu artigo 198, afirma ainda que... As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem umsistema único... e, em seu artigo 200, está definido que... ao Sistema Único de Saúde compete... executar as ações de Saúde do Trabalhador..., assim como... colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho....
4 A configuração da Saúde do Trabalhador se dá diretamente no âmbito do direito à saúde, previsto como competência do SUS. Devido à abrangência de seu campo de ação, apresenta caráter intra-setorial (envolvendo todos os níveis de atenção e esferas de governo do SUS) e intersetorial (envolvendo a Previdência Social, Trabalho, Meio Ambiente, Justiça, Educação e demais setores relacionados com as políticas de desenvolvimento), exigindo uma abordagem interdisciplinar e com a gestão participativa dos trabalhadores(brasil,2006)
5 Uma política de Saúde do Trabalhador apresenta interfaces com as políticas econômicas, de indústria e comércio, agricultura, ciência e tecnologia, educação e justiça, além de estar diretamente relacionada às políticas do trabalho, previdência social e meio ambiente.
6 Para o planejamento de qualquer ação, seja ela educativa ou preventiva, deve ser levado em consideração os seguintes dados: agravos que têm relação com condições de trabalho específicas, como os acidentes de trabalho típicos e as doenças profissionais ; doenças que têm sua freqüência, surgimento e/ou gravidade modificadas pelo trabalho, denominadas doenças relacionados ao trabalho ; doenças comuns ao conjunto da população, que não guardam relação de causa com o trabalho, mas que também impactam a saúde dos trabalhadores.
7 Um modelo de atenção integral à saúde dos trabalhadores implica em qualificar as práticas de saúde. Para que isso ocorra de modo efetivo, faz-se necessária abordagem interdisciplinar e a utilização de instrumentos, saberes, tecnologias originadas de diferentes áreas do conhecimento, colocados a serviço das necessidades dos trabalhadores.
8 PLANEJAMENTO Quando a estratégia erra, o soldado morre. Lincoln
9 O planejamento é a ferramenta para pensar e criar o futuro.
10 Estratégica Preste atenção aos sinais do mercado Escolha a ferramenta mais adequada para cada situação Atrasado Bêbado Batom
11 CONCEITUAÇÃO Benhard e Walsh (1990), definem o planejamento com sendo a determinação do que deve ser realizado. Douglas (1992), define planejamento como ter um motivo ou meta específicos e mapear um programa ou método com antecipação para que o objetivo seja cumprido.
12 É o pensar antes de agir. O pensar sistematicamente e com método. Explicar cada uma das possibilidades e analisar suas vantagens e desvantagens; propor objetivos. (Matus)
13 CONCEITUAÇÃO Diante do cenário atual, o planejamento estratégico surge como uma valiosa ferramenta de auxílio à alta administração, pois permite nortear as ações gerenciais da empresa dentro de um plano previamente determinado de metas e estratégias diminuindo, com isso a possibilidade de tomada de decisões equivocadas, num mercado extremamente competitivo sem margem para erro. (Barbosa e Brondani,2005)
14 Condições para haver planejamento Existência de propósitos de mudança Existência de situações de desequilíbrio e insatisfação que ponham em risco uma situação Estrutura de poder socialmente reconhecida para controles centralizados e pluridimensionais Disponibilidade de uma teoria adequada
15 O que é o planejamento? Fundamento: Os homens fazem a história nas condições dadas pela história Planejar é explorar possíveis históricos O futuro é muito incerto, complexo e cheio de surpresas, o que não implica a impossibilidade de planejá-lo. Não se pode conhecer o futuro, mas se pode prever algumas possibilidades. O planejamento é um cálculo que precede e preside a ação para criar o futuro, não para predizê-lo (profetizar) (Matus)
16 Quando falamos em planejamento estamos lidando com estratégias para enfrentar incertezas de mudanças futuras no ambiente das organizações. Processo ativo e deliberado.
17 O planejamento fornece suporte para tomada de decisão ou implementação de qualquer programa ou proposta que desejamos viabilizar. O planejamento envolve: raciocínio, reflexão, e análise sobre a maneira de realizar determinadas tarefas, bem como sua abrangência.
18 Planejamento Estratégico
19 Estratégia É a mobilização de todos os recursos da empresa no âmbito global visando atingir objetivos definidos previamente. É uma metodologia gerencial que permite estabelecer o caminho a ser seguido pela empresa, visando elevar o grau de interações com os ambientes interno e externo.
20 Para Drucker, planejamento estratégico é um processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução destas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas.
21 ANALIZAR Formulação dos objetivos organizacionais Análise interna das forças e limitações da empresa Análise externa Formulação das Alternativas Estratégicas
22 2. Momentos do Planejamento Estratégico Momento Expressão verbal Explicativo Normativo Estratégico Tático-operacional foi, é, tende a ser deve ser pode ser do deve ser fazer e recalcular
23 Momento explicativo Momento explicativo é a apreciação da realidade feita por um ator. Situação é a realidade explicada por um ator (daí se falar em planejamento situacional ). A explicação da realidade é o fundamento do plano. Cada ator processa as informações da realidade de acordo com seus valores, ideologia, interesses, etc. Assim, uma mesma realidade gera diferentes explicações para diferentes atores.
24 Momento normativo Momento normativo é aquele em que o ator desenha como deve ser a realidade no futuro, enunciando a situação-objetivo, os meios de alcançá-la, possíveis cenários e surpresas, etc.
25 Momento estratégico Momento estratégico é aquele em que o ator elabora uma estratégia e articula objetivos ("deve ser") com possibilidades ("pode ser"). Ou seja, "fazer possível amanhã aquilo que hoje parece impossível" (Matus).
26 Momento tático-operacional É o momento da ação (com o suporte do plano). Busca-se criar processo contínuo entre os primeiros momentos e a ação diária. O plano é, ainda, recalculado e aprimorado conforme as circunstâncias do momento da ação e do detalhe operacional que a prática exige.
27 Fases do Planejamento Para que inicie um planejamento é necessário que se tenha objetivos, estratégias e políticas de ação.
28 Fase 1 do planejamento: Conhecimento do sistema como um todo. Fase que antecede a fase inicial, que é determinação dos objetivos. Conhecimento dos sistemas que compõem uma organização: técnico e social.
29 Sistema Técnico: compreende as demandas das tarefas, a implantação física e os equipamentos existentes. É responsável pela eficiência potencial da organização.
30 Organizações inclusive as de saúde funcionam com um sistema aberto. Conhecer o sistema social, procedendo um levantamento das necessidades de saúde.
31 Fase 2: Determinação dos Objetivos. São resultados futuros que se pretende atingir. Ponto básico que uma vez definido, passa a dirigir e orientar as atividades desenvolvidas
32 Qualquer organização possui uma hierarquia vertical de objetivos, onde no ponto superior estaria o objetivo da instituição predominando sobre o objetivo do departamento, que predomina sobre o objetivo da divisão, serviço...
33 Níveis estratégicos Responsabilidade dos gerentes de nível corporativos Estratégia Corporativa Influência nos dois sentidos Responsabilidade dos gerentes gerais em nível de negócios Estratégias de Negócios Responsabilidade dos chefes de grandes áreas funcionais Influência nos dois sentidos Estratégias Funcionais (P&D, fabricação, marketing, finanças, recursos humanos, etc.) Responsabilidade dos gerentes de fábricas, unidades Influência nos dois sentidos Estratégias Operacionais (regiões e distritos, fábricas, departamentos com áreas funcionais)
34 O planejamento também envolve os conjuntos de planos que vão desde o detalhamento das atividades cotidianas até as estratégias a longo prazo. Para que os objetivos sejam fixados é necessário que:
35 Ocorra uma comunicação total; Princípio de coerência vertical; Princípio da coerência horizontal.
36 Fase 3: Estabelecimentos de Prioridades. Depois de determinados os objetivos da organização, tendo como base os sistemas técnico e social, é hora de estabelecer as ações prioritárias para se alcançar o objetivo.
37 Etapa onde se aplica a racionalidade, pois é a capacidade de se escolher os meios para alcançar os fins.
38 Fase 4: Seleção de Recursos disponíveis. Com base nas ações prioritárias para que se cumpra os objetivos, é necessário que se faça um levantamento dos recursos disponíveis ( recurso materiais, físicos e humanos).
39 Fase 5: Estabelecimento de Plano operacional. O planejamento pode ser classificado em: Estratégico Planos a longo prazo. Maior abrangência, não são detalhados e devem ser flexíveis. O que deve ser feito?
40 Tático Planos a médio prazo, são mais detalhados. Traduzem progra-mas que serão realizados para alcançar determinado fim. Como deve ser feito? Operacional Planos a curto prazo, tratam de ações atuais. Quem vai fazer o que, quando e onde?
41 Fase 6: Desenvolvimento. Desenvolvimento do programa, sua aprovação e a execução. Fase de ação e coordenação. Conhecer as limitações de cada recurso, para que se faça os ajustes necessários.
42 Fase 7: Aperfeiçoamento. Avaliação e replanejamento. Avaliação não deve ser realizada unicamente após o plano ter sido implementado, mas sim continuamente e paralelamente a cada uma das fases.
43 Instrumentos Utilizados no Planejamento Alguns instrumentos devem ser utilizados para auxiliar nas ações traçadas em um planejamento. Sendo o cronograma e o gráfico de Grantt os mais utilizados na enfermagem.
44 Cronograma: relaciona atividades em função do tempo disponível ou desejável. As atividades planejadas em uma coluna, cruzando-se com variável tempo disposta numa segunda coluna.
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46 Gráfico de Grantt: colunas relativas ao tempo, cada mês é dividido em subcolunas, correspondentes às semanas.
47 Atividades ou fase Janeiro Fevereiro 1ª S 2ª S 3ª S 4ª S 1ª S 2ª S 3ª S 4ª S A B C
48 GESTÃO PELA QUALIDADE Gestão da qualidade (TQM - Total Quality Management) consiste numa estratégia de gerenciamento orientada a criar consciência de qualidade em todos os processos organizacionais. Total porque o seu objetivo é a implicação não só da empresa inteira mais também a organização estendida: fornecedores, distribuidores e demais parceiros de negócios.
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50 Estágios Planejamento; Organização Controle; Liderança
51 CICLO PDCA É uma das formas que a empresa tem para começar a gestão de qualidade é se preocupar com seus processos, e para isso pode se utilidade de uma ferramenta chamada de CLICO PDCA, essa ferramente é de grande utilidade na busca da melhoria continua.
52 PDCA é aplicado principalmente nas normas de sistemas de gestão e deve ser utilizado em qualquer empresa de forma a garantir o sucesso nos negócios, independentemente da área ou departamento
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54 Plan (planejamento) : estabelecer missão, visão, objetivos (metas), procedimentos e processos (metodologias) necessários para atingir os resultados. Do (execução) : realizar, executar as atividades.
55 Check (verificação) : monitorar e avaliar periodicamente os resultados, avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações, eventualmente confeccionando relatórios. Act (ação) : Agir de acordo com o avaliado e de acordo com os relatórios, eventualmente determinar e confeccionar novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas.
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57 A melhoria contínua otimiza a execução dos processos, possibilita a redução de custos e o aumento da produtividade.
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59 O ciclo PDCA, portanto, é uma ferramenta que pode auxiliar muito na Gestão de Qualidade de qualquer processo de uma empresa pois ele estimula a melhoria contínua de uma forma mais organizada. O mais importante é entender bem o objetivo de cada uma das etapas, seguí-las como planejado e sempre iniciar um novo ciclo pois quanto mais vezes o PDCA é executado mais os processos são otimizados.
60 S A E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
61 É a dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência de melhor qualidade ao ser humano. É composta por cinco etapas: Histórico de enfermagem Diagnóstico de enfermagem Planejamento da assistência de enfermagem Implementação da assistência de enfermagem Avaliação e/ou Evolução de enfermagem Este processo fornece estrutura para a tomada de decisão durante a assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos intuitiva.
Plan (Planejamento) Do (Execução) Check (Verificação) Act (Ação)
MODELO PDCA O ciclo PDCA tem por princípio tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução da gestão da qualidade, dividindo-a em 4 passos: Plan (Planejamento) Do (Execução) Check (Verificação)
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