Prof. Dr. José Paulo Cosenza
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1 FUNDAMENTOS DA PERÍCIA CONTÁBIL JUDICIAL AULA 2 Apresentada por Prof. Dr. José Paulo Cosenza Universidade Federal Fluminense - UFF Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Turismo Curso de Graduação em Ciências Contábeis Niterói/RJ, 1º Semestre de 2012
2 ATIVIDADE DE PERÍCIA...embora um número razoável de técnicos exerçam a função de peritos-forenses, há carência, contudo, de profissionais de elevado nível técnico para exercê-la.. (ANTENOR ANDRÉ, perito-forense desde 1950)
3 CONCEITO DE PERÍCIA Perícia é um instrumento especial de constatação, prova ou demonstração, científica ou técnica, da veracidade de situações, coisas ou fatos. (ALBERTO, 2002)
4 Escolha do perito Art. 145, 1º, 2º e 3º, CPC; Art. 146; Art. 147; Art. 423.
5 Art. 145 Quando a prova do fato depender do conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitando o disposto no Capítulo VI, seção VII deste código. 2 o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre a qual deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos. 3 o Nas localidades em que não houver profissionais qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz.
6 PERITO DO JUIZ Escolhido pelo juiz, o perito oficial ou perito do juízo é um técnico e deve servir ao processo, exercendo a função publica de auxiliar da Justiça, com objetivo de subsidiar o magistrado com seu conhecimento técnico. O perito goza de fé publica, e tem o poder de diligenciar para dar cumprimento ao encargo que foi lhe designado.
7 PERITO DO JUIZ O Perito Oficial é citado para comparecer no cartório da vara em que é nomeado para dar vistas no processo e assinar Termo de Compromisso. O Perito do Juiz é chamado à lide antes (fase instrutória) da sentença de mérito ou após essa (liquidação de sentença).
8 Art. 146 O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que lhe assina a lei, empregando toda sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo íntimo. Parágrafo Único A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco) dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciando o direito de a alegá-la (art. 423) Art. 147 O perito que por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.
9 Art. 850 A prova pericial realizar-se-á conforme os dispostos nos art. 420 a 439. Art. 420 A prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliação; Parágrafo Único: O juiz indeferirá a perícia quando: I A prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico; II For desnecessária em vista de outras provas produzidas. III A verificação for impraticável
10 Art. 421 O juiz nomeará o perito, fixando de imediato, o prazo para a entrega do laudo; 1 o Incumbe às partes, dentro de 5 (cinco) dias, contados da intimação do despacho de nomeação do perito: I Indicar o assistente técnico; II Apresentar quesitos. 2 o Quando a natureza do fato o permitir, a perícia poderá consistir apenas na inquirição pelo juiz do perito e dos assistentes técnicos, por ocasião da audiência de instrução e julgamento a respeito das coisas que houverem informalmente examinado ou avaliado.
11 O perito somente poderá ser substituído quando carecer do conhecimento técnico ou científico necessário. O juiz pode dispensar a realização de prova pericial quando as partes, na petição inicial e na contestação, apresentarem pareceres técnicos ou documentos elucidativos que sejam considerados, pelo magistrado, suficientes para o julgamento da causa (art. 427, CPC).
12 Embora a prova pericial tenha por fim dar ao órgão jurisdicional elementos técnicos de que o magistrado não dispõe para que se torne possível o julgamento do meritum causae, afirma o art. 436 do CPC que o juiz não está adstrito ao laudo, podendo formar sua convicção livremente, tomando por base os demais elementos probatórios constantes dos autos. Câmara, Alexandre. Lições de Direito Processual Civil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003, v. I, p.
13 Art. 422 O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de confiança da parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição. Art. 423 O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição; ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a impugnação, o juiz nomeará novo perito. Art. 424 O perito pode ser substituído quando: I Carecer de conhecimento técnico ou científico; II Sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado. Parágrafo Único No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo
14 Art. 425 Poderão as partes apresentar, durante a diligência, quesitos suplementares. Da juntada dos quesitos aos autos dará o escrivão ciência à parte contrária. Art. 426 Compete ao juiz: I Indeferir quesitos impertinentes; II Formular os que entender necessário ao esclarecimento da causa. Art. 427 O juiz poderá dispensar a prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem sobre as questões de fato parecer técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes
15 Art. 428 Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poderá proceder-se à nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos no juízo, ao final se requisitar a perícia. Art. 429 Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos utilizarem-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer peças; Art. 431-A As partes terão ciência da data e local designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início a produção da prova (Lei n o /01. Art. 431-B Tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito e a parte indicar mais de um assistente técnico (Lei n o /01.
16 Art. 432 Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por uma vez, prorrogação, segundo o seu prudente arbítrio. Art. 433 O perito apresentará o laudo em cartorio, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. Parágrafo Único Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo comum de 10 (dez) dias, após intimadas as partes da apresentação do laudo; Art. 434 Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documentos, ou for de natureza médico legal, o perito será escolhido, de preferência, entre técnicos dos estabelecimentos oficiais especializados. O juiz autorizará a remessa dos autos, bem como do material sujeito a exame, ao estabelecimentos. Parágrafo Único Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e firma, o perito poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em repartições públicas; na falta destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa, a quem se atribuir a autoria do documento, lance em folha de papel por cópia, ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação.
17 Laudo pericial O laudo pericial deverá ser apresentado no prazo fixado pelo juiz, até pelo menos vinte dias antes da audiência de instrução e julgamento; Devem os assistentes técnicos apresentar seus laudos no prazo comum de dez dias, prazo este que corre a partir da intimação das partes da apresentação do laudo (art. 433, parágrafo único, do CPC).
18 Art. 435 A parte, que desejar esclarecimentos do perito e do assistente técnico, requererá ao juiz que mande intimálo a comparecer em audiência, formulando desde logo as perguntas, sob forma de quesitos; Parágrafo Único O perito e o assistente técnico só estarão obrigados a prestar esclarecimentos a que se refere este artigo, quando intimados 5 (cinco) dias antes da audiência. Art. 436 O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos; Art. 437 O juiz poderá determinar, de ofício ou requerimento da parte, a realização de nova perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida;
19 Art. 438 A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu. Art. 439 A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira. Parágrafo Único A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar livremente o valor de uma e outra.
20 Pode o juiz de ofício, ou a requerimento das partes, determinar a realização de uma segunda perícia, sempre que reputar insuficientemente esclarecida a matéria; A segunda perícia não substituiu a primeira; Cabe ao juiz apreciar livremente o valor probatório de cada uma delas;
21 Assistente técnico É um consultor técnico da parte e que tem como função acompanhar e assessorar o trabalho do perito, auxiliando-o quanto aos aspectos técnicos favoráveis à parte que o indicou. Os assistentes exercem uma função processual, na medida em que, indicados pelas partes, passam a funcionar no assessoramento do perito.
22 Assistente Técnico Contábil: * O Assistente Técnico Contábil é um profissional de confiança da parte, indicado pelos litigantes para acompanhar o perito em seus trabalhos. Não é necessária a sua aprovação pelo juiz, porém é imprescindível o seu registro no Conselho Regional de Contabilidade para a legitimidade do seu Parecer Técnico. * A contratação de Assistente Técnico é de iniciativa da parte interessada e indicá-lo é facultativo.
23 DAS DESPESAS E DAS MULTAS NO PROCESSO Art. 19 Salvo as disposições concernentes à justiça gratuita, cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam u requerem no processo, antecipandolhes o pagamento desde o início até sentença final; e bem ainda, na execução, até a plena satisfação do direito declarado pela sentença. 1 o O pagamento de que trata este artigo será feito por ocasião de cada ato processual. 2 o Compete ao autor adiantar as despesas relativas a atos, cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público Art. 33 Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver indicado; a do perito será paga pela parte que houver requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as parte ou determinado de ofício pelo juiz. Parágrafo Único O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente a essa remuneração. O numerário, recolhido em depósito bancário à ordem do juízo e com correção monetária, será entregue ao perito após a apresentação do laudo, facultada a sua liberação parcial quando necessária.
24 RESPONSABILIDADE CIVIL DO PERITO O dolo ou a culpa devem ser provados e declarados por juiz ou tribunal A caracterização do dolo dá-se quando nos termos da lei penal, o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo Há caso de culpa quando o perito deu causa ao resultado por negligência, imprudência ou suspeição. Caso o perito deixe de cumprir o prazo de entrega do laudo poderá arcar com valores elevadíssimos de multa como penalidade
25 RESPONSABILIDADE CRIMINAL DO PERITO Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial,ou administrativo, inquérito policial ou em juízo arbitral: (...) 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade (NR) Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação. Pena reclusão, de três a quatro anos, e multa Páragrafo Único As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil, em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
26 DAS PROVAS E O ÔNUS DA PROVA (art. 332 ao 347 do CPC) Sempre que houver fato controverso em qualquer litígio, inexistindo acordo entre as partes, haverá necessidade de se apurar a veracidade dos fatos. No momento da realização da prova pericial, verificase a eficácia e veracidade dos fatos, dos acontecimentos, com registros e informações atualizadas e se os mesmos encontram-se de acordo com os princípios fundamentais da matéria em questão A prova, uma vez levada aos autos, pertence a todos, isto é, pertence ao processo, não sendo de nenhuma das partes (princípio da comunhão da prova).
27 Exceção do ônus do pagamento: Má-fé da parte-autora; Gratuidade de justiça. Obs.: depósito prévio.
28 Justiça do Trabalho Resolução n. 35, de 23 de março de CSJT Regula, no âmbito da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo Graus, a responsabilidade pelo pagamento e antecipação de honorários periciais, no caso de concessão à parte do benefício de justiça gratuita.
29 No Processo do Trabalho, o laudo dos assistentes técnicos deverá ser apresentado no mesmo prazo assinado para o perito, sob pena de ser desentranhado dos autos. Art. 3º, parágrafo único Lei nº 5.584/70.
30 FALSA PERÍCIA Ato ilícito inserto no Código Penal no título Crimes contra a Administração da Justiça. Art. 342, CP Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade Art. 343, CP: Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a perito.
31 PAPEL DO PERITO CONTÁBIL COMPETE AO PERITO CONTÁBIL, NA PRODUÇÃO DA PROVA PERICIAL, ATER- SE SOBRE A MATÉRIA FÁTICA OBJETO DA AÇÃO, BASEADO NA CLASSIFICAÇÃO CONTIDA NO DISPOSITIVO LEGAL, OBSERVANDO-A DETIDAMENTE SOB ESSE CAMPO, COLABORANDO PARA O DESCOBRIMENTO DA VERDADE
32 São seis os principais meios aceitos de prova judicial: DEPOIMENTO PESSOAL CONFISSÃO EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS OU COISAS TESTEMUNHAL PERICIAL INSPEÇÃO JUDICIAL A PROVA PERICIAL CONTÁBIL TEM COMO OBJETIVO PRIMORDIAL MOSTRAR A VERDADE DOS FATOS DO PROCESSO NA INSTÂNCIA DECISÓRIA, SENDO UTILIZADA QUANDO O OBJETO DA QUESTÃO EXTRAPOLA A MATÉRIA JURÍDICA é necessário outro conhecimento técnico que não o jurídico para se obter a verdade: EXAME VISTORIA INDAGAÇÃO INVESTIGAÇÃO ARBITRAMENTO MENSURAÇÃO AVALIAÇÃO CERTIFICAÇÃO
33 PERÍCIA: definição É O EXAME HÁBIL DE ALGUMA COISA, REALIZADO POR PESSOA TECNICAMENTE HABILITADA
34 O USO DA CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA NA PERÍCIA JUDICIAL NA ROMA ANTIGA O TERMO PERITIA SIGNIFICAVA CONHECIMENTO, SABER, TALENTO.
35 A PERÍCIA É UMA TECNOLOGIA CONTÁBIL E ADMINSTRATIVA * Tecnologias são aplicações dos conhecimentos científicos para prestarem utilidade ao ser humano visa a oferecer OPINIÃO ESPECIALIZADA mediante QUESTÃO PROPOSTA para DIRIMIR DÚVIDAS sobre FATOS PATRIMONIAIS E FINANCEIROS
36 PERÍCIA CONTÁBIL: conceito É A VERIFICAÇÃO DE FATOS LIGADOS AO PATRIMÔNIO INDIVIDUALIZADO VISANDO OFERECER OPINIÃO, MEDIANTE QUESTÃO PROPOSTA
37 A PERÍCIA DEVE UTILIZAR TODO E QUALQUER PROCEDIMENTO NECESSÁRIO À ELABORAÇÃO DA OPINIÃO exames vistorias indagações investigações análises avaliações cálculos arbitramentos
38 MODALIDADE DA PROVA PERICIAL a) EXAME é a investigação, pesquisa, observação ou análise de pessoas ou coisas com objetivo de ser verificar determinados fatos relacionados com o objeto da lide b) VISTORIA é a inspeção judicial sobre o qual existe litígio, desenvolvido pelo Perito, para constatar in loco o estado ou a situação de determinada coisa, geralmente imóvel c) ARBITRAMENTO consiste na fixação de valor, determinado pelo Perito para coisas, direitos ou obrigações, baseado em fundamentação científica e nas premissas da sentença d) AVALIAÇÃO também tem a finalidade de fixação de valor, recebendo essa denominação quando feita em inventário, partilhas ou processos administrativos e nas execuções para estabelecer o valor a partilhar ou penhorar.
39 São três tipos de prova judicial: PERICIAL DOCUMENTAL TESTEMUNHAL A OPINIÃO DO PERITO VISA PRODUZIR ORIENTAÇÃO OU PROVA PERICIAL um trabalho pericial precisa ser : OBJETIVO PRECISO CLARO FIDEDIGNO CONCISO CONFIÁVEL EFICAZ
40 MODALIDADE DA PROVA PERICIAL a) OBJETIVO a ação do perito não deve desviar-se da matéria que motivou a questão e só subsidiariamente apelar para exames colaterais b) PRECISO deve oferecer respostas pertinentes e adequadas às questões formuladas ou finalidades propostas c) CLARO consiste em utilizar uma linguagem acessível a quem vai utilizar-se do trabalho da perícia, embora possa conservar terminologia tecnológica e científicas em seu relato d) FIDEDIGNO não deve deixar-se influenciar por terceiros, nem por informes que não tenham materialidade e consistência competentes
41 MODALIDADE DA PROVA PERICIAL e) CONSISO deve-se evitar ser prolixo, procurando emitir uma opinião que possa de maneira fácil facilitar as decisões f) CONFIÁVEL deve apoiar-se em elementos inequívocos e válidos legal e tecnologicamente g) EFICÁCIA deve alcançar os objetivos a que se propôs, estando os resultados do trabalho de perícia coerentes com os motivos que o ensejaram
42 A OPINIÃO DO PERITO DEVE ESTAR: 1. JUSTIFICADA 2. LASTREADA EM ELEMENTOS SÓLIDOS 3. AO ALCANCE DE QUEM DELA VAI SE UTILIZAR
43 UM PERITO PRECISA REUNIR Q U A L I D A D E S legais (registro em seu CONSELHO) profissionais (ESPECIALIZADO) éticas (CONDUTA HUMANA)
44 CAPACIDADE PROFISSIONAL a) CONHECIMENTO TEÓRICO DA CONTABILIDADE b) CONHECIMENTO PRÁTICO DAS TECNOLOGIAS CONTÁBEIS c) EXPERIÊNCIA EM PERÍCIAS d) PERSPICÁCIA e) PERSEVERANÇA f) SAGACIDADE g) CONHECIMENTO GERAL DE CIÊNCIAS AFINS À CONTABILIDADE h) ÍNDOLE CRIATIVA E INTUITIVA
45 CAPACIDADE ÉTICA É A QUE ESTABELECE O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR E A NORMA DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE ex.: a conduta do perito com seus colegas; o caráter de independência e veracidade que deve manter em seu Parecer, havendo compromisso com a verdade e a virtude CAPACIDADE MORAL É A QUE SE ESTRIBA NA VIRTUDE DAS ATITUDES PESSOAIS DO PROFISSIONAL CAPACIDADE LEGAL É A QUE LHE CONFEREM O TÍTULO DE BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS E O REGISTRO NO CRC
46 CLASSIFICAÇÃO DAS PERÍCIAS JUDICIAIS Ex.: verificação de uma empresa para que o juiz possa homologar a concordata que ela pediu ADMINISTRATIVAS Ex.: verificação contábil para apurar corrupção E S P E C I A I S Ex.: verificação contábil para apurar corrupção
47 PARADA TÉCNICA 15 MINUTOS PARA UM RÁPIDO PIT STOP...
48 O Perito como auxiliar da Justiça - O perito é o braço do Juízo - O perito contador é escolhido mais pelo fator confiança de quem o indica, do que propriamente pela sua capacidade profissional para adquirir confiança é necessário demonstrar competência profissional - A perícia é um trabalho individual a nomeação do perito se dá em relação a determinado profissional e não em relação a uma equipe de profissionais ou pessoa jurídica - A perícia no Brasil ainda não atingiu o estágio de profissionalização necessário haja vista sua importância na solução de dúvidas que surgem ao longo de processos judiciais ou extrajudiciais
49 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL A PERÍCIA CONTÁBIL CONSTITUI O CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS DESTINADOS A LEVAR À INSTÂNCIA DECISÓRIA ELEMENTOS DE PROVA NECESSÁRIOS A SUBSIDIAR À JUSTA SOLUÇÃO DO LITÍGIO, MEDIANTE LAUDO PERICIAL CONTÁBIL, E OU PARECER PERICIAL CONTÁBIL, EM CONFORMIDADE COM AS NORMAS JURÍDICAS E PROFISSIONAIS, E A LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA NO QUE FOR PERTINENTE NBC T 13, item
50 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL Conhecimento dos artigos do CPC que dispõem sobre a prova pericial : artigos 420 a 429 Conhecimento do artigo 145 do CPC do perito ARTIGO 145 Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo O DISPOSTO NO art. 421.
51 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL Artigo 145 : 1º Os peritos serão escolhidos entre os profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão DE CLASSE competente. 2º Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos.
52 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL Artigo trata da nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos. Artigo a prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. O OBJETIVO DA PERÍCIA (PROVA PERICIAL) É O DA VERIFICAÇÃO DO FATO OU DOS FATOS QUE FORAM ALEGADOS NA INICIAL OU NA CONTESTAÇÃO, QUE DEPENDAM DE UMA ANÁLISE E DEMONSTRAÇÃO.
53 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL Artigo 424 : O perito pode ser substituído quando: I - carecer de conhecimento técnico ou científico; II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado. Parágrafo único. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo ainda impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo.
54 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL - ARTIGO 429 Para o desempenho da sua função, podem o perito e assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos fotografias e outras quaisquer peças.
55 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL RESPONSABILIDADE DO PERITO - ARTIGO 147 O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.
56 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL - ARTIGO 146 O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que lhe assina a lei, empregando toda a diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco) dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciado o direito de alegá-la.
57 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL - ARTIGO 423 O perito pode escusar-se (art.146), ou ser recusado por impedimento ou suspeição (art. 138,III); ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a impugnação, o juiz nomeará outro perito. - O artigo 138 do CPC especifica que se aplicam os motivos de impedimento ou suspeição ao perito. Alguns exemplos: Parentesco com o advogado (patrono) de uma das partes; A falta de qualificação profissional e/ou erro profissional; Imparcialidade do perito.
58 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL - No parágrafo único do artigo 138 do CPC, consta que a parte interessada DEVERÁ arguir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos. O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão da causa, ouvindo o arguído no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a prova quando necessária e julgando o pedido.
59 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL - CONHECIMENTO DAS NORMAS PROFISSONAIS EDITADAS PELO CFC ATRAVÉS DE RESOLUÇÕES: NORMA PROFISSIONAL DE PERITO CONTÁBIL : NBC P 2 Estabelece as condições de competência técnico profissional, de independência e responsabilidade na execução dos trabalhos, de impedimentos, de recusa de trabalho, de fixação de honorários, de sigilo e utilização de trabalho de especialistas. RESOLUÇÃO CFC nº 857, de Reformula a NBC P 2, denominando-a NORMAS PROFISSIONAIS DO PERITO RESOLUÇÃO CFC nº 1.056, de Aprova a NBC P 2.1 COMPETÊNCIA PROFISSIONAL RESOLUÇÃO CFC nº 1.050, de Aprova a NBC P 2.3 IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO
60 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL RESOLUÇÃO CFC nº 1.057, de Aprova a NBC P 2.4 HONORÁRIOS RESOLUÇÃO CFC nº 1.051, de Aprova a NBC P 2.6 RESPONSABILIDADE E ZELO NORMA DA PERÍCIA CONTÁBIL : NBC T 13 Estabelece os critérios e regras a serem adotados quando do planejamento e execução da perícia, os procedimentos a serem adotados e emissão do laudo pericial. RESOLUÇÃO CFC nº 858, de Reformula a NBC T 13 DA PERÍCIA CONTÁBIL RESOLUÇÃO CFC nº 1.021, de Aprova a NBC T 13.2 PLANEJAMENTO DA PERÍCIA
61 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL RESOLUÇÃO CFC nº 1.041, de Aprova a NBC T 13.6 LAUDO PERICIAL CONTÁBIL RESOLUÇÃO CFC nº 985, de NBC T 13.7 PARECER PERICIAL CONTÁBIL RESOLUÇÃO CFC nº 938, de Aprova a NBC T 13 IT 01 TERMO DE DILIGÊNCIA RESOLUÇÃO CFC nº 939, de Aprova a NBC T 13 IT 02 LAUDO E PARECER DE LEIGOS RESOLUÇÃO CFC nº 940, de Aprova a NBC T 13 IT 03 ASSINATURA EM CONJUNTO - CONHECIMENTO ADICIONAIS QUE DEVEM SER SOMADOS À FORMAÇÃO ACADÊMICA: INFORMÁTICA
62 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL MERCADO DE TRABALHO VARAS DO TRABALHO: NÚMERO EM RIO DE JANEIRO (CAPITAL): XX NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: XXX VARAS CÍVEIS, FAMÍLIA, FAZENDA PUBLICA, FALÊNCIAS E CONCORDATAS, ACIDENTES DE TRABALHO, DELITOS DE TRÂNSITO: EM RIO DE JANEIRO E REGIONAIS XX XX VARAS CRIMINAIS X VARAS DE DELITOS DE TRÂNSITO X VARAS DA FAZENDA PÚBLICA X VARAS DE FAMÍLIA E SUCESSÕES XX VARAS CÍVEIS X VARAS DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL VARA DE ACIDENTES DO TRABALHO VARA DE AÇÕES ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS
63 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL MERCADO DE TRABALHO FOROS REGIONAIS: - TRISTEZA - SARANDI - ALTO PETRÓPOLIS - PARTENON - QUARTO DISTRITO - RESTINGA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: XXX VARAS TOTAL DE XXX COMARCAS - VARAS FEDERAIS: NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: XX - ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS
64 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL MERCADO DE TRABALHO PARA ATUAR ATUAÇÃO COMO PERITO NOMEADO PELO JUIZ ATUAÇÃO COMO ASSISTENTE DE UMA DAS PARTES ATUAÇÃO COMO ASSESSOR DE UMA DAS PARTES: ANTES DO INGRESSO DA AÇÃO OU NO DECORRER
65 MERCADO DE TRABALHO FORMAS DE APRESENTAÇÃO PESSOAL : CURRÍCULO APRESENTAÇÃO PESSOAL AO JUIZ CARTÃO COM NOME, PROFISSÃO, Nº DE REGISTRO NO ÓRGÃO DE CLASSE, ENDEREÇO, FONE, CIRCULAÇÃO NOS LOCAIS ONDE PRETENDE PRESTAR TRABALHO PROFISSIONAL ALÉM DE NECESSARIAMENTE PRECISAR: POSTURA PESSOAL ÉTICA PROFISSIONAL BOM RELACIONAMENTO COM COLEGAS DA PROFISSÃO PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS DA CLASSE PARTICIPAÇÃO EM ASSOCIAÇÕES DE CLASSE, SINDICATO TROCAR EXPERIÊNCIAS COM COLEGAS
66 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL BANCO DE DADOS PARA PESQUISA: BIBLIOGRAFIA AMPLA DAS FACULDADES E DO CRCRJ TRABALHOS DISPONÍVEIS NA BIBLIOTECA DO CRCRJ CONTADORIA DO FORO E DA JUSTIÇA FEDERAL BANCO CENTRAL DO BRASIL INTERNET COLEGAS DA PROFISSÃO
67 NOMEAÇÃO DO PERITO O perito para ser nomeado, além de condição legal e técnica, deverá anexar seu currículo devidamente comprovado e gozar de confiança do Juízo, uma vez que o juiz é que indica o perito Na disputa pela nomeação como perito, o profissional deverá ser ativo, cuidadoso, paciente e convincente deverá, se possível, contatar pessoalmente o magistrado, nas dependências do Fórum, para a apresentação do seu currículo o candidato a perito deve possuir conduta irrepreensível, pessoal e funcional, antes, durante e depois da nomeação, pois o magistrado pode destituí-lo a qualquer momento
68 NOMEAÇÃO DO PERITO: Procedimentos - O juiz é livre para determinar a perícia essa liberdade deve ser entendida dentro de certos limites, a fim de que não se converta em arbítrio perniciosa à instrução da causa e ao interesse das partes - As partes podem requerer a realização de perícia, cabendo ao juiz indeferir ou deferir tal pedido - Deferida a perícia, o juiz nomeará o perito de sua confiança, escolhido entre profissionais de nível superior, fixando de imediato o prazo para entrega do laudo - Será facultado às partes a apresentação de quesitos e a solicitação de perito-contador assistente - A perícia judicial será exercida por profissional legalmente habilitado, com título registrado nos órgãos fiscalizadores do exercício de sua profissão, requerida, ainda, idoneidade moral, capacidade técnica e experiência profissional
69 COMPETÊNCIA PROFISSINAL Pressupõe que o perito-contador e o assistente técnico têm capacidade para pesquisar, examinar, analisar, sintetizar e fundamentar a prova no laudo pericial e no parecer técnico contábil Devem manter adequado nível e competência profissional, pelo conhecimento atualizado da contabilidade, das normas brasileiras de contabilidade, das técnicas contábeis, da legislação relativa à profissão contábil e das normas jurídicas, especialmente aplicáveis à perícia, atualizando-se, permanentemente, mediante programas de capacitação, treinamento, educação continuada e especialização,e realizando seus trabalhos com observância da eqüidade
70 QUEM PODE SER PERITO CONTÁBIL (Decreto-lei n o 9.295/46) Perícias judiciais ou extrajudiciais, revisão de balanços e de contas em geral, verificação de haveres, revisão permanente ou periódica de escritas, regulações judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns, assistência aos conselhos fiscais das sociedades anônimas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais da contabilidade (art. 25, alínea c) Salvo direitos adquiridos ex-vi do disposto no art. 2º do Decreto n o , de 8 de fevereiro de 1932, as atribuições definidas na alínea c do artigo anterior são privativas dos contadores diplomados e daqueles que lhes são equiparados, legalmente (art. 26)
71 PERÍCIA CONTÁBIL: prerrogativa do Contador BASE LEGAL: O exercício da função pericial contábil é uma atribuição privativa do bacharel em ciências contábeis e daqueles que tenham equiparação legal (Decreto-lei n o 9.295/46, art. 25, alínea c.), ou seja, é privativa de contadores diplomados e daqueles que lhe são equiparados legalmente (art. 26) PODE EXERCER A ATIVIDADE DE PERITO CONTÁBIL TODO PROFISSIONAL DEVIDAMENTE REGISTRADO JUNTO AO CRC DO SEU ESTADO E POSSUIDOR DE OCNHECIMENTOS TÉCNICOS, ALÉM DE SER PROFISSIONAL EXPERIENTE, PRÁTICO, VERSÁTIL E EXÍMIO CONHECEDOR DA MATÉRIA OBJETO DA LIDE, TENDO TAMBÉM APRIMORAMENTO CULTURAL DIVERSIFICADO O profissional que atua nesse ramo de atividade deverá ser íntegro e sujeito a provas, resistindo a toda a espécie de pressões é necessário possuir diversificada quantidade de virtudes, entre as quais se destacam a honestidade, o caráter, a personalidade, a imparcialidade, o equilíbrio emocional, a independência, a autonomia funcional e principalmente a obediência irrestrita e incondicional aos princípios da ética e da moral
72 Pré-Requisitos para ser um PERITO CONTÁBIL PRÉ-REQUISITO LEGAL CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS REGISTRO NO CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO - DECRETO-LEI Nº 9295, de alínea c do art. 25, combinada com o art. 26 : a perícia judicial ou extrajudicial é privativa de contador diplomado, inscrito no órgão de classe competente. - Artigo 3º, 1º DA RESOLUÇÃO CFC Nº 560, de : estabelece as atividades privativas dos contadores.
73 IMPEDIMENTO São situações fáticas ou circunstanciais que impossibilitam o perito-contador e o assistente técnico de exercerem, regularmente, suas funções ou realizar atividade pericial em processo judicial, extrajudicial ou arbitral Quando nomeado em juízo, o perito-contador deve dirigir-lhe petição, no prazo legal, justificando a escusa e o motivo do impedimento
74 IMPEDIMENTO Quando indicado pela parte contratante, não aceitando o encargo, o assistente técnico deve comunicar ao juízo e à parte, por escrito, a recusa, devidamente justificada Para que o perito-contador e o assistente técnico possam exercer suas atividades com isenção e sem qualquer interferência de terceiros, é fator determinante que os mesmos se declarem impedidos, após, nomeado, contratados, escolhidos ou indicados quando ocorrerem as situações previstas juridicamente como impedimento ou suspeição
75 IMPEDIMENTO LEGAL O perito-contador, nomeado, contratado ou escolhido deve se declarar impedido quando não puder exercer suas atividades com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros, ocorrendo pelo menos uma das seguintes situações: a) For parte do processo; b) Tiver atuado como assistente técnico ou prestado depoimento no processo; c) Tiver cônjuge ou parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau, postulando no processo; d) Tiver interesse, direto ou indireto, mediato ou imediato, por si, por seu cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau, no resultado do trabalho pericial; e) Exercer cargo ou função incompatível com a atividade de perito-contador, em função de impedimentos legais ou estatutários; f) Receber dádivas de interessados no processo; g) Subministrar meios para atender às despesas do litígio; e h) Receber quaisquer valores e benefícios, bens ou coisas sem autorização ou conhecimento do juízo
76 IMPEDIMENTO TÉCNICO O impedimento por motivos técnicos a ser declarado pelo perito-contador ou pelo assistente técnico decorre da autonomia e da independência que ambos devem possuir para ter condições de desenvolver de forma isenta o seu trabalho, sendo os principais motivos: a) A matéria em litígio não ser de sua especialidade b) Constatar que os recursos humanos e materiais de sua estrutura profissional não permitem assumir o encargo; cumprir os prazos nos trabalhos em que o perito-contador for nomeado, contratado ou escolhido; ou em que o assistente técnico for indicado c) Ter o assistente técnico atuado para a outra parte litigante na condição de consultor técnico ou contador responsável, direto ou indireto em atividade contábil ou em processo no qual o objeto de perícia seja semelhante àquele da discussão.
77 IMPEDIMENTO: resumo O profissional de contabilidade não deverá ser nomeado perito em processos onde ele for: Parte Testemunha ou mandatário da parte Advogado da parte Cônjuge, ou parente da parte Funcionário de direção ou de administração da parte Amigo íntimo ou inimigo capital da parte Credor ou devedor da parte Herdeiro ou empregado da parte
78 SUSPEIÇÃO O perito-contador pode declarar-se suspeito quando, após, nomeado, contratado ou escolhido verificar a ocorrência de situações que venha a suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e, desta maneira comprometer o resultado do seu trabalho em relação à decisão Ser amigo íntimo de qualquer das partes Ser inimigo capital de qualquer das partes Ser devedor ou credor de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau Ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges Ser empregador de alguma das partes Aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca de objeto da discussão Houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma das partes Declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, ficando isento, neste caso, de declinar os motivo
79 DIREITOS E DEVERES FUNCIONAIS COMPROMISSO E CARGA Uma vez aceita a nomeação, deve o perito comprometer-se, no prazo determinado, qualificando-se no termo de compromisso ou em livro próprio para tal fim (livro de carga) mencionando o número de registro, a sua categoria profissional e o órgão que fiscaliza o exercício profissional. * Essa prática não tem sido mais utilizada ESTUDO DOS AUTOS Compromissado, o perito deve familiarizar-se com o processo, obtendo os autos e examinando-os, colhendo dados e demais elementos que julgar necessários e estudando a matéria. * Após a retira e o exame dos autos, o perito deve entrar em contato com os assistentes técnicos (se existirem), facultando-lhes acesso aos autos
80 DIREITOS E DEVERES FUNCIONAIS DILIGÊNCIAS PARA EVIDENCIAÇÃO DE DADOS São buscas de informações que não estão dentro do processo. * No início das diligências, o perito deve relacionar os documentos, livros e dados de que necessita para realizar a perícia, solicitandoos por escrito, através de termo de diligência, retendo cópia da solicitação, com o visto do representante da parte ou do responsável pela área sob exame. ** A recusa da exibição ou qualquer dificuldade oposta ao bom andamento do trabalho pericial devem ser anotadas, quando viável comprovadas e, sempre que necessário, comunicadas ao juiz, mediante petição em contato com os assistentes técnicos (se existirem), facultando-lhes acesso aos autos
81 DIREITOS E DEVERES FUNCIONAIS CÁLCULOS, REDAÇÃO, CONFIRMAÇÃO E DIGITAÇÃO DE LAUDOS Concluídas as diligências, o perito dará início aos cálculos necessários para posterior confecção do laudo pericial. Deve adotar os melhores critérios para expressar sua opinião de forma clara e categórica, em linguagem adequada, tendo presente que tais características e o estilo na confecção do laudo pericial definem e denunciam seu autor. Na elaboração do laudo, tendo em vista sua padronização, recomenda-se que os quesitos, seguidos das respectivas respostas, sejam transcritos na ordem de sua formulação, mencionando-se, quando houver, a juntada de quadros, demonstrativos, documentos e outros anexos. Todos os quesitos devem receber respostas esclarecedoras e fundamentadas pelo perito. Deve revisar o laudo antes de subscrevê-lo, rubricando todas as folhas e anexos e, a seguir, deve datá-lo e assiná-lo. O encaminhamento do laudo pericial ao juiz deve ser feito por intermédio de petição, solicitando a juntada do mesmo aos autos do processo, atendidos os prazos determinados
82 DIREITOS E DEVERES FUNCIONAIS PEDIDO DE DOCUMENTOS No caso em que, para execução dos cálculos ou para as respostas a quesitos, o perito não dispor de todas as informações dentro do próprio processo, poderá requerer ao juiz que as partes façam a juntada de documentos, ainda necessários para que se completem as informações necessárias à realização da perícia. * É feito por meio de petição PRAZOS - O perito deverá entregar o laudo pericial no prazo fixado pelo juiz, sob pena de substituição e multa. - Entretanto poderá solicitar prorrogação, desde que antes de vencido o prazo inicial - O prazo para os assistentes técnicos varia, em razão da legislação processual civil estar, ou não, sendo aplicada * Poderão acontecer situações em que o trabalho seja muito extenso e que o prazo determinado pelo juiz não é suficiente para concluir o laudo o perito tem a possibilidade de solicitar ao juiz uma prorrogação de prazo, através de uma petição devidamente argumentada
83 ESCUSA E RECUSA DO ENCARGO A nomeação do perito deve ser considerada como uma distinção e um reconhecimento da capacidade e da honradez profissional Quando o profissional estiver impedido ou impossibilitado de cumprir o encargo deve, por escrito, recusar ou renunciar, conforme determina o art. 423 do CPC, indicando suas razões, que podem ser de ordem pessoal ou legal. LA UD O PER ICI AL Caso não o faça, a parte interessada poderá argüir o impedimento ou a suspeição na primeira oportunidade que lhe couber falar nos autos (art. 138, III, 10, do CPC), depois que tiver o conhecimento do fato.
84 ESCUSA E RECUSA DO ENCARGO BASE LEGAL: Para o perito escusar-se de uma determinada nomeação, deverá haver um motivo legítimo, conforme determina o art. 146 da Lei n o 8.455, de 24 de agosto de 1992 Art. 146 O PERITO TEM O DEVER DE CUMPRIR O OFÍCIO, NO PRAZO QUE LHE ASSINA A LEI, EMPREGANDO TODA A SUA DILIGÊNCIA; PODE, TODAVIA, ESCUSAR-SE DO ENCARGO ALEGANDO MOTIVO LEGÍTIMO Parágrafo único A escusa será apresentada dentro de cinco dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciado o direito de alegá-las Tanto na recusa quanto no impedimento, ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o juiz deverá nomear novo perito A partir do advento da Lei n o 8.455/92, a contagem do prazo para escusa, que antes era a partir da data da assinatura do compromisso, passou a ser da data da intimação ou nomeação do perito
85 ESCUSA E RECUSA DO ENCARGO MOTIVOS LEGÍTIMOS: Para escusar-se de uma determinada nomeação, o perito deverá ter um motivo legítimo 1. Que acarretou grave dano ao perito, bem como ao seu conjugue e aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta, ou colateral em segundo grau; 2. Cujo respeito por estado ou profissão, deva guardar sigilo; 3. A ocorrência de força maior ou ser militar ou funcionário público.
86 HABILITAÇÃO PROFISSIONAL O perito-contador e o assistente técnico devem comprovar sua habilitação profissional mediante apresentação de certidão específica, emitida por CRC, na forma a ser regulamentada pelo CFC Enquanto não houver regulamentação por parte do CFC, deve-se requerer certidão de habilitação profissional no CRC com fins específicos de comprovar a habilitação legal, registro profissional e regularidade A certidão habilitação profissional deverá ser juntada no processo no primeiro momento que o perito-contador ou o assistente técnico se manifestarem nos autos
87 HABILITAÇÃO PROFISSIONAL A nomeação, a contratação e a escolha do perito-contador, ou a indicação do assistente técnico para o exercício da função pericial contábil, em processo judicial, devem ser consideradas como distinção e reconhecimento da capacidade e honorabilidade do Contador deve escusar ou renunciar os serviços sempre que reconhecer não ter a competência ou não dispor de estrutura profissional para desenvolvêlos, contemplada a utilização de especialistas de outras áreas, quando parte do objeto da perícia assim o requerer A utilização de serviços de especialistas de outras áreas, quando parte do objeto da perícia assim o requerer, não implica presunção de incapacidade do perito-contador e do assistente técnico, devendo tal fato ser, formalmente, relatado no Laudo Contábil ou no Parecer Técnico para conhecimento do julgador, das partes ou dos contratantes
88 HABILITAÇÃO PROFISSIONAL A indicação ou a contratação para o exercício da atribuição de assistente técnico, em processo extrajudicial, devem ser consideradas como distinção e reconhecimento da capacidade e da honorabilidade do Contador deve escusar ou renunciar os serviços sempre que reconhecer não estar capacitado a desenvolvê-los, contemplada a utilização de especialistas de outras áreas, quando parte do objeto da perícia assim o requerer A indicação ou a contratação de assistente técnico ocorre quando as partes ou contratantes necessitarem comprovar algo que depende de conhecimento técnico específico, razão pela qual o Contador só deverá aceitar o encargo se reconhecer estar capacitado com conhecimento técnico suficiente, discernimento e irrestrita independência para a realização do trabalho
89 PERFIL PROFISSIONAL - O perito-contador deverá ser íntegro e sujeito a provas, resistindo a toda a espécie de pressões. - Também deverá possuir as seguintes virtudes: HONESTIDADE CARÁTER PERSONALIDADE IMPARCIALIDADE EQUILÍBRIO EMOCIONAL INDEPENDÊNCIA AUTONOMIA FUNCIONAL OBEDIÊNCIA IRRESTRITA E INCONDICIONAL AOS PRINCÍPIOS DA ÉTICA E DA MORAL
90 PERFIL PROFISSIONAL * O perito-contador deve possuir conhecimentos em áreas correlatas, a exemplo da matemática financeira, da estatística, da área tributária, de técnicas e práticas de negócios, etc. É essencial a observância de uma postura crítica, buscando desenvolver o espírito crítico no que diz respeito ao rigor e legitimidade da matéria sob apreciação
91 REQUISITOS ESSENCIAIS O deve ter formação moral elevada e imparcialidade IMPARCIALIDADE - Desenvolver e oferecer trabalho pericial sem ser tendencioso para qualquer uma das partes envolvidas no processo judicial - Não temer contrariar interesses - Oferecer laudo livre de influências ou injunções dos interessados - Exercer a função pericial em sua plenitude e de forma independente FORMAÇÃO MORAL ELEVADA - Reflete uma postura pessoal de integridade moral e de honestidade, decorrente da própria função de auxiliar da justiça que o perito contábil exerce e da observância do código de ética profissional circundado das razões morais e materiais que constituem a responsabilidade social e profissional do peritocontador
92 O perito-contador requerá o levantamento dos honorários periciais, previamente depositados, na mesma petição em que requer a juntada do laudo pericial aos autos Quando os honorários periciais forem aprovados por decisão judicial, estes podem ser executados, judicialmente, pelo peritocontador em conformidade com os dispositivos do CPC em vigor
93 Nos casos em que houver necessidade de desembolso para despesas supervenientes, tais com viagens e estadas, para a realização de outras diligências, o peritocontador poderá requerer ao juízo o pagamento das despesas, apresentando o respectivo orçamento, desde que não estejam contempladas na proposta inicial de honorários. Prescreve em 1 ano a percepção de honorários periciais, conforme o inciso III do 1º, art. 206 do Código Civil
94 Na linguagem forense, quando se fala em ARBITRAMENTO, refere-se ao valor da perícia, cobrado pelo peritocontador e homologado pelo juiz Como o perito-contador é nomeado pelo magistrado, este também pode ARBITRAR o valor da perícia
95 Após serem homologados os honorários, o juiz determinará à parte responsável que proceda ao pagamento destes Se a parte não concordar com o valor arbitrado, poderá recorrer, seja com embargos junto à mesma instância, ou de agravo para instância superior, visando à redução do valor arbitrado Também o próprio perito poderá recorrer contra o valor arbitrado, caso entenda que houve erro, omissão ou redução excessiva do montante estimado É, entretanto, pouco comum isso acontecer, pois se o juiz confia no profissional e incumbiu-lhe a tarefa da perícia, também há de acreditar na estimativa dos honorários periciais * O art 499 do CPC assim o permite, posto que o perito, como interveniente no processo, é terceiro prejudicado (somente no que diz respeito aos honorários periciais) A lide é considerada acessória e, portanto, o recurso poderá ser conhecido e julgado pelos mesmos órgãos jurisdicionais da lide principal
96 O perito-contador deve pedir honorários, mesmo em caso de perícia gratuita (JG) Colocar na petição de aceite da perícia que os honorários serão recebidos na sucumbência
97 ESTIMATIVA DE HONORÁRIOS PERICIAIS - Sistema Financeiro da Habitação R$ 3 mil a R$ 5 mil - Cartão de Crédito - R$ 2,5 mil a R$ 4 mil - Cheque Especial - R$ 3 mil a R$ 8 mil - Apuração de Haveres - R$ 8 mil a R$ 20 mil - Lucro Cessante - R$ 10 mil a R$ 20 mil - Dívida Ativa/Fiscal - R$ 15 mil a R$ 40 mil - Fundo de Comércio - R$ 15 mil a R$ 50 mil - Inventário - R$ 20 mil a R$ 40 mil * Valores estimativos, pois cada perícia depende de uma avaliação específica para planejar os trabalhos necessários e a horas a serem gastas com o mesmo. TEM QUE SER OLHADO CASO A CASO
98 * Não entregar o laudo enquanto a parte não tiver efetuado todos os depósitos homologados pelo Juiz Os honorários podem e devem ter uma atualização em decorrência do processo inflacionário residente em nosso país, fato previsto no CPC, art. 33 Em decorrência da política econômica governamental que restringiu a circulação da moeda corrente nacional, surgiu a figura do parcelamento dos honorários periciais para casos extremos, pelo fato da diminuição dos recursos financeiros, onde alguns magistrados admitem depósitos parcelados dos honorários periciais A jurisprudência sinaliza para que o início dos trabalhos seja após o efetivo depósito judicial da verba estimada relativa aos honorários do perito. Entretanto, decisão da justiça federal entendeu que o parcelamento dos honorários com início após o pagamento da última parcela implica na paralisação do feito, e que isto só pode ocorrer por convenção de ambas as partes
99 A praxe é o perito-contador, como fator de segurança, requerer que seja efetuado o depósito dos honorários antes do início dos trabalhos, conforme o CPC, art. 19, pois na hipótese de não existir o depósito dos honorários, terá o profissional que ajuizar ação para receber sua verba, conforme preceitua o item V do art. 585 do CPC, para o qual deverá ser observado o procedimento sumário conforme letra f do art. 275 do CPC A estimativa inicial de honorários deve ser clara quanto a sua abrangência, pois as partes podem apresentar quesitos suplementares e a proposta inicial não abranger tal dispêndio, razão pela qual sugere-se que, na estimativa inicial, seja requerido ao Juiz a possibilidade de complementar a verba honorária em caso de serem deferidos quesitos complementares
100 Para receber seus honorários, o perito-contador deve colocar no laudo um parágrafo solicitando o pagamento Para que o perito-contador possa sacar seus honorários, o Cartório tem que emitir o MANDADO DE PAGAMENTO para ser pago pelo Banco do Brasil S/A O Banco do Brasil tem o prazo de 24 horas para pagar, se o perito-contador tem conta, e 48 horas, se não tiver Todo honorário que está depositado judicialmente sofre correção monetária (No RJ se usa a UFERJ = 44,2655 UFIR; hoje se cobra em UFIR = 1,7495) O pagamento do perito-contador será depositado em conta corrente, se o valor for acima de R$ 5 mil, e se for abaixo pode ser recebido na boca do caixa, desde que seja cadastrado no Banco do Brasil.
101 HONORARIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO : PAGAMENTO NO FINAL DO PROCESSO NA JUSTIÇA CÍVEL : PROPOSIÇÃO PRÉVIA COM ANTECIPAÇÃO DE 50% OU PAGAMENTO DE 100% APÓS A ENTREGA DO LAUDO ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA QUANDO REQUERIDA PELA PARTE QUE SOLICITOU A PERÍCIA E DEFERIDA PELO JUIZ
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