COTIDIANO E URBANIZAÇÃO CRÍTICA. Geografia Urbana I 2013

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "COTIDIANO E URBANIZAÇÃO CRÍTICA. Geografia Urbana I 2013"

Transcrição

1 COTIDIANO E URBANIZAÇÃO CRÍTICA Geografia Urbana I 2013

2 Estrutura da aula: 1) Dupla dimensão do cotidiano 2) Diferentes leituras sobre a periferia: cidade ilegal; espoliação urbana; urbanização crítica Bibliografia DAMIANI, A. A geografia e a produção do espaço. Entre o público e privado. In: Urbanização e mundialização.. Boletim Paulista de Geografia LEFEBVRE, H. Vida cotidiana no mundo moderno KOWARICK, Lucio. Espoliação Urbana. Escritos urbanos. Viver em risco ROLNIK, Raquel. A cidade e a lei: legislação, política urbana e territórios na cidade de São Paulo

3 Ponto de partida O capitalismo como modo de produção de mercadorias não pode se realizar e se perpetuar se não for capaz de incorporar e sujeitar: - A natureza inteira - Os lugares - Os momentos e elementos da vida social O capitalismo produz o cotidiano (programado, repetitivo, controlado) Cotidiano é uma ordem que se impõe a vida: um ritmo, uma forma, um modo de ser, um modo de viver, um modo de sentir, uma forma de se relacionar (efêmero, superficial, quantitativo)

4 Cotidiano por H. Lefebre Cotidiano: como conjunto de atividades de aparência modesta, a primeira esfera do sentido Nele estão as circunstâncias da vida real dos trabalhadores (a atividade produtora, a alienação) Cotidiano como produto histórico: não está presente desde sempre (conceito) Quando? A partir da generalização da economia mercantil e monetária e com a instauração do capitalismo Pq: generalização do mercado muda tudo, impõe o repetitivo Cotidiano definido como o lugar da repetição

5 Pós- Guerra (década de 1940):como mudança profunda no cotidiano Dissolve-se a utopia do trabalhador de mudança do mundo: dissipa-se a consciência crítica pois a classe operária (centro do capitalismo) teve ganhos e incorporou-se ao reino da mercadoria. Trabalhador transforma-se em classe média Insere-se no mundo do consumo Instala-se o cotidiano programado (uma nova sociedade: sociedade programada do consumo dirigido) Dissipa-se a consciência: operário que iria mudar o sentido do mundo Incorporado via consumo: transforma-se em peça chave da defesa

6 E no Brasil, como isso se dá? Caso da RMSP: lugar privilegiado da acumulação de capital, ilha de modernidade no país, lugar dos setores mais avançados da economia: crescimento da produtividade dos setores modernos acompanhado por crescimento de pobreza urbana (pobreza não é resultado da falta de industrialização mas das necessidades deste e do papel periférico da nossa economia) Sociedade salarial (emprego pleno e proteção social): não se generalizou (nem nas ilhas de modernidade) Salários rebaixados e exército reserva: geraram as periferias, as favelas Criou-se uma dívida social histórica : pobreza que se amplia, impossível resolver? Reestruturação produtiva dos anos 1990: acentuou o passivo social quer por conta do desemprego estrutural e conjuntural (expropriação do mundo do trabalho) ou por precarização do trabalho Inserção do trabalhador no cotidiano: é parcial (NÃO SE COMPLETA)

7 Cotidiano como par dialético: Repetitivo: o número Racionalidade Gestos no trabalho e fora dele Movimentos mecânicos Soma das opressões: alienação Espaço e a vida normatizados Escassez Homogeneização da vida Possibilidade: o drama Cotidiano é também o trampolim, uma etapa, um momento para realizar o possível Contem o resíduo O irredutível (aquele que não se deixa reduzir) O não capturado Grandeza do cotidiano: vida que se perpetua, apropriação do espaço, do corpo, do tempo Sujeição ao consumo Empobrecimento da vida

8 Cotidiano duplo da periferia em São Paulo (Damiani): - Um cotidiano que não se generaliza: há excluídos do cotidiano - Periferia como espaço concebido mas como espaço vivido (morador não é passivo) Embate entre duas dimensões: Concebido: impõe a identidade estatal, do poder (paisagem do poder) Vivido: cria uma prática social (rebelde, contestatória) que expressa uma cultura periférica rica, dinâmica, própria, que não se sujeita Uma prática urbana que supera a forma urbana (da concebido) - Damiani

9 2) Leituras sobre a periferia LEGALIDADE (cidade ilegal) ESPOLIÇÃO URBANA(KOWARICK) URBANIZAÇÃO CRÍTICA (DAMIANI)

10 I - Leitura da legalidade A Cidade e a lei : objetivo analisar a legislação urbanística como definidora de uma fronteira de poder: Cidade legal: território urbano legitimado por leis (área central) Cidade ilegal: território fora da lei (cidadania limitada anel periférico envolvendo o centro) Produto da legislação urbanística que circunscrevia-se ao centro: códigos e leis definiam área central e regulavam o uso. Fronteira: o que estava fora sem regulação. Permitiu um mercado imobiliário que maximizou lucros (intensificação da ocupação) Fora da cidade: melhoramentos e serviços urbanos não disponíveis

11 Problemática: Interpretação posterior (vulgarização, simplificação do pensamento) que resulta em concepção cidade dualizada: Centro=cidade legal Periferia= pobres= ilegalidade Culpabilização dos mais pobres (leitura da ocupação dos mananciais) Exclusividade da ilegalidade à periferia omite e dissimula as ilegalidades do centro: Apropriação de áreas públicas (restos de parcelamento terreno Globo invadiu) Ilegalidade construtiva (acima do gabarito, da taxa de ocupação): igrejas, shoppings centers, hospitais, poder público Produção da legalidade (mais perversa pois é seletiva e atende determinados interesses): cessão área para uso privado, regularizações, autorizações em APP; ampliação de índices.

12 II Leitura pela Espoliação Urbana Def: um conjunto de extorsões, de ausência ou precariedade de serviços urbanos na periferia (não cumprimento de direitos). Impedir que alguém tenha acesso à algo que é um direito Explica a lógica da desordem Resulta: a)atuação do estado que direciona os recursos públicos para adequar a cidade à modernidade e viabilizar os negócios (M.Santos chama de modernização perversa) b) Caráter da acumulação de capital: sobrelucro através da pauperização do trabalhador Espoliação urbana produzida pela forma como se dá a acumulação de capital: agrava no tempo

13 Nova pobreza e uma classificação social (situações da pobreza): a) Integração: são aqueles pobres integrados pelo trabalho formal e regular (nova classe média ) b) Vulnerabilidade: pobres que enfrentam a precariedade no trabalho (oscilante) c) Assistência: pobres que vivem o subsídio público e que garante não se desligar socialmente (Bolsa Família) d) Desfiliação: desempregado permanente; perda de raízes no bairro, na família (moradores em situação de rua)

14 III urbanização crítica Impossibilidade do urbano para todos Negação do urbano, da vida urbana Expressa-se concretamente: Distância que expropria o tempo de vida e de lazer do trabalhador Migração constante (que produz o estranhamento, o desenraizamento, a perda das relações sociais) cada vez mais longe (aluguel cada vez mais alto) Vida normatizada do conjunto habitacional (lógica de um viver concebido exterioridade aos indivíduos) Expulsão constante da cidade: expropriações

15 Urbanização crítica: Produzida pela negatividade do trabalho: combina o traço histórico de nossa sociedade (dívida social) com crise da sociedade salarial que produz NOVA POBREZA (emprego temporário; trabalho precarizado; desemprego permanente). Além dos salários rebaixados (participa do mundo produtivo) + expropriação do mundo da produção (emprego que não volta mais) Há exploração e expropriação: alimentam a periferia Tem outra face: urbanização como negócio(associa Estado, setores tradicionais como proprietários de terra e setores modernos) que acentua desigualdades

CELSO FURTADO E A INTERPRETAÇÃO ESTRUTURALISTA DO SUBDESENVOLVIMENTO

CELSO FURTADO E A INTERPRETAÇÃO ESTRUTURALISTA DO SUBDESENVOLVIMENTO CELSO FURTADO E A INTERPRETAÇÃO ESTRUTURALISTA DO SUBDESENVOLVIMENTO Ricardo Bielschowsky, CEPAL e UFRJ Rio de janeiro, agosto de 2005 Contribuições de Furtado ao estruturalismo Inclusão de dimensão histórica

Leia mais

A partir de nossas análises e estudos, preencha adequadamente as lacunas da sentença abaixo, na respectiva ordem:

A partir de nossas análises e estudos, preencha adequadamente as lacunas da sentença abaixo, na respectiva ordem: Questão 1 A partir de nossas análises e estudos, preencha adequadamente as lacunas da sentença abaixo, na respectiva ordem: O desconhecimento das condições histórico-sociais concretas em que vivemos, produzidas

Leia mais

Teorias da Globalização

Teorias da Globalização Teorias da Globalização O processo histórico do capitalismo: Primeiro momento surgimento e formação do capitalismo na Europa, instauração do trabalho livre, mercantilização do sistema produtivo e organização

Leia mais

Aula 8: Segregação socioespacial

Aula 8: Segregação socioespacial Aula 8: Segregação socioespacial as diferentes formas no tempo Sentido político (significado): afastar os pobres do centro e da cidade. Negação do convívio e do encontro de diferentes. Destruição da cidade

Leia mais

A HISTÓRIA SOCIAL DOS DIREITOS

A HISTÓRIA SOCIAL DOS DIREITOS A HISTÓRIA SOCIAL DOS DIREITOS TEMÁTICA As As bases sócio-históricas da fundação dos Direitos Humanos na Sociedade Capitalista A construção dos Direitos A Era da Cultura do Bem Estar Os Direitos na Contemporaneidade

Leia mais

HISTORICIDADE DO MEIO 3 MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL

HISTORICIDADE DO MEIO 3 MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL HISTORICIDADE DO MEIO 3 MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO- INFORMACIONAL De 1950 em diante Características fundamentais: Planejamento / intensionalidade. Desenvolvimento da

Leia mais

Amanda Duarte. Luana Freitas. Raiane Moreira. Victória Galter

Amanda Duarte. Luana Freitas. Raiane Moreira. Victória Galter Amanda Duarte Luana Freitas Raiane Moreira Victória Galter O TRABALHO ATÍPICO E A PRECARIEDADE COMO ELEMENTO ESTRATÉGICO DETERMINANTE DO CAPITAL NO PARADIGMA PÓS-FORDISTA Nesse último decênio, vem sendo

Leia mais

Subúrbio e periferia Subúrbio, Rua Elisa Fláquer, centro de Santo André. Modo de vida suburbano: casas com quintal Proximidade com campo.

Subúrbio e periferia Subúrbio, Rua Elisa Fláquer, centro de Santo André. Modo de vida suburbano: casas com quintal Proximidade com campo. Subúrbio e periferia 1940. Subúrbio, Rua Elisa Fláquer, centro de Santo André. Modo de vida suburbano: casas com quintal Proximidade com campo. Ano 2011. Periferia em São Bernardo do Campo: bairro do Montanhão.

Leia mais

Integração Favela-Cidade

Integração Favela-Cidade Integração Favela-Cidade Ricardo Barros Diana Grosner Adriana Mascarenhas Alessandra Ninis Rio de Janeiro, Maio de 2012. Agradecimento especial a: Jailson de Souza e Silva José Marcelo Zacchi Pedro Strozenberg

Leia mais

É a base do desenvolvimento econômico mundial. Ocorre quando há transformação em algum bem, acabado ou semiacabado;

É a base do desenvolvimento econômico mundial. Ocorre quando há transformação em algum bem, acabado ou semiacabado; INTRODUÇÃO À GEOGRAFIA DAS INDÚSTRIAS 1 Atividade Industrial É a base do desenvolvimento econômico mundial desde o século XVIII; Ocorre quando há transformação em algum bem, acabado ou semiacabado; Séc.

Leia mais

Da Modernidade à Modernização. Prof. Benedito Silva Neto Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento PPGDPP/UFFS

Da Modernidade à Modernização. Prof. Benedito Silva Neto Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento PPGDPP/UFFS Da Modernidade à Modernização Prof. Benedito Silva Neto Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento PPGDPP/UFFS Introdução Da Modernidade à Modernização: As transformações ideológicas das sociedades

Leia mais

Habitação e cidade no Brasil. II Encontro Nacional de Tecnologia Urbana Profa. E. Maricato nov Passo Fundo

Habitação e cidade no Brasil. II Encontro Nacional de Tecnologia Urbana Profa. E. Maricato nov Passo Fundo Habitação e cidade no Brasil II Encontro Nacional de Tecnologia Urbana Profa. E. Maricato nov. 2015 Passo Fundo 2-Cidade no capitalismo periférico Os estudiosos da formação nacional: modernização conservadora,

Leia mais

Prof. RAQUEL ROLNIK REGULAÇÃO URBANISTÍCA E ZONEAMENTO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO AGOSTO 2011

Prof. RAQUEL ROLNIK REGULAÇÃO URBANISTÍCA E ZONEAMENTO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO AGOSTO 2011 FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO REGULAÇÃO URBANISTÍCA E ZONEAMENTO ORIGENS (EUROPÉIA E NORTE AMERICANA E SUA DISSEMINAÇÃO NA AMERICA LATINA) Prof. RAQUEL ROLNIK AGOSTO 2011

Leia mais

Imperialismo. Estudo dos Capítulos 9 e 10 da obra Economia Política: uma introdução Crítica para o Curso de Economia Política

Imperialismo. Estudo dos Capítulos 9 e 10 da obra Economia Política: uma introdução Crítica para o Curso de Economia Política uma introdução Crítica para o Curso de Economia Política Rosa Luxemburgo Vladimir Lênin Nikolai Bukharin capitalismo mobilidade e transformação atividade econômica desenvolvimento das forças produtivas

Leia mais

AULA 6 GEOGRAFIA URBANA. Reestruturação urbano industrial

AULA 6 GEOGRAFIA URBANA. Reestruturação urbano industrial AULA 6 GEOGRAFIA URBANA Reestruturação urbano industrial Indutor: Reestruturação produtiva em São Paulo: Crescimento maior do INTERIOR (perda de peso relativo da metrópole no crescimento industrial). Dados

Leia mais

"Universalização do saneamento, urbanização e meio ambiente: desafios tecnológicos e de gestão".

Universalização do saneamento, urbanização e meio ambiente: desafios tecnológicos e de gestão. "Universalização do saneamento, urbanização e meio ambiente: desafios tecnológicos e de gestão". O Estatuto da Cidade, os Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano, o Meio Ambiente e o Saneamento Ambiental.

Leia mais

Aspectos gerais do processo de Globalização: - A Revolução Tecnológica e o meio técnicocientífico informacional. As Fases da revolução Tecnológica

Aspectos gerais do processo de Globalização: - A Revolução Tecnológica e o meio técnicocientífico informacional. As Fases da revolução Tecnológica Aspectos gerais do processo de Globalização: - A Revolução Tecnológica e o meio técnicocientífico informacional As Fases da revolução Tecnológica Na segunda Revolução Industrial, o aprimoramento do taylorismo

Leia mais

Movimentos Sociais Urbanos. Dulce Pandolfie WecisleyRibeiro do Espírito Santos

Movimentos Sociais Urbanos. Dulce Pandolfie WecisleyRibeiro do Espírito Santos Movimentos Sociais Urbanos Dulce Pandolfie WecisleyRibeiro do Espírito Santos 1 MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS E ESFERA PÚBLICA: QUESTÕES PARA O DEBATE Importância crescente da questão urbana. Variedade de

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS - GEOGRAFIA - 1 BIMESTRE

LISTA DE EXERCÍCIOS - GEOGRAFIA - 1 BIMESTRE LISTA DE EXERCÍCIOS - GEOGRAFIA - 1 BIMESTRE ALUNO (A): nº CIANORTE, MARÇO DE 2011 1. (UFMT) Em relação ao processo de urbanização brasileiro, no período de 1940 a 2000, analise a tabela abaixo. (MENDES,

Leia mais

LEMARX CURSO DE ECONOMIA POLÍTICA

LEMARX CURSO DE ECONOMIA POLÍTICA LEMARX CURSO DE ECONOMIA POLÍTICA 18 de setembro de 2010 CAPÍTULO 3: PRODUÇÃO DE MERCADORIAS E MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA CAPÍTULO 4: O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA: A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO O QUE ESTUDAMOS

Leia mais

INCENTIVOS FISCAIS PARA AS NOVAS TECNOLOGIAS JOZÉLIA NOGUEIRA

INCENTIVOS FISCAIS PARA AS NOVAS TECNOLOGIAS JOZÉLIA NOGUEIRA INCENTIVOS FISCAIS PARA AS NOVAS TECNOLOGIAS JOZÉLIA NOGUEIRA POLÍTICA FISCAL A Política Fiscal é um instrumento fundamental para alcançar um crescimento econômico inclusivo e com maior igualdade E com

Leia mais

13/8/2012. A Expansão do Movimento Operário e a Retração do Capital. Objetivos. Conteúdo

13/8/2012. A Expansão do Movimento Operário e a Retração do Capital. Objetivos. Conteúdo Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social Profa. Ma. Laura Santos A Expansão do Movimento Operário e a Retração do Capital Objetivos Entender a expansão do movimento operário.

Leia mais

As linhas políticas do MTST:

As linhas políticas do MTST: As linhas políticas do MTST: Resolução final do I Encontro Nacional (2011) Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto QUEM SOMOS? O MTST é um movimento que organiza trabalhadores urbanos a partir do local em

Leia mais

DA HABITAÇÃO POPULAR AO DIREITO À CIDADE: O PROGRAMA MINHA CASA, MINHAVIDA, DO VILA DO SUL E VILA BONITA, EM VITORIA DA CONQUISTA (BA)

DA HABITAÇÃO POPULAR AO DIREITO À CIDADE: O PROGRAMA MINHA CASA, MINHAVIDA, DO VILA DO SUL E VILA BONITA, EM VITORIA DA CONQUISTA (BA) DA HABITAÇÃO POPULAR AO DIREITO À CIDADE: O PROGRAMA MINHA CASA, MINHAVIDA, DO VILA DO SUL E VILA BONITA, EM VITORIA DA CONQUISTA (BA) Rita de Cássia Ribeiro Lopes 1 Suzane Tosta Souza 2 Esse resumo faz

Leia mais

O Processo de Globalização

O Processo de Globalização O Processo de Globalização O Processo de Globalização O que é: Fenômeno de integração econômica e cultural em consequência da intensificação das trocas internacionais de mercadorias e da circulação de

Leia mais

Cidade, trabalho e cidadania (45h/a 3 créditos) Professor: Cláudio Roberto de Jesus

Cidade, trabalho e cidadania (45h/a 3 créditos) Professor: Cláudio Roberto de Jesus UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS URBANOS E REGIONAIS Cidade, trabalho e cidadania

Leia mais

GLOBALIZAÇÃO NO BRASIL CAPÍTULO 2 PROFESSOR LEONAM JUNIOR

GLOBALIZAÇÃO NO BRASIL CAPÍTULO 2 PROFESSOR LEONAM JUNIOR GLOBALIZAÇÃO NO BRASIL CAPÍTULO 2 PROFESSOR LEONAM JUNIOR CONCEITOS BÁSICOS DE GLOBALIZAÇÃO fenômeno que começou com as grandes navegações. ganhou grande destaque com a revolução industrial. sofreu grande

Leia mais

GLOBALIZAÇÃO Planeta em mutação

GLOBALIZAÇÃO Planeta em mutação GLOBALIZAÇÃO Planeta em mutação GLOBALIZAÇÃO: O QUE É. A globalização é o estágio supremo da internacionalização. O processo de intercâmbio entre os países, que marcou o desenvolvimento do capitalismo.

Leia mais

História das Teorias Econômicas Aula 5: Karl Marx Instituto de Geociências / Unicamp

História das Teorias Econômicas Aula 5: Karl Marx Instituto de Geociências / Unicamp História das Teorias Econômicas Aula 5: Karl Marx Instituto de Geociências / Unicamp 2 Semestre de 2008 1 Apresentação - de origem alemã - 1818 1883 - Economista, sociólogo e filósofo - Recebeu influência

Leia mais

Marx e as Relações de Trabalho

Marx e as Relações de Trabalho Marx e as Relações de Trabalho Marx e as Relações de Trabalho 1. Segundo Braverman: O mais antigo princípio inovador do modo capitalista de produção foi a divisão manufatureira do trabalho [...] A divisão

Leia mais

Agricultura familiar: políticas e ideologias. João Mosca

Agricultura familiar: políticas e ideologias. João Mosca Agricultura familiar: políticas e ideologias João Mosca Conferência Sector Familiar e Desenvolvimento em Moçambique Maputo 4 de Dezembro de 2014 Apresentação 1. Paradigmas 1975-2014 2. O ciclo vicioso

Leia mais

Fluxos migratórios e estrutura da. população. IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016

Fluxos migratórios e estrutura da. população. IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016 Fluxos migratórios e estrutura da população IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016 O que leva uma pessoa a migrar? Todas as migrações ocorrem livremente?

Leia mais

MULHERES TRANSFORMANDO A ECONOMIA. Cartilha sobre Economia Solidária e Feminista

MULHERES TRANSFORMANDO A ECONOMIA. Cartilha sobre Economia Solidária e Feminista MULHERES TRANSFORMANDO A ECONOMIA Cartilha sobre Economia Solidária e Feminista MULHERES TRANSFORMANDO A ECONOMIA Cartilha sobre Economia Solidária e Feminista São Paulo, 2015 Apresentação As mulheres

Leia mais

TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA: DESAFIOS À EDUCAÇÃO

TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA: DESAFIOS À EDUCAÇÃO TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA: DESAFIOS À EDUCAÇÃO MARCOCCIA, Patrícia Correia de Paula Marcoccia UEPG pa.tyleo12@gmailcom PEREIRA, Maria de Fátima Rodrigues UTP maria.pereira@utp.br RESUMO:

Leia mais

A sociologia de Marx. A sociologia de Marx Monitor: Pedro Ribeiro 24/05/2014. Material de apoio para Monitoria

A sociologia de Marx. A sociologia de Marx Monitor: Pedro Ribeiro 24/05/2014. Material de apoio para Monitoria 1. (Uel) O marxismo contribuiu para a discussão da relação entre indivíduo e sociedade. Diferente de Émile Durkheim e Max Weber, Marx considerava que não se pode pensar a relação indivíduo sociedade separadamente

Leia mais

Industrialização brasileira e desenvolvimento. A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte (Gandhi)

Industrialização brasileira e desenvolvimento. A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte (Gandhi) Industrialização brasileira e desenvolvimento. A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte (Gandhi) Crise de 1929: a queda dos commodities de café com a recessão mundial forçou os fazendeiros

Leia mais

PROCESSO SOCIAL DA VULNERABILIZAÇÃO

PROCESSO SOCIAL DA VULNERABILIZAÇÃO PROCESSO SOCIAL DA VULNERABILIZAÇÃO ESGOTAMENTO DAS LUTAS POPULARES DECLÍNIO DOS ESTADOS DE BEM-ESTAR SOCIAL E SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL E A INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA VULNERABILIDADE EM RELAÇÃO

Leia mais

PLANO DE ENSINO ETIM DADOS DA DISCIPLINA

PLANO DE ENSINO ETIM DADOS DA DISCIPLINA PLANO DE ENSINO ETIM Nome da Disciplina: Sociologia IV Curso: Período: 4º ano Carga Horária: 2 a/s - 40 h/a 33 h/r Docente Responsável: DADOS DA DISCIPLINA EMENTA Significado do mundo do trabalho na construção

Leia mais

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA Sociologia VI: Sociologia CARGA HORÁRIA 72 horas Urbana CURSO Sociologia e política SEMESTRE 6º

Leia mais

Atividades de Recuperação Paralela de Geografia

Atividades de Recuperação Paralela de Geografia Atividades de Recuperação Paralela de Geografia 7º ano Ensino Fundamental 2. 2 Trimestre/2018 Leia as orientações de estudos antes de responder as questões Releia as anotações do caderno e livro Não deixe

Leia mais

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org Este documento faz parte do Repositório Institucional do Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org Mesa de Diálogo e controvérsia - (número 2) amos diante de uma grande crise econômico-financeira:

Leia mais

AS TRANSFORMAÇÕES DO TRABALHO NA SOCIEDADE INFORMACIONAL

AS TRANSFORMAÇÕES DO TRABALHO NA SOCIEDADE INFORMACIONAL AS TRANSFORMAÇÕES DO TRABALHO NA SOCIEDADE INFORMACIONAL Disciplina: Trabalho, Sociedade e Desigualdades Prof. Francisco E. B. Vargas Instituto de Filosofia, Sociologia e Política IFISP/UFPel - 2013/2

Leia mais

MOTIVO DA URBANIZAÇÃO:

MOTIVO DA URBANIZAÇÃO: URBANIZAÇÃO CONCEITO: É a transformação de espaços naturais e rurais em espaços urbanos, concomitantemente à transferência em larga escala da população do campo para a cidade êxodo rural em razão de diversos

Leia mais

PORTARIA Nº 249, DE 10 DE MAIO DE 2013

PORTARIA Nº 249, DE 10 DE MAIO DE 2013 Página 1 de 6 INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA PORTARIA Nº 249, DE 10 DE MAIO DE 2013 O Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Leia mais

AULA Lei do Inquilinato 1942 X Casa Própria Criação da Fundação da Casa Popular (FCP) Habitação Social Origens, Conceitos e Instrumentos

AULA Lei do Inquilinato 1942 X Casa Própria Criação da Fundação da Casa Popular (FCP) Habitação Social Origens, Conceitos e Instrumentos Habitação Social Origens, Conceitos e Instrumentos ARQ1339 Tópicos Especiais em Arquitetura XXIV Prof. Gabriel Duarte AULA 4 1930-1950 Lei do Inquilinato 1942 X Casa Própria Criação da Fundação da Casa

Leia mais

Experiências locais RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO. Urbanização Jd. Progresso PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO

Experiências locais RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO. Urbanização Jd. Progresso PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO Experiências locais RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO Urbanização Jd. Progresso PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO INFORMAÇÕES BÁSICAS datas de início e término: local: fonte de recursos: 1999 216 Ribeirão Preto,

Leia mais

Desenvolvimento das cidades

Desenvolvimento das cidades Gestão Desportiva e de Lazer Lazer e Urbanismo Desenvolvimento das cidades Texto base: SPOSITO, Maria Encarnação E. Capitalismo e urbanização Capítulo 03 Industrialização e urbanização Professora: Andréa

Leia mais

A escola pública em áreas degradadas da cidade de São Paulo e seu papel de contenção ou emancipação social

A escola pública em áreas degradadas da cidade de São Paulo e seu papel de contenção ou emancipação social A escola pública em áreas degradadas da cidade de São Paulo e seu papel de contenção ou emancipação social Lourdes Carril 1 Resumo Nossa proposta é analisar a escola pública em áreas da periferia da cidade

Leia mais

AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA I

AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA I AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA I Data: 27/04/2012 Aluno(a): n 0 ano: 7º turma: NOTA: Prof.(a): Haide Mayumi Handa Honda Ciente do Responsável: Data: / /2012 Instruções: 1. Esta avaliação contém 5 páginas e 10

Leia mais

VER-A-CIDADE. Carolina Brito dos Santos. INTRODUÇÃO

VER-A-CIDADE. Carolina Brito dos Santos. INTRODUÇÃO VER-A-CIDADE Carolina Brito dos Santos carolbritos@yahoo.com.br INTRODUÇÃO Com a proximidade do fim da Educação Básica que, para muitos jovens alunos, é o fim da educação formal e a entrada no mercado

Leia mais

KARL MARX E A EDUCAÇÃO. Ana Amélia, Fernando, Letícia, Mauro, Vinícius Prof. Neusa Chaves Sociologia da Educação-2016/2

KARL MARX E A EDUCAÇÃO. Ana Amélia, Fernando, Letícia, Mauro, Vinícius Prof. Neusa Chaves Sociologia da Educação-2016/2 KARL MARX E A EDUCAÇÃO Ana Amélia, Fernando, Letícia, Mauro, Vinícius Prof. Neusa Chaves Sociologia da Educação-2016/2 BIOGRAFIA Karl Heinrich Marx (1818-1883), nasceu em Trier, Alemanha e morreu em Londres.

Leia mais

Relatório da sessão Sistemas urbanos e regionais sustentáveis. 1. Introdução

Relatório da sessão Sistemas urbanos e regionais sustentáveis. 1. Introdução Relatório da sessão Sistemas urbanos e regionais sustentáveis Celso Santos Carvalho 1, Renata Helena da Silva 1. Introdução O debate sobre sistemas urbanos e regionais sustentáveis objetivou levantar os

Leia mais

Escola de Formação Política Miguel Arraes

Escola de Formação Política Miguel Arraes Escola de Formação Política Miguel Arraes Curso de Formação, Capacitação e Atualização Política dos Filiados, Militantes e Simpatizantes Módulo IV A Atuação Política dos Socialistas Aula 3 Os Socialistas

Leia mais

3. Mobilidade e Urbanização. Rodrigo Alberto Toledo

3. Mobilidade e Urbanização. Rodrigo Alberto Toledo 3. Mobilidade e Urbanização Rodrigo Alberto Toledo Roteiro Conceito: mobilidade e urbanização; Espoliação, segregação e vulnerabilidade urbana apresentação de casos Conceitos: controle da rebeldia das

Leia mais

Boletim Gaúcho de Geografia

Boletim Gaúcho de Geografia Boletim Gaúcho de Geografia http://seer.ufrgs.br/bgg ESPAÇO-TEMPO NA METRÓPOLE: A FRAGMENTAÇÃO DA VIDA COTIDIANA Marli T. Michelsen de Andrade Boletim Gaúcho de Geografia, 31: 186-189, out., 2006. Versão

Leia mais

A CRISE DO CAPITAL E A PRECARIZAÇÃO ESTRUTURAL DO TRABALHO

A CRISE DO CAPITAL E A PRECARIZAÇÃO ESTRUTURAL DO TRABALHO A CRISE DO CAPITAL E A PRECARIZAÇÃO ESTRUTURAL DO TRABALHO Prof. Dr. Ricardo Lara Departamento de Serviço Social Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. CRISE DO CAPITAL Sistema sociometabólico do

Leia mais

Sociologia. Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues

Sociologia. Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues Sociologia Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues E-mail: matheus.bortoleto@cnecuberaba.edu.br Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Em tempos de humanidade desumanizada, de desordem sangrenta, nada deve

Leia mais

Abordagem Sobre o Agrário

Abordagem Sobre o Agrário Abordagem Sobre o Agrário 1. (UERJ) Material de apoio para Monitoria A região do pampa, no Rio Grande do Sul, reflete a realidade rural brasileira e suas mazelas. Identifique o processo socioespacial que

Leia mais

Vulnerabilidade e segregação ocupacional dos jovens em regiões de favelas em Belo Horizonte Resumo

Vulnerabilidade e segregação ocupacional dos jovens em regiões de favelas em Belo Horizonte Resumo Vulnerabilidade e segregação ocupacional dos jovens em regiões de favelas em Belo Horizonte Resumo A vulnerabilidade social da juventude resulta de uma série de fatores, frequentemente sobrepostos. A combinação

Leia mais

Benedito Silva Neto Disciplina de Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento Universidade Federal da Fronteira Sul campus Cerro Largo

Benedito Silva Neto Disciplina de Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento Universidade Federal da Fronteira Sul campus Cerro Largo Benedito Silva Neto Disciplina de Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento Universidade Federal da Fronteira Sul campus Cerro Largo 2017: Centenário da Revolução Russa! Introdução Aspectos

Leia mais

PLURIATIVIDADE AGRÍCOLA E AGRICULTURA FAMILIAR II. META Mostrar o processo de inserção da agricultura familiar na economia brasileira.

PLURIATIVIDADE AGRÍCOLA E AGRICULTURA FAMILIAR II. META Mostrar o processo de inserção da agricultura familiar na economia brasileira. PLURIATIVIDADE AGRÍCOLA E AGRICULTURA FAMILIAR II META Mostrar o processo de inserção da agricultura familiar na economia brasileira. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: entender o conceito

Leia mais

Emprego e estrutura produtiva em Moçambique

Emprego e estrutura produtiva em Moçambique Emprego e estrutura produtiva em Moçambique Carlos Muianga (IESE) Seminário: Emprego e Transformação Económica e Social em Moçambique 27 de Junho de 2018 Outline Contexto Estrutura produtiva e padrões

Leia mais

Trabalho Social em Habitação: para quê e para quem?

Trabalho Social em Habitação: para quê e para quem? SEMINÁRIO INTERNACIONAL TRABALHO SOCIAL EM HABITAÇÃO: DESAFIOS DO DIREITO A CIDADE Trabalho Social em Habitação: para quê e para quem? 15 de março de 2016. SEMINÁRIO INTERNACIONAL TRABALHO SOCIAL EM HABITAÇÃO:

Leia mais

DIREITO DO AMBIENTE 2.3. Sistema de gestão territorial. Âmbitos de ordenamento. Invalidade de normas e sanções jurídicas. Garantias dos particulares 9

DIREITO DO AMBIENTE 2.3. Sistema de gestão territorial. Âmbitos de ordenamento. Invalidade de normas e sanções jurídicas. Garantias dos particulares 9 DEDICATÓRIA 5 1. DIREITO AMBIENTAL. ENQUADRAMENTO CONSTITUCIONAL. NORMAÇÃO VERTICAL 7 1.1. Ontologia, ergonologia e nomologia na Constituição ambiental 7 1.2. Posição geral sobre o direito constitucional

Leia mais

O DIREITO À CIDADE, AS DESIGUALDADES URBANAS E O ACESSO A TERRA

O DIREITO À CIDADE, AS DESIGUALDADES URBANAS E O ACESSO A TERRA PROGRAMA DE FORMAÇÃO POLÍTICAS PÚBLICAS E O DIREITO À CIDADE Unidade: Política Habitacional e o Direito à Moradia Digna Curso de Capacitação e Formação para a Elaboração, Monitoramento e Acompanhamento

Leia mais

Geografia. 7 th grade

Geografia. 7 th grade Geografia 7 th grade Strand Contents & Skills Essential Questions Assessments 1.1. Ocupação e Povoamento: Sudeste 1.1.1. Relacionar o povoamento da Região Sudeste com as atividades econômicas: Mineração,

Leia mais

Déficit Habitacional. Vladimir Fernandes Maciel. Pesquisador do Núcleo N. de Pesquisas em Qualidade de Vida NPQV Universidade Presbiteriana Mackenzie

Déficit Habitacional. Vladimir Fernandes Maciel. Pesquisador do Núcleo N. de Pesquisas em Qualidade de Vida NPQV Universidade Presbiteriana Mackenzie Déficit Habitacional Vladimir Fernandes Maciel Pesquisador do Núcleo N de Pesquisas em Qualidade de Vida NPQV Universidade Presbiteriana Mackenzie 15/05/2006 Semana da FCECA 1 Estrutura do Workshop Motivação

Leia mais

A CONSTRUÇÃO CONTEMPORÂNEA DO ESPAÇO DA DESIGUALDADE

A CONSTRUÇÃO CONTEMPORÂNEA DO ESPAÇO DA DESIGUALDADE Mesa de Diálogo 2 PRODUÇÃO do ESPAÇO PÚBLICO em SÃO LUIS, MARANHÃO. A CONSTRUÇÃO CONTEMPORÂNEA DO ESPAÇO DA DESIGUALDADE Frederico Lago Burnett Professor Adjunto III UEMA São Luis, Ma. Dezembro, 2014 CIDADE:

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Periferias contemporâneas: leituras territoriais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Periferias contemporâneas: leituras territoriais UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Projeto de pesquisa Iniciação Científica Programa Unificado de Bolsas de Estudos Estudantes de Graduação Periferias contemporâneas: leituras

Leia mais

Políticas Sociais para Gestão Social IGPP Professora: Maria Paula Gomes dos Santos

Políticas Sociais para Gestão Social IGPP Professora: Maria Paula Gomes dos Santos Políticas Sociais para Gestão Social IGPP 2012 Professora: Maria Paula Gomes dos Santos 1 Contexto: séc. XVI e XVII expansão do comércio urbanização assalariamento pauperismo desamparo Estado Nacional

Leia mais

CADASTRO TÉCNICO E PLANEJAMENTO URBANO. Profa. Dra. Maria Cecília Bonato Brandalize 2015

CADASTRO TÉCNICO E PLANEJAMENTO URBANO. Profa. Dra. Maria Cecília Bonato Brandalize 2015 CADASTRO TÉCNICO E PLANEJAMENTO URBANO Profa. Dra. Maria Cecília Bonato Brandalize 2015 Programa 1. Introdução 2. Legislação Cadastral 3. Questões Cadastrais 4. Metodologia do Cadastro Territorial 5. Cadastro

Leia mais

Curso de Serviço Social. Política Social : Fundamentos e História

Curso de Serviço Social. Política Social : Fundamentos e História ECSA Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso de Serviço Social Política Social : Fundamentos e História Palestrante: Professora Patricia Nicola 1 OBJETIVO O livro é uma excelente introdução teórica

Leia mais

Interfaces da Questão Social, Gênero e Oncologia

Interfaces da Questão Social, Gênero e Oncologia 3ª Jornada de Serviço Social do INCA Direitos Sociais e Integralidade em Saúde Interfaces da Questão Social, Gênero e Oncologia Letícia Batista Silva Assistente Social HCII/INCA Rio de Janeiro, 1 de julho

Leia mais

Questão Social: desafios. Prof. Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional Instituto do Milênio/CNPq

Questão Social: desafios. Prof. Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional Instituto do Milênio/CNPq As Metrópoles, Globalização e a Questão Social: desafios Prof. Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional Observatório rio das Metrópoles Instituto do Milênio/CNPq

Leia mais

PLANO DE ENSINO - 2S/ FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS

PLANO DE ENSINO - 2S/ FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS PLANO DE ENSINO - 2S/2010 - FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO: CIÊNCIAS ECONÔMICAS TURNO: NOTURNO DISCIPLINA: DESENVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO SEMESTRE: 4º N DE CRÉDITOS: 04 CARGA HORÁRIA: 68 HS/AULAS

Leia mais

Investimentos em Metrô

Investimentos em Metrô A LINHA 4 A POBREZA METROPOLITANA Investimentos em Metrô como estratégia de inclusão social MarciaBarone - DM/GPM/PML Como surgiu o tema? Banco Mundial - exigência contratual Plano Diretor Estratégico

Leia mais

Desenvolvimento Econômico com Oferta Ilimitada de Mão de Obra: O Modelo de Lewis (1954)

Desenvolvimento Econômico com Oferta Ilimitada de Mão de Obra: O Modelo de Lewis (1954) Desenvolvimento Econômico com Oferta Ilimitada de Mão de Obra: O Modelo de Lewis (1954) José Luis Oreiro Departamento de Economia Universidade de Brasília Desenvolvimento... Economistas clássicos (Smith,

Leia mais

Fragmentação e segregação socioespacial na RMBH

Fragmentação e segregação socioespacial na RMBH SEMINÁRIO NACIONAL AS METRÓPOLES E AS TRANSFORMAÇÕES URBANAS: 9, 10 e 11 DE DEZEMBRO DE 2015 Fragmentação e segregação socioespacial na RMBH Jupira Mendonça Luciana Andrade Alexandre Diniz História marcada

Leia mais

Teoria de Karl Marx ( )

Teoria de Karl Marx ( ) Teoria de Karl Marx (1818-1883) Professora: Cristiane Vilela Disciplina: Sociologia Bibliografia: Manual de Sociologia. Delson Ferreira Introdução à Sociologia. Sebastião Vila Sociologia - Introdução à

Leia mais

PRODUÇÃO E VALORIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO: O CASO DOS NOVOS LOTEAMENTOS DE ALFENAS-MG

PRODUÇÃO E VALORIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO: O CASO DOS NOVOS LOTEAMENTOS DE ALFENAS-MG 428 PRODUÇÃO E VALORIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO: O CASO DOS NOVOS LOTEAMENTOS DE ALFENAS-MG INTRODUÇÃO: ¹ Ariádina Aparecida Lelis Ribeiro Orientador: ² Dr. Flamarion Dutra Alves ¹ ariadinaribeiro@bol.com.br

Leia mais

REFLEXÕES A PARTIR DO FILME DOIS DIAS, UMA NOITE. Prof. Dr. Radamés Rogério Universidade Estadual do Piauí

REFLEXÕES A PARTIR DO FILME DOIS DIAS, UMA NOITE. Prof. Dr. Radamés Rogério Universidade Estadual do Piauí REFLEXÕES A PARTIR DO FILME DOIS DIAS, UMA NOITE Prof. Dr. Radamés Rogério Universidade Estadual do Piauí SOBRE O FILME Título: Dois dias, uma noite Título original: Deux jours, une nuit Direção: Jean-Pierre

Leia mais

Aula 8 A crítica marxista e o paradigma da evolução contraditória. Profa. Dra. Eliana Tadeu Terci

Aula 8 A crítica marxista e o paradigma da evolução contraditória. Profa. Dra. Eliana Tadeu Terci Aula 8 A crítica marxista e o paradigma da Profa. Dra. Eliana Tadeu Terci Abstração-dedução e aproximações sucessivas não difere Marx dos clássicos e neoclássicos, porém Diferenciar essência de aparência

Leia mais

Sociologia: Ciência que estuda os fenômenos sociais.

Sociologia: Ciência que estuda os fenômenos sociais. O que é Sociologia? SOCIOLOGIA A Sociologia é uma ciência que estuda as sociedades humanas e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Sociologia: Ciência que estuda

Leia mais

Segregação sócio-espacial e pobreza absoluta: algumas considerações

Segregação sócio-espacial e pobreza absoluta: algumas considerações Segregação sócio-espacial e pobreza absoluta: algumas considerações Thalita Aguiar Siqueira* 1 (PG), Marcelo de melo (PQ) Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Anápolis de ciências sócio-econômicas e

Leia mais

GEOGRAFIA HISTÓRICA DO BRASIL CAPITALISMO, TERRITÓRIO E PERIFERIA ANTÔNIO CARLOS ROBERT DE MORAES

GEOGRAFIA HISTÓRICA DO BRASIL CAPITALISMO, TERRITÓRIO E PERIFERIA ANTÔNIO CARLOS ROBERT DE MORAES GEOGRAFIA HISTÓRICA DO BRASIL CAPITALISMO, TERRITÓRIO E PERIFERIA ANTÔNIO CARLOS ROBERT DE MORAES A GEOGRAFIA HISTÓRICA DO CAPITALISMO I) Espacialidade do Modo de produção capitalista - a valorização do

Leia mais

As causas e consequências da desigualdade socioeconômica em Porto Alegre após 2010

As causas e consequências da desigualdade socioeconômica em Porto Alegre após 2010 As causas e consequências da desigualdade socioeconômica em Porto Alegre após 2010 O período 1991-2010 no Brasil Em 1991, Muito Baixo Desenvolvimento Humano Em 2000, Médio Desenvolvimento Humano Em 2010,

Leia mais

desigualdade étnica e racial no Brasil INDICADORES DA Apresentação:

desigualdade étnica e racial no Brasil INDICADORES DA Apresentação: INDICADORES DA desigualdade étnica e racial no Brasil Apresentação: O mês de novembro é o mês da Consciência Negra e no dia 20 comemora-se o dia da Consciência Negra, data da morte de Zumbi dos Palmares,

Leia mais

Concurso de Seleção NÚMERO DE INSCRIÇÃO - GEOGRAFIA

Concurso de Seleção NÚMERO DE INSCRIÇÃO - GEOGRAFIA GEOGRAFIA QUESTÃO 1 Leia o texto abaixo e responda. A poluição do ar provoca doenças respiratórias no ser humano, deteriora prédios e monumentos históricos, afeta a vida das plantas, animais e até mesmo

Leia mais

Com base na leitura da charge e nos conhecimentos sobre a conjuntura econômica mundial, pode-se

Com base na leitura da charge e nos conhecimentos sobre a conjuntura econômica mundial, pode-se Revisão ENEM 1. Observe a charge a seguir. Com base na leitura da charge e nos conhecimentos sobre a conjuntura econômica mundial, pode-se concluir que a) a revolução técnico-científica tem redefinido

Leia mais

adequadamente aplicadas, também é, através da Metrologia Legal, o instrumento mais legítimo de defesa do cidadão, principalmente no que diz respeito

adequadamente aplicadas, também é, através da Metrologia Legal, o instrumento mais legítimo de defesa do cidadão, principalmente no que diz respeito 3 Currículo escolar Embora seja um dos elementos mais importantes dentro da teoria da educação, o currículo vem sendo encarado como um elemento de pouca importância. Em quase todas as discussões que envolvam

Leia mais

LEMARX Curso de Economia Política

LEMARX Curso de Economia Política LEMARX Curso de Economia Política 25 de setembro de 2010 CAPÍTULO 5: ACUMULAÇÃO CAPITALISTA E O MOVIMENTO DO CAPITAL CAPÍTULO 6: MAIS VALIA, LUCRO E QUEDA DA TAXA DE LUCRO A PRODUÇÃO NÃO PODE PARAR EM

Leia mais

Aula 3 07/03/2010 TP002 ECONOMIA. Bibliografia SAMUELSON (1975)

Aula 3 07/03/2010 TP002 ECONOMIA. Bibliografia SAMUELSON (1975) Aula 3 07/03/2010 TP002 ECONOMIA. Bibliografia SAMUELSON (1975) Curva de Possibilidade de produção. É a fronteira máxima de produção de uma sociedade. Ela mostra as possibilidades de produção da economia,

Leia mais

Giovanni Alves (UNESP)

Giovanni Alves (UNESP) Giovanni Alves (UNESP) Crise e Reestruturação Crise de superprodução Crise estrutural do capital Reestruturação Capitalista Capitalismo mundial Contradições orgânicas do sistema mundial do capital URSS

Leia mais

Preparatório EsPCEx História Geral. Aula 12 As Revoluções Industriais

Preparatório EsPCEx História Geral. Aula 12 As Revoluções Industriais Preparatório EsPCEx História Geral Aula 12 As Revoluções Industriais Introdução (I) 1789 a 1848: A Era das Revoluções Revolução Industrial e Revolução Francesa Controvérsias e conceitos Processo lento

Leia mais

Geografia. Material de divulgação. Comparativos curriculares. A coleção Ser Protagonista Geografia e o currículo do Estado de Minas Gerais

Geografia. Material de divulgação. Comparativos curriculares. A coleção Ser Protagonista Geografia e o currículo do Estado de Minas Gerais Comparativos curriculares SM Geografia Ensino médio A coleção Ser Protagonista Geografia e o currículo do Estado de Minas Gerais Material de divulgação de Edições SM Apresentação Professor, Devido à inexistência

Leia mais

DIREITO DE POSSE E À MORADIA DIGNA: O CONJUNTO DOS BOSQUES DO LENHEIRO

DIREITO DE POSSE E À MORADIA DIGNA: O CONJUNTO DOS BOSQUES DO LENHEIRO DIREITO DE POSSE E À MORADIA DIGNA: O CONJUNTO DOS BOSQUES DO LENHEIRO Autores Eduardo Marin de Brito Orientador m rio Luis Attab Braga Apoio Financeiro Fae 1. Introdução

Leia mais

POBREZA, EXCLUSÃO E DESIGUALDADES EM PORTUGAL. Professor Catedrático de Economia Vice Presidente do ISEG, Universidade Técnica de Lisboa

POBREZA, EXCLUSÃO E DESIGUALDADES EM PORTUGAL. Professor Catedrático de Economia Vice Presidente do ISEG, Universidade Técnica de Lisboa POBREZA, EXCLUSÃO E DESIGUALDADES EM PORTUGAL REAPN José António Pereirinha Professor Catedrático de Economia Vice Presidente do ISEG, Universidade Técnica de Lisboa 1 POBREZA, EXCLUSÃO E DESIGUALDADES

Leia mais

Morar de Outras Maneiras ontos de partida para uma investigação da produção habitaciona

Morar de Outras Maneiras ontos de partida para uma investigação da produção habitaciona Morar de Outras Maneiras ontos de partida para uma investigação da produção habitaciona Morar (de outras maneiras) = produzir e usar moradias (de outras maneiras) A separação entre produção e uso da moradia

Leia mais

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE MERCADO E SISTEMA PRODUTIVO

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE MERCADO E SISTEMA PRODUTIVO CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE MERCADO E SISTEMA PRODUTIVO CTS, MERCADO E SISTEMA PRODUTIVO Podemos dividir a economia em três setores: Setor primário Setor secundário Setor terciário CTS, MERCADO E SISTEMA

Leia mais

6. EXEMPLOS DE ESTUDOS RECENTES QUE UTILIZARAM INDICADORES SOCIAIS

6. EXEMPLOS DE ESTUDOS RECENTES QUE UTILIZARAM INDICADORES SOCIAIS 6. EXEMPLOS DE ESTUDOS RECENTES QUE UTILIZARAM INDICADORES SOCIAIS ESTUDO DO IPEA SIGNIFICÂNCIA DAS METRÓPOLES ESTUDADAS No dia 5 de agosto de 2008, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apresentou

Leia mais