Nota Metodológica Setor Agropecuário
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- Cármen Martinho de Almada
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1 Nota Metodológica Setor Agropecuário Coordenação Técnica IMAFLORA (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) Equipe Responsável Marina Piatto Tharic Galuchi Alessandro Rodrigues Camila Barbosa Novembro, 2013
2 Sumário 1. Introdução... 3 Escopo do Setor... 3 Descrição do Setor... 3 Processos que geram emissões... 4 Fontes de emissões na agropecuária e gases de efeito estufa Método de Cálculo Emissões de Metano por Fermentação Entérica Emissões de Metano por Manejo de Dejetos de Animais Emissões de óxidos nitrosos por manejo de dejetos animais Solos Agrícolas Emissões de metano pelo Cultivo de Arroz Emissões de metano pela queima de resíduos agrícolas Quadro de Qualidade dos Dados Diferenças para estimativas oficiais do governo brasileiro Resultados...26 Tabela 1: emissões totais de CO2 eq (GWP) no Setor Agropecuário...26 Tabela 2: emissões totais de CO2 eq (GTP) no Setor Agropecuário...26 Tabela 3: emissões por fermentação entérica CO2 eq...27 Tabela 4: emissões por manejo de dejetos animais CO2 eq...27 Tabela 5: emissões por cultivo de arroz e queima de resíduos CO2 eq...28 Tabela 6: emissões por solos agrícolas CO2 eq...28 Tabela 7: Emissões de metano (CH4)...29 Tabela 8: Emissões de óxido nitroso (N2O) Bibliografia
3 1. Introdução Escopo do Setor A estimativa das emissões de gases de efeito estufa da agropecuária abrange as atividades agrícolas perenes e não perenes e a criação e a produção animal incluindo bovinos, galináceos, caprinos, bubalinos, muares entre outros. Também inclui toda atividade relacionada a fertilização do solo e solos orgânicos. Não estão incluídas as emissões decorrentes de desmatamento, conversões de uso do solo e energia que são contabilizadas respectivamente nos capítulos que tratam de Mudanças de Uso do Solo e Energia. Descrição do Setor A agricultura e pecuária ocupam cerca de 30% do território nacional, sendo uma das cinco maiores áreas de produção rural no planeta. O Brasil é um dos maiores consumidores mundiais de fertilizantes e o maior ou segundo maior produtor de diversos produtos como soja, laranja, açúcar, etanol e carne bovina e de frango. O Brasil tem se mantido como um dos três maiores exportadores de produtos agrícolas no mundo e é o maior exportador de proteína animal. A produção da safra brasileira triplicou em pouco mais de 20 anos, saltando de 57 para 166 milhões de toneladas entre 1992 e Ainda que tenha havido importantes ganhos de produtividade em vários setores a agropecuária brasileira apresenta grandes contrastes tecnológicos, econômicos, sociais e ambientais. Práticas benchmarks como produção orgânica de açúcar em escala industrial de um lado, convivem com queima de cana e denuncias de trabalho análogo a escravidão de outro. Estes contrastes também se refletem nas emissões de gases de efeito estufa (GEE). As emissões de GEE no setor agropecuário cresceram quase 50% desde 1990 e esta se tornando a principal fonte de emissões brasileiras atualmente. A produção agropecuária brasileira ainda passa por um processo de expansão para novas fronteiras e é responsável ou beneficiária direta da maior parte do desmatamento que ocorre no país. Se as emissões de mudança de uso do solo para fins agropecuários fossem contabilizadas neste setor sua participação nas emissões brasileiras ultrapassariam 2/3 das emissões totais. Estudos realizados pela Embrapa e Unicamp 1 apontam que apenas duas das nove principais culturas agrícolas brasileiras não terão sua área susceptível a plantio reduzida pelas mudanças climáticas. Em 2010 como parte dos compromissos brasileiros no Acordo de Copenhagen e em consonância com a determinação da Politica Nacional de Mudanças Climáticas foi desenvolvido o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) que visa promover a redução das emissões de GEE oriundas de atividades agropecuárias tendo como foco o financiamento diferenciado para práticas agrícolas que promovam a redução do desmatamento, aumentem a produtividade, melhorem as práticas agropecuárias de produção, promovam a adequação ambiental das propriedades rurais e a recuperação de áreas degradadas
4 Dada a importância da atividade agropecuária para a segurança alimentar e energética (15% da matriz energética é proveniente de derivados da cana), a geração de empregos, a economia e a conservação dos recursos hídricos e biodiversidade, a preparação deste setor para uma economia de baixo carbono e a adaptação para as mudanças climáticas é fundamental. Processos que geram emissões São vários os processos específicos do setor agropecuário que resultam em emissões de gases de efeito estufa. Abaixo uma breve descrição deles de acordo com a classificação do IPCC e do 2º Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas de GEE: fermentação entérica manejo de dejetos animais cultivo de arroz queima de resíduos agrícolas emissão de óxido nitroso em solos agrícolas Fermentação entérica - A fermentação entérica que corresponde a uma etapa da digestão dos animais herbívoros ruminantes (ex. bovinos, búfalos, ovelhas e cabras) que possuem estomago compartimentado (rúmen e retículo). Quando o animal se alimenta o material vegetal ingerido é fermentado no rúmen através de um processo anaeróbio realizado pela população microbiana ruminal, em que os carboidratos celulósicos são convertidos em ácidos graxos de cadeia curta, que viram fonte de energia para o animal. Este processo gera H2 que é utilizado pelas bactérias metanogênicas para reduzir CO2 e dai extrair energia o que acaba resultando na formação de metano (CH4) que é então expelido (eructado ou exalado) para a atmosfera. Animais herbívoros não ruminantes (ex. cavalos, mulas, asnos e suínos) emitem muito menos por não possuírem rúmen. A fermentação entérica é a fonte de emissão de CH4 no país e a intensidade da emissão depende de diversos fatores tais como espécie animal, alimento, intensidade de sua atividade física e conforto climático. Manejo de dejetos de animais Quando o material orgânico dos dejetos animais é decomposto sob condições anaeróbias, as bactérias metanogênicas podem produzir quantidades importantes de metano. Essas condições são favorecidas quando os dejetos são estocados na forma líquida (em lagoas, charcos e tanques de tratamento), o que é mais comum em sistemas manejo de animais em confinamento (ex. suínos). Cultivo de arroz - O arroz, quando cultivado em campos inundados ou em áreas de várzea, é uma importante fonte de emissão de CH4 em razão da decomposição anaeróbia de matéria orgânica presente na água. No Brasil se produz arroz em áreas inundadas e em áreas secas (arroz de sequeiro) sendo estas a maior parte das áreas de produção. Fatores como a temperatura, radiação solar, adubação orgânica, biomassa vegetal, tipo de cultivares, disponibilidade de substrato de carbono e tipo de solo afetam a intensidade de emissões de metano na cultura de arroz irrigado. Queima de resíduos agrícolas - A queima de resíduos agrícolas no campo gera emissões de CO2 e outros gases como N 2 O, NOx (na fase de combustão com chama) e CO e CH4 (na fase de combustão com predomínio de fumaça). O CO2 não é contabilizado, pois foi compensado pela absorção de CO2 na - 4 -
5 fotossíntese que gerou a biomassa. No Brasil o uso do fogo acontece principalmente na cultura da cana de açúcar. O queima de resíduos de algodão deixou de ser prática comum nos anos 90. Óxido nitroso em solos agrícolas - A emissão de N2O em solos agrícolas decorre da aplicação de fertilizantes nitrogenados (tanto de origem sintética quanto animal) bem como da deposição de dejetos de animais em pastagem (que não é tratado como aplicação de fertilizante, já que não é intencional). São consideradas as emissões diretas e as indiretas por deposição atmosférica ou lixiviação. A mineralização de solos orgânicos também é fonte de NO2. Fontes de emissões na agropecuária e gases de efeito estufa Fonte de Emissão CO 2 CH 4 NO 2 HFCs CF 4 C 2 F 6 SF 6 NOx CO NMVOC Fermentação Entérica Manejo de Dejetos Animais Cultivo de Arroz Queima de Resíduos Agrícolas Manejo de Solos Agrícolas Agropecuária - 5 -
6 2. Método de Cálculo 2.1. Emissões de Metano por Fermentação Entérica Fórmula de Cálculo - IPCC/Inventário O cálculo de emissões de metano pela fermentação entérica foi calculado entre os anos de 1990 a 2012 para as Unidades da Federação e para cada categoria de animal. A estimativa foi baseada na metodologia de cálculo utilizada no Relatório de Referência (MCT, 2010a) e é dada pela seguinte equação: Onde, = Emissão da Fermentação Entérica [Gg CH 4 ] = População Animal [cabeças] = Fator de emissão para a categoria de animal [g/ch 4 /animal/ano] Banco de Dados e respectivas fontes As categorias de animais que constituem a base das atividades pecuárias geradoras de metano na fermentação entérica incluem: vacas leiteiras, bovinos de corte, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, muares, asininos e suínos. A variável chave utilizada para estimar as emissões de metano por fermentação entérica é a população de cada categoria. A fonte de dados utilizada foi a do IBGE- Pesquisa Pecuária Municipal ( Fatores de Emissão Utilizados O 2º Inventário Brasileiro de Emissões de Metano por Fermentação Entérica e Manejo de Dejetos de Animais apresenta fatores de emissões anuais de metano específicos para cada categoria de bovinos (macho, fêmea, jovem e vaca leiteira), por Unidade da Federação, para o período de 1990 a Tais fatores derivam da equação Tier 2 da metodologia proposta pelo IPCC (Guidelines 1996). Os fatores de emissão apresentados para 2005 foram utilizados para o cálculo de emissões anuais para o período de 2006 a Para o cálculo de emissões de bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, muares, asininos e suínos o Relatório de Referência apresenta fatores de emissão indicados como default para a equação Tier 1 do IPCC (Guidelines 1996), e estes fatores também são utilizados para as diferentes Unidades da Federação no período de 2005 a Modo de recepção dos dados Os dados de população por Unidade da Federação, para o período de 1990 a 2012, foram levantados através da Pesquisa Pecuária Municipal IBGE, disponível no site do IBGE através do Banco de dados Sistema IBGE de Recuperação de Dados Automática - SIDRA. Os dados da Pesquisa Pecuária Municipal são divulgados anualmente no mês de outubro
7 Sequência de tratamento dos dados A população do rebanho bovino de corte foi calculada pela diferença entre o rebanho bovino total e rebanho de vacas leiteiras, conforme descrito na metodologia do Relatório de Referência. A população do rebanho bovino de corte foi ainda, subdivida nas seguintes subcategorias: machos, fêmeas e jovens, por Unidades da Federação, uma vez que há diferença para emissões entre as mesmas. Para definir tais populações tomou-se como referência a tabela de Proporção por Unidade da Federação, disponível em MCT, 2010a, p. 61. Tal tabela foi elaborada a partir dos dados do Censo 2006 do IBGE, que apresenta as estimativas obtidas de propriedades com mais de 50 animais Emissões de Metano por Manejo de Dejetos de Animais Formula de Calculo - IPCC/Inventário O cálculo de emissões metano pelo manejo de dejetos de animais por ano, por Unidade da Federação e para cada categoria de animal (exceto suínos) baseou-se na metodologia utilizada pelo Relatório de Referência (MCT, 2010a) e é dado pela seguinte equação: Onde, = Emissão do Manejo de Dejetos Animais (Gg CH 4 ) = População Animal (cabeças) = Fator de emissão para a categoria de animal (g/ch 4 /animal/ano) Banco de Dados e respectivas fontes As categorias de animais que constituem a base das atividades pecuárias geradoras de metano através do manejo de dejetos incluem: vacas leiteiras, bovinos de corte, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, muares, asininos, suínos e aves. A variável chave utilizada para estimar as emissões de metano é a população de cada categoria. Portanto utilizou-se a mesma base de dados da Fermentação Entérica, acrescido de dados de população de aves. A fonte de dados utilizada foi a do IBGE- Pesquisa Pecuária Municipal ( Fatores de Emissão Utilizados O Relatório do 2º Inventário de Emissões de metano por fermentação entérica e manejo de dejetos de animais apresenta fatores de emissões anuais de metano para cada categoria de bovinos (bovino de corte macho, bovino de corte fêmea, bovino de corte jovem e vaca leiteira) por Unidade da Federação, para o período de 1990 a A partir dos fatores de emissões apresentados para 2006, foram calculadas as emissões anuais para o período de 2007 a Tais fatores derivam na equação Tier 2 dos Guidelines Para os suínos 2, as emissões por Unidade da Federação para o período de 1990 a 2006 foram estimadas pela diferença entre as Emissões totais da Pecuária, por Unidade da Federação, apresentada pelo MCT, (BRASIL - MCT, 2010a, p. 87), e a soma das emissões das demais categorias, por Unidade da Federação exceto suínos. A partir de 2007, as emissões foram estimadas com base no Fator de Emissão encontrado por Unidade da Federação, para o ano de O MCT, 2012 apresenta fatores de emissões diferenciados de acordo com o tamanho da propriedade (pequenas, médias e grandes), no entanto não detalha como foi estimada a proporção de animais por tamanho de propriedade, o que inviabilizou a utilização dos fatores de emissões apresentados para suínos
8 Para as categorias Asininos, Muares, Bubalinos, Caprinos, Equinos, Ovinos e Aves o relatório apresenta fatores de emissões diferenciados por Unidade da Federação, indicados como default para a equação Tier 1 dos Guidelines 1996, e estes foram utilizados para estimar as emissões no período de 1990 a Modo de recepção dos dados Os dados de população por Unidade da Federação, para o período de 1990 a 2012, foram levantados através da Pesquisa Pecuária Municipal IBGE, disponível no site do IBGE através do Banco de dados Sistema IBGE de Recuperação de Dados Automática - SIDRA. Os dados da Pesquisa Pecuária Municipal são divulgados anualmente no mês de outubro. Sequência de tratamento dos dados A população do rebanho bovino de corte foi calculada pela diferença entre o rebanho bovino e rebanho de vacas leiteiras. A população do rebanho bovino de corte foi ainda, subdivida nas seguintes subcategorias: machos, fêmeas e jovens, por Unidades da Federação, uma vez que há diferença para emissões entre as mesmas. Para definir tais populações tomou-se como referência a tabela de Proporção por Unidade da Federação, disponível em MCT, 2010a, p. 61. Tal tabela foi elaborada a partir dos dados do Censo 2006 do IBGE, que apresenta as estimativas obtidas de propriedades com mais de 50 animais. A população de aves é dada pelo conjunto de: galos, frangos, frangas, pintos, galinhas e codornas. Os dados de população para cada uma destas subcategorias, por Unidades da Federação, para o período de 1990 a 2012, foram levantados através da Pesquisa da Pecuária Municipal IBGE, disponível no SIDRA Emissões de óxidos nitrosos por manejo de dejetos animais Formula de Calculo - IPCC/Inventário O cálculo de óxidos nitrosos por manejo de dejetos animais por ano, por Unidade da Federação e para cada categoria de animal baseou-se na metodologia utilizada pelo Relatório de Referência (MCT, 2010a) e é dado pela seguinte equação: { } Onde, = Emissões Diretas por Dejetos aplicados diretamente em pastagem (Gg) = População animal (cabeças) = Quantidade de Nitrogênio excretada por tipo de animal (Kg N/animal/ano). Tais dados variam por categoria de animal e por idade, e estão disponibilizados pelo MCT, 2010b, p. 26 = fração do N total excretado pelos animais que recebe tratamento e não é depositado diretamente em pastagem para i tipo de tratamento. Tais dados variam por categoria de animal e as categorias vaca leiteira, bovino de corte e suínos estão disponibilizados em MCT 2010a, p. 117 e 118, e as demais categorias estão disponibilizados em MCT, 2010b, p. 64 a 74. = é o fator de emissão para cada tipo de tratamento de dejeto. = Fator de conversão de N em N 2 O. (44/28) Banco de Dados de Nível e respectivas fontes Os dados chave para a estimativa de emissões de óxidos nitrosos por manejo de dejetos incluem os rebanhos de vacas leiteiras, bovinos de corte, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, muares, asininos, suínos - 8 -
9 e aves. A variável chave utilizada é a população de cada categoria. A fonte de dados utilizada foi a do IBGE- Pesquisa Pecuária Municipal ( Fatores de Emissão Utilizados Para cálculo das emissões de óxidos nitrosos no manejo de dejetos animais utilizou-se a quantidade de Nitrogênio excretada por tipo de animal Nex. (Kg N/animal/ano) e o fator de emissão para cada tipo de tratamento de dejeto por categoria animal e unidade federativa. Modo de recepção dos dados Os dados de população por Unidade da Federação, para o período de 1990 a 2012, foram levantados através da Pesquisa Pecuária Municipal IBGE, disponível no site do IBGE através do Banco de dados Sistema IBGE de Recuperação de Dados Automática - SIDRA. Os dados da pesquisa Pecuária Municipal são divulgados anualmente no mês de outubro. Sequência de tratamento dos dados A quantidade de nitrogênio excretada varia conforme a idade do rebanho, desta forma a população de bovino de corte foi subdividida 3 subcategorias (menores de 1 ano, de 1 a dois anos e maiores de 2 anos), conforme percentuais apresentados pelo MCT, 2010b, p. 27. A população de suínos foi subdivida em duas categorias (menores de 0,5 anos e maiores de 0,5 anos) sendo considerados 57% adulto e 43% jovens. A população de ovinos e caprinos foi subdividida em maiores de 1 e menores de 1 ano, sendo os que 50% do rebanho em cada faixa etária. A população de aves foi subdivida em galinhas poedeiras (84% da população de galinhas), pintos, frangos e frangas menores de 3 meses (95,5% da população total) e Galos (0,5%). (MCT, 2010b) Solos Agrícolas Emissões diretas por fertilizantes sintéticos aplicados ao solo. Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões diretas por fertilizantes sintéticos aplicados ao solo foi replicada a metodologia Tier 1 dos Guidelines 1996, descrita no Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (BRASIL.MCT, 2010b) de acordo com a seguinte equação: ( ) Onde, =Emissões Diretas por Fertilizantes Sintéticos (Gg de N2O) = quantidade de N como Fertilizantes aplicados ao solo, em Kg = Fração do N aplicado que volatiliza na forma de NH3 e NOx. (0,1) = fator de emissão direta de N 2 O aplicado às quantidades de N adicionadas ao solo em Kg N- N2O por Kg de N adicionado. (0,01) = Fator de conversão de N em N2O. (44/28) Banco de Dados e respectivas fontes O dado básico necessário à estimativa de emissões diretas por fertilizantes sintéticos aplicados ao solo é o volume de N aplicado ao solo como fertilizante por Unidade da Federação
10 A Associação Nacional para Difusão de Adubos ANDA mantém um banco de dados com os principais indicadores do mercado de fertilizantes nacional, porém estes dados não são públicos. Os dados de volume de fertilizantes entregues ao consumidor compõem o Anuário Estatístico do Setor de Fertilizantes, que é disponibilizado apenas para associados e vendido para os demais interessados. Desta forma a fonte de dados para o período de 1990 a 2004 foi o Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (MCT, 2010b). E para o período de 2005 a 2012 os dados foram levantados em versões impressas disponíveis na Biblioteca de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Apenas anuário de 2011 encontra-se disponibilizado publicamente pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento no link: Fatores de Emissão Utilizados Para o cálculo das emissões diretas por fertilizantes sintéticos utilizou-se o fator de emissão direta de N 2 O aplicado às quantidades de N adicionadas ao solo em Kg N- N2O por Kg de N adicionado. Modo de recepção dos dados Dados consultados em formato impresso para os anos de 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e Dados do ano de 2011, Versão pdf disponível online Emissões diretas por nitrogênio em dejetos animais aplicados como adubo Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões diretas Nitrogênio em Dejetos animais aplicados como adubo foi replicada a metodologia dos Guidelines 1996, descrita no Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (BRASIL.MCT, 2010b) de acordo com a seguinte equação: ( ) ( ) Onde, = Emissões Diretas por Dejetos animais aplicados como adubo (Gg); = População animal (cabeças); Nex = Quantidade de Nitrogênio excretada por tipo de animal (Kg N/animal/ano). Tais dados variam por categoria de animal e por idade, e estão disponibilizados pelo MCT, 2010b, p. 26; = é a fração do N adicionado que é perdida por volatilização de NH3 e NOx. (0,2); = fração do N total excretado pelos animais diretamente em pastagens. Tais dados variam por categoria de animal e as categorias vaca leiteira, bovino de corte e suínos estão disponibilizados em MCT 2010a, p. 117 e 118, e as demais categorias estão disponibilizados em MCT, 2010b, p. 64 a 74; = Fator de conversão de N em N 2 O. (44/28). Banco de Dados e respectivas fontes Os dados chave para a estimativa de emissões diretas por nitrogênio aplicados como adubo incluem os rebanhos de vacas leiteiras, bovinos de corte, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, muares, asininos, suínos e aves. A variável chave utilizada é a população de cada categoria. A fonte de dados utilizada foi a do IBGE- Pesquisa Pecuária Municipal (
11 Fatores de Emissão Utilizados Para cálculo das emissões diretas de nitrogênio em dejetos animais utilizou-se a quantidade de Nitrogênio excretada por tipo de animal Nex. (Kg N/animal/ano) subtraindo os volumes de Nox e NH3 volatilizado e lixiviado. Modo de recepção dos dados Os dados de população por Unidade da Federação, para o período de 1990 a 2012, foram levantados através da Pesquisa Pecuária Municipal IBGE, disponível no site do IBGE através do Banco de dados Sistema IBGE de Recuperação de Dados Automática - SIDRA. Os dados da pesquisa Pecuária Municipal são divulgados anualmente no mês de outubro. Sequência de tratamento dos dados A quantidade de nitrogênio excretada varia conforme a idade do rebanho, desta forma a população de bovino de corte foi subdividida 3 subcategorias (menores de 1 ano, de 1 a dois anos e maiores de 2 anos), conforme percentuais apresentados pelo MCT, 2010b, p. 27. A população de suínos foi subdivida em duas categorias (menores de 0,5 anos e maiores de 0,5 anos) sendo considerados 57% adulto e 43% jovens. A população de ovinos e caprinos foi subdividida em maiores de 1 e menores de 1 ano, sendo os que 50% do rebanho em cada faixa etária. A população de aves foi subdivida em galinhas poedeiras (84% da população de galinhas), pintos, frangos e frangas menores de 3 meses (95,5% da população total) e Galos (0,5%). (MCT, 2010b) Emissões diretas por nitrogênio em dejetos animais depositados diretamente em pastagem Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões diretas Nitrogênio por dejetos animais depositados diretamente em pastagem foi replicada a metodologia dos Guidelines 1996, descrita no Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (BRASIL.MCT, 2010b) de acordo com a seguinte equação: Onde, = Emissões Diretas por Dejetos aplicados diretamente em pastagem (Gg) = População animal (cabeças) = Quantidade de Nitrogênio excretada por tipo de animal (Kg N/animal/ano). Tais dados variam por categoria de animal e por idade, e estão disponibilizados pelo MCT, 2010b, p. 26 = fração do N total excretado pelos animais diretamente em pastagens. Tais dados variam por categoria de animal e as categorias vaca leiteira, bovino de corte e suínos estão disponibilizados em MCT 2010a, p. 117 e 118, e as demais categorias estão disponibilizados em MCT, 2010b, p. 64 a 74. = é o fator de emissão direta para pastagens (0,02) = Fator de conversão de N em N 2 O. (44/28) Banco de Dados de Nível e respectivas fontes Os dados chave para a estimativa de emissões diretas por nitrogênio aplicados como adubo incluem os rebanhos de vacas leiteiras, bovinos de corte, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, muares, asininos, suínos
12 e aves. A variável chave utilizada é a população de cada categoria. A fonte de dados utilizada foi a do IBGE- Pesquisa Pecuária Municipal ( Fatores de Emissão Utilizados Para cálculo das emissões diretas de nitrogênio em dejetos animais depositados diretamente em pastagem utilizou-se a quantidade de Nitrogênio excretada por tipo de animal Nex. (Kg N/animal/ano) e o fator de emissão direta para pastagens, considerando a fração de dejetos que permanece em pastagem por categoria animal. Modo de recepção dos dados Os dados de população por Unidade da Federação, para o período de 1990 a 2012, foram levantados através da Pesquisa Pecuária Municipal IBGE, disponível no site do IBGE através do Banco de dados Sistema IBGE de Recuperação de Dados Automática - SIDRA. Os dados da pesquisa Pecuária Municipal são divulgados anualmente no mês de outubro. Sequência de tratamento dos dados A quantidade de nitrogênio excretada varia conforme a idade do rebanho, desta forma a população de bovino de corte foi subdividida 3 subcategorias (menores de 1 ano, de 1 a dois anos e maiores de 2 anos), conforme percentuais apresentados pelo MCT, 2010b, p. 27. A população de suínos foi subdivida em duas categorias (menores de 0,5 anos e maiores de 0,5 anos) sendo considerados 57% adulto e 43% jovens. A população de ovinos e caprinos foi subdividida em maiores de 1 e menores de 1 ano, sendo os que 50% do rebanho em cada faixa etária. A população de aves foi subdivida em galinhas poedeiras (84% da população de galinhas), pintos, frangos e frangas menores de 3 meses (95,5% da população total) e Galos (0,5%). (MCT, 2010b) Emissões diretas por nitrogênio que retorna como resíduo de cultura Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões diretas por resíduos de culturas (exceto a categoria outras culturas) foi replicada a metodologia dos Guidelines 1996, descrita no Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (BRASIL.MCT, 2010b). A estimativa de emissões por cultura por ano e por unidade da federação é dada pela seguinte equação: Onde, = Emissões diretas por resíduos de culturas = Produção da cultura (kg) = fração de matéria seca do produto colhido comercializado de cada cultura = é a razão entre resíduo seco e produto seco para cada cultura; = conteúdo de N da parte aérea de cada cultura
13 = Fator de conversão de N em N2O. (44/28) Para cana de açúcar a fração de N que oxida quando o canavial é queimado foi descontado, tendo como referência o procedimento metodológico e os dados utilizados na estimativa de emissões na queima de resíduos agrícolas. As estimativas de emissões para outras culturas aplicou-se a média dos fatores de emissão simplificados, encontrados para o período de 2004 a Conforme a seguinte equação: Onde, = Emissões de outras culturas. P= é a produção em toneladas da categoria outras culturas = Fator de emissão médio, definido por dedução dividindo-se as emissões totais de outras culturas para o ano de 2004 por volume da produção de outras culturas, em O fator de emissão médio foi definido pela seguinte equação: ( ( ) ( ) ) Banco de Dados e respectivas fontes Os dados necessários à estimativa de emissões diretas por nitrogênio que retorna de restos culturais são o volume de produção agrícola das seguintes categorias de cultivo: soja, cana de açúcar, feijão, arroz, milho, mandioca, abacaxi, algodão, amendoim, aveia, batata doce, batata inglesa, centeio, cevada, ervilha, fava, girassol, linho mamona, melancia, melão, sorgo, tomate, trigo, triticale. Utilizou-se como fonte de dados a Pesquisa de Produção Agrícola Municipal do IBGE, para o período de 1990 a 2011 e para o ano de 2012, utilizaram-se dados de Previsão de Safra disponibilizados no Levantamento Sistemático do IBGE. Ambas as pesquisas encontram-se disponíveis no site do IBGE através do Banco de dados Sistema IBGE de Recuperação de Dados Automática - SIDRA. Fatores de Emissão Utilizados Para o cálculo das emissões de diretas por resíduos de culturas utilizou-se a fração de matéria seca do produto colhido comercializado de cada cultura (FRACDM) e o conteúdo de N da parte aérea de cada cultura (FRACNCR). Modo de recepção dos dados Os dados de produção por Unidade da Federação, para o período de 1990 a 2011, foram levantados através da Pesquisa Agrícola Municipal IBGE e Levantamento Sistemático - IBGE, disponíveis no site do IBGE através do Banco de dados Sistema IBGE de Recuperação de Dados Automática - SIDRA. Os dados da Pesquisa Agrícola Municipal são divulgados anualmente no mês de outubro. Sequência de tratamento dos dados Os dados de melão e melancia até 2000 e abacaxi, 1990 a 2011 são apresentados em "mil unidades". Para convertê-los para toneladas, adotou-se peso médio de 1,39Kg para melão, 6,25 para melancia e 1,6 Kg para abacaxi, conforme BRASIL.MCT, 2010b. Tendo em vista que as maiores emissões se devem ao cultivo de soja, cana de açúcar, feijão, arroz, milho e mandioca, os valores de produção das demais categorias foram somados em uma única categoria denominada outras culturas
14 2.4.5 Emissões diretas de solos orgânicos Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões diretas por resíduos de cultura, por ano e por unidade da federação, foi replicada a metodologia dos Guidelines 1996 descrita no Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (BRASIL.MCT, 2010b), conforme equação a seguir: Onde, = Emissões de Solos Orgânicos (Gg) = Área de solos orgânicos cultivados (m 2 ) = Fator de Emissão de N 2 O (12kg de N 2 por ha de organossolo cultivado) = Fator de conversão de N em N 2 O. (44/28) Banco de Dados e respectivas fontes Para estimativa das emissões diretas de solos orgânicos a variável chave é a área de organossolo cultivado por Unidade da Federação, por ano. Os dados referente a área de organossolo tem como fonte a Dissertação de Mestrado de Rocha, 2013: Fatores de Emissão Utilizados Para cálculo de emissões diretas de solos orgânicos utilizou-se o Fator de Emissão de N 2 O para solos orgânicos cultivados (12 kg de N2 por ha de organossolo cultivado), valor médio utilizado no Inventário brasileiro. Modo de recepção dos dados Os dados referente à área de organossolos tem como fonte a Dissertação de Mestrado de Rocha, 2013 disponível para download em pdf em Emissões indiretas por deposição atmosférica do N volatilizado por fertilizantes sintéticos Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões indiretas por deposição atmosférica do N volatilizado foi replicada a metodologia dos Guidelines 1996, descrita no Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (BRASIL.MCT, 2010b), conforme a equação a seguir: Onde, = Emissões por deposição atmosférica = quantidade de N como Fertilizantes aplicados ao solo, em Kg = Fração do N aplicado que volatiliza na forma de NH3 e NO x. (0,1) = Fator de emissão de N volatilizado (0,01 kg N 2 O /Kg NH3-N e NO x N volatilizado) = Fator de conversão de N em N 2 O. (44/28)
15 Banco de Dados e respectivas fontes O dado básico necessário à estimativa de emissões diretas por fertilizantes sintéticos aplicados ao solo é o volume de N como fertilizantes aplicados ao solo por Unidade da Federação. A Associação Nacional para Difusão de Adubos ANDA mantém um banco de dados com os principais indicadores do mercado de fertilizantes nacional, porém estes dados não são públicos. Os dados de volume de fertilizantes entregues ao consumidor compõem o Anuário Estatístico do Setor de Fertilizantes, que é disponibilizado apenas para associados e vendido para demais interessados. Desta forma a fonte de dados para o período de 1990 a 2004 foi o Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (MCT, 2010b). E para o período de 2005 a 2012 os dados foram levantados em versões impressas disponíveis na Biblioteca de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Apenas anuário de 2011 encontra-se disponibilizado publicamente pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento no link: Fatores de Emissão Utilizados Para o cálculo de emissões indiretas por deposição atmosférica do N volatilizado utilizou-se o Fator de N volatilizado FE4 conforme fórmula acima. Modo de recepção dos dados Dados consultados em formato impresso para os anos de 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e Dados do ano de 2011, Versão pdf disponível online: Emissões indiretas por deposição atmosférica do N volatilizado por dejetos animais aplicados como adubo Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões indiretas por deposição atmosférica do N volatilizado por dejetos animais usados como adubo foi replicada a metodologia dos Guidelines 1996, descrita no Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (BRASIL.MCT, 2010b), conforme a equação a seguir: Onde, = Emissões por deposição atmosférica Nex = Quantidade de Nitrogênio excretada por tipo de animal (Kg N/animal/ano). Tais dados variam por categoria de animal e por idade, e estão disponibilizados pelo MCT, 2010b, p. 26; = Fração do N aplicado que volatiliza na forma de NH3 e NO x. (0,1) = Fator de N volatilizado (0,01 kg N 2 O /Kg NH3-N e NO x N volatilizado) = Fator de conversão de N em N 2 O. (44/28) Banco de Dados e respectivas fontes Os dados chave para a estimativa de emissões indiretas por nitrogênio volatilizado, quando dejetos animais são aplicados como adubo, incluem os rebanhos de vacas leiteiras, bovinos de corte, bubalinos, ovinos,
16 caprinos, equinos, muares, asininos, suínos e aves. A variável chave utilizada é a população de cada categoria. A fonte de dados utilizada foi a do IBGE- Pesquisa Pecuária Municipal ( Fatores de Emissão Utilizados Para o cálculo de emissões indiretas por deposição atmosférica do N volatilizado utilizou-se o Fator de N volatilizado FE4 conforme fórmula acima. Modo de recepção dos dados Os dados são os mesmos utilizados para calculo de emissões diretas com a mesma sequencia de tratamento dos dados, cuja população por Unidade da Federação, para o período de 1990 a 2012, foram levantados através da Pesquisa Pecuária Municipal IBGE, disponível no site do IBGE através do Banco de dados Sistema IBGE de Recuperação de Dados Automática - SIDRA. Os dados da pesquisa Pecuária Municipal são divulgados anualmente no mês de outubro Emissões indiretas por N lixiviado e perdido por escorrimento superficial de fertilizantes sintéticos Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões indiretas por N lixiviado e perdido por escorrimento superficial foi replicada a metodologia dos Guidelines 1996, descrita no Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (BRASIL.MCT, 2010b), conforme a equação a seguir: Onde, = emissões indiretas por N lixiviado e perdido por escorrimento superficial = quantidade de N como Fertilizantes aplicados ao solo, em Kg = Fração de N perdida por Lixiviação. (0,3) = Fator de emissão específico (0,025 Kg N 2 O/ Kg de N) = Fator de conversão de N em N 2 O. (44/28) Banco de Dados e respectivas fontes O dado básico necessário à estimativa de emissões diretas por fertilizantes sintéticos aplicados ao solo é o volume de N como fertilizantes aplicados ao solo por Unidade da Federação. A Associação Nacional para Difusão de Adubos ANDA mantém um banco de dados com os principais indicadores do mercado de fertilizantes nacional, porém estes dados não são públicos. Os dados de volume de fertilizantes entregues ao consumidor compõem o Anuário Estatístico do Setor de Fertilizantes, que é disponibilizado apenas para associados e vendido para demais interessados. Desta forma a fonte de dados para o período de 1990 a 2004 foi o Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (MCT, 2010b). E para o período de 2005 a 2012 os dados foram levantados em versões impressas disponíveis na Biblioteca de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Apenas anuário de 2011 encontra-se disponibilizado publicamente pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento no link:
17 Fatores de Emissão Utilizados Para o cálculo das emissões indiretas por N lixiviado e perdido por escorrimento superficial utilizou-se o Fator de emissão específico (0,025 Kg N 2 O/Kg de N). Modo de recepção dos dados Dados consultados em formato impresso para os anos de 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e Dados do ano de 2011, Versão pdf disponível online: ( Emissões indiretas do N lixiviado e perdido por escorrimento superficial de dejetos animais aplicados como adubo Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões indiretas por lixiviação e escorrimento superficial do nitrogênio de dejetos animais usados como adubo foi replicada a metodologia dos Guidelines 1996, descrita no Relatório de Referência de Emissões de Óxido Nitroso de Solos Agrícolas e de Manejo de Dejetos (BRASIL.MCT, 2010b), conforme a equação a seguir: Onde, = Emissões por deposição atmosférica Nex = Quantidade de Nitrogênio excretada por tipo de animal (Kg N/animal/ano). Tais dados variam por categoria de animal e por idade, e estão disponibilizados pelo MCT, 2010b, p. 26; = Fração de N perdida por Lixiviação. (0,3) = Fator de emissão específico de N lixiviado (0,025 Kg N 2 O/ Kg de N) = Fator de conversão de N em N 2 O. (44/28) Banco de Dados e respectivas fontes Os dados chave para a estimativa de emissões indiretas por nitrogênio lixiviado e escorrimento superficial, quando dejetos animais são aplicados como adubo, incluem os rebanhos de vacas leiteiras, bovinos de corte, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, muares, asininos, suínos e aves. A variável chave utilizada é a população de cada categoria. A fonte de dados utilizada foi a do IBGE- Pesquisa Pecuária Municipal ( Fatores de Emissão Utilizados Para o cálculo de emissões indiretas por deposição atmosférica do N lixiviado utilizou-se o Fator de emissão de N lixiviado FE5 conforme fórmula acima. Modo de recepção dos dados Os dados são os mesmos utilizados para calculo de emissões diretas com a mesma sequencia de tratamento dos dados, cuja população por Unidade da Federação, para o período de 1990 a 2012, foram levantados através da Pesquisa Pecuária Municipal IBGE, disponível no site do IBGE através do Banco de dados Sistema IBGE de Recuperação de Dados Automática - SIDRA. Os dados da pesquisa Pecuária Municipal são divulgados anualmente no mês de outubro
18 2.5. Emissões de metano pelo Cultivo de Arroz Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões de metano pelo cultivo de arroz foi replicada a metodologia dos Guidelines 1996, descrita no Relatório de Referência para Emissões de Metano do Cultivo de Arroz (BRASIL.MCT, 2010c). A estimativa de emissões para o cultivo de arroz, por regime de cultivo, por ano, por Unidade da Federação é dado pela seguinte equação: Onde, = Emissão de metano pelo cultivo de arroz (Gg/ano). = a Área de Cultivo, por regime (m 2 ) = fator de emissão integrado para a estação para campos continuamente inundados sem acréscimos orgânicos (g/m 2 ) = fator de escala que varia para os acréscimos orgânicos aplicados = fator de escala para levar em conta as diferenças em ecossistemas e regimes de manejo de água Banco de Dados e respectivas fontes O dado básico necessário à estimativa de emissões de metano pelo cultivo de arroz é a área de cultivo de arroz irrigado por Unidade da Federação subdivido nos seguintes regimes de cultivo: Contínuo, Intermitente com Múltiplas Aerações, Intermitente com Aeração Única e Várzea Úmida. A fonte de dados é a Embrapa Arroz e Feijão. Fatores de Emissão Utilizados Para o cálculo das emissões de metano pelo cultivo de arroz utilizou-se o fator de emissão integrado para a estação para campos continuamente inundados sem acréscimos orgânicos (20g/m 2 ). Em razão da falta de dados de pesquisas consolidadas para fatores de emissão para a estação para campos continuamente inundados disponíveis no Brasil, o MCT (BRASIL-MCT 2010d) utilizou o valor de 20 g/m 2, indicado como média aritmética de fatores de emissão encontrados por diversos países. Modo de recepção dos dados Os dados referentes à área de cultivo para o período 1990 a 2006 estão apresentados no Relatório de Referência do Segundo Inventário de Emissões de Metano no Cultivo de arroz e tem como fonte a Central de Dados de Economia da Embrapa Arroz e Feijão, que por sua vez utiliza os levantamentos da CONAB e do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola-LSPA do IBGE. Para o período de 2007 a 2012 foram utilizados os dados disponibilizados no site da Embrapa Arroz e Feijão disponíveis no link ( Sequência de tratamento dos dados A Embrapa apresenta os dados de área de cultivo de arroz subdivido em três regimes: sequeiro, várzea e irrigado. Com base na análise de tendência dos dados para arroz irrigado, inferiu-se que a denominação de regime irrigado utilizado pela Embrapa, corresponde ao regime contínuo. Os dados foram convertidos de hectare para m²
19 2.6. Emissões de metano pela queima de resíduos agrícolas Formula de Calculo - IPCC/Inventário Para estimativa das emissões de gases na queima de resíduos agrícolas foi replicada a metodologia Tier 2 dos Guidelines 1996, descrita no Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções antrópicas de Gases de Efeito Estufa, descrita em MCT, Brasil, 2010d. A estimativa de emissões de CH4, CO, N2O e NOx na queima da cana de açúcar, por ano, por Unidade da Federação é dado pela seguinte equação: Onde, = emissões de gases na queima de resíduos agrícolas = Produção (Kg) = Relação Palhiço/colmos = Percentual da área de produção que utiliza como técnica de manejo a queima da cana = Fator de combustão = fator do gás. O fator do gás é dado pela taxa de emissão do gás multiplicada pelo fator de conversão. (Dados disponíveis em BRASIL.MCT, 2010d. p. 20) Banco de Dados e respectivas fontes Foram necessários para estimativa de emissões de gases por queima de resíduos agrícolas da cana-deaçúcar dados de área colhida, percentual de área colhida mediante queima pré-colheita em campo, produção de cana-de-açúcar por ano e por Unidade da Federação. A fonte de dados utilizada para levantamento de área colhida e produção de cana-de-açúcar foi a Pesquisa de Produção Agrícola Municipal do IBGE para o Período de 1990 a 2011, e para o ano de 2012 utilizou-se a previsão de safra disponibilizada pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE. Conforme apontado no Relatório de Referência de Emissões de Gases do Efeito Estufa na Queima de Resíduos Agrícolas (BRASIL-MCT, 2010d) devido ao desenvolvimento de legislação inibindo a queimada e consequentemente a adoção de outras técnicas agrícolas houve uma queda gradativa da área queimada pelo cultivo de algodão, assumindo-se o fim da prática de queima de resíduos de algodão no país após Desta forma até 1994 consideram emissões de queima de resíduos a soma das emissões da cana e do algodão. Após esta data assumiu-se que contribui para tais emissões apenas o cultivo de cana de açúcar. Para levantamento de dados referente ao percentual de área colhida através de queima em campo foram utilizadas as seguintes fontes de dados: Segundo Inventário de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa - Relatórios de referência, p (versão pdf) Fonte: CONAB. Perfil do Setor de Açúcar e do Álcool no Brasil - Demais estados considerou-se 100%, exceto para o estado de São Paulo (verões pdf disponíveis para download no site da CONAB ( sconteudos) Considerou-se o percentual referente ao ano de 2010, uma vez que não foi possível estabelecer uma linha de tendência significativa no comportamento dos dados (exceto para o estado de São Paulo); INPE/CANASAT, 2012, para o Estado de São Paulo (
20 Fatores de Emissão Utilizados Para estimativa das emissões de gases na queima de resíduos utilizou-se o fator de combustão e os fatores específicos para cada gás, que são determinados pela multiplicação entre a taxa de emissão dos gases e o fator de conversão de cada gás
21 3. Quadro de Qualidade dos Dados Dada a complexidade dos cálculos necessários para consolidar o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito Estufa SEEG e devido à opção de usar apenas dados disponíveis de forma pública e gratuita, considerou-se necessário divulgar uma avaliação da qualidade dos dados. Assim, qualquer usuário ou leitor pode aferir a confiabilidade de cada cálculo e eventualmente contribuir para aumentar a robustez dos dados. O quadro a seguir qualifica os dados SEEG e segue a seguinte legenda: Aspecto TIER EXISTÊNCIA DE DADO DE ATIVIDADE DISPONIBILIDADE DE DADOS DE ATIVIDADE FATORES DE EMISSÃO NECESSIDADE APRIMORAMENTO QUALIDADE GERAL DO DADO Valores Tier 1 do IPCC - fatores globais Tier 2 do IPCC - fatores nacionais ou regionais Tier 3 do IPCC - fatores especificos por planta dados existentes para calculo de acordo com Tier do 2o inventário (inclui dados existentes em associações de classe, mesmo que não seja publico). Dados que só existem nas empresas ou agentes economicos específicos nào serão considerados. dados incompletos dados não existentes dados disponíveis de forma pública e gratuita dados disponíveis com alguma restrição (pago; em local físico especifico, ou dados não disponíveis fator explícito, com referência fator implícito com correlação R2 maior ou igual a 0,7 fator implícito com correlação R2 menor que 0,7 sem necessidade de aprimoramento necessidade de aprimoramento de método OU obtenção dos dados para cálculo necessidade de aprimoramento de método E obtenção de dados para calculo dado confiável; capaz de reproduzir 2o inventario dado confiável para estimativa; inventário pode gerar diferenças significativas dado pouco confiável ou de dificil avaliação
22 Tabela de Análise de Qualidade dos Dados 2º inventário Tier SEEG Nível de Atividade Existência do Dado Disponibilidade do Dado Fator de Emissão Necessidade de Aprimoramento Qualidade Geral do Dado % of Emissions Emissões (ton GWP) Proporção com Qualidade 1 Proporção com Qualidade 1 e 2 Cultivo do Arroz 1,9% Arroz ,9% ,93% 1,93% Fermentação Entérica 55,9% Asinino ,0% ,04% 0,04% Bubalino ,3% ,33% 0,33% Caprino ,2% ,21% 0,21% Equino ,5% ,46% 0,46% Gado de Corte ,0% ,97% 46,97% Gado de Leite ,3% ,28% 7,28% Muar ,1% ,06% 0,06% Ovino ,4% ,40% 0,40% Suinos ,2% ,18% 0,18% Manejo de Dejetos Animais 4,9% Asinino ,0% ,01% 0,01% Aves ,2% ,17% 1,17% Bubalino ,0% ,01% 0,01% Caprino ,0% ,01% 0,01% Equino ,1% ,05% 0,05% Gado de Corte ,2% ,18% 1,18% Gado de Leite ,3% ,30% 0,30% Muar ,0% ,01% 0,01% Ovino ,0% ,02% 0,02% Suinos ,2% ,19% 2,19% Queima de Resíduos 0,8% Algodão ,0% - 0,00% 0,00% Cana-de-açúcar ,8% ,00% 0,83% Solos Agrícolas 36,4% Animal 25,7% Asinino ,1% ,12% 0,12% Aves ,8% ,84% 0,84% Bubalino ,2% ,16% 0,16% Caprino ,2% ,25% 0,25% Equino ,7% ,68% 0,68% Gado de Corte ,1% ,09% 17,09% Gado de Leite ,0% ,96% 4,96% Muar ,2% ,16% 0,16% Ovino ,5% ,48% 0,48% Suinos ,9% ,94% 0,94% outros 7,6% Fertilizantes Sintéticos ,6% ,65% 6,65% solos orgânicos ,9% ,00% 0,93% vegetal 3,1% Arroz ,1% ,09% 0,09% Cana ,6% ,00% 0,57% Feijão ,1% ,07% 0,07% Mandioca ,2% ,18% 0,18% Milho ,8% ,82% 0,82% Outras culturas ,2% ,24% 0,24% Soja ,1% ,13% 1,13% Total Geral 100% ,67% 100% Esta tabela de qualidade de dados estará disponível no site do SEEG em formato de planilha comentada, explicando as razões para classificações (2) e (3) de cada dado
Participação dos Setores Socioeconômicos nas Emissões Totais do Setor Energia
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