A internacionalização da Construção: Números-chave e principais mercados
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- Carla Cerveira Beppler
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1 A internacionalização da Construção: Números-chave e principais mercados
2 Evolução A Dimensão Volume de negócios em mercados externos mais do que duplicou em 6 anos Peso do volume de negócios obtido no exterior pela Construção no total do volume de negócios internacional do país atingiu em 2009 os 9%, o que significou mais do que a duplicação da importância do Setor face a 2006 VOLUME DE NEGÓCIOS NO EXTERIOR (M ) PESO DO VOLUME DE NEGÓCIOS NO EXTERIOR DA CONSTRUÇÃO NO TOTAL NACIONAL % 5% 7% 8% 9%
3 Evolução A Dimensão (Cont.) VOLUME DE NEGÓCIOS EXTERNO NO TOTAL DO VOLUME DE NEGÓCIOS DO SETOR DA CONSTRUÇÃO 6% 9% 12% 12% 11% DISTRIBUIÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS POR ESCALÃO DE PESSOAS AO SERVIÇO 64% 65% 68% 74% 80% trabalhadores trabalhadores trabalhadores trabalhadores trabalhadores Volume de negócios obtido no exterior, face ao volume de negócios total das empresas de Construção atingiu peso de 11% No universo das empresas com mais de 250 trabalhadores este peso foi de 33% As empresas com mais de 250 trabalhadores são responsáveis por 80% do volume de negócios obtido no exterior pelo Setor
4 Evolução A Geografia Volume de negócios no Continente Africano mais do que triplicou, atingindo os M, destacam-se Angola Moçambique, Guiné Equatorial, Cabo Verde, Gana, Argélia e Malawi Crescente presença na América Central e do Sul, com 6% do volume de negócios internacional: 243 M Europa passou de um peso de 30% a, apenas, 16% (contudo, crescimento absoluto de 28%), destacam-se Espanha e Polónia DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO VOLUME DE NEGÓCIOS % 55% 69% 65% 76% 75% 2% 1% 8% 3% 1% 6% 12% 3% 2% 6% 2% 6% 24% 31% 28% 30% África (exclui Médio Oriente) América do Norte (EUA e Canadá) América Central e do Sul Europa (UE) Médio Oriente 16% 17%
5 Evolução A Geografia (Cont.) DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS NOVOS CONTRATOS 65% 2% 21% 12% 1% % 3% 11% 9% 1% % 1% 21% % 2% 3% 30% % 2% 1% 26% % 4% 2% 20% 8% 2006 África (exclui Médio Oriente) América do Norte (EUA e Canadá) América Central e do Sul Europa (UE) Médio Oriente Grande acentuação da tendência de perda de importância dos países africanos no total dos contratos internacionais (contudo, o crescimento absoluto dos montantes contratados em África, entre 2006 e 2011, é de 111%) Perda de importância relativa dos mercados situados na Europa tenderá a acentuar-se Forte redirecionamento da atividade externa para a América do Sul onde os contratos atingem M. Destacamse Venezuela e Perú
6 Números 2011 A Dimensão EMPRESAS Empresas com atividade no Exterior Empresas responsáveis por, pelo menos, 50% da atividade no Exterior VALORES Milhões Var. 2011/10 Volume de Negócios no Exterior % Novos Contratos celebrados no Exterior % Contratos internacionais representaram 4% do PIB em 2011 Mais de 80% da atividade internacional é exercida pelas 50 maiores empresas Tendência para a afirmação futura da internacionalização confirmada pelo crescimento dos montantes contratados no exterior em 2011
7 Números 2011 A Geografia DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO VOLUME DE NEGÓCIOS 15,5% 5,9% 2,8% África (exclui Médio Oriente) América Central e do Sul 75,8% América do Norte (EUA e Canadá) Europa (UE) DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS NOVOS CONTRATOS 20,9% 11,7% 0,9% 1,8% África (exclui Médio Oriente) América Central e do Sul Médio Oriente 64,7% América do Norte (EUA e Canadá) Europa (UE)
8 Números 2011 A Geografia (Cont.) PESO DOS PRINCIPAIS MERCADOS COM PRESENÇA DE EMPRESAS PORTUGUESAS DE CONSTRUÇÃO
9 A reter... As empresas portuguesas de construção têm percorrido um caminho notável de internacionalização Papel determinante no dinamismo da internacionalização do País, não apenas pelo que representa isoladamente, mas também pelo efeito de arrastamento que exerce sobre outros setores de atividade Fatores de sucesso: proatividade na exploração de oportunidades geradas noutros países; resiliência e flexibilidade das empresas; reconhecimento que é internacionalmente atribuído à qualidade do produto e à competência da engenharia portuguesa Na internacionalização das empresas de construção, a deteção de oportunidades de negócio sobrepõe-se a fatores como os culturais, linguísticos ou de proximidade geográfica, histórica ou de contexto empresarial, na escolha dos mercados para onde se deslocalizam
10 Riscos e alertas Necessidade de deslocalização da capacidade produtiva e de mão de obra Cumprimento de distintos quadros legais e regulamentares no que toca aos requisitos para o exercício da atividade e aos regimes de concorrência e de contratação Adaptação a distintas regras técnicas e materiais não convencionais no mercado interno Adaptação a regras de procurement, cadeias de abastecimento e realidades logísticas diferenciadas Necessidade de ultrapassar um contexto em que as fragilidades do sistema financeiro português acarretam dificuldades acrescidas para as empresas nacionais (financiamento, garantias) Necessidade de cooperação para ganhos de escala, muitas vezes imposta pela dimensão dos concursos internacionais ou pelo peso dos principais concorrentes mundiais nos mercados onde atuamos (China, Brasil, Austrália e África do Sul) Riscos de tesouraria pelo aumento dos prazos de recebimento Diferentes culturas, línguas, formas de fazer negócio
11 Condições para um cluster de excelência no mercado externo Salvaguardar o acesso e a permanência nos mercados estratégicos e mais representativos (África Subsaariana e na América do Sul), através do reforço da influência no planeamento de projetos apoiados por fundos europeus, Banco Mundial e restantes multilaterais, bem como na definição regulamentar dos próprios fundos e, ainda, na revisão/negociação do regulamento da reciprocidade Criar uma plataforma para a internacionalização, com a missão de permanentemente exercer influência junto de entidades internacionais, criar condições para cooperação estratégica, identificar oportunidades, interlocutores chave, incentivos e financiamento (novo contexto de parcerias público-privadas e de project bonds) e defender e promover as competências e a imagem do Setor no exterior Estabelecer/rever acordos que visem maior transparência das regras de acesso aos mercados, a desburocratização dos requisitos de exercício da atividade, a atenuação de barreiras à entrada, um melhor posicionamento perante a concorrência e o cumprimento de obrigações por parte dos promotores dos projetos
12 Condições para um cluster de excelência no mercado externo (Cont.) Estabelecer/rever acordos com vista à facilitação da deslocalização da mão de obra, através, entre outras medidas, da simplificação da emissão de vistos de entrada e de trabalho e das regras de circulação de pessoas, bem como da implementação de mecanismos de reconhecimento de qualificações técnicas Estabelecer/rever acordos de âmbito fiscal e aduaneiro que eliminem a dupla tributação e reduzam custos alfandegários Implementar outras medidas de natureza fiscal que diminuam a carga fiscal sobre rendimentos obtidos no exterior, quer das empresas, quer dos trabalhadores deslocalizados, que melhorem o regime legal das amortizações, que reduzam ou eliminem o peso do imposto de selo (garantias e contragarantias exigidas pelos donos de obra e por bancos sedeados nos países dos destinatários das propostas) e que criem incentivos fiscais em sede de IRC
13 Números-chave M Contratos Internacionais = 4% PIB 19% Crescimento médio anual do VN no exterior (últimos 5 anos) 7% do VN do país no exterior > empresas > 40 Países 76% do VN externo em África (44% Angola)
14 OBRIGADA!
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