UPDATE TRANSMISSÃO PAULISTA (1T17)

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1 UPDATE TRANSMISSÃO PAULISTA (1T17) A Transmissão Paulista (TRPL4) divulgou o resultado do 1T17 no dia 28 de abril de Tal resultado foi considerado muito bom, apesar do ganho não recorrente referente a RBSE que se refere a remuneração do ativo de concessão da Rede Básica do Sistema Existente, objeto de indenização por conta da renovação antecipada das concessões. Segue abaixo o desempenho das principais rubricas: A receita líquida totalizou R$ 530,6 milhões no 1T17 um crescimento de 97,49% sobre os R$ 268,7 milhões apurados no 1T16. Tal desempenho se deve principalmente a remuneração de ativos referentes ao RBSE que gerou um impacto de R$ 192,1 milhões nesta rubrica. Vale ainda ressaltar que este crescimento ainda fora ajudado pelo aumento de 8,1% na Receita de Operação e Manutenção, segundo item de importância no faturamento da companhia, na qual este aumento foi justificado principalmente, pela (i) variação positiva de R$ 16,7 milhões, referente ao IGPM/IPCA aplicados na parcela da receita de O&M que corrigem a RAP (Receita Anual Permitida) do ciclo 2015/2016 para o ciclo de 2016/2017, dos contratos de concessão da companhia, (ii) aumento da tarifa da Conta de Desenvolvimento Energético CDE para consumidores livres de R$ 5,9 milhões, (iii) variação negativa de R$ 4,1 milhões de antecipações. O Ebitda atingiu R$ 398 milhões sendo 162,70% superior aos R$ 151,5 milhões registrados no 1T17. Ao excluirmos o efeito da RBSE, o aumento seria de 43,0%, com a margem ebitda tendo um acréscimo de 4,6 p.p indo para 60,8% ante 56,2% apurados no mesmo período do ano passado, o que é um excelente resultado. Este desempenho se deve ao maior controle de custos e despesas operacionais que teve um aumento de somente 5,0%, sendo este explicado pelos seguintes fatores: (i) acréscimo de 12,1% dos custos e despesas de pessoal devido ao dissídio coletivo de 9,3% concedido em agosto de 2016; (ii) aumento de 2,9% em serviços de terceiros principalmente pela correção dos valores de IPTU, compensada pela (iii) redução de 54,3% nas despesas de contingências pelo maior volume de processos trabalhistas e constituição de provisão cível realizadas no 1T16.

2 Por último o lucro líquido totalizou R$ 267,2 milhões no 1T17 ante R$ 98,2 milhões registrados no 1T16. Excluindo os efeitos da RBSE, o lucro líquido nos três primeiros meses deste ano atingiu 140,4 milhões, o que representou uma alta de 43% frente ao mesmo período do ano anterior. Além dos fatores já mencionados, este avanço no lucro líquido ainda foi decorrente do aumento de 196,3% do resultado de equivalência patrimonial que fora impulsionado pelo resultado da subsidiária IE Madeira devido: (i) aumento de R$ 2,4 milhões na receita líquida, principalmente pela correção IPCA ; (ii) aumento nas despesas gerais e administrativas no valor de R$ 2,5 milhões; (iii) impacto positivo no resultado financeiro de R$ 6,7 milhões com a redução nas despesas de juros sobre Debêntures, devido a liquidação parcial dos juros em março de 2016 e (iv) redução em despesas de IR/CSLL no montante de R$ 20,6 milhões pela revisão da taxa efetiva do IR diferido pelo benefício fiscal da SUDAM. Destaques da Teleconferência 1T17 - A companhia destacou que no dia 10/04/2017 foi concedida liminar, em parte ao pedido da ABRACE (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres), para determinar que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) exclua a parcela dita de remuneração da TUST (Tarifa de Transmissão), calculada para os ativos da RBSE, devendo incidir sobre o montante apenas a atualização. Porém, a companhia ainda afirmou que está avaliando as medidas cabíveis para defesa de seus prejuízos e com isso buscará a cassação desta liminar. Segundo a transmissora, os recursos da RBSE é um direito reconhecido por lei, e que com isso vai continuar contabilizando em seu balanço, já que as chances de perda são muito remotas. Esse é um dos principais riscos atuais da ação e continuaremos acompanhando os desdobramentos. - A Transmissão Paulista enfatizou que no leilão da ANEEL no último dia 24 de abril arrematou os lotes 1 em parceria com a Taesa com cada uma detendo 50%, e os lotes 5,6, 25 e 29 de forma individual. Com estes lotes e mais aqueles conquistados desde outubro de 2016, a companhia acredita que dobrará a capacidade de receita das suas filiais, o que será positivo e deverá trazer upside ao valor justo da empresa no longo-prazo. - A empresa enfatizou que os lotes arrematados no último leilão se concentraram no estado de São Paulo, perto das suas atuais subestações para assim ter ganhos de sinergia, o que reforça nossa convicção na criação de valor econômico destas novas concessões aos acionistas.

3 - Foi enfatizado também que os lotes 6, 25 e 29 arrematados pela companhia irá necessitar de um menor nível de CAPEX, pois não haverá necessidade de construção de linhas de transmissão, já que segundo a empresa estes são vistos mais como um reforço para fortalecer suas operações. Com isso, a companhia justifica um deságio maior pago por estes lotes - o que reforça nossa visão de que os deságios não foram exagerados. Fonte: A companhia. - Sobre as perspectivas para o próximo leilão, a companhia acredita que não deve participar com o mesmo apetite do que neste último ocorrido no mês de abril, já que segundo a empresa não há lote previsto para o Estado de São Paulo. - Por último a companhia acredita que o nível de CAPEX (investimentos) nos lotes arrematados pela mesma deve ser de 20% a 25% menor do que aquele previsto pela ANEEL, o que também explicaria a viabilidade econômica para os deságios efetuados.

4 Conclusão Temos uma visão positiva para a Transmissão Paulista, com suas ações inclusive fazendo parte da nossa carteira recomendada devido a previsibilidade e estabilidade do seu fluxo de caixa, já que o seu setor de atuação não é influenciado por condições de mercado, hidrologia, nível dos reservatórios ou racionamento, e além disso a companhia reúne outros fatores diferenciados como a proteção de sua receitas contra a inflação, já que estas são indexadas ao IGPM/IPCA e a sua sólida gestão e situação financeira. Ademais, a companhia tem ainda outros pontos positivos que reforça a nossa posição em suas ações como, os esforços de otimização e controle de custos conforme observamos no resultado do 1T17 - que mesmo excluindo eventos não recorrentes mostrou forte avanço no resultado operacional - e a perspectiva de robustos pagamentos de dividendos devido a expectativa pelo pagamento da indenização dos ativos não amortizáveis antes de 2000 (RBSE) quando a companhia renovou suas concessões em 2012 com a MP 579, e os valores dos seus atuais múltiplos que estão com P/L Projetado para 2018 de 8,35x contra a média histórica de 15,5x. Diante destes fatos, e ao valor justo estimado de R$ 81,50 (potencial de valorização de 30,67%), vamos continuar mantendo as ações em nossa carteira recomendada. Gostou deste relatório? Você pode ter muito mais. Assine todos nossos relatório agora mesmo: DISCLAIMER Disclaimer instrução CVM nº 483 Em conformidade com as disposições da Instrução CVM nº 483 de 06/07/2010, o Analista de Investimento

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