ADAPTAÇÕES PARA O VÔO
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- Maria Luiza Lancastre Ferrão
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1 FILOS ANIMAIS AVES
2 AVES Com mais de espécies, as aves excedem muito em número qualquer grupo de vertebrados, exceto os peixes. São encontradas nas florestas, desertos, montanhas, pradarias, em todos os oceanos e até em ambientes congelados. Algumas ainda vivem na escuridão das cavernas, outras mergulham a profundidades maiores que 45 m para predar organismos aquáticos.
3 ADAPTAÇÕES PARA O VÔO Formam um grupo de anatomia muito uniforme, revelando uma excepcional adaptação para o vôo: 1- Únicos vertebrados que possuem penas caráter de identificação seguro e facilmente visível.
4 ADAPTAÇÕES PARA O VÔO 2- Esqueleto leve ossos longos são ocos (ossos pneumáticos) cavidades ligadas aos pulmões por canalículos que permitem uma boa circulação interna de ar. 3- Redução de articulações cinturas escapular e pélvica, costelas e coluna vertebral formam uma peça única bem resistente não se deforma com as fortes pressões do ar sobre o corpo durante o vôo.
5 ADAPTAÇÕES PARA O VÔO 4- Extremidades anteriores transformadas em asas presas a uma forte cintura escapular osso esterno é o mais desenvolvido: Aves que voam (carenadas ou carinatas) apresentam uma quilha (carena) saliente boa superfície de inserção da musculatura peitoral responsável pelo movimento das asas.
6 Vertebrados - Aves
7 AVES - ESQUELETO Fúrcula: osso resultante de duas clavículas unidas que ajuda a manter a articulação da asa em posição quando os músculos a puxam para baixo.
8 ADAPTAÇÕES PARA O VÔO Aves que não voam (ratitas) esterno achatado sem quilha ou carena (exceto pingüins).
9 ADAPTAÇÕES PARA O VÔO 5- Ausência de bexiga urinária excreta nitrogenada é o ácido úrico adaptação ao tipo de desenvolvimento embrionário e à redução de peso insolúvel em água pode ser eliminado sem necessidade de armazenamento. 6- Oviparidade: ovos desenvolvem fora do corpo da fêmea redução de peso.
10 AVES PELE As aves possuem uma pele delgada e seca (sem glândulas), pouco presa à musculatura. Existe uma única glândula na epiderme (região caudal), denominada glândula uropigiana bastante desenvolvida nas aves aquáticas secreção oleosa retirada com o bico e passada sobre as penas impermeabilização.
11 AVES PENAS As penas são estruturas mortas, de queratina, originadas a partir de papilas vivas da derme.
12 AVES PENAS Cada pena apresenta um eixo central, a ráquis, de onde partem inúmeros filamentos, as barbas, que, por sua vez, apresentam filamentos menores, as bárbulas filamentos dispõem-se próximos entre si impedem passagem de ar isolamento térmico.
13 AVES PENAS Podem ser de 4 tipos: Rêmiges, das asas: para a propulsão; Rectrizes, da cauda: direcionamento do vôo funciona como leme e facilita a decolagem e a descida. Tectrizes: penas de contorno menores cobrem todo o corpo, mantendo uma camada de ar isolante junto à pele um dos fatores de termorregulação homeotermia. Penugem ou plumas: tufos macios escondidos sob as penas de contorno ausência de ganchos nas bárbulas conservação do calor.
14 AVES PENAS As penas servem ainda para camuflagem, comunicação e comportamento de corte na época do acasalamento dimorfismo sexual.
15 AVES VÔO Funções das asas: propulsão do animal; papel de aerofólios móveis e flexíveis eficiência no vôo. No vôo de voadores potentes, as asas movimentam-se violentamente para baixo e para frente totalmente estendidas. A propulsão é suprida pelas rêmiges primárias, nas pontas das asas.
16 AVES VÔO O beija-flor de Cuba (Mellisuga helenae), com apenas 1,8g, é um dos menores vertebrados endotérmicos. Quando em vôo pairado a asa move-se em impulso giratório. A extremidade da asa move-se para a frente (batida de frente) e então gira 180 na cintura escapular para mover-se para trás (batida de trás).
17 SISTEMA RESPIRATÓRIO Inicia nas duas narinas abertas no bico. Traquéia: longa siringe (órgão do canto) no ponto de bifurcação dos dois brônquios formada por um ou vários pares de músculos associados a membranas.
18 Aves - Siringe
19 SISTEMA RESPIRATÓRIO Pulmões: extensa rede de canalículos parabrônquios ramos dos brônquios aos quais se ligam sacos aéreos armazenam ar e permitem sua circulação, por canais, até as cavidades dos ossos pneumáticos reservatórios de ar, redução da densidade do corpo do animal facilita o vôo.
20 Respiração nas Aves
21 SISTEMA RESPIRATÓRIO
22 SISTEMA CIRCULATÓRIO Coração: 4 cavidades 2 átrios e 2 ventrículos completamente separados. Circulação: fechada, dupla e completa. Uma só aorta curvada para o lado direito do corpo. Hemácias grandes, ovais e nucleadas.
23 SISTEMA DIGESTÓRIO Glândulas salivares: abundantes principalmente nas aves que se alimentam de grãos. Bicos: grande diversidade permitem apanhar diferentes tipos de alimentos, desde animais grandes a minúsculos componentes de plâncton.
24 SISTEMA DIGESTÓRIO Bicos que quebram sementes: o bico das aves exerce a maior força junto à base. Aves como os tentilhões, que vivem de sementes duras, têm bicos curtos e cônicos, conseguindo assim quebrar a casca das sementes de que se alimentam. A seguir removem habilmente o que se encontra no seu interior. Tentilhão Cardeal
25 SISTEMA DIGESTÓRIO Bico em pinça longa: captura de vermes em cavidades ou no fundo do lodo. Maçarico Tentilhão Galinhola
26 SISTEMA DIGESTÓRIO Bico em pinça curta: o melro-preto tem um formato de bico que é partilhado por milhares de espécies de aves de tamanho médio. É afilado para que o animal possa apanhar pequenos objetos, como sementes, mas o seu comprimento permite à ave apanhar presas maiores, como minhocas. O bico amarelo-alaranjado do melro-preto macho é também utilizado como sinal destinado às fêmeas. Melro
27 SISTEMA DIGESTÓRIO Uma peneira subaquática: o flamingo tem provavelmente o bico mais extraordinariamente especializado de todas as aves. Com a cabeça virada para baixo, o flamingo introduz o bico na água servindo-se dele para peneirar os animais e plantas aquáticas de que se alimenta. A parte inferior do bico movimenta-se para cima e para baixo para bombear a água contra a parte superior onde uma franja de lamelas retém os alimentos. Flamingo
28 SISTEMA DIGESTÓRIO Bico de carnívoro: o bico das aves de rapina termina em gancho serve para dilacerarem animais grandes. Francelho
29 SISTEMA DIGESTÓRIO Um bico de frugívoro: os papagaios selvagens vivem de frutos e sementes e possuem um bico que lhes permite tirar o maior partido dos alimentos. O papagaio utiliza o gancho da extremidade do bico para retirar a polpa do fruto e com as axilas da base do bico parte a casca das sementes para comer o seu interior. Os papagaios também são únicos no mundo das aves pela forma como usam os pés, segurando e virando com eles os alimentos enquanto os quebram. Arara Papagaio
30 SISTEMA DIGESTÓRIO Um bico com dentes: ao contrário dos mamíferos e dos répteis, as aves não têm verdadeiros dentes, que são elementos ósseos. Contudo, algumas aves desenvolveram estruturas que são muito semelhantes a dentes. Os mergansos, por exemplo, têm bicos serrilhados para segurar os peixes tanto em água doce como no mar. Merganso
31 SISTEMA DIGESTÓRIO Um bico para chapinhar : muitos patos alimentam-se apanhando alimentos à superfície ou abrindo e fechando o bico enquanto percorrem com ele a superfície das águas. A água entra por entre as duas metades achatadas do bico e tudo o que nela estiver em suspensão é filtrado e engolido. Este processo é semelhante ao da filtração do flamingo, embora um bico de pato esteja muito menos especializado e possa ser utilizado para outros tipos de alimentação. Pato negro
32 SISTEMA DIGESTÓRIO Um bico para todos os fins: os bicos das gaivotas são compridos e terminam num gancho que é menor, mas semelhante em muitos aspectos ao das aves carnívoras. Este formato de bico não só lhes permite caçar e segurar presas como peixes, ao longo do comprimento do bico, mas também as ajuda a dilacerar os alimentos. Gaivota
33 SISTEMA DIGESTÓRIO Papo: armazenamento e amolecimento do alimento. Proventrículo: estômago químico. Moela: estômago mecânico. Intestino delgado: Duodeno: ação da bile, do suco pancreático e das enzimas intestinais digestão se completa. Jejuno: longo e com alças intestinais: absorção. Cecos: degradação da celulose. Intestino grosso: curto e reto, abrindose na cloaca.
34 SISTEMA NERVOSO Cérebro e cerebelo bem desenvolvidos. Cerebelo: centro controlador dos movimentos do vôo e do equilíbrio. 12 pares de nervos cranianos.
35 SISTEMA SENSORIAL Visão: grande acuidade visual rápida acomodação músculos ciliares alterações na forma do cristalino. visão de cores predomínio de cones nas aves diurnas e de bastonetes nas aves noturnas. membrana nictitante sob as pálpebras olhos podem permanecer abertos durante vôo e mergulho. Presença de pecten estrutura em forma de leque penetra na câmara posterior, no local onde o nervo óptico sai da retina nutrir as partes do olho carentes de vasos.
36 SISTEMA SENSORIAL Audição: bastante desenvolvida: orelha média: um só osso na orelha média columela (como nos répteis) transmite as vibrações que procedem da membrana timpânica até a orelha interna. orelha interna: caracol (cóclea). Olfato: aparecem pela primeira vez nas vias nasais as conchas ou cornetos se comunicam com as aberturas nasais externas epitélio olfativo encontra-se relativamente restrito à superfície do corneto superior pequeno tamanho dos lobos olfativos do encéfalo deficiência relativa do sentido do olfato em quase todas as aves.
37 SISTEMA SENSORIAL Migração: a maioria das aves migratórias tem suas rotas bem estabelecidas direcionadas tanto para o norte quanto para o sul navegam, principalmente, orientadas pela visão, mas podem detectar e navegar através dos campos magnéticos da Terra e também se orientar pelo sol durante o dia e pelas estrelas durante a noite (orientação celestial) maioria migra para o sul no inverno e para o norte no verão.
38 SISTEMA REPRODUTOR Dióicos com dimorfismo sexual machos mais vistosos que as fêmeas penas maiores e mais coloridas, grandes papos, cristas de cores vivas, entoam cantos de atração para o acasalamento.
39 SISTEMA REPRODUTOR Época de reprodução demarcação de território e construção de ninhos machos executam rituais de danças e posturas corporais para atrair as fêmeas. Fecundação interna, desenvolvimento externo ovíparos. O zigoto, ao descer o oviduto, recebe camadas de albumina (clara) e chega ao útero, onde permanece horas até se completar a formação das membranas envoltórias e da casca calcária ovos encubados nos ninhos pelos pais.
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