Títulos Públicos na Carteira dos RPPS
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- José Filipe Faro
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1 Títulos Públicos na Carteira dos RPPS 1º Congresso Nacional de Previdência dos Servidores Públicos 21 de junho de 2018, Florianópolis/SC
2 Títulos Públicos nos RPPS Situação atual dos investimentos dos RPPS Tipo de Ativo Valor Percentual Poupança ,36 0,01% Títulos Tesouro Nacional ,93 9,83% Op. Compromissadas com TP ,20 0,06% FI 100% títulos TN ,03 57,81% FI de Índices Ref. Renda Fixa ,90 0,51% FI de Índices Ref.Subíndices Anbima ,83 0,16% FI de Renda Fixa ,85 15,39% FI em Direitos Creditórios ,38 0,81% FI Renda Fixa "Crédito Privado" ,89 0,83% FI Renda Fixa/Referenciados RF ,03 8,08% FI Ações referenciados ,63 0,71% FI de Índices Referenciados em Ações ,95 0,16% FI em Ações ,32 2,76% FI em Participações - Fechado ,02 1,07% FI Imobiliários ,61 0,84% FI Multimercado - Aberto ,34 0,98% Renda Fixa + Renda Variável ,27 49% de Títulos Públicos 2
3 Reflexos das taxas dos títulos públicos Valor das contribuições Resultado Atuarial Decisões de investimentos: mais ou menos riscos 3
4 Revisão da Portaria 403: GT de Atuária Resultado atuarial dos RPPS, por UF UF Com Segregação Sem Segregação Deficit Superavit AC 50,00% 50,00% AL 11,54% 88,46% AM 25,00% 62,50% 12,50% AP 100,00% BA 5,56% 94,44% CE 14,29% 85,71% ES 35,48% 64,52% GO 5,33% 94,67% MA 18,18% 81,82% MG 11,96% 87,50% 0,54% MS 2,13% 85,11% 12,77% MT 2,94% 96,08% 0,98% PA 16,67% 83,33% UF Com Segregação Sem Segregação Deficit Superavit PB 8,11% 89,19% 2,70% PE 31,97% 67,21% 0,82% PI 25,00% 75,00% PR 13,25% 77,11% 9,64% RJ 30,16% 66,67% 3,17% RN 5,26% 94,74% RO 7,14% 92,86% RR 50,00% 50,00% RS 3,22% 94,86% 1,93% SC 12,86% 72,86% 14,29% SE 100,00% SP 16,27% 77,03% 6,70% TO 10,00% 90,00%
5 Taxa de Juros: Experiência Internacional Utilização dos Títulos Públicos como referência para a taxa de desconto Norma Internacional de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (IPSAS 39 Employee Benefits): Taxa de desconto das obrigações de benefícios pós-emprego (capitalizados e não capitalizados) deve refletir o valor do dinheiro no tempo e melhor referência é o mercado de títulos do tesouro. GASB (normas para o setor público em todos os níveis do governo): a) taxa de retorno esperada para os investimentos, se ativos forem suficientes para pagar os benefícios projetados; b) taxa de juros dos títulos públicos nas demais situações. Planos totalmente capitalizados: taxas de retorno esperadas sobre os fundos investidos, nos demais, média ponderada móvel de 20 anos das taxas dos títulos de longo prazo do governo. Planos Capitalizados e não capitalizados: taxa de desconto é o retorno dos títulos públicos no longo prazo. 5
6 Taxa de Juros: Meta Atuarial Juros pagos por títulos públicos de longo prazo: melhor parâmetro Refletir taxas históricas em vez de dar peso indevido às taxas recentes Evitar mudanças muito bruscas: permitir avaliação pelos governos e a sociedade Específica para cada plano e função da duração do passivo (prazo consistente com as obrigações com o pagamento dos benefícios) Refletir o valor do dinheiro no tempo
7 Taxa de Desconto: Proposta Corresponde àquela cujo ponto da Estrutura a Termo de Taxa de Juros Média ETTJ Média seja o mais próximo à duração do passivo do RPPS. ETTJ Média: Média de 5 anos das ETTJ diárias, baseadas nos títulos públicos indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA). Médias Móveis do vértice de 10 anos da ETTJ IPCA (% a.a.)
8 Taxa de Desconto: Proposta A SPREV irá apurar e publicar anualmente os pontos da ETTJ Média (em anos) e a taxa de juros correspondente a cada ponto. O ponto da ETTJ a ser considerado pelo RPPS corresponde à respectiva duração do passivo. Aplicação da ETTJ Média inclusive nos planos mantidos pelo Tesouro e no fundo financeiro Para adotar taxa de juros superior (requisitos): investimentos superiores à RMBC; atingir meta de rentabilidade proposta na política de investimentos; aplicações de acordo com a legislação; estudo apresentado á SPREV
9 Taxa de Desconto: Simulação Pontos (em anos) Taxa de Juros Parâmetro (% a.a.) 1,0 4,51 2,0 4,99 3,0 5,29 4,0 5,44 5,0 5,53 6,0 5,59 7,0 5,63 8,0 5,66 9,0 5,68 10,0 5,69 11,0 5,71 12,0 5,72 13,0 5,73 14,0 5,74 15,0 5,75 16,0 5,76 17,0 5,76 18,0 5,77 19,0 5,78 20,0 5,78 21,0 5,79 22,0 5,79 23,0 5,80 24,0 5,80 25,0 5,81 26,0 5,81 27,0 5,82 28,0 5,82 29,0 5,82 30,0 5,83 Tabela calculada com dados de 2017 Média de cinco anos das Estruturas a Termo de Taxa de Juros Médias diárias, baseadas nos títulos públicos federais indexados ao IPCA Avaliação atuarial da União de 2018 utilizou essa metodologia. Duração do passivo de 15 anos, com taxa de 5,75%. A duração média dos passivos dos RPPS é de 21 anos
10 Taxa de Desconto: Impacto no Resultado Atuarial Para 15 anos a taxa de juros teria oscilado entre 5,65% e 5,82%, entre 2014 e 2017, próximo à média dos RPPS (5,92%). 10
11 Limite do Déficit Atuarial: Conceito Parcela do déficit apurado que o Ente poderá não equacionar: Limite de Tolerância para o déficit FÓRMULA (1,5 x Duração do Passivo)/100 x RMBaC O déficit a ser equacionado deve corresponder, no mínimo, ao resultado deficitário apontado na avaliação atuarial menos o valor do LDA
12 Limite do Déficit Atuarial: Exemplo Ativos ,81 Provisão Matemática Benefícios Concedidos ,38 Provisão Matemática Benefícios a Conceder ,22 RESULTADO ,79 % Déficit de RMBC 13,07% % Déficit de RMBaC 86,93% Duração do Passivo 21,16 % LDA 31,74% Valor do LDA (% LDA x Déficit Relativo a RMBaC) ,98 Valor do Déficit a Equacionar com LDA ,81 Base de Cálculo ,48 Alíquota Normal do Ente (atual) 11,00% Alíquota Suplementar (atual) 19,3% Alíquota Total (atual) 30,30% Aliquota Suplementar Necessaria 9,18% Alíquota Total (necessária) 20,18% Variação na Aliq Total -10,08% % de Variação no Pagamento -33,31%
13 Prazo de Amortização Reinício do prazo de 35 anos (a partir de 2019), diminuindo a cada exercício; ou, 1,5 x Duração do Passivo, recalculada a cada exercício
14 Duração do Passivo: Definição Prazo médio dos fluxos de pagamentos de benefícios do RPPS ponderado pelo valor presente desses fluxos Onde: Fi = somatório dos pagamentos de benefícios de cada plano, líquidos das contribuições dos aposentados e pensionistas, relativos ao i-ésimo prazo; i = prazo, em anos, resultante da diferença entre o ano de ocorrência dos fluxos (Fi) e o ano de cálculo; e TA = a taxa de juros real anual utilizada como taxa de desconto na avaliação atuarial referente ao exercício anterior para apuração do valor presente dos fluxos de benefícios e contribuições do RPPS. Modelo do Demonstrativo da Duração do Passivo, anexo ao Fluxo Atuarial, e disponibilizado pela SRPPS
15 Duração do Passivo: Exemplo 21 anos: Ponto médio do fluxo a valor presente
16 Duração do Passivo: Importância Limites de tolerância para déficit Definição do prazo de amortização Definição da Taxa de Juros Parâmetro
17 Duração do Passivo: Impacto da taxa de juros Para um mesmo fluxo, se a taxa de juros cai, a duração do passivo aumenta.
18 Exemplo de Déficit a Equacionar
19 Média: 20,75 anos Mediana: 18,71 19
20 Marcação de Títulos Públicos: Curva x Mercado São critérios contábeis de precificação dos títulos Regra: A Mercado. Resultados contábeis consistentes, aderentes aos valores precificados pelos agentes financeiros. Exceção: Na Curva. Para suportar os lançamentos contábeis, necessário estudo técnico que comprove capacidade para levar o título até o vencimento.
21 Marcação de Títulos Públicos: Curva x Mercado
22 Marcação de Títulos Públicos: Curva x Mercado Não alteram o direito do investidor em relação ao título Valor do ganho total definido no momento da venda ou resgate do título. No vencimento dos títulos, o valor indicado pelas duas abordagens converge Não há o melhor critério e sim o mais adequado às características e necessidades de cada RPPS.
23 Marcação na Curva: Portaria MF 577/2017 Títulos de emissão do Tesouro Nacional poderão ser contabilizados pelos respectivos custos de aquisição acrescidos dos rendimentos auferidos Capacidade financeira: Liquidez em função das obrigações Classificados separadamente dos ativos para negociação Atendimento às normas de atuária e de contabilidade (divulgação das informações relativas aos títulos adquiridos e ao impacto nos resultados) Demonstração: Portaria SPREV nº 4, de 5/2/2018, DAIR, DPIN, Notas explicativas demonstrações contábeis
24 MF - Ministério da Fazenda SPREV - Secretaria de Previdência SRPPS Subsecretaria de Regimes Próprios de Previdência Social Coordenação Geral de Atuária, Contabilidade e Investimentos Ciro Miranda Caetano Milliole Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil Coordenação de Estudos e Diretrizes Atuariais, Contábeis e de Investimentos
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