Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural

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1 Projeto financiado pela União Europeia República da Guiné-Bissau Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural Direcção Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Quinara PLANO DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA REGIONAL DE QUINARA Quinara, 2017

2 FICHA TÉCNICA 2017 Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR). Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do MADR. Ano 2017 Elaboração, distribuição, informações: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO RURAL Direcção Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Quinara Região da Região de Quinara Equipa dos consultores Alexandre Na Lamba Isabel Miranda Ildo Lopes Catalogação Guiné-Bissau. Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural. Plano de Desenvolvimento Agrícola Regional de Quinara. Direcção Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural. Quinara, p. 1. Agricultura. 2. Planeamento agrícola. 4. Quinara.

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4 ACRÓNIMOS AD Acção para Desenvolvimento AECID Agency for International Development Cooperation AMAE Confederação das Mulheres de Atividades Económicas ANAG Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau ANE Atores Não Estatais AP Áreas Protegidas ASDI Associação de Solidariedade do Desenvolvimento Integrado BAD Banco Africano de Desenvolvimento BOAD Banque Ouest-Africaine de Développement CCIAS Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços CDC-GB Câmara de Comércio da Guiné-Bissau CECI Centro de Estudos e da Cooperação Internacional CEDEAO Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CICL Camões, Instituto da Cooperação e da Língua CMB Câmara Municipal de Bissau CPDA Carta de Política de Desenvolvimento Agrário CRGB Constituição da República da Guiné-Bissau DENARP Documento de Estratégia Nacional de Redução de Pobreza DIVUTEC Associação Guineense de Estudos e Divulgação de Tecnologias Apropriadas DRA Direção Regional da Agricultura ECOWAP Regional Agricultural Policy for West Africa FAO Fundo das Nações Unidas para Agricultura FIBA Fondation Internationale du Banc d'arguin FIDA Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola GAPLA Gabinete de Planificação Agrícola GPC Gabinete de Planificação Costeira IBAP Instituto da Biodiversidades e das Áreas Protegidas IBAS Índia-Brasil-África do Sul IMVF Instituto Marquês de Valle Flôr INE Instituto Nacional de Estatística INPA Instituto Nacional de Pesquisa Agrária MADR Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural MAVA Fondation pour la Nature MIGA Agência Multilateral de Garantia de Investimentos NEPAD Nova Parceria para o Desenvolvimento de África OCB Organizações Comunitárias de Base ODM Objetivos do Milénio OGE Orçamento Geral do Estado OMS Organização Mundial de Saúde ONG Organização Não-Governamental OSC Organização da Sociedade Civil PAM Programa Alimentar Mundial PAN/LCD Plano de Acão Nacional da Luta Contra a Desertificação na Guiné-Bissau PDAR Plano de Desenvolvimento Agrícola Regional PDDAA Programa Detalhado de Desenvolvimento da Agricultura em África

5 PDSA PIB PIP PNIA PNS PNUD PRESAR PRIA RAF REDR RESSAN-GB RFF RP RPEA RSA RVA SNAP UE UEMOA UICN UNESCO WWF ZAE Programa de Segurança Alimentar Produto Interno Bruto Programa de Investimento Público Programa Nacional de Investimento Agrícola Política Nacional de Sementes Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Projeto de Reabilitação do Sector Agrário e Rural Programmes Régionaux d Investissement Agricole Repartição da Administração e Finanças Repartição da Engenharia e Desenvolvimento Rural Rede da Sociedade Civil para a Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Guiné- Bissau Repartição das Florestas e Fauna Repartição da Pecuária Repartição da Planificação e Estatísticas Agrárias Repartição da Segurança Alimentar Repartição da Vulgarização Agrária Sistema Nacional de Áreas Protegidas União Europeia União Económica e Monetária da África Ocidental União Internacional para a Conservação da Natureza Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura World Wildlife Fund Zoneamento Agro Ecológico

6 Índice ACRÓNIMOS... 3 INTRODUÇÃO... 9 Justificativa CAPÍTULO 1: METODOLOGIA CAPÍTULO 2: ENQUADRAMENTO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA REGIONAL ESTRATÉGIAS Documento de Estratégia Nacional de Redução de Pobreza II (DENARP II) Guiné-Bissau Plano Estratégico e Operacional Terra Ranka POLÍTICAS Carta da Política de Desenvolvimento Agrário Regional Agricultural Policy for West Africa Código de Investimento PROGRAMAS Programa de governação para a IX Legislatura ( ) os anos da Guiné- Bissau Programa Nacional de Investimento Agrícola Programmes Régionaux d Investissement Agricole (PRIA) PLANOS Plano de Desenvolvimento Regional de Quinara CAPÍTULO 3: APRESENTAÇÃO DA REGIÃO DE QUINARA Geografia Dados demográficos Composição religiosa e étnica Género CAPÍTULO 4: CARACTERIZAÇÃO GERAL DO SETOR AGRÍCOLA Produção agrícola Questões da monocultura e diversificação Caracterização da agricultura familiar Trabalho infantil no campo CAPÍTULO 5: MEIO AMBIENTE Recursos naturais Terra/solo (Lei de terras e gestão e conservação de solos) Água (precipitação, armazenamento da água, irrigação) Floresta (abertura de novas áreas para a prática da agricultura e as queimadas descontroladas)... 42

7 5.2 Agricultura e impacto ambiental Agrotóxicos (defensivos agrícolas, pesticidas, agroquímicos, produtos fitossanitários) e regulamento/lei Transgénicos (sementes) políticas existentes Cultivo orgânico Reservas da biosfera Áreas protegidas Localização e caracterização Gestão das áreas protegidas (políticas, regulamentos ou decisões) Agricultura dentro das áreas protegidas Mapa CAPÍTULO 6: ATORES INTERVENIENTES NA REGIÃO DE QUINARA Atores estatais Estruturas de Governação (com maior ênfase na agrícola) Atores não estatais Organizações da Sociedade Civil cujas atividades estão relacionadas direta ou indiretamente com agricultura Associações profissionais Plataformas, Redes e Confederações (como é organizada, como é financiada, quantos membros tem, necessidades) Financiadores/Parceiros do Desenvolvimento Setor privado Relações entre atores Pontos fortes e fracos Pontos fortes Pontos fracos CAPÍTULO 7: INFRAESTRUTURAS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE APOIO À AGRICULTURA Infraestruturas Infraestruturas de bolanhas Infraestruturas rodoviárias e portuárias Infraestrutura de transformação Infraestruturas de armazenamento Infraestruturas de pesquisa/formação Acesso aos mercados Máquinas e equipamentos de transformação Serviços Energia e água... 60

8 7.3.2 Comunicação Transporte Serviços financeiros Serviços de apoio a agricultura Lojas de materiais agrícolas Pontos fortes e fracos Pontos fracos Pontos fracos CAPÍTULO 8: PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO/INVESTIMENTO IMPLEMENTADOS, EM CURSO E PREVISTOS Projetos implementados Projetos em curso Investimentos públicos Governo através de terceiros/parceiros CAPÍTULO 9: ORIENTAÇÕES ESTRATÉGIAS Visão Eixos estratégicos Objetivo Resultados Atividades prioritárias Orientações técnicas Origem dos investimentos CAPÍTULO 10: O QUADRO DE IMPLEMENTAÇÃO, MONITORIA E AVALIAÇÃO Matriz de responsabilidade Estruturas de seguimento e avaliação REFERÊNCIAS ANEXOS Anexo 1. OSC cujas atividades estão relacionadas direta ou indiretamente com agricultura. 89 Anexo 2. Associações profissionais Anexo 3. Plataformas, Redes e Confederações (como é organizada, como é financiada, quantos membros tem, necessidades) Anexo 4. Lumos Anexo 5: Projetos implementados Anexo 6. Projetos em curso Anexo 7. Produtos mais comercializados por setor Anexo 8: Portos

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10 INTRODUÇÃO A região de Quinara fica situada no Sul da Guiné-Bissau, administrativamente encontra-se dividida em 4 setores 1 e estes subdivididos em 22 seções. Tem uma superfície de 3.138,4 km 2, ou seja, 8.69%% do território sendo a sexta maior extensão territorial do país. Conta com habitantes e uma densidade populacional de 19,36 hab./km 2. Apesar da Fulacunda se afigurar, legalmente, como capital da região é em Buba que se encontra a sede da governação regional e todos os serviços desconcentrados do Estado. A maior parte da população na região, 30%, é muçulmana, composta por etnia Beafada 2. A atividade econômica da região baseia-se predominantemente na agricultura familiar, de pequenas explorações. A agricultura desempenha dois importantes papéis na região. Primeiro, caracteriza-se por ser uma fonte de sobrevivência e segundo, é o setor que emprega grande parte da força laboral, sobretudo a força laboral feminina. Este último desempenha um papel muito importante de suporte (friquidja) de produção, transformação e comercialização dos produtos. A produção agrícola na região é dominada pela produção de arroz. Segundo as projeções do Gabinete de Planificação Agrícola (GAPLA) a produção de arroz em 2016 representava 89% da produção dos cereais na região. A produção de arroz é feita nos bas-fond, mangrove e no planalto (pam-pam). É de referir que a produção de arroz no planalto (pampam) tem aumentado nos últimos anos na região. A mesma fonte revela que a produção de cereais secos caiu de ton. em para ton. em Apesar de presumível crescimento da produção agrícola em , a região continua a ser um importador líquido de produtos agrícolas, sobretudo o arroz. A agricultura tem um papel essencial na segurança alimentar e nutricional. Para a maioria das pessoas no meio rural a agricultura é a sua principal fonte de alimentos e de rendimento. Assim sendo, o desenvolvimento da agricultura é fundamental para reduzir a pobreza, uma vez que parte do rendimento das famílias rurais provém do setor agrícola. Na região de Quinara 70,7% da população vive em situação de pobreza absoluta (2 dólares por dia) e 41.1% em situação de pobreza extrema (1 dólares por dia) 3. Na zona rural o percentual é mais elevado. A pobreza rural deve-se, sobretudo ao limitado desenvolvimento da agricultura, ao limitado acesso ao mercado e à fraca produtividade, principalmente as culturas alimentares. A própria pobreza é um reflexo da falta de recursos e do acesso deficiente à educação, à formação e à assistência. Programas agrícolas adequadamente planejados e direcionados podem romper o ciclo de pobreza, embora muitas vezes a solução está fora da economia agrícola. Tendo em conta a importância do setor agrícola para o país e em particular para a região de Quinara, o Governo da Guiné-Bissau, criou e aprovou instrumentos para promover o desenvolvimento do setor, nomeadamente: A Carta de Política de Desenvolvimento Agrário (CPDA). A CPDA apresenta de forma coerente as diferentes políticas subsetoriais (agricultura, pecuária e floresta) e as suas 1 Vide Lei n 4/97 de 2 de Dezembro, publicado no Suplemento ao Boletim Oficial n INE (2009). Resultados definitivos do 3.º Recenseamento Geral da População e Habitação de INE (2002/2010). Inquérito Ligeiro para avaliação da pobreza - ILAP 2002/2010.

11 interações com outros setores, em especial os da pesca, obras públicas, ambiente, educação, promoção feminina e comércio; Ao adotar, em Maputo, em 2003, o Programa Detalhado de Desenvolvimento da Agricultura em África (PDDAA), componente agrícola da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD), o Estado da Guiné-Bissau comprometeu-se a destinar pelo menos 10% do seu orçamento nacional para agricultura como base de crescimento económico. Em 2013, o Governo adotou o Programa Nacional de Investimento Agrícola (PNIA) 4 que segue as orientações do PDDAA assim como as da NEPAD com objetivos de acelerar o crescimento agrícola, reduzir a pobreza e alcançar a segurança alimentar e nutricional. Em 2015 o Governo apresentou em Bruxelas o Plano Estratégico e Operacional Terra Ranka no qual reafirma a prioridade do Governo, estabelecendo orientação para a transformação do setor agrícola: Em 2025 Buba será uma plataforma logística e um polo agrícola e haliêutico dinâmico. Segundo esse documento Buba deverá tornar-se um importante polo económico de produção e exportação de arroz, de caju e de produtos da pesca, e talvez com o tempo, uma importante plataforma logística regional de produtos de mineração. Segundo estudos que irão ser realizados, Buba e Pikil deverão substituir Bissau como principais portos de exportação. Todos os instrumentos acima citados e outros enfatizam a importância da agricultura, entretanto numa visão nacional. A região de Quinara apresenta várias características comuns com outras regiões, porém, é necessário ressaltar que não há uma semelhança, sendo que a região de Quinara possui peculiaridades geográficas, demográficas e socioeconómicas, potencialidades e desafios distintos. Neste sentido as estratégias, políticas e programas de referência nacional do setor agrícola foram regionalizadas tendo em conta as especificidades da região por meio de um Plano de Desenvolvimento Agrícola Regional (PDAR). O PDAR de Quinara enquadra-se e segue as orientações dos documentos nacionais do Governo e responde às preocupações do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR) sobre os desafios do setor agrícola, porém sob perspetiva da visão da população da região de Quinara, baseado num horizonte de médio e longo prazo. É um complemento para os documentos de referência nacional no domínio de agricultura. Surge como um quadro orientador, instrumento harmonizador e mobilizador de sinergias para impulsionar o desenvolvimento agrícola da região de Quinara. O PDAR encontra-se estruturado em três partes e estes organizados em 10 capítulos: Na primeira parte é apresentada a metodologia e o enquadramento do Plano. Na segunda parte é feita a caraterização geral da região de Quinara, baseado nos dados geográficos e demográficos; aspetos gerais do setor agrícola da região; questões relacionados ao meio ambiente; atores intervenientes na região; as infraestruturas, equipamentos e serviços existentes e aspetos comerciais. Na terceira parte são apresentadas as orientações estratégicas do plano, incluindo a visão; os objetivos estratégicos; eixos estratégicos e; o quadro de implementação, monitoria e avaliação. 4 Programa Nacional de Investimento Agrícola, iniciado desde Abril de 2009.

12 Justificativa A elaboração do PDAR visa identificar e satisfazer as necessidades específicas do setor agrícola da região de Quinara, tendo em conta: 1. A economia da região de Quinara é essencialmente agrária e predominantemente de subsistência, caracterizando-se por baixos níveis de produção e de produtividade. Na busca de soluções efetivas para este problema, foi regionalizado as orientações do Governo ponderando a realidade da região. De modo que o PDAR é um documento que se enquadra nas estratégias e políticas nacionais, porém com uma visão de médio e longo prazo, assente nas necessidades e prioridades da região. 2. É oportuno que a região de Quinara tenha uma base de orientação dos esforços dos atores de desenvolvimento do setor agrário e conexos. Assim, o PDAR serve como instrumento orientador para as estruturas desconcentradas de coordenação ao nível da região, nomeadamente a Direção Regional da Agricultura (DRA) de Quinara e o Gabinete de Planificação Regional, na concretização das estratégias, políticas e medidas adotadas pelo Governo, bem como evitar que os atores intervenientes no setor funcionem de forma avulsa e descoordenada, mas sim intervindo de forma organizada e devidamente orientadas para os objetivos que propiciam o aproveitamento de sinergias entre os serviços e capacidades disponíveis. 3. Tendo em conta que a maior parte dos investimentos necessários para alavancar o setor agrícola da região serão provenientes de financiamento externo, nomeadamente fundos públicos, privados e contribuição dos parceiros internacionais de desenvolvimento (doações ou empréstimos). O PDAR será um instrumento de mobilização de recursos financeiros de diferentes fontes e guia de investimento no setor agrícola como também ferramenta de atração de recursos humanos necessário para desenvolver o setor agrícola.

13 PARTE I METODOLOGIA E ENQUADRAMENTO DO PDAR

14 CAPÍTULO 1: METODOLOGIA A elaboração deste Plano envolveu três etapas decisivos: i) Diagnósticos e estudos; ii) Análise e formulação do PDAR e; iii) Validação. Figura 1: Etapas para elaboração do PDAR Diagnóstico e estudos Análise e formulação Validação 1. Diagnóstico e estudos Na primeira fase foram conduzidos diagnósticos e estudos técnicos. Em paralelo fez-se a compilação dos documentos de suporte para a elaboração do PDAR e a sua estruturação, ou seja, a definição da estrutura e dos conteúdos. Foram realizados seguintes diagnósticos e estudos: Diagnóstico de Quinara: Atores, Projetos de Desenvolvimento/Investimento e Infraestruturas, Equipamentos e Serviços Nos meses de outubro de 2015 a setembro de 2016 foi elaborado o diagnóstico da região de Quinara, recorrendo a uma série de técnicas e ferramentas participativas, de modo a promover o papel de agente da comunidade no seu próprio desenvolvimento. O diagnóstico apresenta as seguintes informações: i) A análise de contexto do setor agrícola, incluindo uma análise de políticas e estratégias do setor, questões demográficas e étnicas da região; ii) Os projetos de desenvolvimento e/ou investimento implementados em curso e previstos; iii) A identificação de necessidades e oportunidades ao nível dos diferentes atores intervenientes e; iv) A identificação das infraestruturas, equipamentos e prestação de serviços agrícolas disponíveis às comunidades. Para cada ponto foram feitos análises de pontos fortes e fracos. Estudo do Zoneamento Agroecológico da região de Quinara Nos meses de fevereiro a julho de 2016 foi realizado um estudo de Zoneamento Agroecológico da região (ZAE) que permitiu analisar de forma aprofundada quanto possível as limitações climatéricas, de solos e topográficas da região de Quinara; a pluviosidade e a adequabilidade e produtividade das culturas-chaves da região; as terras com potencial produtivo, respetivas necessidades de irrigação, a produtividade da terra em função de culturas e a sensibilidade a condições climatéricas e impactos das alterações climáticas na produção cerealífera. Estudo sobre práticas aduaneiras no setor agroalimentar ao nível nacional e sub-regional Nos meses de março a maio de 2016 foi elaborado um estudo sobre práticas aduaneiras no setor agroalimentar a nível nacional e sub-regional da Guiné-Bissau com uma análise crítica do enquadramento legal, fiscal e aduaneiro aplicável aos bens agrícolas no país, tendo em consideração o quadro jurídico e institucional no qual se insere a Guiné-Bissau enquanto membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA). O Diagnóstico Agroeconómico O Diagnóstico Agroeconómico apresenta informações sobre: i) os principais produtos estratégicos que permitem aumentar e diversificar a produção agroalimentar para fazer face às

15 necessidades nutricionais das regiões alvo e do país; ii) caracterização das cadeias de valor estratégicas, orientadas para as necessidades do mercado e valorizadoras do empreendedorismo rural e dos produtos agrícolas nacionais; iii) principais circuitos comerciais atuais para escoar produtos das regiões alvo e sugestão de novos circuitos/circuitos alternativos, permitindo assim ter a perceção da disponibilização e do acesso aos principais produtos base de alimentação assim como da vulnerabilidade a que estão expostas as populações residentes das regiões-alvo. 2. Análise e formulação Paralelamente aos diagnósticos e estudos fez-se a identificação e organização da base referencial para o Plano. A organização dos documentos de referência nacional e sub-regional foi um processo difícil e moroso. Ocasionado por um lado pela dispersão dos documentos e por outro associado à sua qualidade, sobretudo os dados estatísticos, circunstâncias que acabaram por tornar o processo difícil e moroso. Apesar das dificuldades foram organizados os documentos importantes alusivos ao setor agrícola de referência nacional, sub-regional e internacional. Em simultâneo iniciou-se a estruturação do Plano e a definição dos conteúdos. Os documentos consultados serviram de base para elaboração do Plano, no entanto foi necessário realizar análises que permitissem definir e adaptar melhor a estrutura e organizar os conteúdos. Por meio da documentação recolhida de diferentes fontes fez-se uma análise das informações (identificação e priorização dos documentos). O principal objetivo desta fase era obter os elementos chave orientadores para elaboração do Plano. Assim, nesta fase deu-se particular atenção a aspetos de alinhamento com as políticas, estratégias e programas do Governo, o papel dos principais atores no setor agrícola e a caracterização geral da região. Os estudos e diagnósticos serviram de base para a análise descritiva da situação atual da região, em relação à dinâmica das atividades produtivas e a inter relação entre os diferentes atores, e destes no contexto. O PDAR foi formulado num modelo coerente, conceptualmente simples e pragmático, próximo do subjacente à Matriz de Enquadramento Lógico, com as devidas adaptações ao contexto em questão, por forma a permitir uma leitura e análise acessível a todos os destinatários. Por meio de um processo participativo foi definida a visão estratégica da região, consubstanciada em eixos estratégicos, transformados em objetivos e estes, por sua vez, em resultados esperados. Para o seu alcance foram identificadas ações prioritárias de desenvolvimento elegidas pelas populações envolvidas, tendo por base oportunidades de desenvolvimento reais e viáveis. Por forma a garantir uma abordagem sistémica e programática à implementação do PDAR e ao desenvolvimento agrícola na região, foi definido o Quadro Institucional para a Implementação, Monitoria e Avaliação dos Planos. Portanto, o PDAR encontra-se estruturado em três partes. Na primeira parte é apresentada a metodologia e o enquadramento do Plano. Na segunda parte é feita a caraterização geral da região de Bafatá, baseado nos dados geográficos e demográficos; aspetos gerais do setor agrícola da região; questões relacionadas com o meio ambiente; atores intervenientes na região; as infraestruturas, equipamentos e serviços existentes e aspetos comerciais. Na terceira

16 parte é apresentada a visão estratégica, os eixos estratégicos, os objetivos estratégicos; resultados e ações prioritárias. No final o quadro de implementação, monitoria e avaliação. 3. Validação Reconhecendo as especificidades e complexidades da elaboração do Plano, foi recorrido a uma abordagem cíclica que admitia espaço para analisar, discutir e introduzir as melhorias que se impõe em cada nível sempre que necessário, considerando a necessidade de ampla participação e apropriação do Plano por todos os atores intervenientes. Portanto, as versões de trabalho/ drafts do PDAR foram apresentadas e discutidas com representantes dos diferentes atores-chaves (autoridades locais, OSC, setor privado e comunidades) em encontros regionais. Os encontros permitiram a apresentação da metodologia seguido na formulação do Plano e fundamentação das opções efetuadas, bem como discussão inicial todos os atores. A validação do Plano foi feita em três níveis: i) nível das seções; ii) setor e; iii) MADR. Figura 2: Níveis de validação do Plano Seção Validação dos pré-pdar Setor Validação do pré-pdar setorial MADR Validação final do PDAR Nível das seções A nível comunitário (tabancas) foram realizados encontros de validação dos pré-pdar em 22 seções da região de Quinara. Participaram 247 tabancas, ou seja, no final dos encontros tomaram parte 983 pessoas, entre os quais 692 homens e 291 mulheres conforme a tabela abaixo. Tabela 1: Dados de encontro nas seções Nº Total Setor tabancas (H+M) Homens Mulheres Chefes tabanca Jovens Outros Tite Fulacunda Buba Empada Total: Nível dos setores Entre os dias 10 a 18 de outubro de 2016 iniciou-se, por um lado a validação do diagnóstico e por outro a elaboração do pré PDAR e a sua validação ao nível dos quatro (4) setores da região de Quinara. Após a validação do diagnóstico dos setores da região iniciou-se a elaboração dos pré PDAR para cada setor. Os representantes oficiais de cada setor em conjunto com os técnicos de DRA e OSC identificaram as necessidades de investimento em vários domínios da

17 agricultura para cada setor. No total foram realizados 8 encontros na cidade de Quinara com os convidados dos setores de Buba, Fulacunda, Tite e Empada. Participaram dos encontros os seguintes representantes: Participantes nos encontros de Quinara 1. Direção Regional de Agricultura; 2. Gabinete do Plano; 3. Administradores setoriais; 4. Adjunto dos administradores setoriais; 5. Representante da plataforma de Quinara; 6. Representante da RESSAN; 7. Representante de ANAG (agricultores); 8. Representante de CCIAS; 9. Representante de CDC-GB; 10. Associações locais. Nível do MADR No dia 14 de março de 2017, o PDAR de Quinara foi discutido e validado pelos técnicos do MADR. Na discussão e validação participaram os técnicos de diferentes especialidades do MADR afetos em Bissau e representantes da DRA de Quinara.

18 CAPÍTULO 2: ENQUADRAMENTO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA REGIONAL O Governo de Guiné-Bissau concebeu uma série de instrumentos, entre os quais políticas, estratégias e programas com o propósito de promover, de modo sustentável, o desenvolvimento do setor agrícola. Estes instrumentos, tomados em conjunto, formam o quadro orientador das ações inscritas no PDAR. Para uma melhor compreensão do enquadramento do PDAR, os documentos consultados foram hierarquicamente organizados em níveis: (i) estratégico; (ii) político; (iii) programas e; iv) planos. 2.1 ESTRATÉGIAS As questões relacionadas às estratégias estão refletidas no: i) Documento de Estratégia Nacional de Redução de Pobreza II (DENARP II) e; ii) Guiné-Bissau Plano Estratégico e Operacional Terra Ranka Documento de Estratégia Nacional de Redução de Pobreza II (DENARP II) O DENARP II ( ) é o quadro de referência para a planificação estratégica, programação e orçamentação das ações de desenvolvimento, assim como para o diálogo com os parceiros técnicos e financeiros. No DENARP II foram definidos quatro eixos estratégicos: i) fortalecer o Estado de Direito e as Instituições Republicanas; ii) reformar a Administração Pública e melhorar a gestão das finanças públicas; iii) promover o desenvolvimento económico durável e; iv) melhorar a qualidade de prestação de serviços nos setores sociais. O eixo 3, promover o desenvolvimento económico durável, tem como principais prioridades: a) apoiar e acompanhar o desenvolvimento das fileiras promissoras no setor agrícola assim como o turismo; b) acelerar o desenvolvimento das infraestruturas económicas básicas, incluindo as energéticas e de transportes e; c) desenvolver as capacidades institucionais, técnicas e financeiras que permitam ao país fazer face as catástrofes climáticas Guiné-Bissau Plano Estratégico e Operacional Terra Ranka A meta da Guiné-Bissau é desenvolver a sua produção, aumentar as rendas agrícolas e garantir a autossuficiência alimentar. Foram elaboradas estratégias setoriais específicas para o caju, o arroz, a criação de animais e horticultura. Para as apoiar três programas transversais e complementares serão implementados, a saber: i) reforma e fortalecimento institucional do setor agrícola; ii) gestão sustentável dos ecossistemas agro-pastoris e; iii) reforço do dispositivo de apoio ao setor agrícola.

19 Outras fileiras agrícolas Plano de autossuficiên cia do arroz Plano do caju Apoio à agricultura Tabela 2: Resumo dos domínios e programas do Terra Ranka (Agricultura) Domínio Programa Projeto Reformas e reforço institucional Reforço da capacidade do setor agrícola Otimização e valorização da cadeia de valor do caju Reabilitação infraestruturas Melhoria do rendimento e Apoio institucional e coordenação setorial à agricultura e agroindústria. Estatística agrícola. Pesquisa e aconselhamento agrícola. Laboratório de referência para a agroindústria. Implementação do plano do caju (com apoio de um parceiro técnico especializado): 1. Apoio à produção 2. Apoio à transformação 3. Apoio à comercialização Autossuficiência alimentar promoção das fileiras da produção vegetal (incluindo reabilitação de bas-fonds pluviais e mangroves para a produção orizícola). Apoio à produção, certificação e aprovisionamento em sementes e cereais. Horticultura Reabilitação de 550 ha de perímetros hortícolas (PNIA). Para além dos programas específicos para agricultura, o Terra Ranka preconiza que a estratégia da Guiné-Bissau 2025 transformará o mapa económico do país, originando nove polos económicos: Bissau, Bolama-Bijagós, Biombo, Cacheu, Farim, Bafatá, Gabú, Catió e Buba. O Terra Ranka prevê que em 2025 Buba será uma plataforma logística e um polo agrícola e haliêutico dinâmico. Segundo esse documento Buba deverá tornar-se um importante polo económico de produção e exportação de arroz, de caju e de produtos da pesca, e talvez com o tempo, uma importante plataforma logística regional de produtos de mineração. Segundo estudos que irão ser realizados, Buba e Pikil deverão substituir Bissau como principais portos de exportação. 2.2 POLÍTICAS Fazem parte da política agrária os seguintes documentos: Carta da Política de Desenvolvimento Agrário (CPDA), Regional Agricultural Policy for West Africa (ECOWAP) e o Código de Investimento (genérico).

20 2.2.1 Carta da Política de Desenvolvimento Agrário A Carta da Política de Desenvolvimento Agrário (CPDA) foi criada em 1997 e revista em A partir dessa data, tanto quanto foi possível apurar, não houve novas atualizações. A CPDA pretende apresentar de forma coerente as diferentes políticas subsetoriais (agricultura, pecuária e floresta) e as suas interações com outros setores, em especial os da pesca, obras públicas, ambiente, educação, promoção feminina e comércio. Apresentou-se como uma ferramenta de coordenação e harmonização do conjunto das atividades do setor agrícola. De acordo com a CPDA, os objetivos gerais em matéria de política agrícola são os seguintes: a) Garantir a segurança alimentar; b) Aumentar e diversificar as exportações agrícolas; c) Assegurar a gestão racional da preservação dos recursos agro-silvo-pastoris; d) Melhorar as condições de vida das populações rurais. Estes quatro objetivos deverão permitir: O crescimento da produção alimentar per capita; O reforço da disponibilidade dos produtos alimentares (mercados e armazenamento); Melhoria do rendimento das populações e do acesso financeiro a produtos alimentares; Preservação do capital nacional de recursos naturais (floresta, solos, água e pesca) através de um nível apropriado de exploração. Cabe ao GAPLA o seguimento da política agrícola, através dos relatórios das Direções Gerais e os relatórios de seguimento dos projetos, tanto públicos como das ONG s Regional Agricultural Policy for West Africa A ECOWAP é o acrónimo da Política Agrícola Regional utilizada nas línguas oficiais da CEDEAO que inclui Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné- Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo. ECOWAP possui seis domínios de ação prioritários com base na sua capacidade para ajudar a reduzir a pobreza e a insegurança alimentar e contribuir para a integração, bem como a sua viabilidade a médio prazo. As seis áreas prioritárias estão resumidas abaixo: 1. Melhoria da gestão da água, através da: (i) promoção da irrigação e; (ii) gestão integrada dos recursos hídricos; 2. Melhoria da gestão de outros recursos naturais, através de: (i) transumância organizada e desenvolvimento de pastagens; (ii) gestão sustentável dos recursos florestais; (iii) gestão sustentável dos recursos haliêuticos; 3. Desenvolvimento agrícola sustentável ao nível das explorações, através de: (i) gestão integrada da fertilidade do solo; (ii) melhores serviços de apoio aos produtores; (iii) divulgação de tecnologias melhoradas; 4. Desenvolver as cadeias de aprovisionamento agrícola e promover os mercados: (i) desenvolvendo as diferentes cadeias de abastecimento (culturas alimentares, agricultura urbana, culturas de exportação, criação de gado de ciclo curto, produtos alimentares agroflorestais, pesca artesanal e piscicultura); (ii) desenvolver operações de processamento, (iii) fortalecer os serviços de apoio aos operadores; (iv) promover o comércio nacional, internacional e regional;

21 5. Prevenção e gestão de crises alimentares e outras catástrofes naturais: (i) através da promoção de sistemas de alerta rápido; (ii) desenvolvimento de sistemas de gestão de crises; (iii) apoio à recuperação de áreas atingidas pela crise e; (iv) compensação; 6. Construção de instituições através de: (i) abordagens sensíveis ao género; (ii) apoio à capacitação na formulação de políticas e estratégias agrícolas e rurais; (iii) financiamento de longo prazo para a agricultura; (iv) comunicação; (v) capacitação em coordenação e; (vi) capacitação em monitoramento e avaliação Código de Investimento O código de investimento é um instrumento para atrair e garantir os investimentos na República da Guiné-Bissau e aplica-se indiscriminadamente aos investimentos, independentemente do setor do exercício de atividades ou de qualquer distinção de outra natureza, à exceção de empresas exclusivamente de pesquisa e de exploração petrolífera e mineira. Através do Código de Investimento, o Estado garante algumas condições de investimentos. Ainda o Estado pode, sempre que se fizer necessário, buscar junto à Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) e outras entidades multi ou bilaterais semelhantes, as garantias adicionais necessárias à realização de investimentos no país, estando o Governo autorizado a fazê-lo, observadas as normas pertinentes da MIGA. Através do Código de Investimento todos os investidores têm direito a um incentivo, representado por um Crédito de Imposto, correspondente a um percentual do valor de cada novo investimento realizado e contabilizado como ativo fixo da empresa recetora do investimento, que será deduzido do montante total a ser pago a título de Contribuição Industrial durante cada exercício. O valor do referido incentivo é obtido pela aplicação de um percentual fixo correspondente a 30% (trinta por cento) do montante de cada novo investimento registado na contabilidade da empresa recetora do investimento, sendo considerados, para o efeito da base de cálculo do incentivo a ser concedido, os investimentos realizados e contabilizados pela empresa, a partir desta data, como ativo fixo em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, com exceção de investimentos feitos pela conferência de bens incorpóreos, os quais não serão considerados na determinação da base de cálculo. Sempre que a lei não o proíba, as empresas podem acumular não só os incentivos previstos neste código, mas também os previstos noutros diplomas. Da mesma forma, os incentivos ao investimento previstos noutros diplomas ou por convenções ou acordos escritos já existentes e concedidos aplicam-se de pleno direito. 2.3 PROGRAMAS Foram consultados três programas de referência: i) Programa de governação para a IX Legislatura ( ) os anos da Guiné-Bissau ; ii) Programmes Régionaux d Investissement Agricole (PRIA) e; iii) PNIA que orienta os investimentos no setor agrícola.

22 2.3.1 Programa de governação para a IX Legislatura ( ) os anos da Guiné- Bissau Domínio da Agricultura e Desenvolvimento Rural O MADR é o departamento governamental ao qual compete formular, propor, coordenar e executar as políticas do Governo para o setor agrário, incluindo os setores das florestas e fauna. Para a IX legislatura o governo pretende garantir: O ordenamento hidroagrícola de 25 mil hectares de mangrove e de bas-fond (10 e 15 mil hectares, respetivamente), até o ano agrícola 2018/2019, visando o aumento da produção e produtividade do arroz local; Promover a intensificação e diversificação da produção de culturas alimentares (cereais, raízes, tubérculos, horto frutícolas, leguminosas etc.; Aumentar, intensificar e diversificar as áreas cultivadas dos produtos agrícolas de renda designadamente o algodão, gergelim (sésamo), frutas e amendoim, aumentando a sua participação nas receitas de exportação, conjuntamente com as receitas de produtos extrativos, mel, cera e coconote, diminuindo a dependência face a castanha de caju; Assegurar uma gestão racional do património natural (florestas, solos, água e biodiversidade) visando um desenvolvimento económico durável e autossustentável, redutor da pobreza e disciplinador do saneamento, o que implica o condicionamento das ajudas públicas à utilização de práticas agrícolas favoráveis ao ambiente (eco condicionalidade); Realizar a zonagem agroecológica do país; Estabelecer mecanismos de apoio à produção, comercialização, transformação, armazenamento e conservação dos produtos alimentares e de renda; Apoiar o reforço do desenvolvimento rural, à proteção do ambiente, à qualidade dos produtos e à segurança alimentar; Apoiar a valorização da multifuncionalidade associada às explorações agrícolas e florestais; Elaborar um estudo que aperfeiçoe os mecanismos que devem integrar os modelos de microcréditos e cofinanciamento de ajudas diretas visando apoiar as associações camponesas, os ponteiros e as culturas de exportação, modulado em função da utilização das poupanças. Ainda estão definidas ações no plano institucional e administrativo, na área produtiva agrária e do desenvolvimento rural e no domínio de Segurança Alimentar e Nutricional Programa Nacional de Investimento Agrícola O PNIA foi revisto em 2014 seguindo as orientações do PDDAA e NEPAD que identificaram quatro grandes temas que têm por finalidade acelerar o crescimento agrícola, reduzir a pobreza e alcançar a segurança alimentar e nutricional. Retiraram-se os pilares relacionados a pecuária e pesca do PDAR: Pilar 1: Aumentar de forma durável as superfícies cultivadas e com sistemas de controlo da água fiáveis;

23 Pilar 2: melhorar as infraestruturas rurais e as capacidades comerciais para facilitar o acesso aos mercados; Pilar 3: aumentar o aprovisionamento em produtos alimentares, reduzir a fome, e melhorar as estratégias e paliativos em casos de urgência alimentar; Pilar 4: melhorar a pesquisa agrícola, a adoção e difusão de tecnologias. Apresentam-se de seguida os subprogramas diretamente relacionados com o setor estritamente agrícola. Tabela 3: Resumo dos subprogramas, componentes e ações do PNIA SUBPROGRAMAS COMPONENTES AÇÕES 3.1. Promoção das fileiras de produção vegetal 3.4. Gestão durável dos recursos naturais (água, solos e florestas) 3.5. Pesquisa e Conselhos agrícolas 3.6. Reforço institucional e coordenação setorial Componente 1: Infraestruturas rurais Componente 2: Desenvolvimento das fileiras das culturas alimentares Componente 3: Promoção das culturas de exportação Componente 1: Gestão integrada dos recursos hídricos Componente 2: Gestão durável da fertilidade dos solos Componente 3: Gestão durável dos recursos florestais Componente 1: Reforço dos serviços de suporte aos produtores Componente 2: Suporte ao desenvolvimento das inovações tecnológicas Componente 1: Melhoria do ambiente institucional do setor agrícola Componente 2: Reforço das capacidades dos atores do setor agrícola Ação 1: Ordenamentos hidroagrícolas Ação 2: Desencravamento das zonas de produção Ação 3: Construção e reabilitação de armazéns e de infraestruturas de comercialização Ação 1: Fileiras cerealíferas Ação 2: Desenvolvimento de raízes e tubérculos Ação 3: Horticultura Ação 4: Produtos agroflorestais alimentares Ação 1: Apoio ao desenvolvimento da fileira do caju Ação 2: Apoio à diversificação das exportações dos produtos agrícolas Ação 1: Atualização dos dados do Esquema Diretor da Água Ação 2: Inventário dos potenciais em água dos principais rios do país Ação 3: Gestão integrada dos recursos hídricos nos pequenos vales Ação 4: Pesquisa, acompanhamento, vulgarização de técnicas de otimização da irrigação Ação 1: Gestão integrada da fertilidade dos solos (GIFS) Ação 2: Recuperação e correção das terras degradadas Ação 1: Inventário florestal Ação 2: Ordenamento das florestas Ação 3: Gestão dos recursos florestais Ação 4: Herbário nacional da flora Ação 5: Apoio institucional Ação 1: Apoio às parcerias Produtores Pesquisa Ação 2: Reforço das capacidades dos serviços agrícolas e das organizações camponesas Ação 1: Apoio à pesquisa e a difusão de novas tecnologias Ação 2: Apoios institucionais Ação 1: Melhoria do quadro institucional e organizacional do MADR Ação 2: Criação de mecanismos favoráveis para o desenvolvimento do setor Ação 1: Construção, reabilitação e equipamento das instituições públicas agrícolas Ação 2: Reforço das capacidades técnicas Ação 3: Apoio à melhoria do quadro institucional e organizacional das organizações profissionais agrícolas Ação 4: Criação de um mecanismo permanente de

24 Componente 3: Prevenção e gestão das crises alimentares Componente 4: Melhoria do ambiente comercial recolha e tratamento de dados estatísticos agrícolas e de difusão de informações Ação 1: Criação de mecanismos que gerem a segurança alimentar e nutricional Ação 2: Melhoria da governação à volta da alimentação e da segurança alimentar Ação 1: Promoção do comércio Ação 2: Reforço das capacidades dos serviços de apoio aos operadores comerciais Programmes Régionaux d Investissement Agricole (PRIA) O programa agrícola de CEDEAO foi adotado em janeiro de 2005, em Accra, depois de um processo participativo longo que envolveu todas as partes interessadas na região. Este programa, PRIA, tem como objetivo central atender de forma sustentável às necessidades alimentares da população, ao desenvolvimento económico e social e à redução da pobreza em Estados-Membros e ainda à redução das desigualdades entre territórios, regiões e países. O objetivo geral do PRIA encontra-se organizado em sete objetivos específicos: 1. Proteção alimentar da população; 2. Redução da dependência alimentar numa perspetiva de soberania alimentar; 3. Integração dos produtores aos mercados; 4. A criação de emprego, garantia da renda e melhoria das condições de vida populações rurais e serviços rurais; 5. A intensificação sustentável dos sistemas de produção; 6. A redução da vulnerabilidade das economias da África Ocidental e; 7. A adoção de mecanismos de financiamento adequados. 2.4 PLANOS A região de Quinara possui um plano denominado Plano de Desenvolvimento Regional elaborado em Plano de Desenvolvimento Regional de Quinara O Programa de Desenvolvimento Regional (PDR) de Quinara foi desenvolvido em Apesar de nunca ter havido uma aprovação oficial, é um documento que foi servindo de base ao trabalho na região. Em baixo apresenta-se um quadro do que foi considerado prioritário para o domínio da agricultura e pecuária e também para o comércio e atividades económicas. Domínio da Agricultura e Pecuária Em conformidade com Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) Erradicar a pobreza extrema e a fome e o DENARP, o plano estratégico regional visa reduzir a metade a proporção de pessoas que sofrem de fome. Para isso, os eixos seguintes foram retidos e foram identificadas as respetivas estratégias.

25 Tabela 4: Síntese do Plano de Desenvolvimento Regional de Quinara (domínio da Agricultura e Pecuária) Eixo Estratégia Atividades Prioritárias Setor Tabanca Situação Domínio da Agricultura e Pecuária Drenagem e melhoramento de Lusse, Bissassema, Gã Pedro Tite bolanhas e Nam Melhoramento de bas-fonds de Foia Tite água doce Revitalizar as potencialidades locais nomeadamente as bolanhas e lalas Facilitar o acesso dos camponeses aos equipamentos, materiais e produtos fitossanitários para melhorar a produção Segurar as produções através da conservação e da transformação Favorecer a comercialização Melhoramento / drenagem de bolanhas e lalas Facilitar a criação de lojas de equipamentos e insumos Criar armazéns de stocks Promover as unidades de transformação de castanha, tomate, peixe, etc. Criar e promover os lumos Apoiar as estratégias das mulheres através do acesso ao crédito Melhoramento de bas-fonds (construção de diques e obras hidráulicas) Reabilitação de bolanhas salgadas (drenagem e construção de diques) Melhoramento de bas-fonds (diques) em Ntebe, de Ntebe a N casol e abertura de canal de saída de agua Construção do dique em Banta, Gambil Balanta e Bulem Samba Drenagem de bolanhas e melhoramento de bolanhas e lalas Criação de unidades de transformação de castanha de caju Empada Empada Buba Buba Fulacunda Empada Caur de Cima, Paiuncos, Mui, São Miguel, Ga-Cumba, Caur de Baixo Can Tebe Banta Bulem Samba Fulacunda, Dodock, Cubambol, Djondi, Bani, Biangha Trabalho realizado anualmente LVIA Centros de Serviços Rurais ADPP Criados os lumos de Fulacunda (2014), Buba (2013), Nova Sintra (2012) 24

26 Tabela 5: Síntese do Plano de Desenvolvimento Regional de Quinara (domínio da Agricultura e Pecuária) (Cont.) Eixo Estratégia Atividades Prioritárias Setor Tabanca Situação Domínio do Comércio e das Atividades Económicas Garantir a saúde dos gados Promover o acesso ao crédito Melhorar as condições das infraestruturas dos mercados e lumos Formar auxiliares veterinários locais Promover a instalação duma farmácia veterinária na região Melhorar o acesso a agua para os gados através da instalação de bebedouros Redinamizar e criar caixas locais de poupança e credito Formar os agrupamentos de mulheres em gestão, crédito e contabilidade Reparar o mercado de Buba Melhorar os espaços destinados aos lumos Formação de auxiliares veterinários pela Direção Geral de Veterinária DIVUTEC Reparação do mercado de Buba Buba Realizado Informação Educação Comunicação (IEC) sobre oportunidades económicas IEC sobre cadeias de mercado, organização de associações, valorização da castanha, crédito e poupança, etc. 25

27 PARTE II CARATERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO 26

28 CAPÍTULO 3: APRESENTAÇÃO DA REGIÃO DE QUINARA 3.1 Geografia A região de Quinara é uma das três regiões do Sul do país, com uma área de 3.138,4 km 2. Faz fronteira a Leste com Tombali e Bafatá, a Norte é limitada pelo canal do Geba, a Sul com o Cuduco e a Oeste é rodeada pelos rios Cuduco e Tombali. A região de Quinara tem uma população de habitantes e uma densidade populacional de 19,36 hab./km 2 (INE, 2009). A Lei n 4/97 de 2 de dezembro, publicada no Suplemento do Boletim Oficial n 48, estabelece a organização política administrativa do território da Guiné-Bissau. Conforme a Lei n 4/97, administrativamente a região está dividida em quatro setores: Buba, Fulacunda, Tite e Empada 5. Figura 3: Representação geográfica da região de Quinara Setor Nº Hab. Área (km 2 ) Fonte: INE, 2009 Densidade Populacional (hab./km 2 ) Buba Fulacunda ,3 12,3 Tite ,25 Empada ,4 22,5 Administrativamente o país está dividido em 8 regiões e 1 setor autónomo. As regiões estão, por sua vez, divididas em setores e estes em seções, compostas por tabancas (aldeias). Existem duas formas de divisão ao nível das seções: i) divisão política e administrativa. Para a elaboração deste Plano foi utilizadao a divisão administrativa das seções. Administrativamente o país está dividido em 8 regiões e 1 setor autónomo. As regiões estão por sua vez divididas em setores e estes em secções, compostas por tabancas (aldeias). Existem duas formas de divisão ao nível das seções: uma divisão política e uma divisão administrativa. Para a elaboração deste Plano foi utilizado a divisão administrativa das secções. Tabela 6: Listagem das seções da região de Quinara Setores Seções administrativas Buba N'tunghane, Buba, Banta, Nhala, Ndjasane e Bacar Conté Empada Madina de Baixo, Can (pertence Batambali), Darsalam, Caur de Baixo, Empada e Farancunda Fulacunda Fulacunda (Lamane), Gã Pará, Braia, Cubambol, Gandjatra E Gã-Formoso Tite Brandão, Djabada porto, Bissasma de baixo E Tite 3.2 Dados demográficos De acordo com os dados do INE (2009) o setor de Buba é o setor com maior percentagem da população urbana. Nos outros setores predomina a população rural. 5 A Lei n 4/97 de 2 de Dezembro, publicada no Suplemento do Boletim Oficial n 48, estabelece a organização política administrativa do território da Guiné-Bissau. 27

29 Figura 4: Distribuição da população rural e urbana na região de Quinara Urbano Rural Fonte: INE, Buba Tite Fulacunda Empada A população ativa pelos três setores de atividade: primário (agricultura, pecuária e pesca, etc.), secundário (indústria) e terciário (serviços). Segundo os dados do INE (2009), nem toda a população ativa está na realidade ocupada. Os dados aqui apresentados, apesar de serem dados oficiais, levantam algumas dúvidas, uma vez que não refletem o conhecimento de campo que foi adquirido. O gráfico da região mostra-nos que menos de um quarto da população está no setor primário e que a população total representada no gráfico é cerca de 20% da população ativa com mais de 15 anos. A leitura dos gráficos seguintes deve ser feita com cautela. Figura 5: Distribuição da população ativa da região de Quinara por setor de atividade Terceário 73% Primário 22% Secundário 5% Fonte: INE, 2009 A seguir é apresentada a distribuição da população ativa pelos 3 setores de atividade nos etores regionais, sendo os setores de Tite, Empada e Fulacunda os setores em que mais de 80% da população ocupada se dedica ao comércio. Figura 6: Distribuição da população ativa por setor de atividade por setor Buba Tite 5%1% 41% 48% 11% 94% 28

30 Fulacunda Empada 0% 13% 4% 100% 83% Legenda: Fonte: INE, 2009 Primário Secundário 3.3 Composição religiosa e étnica Na região de Quinara a religião predominante é a muçulmana, estando 30% da população associada a esta crença. As religiões cristãs e animistas representam menos de 17% da população, 13% e 4% respetivamente. Figura 7: Composição religiosa da região de Quinara Animista; 3767 ND; Muçulmano; Fonte: INE, 2009 Sem religião; 4289 Cristão; Outra religião; 2 Na região de Quinara, em termos de representação numérica, existem dois principais grupos étnicos, as etnias Beafada (37%) e Balanta (35%), que conjuntamente representam 72%. Figura 8: Composição étnica da região de Quinara Mansoanca 4% Beafada 37% Outros 2% Balanta 35% Fonte: INE, 2009 Bijagós 2% Papel 3% Mancanha 1% Manjaco 3% Fula 8% Mandinga 5% 29

31 A tabela 7 apresenta a distribuição dos principais grupos étnicos existentes em cada seção. Esta informação foi recolhida junto dos participantes locais durante as sessões das oficinas, elaboração e validação dos PDAR nos setores. Tabela 7: Distribuição das etnias por seção na região de Quinara Setores Seções administrativas Etnias N'tunghane Beafadas, Balantas e Mansoncas Buba Beafada, Fula e Balanta Buba Banta Balantas, Mansoncas Nhala Fula, Balantas e Beafadas Ndjasane Beafadas e Balantas Bacar Conté Beafadas e Mandingas Madina de Baixo Beafadas, Bijagós e Papeis Can (pertence Batambali) Beafadas, Balanta e Papeis Empada Darsalam, Beafadas, Balantas e Bijagós Caur de Baixo Beafadas, Balantas, Manjacos e Bijagós Empada Beafadas, Manjacos, Mandingas e Fulas Farancunda Beafadas, Mansoncas e Balantas Fulacunda (Lamane) Beafadas, Balantas e Manjacos Gã Pará Beafadas e Balantas Fulacunda Braia Beafadas e Balantas Cubambol Beafadas e Balantas Gandjatra Beafadas Gã-Formoso Balantas, Beafada e Papeis Brandão Beafada e Balanta Tite Djabada porto Balanta e Papeis Bissasma de baixo Balanta e Papel Tite Balanta, Beafada, Mandinga e Fulas 3.4 Género Género refere-se aos atributos sociais, comportamentais, culturais e normas construídos pela própria sociedade. Estes atributos não favorecem a mulher em relação ao homem, nem as meninas em relação aos rapazes, pelo contrário, impõem regras que não apoiam as mulheres em ter a igualdade de oportunidades, os mesmos direitos que os homens têm à educação, ao emprego e à tomadas de decisão. Na Guiné-Bissau o aspeto da equidade entre os géneros não é suficientemente tomado em consideração na luta contra a pobreza, nem na garantia da segurança alimentar. O desenvolvimento do setor agrário tem sido objeto de insuficiente atenção, sobretudo no que diz respeito ao papel das mulheres no desenvolvimento, devido ao lugar demasiado fraco que lhes é reservado nos programas. Nas comunidades rurais, dependendo das etnias, as mulheres têm responsabilidades e tarefas diferentes das dos homens. Estes responsabilizam-se pelos cultivos em larga escala enquanto as mulheres são responsáveis pelas culturas de pequena escala e são garante de alimentos para a família. Elas são a mão-de-obra de uma grande parte do trabalho agrícola. As mulheres desempenham um papel fundamental na agricultura, onde a quota feminina (55% do trabalho) é superior à masculina (Ministério da Economia, do Plano e Integração Regional, 2010). 30

32 As mulheres dão uma contribuição importante para o crescimento económico, através do desenvolvimento da produção agrícola (arroz, colheita da castanha de caju e horticultura) e dos processos de conservação e de transformação de vários produtos naturais e agroalimentares. Tal como em qualquer parte do mundo, as mulheres são as únicas responsáveis por preparar as refeições e cuidar do estado nutricional das suas famílias. Desempenham um papel importante no setor informal tanto nos centros urbanos como rurais, especialmente no comércio. Segundo o Ministério da Economia, do Plano e Integração Regional (2010), 77,1 % das mulheres ativas estão ocupadas no setor primário, e cerca de 23% no setor terciário (serviços) principalmente no comércio. Elas representam 49% da população ativa no meio rural, fornecem mais de 55% do trabalho agrícola. A contribuição das mulheres para o desenvolvimento socioeconómico no país está a ganhar maiores dimensões com as mudanças verificadas no mundo rural, catalisadas pelo fenómeno do êxodo rural, a emigração dos cônjuges, a educação dos jovens e a crescente procura por força de trabalho. Em acréscimo, as mulheres nas zonas rurais vivem num contexto sociocultural e económico difícil, penalizadas pela sua cultura e tradição que ditam as condições da sua participação na sociedade. Confrontadas com a urgência de satisfazer as suas necessidades diárias e as das suas famílias, vêm-se quase impossibilitadas em investir no reforço das suas capacidades e conhecimento e de participar plenamente na tomada de decisão sobre assuntos de interesse no seio da família e a nível comunitário. Elas sentem-se particularmente fragilizadas devido à falta de oportunidades de escolarização, de acordo com a UNESCO 6, a taxa de literacia na Guiné- Bissau é de cerca de 60%, (72% dos homens literados versus 48% das mulheres). Elas adquirem os seus conhecimentos e experiências através de sua vontade de aprender com a prática e por repetição. A taxa de alfabetização das mulheres é cerca de 20%, ilustrando o acesso muito limitado das meninas e mulheres à educação. Apenas 37,5% das crianças nas escolas primarias são meninas. Ainda que as suas atividades contribuam para a melhoria do nível de vida das famílias e para o PIB, o nível da sua produção e produtividade continua fraco por várias razões, com realce para as dificuldades de acesso aos fatores de produção. Um dos problemas que as mulheres enfrentam é a dificuldade do acesso à terra. De facto, como na maioria das sociedades rurais, o acesso à terra é reservado aos homens, o chefe de família decide o uso da terra e dá pequenas parcelas às suas mulheres. Somente as viúvas, por vezes, têm o direito de gerir a terra em nome dos seus filhos (DENARP II, 2011). Ao abordar a questão de género neste PDAR, foi-nos permitido constatar que apesar da importância da contribuição das mulheres, nas zonas rurais, elas são marginalizadas do conjunto de ações destinadas ao desenvolvimento da comunidade. As várias auscultações nas sessões de restituição do diagnóstico mostram disparidades significativas contra as mulheres, apesar das declarações perante a lei, dos princípios de igualdade entre homens e mulheres e o dever de inclusão de género em todos os documentos de políticas, e programas nacionais. Além de sua desvantagem na educação e na alfabetização, as mulheres também sofrem de uma desvantagem em termos de tempo de trabalho, devido à combinação de responsabilidades familiares e atividades produtivas. O seu trabalho é dificultado ainda por serem executados com material e equipamentos rudimentares e pelas condições precárias do processamento de alimentos. 6 UNESCO. 31

33 Por isso, pretende-se neste PDAR, para cada ação a realizar na base de soluções equitáveis, sejam colocadas as seguintes questões: Quem faz o quê? Quais são os papéis dos homens, das mulheres e dos jovens? Quais são as necessidades, prioridades, interesses, responsabilidades e constrangimentos dos homens, mulheres e jovens? Quem possui e controla os diferentes recursos? Quem toma as decisões relativas às diferentes atividades agrícolas? Quem se apropria dos benefícios (homens, mulheres, jovens)? Quem ganha? Quem perde? Quem tem acesso? Uma resposta exaustiva a estas e outras questões pertinentes permitirão identificar as disparidades existentes no seio das diferentes comunidades étnicas, caracterizar o papel da mulher e propor soluções participativas aos problemas encontrados. Nessa ótica as mulheres pequenas agricultoras passariam a ter: Acesso a uma assistência técnica de proximidade, mais rápida, eficaz e que responda às suas necessidades objetivas e imediatas; Dispor de muito mais tempo para outras atividades familiares, sociais ou económicas, libertando-as de tarefas penosas e fisicamente difíceis; Acesso ao sistema financeiro de poupança e crédito, naquilo que já deram provas, e ganharam confiança de toda a comunidade pelo cumprimento de reembolsar o que pedem emprestado; Reforçadas suas capacidades nas suas Associações em termos organizativos e técnicos e serem alfabetizadas. Ao dar prioridade às mulheres, deve ser evitado a "feminização da agricultura", isto é, evitar cair na armadilha de impulsionar a predominância de mulheres e a diminuição simultânea da presença de homens, tendência que poderia resultar numa sobrecarga para elas e por isso desde o início da intervenção é importante encorajar a distribuição equitativa dos trabalhos, com a inclusão dos homens. O género é um elemento da política que encontra terreno favorável nas zonas urbanas, tendo em conta as reformas na legislação do direito positivo. Nas zonas rurais-étnicas, o principal obstáculo reside nos valores culturais e regras costumeiras, na organização social e na tecnologia. No entanto, a séria desestruturação dos sistemas de poder e de organização social no mundo rural pode vir a constituir um terreno propício à introdução de inovações, na perspetiva do género 7. Maior parte da população em Quinara é feminina, representam 51% da população. A tabela abaixo ilustra a disparidade entre homens e mulheres no domínio de alfabetização e instrução. Tabela 8: Comparação de taxa de alfabetização e instrução entre homens e mulheres Indicadores Homens Mulheres População com 5 e + anos, sem saber ler/escrever 8,204 15,477 População entre 6-11 anos que frequentam escola 3,639 3,138 População no nível primário 11,076 7,136 População no nível secundário e superior 2, População de 3 a 19 anos em abandono escolar Fonte: INE, República da Guiné-Bissau. Conférence Régional sur la Problématique Foncière AU Sahel (Bamakou (Mali). Comunicação da Guiné- Bissau. 32

34 CAPÍTULO 4: CARACTERIZAÇÃO GERAL DO SETOR AGRÍCOLA 4.1 Produção agrícola A caracterização do setor agrícola que aqui se faz baseia-se em informação recolhida junto da Direção Regional de Agricultura de Quinara. Tanto quanto foi possível saber, os últimos dados estatísticos (censos) relativos à produção são de 1995, não tendo desde então havido nenhuma atualização. As principais culturas atualmente são: arroz, feijão, mancarra, castanha de caju, inhame, batata-doce, mandioca, mango, banana, laranja, limão e óleo de palma. No passado fez-se ananás e fundo, mas devido à falta de sementes e à dificuldade do acesso aos mercados, a sua produção tem vindo a diminuir. Em termos de práticas culturais, as principais alterações que se têm vindo a verificar são o aumento da mecanização, através da introdução de tratores e motocultivadores, e o aumento da área de caju. Como foi referido no início, o último censo agrícola foi realizado em Porém, o GAPLA tem recorrido a estimativas de produção com base em inquéritos anuais à produção agrícola, feitos com base numa amostra das explorações. Para a realização dos inquéritos é utilizada a seguinte técnica de amostragem: no campo do inquérito, constituído pelo conjunto das zonas agrícolas com exceção do Setor Agrícola de Bissau (SAB), um plano de amostragem a 2 graus é aplicado independentemente em cada Setor (cada Setor constitui um estrato). As unidades do 1.º grau são constituídas pelos Distritos de Recenseamento (DR) para os quais existem listas de explorações, que constituem o segundo grau. Assim, faz-se uma primeira amostragem de DR e depois, de cada um desses selecionam-se 5 explorações agrícolas as quais vão então ser inquiridas. Tabela 9: Culturas, produção, área e rendimentos Culturas Produção em ton. Área de produção (ha) Arroz (Pam pam) Arroz (Bas-fond) Arroz (Mangrove) Total arroz: Milho bacil Milho cavalo Milho preto Fundo Total cereais secos: Total cereais: Inhame Batata doce Mandioca Manfafa Mancarra Feijão Fonte: GAPLA, 2016 Durante os encontros nas seções os participantes apontaram informações sobre os produtos mais produzidos e comercializados nas suas seções (Vide Anexo 7). Ao longo do tempo têm-se verificado as seguintes alterações de produção: Ligeiro aumento da mecanização, através da introdução de tratores e motocultivadores; 33

35 Aumento da área de caju; Aumento do ataque de pragas, consequentemente maior uso de controlo químico (inseticida); Aumento de áreas de produção de pam pam; Aumento de queimadas para abertura de novas áreas agrícolas; Ligeiro aumento das áreas de perímetros hortícolas. 4.2 Questões da monocultura e diversificação A monocultura é a produção de um único tipo de produto agrícola, geralmente ocupando grandes áreas (latifúndios). Na Guiné-Bissau a monocultura do caju, anacardium occidentale, como cultura de renda, é dominante no país, tanto em termos de superfície, como em termos de quantidade de exportação. Ocupa cerca de 50% de áreas cultiváveis e aproximadamente 5 % do total da superfície terrestre do país, o que corresponde a hectares, com probabilidades de aumento em 6% ao ano, conforme registos do período 1994 a 2013 (Banco Mundial, 2015). A produção total anual ronda as 150 a 200 mil toneladas, das quais a maioria é exportada e uma quantidade ínfima é transformada e vendida localmente. A economia do país está extremamente dependente da monocultura do caju e da exportação da castanha de caju. Em termos comerciais é dos produtos mais importantes da Guiné-Bissau e tem um papel decisivo na economia, tanto ao nível micro como macro. Cerca de 80% da população depende da venda da castanha de caju, razão pela qual as florestas naturais estão a ser substituídas por plantações de cajueiros e a dar lugar a uma monocultura cuja produção e comercialização aporta rendimentos económicos, sobretudo às famílias camponesas. O caju é cultivado principalmente por pequenos produtores, que plantam uma média de 2 a 3 hectares de terreno cada, com uma produção média de caju bruto /habitante /ano estimada em cerca de 53 kg. Raramente se encontra uma família guineense que não possua cajueiros, buscando contornar a situação de outros sistemas de produção agrícola que se tornaram frágeis em todas as regiões do país. Estes sistemas são fortemente dependentes das chuvas, que têm vindo a diminuir nos últimos anos, apresentam uma degradação progressiva dos seus solos e, consequentemente, diminuição da área de cultura e de rendimentos unitários. A destruição dos diques de cintura, feitos para impedir a entrada de água salgada nas bolanhas, contribui para a perda de terrenos aráveis de produção orizícola. A produção de outros produtos alimentares (cereais, raízes, tubérculos, mancarra e feijão) não é significativa, sendo destinada mais ao consumo, devido à falta de circuitos de comercialização que valorizem os excedentes produzidos. A conjugação destes fatores tem acelerado o êxodo da mão-de-obra jovem para os centros urbanos e países vizinhos, provocando um rápido envelhecimento dos agricultores, hipotecando a sustentabilidade da unidade de produção familiar. Nos últimos anos a plantação de cajueiros e colheita da sua castanha veio subverter os mecanismos tradicionais de segurança alimentar local, modificando a organização do espaço rural guineense, pois a vegetação natural foi, em várias regiões, substituída por imensos pomares de caju, que se destacam nas paisagens do país. Impulsionou a expansão dos cajuais em terrenos aráveis, verificando-se o aumento do cultivo do arroz de sequeiro (pam pam), que sempre é associado à plantação de cajueiros, e estes por serem perenes passam a substituir qualquer espécie de cultura alimentar. 34

36 A monocultura de exportação não se encaixa com a situação de insegurança alimentar da Guiné-Bissau, especialmente se se levar em conta que hoje é cada vez mais importante a utilização de terras cultiváveis para a produção de alimentos essenciais. Anualmente, durante a campanha do caju, observa-se o aumento da importação de arroz proveniente da Ásia para servir de troca com a castanha de caju (1 kg arroz/2 kg de castanha bruta). Para os pequenos produtores é uma forma rápida de obter o retorno do seu investimento. Outras espécies que poderiam gerar rendimento são descartadas para se plantar a lucrativa espécie de exportação e acabam todos ligados e dependentes do sucesso da campanha. Estima-se que mais de 80% da população guineense dependa da agricultura para a sua sobrevivência, daí a grande importância de diversificar, em espécie e em quantidade, a produção de culturas alimentares e outros produtos que se possam cultivar. A diversificação da produção de culturas alimentares e de renda, o aumento da produtividade do arroz e a criação de um sistema de assistência técnica à agricultura são elementos determinantes para a Guiné-Bissau deixar de ser um país importador e passar a viver uma situação de equilíbrio alimentar duradouro. Para tal, o PDAR encoraja a diversificação da produção no sentido de (i) promover a produção e consumo de outras culturas alimentares que não só o arroz, esperando que o o aumento da produção de outras culturas forçará a mudança de hábitos alimentares para produtos que mais se adaptam à redução das quedas pluviométricas anuais; (ii) criar maior capacidade de transformação de produtos alimentares pelas populações locais, que assim melhorariam a dieta alimentam e diversificam a fonte de acesso a alimentos, proporcionando às mulheres o uso de equipamentos de transformação mais modernos e adaptados às suas realidades. 4.3 Caracterização da agricultura familiar A agricultura familiar é a produção agrícola e pecuária realizada por pequenos produtores, empregando em geral mão-de-obra proveniente do núcleo familiar, podendo contar, ainda que pouco, com a presença de trabalho assalariado. Segundo Rui Daniel Barbosa de Andrade, na Guiné-Bissau a agricultura familiar caracteriza-se, em termos gerais, pelas pequenas propriedades tradicionais (estimado em cerca de ) pertencentes essencialmente à população rural e realizam 90% da produção alimentar constituída por: arroz, milhos, mandioca, batata-doce, inhame, mancarra, feijão, hortaliças e condimentos (cultivados essencialmente pelas mulheres) e as frutas (mangas, bananas, citrinos). O arroz é o cultivo prioritário de produção alimentar, por ser a base alimentar das famílias guineenses. O produtor do tipo familiar produz para a subsistência, apenas em casos raros consegue produzir excedentes, e quando acontece são pequenas quantidades, que comercializa nos mercados locais. Cada família de agricultores cultiva, por ano, uma superfície de 1 a 5 ha. A superfície destinada ao arroz não ultrapassa 3 ha, aos quais se acrescenta 0.5 ha para o cultivo dos milhos, mancarra, feijão, mandioca e 2 ha de plantação de caju e frutas. Este tipo de produção alimentar de tipo familiar cobre as necessidades alimentares de 6-9 meses por ano de cada família. A importância da agricultura familiar consiste na produção de alimentos da maioria das famílias guineenses. Os agricultores familiares não vendem os seus produtos agrícolas no mercado externo, mas sim para os mercados nacionais nos centros urbanos e para os mercados 35

37 locais/lumos em atendimento imediato de sua produção, ainda que em pouca quantidade, contribui ao desenvolvimento local. Tal forma de organização produtiva contribui para a diversificação do uso do espaço rural e possibilita práticas de exploração agrícolas que preservam o meio ambiente. Na maioria dos casos, os produtores familiares não utilizam agrotóxicos, facto que associa, muitas vezes, a agricultura familiar à agricultura orgânica. Outra característica é que não emprega uma grande quantidade de maquinarias, algo mais comum nas grandes propriedades (pontas), que possuem mais poder de compra. Do ponto de vista do abastecimento alimentar, a agricultura familiar destaca-se por desenvolver culturas variadas e que, apesar da pequena escala, se distinguem pela sua qualidade orgânica e pela sua diversidade. A sua dispersão geográfica é vantajosa por privilegiar, principalmente, as comunidades mais distantes das grandes cidades e, por consequência, dos grandes centros de distribuição. Na questão ambiental, que ganha cada vez mais destaque, a agricultura familiar também sobressai por adotar práticas mais sustentáveis, em função principalmente da pequena escala de produção e por evitar os riscos proporcionados pelas monoculturas das grandes propriedades (pontas). Agregam-se a isso os estímulos à produção de alimentos orgânicos ou obtidos por meio da agroecologia, que conferem aos produtos da agricultura familiar um diferencial competitivo na busca por qualidade e responsabilidade socioambiental. Apesar dessas amplas vantagens, a agricultura familiar vem sofrendo um decréscimo no país, pelo fraco uso de tecnologias modernas e maquinarias que possam ser atrativas para os jovens, o que tem sido um motivo para a não fixação dessa faixa etária nas zonas rurais. A procura de saldos positivos na balança comercial do país, que recebe forte contribuição da exportação agrícola (caju), pode ofuscar a importância da agricultura familiar dentro do cenário económico produtivo. No entanto, não se pode esquecer o seu papel fundamental no abastecimento alimentar guineense, contribuindo para geração de renda da família rural e melhoria do nível de sustentabilidade das atividades agrícolas. Assim, destaca-se ainda mais a posição de relevância que possui a agricultura familiar, mesmo não tendo a visibilidade que a produção baseada em modelos de grande escala tem, principalmente quando direcionados à exportação. O trabalho exercido dentro dos empreendimentos familiares é a garantia de um abastecimento interno alinhado à procura alimentar da população, criando um ambiente propício para a redução da fome e promoção do desenvolvimento e bem-estar nas comunidades rurais. De acordo com o relatório nacional sobre cimeira mundial sobre o desenvolvimento sustentável, de Maio de 2012, elaborado pela Secretaria de Estado do Ambiente e do Turismo, em parceria com o Programa Alimentar Mundial (PAM), o Governo adotou a Estratégia Nacional das Cantinas Escolares, que estipula que os produtos que alimentam as escolas sejam adquiridos no país e 30% na localidade da escola fomento da agricultura familiar com criação de hortas escolares que se transformamm num instrumento pedagógico. 4.4 Trabalho infantil no campo Trabalho infantil são todas as tarefas realizadas por crianças e adolescentes. A infância é entendida como a idade em que a criança teria o direito a não trabalhar, para lhe possibilitar o 36

38 desenvolvimento físico e intelectual. A adolescência, enquanto fase transitória entre a infância e a vida adulta, também necessita de condições especiais para garantir o pleno desenvolvimento físico-intelectual e a preparação para a entrada no mundo do trabalho. Na Guiné-Bissau, desde 2009, a idade mínima para admissão ao trabalho é de 14 anos (PLAN Internacional). Foram desenvolvidas diversas leis de proteção da infância, distribuindo responsabilidades pela família, sociedade e Estado, no sentido de garantir o desenvolvimento integral das crianças. No entanto, nem sempre esta lei é cumprida. O direito a uma infância livre de trabalho passou a ser direito de todas as crianças guineenses, independentemente da classe social, idade, género, etnia e religião. Apesar da criação de leis e legislação, de acordo com as estatísticas que a UNICEF lançou no ano de 2014, a Guiné-Bissau é o sexto país do mundo com uma maior taxa de trabalho infantil, com 38% das crianças nesta condição. A principal causa é o empobrecimento cada vez mais visível das famílias com baixo rendimento, além de outras questões de cariz cultural, como a crença e a tradição e o êxodo rural, que por vezes obrigam as crianças a constituir mão-de-obra desde tenra idade. Nas zonas rurais os agricultores entendem o trabalho da criança como "ajuda" e não como "trabalho infantil" e, sob essa perspetiva, o trabalho das crianças tem um carácter educativo das novas gerações, como parte integrante dos processos de socialização, formação para a vida e preparação dos futuros herdeiros. Eles entendem que ensinar a trabalhar é uma atribuição primordial dos pais, ao mesmo tempo que o trabalho é um valor que deve ser transmitido aos filhos, como um legado. Os pais, pautados nos usos e costumes tradicionalmente empregados para socializar as novas gerações, atribuem-se o dever de educar os filhos por meio do trabalho, seja nas atividades agrícolas ou domésticas. Desde pequenos os filhos acompanham os trabalhos dos pais na agricultura, para incorporar a experiência acumulada sobre as técnicas agrícolas e artesanais, o trato dos animais e os serviços domésticos. Os rapazes são pastores, vigiam as produções na fase de maturação e transportam o alimento para os campos de cultivo. As meninas participam na monda, descasque do arroz, moagem dos milhos, colheita da mancarra, venda de pequenas quantidades de produtos agrícolas processados, preparação das refeições e outros trabalhos domésticos. Ambos (meninas e rapazes) participam plenamente na campanha do caju, deslocando-se para os pomares de caju durante três meses, para a colheita de castanhas de caju. Assim, escolarização e trabalho são incompatíveis, uma vez que a criança tem dificuldade em conjugar as exigências da ajuda à família com o calendário escolar. O trabalho da criança, além de representar uma ajuda para garantir o sustento da unidade familiar, é reconhecido como momento de formação e preparação para a reprodução do modo de vida camponês. Na compreensão das famílias camponesas, as escolas contribuem para transmitir valores urbanos e, pelo facto de a maioria ser localizada na zona urbana, proporcionam um contato e aprendizagem constante do modo de vida urbano, em detrimento da cultura rural local. Por esta razão impedem a continuidade da escolarização, principalmente das meninas, que são dadas para casamento e educadas para serem uma boa dona de casa. As gerações mais velhas atribuem ao trabalho das crianças um significado primordial na sua socialização, uma vez que elas se preparam para se tornar os futuros agricultores ou donas de casa, tal como os seus pais. Nessa perspetiva, o trabalho das crianças assume um carácter fundamental no ciclo da formação inter-geracional dos camponeses. 37

39 Apesar destas críticas, os agricultores e em particular as mães, não desmerecem a escola enquanto instituição fundamental para a educação e preparação de um futuro melhor para os filhos. Não se opõem às escolas nas suas comunidades, onde podem influenciar o tipo de educação, orientada para o conhecimento do seu próprio meio, evitando que a família perca seu papel histórico na socialização das crianças. Com efeito, essa idealização da infância está longe da realidade das crianças das zonas rurais do país, onde para essas crianças e adolescentes não há muito tempo para a escola, para os brinquedos, porque são encaminhados prematuramente para o trabalho, sem direito de escolha. Existem outros problemas subjacentes a esta realidade, de que as altas taxas de casamento precoce são um exemplo, principalmente em crianças do sexo feminino, que muitas das vezes não frequentam a escola ou abandonam muito cedo os estudos. Ambos (meninas e rapazes) aprendem desde pequenos que o seu tempo e a sua energia vital devem ser orientados para o trabalho, para incorporar os saberes e prover os meios necessários à vida e à própria sobrevivência. Na região de Quinara a população dos 0 aos 14 anos representa 46% da população total e entre os 15 os 34 anos 32%. Juntos totalizam 78%. Figura 9: Estrutura etário a 4 5 a 9 10 a a a a a a a a a a a a a a a a e mais Fonte: INE,

40 CAPÍTULO 5: MEIO AMBIENTE 5.1 Recursos naturais A Guiné-Bissau é um país recortado por vários rios, na sua maioria penetrados pelas águas do mar. A topografia favorece a existência de duas zonas de alto potencial produtivo, que são as zonas influenciadas pelas marés e as zonas circundantes às grandes bacias dos rios Geba e Corubal, com grande disponibilidade de águas superficiais. O país dispõe de recursos florestais consideráveis, cobrindo 2 milhões de hectares de superfície, com ecossistemas diversos (florestas sub-húmidas, secas, galerias, savanas, palmeiras e mangais). Os principais recursos florestais estão situados no sul do país, no norte da região de Bafatá e na faixa entre o rio Cacheu e a fronteira com o Senegal. A superfície favorável às atividades agrícolas cobre uma área de hectares, um terço da área total do país. No entanto, a superfície utilizada é de apenas hectares Terra/solo (Lei de terras e gestão e conservação de solos) Lei da terra O solo é o suporte físico 9 fundamental para a produção agrícola, daí ser importante conhecer o seu regime jurídico, porque direta ou indiretamente tem implicações, tanto na produção, como na comercialização dos produtos agroalimentares. Com a independência nacional, o Estado da Guiné-Bissau aprovou a Lei 4/75, que nacionalizou o solo, integrando-o no seu domínio público. Isto significa, em termos práticos, que o solo foi retirado do comércio jurídico privado, ou seja, não pode ser objeto de compra e venda. Na esteira da Lei 4/75, a Constituição da República da Guiné-Bissau (CRGB), no seu artigo 12º nº 2, prevê que o solo é propriedade do Estado e património comum de todo o povo. No entanto, o Estado pode dar, por concessão, às cooperativas e outras pessoas jurídicas singulares ou coletivas a exploração da propriedade estatal, desde que sirva o interesse geral e aumente as riquezas sociais (nº 1 do art.º 13º). Assim, para regulamentar o regime jurídico de uso privativo do solo, foi aprovada a Lei da Terra (Lei 5/98, de 23 de abril), que integrou o solo no domínio público do Estado. A Lei da Terra prevê duas formas através das quais os particulares podem ter acesso à terra: i) Concessão e; ii) Uso consuetudinário. A concessão pode ser rural ou de superfície. É rural quando se destina a fins agrícolas, pecuários, agropecuários, agroindustriais, silvícolas e turísticos, em zonas localizadas fora dos limites das áreas urbanas 10. É de superfície quando o Estado transfere para um particular a faculdade de construir ou manter, perpétua ou temporariamente, uma obra para fins habitacionais, comerciais, industriais ou culturais, entre outros, em terrenos localizados dentro dos limites das cidades ou povoações e respetivas zonas de expansão. 8 Ministério dos Recursos Naturais e do Ambiente. Direcção Geral do Ambiente (2008). Quadro nacional da biotecnologia e biosegurança da Guiné-Bissau. 9 Silva, Welena. Estudo sobre taxas aduaneiras no setor agro-alimentar a nível nacional e sub-regional da Guiné-Bissau Bissau, Guiné-Bissau. 10 A lei da terra prevê que as áreas urbanas e suburbanas serão delimitadas por um diploma próprio, o que ainda não aconteceu. 39

41 Por sua vez, o uso consuetudinário consiste na gestão e distribuição do solo de acordo com o costume e práticas das comunidades locais. De referir que muitas das práticas culturais das etnias guineenses violam a constituição, nomeadamente o princípio da igualdade, pois muitas delas não reconhecem o direito das mulheres à terra. Porque o solo é do Estado, este pode sempre, e por motivos de utilidade pública, fazer cessar o direito que os particulares têm sobre o solo, através da figura jurídico-administrativa resgate de concessão pagando, sempre que a lei previr para o caso em concreto, uma justa indemnização. É por causa da natureza jurídica do solo na Guiné-Bissau que os utilizadores de terrenos para a produção agrícola e outras, ou para armazenamento, transformação e comercialização dos produtos agroalimentares devem pagar uma taxa ou imposto fundiário ao Estado. Pode-se citar como exemplo as taxas cobradas pela Câmara Municipal de Bissau (CMB) e pelos Comités de Estado nos lumos e nos mercados Gestão e conservação de solos A desertificação é a degradação das terras nas áreas áridas, semiáridas e sub-húmidas secas. As suas causas fundamentais são as atividades antrópicas e as variações climáticas. A comunidade reconheceu há muito tempo que a desertificação é um problema económico, social e ambiental importante e que preocupa muitos países em todas as regiões do mundo. Ela é um processo de degradação ambiental que depende de uma multiplicidade de fatores, podendo conduzir a situações de degradação irreversível. As suas manifestações incluem a erosão acelerada do solo, o aumento da salinização dos solos, o aumento de escoamento superficial pela diminuição e retenção da água no solo, a redução da diversidade das espécies e a redução da produtividade, conduzindo ao empobrecimento das comunidades humanas dependentes deste ecossistema 11. O país possui o Plano de Acção Nacional da Luta Contra a Desertificação na Guiné-Bissau (PAN/LCD). Este documento refere que na Guiné-Bissau o fenómeno desertificação não é tão visível em comparação com os países desérticos ou sahelianos propriamente ditos. É por isso que se optou por utilizar mais o termo degradação da terra, em detrimento da desertificação, para poder explicar as diferentes iniciativas em curso, no quadro da conservação e da utilização dos recursos naturais na Guiné-Bissau. A Convenção da luta contra a desertificação, foi ratificada pela Assembleia Nacional da Guiné- Bissau, em março de Foi nesse período que se começaram a criar e consolidar as instituições que trabalham no domínio do ambiente e na gestão dos recursos naturais. Este documento emanado da conferência do RIO de 1992, convida as partes contratantes a elaborarem o PAN/LCD. Na África Ocidental, a Guiné-Bissau é o único país que não dispõe ainda do plano de ação. As razões que estiveram na origem desse atraso estão relacionadas com problemas de instabilidade política e institucional e falta de recursos financeiros. Na perspetiva de cumprir com o principal engajamento da convenção foi lançado o processo de elaboração do PAN/LCD. Este processo participativo envolvendo todas as camadas da sociedade guineense (instituições do Estado, ONG s, Associações de base) foi caracterizado, em primeiro lugar, pela elaboração do diagnóstico nas quatro regiões do país (Norte, Sul, Leste e o Arquipélago dos Bijagós), que permitiu recolher as principais preocupações das populações no que diz respeito à gestão dos recursos naturais e à ameaça da degradação da terra. 11 FAO. Resolução do Conselho de Ministros n.º 69/99. 40

42 Paralelamente a este diagnóstico, foram realizados dois importantes estudos. Um estudo socioeconómico e um estudo jurídico e institucional. 12 No PAN/LCD foram definidos os seguintes domínios: i) agricultura; ii) pecuária; iii) floresta; iv) recursos hídricos; v) reforço das capacidades das organizações camponesas; vi) capacitação e; vii) cooperação sub-regional e internacional. De acordo com PAN/LCD a agricultura é o setor fundamental da economia da Guiné-Bissau. Ela contribui para o PIB com 52%, e para exportação do setor. Representa 90%, aproximadamente 82% da população ativa do país trabalha no setor agrário. Um dos grandes problemas com que o país se depara nesse setor é a ausência de uma zona agroecológica. A ausência dessa zonagem está a contribuir para a expansão da monocultura de caju, a perda de fertilidade de solos, a salinização e a acidificação de solos das bolanhas Água (precipitação, armazenamento da água, irrigação) A exploração dos recursos hídricos é efetuada na Guiné-Bissau essencialmente através de poços (tradicionais e modernos) e furos. Os primeiros são característicos das zonas agrárias enquanto que os segundos se concentram mais nos principais centros urbanos. Estes últimos são normalmente acoplados a sistemas de bombagem, armazenamento e distribuição. O uso intensivo para fins industrias e para a agricultura é pouco saliente e verifica-se que, ao nível nacional, com exceção das mãe-d'água não existem sistemas de retenção e/ou armazenamento de água. Os furos tradicionais são utilizados nos campos hortícolas para rega, sobretudo no período da seca. Nos últimos anos têm se verificado avanços tecnológicos nos campos hortícolas por meio de projetos. É possível encontrar furos equipados com bombas manuais e em alguns casos com bombas elétricas, alimentadas através de energia solar. Segundo MADR (2011), no plano climático, em quase todo o país, a pluviometria é caracterizada por uma relativa abundância, 1100 a 2500 mm por ano, que caem num curto período de tempo (de maio a novembro), de maneira bastante aleatória. A produção agrícola faz-se essencialmente durante a estação das chuvas (entre maio a setembro). Por falta de infraestruturas hidráulicas que permitam uma melhor gestão de água o país não aproveita o potencial de irrigação que existe, que lhe permitiria ter duas colheitas por ano. As técnicas de pequena irrigação não são vulgarizadas (as experiências neste domínio são raras). Nas tabancas, a bombagem de água a partir de poços tradicionais e a irrigação/rega das hortícolas fazem-se manualmente, o que é uma limitação à produtividade do trabalho, sem falar ainda da dureza destas tarefas, praticadas sobretudo pelas mulheres. Embora o país disponha de recursos hidrográficos (águas subterrâneas e águas de superfícies), o aproveitamento destes recursos para a agricultura é custoso. O que poderia ser uma vantagem para a agricultura da Guiné-Bissau concretiza-se dificilmente, porque os constrangimentos a serem superados são numerosos. Para responder a esta preocupação torna-se necessário apoiar uma série de ações que permitam a melhoria de gestão de água e promover a pequena irrigação. A finalidade ou o objetivo das ações propostas consiste no domínio da água para uma agricultura mais produtiva, diversificada e mais duradoura, numa perspetiva de redução da 12 MADR (2006). Projecto do Plano de Acção Nacional da Luta Contra a Desertificação na Guiné-Bissau (PAN/LCD). Bissau, Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural. 41

43 insegurança alimentar e da pobreza na Guiné-Bissau. Os resultados estarão diretamente ligados à valorização dos recursos hidráulicos mais acessíveis através da vulgarização à grande escala de técnicas e tecnologias eficientes de exploração das águas de superfícies e das águas subterrâneas, a baixos custos e apropriáveis pelos beneficiários e pela realização de infraestruturas simples que requerem a participação das populações para o ordenamento dos pequenos vales e mangais e pela realização das obras de recolha e armazenamento das águas de superfície. Em matéria de irrigação, a valorização do potencial dos rios Geba e Corubal e os seus afluentes é indispensável para relançar um programa de ordenamento em larga escala, utilizando os potenciais hidroagrícolas existentes no Leste e no Sul do país Floresta (abertura de novas áreas para a prática da agricultura e as queimadas descontroladas) Segundo o Eng. Florestal Constantino Correia 13, as florestas constituem um dos ecossistemas mais valiosos. Contêm a biodiversidade do planeta e, além do seu valor intrínseco, possuem outros múltiplos valores sociais e económicos, desde as importantes funções ecológicas, proteção do solo e das bacias hidrográficas, regulação do ciclo de água, até ao valor económico pecuniário e não pecuniário dos numerosos produtos que se podem extrair da floresta. As florestas e as atividades que lhes estão associadas, têm um elevado potencial na melhoria das condições de vida das populações rurais, em especial na gestão e impulsão do desenvolvimento económico, graças às fortes relações intersetoriais que as caracterizam. Para a comunidade, a floresta constitui o seu sustento, abastecendo-os de plantas comestíveis e medicinais, de carne de animais silvestres, de frutas, mel, refúgio, lenha e vários outros produtos, em torno dos quais erigem os seus valores culturais e espirituais. À escala mundial, as florestas desempenham um papel crucial na regularização do clima, do ciclo hidrológico e constituem um dos principais sumidouros de carbono do Planeta. A sua conservação impede, portanto, o aumento do efeito de estufa e consequentemente permitem a manutenção da qualidade de vida das populações. Nos últimos anos, os especialistas têm alertado que parte do território da Guiné-Bissau mostra sinais de se estar a transformar-se num deserto devido a décadas de abate descontrolado de florestas, sem que haja medidas para travar o problema. É difícil quantificar o nível de devastação das florestas nos últimos anos, pois o único inventário florestal da Guiné-Bissau foi publicado em 1985 e recomendava um limite de corte de metros cúbicos de madeira por ano para um total de dez espécies comerciais. Apesar dessa recomendação e da existência de leis que regulam corte de madeira, em abril de 2015, o Governo da Guiné-Bissau foi obrigado a decretar uma moratória de cinco anos que impede o corte de árvores nas florestas do país, devido ao corte abusivo praticado entre 2012 e Os abates de florestas são feitos para exploração e comercialização da madeira, mas também para abertura de campos com fins agrícolas. 13 Comunicação feita em 2012, sob tema: O Estado da gestão das florestas na Guiné-Bissau: Realidades e Perspectivas. 42

44 De acordo com MADR (2006) 14, a nível nacional a superfície cultivada é estimada em cerca de ha. Uma superfície de aproximadamente ha é cultivada com arroz, dos quais 37% com arroz de sequeiro (pam pam) e 63% com arroz de bas-fonds e de mangal. A superfície de arroz de mangal teria diminuído para pouco mais de 20% da superfície total de arroz. Durante os encontros realizados ao nível das seções, setores, regióes e MADR todos foram unânimes em considerar que a área florestal vem sendo drasticamente reduzida e substituída pela plantação de cajueiro. Segundo o IBAP (2014) uma das grandes preocupações deve ser o controlo da expansão da agricultura itinerante (pam pam) e das plantações de caju. A agricultura itinerante e as plantações de caju representam uma grande ameaça para a biodiversidade terrestre na Guiné-Bissau. Esta ameaça tende a intensificar-se com o crescimento populacional e o decréscimo da produtividade ligada à escassez de chuvas. É fundamental delimitar as zonas onde a agricultura é permitida e onde é interdita e fazer respeitar escrupulosamente esse zonamento. Por outro lado, há que continuar a procurar desenvolver medidas de apoio à agricultura de bolanha ou bas-fond. 5.2 Agricultura e impacto ambiental De acordo com a Secretaria de Estado do Ambiente e do Turismo 15, nos últimos anos a pressão sobre as florestas tem aumentado devido à exploração clandestina da madeira, à prática de agricultura itinerante e da fruticultura. Por outro lado, sendo a Guiné-Bissau um dos países mais pobres do mundo e ávida de crescimento económico, vem desenvolvendo certas atividades sem ter em conta o ambiente. Pode-se citar a plantação e exploração anárquica de cajueiros e o desbravamento das florestas; a introdução pelo Governo de adubos melhorados e a intensificação da agricultura, entre outros. Ainda de acordo com o documento Estratégia e Plano de Ação Nacional para a Biodiversidade 16, nestes últimos anos tem aumentado a pressão sobre a floresta devido à exploração da agricultura itinerante e da fruticultura, sobretudo a banana, citrinos e de caju. Constatou-se que caso este ritmo de degradação continue, existe ameaça séria de desaparecimento de alguns núcleos densos de floresta sub-húmida (maciços). No tocante aos mangais, também existe pressão sobre este importante ecossistema, provocada pela exploração da lenha para fumagem de peixe e desmatação para a orizicultura. Ainda o mesmo documento afirma que a agricultura itinerante para o cultivo do arroz e a monocultura de caju é a atividade que mais transforma as florestas na zona de Dulombi. Esta prática atinge cada vez mais as florestas secas e semi-secas e as savanas arbóreas e arbustivas Agrotóxicos (defensivos agrícolas, pesticidas, agroquímicos, produtos fitossanitários) e regulamento/lei A utilização de agroquímicos na Guiné-Bissau é regulada pelo Decreto-Lei nº1-a/91. Este diploma reconhece a ausência de condições no país que permitam estabelecer um sistema de homologação dos produtos fitofarmacêuticos com base numa autorização prévia para a sua 14 Projecto do Plano de Acção Nacional da Luta Contra a Desertificação na Guiné-Bissau (PAN/LCD). 15 Secretaria de Estado do Ambiente e do Turismo (2012). Relatório nacional sobre cimeira mundial sobre o desenvolvimento sustentável. 16 Ministério de Desenvolvimento Rural e Agricultura. Recursos Naturais e Ambiente. Programa de Nações Unidas para Desenvolvimento (xxxx). Projecto GBS/97/G31/1G/9 - Estratégia e Plano de Acção Nacional para a Biodiversidade. 43

45 comercialização e por isso baseia-se apenas na resolução dos problemas mais prementes com base nos seguintes princípios: Garantir uma informação centralizada de todos os produtos fitofarmacêuticos que entram no país; Restringir em princípio a utilização de produtos fitofarmacêuticos àqueles que são menos tóxicos, através da classificação da Fundo das Nações Unidas para Agricultura (FAO) e Organização Mundial de Saúde (OMS); Criar mecanismos de exceção, quando se verificar a sua necessidade após autorização prévia; Estabelecer orientações com base nas diretivas da FAO sobre segurança na armazenagem, transporte, aplicação e destruição de excedentes de produtos fitofarmacêuticos e estabelecer restrições quando tal se torna necessário; Criar uma comissão que inclua representantes dos Serviços de Saúde e Ambiente, com o objetivo de acompanhar de perto a utilização de produtos fitofarmacêuticos e a sua problemática e estabelecer restrições quando tais se tornam necessários; Orientar a aplicação dos produtos fitofarmacêuticos de acordo com os princípios da proteção integrada. Ao nível das regiões, são voluntários da DRA os responsáveis pelos tratamentos fitossanitários. Estes voluntários recebem formação específica e, em caso de ataques de pragas ou doenças, vão ao armazém da Proteção Vegetal e levantam os produtos necessários e fazem a aplicação. Este é um serviço pago pelos agricultores diretamente ao aplicador Transgénicos (sementes) políticas existentes A FAO apoiou o MADR na elaboração de uma Política Nacional de Sementes (PNS), a qual foi já objeto de uma validação técnica. O referido documento vem consolidar o que foi alcançado no passado e lançar as bases para uma fileira de sementes reforçada, que responda aos desafios da intensificação e promoção de outras fileiras, e adaptada a um novo contexto caracterizado por profundas alterações tecnológicas, integração regional e globalização da informação e das trocas. Esta PNS deve lançar as bases para uma agricultura moderna, apoiada num sistema eficaz de aprovisionamento dos agricultores em sementes selecionadas de qualidade, e assim contribuir para o alcance do desenvolvimento durável da agricultura e da segurança alimentar e nutricional. A ONG Federação Kafo tem um banco de sementes em Djalicunda (Oio) e o INPA tem um grupo de camponeses produtores de sementes em Contuboel. O controlo da qualidade e a certificação são assegurados pelos técnicos do INPA, quer no Centro de Contuboel, quer no de Caboxanque. Este é um serviço que, atualmente, não faz parte da rotina dos Centros, mas é prestado apenas quando solicitado por entidades terceiras Cultivo orgânico A promoção de métodos biológicos e bioculturais, que são técnicas ou práticas que permitem conferir ao solo uma resistência acrescida ao ataque hídrico e que se baseiam essencialmente no efeito benéfico da vegetação natural ou cultivada (plantações arbustivas, rotações de 44

46 culturas e pousios melhorados, culturas em corredor e bandas alternados, sebes vivas, guardafogo vivo e fogo precoce, etc.), são métodos recomendados pelo PNIA para a restauração e conservação dos solos. Tratar-se-á também de incentivar os pequenos agricultores a conjugar agrofloresta com as outras boas práticas, como a agricultura de conservação (lavoura zero, luta integrada contra os organismos nocivos) e a agricultura biológica. Na maioria dos casos da região os produtores familiares não utilizam agrotóxicos, facto que associa, muitas vezes, a agricultura familiar à agricultura orgânica. Do ponto de vista do abastecimento alimentar, a agricultura familiar destaca-se por desenvolver culturas variadas e que, apesar da pequena escala, se distinguem pela sua qualidade orgânica e suas características diversificada. É de referir que os documentos de referência nacional orientam a produção orgânica. O documento Guiné-Bissau 2025, Plano Estratégico e Operacional Terra Ranka estabelece que: Serão aplicadas disposições semelhantes para assegurar uma gestão sustentável das florestas, uma agricultura biológica sadia ; O PNIA: Tratar-se-á também de incentivar os pequenos agricultores a conjugar agrofloresta com as outras boas práticas como a agricultura de conservação (lavoura zero, luta integrada contra os organismos nocivos) e a agricultura biológica. 5.3 Reservas da biosfera 17 A Guiné-Bissau é fortemente dependente dos recursos naturais e dos serviços prestados pelos ecossistemas. Sem recursos naturais renováveis, as numerosas carências deste país em vias de desenvolvimento transformar-se-iam numa situação verdadeiramente desesperada. Apesar da reduzida superfície do país, a biodiversidade da Guiné-Bissau é de relevância mundial. Conscientes destas realidades, os sucessivos Governos da Guiné-Bissau têm desenvolvido desde há mais de duas décadas, em parceria com ONGs e doadores internacionais, programas de ordenamento e gestão racional dos recursos. Foi neste quadro que se criou oficialmente um Sistema Nacional de Áreas Protegidas (SNAP), incluindo diversos Parques Nacionais e Naturais, cujo papel principal consiste em conservar os valores da biodiversidade de relevância nacional e internacional, contribuir para uma gestão racional dos valiosos recursos renováveis e promover um desenvolvimento sustentável e equitativo, baseado em processos de gestão participativa. Ao longo deste processo, e com o propósito principal de gerir as áreas protegidas que foram sendo decretadas, criou-se o Instituto da Biodiversidades e das Áreas Protegidas (IBAP). Um dos grandes desafios na gestão das Áreas Protegidas (AP s) é controlar a expansão da agricultura itinerante (pam pam) e da monocultura de caju e preservar o ecossistema de tarrafe (mangal), propondo uma legislação para este ecossistema Áreas protegidas A região de Quinara possui o Parque Natural das Lagoas de Cufada, criado pelo Decreto-Lei 13/ IBAP (2007). Estratégia Nacional para as Áreas Protegidas e a Conservação da Biodiversidade na Guiné-Bissau

47 5.3.2 Localização e caracterização Está situado no Sul da Guiné-Bissau, na região administrativa de Quinara, a Leste e sudoeste do Setor de Fulacunda e noroeste do Setor de Buba, sendo as duas cidades consideradas os centros populacionais mais importantes que fazem parte do limite do Parque. A sua superfície total é estimada em ha (890 Km²). A população residente é de habitantes, distribuídos em 33 tabancas, sendo que a maioria está concentrada na zona Norte do Parque, ao longo do Rio Corubal, seguida das tabancas localizadas ao longo da estrada que liga Buba- Fulacunda. Limitada ao norte pelo rio Corubal, entre Uana Porto e o local em que o caminho liga a Nhala e Ganconte encontra o Corubal. Limitada a leste pela estrada nacional que liga Buba a Quebo, até ao desvio para Nhala, localizado a cerca de 9,5 km do cruzamento, Fulacunda/Catió. Ao sul pelo Rio Grande de Buba, entre Buba e a foz do Rio de Fulacunda, seguindo depois em linha reta até à estrada que liga Fulacunda a Uana Porto. Em termos étnicos, a maioria da população é Beafada (77,4%), sendo os restantes balantas, fulas, manjacos e outras etnias. A densidade populacional dentro do parque é 4 hab./km 2. Segundo o Plano de Gestão do Parque Nacional das Lagoas de Cufada, os principais problemas relacionados com a agricultura são: i) Prevalência da agricultura de derrube e queima, na qual os campos são usados 2 a 3 anos e depois abandonados ou transformados em campos de caju; i) Expansão descontrolada dos campos de caju, sem respeito pela zonagem ou técnicas de cultivo como o espaçamento; i) Aparecimento de novos assentamentos e novas pontas, nomeadamente em corredores dos animais, o que traz inúmeros conflitos homem-animal. De acordo com o mesmo documento, as principais culturas dentro do parque são o arroz, o caju e grãos. Há também, em todas as tabancas, produção de diferentes espécies fruteiras, como a mangueira e os citrinos, que são usadas como complemento alimentar ou suplemento económico para a família. Em termos de produção de arroz, o IBAP vem incentivando uma maior cultura de bas-fonds, pois esta tem melhor eficiência em termos de rendimentos agrícolas quando comparado com a produção de planalto. Além do mais, evita a produção de arroz nas zonas de preservação. A possibilidade de utilização das lalas e bolanhas varia anualmente, dependendo da quantidade de precipitação anual média e da duração da época das chuvas, pois requer terrenos alagados durante um grande período de tempo durante o ano. Como importante atividade agrícola de subsistência familiar complementar ao arroz, pratica-se na área do Parque, e em quase todo o país pois é tradição, o cultivo dos quintais. Áreas de pequenas dimensões ao redor das casas, moranças, onde são cultivados cereais e mais frequentemente hortaliças, tubérculos e legumes. Os quintais são cultivados por praticamente todas as moranças, havendo recentemente uma expansão da horticultura feminina, neste caso para vender nos grandes centros urbanos, mas principalmente para o complemento financeiro familiar. Em praticamente todas as tabancas é realizada a fruticultura. As frutas mais cultivadas são: laranja, limão, manga, papaia, ananás, goiaba, etc. As tabancas com um acesso melhor vendem uma parte da produção de frutas para o exterior, enquanto as mais afastadas e mal 46

48 comunicadas utilizam a fruta para autoconsumo e os excedentes simplesmente estragam-se, sem terem saída para o mercado. Os terrenos que rodeiam as tabancas e que não estão cultivados com caju ou árvores frutíferas são utilizados para a plantação de hortas de mandioca, inhame, batata, feijão, milho, etc. Em várias tabancas a cultura de mancarra adquire uma certa importância. Estas hortas são cultivadas tanto por homens como por mulheres ou por ambos, consoante os casos. O Parque Nacional das Lagoas da Cufada rege-se pelo Decreto-Lei 13/2000, que lhe deu origem, e pela Lei-quadro das Áreas Protegidas. No entanto, e segundo o Plano de Gestão, seria importante uma definição clara da política de uso da terra para o que já existem dois documentos: a Lei da Terra que já foi aprovada, mas para a qual não foi ainda aprovado o regulamento o que impede a sua aplicação; e a Carta da Política de Desenvolvimento Agrícola que foi criada em 1997, revista em 2002 e desde então nunca mais foi implementada Gestão das áreas protegidas (políticas, regulamentos ou decisões) A Lei-Quadro das Áreas Protegidas, na versão atualmente em vigor (Decreto-Lei nº 5-A, publicado em Boletim Oficial em 1 de março 2011), define o tipo de áreas protegidas, o processo para a sua criação, gestão e funcionamento, consagrando mais uma vez o IBAP como organismo tutelar com responsabilidade pela administração das AP s. O papel do IBAP na gestão de recursos florestais é reconhecido pelo Decreto-Lei Florestal nº5/2011. A Lei Geral das Pescas (Decreto-Lei nº 10/2011) e o Regulamento da Pesca Artesanal (Decreto-Lei nº 24/2011) reconhecem igualmente o papel do IBAP e das Áreas Marinhas Protegidas, dando indicações claras para o respeito dos regulamentos e da zonagem das mesmas. A Direcção-Geral das Florestas tem responsabilidades na generalidade do território nacional em termos de gestão florestal, concessão de licenças de exploração florestal e fiscalização das atividades extrativas e da caça. Contudo, dentro das AP s estas competências são da exclusiva responsabilidade do IBAP. A recém-criada Guarda Nacional é um corpo militarizado de elite, com um papel em diversos domínios da manutenção da ordem pública e com um mandato que indica que poderá, entre muitas outras áreas de intervenção, velar pelo cumprimento das leis na área do ambiente. Existem já exemplos de colaboração pontual com o IBAP em intervenções concretas dentro das AP s. Numerosas ONGs nacionais têm tido uma ação dentro das AP s, geralmente numa perspetiva de apoio ao desenvolvimento das comunidades residentes. De salientar, pelas suas preocupações e intervenções em domínios específicos da conservação da biodiversidade e dos recursos naturais. Ao nível do estudo e monitorização da biodiversidade e dos recursos vivos, há que referir o papel do Gabinete de Planificação Costeira (GPC), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) e do Centro de Investigação Pesqueira Aplicada (CIPA). Estas 3 instituições do Estado têm cooperado com regularidade com o IBAP em estudos e monitorizações, dentro e fora das AP s, havendo uma considerável sobreposição e complementaridade no âmbito das suas intervenções. 47

49 Na comunicação e sensibilização ambiental desempenham um papel importante ONG s como a GAECA ``Palmeirinha``, a AD (nas Escolas de Verificação Ambiental) ou a Rádio Djan-djan, Okinka Pampa, Lamparan, Kassumai, Papagaio, etc. São colaboradores muito próximos do IBAP em numerosos projetos e iniciativas. Ao nível das organizações internacionais com intervenção direta na Guiné-Bissau salienta-se a UICN, através da sua representação no país, que teve um papel central na própria criação do IBAP e do SNAP. Esta continua hoje em dia como parceiro privilegiado, apoiando em múltiplas frentes, desde a frente diplomática e de lobbying, até ao apoio técnico e ao desenvolvimento conjunto de projetos na área do ecoturismo, das pescas sustentáveis e fiscalização, seguimento das espécies, etc. Entre as ONG s internacionais que atualmente (ou num passado recente) trabalham em estreita colaboração com o IBAP nas áreas protegidas contam-se a FIBA, a CBD-Habitat, a Noé Conservation e a Monte ACE, cujas intervenções reforçam e complementam a própria gestão das AP s. A Wetlands International e o WWF também têm tido uma colaboração mais no domínio das pesquisas e monitorização. Entre os parceiros financiadores passados e presentes do IBAP há que destacar o GEF, o Banco Mundial, o PNUD, a Fundação MAVA, a UE, a AECID e a Iniciativa LifeWeb Agricultura dentro das áreas protegidas Dentro das áreas protegidas destacam-se algumas preocupações em relação à agricultura, nomeadamente: Desmatação para o cultivo O cultivo de arroz de sequeiro (pam pam) em parcelas itinerantes, em todo o país e nas zonas das áreas protegidas em particular, constitui um dos pilares da economia familiar, pois garante uma parte importante do arroz consumido anualmente e, portanto, a base da alimentação. Apesar disto, uma parte significante do arroz produzido localmente provém das lalas. A desmatação para o cultivo de arroz destróiói as zonas onde as matas são mais densas e desenvolvidas, conduzindo a uma degradação progressiva do coberto vegetal. Em muitos locais, começa-se a fazer plantação de caju depois da colheita do arroz, impedindo toda a regeneração natural. Portanto as decisões devem ser tomadas, apontando algumas medidas com a proibição de corte de todas as árvores grandes na altura de corte de pam pam, recorrendo à poda de certas árvores em vez de as cortar por completo e tentar acabar com o anelamento de árvores. Os membros do Conselho de Gestão, sendo esta uma preocupação de todos, já têm decisões para esta prática com a proibição completa de corte de grandes árvores, só poderão fazê-lo mediante a autorização do conselho da tabanca. Conflito de interesse entre os animais e as populações residentes O facto de muitas tabancas do Parque estarem situadas muito próximas do habitat dos animais faz com que seja inevitável um conflito de interesse entre agricultores locais e os animais, isto porque essas áreas são zonas de pastagem dos animais. Para além das questões relacionadas com esse conflito ligado à agricultura, outra grande questão é a ameaça à segurança física das pessoas. 48

50 Controle da expansão da agricultura itinerante (pam pam) e das plantações de caju A agricultura itinerante e as plantações de caju representam uma grande ameaça para a biodiversidade terrestre na Guiné-Bissau, e nas AP s em particular. Esta ameaça tende a intensificar-se com o crescimento populacional e o decréscimo da produtividade ligado à escassez de chuvas. É fundamental delimitar as zonas onde a agricultura é permitida e onde é interdita e fazer respeitar escrupulosamente esse zoneamento. Por outro lado, há que continuar a procurar desenvolver medidas de apoio à agricultura de bolanha ou bas-fond. Para uma conservação eficaz dos maiores valores da biodiversidade é indispensável a manutenção de núcleos centrais nas AP s sem agricultura, caça ou exploração florestal destrutiva. As AP s na Guiné-Bissau adotaram a filosofia de parks for people. Todavia, mesmo nestes parques com população residente têm que existir áreas consideráveis de proteção integral (onde é permitida apenas a investigação, o ecoturismo e a extração pouco intensiva de certas plantas, frutos e outros produtos da floresta) Mapa O Parque Natural das Lagoas de Cufada, encontra-se na categoria das áreas protegidas, com classificação B, conforme ilustrado no mapa abaixo. Figura 10: Áreas Protegidas da Guiné-Bissau 49

51 CAPÍTULO 6: ATORES INTERVENIENTES NA REGIÃO DE QUINARA Os diferentes atores do setor agrícola em cada região são uma peça-chave para a formulação, implementação e monitorização do PDAR. Incluem-se atores públicos, como o MADR (a nível central, mas, particularmente, a nível regional, através das Direções Regionais de Agricultura [DRA]), o Ministério do Comércio, o Ministério de Administração Territorial, o Ministério da Economia e Finanças através da Direção Geral das Alfandegas e o Ministério das Obras Públicas, mas também Organizações da Sociedade Civil (OSC),, Federações, Cooperativas (de facto, uma vez que o estatuto não existe ainda de jure na Guiné-Bissau), associações, empresas e outros. 6.1 Atores estatais Estruturas de Governação (com maior ênfase na agrícola) A Lei n 4/97 de 2 de dezembro, publicado no Suplemento do Boletim Oficial n 48, estabelece a organização política administrativa do território da Guiné-Bissau. A principal missão do Governo Regional é a planificação e monitorização da aplicação de políticas e estratégias de desenvolvimento. Deve assim garantir uma arbitragem, regulação e promoção de um ambiente favorável ao investimento e ao desenvolvimento. O principal instrumento de governação é o Gabinete Regional de Planificação. Este tem um caráter consultivo e deve coordenar a planificação e a monitorização do desenvolvimento regional. É composto pelos serviços descentralizados dos ministérios e é muitas vezes alargado aos representantes da sociedade civil e do poder tradicional. 18 Em termos de recursos humanos, na região há um Governo regional constituído por um Governador, um Secretário Regional, um Contabilista e para cada setor, um Administrador e um Secretário. A nomeação de todos é política, e é da responsabilidade do Ministério da Administração Territorial. Há também um Coordenador do Gabinete Regional de Planificação que é nomeado e pago pelo Ministério das Finanças. A administração regional e setorial tem uma equipa que é contratada localmente, normalmente de pessoal menos especializado (limpeza, segurança, etc.). Em termos orçamentais, o financiamento do Governo Regional tem duas origens: orçamento de Estado, taxas e impostos. Os vencimentos dos Governadores, Secretários, Contabilistas e Administradores e seus Secretários são pagos pelo Ministério da Administração Interna. A esses valores acresce um subsídio que deverá ser pago pelas receitas obtidas nas respetivas regiões. Todas as outras despesas, incluindo vencimentos de outro pessoal, deverão também ser pagas com as receitas da região. Cabe às administrações dos setores as cobranças de taxas e impostos. Com as receitas obtidas, depois de pagarem os vencimentos dos recursos humanos e os subsídios dos Administradores e Secretários, 50% do remanescente é enviado para o Governo Regional e os restantes 50% ficam no setor. A nível regional, existem ainda as estruturas desconcentradas dos diferentes Ministérios cujas ligações com o Governo se apresentam na figura seguinte. 18 Informação retirada do Plano de Desenvolvimento Regional de Quinara. 50

52 Tabela 10: Estrutura do Governo Regional e estruturas desconcentradas Estrutura Orgânica da Governação Regional Governo Regional Gabinete Regional de Planificação Governador(a) da Região 1. Estruturas desconcentradas do Estado Secretário(a) da Região Direções regionais: Encarregado(a) de Contabilidade - Plano Auxiliares Administrativos (Quadros privativos) - Obras Públicas - Correios Administração Setorial - Instituto de Segurança Social Administrador(a) do Setor - Outros 19 Secretário(a) do Setor 2. Sociedade Civil Auxiliares Administrativos de Seções (Quadros privativos) 3. Autoridades tradicionais A Direção Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Quinara está composta por 8 Repartições: 1. Repartição da Administração e Finanças (RAF) 2. Repartição da Planificação e Estatísticas Agrárias (RPEA) 3. Repartição da Vulgarização Agrária (RVA) 4. Repartição da Agricultura (RA) 5. Repartição da Pecuária (RP) 6. Repartição das Florestas e Fauna (RFF) 7. Repartição da Engenharia e Desenvolvimento Rural (REDR) 8. Repartição da Segurança Alimentar (RSA) A única entidade que aluga tratores em Quinara é a DRA, que tem 3 tratores. No entanto a DRA não recebeu em 2015 nenhum pedido de utilização. Foram apresentadas duas razões para a não utilização dos tratores: indisponibilidade das pessoas para pagarem o serviço e mau estado das vias de acesso às zonas de produção. De notar que nesta região os tratores podem ser usados na zona de planalto (áreas usadas não só para o arroz pam pam, como também para o milho e para a mancarra) e nos bas-fonds. Nas zonas de mangal só será possível usar tratores com lagartas. Em 2015 foram entregues à DRA de Bafatá 250 motocultivadores para serem distribuídos a nível nacional. No início de 2016 foi dada uma formação de operadores de motocultivadores, os quais são provenientes das tabancas que irão beneficiar destas máquinas. Tomando como base a lista de formandos, serão entregues em Quinara um total de 21 motocultivadores, distribuídos da seguinte forma: 3 para Tite, 9 para Fulacunda, 6 para Buba e 3 para Empada. As instabilidades políticas do país, assim como a falta de recursos financeiros, tem dificultado a implementação de planos, políticas, projetos, etc. Desta forma, a Sociedade Civil, nomeadamente as OSC presentes nas regiões, têm um papel fulcral no apoio aos atores estatais regionais, no sentido de evitar que os planos a desenvolver no âmbito deste projeto fiquem apenas no papel. Do conhecimento adquirido através das várias visitas e atividades já realizadas em Quinara, parece haver do lado dos atores estatais toda a abertura para que isso aconteça. 19 Policia de Ordem Pública, Protecção Civil (Bombeiros), Finanças, Comércio, Registro Civil, Educação, Cultura e desporto, Energia, Recursos Naturais, Pecuaria, ENA, Metereologia, CEMFA, Pesca, Migração, Aviação, Serviço de Transito, Saúde, Agricultura, Guarda Nacional. 51

53 6.2 Atores não estatais Organizações da Sociedade Civil cujas atividades estão relacionadas direta ou indiretamente com agricultura. Existem muitas OSC ativas no setor agrário, que estão principalmente envolvidas na produção, transformação, comercialização e apoio às associações de produtores. Estas organizações têm um papel chave na prestação de serviços às populações mais vulneráveis do meio rural. São aqui consideradas OSC (ONG, OCB, associações, cooperativas), associações profissionais e plataformas, redes e confederações, que trabalham em agricultura e segurança alimentar. Atualmente está a começar a ser dinamizada uma Rede das OSC das regiões Sul (Quinara, Tombali e Bolama/Bijagós). Segundo as informações do seu Presidente Carlos Aliu toda a formalização para a legalização já foi entregue no Tribunal, estando neste momento à espera de Certidão. Conforme a pesquisa realizada foram identificadas as seguintes OSC na região que atuam no domínio de agricultura (Vide Anexo 1) Associações profissionais Existem três associações profissionais com presença na região de Quinara: Associação Nacional de Agricultores (ANAG), Câmara de Comércio Indústria Agricultura e Serviços (CCIAS) e Câmara do Comércio da Guiné-Bissau (CDC-GB) (Vide Anexo 2) Plataformas, Redes e Confederações (como é organizada, como é financiada, quantos membros tem, necessidades) Na Região de Quinara encontram-se presentes a Confederação das Mulheres de Atividades Económicas (AMAE); a Rede da Sociedade Civil para a Segurança Alimentar e Nutricional (RESSAN-GB) e a Rede das OSC do Sul (REOS) (Vide Anexo 3) Financiadores/Parceiros do Desenvolvimento A Guiné-Bissau, ao nível da cooperação multilateral e bilateral possui vários parceiros, entre os quais: o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Banco Mundial e o BOAD, a União Europeia, o Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul (IBAS), o PADES, a FAO, o PAM e o Camões, Instituto da Cooperação e da Língua (CICL) Setor privado O setor privado possui um papel importante na criação e geração de emprego, pelo que é um parceiro essencial na promoção da agricultura e luta contra a pobreza. O seu contributo é igualmente necessário para o investimento na produção agrícola sustentável, essencial para que a região possa enfrentar o desafio que representa alimentar milhares de famílias. Na região de Quinara existem poucas empresas privadas voltadas para a produção agrícola. 52

54 Os ponteiros De acordo com CPDA (2002) os ponteiros, geralmente designados agricultores modernos que dispõem de concessões fundiárias importantes (com um tamanho médio de 136 ha, variando entre 20 e ha). Foram identificadas 2200 concessões pelo Estado, das quais 1200 realmente produtivas, que cobrem 27% das terras agricultáveis (ou seja 9% da superfície total do país) e ocupam os melhores terrenos agrícolas. Em termos detalhados a situação, por Província, apresenta-se como se segue 20 : a. A zona Norte, com uma superfície há, tem 35% de solos com aptidão agrícola. Já foram concedidas o equivalente a 23% desses solos ( há); b. A zona Leste, com uma superfície de há, tem 31% dos solos aptos para a agricultura. Jforam concedidos cerca de 29% dessas terras ( há); c. A zona Sul, com uma superfície de há, dispõe de 34% de terra arável, dos quais 25% já foram concessionadas ( ha); O grave é que, de um total superior a dois mil concessionários, possuindo cerca de 300 mil há, somente 3,3% dessa área está sendo aproveitada de facto. Paralelamente às intenções de expansão dos ponteiros, a população rural, com base no fenómeno do cajueiro, também foi-se expandindo muito rapidamente na ocupação de novas terras 21. Foi neste contexto de explosão do cajueiro que, durante os anos de 1995 a 2003, a Lei da Terra foi concebida, discutida, aprovada e está a ser implementada Relações entre atores A figura seguinte mostra o posicionamento dos principais atores em relação ao setor agrícola de Quinara, quer em termos de proximidade, quer em termos de importância. Entre parênteses está o número de vezes que cada um foi mencionado. Por questões de clareza apenas foram incluídos os atores mencionados quatro ou mais vezes. 20 Ponteiro, Vias para a Modernização da Agricultura Privada na Guiné-Bissau, Entre os anos 1982 a 2002, essa expansão de cajueiros da população rural passou de cerca de há para mais de há. Estes foram feitos tendo como base os volumes exportados e a proporção de 400 kg por há. 53

55 Proximidade do setor agrícola (1 - Muito próximo; 4-Muito Afastado) Figura 11: Relação dos Principais Atores com o Setor Agrícola da Região de Quinara 5 4 BANCO (5) FAO (8) PAM (6) 3 DRA (11) 2 LVIA (4) ADS (6) DIVUTEC (9) 1 RA (5) AIFA/PALOP (5) Nível médio de importância (1 - Pouco Importante; 3 - Muito importante) A DRA foi o ator mais mencionado e com duas funções essenciais: distribuição de sementes e outros fatores de produção e condução da política de desenvolvimento agrícola. Caso a DRA deixe de ter condições de fazer o seu trabalho, quer por razões de instabilidade política, quer (e possivelmente relacionado com a instabilidade) por deixar de receber apoio da FAO e outras organizações internacionais, poderá haver uma diminuição da produção devido à paragem na distribuição de fatores de produção. Para ultrapassar esses constrangimentos, os agricultores poderão usar os seus próprios meios, organizarem-se comunitariamente ou recorrer a outros parceiros. Apesar de bastante importante, quer pela frequência com que foi mencionada, quer pelo valor de importância que lhe foi atribuído, foi considerado que se encontra relativamente próxima do setor agrícola. A DIVUTEC foi o segundo ator mais nomeado e tem como função a concessão de microcrédito e apoio aos agricultores através da distribuição de material e capacitação. As soluções, caso a DIVUTEC deixe de exercer as suas funções, tal como com a DRA, são o autofinanciamento, a organização comunitária e a procura de novos parceiros. A DIVUTEC é importante e está próxima do setor agrícola. A importância da DIVUTEC, por ser o que a diferencia das restantes OSC, deve-se muito provavelmente à sua atividade no que diz respeito ao microcrédito. Esta questão é corroborada pelo número de pessoas que mencionaram (ao longo das 3 regiões) a necessidade de um banco para a concessão de crédito agrícola. Seguindo a frequência com que foram nomeados vem a FAO, que é financiador e tem como papel distribuir sementes e apoiar os agricultores. Se a FAO falhar os agricultores deixam de receber apoio e a solução será usarem apenas os meios que têm, organizarem-se em cooperativas ou recorrer a outros parceiros. Apesar da sua importância, não só pelo valor que lhe foi dado, mas também pelo número de nomeações, está muito longe do setor agrícola. Esta distância explica-se pelo fato de a FAO não trabalhar diretamente no terreno. Fornece materiais agrícolas às DRA e são estas que depois as distribuem. 54

56 O PAM vem de seguida com bastante importância (mais do que a FAO), mas também bastante longe do setor agrícola. Por fim, vêm um conjunto de organizações da sociedade civil. Todas dão apoio aos agricultores através da distribuição de sementes, material e equipamento, capacitação e reabilitação de bolanhas (esta no caso da ADS). Têm um grau de importância médio a elevado e estão muito próximas do setor agrícola (mais do que os atores mais mencionados). 6.3 Pontos fortes e fracos Pontos fortes Bom relacionamento entre atores da região; Reforço da DRA através da instalação em Buba da sede do projeto PADES; Lançada a plataforma das OSC do Sul, que abrange Quinara, Tombali e Bolama/Bijagós (REOS); Existência de um Plano de Desenvolvimento Regional, embora a carecer de revisão; Bom funcionamento da Delegacia Regional do Plano, que tem inclusive um plano de atividades; Boa implantação da DRA na região Pontos fracos Fraca capacidade das administrações do setor para gerarem receitas próprias; Fraca capacidade da DRA para gerar receitas próprias; Fraca capacidade de acesso a fundos por parte das OSC; Elevada dependência de projetos para a realização de atividades (fator transversal a todos os atores). 55

57 CAPÍTULO 7: INFRAESTRUTURAS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE APOIO À AGRICULTURA 7.1 Infraestruturas Infraestruturas de bolanhas O ordenamento, reabilitação e reparação de bolanhas foi a primeira prioridade apontada pelos participantes nas oficinas de diagnóstico realizadas. A lista seguinte refere-se às necessidades apontadas para a região de Quinara: a) Ordenamento hidroagrícola e reparação das comportas dos rios S. Miguel, Gã-Cumba Beafada, Gã Becia, Gã Cumba e rio Grande de Can para melhoria das bolanhas de Gã- Para, Iusse, Nam-Balanta, Paiunco, Can, São Miguel, Can de Baixo, Pobreza, Samba, Sintchã Dumbu e Gã Tumane (Tite); b) Reabilitação de bolanhas em N kasol, N djassane, Gã Turé e Madina de Baixo (Empada); c) Reabilitação de bolanhas e construção de diques em Ponta Nova, Banta e Gambil Balanta (Tite); d) Reabilitação das comportas de Nhala, Bissasma, Iusse, Nan-Balanta e N tchudé (Tite); e) Reabilitação e construção de novos diques em Iusse e Nhala (Tite); f) Recuperação de canais de drenagem em Tite; g) Recuperação de diques em Gã Para, Gã Formoso, Cubambol e Gã-Djatra (Fulacunda) Infraestruturas rodoviárias e portuárias O esquema seguinte mostra as principais estradas da região: a ligação de Buba às sedes do setor e os acessos aos principais mercados. Foram também incluídas as estradas que vão ser reabilitadas no âmbito do UE-ACTIVA e do PADES. Foi feita uma estimativa 22 dos quilómetros por hora, quer fazendo efetivamente o percurso, quer através da informação recolhida localmente (Empada-Madina de Baixo e Empada-Pobreza). Esta informação permite confirmar a importância das estradas selecionadas para reabilitação e a posterior comparação quando tiverem sido reabilitadas. Figura 12: Resumo das principais estradas da região de Quinara Percurso Km Buba - Quebo 36 Buba - Batambali 30 Batambali - Empada 12 Empada - Madina de Baixo 33 Empada - Pobreza 25 Buba - Cubumba da Estrada (Cruzamento) 45 Cubumba da Estrada - Cubumba de Loja 4 Cubumba de Loja - Porto Cubumba 1,5 Buba - Fulacunda 30 Fulacunda - Nova Sintra Estimativa feita no tempo seco (Abril/Maio) com uma Toyota Hilux e um motorista experiente. 56

58 Nova Sintra - S. João 14 Nova Sintra - Tite 12 Tite N tchudé 7 N tchudé - Nova Sintra 19 A figura seguinte dá uma ideia dos principais portos existentes na região de Quinara (Vide Anexo 7). Figura 13: Mapa de Portos da Região de Quinara Infraestrutura de transformação A transformação de produtos agrícolas surgiu como a quarta prioridade na lista dos participantes das oficinas. As necessidades identificadas neste ponto prendem-se essencialmente com a transformação de frutas e produtos silvestres, como forma de fazer face ao excesso de produção e à sua conservação: Precisam de uma unidade de descasque de arroz ao nível das sedes de setor. A instalação desta unidade deve também ter em conta a manutenção das máquinas (peças sobresselentes e formação de técnicos); Pequenos centros de transformação de produtos silvestres; Uma unidade de transformação central para sumos e compotas em Fulacunda; Uma unidade de transformação de produtos agrícolas em Nhala (Buba); Pequenos centros de transformação de frutas nas seções em Empada Infraestruturas de armazenamento Aquando das oficinas de diagnóstico foi mencionada a necessidade de construção e reabilitação de armazéns de produtos agrícolas nas sedes das seções de Afia-Ugui, Bairro Alto, Balel (Buba), N kasol (Fulacunda) e Dando e Banta (Empada). 57

59 Nas visitas de campo foram visitados 2 dos armazéns existentes na região. O Armazém de Sementes situado na tabanca de Buba Tumbo (setor de Buba) foi construído em 2001 pela ONG AIFA-PALOP, como forma de garantir sementes para a comunidade local e é constituído por 2 compartimentos. 1 Moradia para o responsável pela gestão e segurança do espaço e, 1 Armazém. Este armazém, também chamado de Centro polivalente, é gerido por um representante designado pela comunidade, podendo ser arrendado a qualquer interessado. As receitas do arrendamento são geridas pela comunidade, servindo de apoio à camada juvenil, reparação e manutenção do próprio armazém e também nas despesas em situação de falecimento de algum membro da comunidade. Atualmente, devido às intempéries, o armazém encontra-se parcialmente danificado (cobertura de zinco) e sem qualquer produto no seu interior, estando os responsáveis em contato com as autoridades regionais (Governo da Região) e OSC, com o objetivo de encontrar recursos financeiros para a sua reabilitação. Existe em Empada um Clube de Agricultores criado no âmbito de um projeto da ADPP com financiamento do NEPAD. O Clube de Agricultores é constituído por 10 grupos de agricultores de 10 tabancas do setor. Cada grupo tem cerca de 60 pessoas das quais 40 mulheres e 20 homens, sendo o chefe do grupo uma mulher e o secretário um homem. Este Clube de Agricultores recebeu 1 armazém e 1 camião, os quais são geridos por uma Comissão de Gestão. Aquando da visita, como é possível ver pela imagem, o armazém estava alugado para a campanha do caju. O armazém encontra-se em bom estado de conservação Infraestruturas de pesquisa/formação A melhoria da capacidade técnica dos agricultores pode vir por duas vias: escola técnica agrícola, que forme jovens não só na área da produção, mas também da transformação e comercialização dos produtos e ainda em serviços associados à agricultura (mecânica, água, eletricidade) e em associativismo/cooperativas; e extensionistas (que poderão vir da escola técnica agrícola) para acompanhamento contínuo dos agricultores. Existem na região 2 infraestruturas que poderão ser reabilitadas para esse efeito: a Escola de Formação Profissional da ADPP e a Escola de Enfermagem de Nhala Acesso aos mercados Há necessidade de reabilitação do mercado em Fulacunda, dacriação de lumos e mercados em Brandão, N Tchudé, Tite e da reabilitação do Lumo de Nova Sintra. Nova Sintra tem um lumo, composto por uma estrutura apenas para proteção do sol. Está estrategicamente localizado num cruzamento onde confluem os acessos de Tite, Fulacunda e Bolama. É importante a construção de um mercado com condições de água e saneamento e que permita trabalhar todo o ano. Em Quinara existem apenas 3 lumos a funcionar: Buba-Cruzamento aos Domingos, Nova Sintra às Segundas-feiras e Fulacunda às Terças-feiras. 58

60 Figura 14: Mapa dos Lumos de Quinara 7.2 Máquinas e equipamentos de transformação Em 2015 foram entregues à DRA de Bafatá 250 motocultivadores para serem distribuídos a nível nacional. No início de 2016 foi dada uma formação de operadores de motocultivadores, os quais são provenientes das tabancas que irão beneficiar destas máquinas. Tomando como base a lista de formandos serão entregues em Quinara um total de 21 motocultivadores, distribuídos da seguinte forma: 3 para Tite, 9 para Fulacunda, 6 para Buba e 3 para Empada. Tabela 11: Lista de distribuição dos motocultivadores no quadro do projeto PRESAR Nº Setores Tabancas Área/ha Nome da Organização Nº de Motocultivador 1 Tite Djabada Porto 100 Agrupamento de Djabada Porto 3 2 Tumana 40 Agrupamento de Tumana 1 3 Binhalon 60 Agrupamento de Binhalom 1 4 Wana Estrada 45 Agrupamento de Wana Estrada 1 5 Cubanbol 70 Agrupamento de Cubanbol 1 Fulacunda 6 Gã-Djaura 30 Agrupamento de Gã-Djaura 1 7 GÃ-Turé 35 Agrupamento de Gã-Turé 1 8 Satecuta 30 Agrupamento de Satecuta 1 9 Bani 100 Agrupamento de Bani 2 10 Bodjol 30 Agrupamento de Bodjol 3 Buba 11 Ndjassane 40 Agrupamento de Ndjassane 3 12 Binhal 12 Agrupamento de Binhal 1 13 Empada Dar-resame 14 Agrupamento de Dar-resame 1 14 Gã-Tumane 10 Agrupamento de Gã-Tumane 1 Total Geral Fonte: DRA de Quinara,

61 7.3 Serviços Energia e água Na região de Quinara, a empresa SEFTECH INDIA está a construir uma central térmica através de financiamento do Governo da Índia. A referida central terá capacidade de gerar 5 MW de energia e irá beneficiar a população da região de Quinara e Tombali. Na região de Quinara não existe nenhum serviço público de fornecimento de água. O acesso a água é feito por meio de poços tradicionais e melhorados e em certos casos através de furos de água. Apesar dos investimentos na melhoria de acesso à energia e água, os dados do Censo Demográfico do ano de 2009 (INE, 2009) demostraram que a maioria da população está confrontada com problemas sociais, como falta de energia, falta de água potável, precariedade das habitações sociais, cuidados sanitários, saneamento básico, escassez de energia generalizada, entre outros aspetos Comunicação Rádios/Tv Comunitárias Na Região de Quinara existe a Rádio Papagaio, que funciona através da colaboração voluntária de cerca de 10 pessoas. Abrange toda a região de Quinara e também parte de Tombali e S. João (Bolama/Bijagós). Funciona das 05h00 às 13h30 e das 16h00 às 23h00. Encadeamento às 8h com a Rádio Pindjiquiti, às 9h00 com a RDPA, às 12:30 com a RSM, às 19h00 com a RDN e às 19:30 com a DW. Funciona através de receitas próprias (anúncios, spots, programas, etc.). As receitas são usadas para o pagamento das despesas e o que sobra é distribuído pelos colaboradores voluntários Transporte A tabela seguinte mostra os percursos que é possível fazer em transportes públicos e respetivas distâncias e custos. Tabela 12: Percursos de transportes públicos (candonga) Percurso Km Custo/pessoa (XOF) Observação Buba Fulacunda Buba Gandjatra Buba Nova Sintra Enxude-Tite Fulacunda-Ganpará Buba-Empada Buba Batambali Buba Catió Buba-Cubumba Fulacunda Nova Sintra Fulacunda-Enxude Carros / dia Buba-Fulacunda Muitos carros Nova Sintra - Enxude Nova Sintra São João

62 Buba Enxude Fulacunda Gã-Djatra Nova Sintra Tite Batambali Empada Empada Madina de Baixo Época Seca Época das Chuvas Com motorizada a na época da chuva Serviços financeiros Em Quinara existe apenas o banco BAO, recentemente inaugurado. A transferência de dinheiro via telemóvel é uma das vias mais eficientes para enviar/receber dinheiro em áreas remotas e/ou onde não haja Bancos ou outras agências de transferência Serviços de apoio a agricultura Existem na região de Quinara 3 Centros de Serviços Rurais (CSR), que fazem parte de um grupo de 15 CSR a nível nacional que surgiram no âmbito do Projeto de implementação de medidas de apoio ao setor rural bissau-guineense face ao aumento do arroz e de outros bens alimentares, terminado em Posteriormente estes Centros foram incluídos no Projeto de apoio às cooperativas agrícolas e agrupamentos de produtores de sementes das regiões de Bolama/Bijagós, Oio, Cacheu, Quinara e Tombali ( ), o qual teve como objetivo o reforço organizacional e institucional das associações que gerem os 15 Centros de Serviços Rurais e 22 Grupos de Produtores de Sementes e que originou uma Plataforma de Centros de Serviços Rurais. Figura 15: Localização dos Centros de Serviços Rurais na Região de Quinara 61

63 Tabela 13: Descrição dos serviços prestados nos Centros de Serviços Rurais CSR Tabanca Setor Serviços Estado Cultivo de arroz e milho. BUNAMLA Sintchã Lega Tite Descascadora, moinho, serralharia e ATIVO motocultivador AGRICAM Gampara Fulacunda Cultivo de arroz, horticultura, criação de animais. Descascadora, moinho, serralharia e motocultivador NÃO ATIVO AJDB Cultivo de arroz e milho. Djabada Tite Descascadora, moinho, serralharia e motocultivador. NÃO ATIVO Está previsto no projeto PADES o financiamento de microprojetos piloto tendo como base os Centros de Serviços Rurais da LVIA e os Clubes de Agricultores da ADPP Lojas de materiais agrícolas A região de Quinara não possui lojas especializadas em equipamentos, materiais e insumos agrícolas. No entanto, muitos dos equipamentos e materiais agrícolas podem ser encontrados nas lojas de materiais de construção ou nas feiras. 7.4 Pontos fortes e fracos Com base no diagnóstico foram identificados os seguintes pontos fortes e fracos Pontos fracos Existência de mercados e lumos em todos os setores; Boa capacidade de produção agrícola (bolanhas de água doce e salgadas); Existência de portos para ligação a Bissau (Enxudé e Gã-Para); Existência de infraestruturas de formação em Nhala e Empada (a necessitar de reabilitação); Mercado e lumo de Buba reabilitados recentemente; Existência de Centros de Serviços Rurais (Tite e Fulacunda) Pontos fracos Má rede viária; Mau acesso às áreas produtivas; Mau estado das bolanhas em geral (inundações frequentes); Elevada dependência do cultivo do arroz; Mau estado de conservação das infraestruturas de formação; Más condições de água e saneamento em todos os lumos (à exceção de Buba); Baixa taxa de utilização dos bens, equipamentos e infraestruturas recebidos no quadro dos projetos; Falta de dados oficiais e estatísticas relacionados com a atividade agrícola. 62

64 CAPÍTULO 8: PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO/INVESTIMENTO IMPLEMENTADOS, EM CURSO E PREVISTOS 8.1 Projetos implementados Projetos implementados no domínio de agricultura na região de Quinara (Vide Anexo 5): UE PAANE Programa de Apoio aos Atores Não Estatais (2011 a 2016) Projeto de apoio às cooperativas agrícolas e agrupamentos de produtores de sementes das regiões de Bolama/Bijagós, Oio, Cacheu, Quinara e Tombali (2011 a 2014) PDSA Programa Descentralizado de Segurança Alimentar e Nutricional nas Regiões da Guiné-Bissau II (2011 à 2014) PRRDC Projeto de Reabilitação Rural Dirigido às Comunidades (2008 a 2013) Aumento do Estado Económico das Mulheres em Empada, Guiné-Bissau, através da Agro produção e Comercialização (2014 a 2015) 8.2 Projetos em curso Estão em curso na região de Quinara seguintes projetos (Vide Anexo 6): PADES - Projet d'appui au Développement Economique des Régions du Sud UE-ACTIVA - Ações Comunitárias Territoriais Integradas de Valorização Agrícola (PROGRAMA) (2015 à 2019) UE-ACTIVA - Ações Comunitárias Territoriais Integradas de Valorização Agrícola Eixo 1 Melhoria da Governação Territorial (2015 à 2019) 8.3 Investimentos públicos Os investimentos públicos destinados ao setor agrícola são provenientes de duas fontes: i) interno (imposto e taxas recolhidos pelo Governo) e; ii) externo (parceiros multilaterais e bilaterais). Os fundos provenientes da fonte externa, em alguns casos são donativos em outros empréstimos (dívidas contraídas). Nos últimos 5 anos ( ) foram investidos em torno de 20.9 bilhões de FCFA no setor agrícola. Destes 53% eram provenientes de donativos, 40% empréstimos e apenas 6% fundos internos. De acordo com os relatórios de OGE, nos últimos 3 anos ( ), o percentual dos investimentos públicos destinados ao setor agrícola caíram de 25,23% para 17,39% e 10,12% respetivamente 2014, 2015 e Em termos de volume de investimento também verificou queda nos últimos 4 anos, de 8.08 bilhões de FCFA em 2013 para 5.55 em Tabela 14: Distribuição do Programa de Investimento Público (PIP) Ano Interno Donativo Empréstimo Total % ,991 2,893 2,564 7,474 14, ,750 4,581,841 3,250,000 8,081,591 20, ,750 3,498,905 4,043,496 7,732,151 25, ,900 4,210,941 2,643,496 7,464,337 17, ,008,845 2,912,080 1,633,350 5,554,275 10,12 Fonte: OGE (2012, 2013, 2014, 2015 e 2016) 63

65 8.1.1 Governo através de terceiros/parceiros O Governo possui importantes parceiros financeiros e técnicos no setor agrícola, nomeadamente: FIDA, ASDI, BM, BAD, BOAD, EU, BID, USAID, Fundo Kwait, CECI Fundo Canadiano, ITC Centro Internacional de Tripanossomiase, Cooperação Francesa, Cooperação Portuguesa, Cooperação Chinesa, Cooperação Espanhola, Cooperação Italiana, Cooperação Japonesa, Cooperação Holandesa, Cooperação Argélia e Suíça. 64

66 PARTE III ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS DO PLANO 65

67 CAPÍTULO 9: ORIENTAÇÕES ESTRATÉGIAS As orientações estratégicas do PDAR são, por um lado, fundamentadas com base nos documentos de referência nacional no domínio da agricultura e, por outro lado, complementadas com a visão de vários atores estatais (MADR, DRA, Gabinete de Plano e Autoridades Locais), Atores Não Estatais (ONGs, Associações, Cooperativas, Plataformas, Redes e setor privado) e comunidade. Todas as ações definidas neste Plano resultam das necessidades manifestadas pelas organizações locais e comunidades da região nos encontros realizados ao nível das seções, setores e Bissau. Nas seções participaram 247 tabancas, representadas por 983 pessoas, entre os quais 692 homens e 291 mulheres. 9.1 Visão A visão do presente Plano expressa as vontades dos diferentes atores auscultados durante a elaboração do PDAR e tem como base as políticas, estratégias e programas do Governo, nomeadamente DENARP II, Plano Estratégico e Operacional Terra Ranka, Carta da Política de Desenvolvimento Agrário e PNIA. Visão da região de Quinara no domínio da agricultura: A região de Quinara será uma região com agricultura diversificada e moderna, que assentará no desenvolvimento de culturas estratégicas. A agricultura natural será privilegiada e respeitado os princípios de preservação da biodiversidade mediante a implementação de uma agricultura equilibrada e sustentável. A região de Quinara planeia obter a autossuficiência em matéria de produtos alimentares até 2021 e em 2026 tornar-se exportador. Pretende transformar-se numa referência nacional pela sua excelência na produção, com uma melhor gestão de água, assente no aproveitamento sustentável dos recursos naturais, isto é, das potencialidades existentes, e capaz de garantir a melhoria de qualidade de vida da sua população. 9.2 Eixos estratégicos Os Eixos estratégicos definidos no PDAR seguem a orientação do PNIA, a saber: 1. Promoção das fileiras de produção vegetal; 2. Gestão durável dos recursos naturais (água, solos e florestas); 3. Pesquisa e conselhos agrícolas; 4. Reforço institucional e coordenação setorial. 9.3 Objetivo Os objetivos definidos no presente Plano estão alinhados com os pilares do PDDAA, referência orientadora do PNIA. O quadro abaixo ilustra a ligação entre os objetivos definidos no PDAR e os pilares do PNIA. 66

68 Objetivos do PDAR Pilares do PNIA O1. Melhorar as infraestruturas rurais: P2. Melhorar as infraestruturas rurais e as Ordenamentos hidroagrícolas. capacidades comerciais para facilitar o acesso aos mercados. O2. Melhorar as infraestruturas rurais: P2. Melhorar as infraestruturas rurais e as Desencravamento das zonas de produção. capacidades comerciais para facilitar o acesso aos mercados. O3. Melhorar as infraestruturas rurais: Construção P2. Melhorar as infraestruturas rurais e as e reabilitação de armazéns e de infraestruturas de capacidades comerciais para facilitar o acesso aos comercialização. mercados. O4. Reforçar o desenvolvimento das fileiras das P1. Aumentar de forma sustentável as superfícies culturas alimentares. cultivadas e a sua produtividade, acompanhadas por sistemas fiáveis de controlo e gestão de água. O5. Melhorar a promoção das culturas de P1. Aumentar de forma sustentável as superfícies exportação. cultivadas e a sua produtividade, acompanhadas por sistemas fiáveis de controlo e gestão de água. O6. Reforçar a gestão integrada dos recursos P1. Aumentar de forma sustentável as superfícies hídricos. cultivadas e a sua produtividade, acompanhadas por sistemas fiáveis de controlo e gestão de água. O7. Reforçar a gestão durável da fertilidade dos P1. Aumentar de forma sustentável as superfícies solos. cultivadas e a sua produtividade, acompanhadas por sistemas fiáveis de controlo e gestão de água O8. Reforçar a gestão durável dos recursos P1. Aumentar de forma sustentável as superfícies florestais. cultivadas e a sua produtividade, acompanhadas por sistemas fiáveis de controlo e gestão de água. O9. Reforçar os serviços de suporte aos P4. Melhorar a pesquisa e vulgarização agrícola, a produtores. adoção e a difusão de tecnologias. O10. Apoiar o desenvolvimento das inovações P4. Melhorar a pesquisa e vulgarização agrícola, a tecnológicas. adoção e a difusão de tecnologias. O11. Melhorar o ambiente institucional do setor P4. Melhorar a pesquisa e vulgarização agrícola, a agrícola. adoção e a difusão de tecnologias. O12. Reforçar as capacidades dos atores do setor P4. Melhorar a pesquisa e vulgarização agrícola, a agrícola. adoção e a difusão de tecnologias. O13. Reforçar a prevenção e gestão das crises P3. Aumentar o aprovisionamento dos produtos alimentares. alimentares, reduzir a fome e melhorar as estratégias de aprovisionamento O14. Melhorar o ambiente comercial. P2. Melhorar as infraestruturas rurais e as capacidades comerciais para facilitar o acesso aos mercados. 9.4 Resultados Os resultados esperados estão alinhados com os 14 objetivos do PDAR. Para medir os resultados intermediários e finais das ações foram definidos os indicadores tipo. Tendo em conta a escassez e em muitos casos a falta de disponibilidade de dados, é aconselhável realizar estudos de base antes de iniciar as ações para permitir medir o desempenho ou performance da implementação do PDAR. Indicadores chaves Resultados esperados Melhoradas as infraestruturas rurais: Indicadores chaves (PNIA) - Superfícies de pequenos vales ordenados (ha) - Superfícies de arrozais de mangal ordenados (ha) 67

69 Ordenamentos hidroagrícolas Melhoradas as infraestruturas rurais: Desencravamento das zonas de produção Melhoradas as infraestruturas rurais: Construção e reabilitação de armazéns e de infraestruturas de comercialização Reforçado o desenvolvimento das fileiras das culturas alimentares Melhorada a promoção das culturas de exportação Reforçado a gestão integrada dos recursos hídricos Reforçado a gestão - Taxa de valorização das superfícies ordenadas (%) - Superfícies irrigadas (ha) - Número de irrigações - Metro linear de pistas rurais (km) - Qualidade das obras - Número de infraestruturas construídas ou reabilitadas - % de infraestruturas construídas ou reabilitadas funcionais - Número de mercados rurais melhorados - % de mercados rurais melhorados funcionais - Superfícies cultivadas de cereais e tubérculos (ha) - Quantidades de sementes distribuídas (ton.) - Proporção de sementes utilizadas (%) - Proporção das superfícies de culturas alimentares com sementes melhoradas (%) - Rendimentos obtidos (arroz, cereais secos e tubérculos) (kg/ha) - Produção obtida (arroz, cereais secos e tubérculos) (Ton.) - Quantidade de adubo posto à disposição dos agricultores (Ton.) - Proporção das superfícies alimentares com adubos orgânicos (%) - Proporção de superfícies alimentares com adubos orgânicos e químicos (%) - Número de novas variedades vulgarizadas - Proporção de superfícies cultivadas com máquinas (ha) - Proporção de superfícies cultivadas com tração animal (ha) - Superfícies cultivadas de horticultura (ha) - Número de perímetros irrigados destinados à horticultura - Proporção de superfície de perímetros hortícolas equipadas com infraestruturas de irrigação modernas (%) - Número de explorações suburbanas criadas - Número de empregos criados - Número de grupos de interesse económicos criados - Índice dos preços dos produtos alimentares /Índice de preços no consumo (%) - Rácio preço aos produtores/preço ao consumidor dos principais produtos alimentares (%) - Avaliação da balança comercial alimentar (%) - Viveiros de espécies de produtos florestais não lenhosos - Proporção de produtores enquadrados no setor - Taxa de crescimento da produção por cultura de exportação (%) - Taxa da comercialização por Especulação (%) - Taxa de transformação por especulação da exportação (%) - Índice de diversificação das exportações agrícolas (%) - Índice dos preços dos produtos exportados/índice dos preços no consumo (%) - Evolução da balança comercial do subsetor da produção (%) - Número de associações de comercialização ou de transformação criadas - Estruturas de apoio à exportação criadas e operacionais - Número de comités de gestão de sistemas de irrigação e de usuários constituídos e operacionais - Participação dos beneficiários nas atividades de manutenção e de gestão (%) - Produtividade das culturas irrigadas (kg/ha) - Proporção de superfície irrigadas (%) - Proporção de superfície irrigadas utilizadas (%) - Número de organizações camponesas implicadas na gestão da fertilidade 68

70 durável da fertilidade dos solos Reforçado a gestão durável dos recursos florestais Reforçado os serviços de suporte aos produtores Apoiado o desenvolvimento das inovações tecnológicas Melhorado o ambiente institucional do setor agrícola Reforçado as capacidades dos atores do setor agrícola Reforçado a prevenção e gestão das crises alimentares Melhorado o ambiente comercial dos solos - Número de produtos formados na gestão da fertilidade dos solos - Número de melhorias agronómicas da fertilidade dos solos difundidos - Número de operações de conservação e de restauração dos solos realizadas - Taxa de aplicação de fertilidade de solo - Número de produtores concernentes por estas operações - Superfície plantada e Reflorestada (ha) - Proporção de produtores que praticam a agro floresta - Número de planos de gestão das espécies rurais realizados - Superfícies desmatadas (ha) - Número de Áreas Protegidas criadas - Número de florestas comunitárias criadas - Número de prestações Operacionais - Taxa de enquadramento dos Produtores (%) - Rácio da vulgarização (%) - Número de tecnologias melhoradas difundidas pelo sistema nacional de pesquisa e vulgarização agrícola - Proporção de produtores que têm contato com as tecnologias difundidas (%) - Taxa de adoção das tecnologias difundidas (%) - Existência de sistema de análise estratégica, revisão e gestão de conhecimentos no setor agrícola - Existência do sistema de gestão financeira funcional - Existência de sistema de gestão administrativa - Existência de financiamento adequado para os rurais pobres e as empresas do setor - Existência do sistema adequado de seguro e de cobertura de riscos - Existência de uma política de segurança fundiária - Existência do sistema de gestão do pessoal - Efetivo dos recursos humanos em conformidade com o nível de estudo - Efetivo dos recursos conforme a especialidade - Existência do sistema de seguimento-avaliação - Nível de satisfação dos parceiros técnicos e Financeiros (%) - Número de projetos em Execução - Número de relatórios anuais sobre o estado da situação alimentar - Taxa de realização das recomendações do relatório anual sobre o estado da situação alimentar (%) - Existência do Comité Interministerial para a Segurança Alimentar - Existência do sistema de alerta Precoce - Existência de mecanismos de resposta às situações de crise alimentar - Número de beneficiários - Contribuição do comércio dos produtos agrícolas no PIB (%) - Número de exportadores - Número de produtos do sector agrícola exportados 69

71 9.5 Atividades prioritárias As atividades prioritárias identificadas articulam em torno dos resultados, cobrindo praticamente todo o setor agrícola (sentido lato) e tomam em consideração os domínios transversais, como o reforço institucional, a pesquisa aplicada e vulgarização agrícola, assim como integram as dimensões género, ambiente e social. As orientações estratégicas do Plano são agrupadas em dois níveis (regional e setorial) e seguem uma lógica de relação e dependência, conforme a figura abaixo. Eixos estratégicos Objetivos Resultados Atividades prioritárias 9.6 Orientações técnicas As orientações técnicas visam guiar a implementação das ações de forma efetiva tendo em conta os objetivos do PDAR e as recomendações retidas durante a sua elaboração. As orientações técnicas são estruturadas por objetivos. O1. Melhoria das infraestruturas rurais: Ordenamentos hidroagrícolas A finalidade dos ordenamentos hidroagrícolas consiste na gestão da água para uma agricultura mais produtiva, diversificada e mais duradoura numa perspetiva de redução da insegurança alimentar e da pobreza. Importante que as ações de ordenamento hidroagrícola incluam estudos técnicos detalhados (pedológico, topográfico, hidráulico e hidrológicos) e sejam acompanhados por técnicos da área. Ainda é recomendável a realização de estudos socioeconómicos e de impacto ambiental e social. O2. Melhoria das infraestruturas rurais: Desencravamento das zonas de produção A reabilitação e/ou a construção de pistas, pontes e de portos visa o desencravamento das principais zonas de produções alimentares da região. As ações de reabilitação ou construção devem incluir estudos preliminares (topográfico, geotécnicos e socioeconómicos e ambientais) e acompanhado por técnicos da área. Ainda é recomendável a realização de estudos socioeconómicos e de impacto ambiental e social. O3. Melhoria das infraestruturas rurais: Construção e reabilitação de armazéns e de infraestruturas de comercialização A realização de obras de reabilitação e/ou de construção de armazéns dos produtos agrícolas (lojas individuais ou coletivas) e o melhoramento das infraestruturas dos principais mercados rurais (lumos) visam suportar a criação de infraestruturas logísticas de base para o desenvolvimento da comercialização de produtos agrícolas das fileiras comerciais. Os armazéns são destinados principalmente para acondicionamento de cereais, podendo ser utilizado para armazenamento de outros produtos como também de insumos, utensílios, equipamentos e máquinas agrícolas. Os pátios de secagem são utilizados principalmente para secagem de cereais, podendo ser utilizado para secagem de outras culturas. Recomenda-se inicialmente a 70

72 confirmação da propriedade (dono) da infraestrutura (caso de reabilitação) e de terreno (caso de construção) antes da ação. Ainda é importante a verificação de enquadramento urbanístico da construção ou reabilitação e realização de estudos técnicos detalhados antes do início da ação. O4. Reforço do desenvolvimento das fileiras das culturas alimentares O reforço do desenvolvimento das fileiras das culturas alimentares visa o aumento da produção, melhoria da produtividade, a diversificação, a redução de custos de produção, a criação de infraestruturas de armazenamento e de conservação, e o desenvolvimento das atividades de transformação e de transporte. É necessário promover a atração das fileiras dos produtos alimentares para favorecer o interesse, sobretudo dos jovens e do setor privado que podem investir na produção, na transformação e na comercialização. O5. Melhoria da promoção das culturas de exportação Para a melhoria do desenvolvimento das culturas de exportação é importante a realização de estudo/diagnóstico sobre a integração do comércio regional e internacional. O estudo/diagnóstico deve identificar e analisar, sobretudo, as culturas prioritárias para a exportação e propor ações orientadas para melhorar a competitividade e a imagem de marca das culturas selecionadas. O6. Reforço da gestão integrada dos recursos hídricos Para que a região possa aproveitar dos recursos hídricos, é necessário adotar uma política e ações de gestão eficiente e sustentável deste recurso. Neste sentido, as ações propostas deverão permitir reforçar o impacto das ações desenvolvidas no âmbito de ordenamento hidroagrícola. O7. Reforço da gestão durável da fertilidade dos solos A utilização massiva de técnicas de queimadas e desmatação, combinadas com técnicas agrícolas pobres (especialmente no planalto), provocam a laterização do solo e assim como o assoreamento dos pequenos vales. Para promover uma agricultura sustentável, é necessário privilegiar o respeito pelo meio ambiente, limitar o uso dos produtos fitossanitários e a utilização excessiva de fertilizantes, praticar a rotação das culturas, pousio e preservação das bacias hidrográficas e assim desenvolver uma agricultura que respeita o meio ambiente. O8. Reforço da gestão durável dos recursos florestais O sucesso da gestão durável dos recursos florestais é baseado na necessidade de responsabilizar os interessados, dando-lhes a responsabilidade direta e total, inclusive para a realização de operações reais, sob a autoridade e controlo dos atores locais, ou seja, a efetiva participação nas decisões através de um espaço de representação sobre a gestão dos recursos florestais. A responsabilização deve ser considerada como uma prioridade. Os objetivos são, por um lado o reforço das instituições envolvidas e, por outro, o reforço do papel das comunidades rurais para melhorar a conservação e o uso sustentável dos recursos florestais e naturais. O9. Reforço dos serviços de suporte aos produtores As atividades neste domínio visam reforçar as parcerias entre os atores do sistema de pesquisa e conselhos agrícolas, ligados essencialmente a seguintes aspetos de formação e demonstração 71

73 pelos camponeses (campos escola), o relance da formação da profissionalização em agricultura e o suporte ao desenvolvimento do subsetor das sementes. O10. Apoio do desenvolvimento das inovações tecnológicas O apoio ao desenvolvimento das inovações tecnológicas visa a realização de ações de suporte aos programas de pesquisa e de difusão de técnicas de suporte ao funcionamento dos centros de pesquisa e de especialização. Deve incluir o apoio à pesquisa, a difusão de novas tecnologias e apoios institucionais. O11. Melhoria do ambiente institucional do setor agrícola A melhoria do ambiente institucional do setor agrícola visa contribuir para o reforço dos mecanismos de coordenação e de programação entre os diferentes serviços do Ministério, entre o Ministério e outros departamentos e instâncias governamentais, entre o Ministério e os seus parceiros técnicos e financeiros, entre o Ministério e as OSC, entre as OSC e os parceiros técnicos e financeiros. O12. Reforço das capacidades dos atores do setor agrícola Para alcançar este objetivo, a estratégia levada a efeito deve repousar sobre uma abordagem participativa, que requer um diálogo permanente e interativo dos principais atores concernentes no desenvolvimento agrícola da região. O reforço das capacidades deve passar pela identificação das reais necessidades dos diferentes serviços técnicos do MADR e dos principais atores que intervêm no mundo rural, em meios humanos e materiais. A formulação de um programa de reforço de capacidades deve incluir vertentes de formação em vários domínios assim como a formulação de políticas e estratégias de desenvolvimento agrícola e rural, as técnicas de produção, os equipamentos no meio rural, as negociações comerciais, a gestão e a liderança Reforço da prevenção e gestão das crises alimentares No quadro desta ação, o objetivo é de contribuir para a melhoria do dispositivo de prevenção e de gestão das crises e das situações de insegurança alimentar. Mais especificamente, trata-se de tornar o dispositivo de prevenção e de gestão das crises capazes de integrar as diferentes formas de risco alimentar, reforçar os órgãos encarregados de fornecer as informações e as análises sobre a segurança alimentar e de apoiar a instalação e o funcionamento dos Comités. O14. Melhoria do ambiente comercial A melhoria do ambiente comercial visa o desenvolvimento do ambiente comercial, direcionadas para o comércio interno, assim como para o comércio sub-regional. Com esta ação pretende-se criar melhores condições para a obtenção de informações sobre os mercados, respeito rigoroso da livre circulação de pessoas e bens, apoios logísticos, instalação de laboratórios de referência para a certificação da qualidade dos produtos agrícolas, entre outros. 9.7 Origem dos investimentos A implementação do PDAR ( ) irá exigir a mobilização de recursos (humanos, financeiros, materiais) necessário para implementar as ações inscritas no PDAR, necessárias para impulsionar o crescimento de produção e produtividade, melhorar a competitividade e sustentabilidade e, aumentar rendimento dos agricultores rurais. Os fundos serão mobilizados 72

74 quer através de fontes interno (OGE) e externo (parceiros multilaterais e bilaterais) e fundos privados através dos investimentos nacionais e estrangeiros. Interno Externo Origem Tipo Fontes Público OGE Privado Investidores nacionais Comunidades Público Parceiros multilaterais Parceiros bilaterais Privado Investidores estrangeiros Tendo em conta a carência dos recursos (sobretudo interno), a coordenação e concertação/cooperação entre as diferentes instituições e serviços serão importantes para efeito de otimização dos investimentos. Ainda a organização dos produtores rurais em associações ou cooperativas pode trazer benefícios em termos de redução dos custos sobretudo de armazenamento, equipamentos, melhorar a produção e aumentar os lucros dos produtores. De modo que devem ser privilegiadas a coordenação dos investimentos e organizações dos produtores. 73

75 CAPÍTULO 10: O QUADRO DE IMPLEMENTAÇÃO, MONITORIA E AVALIAÇÃO 10.1 Matriz de responsabilidade De acordo com PNIA (ponto Coordenação regional) os DRAs, sob a autoridade do Diretor regional, são a nível regional a estrutura responsável pela implementação, seguimento e avaliação das ações no domínio de agricultura. No entanto, outros atores trabalham e jogam papel importante no domínio da agricultura, portanto devem ser envolvidos no processo de implementação, monitorização e avaliação. Instituições Responsabilidade Mobilização Implementação Coordenação Monitorização Avaliação MADR DRA Governo regional Gabinete de Planificação Regional IBAP OSC Sector privado Autoridades tradicionais Beneficiários Financiadores 10.2 Estruturas de seguimento e avaliação A definição da(s) estrutura(s) de seguimento deve envolver todos os stakeholders no processo de tomada de decisão, com definição clara do papel e responsabilidades de cada um, de forma a garantir que: i) os planos definidos sejam complementos do PDAR; ii) as ações a realizar façam parte das atividades normais da DRA e; iii) o PDAR seja adotado pelas OSC e apropriados pelas populações locais. A coordenação dos programas, projetos e atividades devem ser feitas através de Comités de Pilotagem ao nível regional para: i) evitar sobreposição de atividades; ii) criar sinergias e; iii) promover a concertação e coordenação de metodologias de trabalho dos vários atores. No caso de projetos que exigem uma abordagem integrada, para além do Comité de Pilotagem deverá haver um Comité Técnico/Científico local. A DRA deve participar ativamente, reforçar a coordenação, planeamento e monitoria com e entre os atores intervenientes no domínio de agricultura e acelerar a consecução das ações inscritas no PDAR. Os técnicos da DRA desempenharão um papel crucial na supervisão e liderança, na implementação do PDAR sem descurar o papel que deverão ter outras partes interessadas particularmente as OSC e as comunidades. Porém, o mecanismo de seguimento e avaliação para medir regularmente o progresso alcançado na realização das ações prioritárias deverá ancorar-se nos sistemas atualmente existentes no país (Sistema de monitoria do GAPLA). Assim, o seguimento e avaliação do PDAR será efetuado em parceria com parceiros de desenvolvimento, seguindo os princípios de Gestão com Base em Resultados. Os seguimentos das atividades no terreno serão feitos através de visitas periódicas e conjuntas. As OSC apoiarão 74

76 na identificação das fontes de informação disponíveis bem como no reforço da recolha e gestão de informação e dados. A DRA preparará conjuntamente com parceiros relatório de progresso alcançado na implementação do PDAR que será objeto de discussão e validação. As informações sobre os investimentos e ações levados a cabo nas regiões referentes a agricultura devem ser discutidas em três níveis: i) Nível técnico entre os representantes dos projetos, idealmente cada mês; ii) Ao nível regional nos encontros do Gabinete do Plano, cada trimestre e; iii) Nível central no MADR cada semestre. No fim da vigência do Plano uma avaliação externa, independente e isenta será levada a cabo no final da implementação do PDAR (2017 a 2021). Apresenta-se os requisitos de informação para elaboração da matriz de monitoria e avaliação tipo para recolha, análise, comunicação e a utilização de informações sobre o progresso do Plano. Requisitos de informação de matriz de monitoria 1. Identificação 1.1. Nome da organização 1.2. Pessoa de contato 1.3. Título do projeto 1.4. Área geográfica de intervenção 1.5. Período de implementação 1.6. Objetivos gerais e específicos 1.7. Resultados esperados 1.8. Atividades definidas 1.9. Montante 2. Enquadramento no PDAR 2.1. Eixos estratégicos 2.2. Objetivos 2.3. Resultados 2.4. Atividades prioritárias 3. Seguimento 3.1. Atividades realizadas 3.2. Resultados atingidos 3.3. Investimentos realizados 4. Avaliação 4.1. Relevância 4.2. Eficácia 4.3. Eficiência 4.4. Impacto 4.5. Sustentabilidade 75

77 Nível regional: Objetivos e atividades prioritárias da região de Quinara Eixos estratégicos Objetivos Resultados Atividades prioritárias Promoção das Fileiras de Produção Vegetal Melhorar as infraestruturas rurais Reforçar o desenvolvimento das fileiras das culturas alimentares Melhorar a promoção das culturas de exportação asmelhoria das infraestruturas rurais: Ordenamentos hidroagrícolas Melhoria dasas infraestruturas rurais: Desencravamento das zonas de produção Melhoria dasas infraestruturas rurais: Construção e reabilitação de armazéns e de infraestruturas de comercialização Reforçado o desenvolvimento das fileiras das culturas alimentares Melhoria daa promoção das culturas de exportação As atividades prioritárias no domínio de ordenamento hidroagrícola estão indicadas nos planos setoriais. As atividades prioritárias no domínio de ordenamento hidroagrícola estão indicadas nos planos sectoriais. As atividades prioritárias no domínio de ordenamento hidroagrícola estão indicadas nos planos setoriais. Facilitar acesso a sementes melhoradas, produtos fitossanitários, fertilizantes. Facilitar acesso a estacas melhoradas. Apoiar no ordenamento dos perímetros hortícolas (vedação, parcelamento, sistema de irrigação etc.). Apoiar a criação e gestão de unidades de transformação, conservação e comercialização de óleo de palma. Apoiar a criação e gestão de unidades de transformação, conservação e comercialização de cereais e tubérculos/raízes. Apoiar a criação e gestão de unidades de transformação, conservação e comercialização de cereais. Apoiar a criação e gestão de unidades de transformação, conservação e comercialização de frutas e legumes. Apoiar no combate aos inimigos das culturas na região, priorizando o combate natural. Apoiar na transformação, conservação e comercialização de caju numa zona estratégica na região. Apoiar a exportação dos seguintes produtos: abóbora, feijão, inhame, mancara, mandioca, manga, laranja, limão, banana, etc. Gestão Durável Reforçar a gestão Reforçado a gestão Apoiar as iniciativas de vulgarização de sistemas de irrigação eficientes e adaptados. 76

78 dos Recursos Naturais (água, solos e florestas) integrada dos recursos hídricos Reforçar a gestão durável da fertilidade dos solos integrada dos recursos hídricos Reforçado a gestão durável da fertilidade dos solos Apoiar e incentivar a produção e uso de composto orgânico. Incentivar a rotação das culturas. Apoiar o recenseamento dos solos degradados e os classificar por ordem de prioridade. Apoiar a atualização do inventário florestal. Reforçar a gestão durável dos recursos florestais Reforçado a gestão durável dos recursos florestais Apoiar a criação de zonagens agroecológicas (zonas de reserva, produção e pastagem). Apoiar o repovoamento florestal e mangais. Apoiar a introdução de Fogões melhorados. Apoiar a capacitação de diferentes atores no domínio da prevenção e gestão do fogo. Apoiar a realização do herbário da flora. Reforçar as capacidades dos Comitês de Gestão das Florestas comunitários e dos parques naturais. Reforçar as capacidades técnicas do Serviço Florestal. Apoiar e incentivar as parcerias entre instituição de ensino/pesquisa e produtores. Pesquisa e Conselhos Agrícolas Reforçar os serviços de suporte aos produtores Reforçado os serviços de suporte aos produtores Apoiar e divulgar a pesquisa camponesa. Instituir, equipar e colocar os extensionistas rurais para apoiar os agricultores. Reforçar a capacidade de intervenção e apoio técnico das estruturas regionais junto dos agricultores (recursos humanos, materiais e financeiros). Reforço Institucional e Coordenação Setorial Melhorar o ambiente institucional do setor agrícola Melhoria do ambiente institucional do setor agrícola Apoiar a alfabetização funcional dos produtores (sobretudo as mulheres). Apoiar a criação de um quadro de concertação entre os diferentes atores intervenientes no sector agrícola. Apoiar a divulgação de leis, políticas e programas agrícolas. Apoiar campanhas de prevenção e iniciativas de gestão de conflito entre os utilizadores (agricultores e criadores). Apoiar na posse e legalização de boas terras ao benefício das mulheres. Apoiar a criação e legalização das associações e cooperativas dos produtores. Apoiar a criação de iniciativas de poupança e credito. Melhorar o acesso a fatores de produção (motocultivadores, tratores, motobombas, ceifeira e debulhadora, pulverizadores etc.). 77

79 Reforçar as capacidades dos atores do setor agrícola Reforçar a prevenção e gestão das crises alimentares Reforçado as capacidades dos atores do setor agrícola Reforçado a prevenção e gestão das crises alimentares Apoiar a criação da unidade de transformação e conservação numa zona estratégicaa para os seguintes produtos: óleo de palma, mandioca, mancara, inhame, manga, laranja e banana. Apoiar na aquisição e gestão de máquina de descasque de arroz. Apoiar na aquisição e gestão de moinho de cereais e tubérculos/raízes. Facilitar acesso o equipamento de extração e transformação do mel. Apoiar a criação de unidade tratamento de embalagem reutilizável. Apoiar a criação de loja de materiais de transformação e conservação. Apoiar e incentivar a organização de eventos agrícolas (feiras, dia mundial de Alimentação, dia de Mulher rural). Premiar anualmente os maiores e melhores produtores. Apoiar a capacitação dosprodutoressobre itinerário técnico das culturas alimentares. Apoiar a formação de jovens no domínio de maneio, manutenção, reparação de máquinas e equipamento agrícolas. Apoiar na formação e capacitação no domínio de gestão, logística e contabilidade etc. Promover a fabricação local dos materiais agrícolas. Promover e incentivar formação dos extensionistas agrícolas. Apoiar e incentivar visitas de intercâmbio a nível regional, nacional, sub-regional e internacional. Apoiar a formação no domínio (técnica) de transformação e conservação dos produtos agrícolas. Apoiar a formação do domínio gestão dos recursos naturais. Apoiar a formação no domínio de manutenção e gestão das obras hidroagrícolas. Apoiar a organização dos produtores em associações, redes, cooperativas agrícolas, federações etc. Apoiar e incentivar a formação de organizações das mulheres agricultoras em liderança feminina. Apoiar a formação dos líderes tradicionais sobre igualdade e equidade do gênero. Apoiar a formação dos agricultores familiares sobre corresponsabilização dos homens e mulheres no domínio agrícola. Apoiar a recolha e tratamento de dados estatísticos agrícolas e a sua difusão. Apoiar e incentivar a demonstração culinária. Apoiar a criação e funcionamento do CONSAN. 78

80 Melhorar o ambiente comercial Melhoria do ambiente comercial Apoiar e incentivar a realização de feiras agrícolas regionais.is Apoiar a melhoria das infraestruturas (saneamento) dos lumos. Apoiar a gestão dos lumos. Apoiar na comercialização de produtos locais. Apoiar na produção e difusão de informação sobre o mercado agrícola. 79

81 Nível setorial: Objetivos e atividades prioritárias do Setor de Buba Localidade Eixos estratégicos Objetivos Resultados (Secção) Promoção das Fileiras de Produção Vegetal Melhorar as infraestruturas rurais Melhoria dasas infraestruturas rurais: Ordenamentos hidro agrícolas Melhoria dasas infraestruturas rurais: Desencravamento das zonas de produção Melhoria dasas infraestruturas rurais: Construção e reabilitação de armazéns e de infraestruturas de comercialização Bacar Conté Banta Ndjassane Nhala Ntunghane Bacar Conté Buba Nhala Bacar Conté Banta Buba Ndjassane Nhala Ntunghane Atividades prioritárias Ordenamento hidroagrícola das bolanhas de Samba Ulé e Djidjia. Construção de bacias de retenção da água em bolanha de Samba Ule e Djidjia. Ordenamento hidroagrícola nas bolanhas de Banta (Ieng); Bale Samba e Ndaliel. Ordenamento hidroagrícola da bolanha de N casso. Ordenamento hidroagrícola nas bolanhas de Nhala (Sebé, Buibara e Gunti) e Farinbali. Ordenamento hidroagrícola nas bolanhas de Gã M bire Beafada e Pega Teso 1. Reabilitação de bas-fonds em Ntunghane (Gaibul). Gambil beafada Gambil balanta (12km). Compane - Banta (16km). Bubatumbo Tebe 18km. Uani Sare Delo 15km. Reabilitação do porto de Buba. Tambura- Bulé Samba (6km). Mancama- Buba. Sintcham Tcherno- Bulola. Porto Saico - Chapa 40 (11 km). Wane- Pendja (08 km). Nhala Dutadjara. Nhala Dando. Construção de armazém em Ncasol e Bacar Conté. Construção de pátios de secagem em Ncasol e Bacar Conté. Reabilitação de celeiro e construção de pátios de secagem em Banta Construção de armazém que esteja perto do lumo. Apoiar a melhoria das infraestruturas (saneamento) do lumo de Buba. Construção de armazém e pátio de secagem em Ndjassane. Construção de armazém e pátio de secagem em Nhala. Construção de armazém e pátio de secagem em Ntunghane. 80

82 Gestão Durável dos Recursos Naturais (água, solos e florestas) Reforço Institucional e Coordenação Setorial Reforçar a gestão durável dos recursos florestais Melhorar o ambiente comercial Reforçado a gestão durável dos recursos florestais Melhoria do ambiente comercial Buba Banta Buba Banta Buba Apoiar a produção de viveiros comunitários. Reforçar as capacidades dos Comitês de Gestão das Florestas. Apoiar a gestão do lumo. 81

83 Nível setorial: Objetivos e atividades prioritárias do Setor de Tite Eixos estratégicos Objetivos Resultados Promoção das Fileiras de Produção Vegetal Melhorar as infraestruturas rurais Melhoria dasas infraestruturas rurais: Ordenamentos hidro agrícolas Melhoria dasas infraestruturas rurais: Desencravamento das zonas de produção Melhoria dasas infraestruturas rurais: Tite Localidade (Secção) Bissassima de Cima Brandão Djabada Porto Tite Djabada Porto Brandão Tite Atividades prioritárias Drenagem e melhoramento de Bolanhas nas tabancas de Iusse, Bissassema, Gã Pedro e Nam balanta. Melhoramento de bas-fonds de água doce na tabanca de Foia. Reabilitação das comportas de Nhala, Bissasma, Iusse, Nan-Balanta e N tchudé, Tite de baixo. Reabilitação e construção de novos diques em Iusse, Tite de baixo, Brambanda e Nhala. Recuperação de canais de drenagem de bolanha de Serra leoa à N tchude. Reabilitação das bolanhas de Sam-per; Flac Intela; Flora, Curua e Ilheu de Mancebo. Dragagem no rio Pofá (Nbasonde). Drenagem e melhoramento de Bolanhas nas tabancas de Djabada Porto, San Mese, Ponte Nova de Agua, Flac Cibi, Bissilao, Mbalma (reabilitação dos diques de cintura, canal de drenagem e colocaçao dos tubos PVC). Fecho da bolanha de ilha. Construção de comporta da bolnha de Galecunda. Construção de canal de drenagem da bolanha de findam. Valorização das lalas de Costania e Bubudum para a produção de arroz. Sintcham Lega Gã Mitilha. Nova Sintra S. João. Nova Sintra Tite. Tite N tchudé. Bodjol Djabada Porto. Tite Nhala. Bissasma Sintchã Lega. Reabilitação do porto de N tchude e Djabada porto. Bodjol Nova Cintra. Reabilitação Ponte de Seraleoa, Malila Sintcham Bula e Daro. Construção de armazéns e pátios de secagem em Sintcham Lega e Foia. Apoiar a melhoria das infraestruturas (saneamento) dos lumos de Nova Cintra e 82

84 Gestão Durável dos Recursos Naturais (água, solos e florestas) Reforço Institucional e Coordenação Setorial Reforçar a gestão durável dos recursos florestais Melhorar o ambiente institucional do setor agrícola Melhorar o ambiente comercial Construção e reabilitação de armazéns e de infraestruturas de comercialização Reforçado a gestão durável dos recursos florestais Melhoria do ambiente institucional do setor agrícola Melhoria do ambiente comercial Bissassima de Cima Brandão Djabada Porto Tite Brandão (Brandão e Nova Cintra) Djabada Porto (Djabada Porto e Flac Cibe) Tite N tchudé. Reabilitação de celeiro e construção de pátios de secagem em Bissassima de Cima. Reabilitação do porto de Bissassima de Baixo (Pitche Tungue). Construção de armazém e pátio de secagem em Brandão. Construção de armazém e pátio de secagem em Djabada Porto. Apoiar a criação de viveiros florestais no setor de Tite. Apoiar na aquisição de máquina de descasque de arroz. Apoiar a criação do lumo em Tite. Apoiar a gestão dos lumos. 83

85 Nível setorial: Objetivos e atividades prioritárias do Setor de Fulacunda Localidade Eixos estratégicos Objetivos Resultados (Secção) Promoção das Fileiras de Produção Vegetal Gestão Durável dos Recursos Naturais (água, solos e florestas) Melhorar as infraestruturas rurais Reforçar a gestão durável dos recursos Melhoria dasas infraestruturas rurais: Ordenamentos hidro agrícolas Melhoria dasas infraestruturas rurais: Desencravamento das zonas de produção Melhoria dasas infraestruturas rurais: Construção e reabilitação de armazéns e de infraestruturas de comercialização Reforçado a gestão durável dos recursos florestais Baria Cubambol Fulacunda Gã Djatra Gã Formoso Gã Pará Cubambol Fulacunda Baria Cubambol Gã Djatra Gã Formoso Gã Pará Fulacunda Cubambol Atividades prioritárias Ordenamento hidroagrícola das bolanhas de Cantora, Ga Djece, Darsene (PRID) e Perda Gudja. Construção de comporta nas bolanhas de Darssene. Valorizar a lala de Brai para a produção de arroz em 2 épocas do ano, (atualmente apresenta problemas de salinidade). Ordenamento hidroagrícola na bas-fond de Foraná Beafada. Reabilitação de diques de bolanha de Wana Porto. Ordenamento de bolanhas de Bonhol 1 e Sintcham Tumana. As bolanhas de Bane, Buba Tchingue e Cantora. Aumentar dragagem em Baria. Melhoramento das bolanhas de Gã Chiquinho e Gã Quinsa. Ordenamento de bolanha mangrove de Gã Djaura Beafada. Reabilitação de diques na bolanha de Tumane Balanta. As lalas de Gã Djaura Beafada, Gã Bana e Djondi. Cubambol Faraná Balanta. Reabilitação da ponte de Wana Porto Wana de Estrada. Construção das pontes: Fulacunda Cubambol; Fulacunda Cantora e Cumbambol Wana Porto (realizar estudo de viabilidade). Reabilitação da ponte de Bani. Construção de armazém em Mbam. Reabilitação de celeiro e construção de pátios de secagem em Cubambol e Binhalon. Construção de armazém e pátio de secagem em Gã Djatra. Construção de armazém e pátio de secagem em Gã Formoso. Construção de armazém e pátio de secagem em Gã Para e Gã Bana. Apoiar a melhoria das infraestruturas (saneamento) dos lumos existentes. Apoiar a criação de viveiros florestais. 84

86 florestais 85

87 Nível setorial: Objetivos e atividades prioritárias do Setor de Empada Eixos estratégicos Objetivos Resultados Localidade (Secção) Promoção das Fileiras de Produção Vegetal Gestão Durável dos Recursos Naturais (água, solos e florestas) Melhorar as infraestruturas rurais Reforçar a gestão durável dos recursos florestais Melhoria dass infraestruturas rurais: Ordenamentos hidroagrícolas Melhoria dasas infraestruturas rurais: Desencravamento das zonas de produção Melhoria dasas infraestruturas rurais: Construção e reabilitação de armazéns e de infraestruturas de comercialização Reforçado a gestão durável dos recursos florestais Caur de Baixo Darsalam Empada Kã (Can) Madina de Baixo Darsalam Empada Francunda Caur de Baixo Darsalam Francunda Kã (Can) Madina de Baixo Empada Atividades prioritárias Ordenamento hidroagrícola na bolanha de Dua Djabi. Reabilitação de dique de cintura e colocação de tubo PVC em Catchobar. Reabilitação de bolanhas de Gã Potoc, Somba Grande. Reabilitação de diques de cintura e colocação de tubo PVC em Gã Cumba Balanta e Gã Cumba Beafada (Walada). Reabilitação de diques de bolanha de mangrove em Batambali. Reabilitação de bolanha de Gã Mamadú Bá e Gã Tumane (Espinha). Gubia Gã Sene; Fulacunda São Domingos; Gã BaiSomba Grande. Empada Gã Cumba Balanta. Francunda Beafada Francunda Balanta. Construção de armazéns e pátios de secagem em Caur de Baixo. Reabilitação de celeiro e construção de pátios de Darsalam. Construção de armazém e pátio de secagem e aumento de armazém na secção de Francunda. Construção de armazém e pátio de secagem de armazém em Batanbali (sede secção). Reabilitação de armazém de Madina de Baixo. Apoiar a produção de viveiros florestais no sector de Empada. 86

88 REFERÊNCIAS Andrade, Rui Daniel Barbosa de (????). Agricultura Familiar Guineense. Banco Mundial (2015).????? Environmental Justice Atlas. Rice cultivation and processing by Agrogeba, Guinea Bissau. Disponível em: < Acesso em: 15 de nov Gabinete de Plano da Região de Quinara (2007). Plano de Desenvolvimento Regional de Quinara, GAPLA (2016). Previsão da produção, produtividade e área de produção. IBAP (2014). Estratégia Nacional para as Áreas Protegidas e a Conservação da Biodiversidade na Guiné-Bissau IMVF (2016). Diagnóstico Agro-Económico da Região de Quinara. INE (2002). Relatório da avaliação da Pobreza na Guiné-Bissau. INE (2009). Resultados definitivos do 3.º Recenseamento Geral da População e Habitação de Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (2006). Projecto do Plano de Acção Nacional da Luta Contra a Desertificação na Guiné-Bissau (PAN/LCD). Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (2014). Programa Nacional de Investimento Agrícola. Ministério de Desenvolvimento Rural e Agricultura. Recursos Naturais e Ambiente. Programa de Nações Unidas para Desenvolvimento (xxxx). Projecto GBS/97/G31/1G/9 - Estratégia e Plano de Acção Nacional para a Biodiversidade. Ministério dos Recursos Naturais e do Ambiente. Direcção Geral do Ambiente (2008). Quadro nacional da biotecnologia e biossegurança da Guiné-Bissau. Oliveira, Olavo Borges de; Havik, Philip J.; Schiefer, Ulrich (1996). Armazenamento tradicional na Guiné-Bissau. Produtos, sementes e celeiros utilizados pelas etnias na Guiné-Bissau: Fascículo 1, Beafada; Fascículo 2, Mandinga; Fascículo 3, Nalú; fasciculo 4, Balanta; Fascículo 5, Fula de Quebo; Bissau, Lisboa, Munster, IFS 506p. ISSN X PEREIRA L.; SILVA C. S.; AMARANTE T (1992). Ponteiros - vias para a Modernização da Agricultura Privada na Guiné-Bissau - Estudos/Programas de Acção indicativos. República da Guiné-Bissau (????). Constituição da República da Guiné-Bissau. República da Guiné-Bissau (2002). Carta de Política de Desenvolvimento Agrário. República da Guiné-Bissau (2011). Documento de Estratégia Nacional de Redução de Pobreza II. República da Guiné-Bissau (2014). Programa de governação para a IX Legislatura ( ) os anos da Guiné-Bissau. 87

89 República da Guiné-Bissau (2015). Guiné-Bissau Plano Estratégico e Operacional Terra Ranka. República da Guiné-Bissau. Organização política administrativa do território da Guiné-Bissau. A Lei n 4/97 de 2 de dezembro, publicado no Suplemento do Boletim Oficial n 48. República da Guiné-Bissau. A Lei-Quadro das Áreas Protegidas. Decreto-Lei nº 5-A, publicado em Boletim Oficial em 1 de março República da Guiné-Bissau. A utilização de agroquímicos na Guiné-Bissau. Decreto-Lei nº1-a/91. República da Guiné-Bissau. Código de Investimento. Lei n.º 13/ de julho. República da Guiné-Bissau. Código Mineiro e de Pedreiras. Lei n.º 3/2014, de 29 de abril. República da Guiné-Bissau. Conférence Régional sur la Problématique Foncière AU Sahel (Bamakou (Mali). Comunicação da Guiné-Bissau. República da Guiné-Bissau. Estabelece a organização política administrativa do território da Guiné-Bissau. Lei n 4/97 de 2 de dezembro, publicado no Suplemento ao Boletim Oficial n 48. República da Guiné-Bissau. Integra o solo no domínio público do Estado. Lei nº 4/75, de 5 de maio de Boletim Oficial nº 19, de 10 de maio de República da Guiné-Bissau. Lei da Terra. Lei nº 5/98, de 28 de abril de Suplemento ao Boletim Oficial nº 17, de 28 de abril de República da Guiné-Bissau. Orçamento Geral do Estado 2012, 2013, 2014, 2015, RESET (2016). Zoneamento Agro Ecológico da região Bafatá. Secretaria de Estado do Ambiente e do Turismo (2012). Relatório nacional sobre cimeira mundial sobre o desenvolvimento sustentável. Silva, Welena (2016). Estudo sobre taxas aduaneiras no setor agroalimentar a nível nacional e sub-regional da Guiné-Bissau. UNESCO. Guinea-Bissau. Disponível em: < Acesso em: 16 de nov

90 ANEXOS Anexo 1. OSC cujas atividades estão relacionadas direta ou indiretamente com agricultura Nome/Sigla: ADI Associação para o Desenvolvimento Integrado Tipo: ONG Nacional Sede (Setor): Bissau Bairro Militar (antena em Buba) Missão: Atuar junto das comunidades e associações de base para relançar a dinâmica de auto participação no desenvolvimento comunitário como pólo facilitador Domínio de Agricultura, micro-finanças, pesca, direitos humanos, saúde e pecuária atuação: Área geográfica: Buba Grupos Alvo: Associações de base, comunidades (mulheres, homens, jovens e crianças) Financiamento: Projetos Contato: Sori Baldé, , , sori.baldé@yahoo.com.br Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Domínio de atuação: Área geográfica: Contato: ADPP ONG Internacional Bissau (Escritórios em Buba, Bissorã e Empada) Atividades geradoras de rendimento, Ambiente, Direitos Humanos, Educação e Formação, Género, Micro-Finanças, Saúde, Segurança Alimentar, Comunicação Social Nacional adpp-gb@eguitel.com Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Missão: Domínio de atuação: Área geográfica: Grupos Alvo: Financiamento: Contato: ADS Associação para o Desenvolvimento Sustentável ONG Nacional Buba Promover a conservação dos ecossistemas frágeis na região de Quinara Agricultura, saneamento, saúde, promoção da conservação Toda a região de Quinara e setores de Quebo e Bedanda nas regiões de Tombali Crianças, mulheres e homens de todas as idades Projetos Carlos Aliu ; carlosaliu@yahoo.com.br Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Missão: Domínio de atuação: Área geográfica: Grupos Alvo: AIFA/PALOP Associação de Investigadores e Formação Orientada para Ação nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa ONG Nacional Bissau (antena em Buba) Realização de ações de investigação e formação na base de metodologias participativas, combate à pobreza e assistência técnica organizacional Segurança alimentar, ambiente, micro-finanças, educação e saúde, formação/capacitação Bissau, Quinara e Tombali (Catió, Komo e Cacine) Populações (camponeses, organizações de desenvolvimento locais, 89

91 Financiamento: Contato: entidades privadas e públicas envolvidas no processo de desenvolvimento comunitário) Projetos Malam Homi Indjai (Diretor Interino), , , aifapalop@gmail.com Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Missão: Domínio de atuação: Área geográfica: Grupos Alvo: Financiamento: Contato: ANCOPF GB ONG Nacional Bissau (antenas em Bafatá, Quinara, Tombali e Oio) Contribuir para o combate à pobreza e fome na Guiné-Bissau, através de ações que visam o engajamento das comunidades do desenvolvimento local Agricultura, micro-finanças, saúde, educação, ambiente e saneamento básico SAB, Bafatá, Quinara, Tombali e Oio. Homens, mulheres, crianças e jovens Projetos Malam Dabó , , ancopfong@yahoo.com.br Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Missão: Domínio de atuação: Área geográfica: Grupos Alvo: Financiamento: Contato: APROMODAC Associação para a Promoção Desenvolvimento das Ações Comunitárias ONG Nacional Buba Contribuir na promoção de desenvolvimento sustentável e durável das comunidades valorização dos recursos locais Agricultura, Segurança Alimentar, saúde, educação, ambiente e género e desenvolvimento Quebo e Bedanda (Tombali); Buba e Empada (Quinara); Xitole (Bafatá) Mulheres, crianças, jovens, homens, raparigas Projetos Umaro Djaló (Coordenador Nacional) , apromodac@gmail.com Nome/Sigla: Associação de Mulheres Horticultoras Brandão Tipo: Associação Sede (Setor): Brandão (Tite) Missão: Melhorar a dieta alimentar das pessoas através da diversificação e produção de diferentes produtos hortícolas Domínio de atuação: Produção hortícolas Área geográfica: Brandão Grupos Alvo: Mulheres Contato: Daudo Mané Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Missão: Associação Para Ka Tem ONG Nacional Tite (antenas em Fulacunda, Bolama/Bijagós e Bissau) Promover o desenvolvimento local e melhoria das condições de vida das 90

92 Domínio de atuação: Área geográfica: Grupos Alvo: Financiamento: Contato: populações do setor de Tite Agricultura, saúde, educação e atividades de microcrédito Setor de Tite Mulheres, jovens e homens Projetos João Gibril Fati, , bafodefati2013@gmail.com Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Missão: Domínio de atuação: Área geográfica: Grupos Alvo: Financiamento: Contato: ATPF Associação de Trabalhadores Para Futuro ONG Nacional Buba (antena na Ilha de Komo) Servir de polícia facilitadores em educação, saúde, agricultura, ambiente, direitos humanos, cultura e transporte Educação, saúde, agricultura, ambiente, direitos humanos, cultura e transporte Sul e Leste: Quinara Buba, Empada e Fulacunda; Tombali Ilha de Komo, Catió e Bedanda; Bafatá Jovens, mulheres, homens e crianças carenciadas Projetos Nabilai Mussa Djassi atpfa@yahoo.com; nabilaimussadjassi@yahoo.com.br Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Domínio de atuação: Área geográfica: Contato: Ciência Viva ONG Buba Microcrédito e Saneamento Quinara e Tombali Secretário Executivo - António Oliveira Martins Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Missão: Domínio de atuação: Área geográfica: Cooperativa Buba Cooperativa Coopagri Lavrar arroz, mandioca, mancarra, feijão, gergelim, banana, ananás, tomate, malagueta, alface, couve, pimentas e repolho Nhala - Afia Wugue, lagoas de Wugue, laga de Dagona (ligação ao rio Corubal) Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Domínio de atuação: CPC-LI Caixa de Poupança e Crédito Lassana Indjai Associação Buba Micro-finanças Nome/Sigla: Tipo: Cooperativa de Produtores Agropecuários de Quinara Cooperativa 91

93 Sede (Setor): Fulacunda Missão: Efetuar a produção agrícola, pecuária, compra e venda de produtos alimentares Atuação: Agropecuária Área geográfica: Fulacunda e Tite: tabancas de Tebé, Bodjol, Fulacunda, Wana Biafada, Buba, Binhalon, Gã-Mamudo Contato: Daudo Mané Nome/Sigla: Divutec Associação Guineense de Estudos e Divulgação de Tecnologias Apropriadas Tipo: ONG Nacional Sede (Setor): Bissau (antenas em Bafatá, Buba, Catió e Iemberem) Missão: Apoio ao desenvolvimento sustentável e durável da comunidade Domínio de atuação: Micro-crédito, formação e reforço das capacidades das organizações locais, mobilização social pela mudança de comportamento Área geográfica: Gabú, Quinara, Bissau e Bafatá Grupos Alvo: Mulheres, agricultores Financiamento: Projetos (ACPP) Contato: Mamadi Baldé Nome/Sigla: Tipo: Sede (Setor): Missão: Domínio de atuação: Área geográfica: Grupos Alvo: Financiamento: Contato: Para Ka Tem Agrupamento de Mulheres Horticultoras de Tite Associação Tite Promover a produção hortícola e a comercialização dos produtos hortícolas Produção, transformação e comercialização de produtos hortícolas Tite Mulheres e jovens Atividades do grupo e projetos João Gibril Fati, , bafodefati2013@gmail.com Nome/Sigla: RA Rede Ajuda Tipo: ONG Nacional Sede (Setor): Bissau (antena em Buba) Missão: Contribuir significativamente para a redução gradual da pobreza e exclusão social Domínio de atuação: Educação e formação, segurança alimentar, água e saneamento básico, direitos humanos, micro-crédito, proteção do meio ambiente Área geográfica: Buba, Fulacunda, Tite e Empada Região de Quinara, Bissau e Reino de Jaal Grupos Alvo: Organizações comunitárias de base, mulheres, jovens e homens Financiamento: Projetos Contato: Alice Mariama Mané redeajuda@gmail.com; Nome/Sigla: Tipo: UDEC União para o Desenvolvimento Comunitário Associação 92

94 Sede (Setor): Missão: Domínio de atuação: Área geográfica: Grupos Alvo: Contato: Gã-Mamudo Fulacunda Promover o desenvolvimento comunitário através da implementação de projetos de mobilização social, práticas que permitam o combate à fome e à pobreza na ZIP. Agricultura, pesca, saúde, educação, saneamento básico e ambiente Bissau, Bolama/Bijagós, Quinara e Tombali Comunidade Turé Mané ; ; udecquinara@gmail.com 93

95 Anexo 2. Associações profissionais Nome/Sigla: ANAG Associação Nacional de Agricultores Sede (Setor): Bissau Contribuir para a redução da pobreza; Organizar os produtores sob forma das delegações e enquadrálos à volta das fileiras mais rentáveis nas suas regiões; Educar os produtores agrícolas a promover a cultura da poupança; Defender os direitos económicos, sociais e culturais dos produtores; Favorecer o aparecimento da liderança do camponês; Contribuir para a promoção da igualdade do género; Introduzir a nível dos produtores os valores da tolerância e da Domínio de solidariedade; atuação: Educar e sensibilizar os produtores para o melhoramento da saúde no meio rural e a luta contra o VIH / SIDA e seus efeitos; Fazer participar as mulheres na proteção e promoção do ambiente, que garante uma agricultura durável; Sustentar, enquadrar e encorajar os jovens nas suas iniciativas de desenvolvimento e criação de empregos; Instalar um sistema de informação dos mercados (SIMA); Reforçar as capacidades dos produtores nos domínios da produção melhorada, transformação, comercializaçã, e gestão da contabilidade simples. Área geográfica: Nacional Direção Nacional; Direção regional: um presidente, um vice-presidente, um secretário Organização: executivo, um tesoureiro, e um vogal; Dois animadores por Setor; Quatro animadores por secção. Financiamento: Quotas, taxas de cobrança da exportação de caju (FUNPI) Contato: Antena Quinara: Suado Baldé ; Adama Aua Baldé Nome/Sigla: Sede (Setor): Domínio de atuação: CCIAS (Câmara de Comercio Industria Agricultura e Serviços) Bissau Contribuir de uma forma consistente para o reforço da capacidade institucional das organizações filiadas, assim como das empresas do sector privado. Consolidar e fortalecer a CCIAS na sua função de parceiro Privilegiado do Governo para a promoção de negócios e investimento na Guiné- Bissau. Colaborar de uma forma estreita com o Governo no reforço da melhoria do ambiente de negócios e investimento, sobretudo no que toca à remoção de barreiras burocráticas e administrativas para a realização de negócios. Desenvolver e consolidar relações de cooperação e parcerias com as entidades congéneres, em particular as comunitárias (UEMOA, CEDEAO, CPLP, etc.) Contribuir ativamente para o processo de formulação de políticas que dizem respeito ao desenvolvimento do setor privado. 94

96 Promover ações junto do Governo com vista ao pagamento integral da dívida interna já auditada até final do primeiro ano de mandato e à conclusão das dívidas por auditar e a sua consequente regularização até ao final do mandato. Área geográfica: Nacional Financiamento: Quotas, taxas de cobrança da exportação de caju (FUNPI) Contato: Presidente : Mumine Coiaté Nome/Sigla: CDC GB - Câmara do Comercio da Guiné-Bissau Sede (Setor): Bissau Missão: Promover o desenvolvimento do setor privado guineense de forma sustentável através da valorização do produto nacional e contribuir para a redução da pobreza. Domínio de Objetivos: (i) Defesa dos interesses coletivos dos agentes económicos, atuação: especialmente os comerciantes, a operar na Guiné-Bissau; (ii) Desenvolvimento da economia local e do setor privado no país; (iii) Melhoria do ambiente de negócios Área geográfica: Nacional Organização: Assembleia Geral; Conselho Diretivo; Conselho fiscal; Conselho consultivo; Secretário-geral. Financiamento: Quotas dos Sócios e financiamento dos parceiros Contato: Diretor Geral: António Nunes camaradocomercio.gb@gmail.com / henidice.anunes@hotmail.com 95

97 Anexo 3. Plataformas, Redes e Confederações (como é organizada, como é financiada, quantos membros tem, necessidades) Nome/Sigla: Sede (Setor): Domínio de atuação: Área geográfica: Contato: AMAE (Confederação das Mulheres de Atividades Económicas) Bissau Apoiar, tecnicamente, todas as associadas nas suas atividades enquanto operadoras económicas e reforçar as suas capacidades em dirigir, desenvolver e gerir uma atividade geradora de rendimento; Promover ações de formação; Prestar assessoria e assistência técnica nos diversos domínios; Promover a abordagem género e desenvolvimento; Promover sistemas de autofinanciamento para sustentar iniciativas locais das mulheres; Estabelecer contactos com entidades governamentais e nãogovernamentais destinados à organização e animação de mesasredondas e outros eventos de carácter económico e social; Mediação, simplificação e advocacia das atividades das mulheres operadoras económicas no que diz respeito ao Estado e às entidades não estatais. Apoiar na sensibilização das mulheres; Apoiar na consciencialização das mulheres sobre a necessidade de prevenção contra o SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis. Nacional Quinara: Samba Embaló ; Sene Nhabali (Bubacalhau) Nome/Sigla: RESSAN-GB Rede da Sociedade Civil para a Segurança Alimentar e Nutricional Tipo: Rede Sede (Setor): Bissau Domínio de atuação: Reforçar a capacidade de intervenção das Organizações da Sociedade Civil na Guiné-Bissau para que possam contribuir na formulação, implementação e monitoria de políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional. Área geográfica: Nacional N de associados: 75 Financiamento: Projetos, joias e quotas dos membros. Contato: Quinara - Eneaproma Nome/Sigla: Tipo: REOS - GB Rede das OSC do Sul Rede 96

98 Sede (Setor): Buba Domínio de Plataforma das OSC do Sul atuação: Área geográfica: Quinara, Tombali e Bolama/Bijagós N de associados: 14 Financiamento: Não tem Contato: Carlos Aliu (ADS) Nome/Sigla: UNIVENCE Rede de Associações Tipo: Rede das Associações Sede (Setor): Empada (Farancunda) Domínio de atuação: Agricultura, pesca, ambiente e educação Área geográfica: Nacional N de associados: 26 Associações afiliadas. Organização: Rede Contato: Presidente: Cadi Djassi Tel V. Presidente: Sene Djassi Tel /

99 Anexo 4. Lumos Lumo de Buba Localização do espaço do lumo Dia Funcionamento Buba, no cruzamento das principais estradas (Buba, Fulacunda, Catió, Quebo) Domingo Ano da criação do lumo 2013 Infraestrutura Custo de espaço Gestão do Lumo Hangar, cobertura com zinco, bancadas em betão armado, casa de banho, torneira e armazém. Tudo em bom estado. 100Xof/espaço Comité de estado 2 cobradores Gestão das receitas Comité de estado (100%) Número de Vendedores Principais origens dos produtos 165 Vendedores (média de duas visitas feitas em Abril e Maio) Quinara; Quebo e Catió, Tombali; Bambadinca, Bafatá Sancandamba, Gã-Inhassane e Bubatumbo hortícolas, Feijão, Batata-doce e Mandioca, Tabancas que fornecem mais produtos Banta e Bulé-Samba Arroz, Tabancas arredores de Buba Óleo de palma, Limão, Mancara e Mandioca, Buba, Fulacunda e Empada Peixe fresco e fumado Produtos agrícolas mais procurados Produtos mais vendidos na época da chuva Produtos mais vendidos na época da seca Destino dos produtos vendidos Mancara; Óleo de palma; Feijão; Arroz; Mel. Hortaliças, Batata-doce, Mandioca, Óleo de palma e fruta de palma (Tchébém). Arroz, Mancara, Feijão, Milho, Limão e Óleo de palma Consumo local, Bissau, Bafatá, Gabu, Senegal (feijão e mancarra), Guiné-Conacri 98

100 Tratamento dado aos produtos remanescentes das vendas Meios de transporte + usados Período de maior afluência Outros serviços existentes Dificuldades Levam tudo para casa. Os comerciantes de roupas são os únicos que por vezes deixam nos nossos armazéns (100xf/dia) Carro e a pé tabancas próximas Campanha de caju Mecânicos de mota, sapateiros e alfaiates Falta de receitas por causa do número de vendedores. Certos vendedores só conseguem pagar após venderem os produtos i) Lumo de Nova Sintra A epidemia do Ébola, em 2015, levou ao encerramento de uma série de lumos nos quais se inclui o de Nova Sintra. Por esta razão, e também devido ao mau estado do hangar (por ter sido construído com cibe que foi atacado pelas formigas), o lumo de Nova Sintra atualmente só funciona durante a campanha de caju e consiste apenas na venda de produtos importados (roupa, calçado, bijuteria e pequenos utensílios). Dois fatores concorrem para a importância que é dada a este lumo. Em primeiro lugar, a sua localização, uma vez que está no cruzamento que liga os setores de Tite, Fulacunda e Bolama. Em segundo, a perspetiva da reabilitação da estrada que liga Nova Sintra a S. João e a N tchudé. A reabilitação da estrada impede que o hangar fique exatamente no mesmo sítio, no entanto, a comunidade já tem prevista a nova localização e está a preparar uma série de atividades para a redinamização do lumo: 1. Sensibilização das populações para a importância do lumo no sector e as vantagens que este traz para a comercialização dos seus produtos; 2. Criação de incentivos que levem as pessoas ao lumo (por ex.: abate e venda de carne de vaca a um preço que vá ao encontro da capacidade financeira das populações da zona exemplo do que aconteceu no lumo de Fulacunda); 3. Sensibilizar as transportadoras para fazerem a ligação entre as tabancas e o lumo a um preço acessível; 4. Sensibilização junto das outras entidades estatais, nomeadamente Ministérios de Comércio e da Economia e Finanças no sentido de não se cobrarem as taxas e impostos às pessoas no lumo. 99

101 Lumo de Nova Sintra 100

102 Localização do espaço do lumo Dia Funcionamento Cruzamento das estradas de N Tchudé, São João e Fulacunda 2ª Feira Ano da criação 2012 Infraestrutura Custo de espaço Gestão do Lumo Origem dos Produtos Agrícolas Hangar em perigo de queda devido ao mau estado dos pilares. Um poço de água com bomba manual. Um Armazém comunitário (20 Ton.), propriedade da Associação Benharori Nos anos em que funcionou não se cobrava nenhum valor pela ocupação do espaço, como forma de motivar e atrair pessoas para comercializarem os seus produtos no lumo a um preço acessível. Gestão conjunta equipa composta por representantes de 5 tabancas Todas as tabancas do sector e tabancas do sector de Bolama Arroz Gã N Tóngo, Farancunda e Ierga Mandioca Gã Binta, Ponta Malila, Brandão e Nova Sintra Amendoim Farancunda, Gã N Tóngo e Sintcham Bula Tabancas que fornecem mais produtos Óleo de Palma Brandão e Gã Djabela Peixe Fresco Gã N Tóngo, Farancunda, Ponta Malila e Nova Sintra. Peixe Seco Bolama Milho Preto Gã N Tóngo, Ierga e Nova Sintra Feijão Catió Produtos agrícolas mais procurados Produtos mais vendidos na época da chuva Produtos mais vendidos na época da seca Destino dos produtos vendidos Mancara, arroz, feijão e óleo de palma principais produtos da dieta alimentar da população e são muitos procurados para a revenda em Bissau. Mancara, óleo de Palma e Feijão Mancara, Mandioca, óleo de Palma e Feijão Consumo local (nas Tabancas); Bissau, Fulacunda, Buba e outras localidades revendedores 101

103 Tratamento dado aos produtos remanescentes das vendas Serviços higiene e saneamento Outros serviços existentes Meios de transporte mais usados Período de maior afluência Necessidades (prioritárias) Os produtos remanescentes das vendas são levados para as respetivas casas 1 Poço de Água Bomba manual Manutenção de Bicicleta, Mota, Alfaiate, Bebidas e pequenas refeições Carro Campanha de Caju (Abril Junho) Reabilitação do Hangar. Sensibilizar as pessoas no sentido de virem vender os seus produtos no lumo a um preço acessível (muitas pessoas pensam que o lumo é o local onde se vende produtos a preços muito elevados, o que constitui um fator de estrangulamento do escoamento dos produtos e também da dinâmica da própria economia local. Construção da casa de banho para os utentes do lumo. Continuar a atrair pessoas ao lumo. i) Mercado de Buba O mercado de Buba foi recentemente reabilitado e localiza-se no centro de Buba, na zona mais comercial. ii) Mercado de agricultores de Batambali Figura 16 - Mercado de Agricultores de Batambali 102

104 Anexo 5: Projetos implementados Nome do Projeto: Projeto de apoio às cooperativas agrícolas e agrupamentos de produtores de sementes das regiões de Bolama/Bijagós, Oio, Cacheu, Quinara e Tombali Período de Implementação: Novembro 2011 Novembro 2014 Local de Implementação: Bolama/Bijagós, Oio, Cacheu, Quinara e Tombali Implementador: LVIA Parceiros (nome das instituições por extenso e incluir logos em anexo em boa qualidade): Mani Tese; ADIM Associação de Desenvolvimento Integrado das Mulheres; AJAM Associação de Jovens Agricultores de Mansabá. Objetivo Geral: Melhorar o acesso a serviços agrícolas de produtores de 5 regiões da Guiné-Bissau. Resultados Esperados: R1. Reforço da fileira de sementes; R2. Melhoria da transformação orizícola e das culturas proteo-oleaginosas e a criação de um sistema de comercialização; R3. Reforço institucional e organizativo das associações camponesas e apoio ao processo federativo; R4. Experimentação de um sistema de crédito rural warrantage (banco de cereais em que o excesso é colocado num fundo e usado como garantia para o acesso ao crédito) Atividades Globais do Projeto: A1.1 Estudo e caracterização das variedades de arroz e das tipologias de solo A1.2 Divulgação de variedades melhoradas e certificadas A1.3 Formação on-job e assistência técnica A2.1 Atribuição aos CSR de um fundo para o arranque das atividades A2.2 Elaboração de um plano de negócios e de estratégias comerciais A2.3 Organização de uma Feira Agrícola Nacional A3.1 Formação e consultoria jurídica e administrativa A3.2 Organização de intercâmbios A3.3 Visitas de trocas de experiências ao Senegal e à Guiné-Conacri A4.1 Diagnóstico e mapeamento das instituições de micro-crédito existentes no território A4.2 Arranque de um sistema piloto de warrantage A4.3 Acompanhamento das atividades de microempreendimento financiadas Financiador: União Europeia e Comune di Milano (Italia) Orçamento global: cerca de euros Nome do Projeto: PDSA Programa Descentralizado de Segurança Alimentar e Nutricional nas Regiões da Guiné-Bissau II. Período de Implementação: Novembro 2011 a Janeiro 2014 Local de Implementação: Guiné-Bissau Implementador: IMVF Parceiros (nome das instituições por extenso e incluir logos em anexo em boa qualidade): DIVUTEC (Nacional); Objetivo Geral: Contribuir para a segurança alimentar das regiões e populações mais vulneráveis através do aumento do acesso, disponibilidade e utilização estável de bens alimentares e agrícolas Objetivo Específico: Contribuir para a eficácia e eficiência das OSC e autossuficiência das OBC beneficiárias no domínio da segurança alimentar Resultados Esperados: R1: Produção de culturas alimentares e de rendimento aumentada e diversificada R2: Tecnologias de agro-processamento e armazenamento disseminadas e rentabilizadas R3: Comercialização de produtos agrícolas promovida R4: Capacidade de intervenção da SC guineense na promoção da SAN reforçada 103

105 Atividades Globais do Projeto: Apoio à produção orizícola. Apoio à produção de culturas de planalto. Apoio à produção hortícola e frutícola. Promoção do acesso a outros insumos e serviços de apoio à produção agrícola. Rentabilização de tecnologias inovadoras de transformação. Disseminação e rentabilização de infraestruturas de armazenamento. Reforço da informação das OBC de produtores sobre comercialização. Procura de circuitos comerciais fiáveis. Reforço da capacidade organizacional, pedagógica e técnica das OSC beneficiárias. Reforço das capacidades das OBC de produtores beneficiárias. Vulgarização e disseminação alargada de técnicas e informação relacionadas com a SAN. Promoção da discussão e análise da problemática da SAN. Financiador: União Europeia Orçamento global: Nome do Projeto: PRRDC Projeto de Reabilitação Rural Dirigido às Comunidades Período de Implementação: Abril de 2008 a Junho de 2013 (suspenso em 2012 com o Golpe de Estado) Local de Implementação: Quinara e Tombali Implementador: MADR Parceiros: Objetivo Geral: Lutar contra a pobreza no meio rural, através de melhoria das condições de vida e dos rendimentos das populações alvo, nomeadamente mulheres e jovens, e de valorização e gestão viável a longo prazo, dos recursos naturais. Objetivo Específico: Reforçar as capacidades das populações alvo para se tornarem motores essenciais, em parceria com os outros atores associativos privados e públicos, da construção progressiva de um tecido de desenvolvimento local onde poderão exprimir, socializar e executar com sucesso as suas iniciativas económicas e sociais. Resultados Esperados: Atividades Globais do Projeto: Reabilitação de infraestruturas e serviços sociais de base Reforço das capacidades de animação Relançamento e desenvolvimento da economia rural Gestão do projeto Financiador: FIDA Orçamento global: 4,7 milhões de dólares. Nome do Projeto: Aumento do Estado Económico das Mulheres em Empada, Guiné-Bissau, através da Agro-produção e Comercialização Período de Implementação: Dezembro 2014 a Novembro 2015 Local de Implementação: Kã de Estrada, Gã-Cumba, Gã-Tumane, Gã-Turé, Madina de Baixo, Madina Lala, Paiuncu, São Martinho, Saw Cunda e Gã Beafada Implementador: ADPP Parceiros (nome das instituições por extenso e incluir logos em anexo em boa qualidade): Objetivo Geral: Promover a igualdade de género e aumentar a autonomia das mulheres, com vista à concretização do Objetivo de Desenvolvimento do Milénio 3. Objetivo Específico: OE1 Apoiar as iniciativas de igualdade de género e melhorar o empoderamento económico, político e social das mulheres e o pleno acesso aos seus direitos. Resultados Esperados: R1.- Fortalecimento institucional dos/as agricultores/as e seu acesso à água e outros recursos; 104

106 R2.- Melhorar a produção agrícola e segurança alimentar dos/as agricultores/as dos Clubes de Agricultores e suas famílias; R3.- Melhorar as habilidades básicas e o nível educacional entre os/as agricultores/as; R4.- Melhorar a capacidade de geração de renda das mulheres, e reforço do apoio da comunidade ao papel das mulheres nas atividades econômicas; R5.- Promover a igualdade de gênero através da advocacia e prática dos seus Direitos Básicos como cidadãos; R6.- Incrementar os conhecimentos básicos em saúde com especial atenção saúde familiar essencial. Atividades Globais do Projeto: Seleção e inserção de agricultores nos Clubes de Agricultores; Estabelecimento de campos modelo e de campos hortícolas com poços e sistemas de irrigação; aquisição de sementes e materiais; vedação dos campos hortícolas; títulos de propriedade de terra; planos de agricultura mensais e anuais; capacitações sobre processamento de produtos agrícolas; prevenção de pragas e doenças; conservação de sementes; aquisição de materiais para empacotamento de produtos; dias de campo e dias de demonstração; capacitação sobre trabalho em grupo e diversificação de cultivos; troca de experiências com outras organizações; alfabetização; criação de Comissões de Agricultores; Legalização dos Clubes de Agricultores; Plano de distribuição de excedentes dos CA; capacitação em gestão; formação sobre Género; registo oficial de mulheres; saúde comunitária. Financiador: NEPAD Orçamento global: FCFA ( ). 105

107 Anexo 6. Projetos em curso Nome do Projeto: PADES Período de Implementação: Local de Implementação: Empada e Tite (Quinara), Catió e Bedanda (Tombali), e Bolama (Bolama/Bijagós) Implementador: MADR Objetivo Geral: Contribuir para a redução da pobreza nas comunidades rurais de Quinara, Tombali e Bolama Objetivo Específico: Relançar a produção agrícola para assegurar a segurança alimentar e a diversificação das receitas nas regiões de Tombali, Quinara e Bolama/Bijagós Resultados Esperados: 1) A produção e a produtividade do arroz aumentam de forma sustentável; 2) Os produtores adotam as atividades de diversificação das receitas; 3) As organizações profissionais rurais prestam serviços úteis aos seus membros e; 4) A mobilidade das pessoas e o acesso aos mercados dos produtos é melhorada de forma sustentável. Atividades Globais do Projeto: Reabilitação das comportas nas bolanhas; Reabilitação das bolanhas de mangrove. Melhoramento de bolanhas tipo moderno em Quinara; Melhoramento de bolanhas tipo tradicional em Tombali; Reabilitação de bas-fonds para orizicultura; Melhoramento dos bas-fonds para horticultura; Proteção das zonas trabalhadas contra animais; Reforço de capacidade das associações de descascadoras e criação de comités de gestão; Apoiar o INPA a produzir sementes e instalação dum sistema de produção e comercialização de sementes certificadas; Financiamento de microcrédito; Reforço de capacidades das organizações de produtores; Apoio na valorização de produção e acessos ao mercado; Promoção de produtos colheitados e valorização de pôs-colheita; Tratamento pôs- colheita do arroz e facilitar o acesso ao mercado; Construção e reabilitação das pistas rurais e; Financiar iniciativas do desenvolvimento local Financiador: FIDA 106

108 Tabancas de implementação do PADES Nome do Projeto: UE-ACTIVA - Ações Comunitárias Territoriais Integradas de Valorização Agrícola (PROGRAMA) Período de Implementação: Local de Implementação: Bafatá, Quinara e Tombali Implementador: EU, CICL e IMVF Parceiros (nome das instituições por extenso e incluir logos em anexo em boa qualidade): RESSAN-GB, Caritas de Bafatá Objetivo Geral: Contribuir para a melhoria das condições económicas e sociais da população da Guiné-Bissau e, em particular, das regiões de Bafatá, Quinara e Tombali Objetivo Específico: Melhoria da governação territorial; Desencravamento das zonas rurais mediante a reabilitação de pistas rurais no sentido de facilitar a comercialização da produção agrícola e melhorar o acesso a serviços de base, e Intensificação sustentável e valorização económica da produção agrícola. Resultados Esperados: Elaboração participativa e promoção de Planos de Desenvolvimento Agrícola Regionais (PDAR) baseados no uso sustentável dos recursos naturais. Dinamização sustentável da economia local por meio da implementação parcial dos PDAR Reabilitação de qualidade de 150 quilómetros de pistas rurais com uma abordagem HIMO As capacidades dos produtores e membros de associações agrícolas de base comunitária são fortalecidos e aumentam a sua produtividade Desenvolvimento de competências e apoio para a autonomia produtiva das mulheres Criação de um centro de formação agrícola Atividades Globais do Projeto: N.A. Financiador: União Europeia Nome do Projeto: UE-ACTIVA - Ações Comunitárias Territoriais Integradas de Valorização Agrícola Eixo 1 Melhoria da Governação Territorial Período de Implementação: Julho 2015 a Julho 2019 Local de Implementação: Bafatá, Quinara e Tombali Implementador: IMVF Parceiros: RESSAN-GB Objetivo Geral: Contribuir para a melhoria das condições económicas e sociais da população da Guiné-Bissau e, em particular, das regiões de Bafatá, Quinara e Tombali Objetivo Específico: Melhoria da governação territorial; Resultados Esperados: Participação da Sociedade Civil na Formulação, Implementação e Monitoria de Políticas Públicas de Segurança Alimentar e Nutricional fortalecida Planos de Desenvolvimento Agrícola Regionais (PDAR) de qualidade e que permitam impulsionar a economia local, elaborados de forma participativa e disseminados PDAR parcialmente implementados através de projetos concebidos pelos ANE Atividades Globais do Projeto: Desenho e implementação de um Programa de Construção de Capacidades dos 107

109 membros da Rede Promoção de Intercâmbios regionais e internacionais Advocacia e elaboração de propostas para Políticas Públicas Organização de Fóruns e Conferências sobre Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional Apoio ao funcionamento e Estratégia de Comunicação da Rede Realização de um Diagnóstico Estratégico das Regiões-Alvo Formulação e Validação dos Diagnósticos Estratégicos Regionais do Sector Agrícola Divulgação alargada dos PDAR e advocacia para o seu seguimento pelos diferentes atores do sector agrícola na região Realização de concursos para a atribuição de apoios financeiros a terceiros para implementação parcial dos PDAR regionais Apoio técnico e financeiro a projetos comunitários selecionados Financiador: União Europeia Orçamento global: ,45 108

110 Anexo 7. Produtos mais comercializados por setor Sector de Tite Secção Produtos mais produzidos Brandão Arroz, milho basil, aboubra, Mancarra, feijão e mandioca Djabada Porto Bissasma de Baixo Titi Arroz, milho basil, milho cavalo, Mandioca, feijão, mancarra, manfafa, batata doce Arroz, milho preto, milho basil, milho cavalo, Mancarra, mandioca, feijão, manfafa, batata doce, nhambi e tifa Arroz, milho preto, milho basil e milho cavalo, Mancarra, feijão, manfafa, batata doce, mandioca e nhambi Mais comercializados (cereais, raizes e tuberculos) Arroz, mancarra, mandioca e feijão Mandioca, feijão, mancarra, manfafa, batata doce Mancarra, arroz, feijão, Mandioca, mancarra, manfafa, batata doce e nhambi Arroz, mancarra, feijão, mandioca e melancia Produtos agro florestais Fole pequeno/grande, farrouba, mandiple, cabaceira, miséria, mel e chabeu Fole pequeno/grande, farrouba, mandiple, cabaceira, miséria, mel e chabeu chabeu, mel, fole grande/pequeno, mandiple, cabaceira, veludo, forouba Chábéu, mel, fole grande/pequeno, mandiple, cabaceira, veludo, farouba Frutas Mango, banana, laranja, limão, ananás, papaia e goiaba Mango, banana, laranja, limão, ananas, papaia e goiaba Limão, laranja, caju Limão, laranja, papaia, banana e pinha 109

111 Sector de Fulacunda Secção Fulacunda Gã Djatra Cubambol Baria Gã Formoso Gã Pará Produtos mais produzidos Arroz, milho preto, milho cavalo, gergelim e milho basil, Mancarra, feijão, mandioca, batata doce e manfafa Milho preto, milho cavalo, gergelim e milho basil, Mancarra, feijão, milho preto, milho cavalo, manfafa, mandioca, gergelim e milho basil Arroz, milho cavalo, Mancarra, feijão, manfafa, batata doce, mandioca e nhambi Arroz, milho cavalo, milho basil e milho cavalo, Mandioca, mancarra, feijão, manfafa e batata doce Arroz, milho cavalo, milho basil e milho preto, Mancarra, feijão, manfafa, batata doce, mandioca, nhambi Arroz, milho preto, milho basil, milho cavalo, Mancarra, feijão, manfafa, nhambi, batata doce e mandioca Mais comercializados (cereais, raizes e tuberculos) Mancara, gergelim e feijão Mandioca, feijão, mancarra e gergelim Arroz, mancarra, feijão, Mandioca e nhambi Arroz, mancarra, feijão e Mandioca Arroz, mancarra, feijão, Mandioca e nhambi Mancarra, arroz, feijão, Mandioca e arroz Produtos agro florestais Mel, veludo, cabaceira, fole pequeno/grande, farrouba, mandiple, manpatas, azeitona e chabeu Fole pequeno/grande, farrouba, mandiple, cabaceira, miséria, mel chabeu, manpatas chabeu, mel, fole grande/pequeno, mandiple, cabaceira, veludo, forouba chabeu, mel, fole grande/pequeno, mandiple, banana santchu, cabaceira, veludo, forouba, tambarina, azeitona chabeu, mel, fole grande/pequeno, mandiple, banana santchu, cabaceira, veludo, forouba, tambarina, azeitona chabeu, mel, fole grande/pequeno, mandiple, banana santchu, cabaceira, veludo, forouba, tambarina Frutas Mango, banana, laranja, limão, ananás, papaia e goiaba Mango, banana, laranja, limão, ananás, e goiaba Laranja, limão, banana e caju Caju, laranja, limão e banana Laranja, limão, banana e caju Laranja, limão, banana e caju 110

112 Sector de Buba Secção Bacar Conte Banta Buba Ndjassane Nhala N tunghane Produtos mais produzidos Arroz, milho preto, milho cavalo, Mancara, feijão, mandioca, batata doce Arroz, milho preto, milho cavalo, gergelim e milho basil, Mancarra, feijão, manfafa, mandioca Arroz, milho cavalo e milho basil, Mancarra, feijão, manfafa, batata doce, mandioca, nhambi Arroz, milho cavalo e milho basil, Mandioca, mancarra, arroz, feijão, milho cavalo, manfafa e batata doce Arroz, milho cavalo, Mancarra, feijão, manfafa, batata doce, mandioca Arroz, milho basil e milho cavalo, Mancarra, feijão, manfafa, batata doce e mandioca Mais comercializados (cereais, raizes e tuberculos) Mancara, feijão e mandioca Mandioca, gergelim, feijão, mancarra e batata doce Arroz, mancarra, feijão, Mandioca e nhambi Arroz, mancarra, feijão e Mandioca Arroz, mancarra, feijão, Mandioca e nhambi Mancarra, feijão, Mandioca e arroz Produtos agroflorestais oleo de palma, mel, fole pequeno/grande, farrouba, veludo, cabaceira Fole pequeno/grande, farrouba, veludo, mandiple, cabaceira, miséria, mel chabeu, tambacumba, bana sancho, manpatas chabeu, mel, fole grande/pequeno, mandiple, banana santchu, cabaceira, veludo, forouba, tambarina, azeitona chabeu, mel, fole grande/pequeno, mandiple, banana santchu, cabaceira, veludo, forouba, tambarina, azeitona chabeu, mel, fole grande/pequeno, veludo, cabaceira, tambarina, azeitona, banana sancho, mandiple e forouba chabeu, mel, fole grande/pequeno, mandiple, banana santchu, cabaceira, veludo, forouba, tambarina, azeitona Frutas Mango, limão, laranja e ananas Mango, banana, laranja, limão, ananas e goiaba Laranja, limão, banana Laranja, limão, banana Mango, limão, laranja, toranja, banana, ananás e goiaba Mango, limão, laranja, toranja, banana 111

113 Sector de Empada Secção Empada Caur de Baixo Madina de Baixo Darsalam Francunda Kam Produtos mais produzidos Arroz, milho preto, milho basil, Mancarra, feijão, manfafa, batata doce, mandioca e nhambi Arroz, milho basil e gergelim, Mandioca, feijão, mancarra, nhambe Mancarra, feijão, mandioca, batata doce, nhambi Arroz, milho cavalo, milho basil, milho preto, Mandioca, feijão, batata doce, mancarra, mancarra bijago Milho preto, milho basil, arroz, Mancarra, mandioca, batata doce, nhambi, feijão Arroz, gergelim, milho preto, milho basil e milho cavalo, Mandioca, feijão, manfafa, batata doce, mancarra e nhambi Mais comercializados (cereais, raízes e tubérculos) mancara, limão, gergilin e mandioca feijão, milho basil, mancarra, nhambe, gergelim e mandioca Arroz, feijão, milho basil, mancarra, gergelim e mandioca Mancarra, feijão, mandioca, arroz Mancarra, mandioca, Arroz, mancarra, feijão, Mandioca e nhambi Produtos agroflorestais óleo de palma, fole pequeno/grande, farrouba Chabeu, cabaceira, faroba, veludo, fole grande, fole pequeno e tambarina Cabaceira, faroba, chabeu, veludo, fole elefante/ fole pequeno e tambarina Chabeu, cabaceira, faroba, veludo, fole grande, fole pequeno e tambarina Fole grande, fole pequeno, mel, chabeu, farroba, cabaceira e veludo Fole grande, fole pequeno, mel, chabeu, farroba, mandiple, banana sancho, cabaceira e veludo Frutas Caju, cango, laranja, banana, limão e papaia Mango, laranja, banana, caju, limão e papaia Caju, mango, laranja, banana, limão e papaia Laranja, cola, mango, limão, banana, ananas, jaca Mango, laranja, limão e caju Laranja, limão, banana e papaia 112

114 Anexo 8: Portos Porto de S. João Região: Bolama/Bijagós Setor: Bolama Coordenadas: Lat '10.77"N Long '21.00"W Ligação: Bolama Tipo transporte: Canoas com motor fora de bordo (duas permanentes e até 5 na época alta) Nº médio de utentes: Época alta: 100 pessoas Época Baixa: 30 Duração percurso: 8 min Custo transporte: 300 FCFA Acesso ao porto: Mau Estado do Porto: Razoável, rampa de cimento Porto de Empada Região: Quinara Setor: Empada Coordenadas: Lat "N Long "W Ligação: Pesca, Bolama/ Bijagós, Bissau Tipo transporte: Canoas com motor fora de bordo Nº médio de utentes: N/A Duração percurso: N/A Custo transporte: 113

115 Acesso ao porto: Mais ou menos Estado do Porto: Mau Porto de Fulacunda Região: Quinara Setor: Fulacunda Coordenadas: Lat '18.32"N Long '17.08"W Ligação: Pesca Tipo transporte: Nº médio de utentes: Duração percurso: Custo transporte: Acesso ao porto: Bom Estado do Porto: Não existe Porto de Buba (actual) Região: Quinara Setor: Buba Coordenadas: Lat '13.02"N Long '54.71"W Ligação: Pesca Tipo transporte: Nº médio de utentes: Duração percurso: Custo transporte: Acesso ao porto: Bom Estado do Porto: Mau 114

116 Porto de Enxude Região: Quinara Setor: Tite Coordenadas: Lat '10.30"N Long '31.55"W Ligação: Bissau, Djabada Tipo transporte: Canoas a remo, Canoas com motor fora de bordo e Barco Nº médio de utentes: Duração percurso: 45 mn Custo transporte: Xof Barco/ Canoa motor fora de bordo (Bissau-Enxude) Acesso ao porto: Mau Estado do Porto: Bom (Rampa) Porto de Ganpará Região: Quinara Setor: Fulacunda Coordenadas: Lat "N Long. 15 4'29.26"W Ligação:, Xime, Portogole e Malafo. Tipo transporte: Canoas com motor fora de bordo Nº médio de utentes: Duração percurso: 30 min Custo transporte: Xof/Pessoa 115

117 Acesso ao porto: Bom Estado do Porto: Bom 116

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