OBSTETRÍCIA AVALIAÇÃO DA GRAVIDEZ PARTE 1 DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ E MODIFICAÇÕES MATERNAS
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- Airton Back Ximenes
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2 AVALIAÇÃO DA GRAVIDEZ OBSTETRÍCIA PARTE 1 DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ E MODIFICAÇÕES MATERNAS
3 DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ CLÍNICO LABORATORIAL ULTRASSONOGRÁFICO CLÍNICO: SINTOMAS INICIAIS SINAIS DE PRESUNÇÃO SINAIS DE PROBABILIDADE SINAIS DE CERTEZA
4 DIAGNÓSTICO CLÍNICO SINTOMAS INICIAIS: Náuseas / vômitos (não confundir com hiperêmese gravídica) Sialorreia Sensibilidade mamária Polaciúria Distensão abdominal e constipação Tonturas, sonolência e fadiga CLÍNICO SINAIS DE PRESUNÇÃO MONTGOMERY / HALLER / HUNTER / HALBAN SINAIS DE PROBABILIDADE HEGAR...ÇA / PISCA...CEK / NOBILE-BUDIN / JACQUEMIER / KLUGE / OSIANDER SINAIS DE CERTEZA ouvir ou sentir PUZOS / MOVIMENTOS FETAIS / AUSCULTA FETAL (Pinard ou sonar) LEMBRAR: Regra de Goodel e sinal de Holzapfel
5 SINAIS DE PRESUNÇÃO: alterações mamárias ou sistêmicas (longe do feto) SINAIS DE PROBABILIDADE: alterações do útero, vulva e vagina (próximos do feto) SINAIS DE CERTEZA: pecepção do feto (o médico sentir movimentos ou ouvir o feto) LABORATORIAL HCG - comum a LH, FSH, TSH β gonadotrofina coriônica falso positivo unidade falso negativo < 14 dias β HCG é mais sensível e mais específico β HCG < 1000 é probabilidade
6 LIMITE DISCRIMINATÓRIO β HCG > Tem que ter SG no útero, se não tem, é ectópica A concentração de β HCG duplica a cada 2-3 dias e o pico ocorre entre 8 e 120 semanas β HCG tem meia-vida de 24 horas ULTRASSONOGRÁFICO - mais preciso entre 6 e 12 semanas (medida do CCN) SEMANAS USGTV β HCG USG ABDOMINAL 4 SG SEMANA A MAIS 5 VV BCF; > 25 mm LIMITE DISCRIMINATÓRIO β HCG > 1500
7 SEMANAS DATA PROVÁVEL DO PARTO REGRA DE NAGELE A PARTIR DA D U M: Soma 7 ao número de dias e Diminui 3 (posteriores a março) ou soma 9 ao número do mês (jan, fev e março)
8 DATA PROVÁVEL DO PARTO REGRA DE NAGELE A PARTIR DA D U M: Soma 7 ao número de dias e Diminui 3 (posteriores a março) ou soma 9 ao número do mês EXEMPLOS: DUM = 9/2/2016 DPP = 16/11/2016 DUM= 28/1/2017 DPP = 04/11/2017 DUM = 28/6/2017 DPP = 05/04/2018 DUM = 30/7/2017 DPP = 06/5/2018
9 PELE MODIFICAÇÕES MATERNAS Estrias / Cloasma gravídico / Eritema palmar / Teangiectasias / Linha nigra Linha nigra Cloasma gravídico Estrias Teleangiectasia
10 ALTERAÇÕES DAS MAMAS MODIFICAÇÕES MATERNAS Hipersecreção de glândulas sebáceas Tubérculos de Montgomery Rede venosa de Haller Sinal de Hunter ALTERAÇÕES UTERINAS Crescimento Aumento da vascularização Hipertrofia ligamentos redondos
11 ALTERAÇÕES OSTEOARTICULARES ALTERAÇÕES GASTRINTESTINAIS Embebição gravídica Aumento da lordose lombar (marcha anserina) Compressões radiculares e dores lombares Maior mobilidade articulações pélvicas Peristalse, esvaziamento gástrico e contração da vesícula - pirose, constipação e aumento do risco de litíase biliar. Sangramentos gengivais ALTERAÇÕES METABÓLICAS ESTADO DIABETOGÊNICO hipoglicemia de jejum e hiperglicemia pós-prandial a placenta secreta hormônios contra-insulínicos (E, P, cortisol e hpl) Aumento da lipólise hiperinsulinemia compensatória
12 ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES Aumento da FC (10 a 15 bpm) / Aumento do DC (30 a 40%) / Aumento da pressão venosa / diminuição da Res. Vasc. Periférica / PAS (3 a 4 mm Hg) e PAD (10 a 15 mm Hg) > no 2º trimestre ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS Vol. Plasmático (40 a 50%) Vol. Eritrocitário (30-30%) viscosidade sanguínea Ht (anemia dilucional) quimiotaxia / Leucocitose sem desvio ALTERAÇÕES SISTEMA DE COAGULAÇÃO Fibrinogênio / VI, VII, VIII e von Willebrand sistema fibrinolítico Estado de Hipercoagulabilidade - aumento de doenças tromboembólicas
13 ALTERAÇÕES URINÁRIAS TFG Diâmetro ureteral Ureia e Creatinina Tônus vesical Reabsorção Tubular de glicose ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS Vol. Plasmático (40 a 50%) Vol. Eritrocitário (30-30%) viscosidade sanguínea Ht (anemia dilucional) quimiotaxia / Leucocitose sem desvio ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS VC, po2 arterial CRF pco2 Bicarbonato sérico Alcalose respiratória compensada
14 ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL MS: 6 consultas: 1 no 1º, 2 no 2º e 3 no 3º. VITAMINAS??? ATIVIDADE FÍSICA: Exercícios leves a moderados ATIVIDADE SEXUAL: Normal Sulfato ferroso profilático: 40 a 60 mg de Fe elementar / dia. De 20 sem até o fim da amamentação. Ácido fólico: de 3 meses antes da gestação até 14 semanas (no mpinio). Melhor até o fim da gestação EXAMES DE PRÉ-NATAL Início: Tipagem / Rh / Hb, Ht / VDRL / HIV / HbSAg / Urina I e urocultura / Toxo / Glicemia Repetir na 30ª semana: VDRL / HIV / HbSAg / Urina I e urocultura / Glicemia (TOTG entre 24 e 28 semanas ) Parasitológico: só se houver suspeita Preventivo fazer normalmente USG: NÃO É OBRIGATÓRIO
15 RASTREAMENTO DE TOXOPLASMOSE IgG IgM SUSCETÍVEL Repetir cada 2-3 meses IgG + IgM IMUNE Recomendações: Evitar: gatos, terra, carne crua, leite não pasteurizado e vegetais com casca IgG IgM + INFECÇÃO AGUDA OU FALSO POSITIVO: Iniciar o tratamento com espiramicina repetir a sorologia em 3 semanas ou solicitar IgA FALSO POSITIVO: Repetiu em 3 semanas e não apareceu IgG
16 IgG + IgM + AGUDA OU CRÔNICA? Fazer teste de avidez para IgG, até 16 semanas de gestação Se > 16 semanas tratar TESTE DE AVIDEZ DA IgG: Baixa avidez(<30%) infecção aguda Alta avidez (>60%) - infecção antiga (> 16 semanas fora desta gestação) infecção aguda = tratar a gestante e investigar o feto Investigação do feto Amniocentese e PCR do líquido amniótico IgM do sangue fetal USG mensal SEM INFECÇÃO FETAL trata a gestante com espiramicina (não atravessa a placenta) COM INFECÇÃO FETAL ou NÃO É POSSÍVEL DESCARTAR A INFECÇÃO FETAL TRATAR COM: SULFADIAZINA, PIRIMETAMINA E ÁCIDO FOLÍNICO (ALTERNA CADA 4 SEMANAS)
17 RASTREAMENTO PARA GBS (Streptococus grupo B) Prevenção da sepse neonatal pelo streptococus agalactiae recomendação do CDC - MS não recomenda Swab vaginal e retal entre 35 e 37 semanas (válido por 5 semanas) Não fazer swab se: sepse neonatal anterior bacteriúria por GBS na gestação atual PROFILAXIA SWAB + ou SEM SWAB E COM FATOR DE RISCO PROFILAXIA Penicilina cristalina 5 milhões + 2,5 milhões 4/4 hs até clampear o cordão O QUE É FATOR DE RISCO? Trabalho de parto prematuro Febre intraparto > 38 C Amniorrexe > 18 hs NÃO FAZER PFLX SE: Swab até 5 semanas ou cesárea eletiva (sem trabalho de parto)
18 VACINAÇÃO NA GRAVIDEZ Recomendações: TÉTANO - dt / completar o esquema e reforço após 5 anos (e não 10 dez anos) COQUELUCHE - dtpa em todas as gestações Esquema dt completo (falta reforço) ou duas doses (falta uma dose) toma uma dose de dtpa a partir da 20ª semana até 20 dias antes do parto Já tomou uma dose de dt ou uma dose de dtpa toma mais uma dose de dt e mais uma dose de dtpa Não vacinadas toma duas doses de dt e mais uma dose de dtpa INFLUENZA toma uma dose na campanha anual HEPATIT B todas as gestantes não vacinadas devem tomar,após o 1º trimestre NÃO PODE: microorganismos vivos Febre amarela: avaliar riscos e benefício (viagem para área endêmica)
19 foca na residência!
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