1 de :04

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "1 de :04"

Transcrição

1 1 de :04 Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 0361/14 Data do Acordão: Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: FRANCISCO ROTHES Descritores: OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO FISCAL FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DESPACHO DE REVERSÃO Sumário: Nº Convencional: JSTA000P19850 Nº do Documento: SA Data de Entrada: Recorrente: FAZENDA PÚBLICA Recorrido 1: A... Votação: UNANIMIDADE Aditamento: Texto Integral I - Pese embora, em regra, a oposição tenha como finalidade a extinção, total ou parcial, da execução fiscal, pode também visar outros fins que se revelem adequados à sua função de contestação à pretensão executiva, quais sejam a suspensão da execução fiscal ou a absolvição da instância executiva. II - Consequentemente, devem admitir-se como fundamentos de oposição à execução fiscal os que, independentemente do carácter substantivo ou adjectivo, possam determinar alguma daquelas finalidades, designadamente deve admitir-se a invocação de excepções dilatórias como fundamento subsumível à previsão da alínea i) do n.º 1 do art. 204.º do CPPT. III - No caso de a oposição ser julgada procedente com fundamento na falta de fundamentação do despacho de reversão, a decisão a proferir pelo tribunal deverá ser de anulação daquele acto e consequente absolvição do oponente da instância executiva por falta de legitimidade processual e não a extinção da execução quanto ao oponente (pois não foi feito qualquer juízo quanto ao mérito da matéria controvertida), de modo a não obviar à possibilidade do órgão de execução fiscal proferir um novo acto de reversão, expurgado do vício que determinou a anulação do anterior acto, possibilidade que lhe assiste em virtude do motivo determinante da anulação ser de carácter formal. Texto Integral: Recurso jurisdicional da sentença proferida no processo de oposição à execução fiscal com o n.º 1159/09.7BEBRG 1. RELATÓRIO 1.1 A Fazenda Pública recorre para o Supremo Tribunal Administrativo da sentença por que a Juíza do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, considerando procedente a oposição deduzida por A (adiante Executada por reversão ou Recorrente) com base na falta de fundamentação do despacho de reversão, julgou, quanto à Oponente, extinta a execução fiscal que, instaurada contra uma sociedade para cobrança de dívidas provenientes de IVA, IRC e coimas fiscais, reverteu contra ela por o órgão da execução fiscal a ter considerado responsável subsidiária. 1.2 O recurso foi admitido, a subir imediatamente, nos próprios autos e efeito meramente devolutivo e a Recorrente apresentou as alegações, que resumiu em conclusões do seguinte teor (Porque usamos o itálico nas transcrições, os excertos que estavam em itálico no original surgirão, aqui como adiante, em tipo normal.): «I. Ressalvado o devido respeito, com o que desta forma foi decidido não se conforma a Fazenda Pública, pelas razões que passa expender. II. A sentença sob recurso julgou a Oponente não responsável pelo pagamento da dívida, exequenda, considerando que o despacho que efectivou a reversão da execução fiscal contra a Oponente e responsável não cumpria o dever legal de fundamentação. III. Como decorre do probatório e da fundamentação da decisão, não existiu uma avaliação de mérito da matéria controvertida que possa motivar a extinção da execução contra a Oponente, tal como o Tribunal a quo determinou. IV. Pelo que a douta sentença sob recurso deveria limitar-se a anular o despacho de reversão por vício de forma, consubstanciado em falta de fundamentação. V. Uma vez que, nos casos em que a anulação do acto administrativo é motivada por um mero vício de forma, a Administração Fiscal pode executar uma decisão anulatória praticando um acto de sentido idêntico, mas sem o vício que o afectava, faculdade que a decisão sob recurso inviabiliza. VI. Assim, a douta decisão, julgando a oposição procedente deveria determinar a anulação da decisão que operou a reversão contra a Oponente. VII. Ao não se decidir assim, a douta sentença recorrida fez uma errada interpretação e aplicação do Direito. VIII. Decidindo doutro modo, a douta decisão violou os artigos 101.º e 124.º do CPPT, 125.º do CPA e 660.º, n.º 1 do CPC, pelo que não pode manter-se». 1.3 A Oponente contra alegou, resumindo a sua posição em conclusões do seguinte teor: «1- A efectivação da responsabilidade tributária subsidiária área marcadamente agressiva, posto que através dela se exige de alguém o pagamento de dívidas tributárias sem fundamento na sua capacidade contributiva a decisão de reversão surge-nos como manifestação típica do poder administrativo de decidir unilateralmente e de, como tal, perante um caso concreto, a Administração definir unilateralmente o direito aplicável, dentro do único fim que a deve nortear: a prossecução do interesse público. 2- No exercício de tal poder de decidir unilateralmente, deve a Administração, além do mais, obediência ao princípio da legalidade, o que significa, no caso de reversão em processo de execução fiscal, que o órgão

2 2 de :04 da execução fiscal deve abster-se de ordenar, a reversão da execução fiscal se concluir pela manifesta inexistência ou insuficiência dos pressupostos da responsabilidade subsidiária, seja oficiosamente, seja em virtude da prova apresentada pelo responsável no momento da audição prévia, esteja ou não sujeito este o presunção legal de culpa. Também o não deve fazer em caso de fundada dúvida, salvo quando for imputável ao responsável, sobre os restantes pressupostos da responsabilidade vide António Lima Guerreiro, LGT anotada, Editora Rei dos Livros, pág. 134; 3- Por outro lado, perante o circunstancialismo que exija a prática de acto administrativo, a Administração deve ater-se à disciplina prevista na lei para o praticar e exteriorizar. O mesmo se diga perante o acto já praticado, no que respeita à disciplina que deve ser observada, por exemplo, na sua execução. Dito de outro modo, o acto administrativo em causa é indissociável da ideia de procedimento; 4- Ora, a reversão do processo de execução fiscal contra o responsável subsidiário exigia a prática de um acto administrativo o despacho de reversão; e, por outro a impõe a observância de toda uma sucessão de actos e formalidades que, pura e simplesmente, não tiveram lugar; 5- Assim, impunha-se que a Administração diligenciasse no sentido de verificar inexistência de bens penhoráveis do devedor ou a fundada insuficiência do património do devedor para a satisfação da dívida exequenda e acrescido impunha-se que a Administração tivesse elaborado um projecto de decisão da reversão impunha-se que a Administração tivesse notificado o visado para, querendo, se pronunciar e audiência prévia; impunha-se que a Administração tivesse proferido o despacho de reversão, com a respectiva fundamentação. Só após teria lugar a citação do responsável subsidiário, através da qual fosse transmitida ao revertido, além do mais, a declaração fundamentada dos pressupostos e extensão da reversão (art. 23.º n.º 4 da LGT) 6- No presente caso, a Administração tributária entendeu chamar a ora recorrida à execução fiscal como responsável subsidiário por aquelas dívidas porque foram constituídas em períodos de exercício do seu cargo de gerência; 7- Foi nesse pressuposto que a Oponente deduziu a oposição, alegando que não teve culpa pela insuficiência do património social da originária devedora para responder pelas dívidas exequendas; e foi no mesmo pressuposto que a sentença apreciou a legalidade da reversão, considerando que a Administração não logrou demonstrar tal culpa, como lhe competia e, mais do que isso, que a Administração mais não fez do que transcrever o conteúdo normativo do n.º 1 do art. 24 da LGT; 8- Sucede que, pretende agora a Administração Tributária, alheando-se do teor da fundamentação expendida na douta sentença, sustentar que esta se limitou a conhecer de uma questão meramente formal e, como tal, defender que a consequência jurídica a retirar seria a absolvição da instância e não a absolvição do pedido, como bem decidiu a Mmª Juiz [do Tribunal] a quo. 9 - Assim, não cumpre sequer verificar, como até o fez a sentença recorrida, se está ou, não provada a falta de culpa do Oponente pela insuficiência patrimonial da sociedade originária devedora para responder pelas dívidas exequendas e, não o estando sobre quem deve ser decidida a questão. É que, como resulta do que deixámos dito a questão só faria sentido se a reversão tivesse sido ordenada nos termos da alínea a) do art. 24.º, n.º 1, da LGT, possibilidade que está arredada. 10- Com efeito, a efectivação desta responsabilidade, pela agressividade que lhe é inerente, surge rodeada de exigências legais impostas à Administração, as quais se destinam, naturalmente, a assegurar que a Administração, no exercício desse seu poder de decisão, observa os pressupostos legais que permitem exigir o pagamento de uma dívida a alguém que não é o seu devedor originário; 11- De acordo com a lei fiscal, o meio próprio para o revertido se defender da pretensão executiva da Administração é a oposição à execução, tendo esta por objecto a extinção, total, ou parcial da execução, embora possa ter, também por objecto a simples suspensão da execução. [Código de Procedimento e de Processo tributário anotado e comentado, 6.ª edição 2011, página 502]; 12- Os vícios do despacho que ordena a reversão, nomeadamente a falta de fundamentação, constituem fundamentos de oposição enquadráveis na alínea i) do artigo 204.º do CPPT. [Idem, páginas 499/450]; 13 - Assim, uma vez que a sentença recorrida anulou o despacho de reversão por vício de forma por falta de fundamentação (vício que a recorrente aceita, uma vez que neste segmento acatou a decisão de 1.ª instância), então impõe necessariamente, a extinção da execução fiscal quanto à oponente; 14- Deste modo, tendo no caso em apreço, a sentença recorrida concluído pela ilegalidade do despacho de reversão por falta de verificação dos respectivos pressupostos legais, a sua procedência determina a impossibilidade jurídica de prosseguimento posterior da mesma execução contra os executados revertidos, sendo a consequência jurídica a retirar a absolvição da recorrida do pedido e não da instância, conforme propugna a Administração Tributária; 15- A sentença recorrida não merece, pois, qualquer censura». 1.4 Recebidos neste Supremo Tribunal Administrativo, os autos foram com vista ao Ministério Público, e o Procurador-Geral Adjunto emitiu parecer no sentido de que seja concedido provimento ao recurso, revogada a sentença «na parte em que aplicou como consequência a execução extinta, a substituir pela anulação do acto de reversão e absolvição da instância». Após definir a questão a decidir como sendo a de saber qual «a consequência jurídica aplicável em oposição julgada procedente com fundamento em vicio de falta de fundamentação do despacho de reversão», louvou-se no acórdão da Secção de Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo de 10 de Outubro de 2012, proferido no processo n.º 726/12, para concluir que essa consequência deve ser a absolvição da instância e não a extinção da execução fiscal. 1.5 Foram colhidos os vistos dos Juízes Conselheiros adjuntos. 1.6 A questão que cumpre apreciar e decidir é a de saber se (a sentença recorrida fez correcto julgamento

3 3 de :04 quando decidiu no sentido de que) a falta de fundamentação do despacho de reversão, fundamento de oposição à execução fiscal subsumível à alínea i) do n.º 1 do art. 204.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), tem como consequência a extinção da execução fiscal quanto aos revertidos e oponentes ou determina simplesmente a anulação daquela decisão administrativa. 2. FUNDAMENTAÇÃO 2.1 DE FACTO A Juíza do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga deu como provados os seguintes factos: * * * «A) A AT instaurou o processo de execução fiscal n.º e apensos contra a sociedade B., Lda. ; B) A execução mencionada em A. reverteu contra a aqui oponente A., NIF..; C) Do despacho de reversão, com interesse para a decisão, consta, no que se refere aos fundamentos da reversão: Dos autos de diligências de fls. 24 e 34, e da consulta ao Sistema Informático da DGCI, cujos prints se encontram juntos aos autos, conclui-se inequivocamente que a sociedade executada não possui bens, rendimentos ou créditos penhoráveis, que permitam o pagamento das dívidas fiscais. Da certidão da Conservatória do Registo Comercial de Fafe junta aos autos a fls. 53 e seguintes, verifica-se que a gerência, no período a que respeitam as dívidas, foi exercida pela sócia A.., NIF... cfr. fls. 69 do apenso. D) No despacho que operou a reversão referida na al. anterior nada consta a fundamentar a culpa da oponente/revertida». 2.2 DE FACTO E DE DIREITO A QUESTÃO A APRECIAR E DECIDIR * A questão a apreciar e decidir nos presentes autos é a de saber qual a consequência jurídica a extrair em sede de oposição à execução fiscal da falta de fundamentação do despacho de reversão, que determinou a procedência da oposição. Mas, antes do mais, convém ter presente o que decidiu o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga na presente oposição à execução fiscal. Vejamos: Numa execução fiscal instaurada contra uma sociedade para cobrança de dívidas por IVA, IRC e coimas fiscais (Pese embora a Juíza do Tribunal a quo não tenha levado ao probatório a origem das dívidas exequendas, a mesma resulta do relatório da sentença.), o órgão da execução fiscal chamou a ora Recorrida à execução mediante citação, após ter proferido despacho de reversão em que a considerou responsável subsidiária por aquelas dívidas. Discordando da sua chamada à execução fiscal, a Executada por reversão deduziu oposição, invocando como fundamentos, por esta ordem, i) a nulidade da citação, ii) a falta de excussão prévia do património da sociedade originária devedora, iii) a impossibilidade de responsabilizar subsidiariamente os gerentes pelo pagamento das coimas aplicadas à sociedade, iv) o não exercício de facto de funções de gerência na sociedade originária devedora e a consequente impossibilidade de lhe ser assacada culpa pela inexistência de património social para responder pelas dívidas exequendas. A Juíza do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, considerando que a Oponente invocou a falta de fundamentação do despacho de reversão opção que, não merecendo o nosso acordo, ora não nos cumpre sindicar, porque fora do objecto do recurso entendeu que esta decisão administrativa enfermava desse vício, motivo por que concluiu que «é ilegal, por falta de fundamentação, o despacho de reversão da execução fiscal contra a ora Oponente». E, consequentemente, afirmou ainda: «Fica, assim prejudicado o conhecimento de outras questões invocadas pela Oponente». Apesar disso, ainda se pronunciou sobre a ilegalidade da reversão, no que se refere às coimas em cobrança coerciva, por o órgão da execução fiscal não ter alegado e provado, como entendeu que lhe competia, a culpa da Oponente na insuficiência do património da sociedade originária devedora ou na falta de pagamento da coima. No entanto, este último segmento não pode considerar-se senão como um obiter dictum, que não influiu na decisão recorrida, uma vez que a própria Juíza tinha já afirmado a ilegalidade do despacho de reversão e dado como prejudicadas as demais questões suscitadas pela Oponente. Podemos, pois, assentar em que a sentença se decidiu pela procedência da oposição à execução fiscal com fundamento na falta de fundamentação do despacho de reversão. Foi esse também o entendimento dos vários intervenientes processuais, que todos eles aceitam que a decisão de procedência da oposição à execução fiscal tem como fundamento a ilegalidade do despacho de reversão por falta de fundamentação, julgamento que a Recorrente, aliás, aceita. O que a Recorrente não aceita é que a verificação desse fundamento de oposição determine a extinção da execução fiscal quanto à Oponente, como decidiu a sentença. A Fazenda Pública entende que essa decisão inviabiliza a repetição do acto de reversão e sustenta que a única consequência do vício de forma do despacho de reversão por falta de fundamentação vício cuja existência não discute, aceitando a sentença nessa parte será a anulação desse despacho DA CONSEQUÊNCIA DA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DO DESPACHO DE REVERSÃO

4 4 de :04 Não questionando a Recorrente que se verifica a falta da fundamentação do despacho de reversão, vício que é subsumível ao fundamento de oposição à execução fiscal previsto na alínea i) do n.º 1 do art. 204.º do CPPT, a divergência com a sentença recorrida é apenas quanto à consequência jurídica que nesta se extraiu da verificação desse vício de forma do acto de reversão: enquanto a sentença julgou extinta a execução fiscal quanto à Oponente, a Fazenda Pública entende que a sentença se deveria ter quedado pela anulação do despacho de reversão; mais entende que a decisão de extinguir a execução fiscal quanto à Oponente inviabiliza a possibilidade de o órgão da execução fiscal proferir novo acto (novo despacho de reversão contra a ora Recorrida) em que sane o vício que determinou a sua anulação. Vejamos: É compreensível a preocupação manifestada pela Fazenda Pública no sentido da impossibilidade de proferir novo despacho de reversão em que, sanado o vício de forma que determinou a anulação, faça prosseguir a execução fiscal contra a ora Recorrida. Na verdade, os vícios de forma, designadamente o vício de falta ou insuficiência (Sendo que a lei equipara esta, nos seus efeitos, àquela, nos termos do disposto no n.º 2 do art. 125.º do Código do Procedimento Administrativo.) de fundamentação da reversão, apenas determinam a anulação do acto (cf. art. 163.º, n.º 1, do Código do Procedimento Administrativo (CPA), não obstando à sua renovação, desde que observado o formalismo em falta, ou seja, desde que expurgado do vício que o afectava. Ora, uma decisão de extinção da execução fiscal, pressupondo a avaliação de mérito da matéria controvertida (da pretensão executiva), obsta a que seja renovada a instância. Mas, o vício de falta de fundamentação do despacho de reversão não terá como consequência a extinção da execução fiscal, ainda que restrita à Oponente, porque, como ficou dito, a anulação do acto de reversão com fundamento em vício de forma por falta de fundamentação não impede que este seja renovado, para tal bastando que o órgão de execução fiscal pratique novo acto em que enuncie explícita e suficientemente as razões que levaram o seu autor a praticar o acto, a proferir a decisão de fazer prosseguir a execução fiscal contra a ora Recorrida. É certo que, como refere a Recorrida, a oposição à execução fiscal, em regra, tem como escopo a extinção, total ou parcial da execução fiscal, podendo ter também como finalidade a suspensão da execução (A oposição à execução fiscal terá por finalidade a mera suspensão da execução, «nos casos em que seja afectada por qualquer motivo a exigibilidade da dívida, por motivo não definitivo, mas meramente temporário», como, v.g., «nos casos em que o fundamento seja ter existido concessão de uma moratória», nos casos em que exista «obstáculo meramente temporário ao prosseguimento da execução, como a existência de um processo de falência ou de insolvência ou de recuperação de empresa (actualmente, à face do GIRE, de insolvência)», nos casos de «ter sido decidida, por via administrativa, a suspensão da eficácia de um acto de liquidação e, apesar disso, ser instaurada execução», ou «ter sido decidida a suspensão do processo executivo, por autoridades superiores da administração tributária, e o serviço de finanças onde corre termos o processo de execução fiscal não ter efectivado tal suspensão», tudo fundamentos enquadráveis na alínea i) do n.º 1 do art. 204.º do CPPT, como salienta JORGE LOPES DE SOUSA, ob. cit., volume III, anotação 39 ao art. 204.º, pág. 502.). Mas isso não significa que a oposição à execução fiscal, que constitui a contestação à execução fiscal, não possa ter outras finalidades, para além das já referidas extinção e suspensão da execução. A oposição, enquanto contestação, poderá ter também por finalidade a mera absolvição da instância executiva derivada da falta de pressupostos processuais (cfr. arts. 571.º, n.ºs 1 e 2, 576.º, n.ºs 1 e 2, e 577.º, do CPC), à semelhança do que sucede com processo civil, em que a oposição do executado é o meio processual adequado para a invocação de qualquer falta de pressupostos processuais [art. 729.º, alínea c), do CPC]. Na verdade, a oposição à execução fiscal deve entender-se como o meio processual adequado a contestar a pretensão executiva, quer o fundamento invocado seja substancial quer seja meramente formal. Dito isto, podemos avançar no sentido de que, anulado o despacho de reversão, deixa de haver fundamento legal para que o revertido se mantenha na execução fiscal, configurando-se uma situação, quanto à pretensão executiva, de ilegitimidade passiva enquanto pressuposto processual (cf. art. 30.º, n.º 1, do CPC) (Não confundir com a ilegitimidade prevista na alínea b) do n.º 1 do art. 204.º do CPPT ilegitimidade substantiva, que assenta na falta de responsabilidade do citado pela dívida exequenda e que determina a prolação de uma sentença que, conhecendo do mérito, julgue extinta a execução fiscal quanto ao oponente.). Ilegitimidade que, constituindo uma excepção dilatória, não pode conduzir a uma decisão sobre o mérito da pretensão, mas antes impõe que o juiz se abstenha de apreciar o pedido, proferindo uma decisão de absolvição da instância [arts. 278.º, n.º 1, alínea d) e 608.º, n.º 1, do CPC]. Assim, não restando dúvidas de que os vícios formais do despacho de reversão se podem erigir em fundamento de oposição à execução fiscal, integrando a previsão da alínea i) do n.º 1 do art. 204.º do CPPT, a procedência da oposição com esse fundamento terá como consequência, não só a anulação do acto de reversão (que, caso fosse o único efeito jurídico prosseguido, teria como meio processual eventualmente mais adequado a reclamação do art. 276.º do CPPT), mas também a absolvição do oponente da instância executiva. Absolvição da instância que (contrariamente à extinção da execução fiscal, que constitui uma verdadeira absolvição da pretensão executiva) não impede o órgão da execução fiscal de proferir novo despacho de reversão em que, desta vez fundamentando suficientemente o acto, sane o vício que determinou a anulação. É neste sentido que tem vindo a decidir este Supremo Tribunal Administrativo (Vide os seguintes acórdãos da Secção de Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo: - de 10 de Outubro de 2012, proferido no processo n.º 726/12, publicado no Apêndice ao Diário da República de 8 de Novembro de 2013 ( págs a 2905, também disponível em - de 22 de Abril de 2015, proferido no processo n.º 511/14, ainda não publicado no jornal oficial, disponível em Pelo que ficou dito, entendemos que o recurso merece provimento CONCLUSÕES Preparando a decisão, formulamos as seguintes conclusões: I - Pese embora, em regra, a oposição tenha como finalidade a extinção, total ou parcial, da execução fiscal, pode também visar outros fins que se revelem adequados à sua função de contestação à pretensão executiva, quais sejam a suspensão da execução fiscal ou a absolvição da instância executiva. II - Consequentemente, devem admitir-se como fundamentos de oposição à execução fiscal os que, independentemente do carácter substantivo ou adjectivo, possam determinar alguma daquelas finalidades, designadamente deve admitir-se a invocação de excepções dilatórias como fundamento subsumível à previsão da alínea i) do n.º 1 do art. 204.º do CPPT.

5 5 de :04 III - No caso de a oposição ser julgada procedente com fundamento na falta de fundamentação do despacho de reversão, a decisão a proferir pelo tribunal deverá ser de anulação daquele acto e consequente absolvição do oponente da instância executiva por falta de legitimidade processual e não a extinção da execução quanto ao oponente (pois não foi feito qualquer juízo quanto ao mérito da matéria controvertida), de modo a não obviar à possibilidade do órgão de execução fiscal proferir um novo acto de reversão, expurgado do vício que determinou a anulação do anterior acto, possibilidade que lhe assiste em virtude do motivo determinante da anulação ser de carácter formal. 3. DECISÃO * * * Face ao exposto, os juízes da Secção do Contencioso Tributário deste Supremo Tribunal Administrativo acordam, em conferência, em conceder provimento ao recurso e revogar a sentença recorrida quanto ao efeito jurídico da procedência da oposição extinção da execução que ora substituem pelo de absolvição da Oponente da instância executiva. Custas pela Recorrida, que contra alegou o recurso, sem prejuízo do apoio judiciário que lhe foi concedido. Lisboa, 16 de Dezembro de Francisco Rothes (relator) Aragão Seia Casimiro Gonçalves. *

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0375/12 Data do Acordão: 07-11-2012 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: ISABEL MARQUES DA SILVA Descritores: Sumário: Nº Convencional: JSTA000P14809 Nº do Documento: SA2201211070375 Data

Leia mais

EXMO. SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DO

EXMO. SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DO EXMO. SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO E FISCAL DE [ ] Processo n.º [ ] reversão e apensos [ ], residente na [ ], contribuinte n.º [ ], executado por reversão, tendo sido citado para

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0460/10 Data do Acordão: 03-11-2010 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO PIMENTA DO VALE PRESCRIÇÃO IVA OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de 04-12-2013 Processo: 0877/13 Relator: VALENTE TORRÃO Meio Processual: RECURSO JURISDICIONAL Decisão: PROVIDO Fonte: www.dgsi.pt Sumário Impugnando o contribuinte

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0812/09 Data do Acordão: 25-11-2009 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO JORGE LINO OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO FISCAL COIMA MANIFESTA

Leia mais

Rui Duarte Morais QUANDO A ADMINISTRAÇÃO FISCAL INCUMPRE QUINTAS-FEIRAS DE DIREITO 7 DE JULHO DE 2011

Rui Duarte Morais QUANDO A ADMINISTRAÇÃO FISCAL INCUMPRE QUINTAS-FEIRAS DE DIREITO 7 DE JULHO DE 2011 Rui Duarte Morais 1 QUANDO A ADMINISTRAÇÃO FISCAL INCUMPRE QUINTAS-FEIRAS DE DIREITO 7 DE JULHO DE 2011 Compensação por Iniciativa do Contribuinte 2 Artigo 90º n.º 1 C.P.P.T. A compensação com créditos

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 0620/11 Data do Acordão:

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 0620/11 Data do Acordão: Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 0620/11 Data do Acordão: 02-11-2011 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: LINO RIBEIRO Descritores: INDEMNIZAÇÃO POR GARANTIA INDEVIDA Sumário: Nº

Leia mais

Tribunal de Contas. Acórdão 4/2008 (vd. Acórdão 2/06 3ª S de 30 de Janeiro) Sumário

Tribunal de Contas. Acórdão 4/2008 (vd. Acórdão 2/06 3ª S de 30 de Janeiro) Sumário Acórdão 4/2008 (vd. Acórdão 2/06 3ª S de 30 de Janeiro) Sumário 1. São duas as questões suscitadas pelo Demandado: - uma que respeita a competência do relator para a decisão tomada e a eventual nulidade

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de 05-02-2014 Processo: 01922/13 Relator: ISABEL MARQUES DA SILVA Meio Processual: RECURSO JURISDICIONAL Decisão: PROVIDO Fonte: www.dgsi.pt Sumário I - Nos

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV 2015/2016 Mestrado Forense / Turma B (Rui Pinto) EXAME FINAL ( ) - Duração 2 h 30 m

DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV 2015/2016 Mestrado Forense / Turma B (Rui Pinto) EXAME FINAL ( ) - Duração 2 h 30 m DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV 2015/2016 Mestrado Forense / Turma B (Rui Pinto) EXAME FINAL (12.1.2016) - Duração 2 h 30 m I. LEIA o seguinte ac. RL 16-1-2014/Proc. 4817/07.7TBALM.L2-6 (ANTÓNIO MARTINS):

Leia mais

Descritores: - EMBARGOS DE TERCEIRO; DIREITO DE CRÉDITO; DILIGÊNCIA INCOMPATÍVEL COM O DIREITO DA EMBARGANTE.

Descritores: - EMBARGOS DE TERCEIRO; DIREITO DE CRÉDITO; DILIGÊNCIA INCOMPATÍVEL COM O DIREITO DA EMBARGANTE. Processo:7884/14 Acórdão de: 30-10-2014 Relator: PEDRO MARCHAO MARQUES Descritores: - EMBARGOS DE TERCEIRO; DIREITO DE CRÉDITO; DILIGÊNCIA INCOMPATÍVEL COM O DIREITO DA EMBARGANTE. Sumário: i) Os embargos

Leia mais

A REVERSÃO FISCAL A REVERSÃO FISCAL

A REVERSÃO FISCAL A REVERSÃO FISCAL Os direitos e as garantias dos Contribuintes e as prerrogativas da Administração Fiscal A REVERSÃO FISCAL A REVERSÃO FISCAL Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas Lisboa e Faro 13 e 14 de Julho de 2007

Leia mais

Comarca do Porto Porto - Inst. Central - 1ª Secção de Execução - J3 CONCLUSÃO Questão prévia: Valor da causa:

Comarca do Porto Porto - Inst. Central - 1ª Secção de Execução - J3 CONCLUSÃO Questão prévia: Valor da causa: 372407808 CONCLUSÃO - 09-09-2016 (Termo eletrónico elaborado por Escrivão de Direito Filomena Jesus Vieira Pacheco) =CLS= Questão prévia: Atenta a data da propositura dos presentes embargos de executado,

Leia mais

Processo n 1313/14.OTTLSB.L1 Acordam os Juízes da Secção Social do Tribunal da Relação de Lisboa:

Processo n 1313/14.OTTLSB.L1 Acordam os Juízes da Secção Social do Tribunal da Relação de Lisboa: Processo n 1313/14.OTTLSB.L1 Acordam os Juízes da Secção Social do Tribunal da Relação de Lisboa: Relatório Nos presentes autos de execução de sentença que R, residente no B, n 22, 3 Esq, 1100-081 Lisboa,

Leia mais

ACÓRDÃO N.º 20/2016- PL-3.ª SECÇÃO 4ROM-SRA/2016 (P. n.º 1/2014-M-SRATC)

ACÓRDÃO N.º 20/2016- PL-3.ª SECÇÃO 4ROM-SRA/2016 (P. n.º 1/2014-M-SRATC) Revogou a Sentença nº 5/2016 - SRATC ACÓRDÃO N.º 20/2016- PL-3.ª SECÇÃO 4ROM-SRA/2016 (P. n.º 1/2014-M-SRATC) Descritores: Extinção do procedimento por responsabilidades sancionatórias /prescrição/ artigo

Leia mais

Ofício Circulado nº de

Ofício Circulado nº de Ofício Circulado nº 60 058 de 2008-04-17 Exmºs Senhores Subdirectores Gerais Directores de Serviços Directores de Finanças Chefes de Serviços de Finanças Representantes da Fazenda Pública ASSUNTO: Responsabilidade

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0944/10 Data do Acordão: 02-03-2011 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO ANTÓNIO CALHAU OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO ILEGITIMIDADE

Leia mais

COMISSÃO NACIONAL DE ESTÁGIO E FORMAÇÃO

COMISSÃO NACIONAL DE ESTÁGIO E FORMAÇÃO COMISSÃO NACIONAL DE ESTÁGIO E FORMAÇÃO Prática Processual Civil Programa I CONSULTA JURÍDICA 1.1 Consulta jurídica 1.2 Tentativa de resolução amigável 1.3 Gestão do cliente e seu processo II PATROCÍNIO

Leia mais

Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE DIFERIMENTO DO PAGAMENTO DE CUSTAS APOIO JUDICIÁRIO.

Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE DIFERIMENTO DO PAGAMENTO DE CUSTAS APOIO JUDICIÁRIO. Acórdãos TRL Processo: Relator: Descritores: Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa 3198/13.4TBMTJ.L1-7 DINA MONTEIRO EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE DIFERIMENTO DO PAGAMENTO DE CUSTAS APOIO JUDICIÁRIO

Leia mais

Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 0734/05. Data do Acórdão: Tribunal: 2 SECÇÃO. Relator: JORGE LINO

Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 0734/05. Data do Acórdão: Tribunal: 2 SECÇÃO. Relator: JORGE LINO Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 0734/05 Data do Acórdão: 28-09-2006 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: JORGE LINO Descritores: IMPUGNAÇÃO JUDICIAL. EMOLUMENTOS REGISTRAIS. Sumário:

Leia mais

Acórdão nº 2/2011-3ª Secção. (Processo n.º 1-RO-E/2010)

Acórdão nº 2/2011-3ª Secção. (Processo n.º 1-RO-E/2010) SS DCP/NIJF 9.8.2011 Acórdão nº 2/2011-3ª Secção (Processo n.º 1-RO-E/2010) EXTINÇÃO DE ORGANISMOS / RECURSO / SOCIEDADE ANÓNIMA / ACÇÕES NOMINATIVAS / CONTA DE GERÊNCIA / VERIFICAÇÃO INTERNA DA CONTA

Leia mais

As influências do contencioso administrativo no contencioso tributário

As influências do contencioso administrativo no contencioso tributário As influências do contencioso administrativo no contencioso tributário Faculdade de Direito da Universidade do Porto 29 de Março de 2017 Hierarquia das Fontes das Normas Jurídico-Tributárias CRP Direito

Leia mais

Acórdão n.º 10 / ª Secção-PL. P. n.º 5 ROM-SRM/2013. P. de Multa n.º 6/2012-SRM

Acórdão n.º 10 / ª Secção-PL. P. n.º 5 ROM-SRM/2013. P. de Multa n.º 6/2012-SRM Não transitado em julgado Recurso para o Tribunal Constitucional Acórdão n.º 10 /2013-3.ª Secção-PL. P. n.º 5 ROM-SRM/2013 P. de Multa n.º 6/2012-SRM 1. RELATÓRIO. 1.1. O Ministério Público junto da Secção

Leia mais

Processo nº 45740/2006 Acórdão de:

Processo nº 45740/2006 Acórdão de: Processo nº 45740/2006 Acórdão de: 05-03-2015 Acordam no Supremo Tribunal de Justiça: No 1º Juízo de Execução de Lisboa, AA deduziu os presentes embargos de terceiro por apenso a execução que BB moveu

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 047740 Data do Acordão: 12/12/2002 Tribunal: 2 SUBSECÇÃO DO CA Relator: ANTÓNIO MADUREIRA Descritores: Sumário: Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo RESPONSABILIDADE CIVIL

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0949/11 Data do Acordão: 30-05-2012 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: ISABEL MARQUES DA SILVA Descritores: Sumário: Nº Convencional: JSTA000P14237 Nº do Documento: SA2201205300949 Data

Leia mais

(Sumário elaborado pela Relatora) Acordam os Juízes no Tribunal da Relação de Lisboa:

(Sumário elaborado pela Relatora) Acordam os Juízes no Tribunal da Relação de Lisboa: Acórdãos TRL Processo: 258/14.8TBPDL.L1 6 Relator: ANABELA CALAFATE Descritores: ADMINISTRADOR DE INSOLVÊNCIA REMUNERAÇÃO Nº do Documento: RL Data do Acordão: 02 07 2015 Votação: UNANIMIDADE Texto Integral:

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Página 1 de 12 Acórdãos STA Processo: 0460/14 Data do Acordão: 02-07-2014 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: ANA PAULA LOBO Descritores: Sumário: Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo CONCURSO CONTRA-ORDENAÇÃO

Leia mais

Decisão Integral: ACORDAM OS JUÍZES, EM CONFERÊNCIA, NA 1ª SUBSECÇÃO CRIMINAL DO TRIBUNAL DA RELAÇÂO DE ÉVORA:

Decisão Integral: ACORDAM OS JUÍZES, EM CONFERÊNCIA, NA 1ª SUBSECÇÃO CRIMINAL DO TRIBUNAL DA RELAÇÂO DE ÉVORA: ECLI:PT:TRE:2014:233.10.1PALGS.E1 http://jurisprudencia.csm.org.pt/ecli/ecli:pt:tre:2014:233.10.1palgs.e1 Relator Nº do Documento Fernando Pina Apenso Data do Acordão 25/02/2014 Data de decisão sumária

Leia mais

TAX & BUSINESS N º 1 6 / 1 4 I. INTRODUÇÃO

TAX & BUSINESS N º 1 6 / 1 4 I. INTRODUÇÃO i N º 1 6 / 1 4 R E V E R S Õ E S F I S C A I S P A R A A D M I N I S T R A D O R E S, G E R E N T E S E O U T R O S R E S P O N S Á V E I S T R I B U T Á R I O S S U B S I D I Á R I O S I. INTRODUÇÃO

Leia mais

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES PROCº 909/08-1 Acordam no Tribunal da Relação de Guimarães: I - RELATÓRIO O Digno Magistrado do M.ºP.º junto deste Tribunal requereu a resolução do conflito de competência entre os Senhores Juizes da 2ª

Leia mais

Processo n.º 429/2015 Data do acórdão:

Processo n.º 429/2015 Data do acórdão: Processo n.º 429/2015 Data do acórdão: 2015-5-28 (Autos em recurso penal) Assuntos: prática de novo crime no período de pena suspensa corrupção activa art.º 54.º, n.º 1, alínea b), do Código Penal revogação

Leia mais

Processo n. 182/ 14.4TTFUN.L1 Apelação. Acordam na Secção Social do Tribunal da Relação de Lisboa

Processo n. 182/ 14.4TTFUN.L1 Apelação. Acordam na Secção Social do Tribunal da Relação de Lisboa Processo n. 182/ 14.4TTFUN.L1 Apelação. Acordam na Secção Social do Tribunal da Relação de Lisboa A Ré, Q - Gestão e Exploração Hoteleira, Lda no seu requerimento de interposição do recurso, requereu o

Leia mais

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES PROCº 236/05.8TCGMR-B.G1 A. veio reclamar do despacho do Sr. Juiz da 1ª Vara Mista do Tribunal Judicial de Guimarães, que, admitindo o recurso por si interposto do despacho que o julgou notificado da data

Leia mais

S. R. TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL

S. R. TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL PDF elaborado pela Datajuris S. R. TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL Processo nº 8727/12 Acórdão de: 21-06-2012 Descritores: Prazo; Prazo substantivo; Prazo adjectivo; Artigo 58º, n.º 2, alínea b), do

Leia mais

senhoria operou-se no fim do prazo estabelecido (caducidade do contrato); do estabelecimento comercial em causa outro se extinguiu;

senhoria operou-se no fim do prazo estabelecido (caducidade do contrato); do estabelecimento comercial em causa outro se extinguiu; PN. 1277.00; Ap.: TC Santarém, 1º J; Ap.e: Maria José Couto Pereira dos Santos, Rª António Vicente Júnior, 17º 2º Esq., Vale de Estacas; Ap.a: DIM Portugal, Importação e Comercialização Lda, Rª da Matinha,

Leia mais

Acórdão nº 7 /CC/2016. de 13 de Dezembro

Acórdão nº 7 /CC/2016. de 13 de Dezembro Acórdão nº 7 /CC/2016 de 13 de Dezembro Processo nº 05/CC/2016 (Fiscalização concreta da constitucionalidade) Acordam os Juízes Conselheiros do Conselho Constitucional: I Relatório A Meritíssima Juíza

Leia mais

PAPEL DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA NA ORIENTA- ÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA: PROCEDIMENTOS DE UNIFOR- MIZAÇÃO BREVES NOTAS

PAPEL DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA NA ORIENTA- ÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA: PROCEDIMENTOS DE UNIFOR- MIZAÇÃO BREVES NOTAS PAPEL DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA NA ORIENTA- ÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA: PROCEDIMENTOS DE UNIFOR- MIZAÇÃO BREVES NOTAS 1. Estrutura judiciária - Tribunais Judiciais (1) Supremo Tribunal de Justiça (com

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA, LISBOA 27 DE NOVEMBRO DE 2015 Ana Celeste Carvalho

UNIVERSIDADE CATÓLICA, LISBOA 27 DE NOVEMBRO DE 2015 Ana Celeste Carvalho UNIVERSIDADE CATÓLICA, LISBOA 27 DE NOVEMBRO DE 2015 Ana Celeste Carvalho O Artigo 45.º sofre alterações (exercício de clarificação): - pressuposto material da norma: que a pretensão do autor seja fundada

Leia mais

LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÃO DOS PROCESSOS EXECUTIVOS

LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÃO DOS PROCESSOS EXECUTIVOS LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÃO DOS PROCESSOS EXECUTIVOS DADOS GERAIS PROCESSO N.º TRIBUNAL: JUÍZO: SECÇÃO: DATA DE ENTRADA: _ TÍTULO EXECUTIVO: TIPO DE EXECUÇÃO: EXECUÇÃO INICIADA ANTES DE 15/09/2003: FORMA

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.273.104 - PR (2011/0199155-9) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA RECORRENTE : AGUINALDO SOARES ADVOGADO : CLEUSA MARA KLIMACZEWSKI RECORRIDO : CECÍLIA SEBASTIÃO ADVOGADO :

Leia mais

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES PROCº 64/03.5TBCBT-C.G1 F. veio reclamar do despacho do Sr. Juiz do Tribunal Judicial de Celorico de Basto, datado de 24.03.2011, que não lhe admitiu o recurso por si interposto, por falta de fundamento

Leia mais

ACÓRDÃO 3ª TURMA NULIDADE JULGAMENTO EXTRA PETITA É nula a sentença que julga pretensão diversa da formulada pelo Autor. Buffet Amanda Ltda.

ACÓRDÃO 3ª TURMA NULIDADE JULGAMENTO EXTRA PETITA É nula a sentença que julga pretensão diversa da formulada pelo Autor. Buffet Amanda Ltda. ACÓRDÃO 3ª TURMA NULIDADE JULGAMENTO EXTRA PETITA É nula a sentença que julga pretensão diversa da formulada pelo Autor. Recorrente: Buffet Amanda Ltda. Recorridos: Alex Sandro Farias de Oliveira Marina

Leia mais

I. Por comunicação escrita dirigida ao Bastonário da Ordem dos Advogados, datada de ( ), a Sra. Dra. ( ), Advogada, veio expor o que segue:

I. Por comunicação escrita dirigida ao Bastonário da Ordem dos Advogados, datada de ( ), a Sra. Dra. ( ), Advogada, veio expor o que segue: Processo de Parecer n.º 35/PP/2017-G Requerente: ( ) Relator: Dr. Pedro Costa Azevedo I. Por comunicação escrita dirigida ao Bastonário da Ordem dos Advogados, datada de ( ), a Sra. Dra. ( ), Advogada,

Leia mais

Acordam no Supremo Tribunal de Justiça:

Acordam no Supremo Tribunal de Justiça: Acórdãos STJ Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça Processo: 45740/06.6YYLSB-A.L1-A.S1 Nº Convencional: 2ª SECÇÃO Relator: OLIVEIRA VASCONCELOS Descritores: PENHORA BENS COMUNS DO CASAL SEPARAÇÃO DE BENS

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 01085/09 Data do Acordão: 24-02-2010 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO CASIMIRO GONÇALVES IRS Em sede de IRS, o resultado

Leia mais

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Conselho Constitucional. Acórdão nº 07/CC/2009 de 24 de Junho. Acordam os Juízes Conselheiros do Conselho Constitucional:

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Conselho Constitucional. Acórdão nº 07/CC/2009 de 24 de Junho. Acordam os Juízes Conselheiros do Conselho Constitucional: REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Conselho Constitucional Acórdão nº 07/CC/2009 de 24 de Junho Processo nº 04 /CC/2009 Acordam os Juízes Conselheiros do Conselho Constitucional: I Relatório O Tribunal Administrativo,

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL Em janeiro de 2007, a Fazenda Nacional lavrou auto de infração em face da pessoa jurídica ABC, visando à cobrança de contribuições previdenciárias dos anos de 2005

Leia mais

ACÓRDÃO N.º 20/2013-3ª S-PL - 10Julho R.O. nº 02-JC/2013 (P. nº 03-JC/2010)

ACÓRDÃO N.º 20/2013-3ª S-PL - 10Julho R.O. nº 02-JC/2013 (P. nº 03-JC/2010) Transitado em julgado ACÓRDÃO N.º 20/2013-3ª S-PL - 10Julho R.O. nº 02-JC/2013 (P. nº 03-JC/2010) Descritores: Despacho do Tribunal Constitucional que decide que a prescrição do procedimento por responsabilidades

Leia mais

Portugal proferida em 12 de Dezembro de 2006, relativa a revogação da autorização concedida a Finanser - Sociedade Financeira de Corretagem,

Portugal proferida em 12 de Dezembro de 2006, relativa a revogação da autorização concedida a Finanser - Sociedade Financeira de Corretagem, Juízos de Pequena Instância Criminal de Lisboa - h " 2" Juizo - 1" Secção ".-qj5*< Rua Marquês da Fronteira - Palacio da ~uiti~a1098-001 Lisboa Telef: 213846809 Fax: 213871054 Processo n." 3155/07.OTFLSB

Leia mais

Sistema Fiscal Moçambicano GARANTIAS GERAIS E MEIOS DE DEFESA DO CONTRIBUINTE PAGAMENTO DE DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS A PRESTAÇÕES COMPENSAÇÃO DAS DÍVIDAS

Sistema Fiscal Moçambicano GARANTIAS GERAIS E MEIOS DE DEFESA DO CONTRIBUINTE PAGAMENTO DE DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS A PRESTAÇÕES COMPENSAÇÃO DAS DÍVIDAS Sistema Fiscal Moçambicano GARANTIAS GERAIS E MEIOS DE DEFESA DO CONTRIBUINTE PAGAMENTO DE DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS A PRESTAÇÕES COMPENSAÇÃO DAS DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS GARANTIAS GERAIS E MEIOS DE DEFESA DO CONTRIBUINTE

Leia mais

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES PROCº 155/11.9YRGMR I - RELATÓRIO Vem o presente incidente na sequência de dois despachos judiciais, transitados em julgado, proferidos pelo Sr. Juiz actual titular do Juízo de Execução de Guimarães pelo

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0146/15 Data do Acordão: 04 03 2015 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: ARAGÃO SEIA Descritores: Sumário: Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo EXECUÇÃO FISCAL DIRECTIVA COMUNITÁRIA

Leia mais

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PRÁTICAS PROCESSUAIS ADMINISTRATIVAS PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Coimbra, 25.10.2010 José Pereira de Sousa - Advogado 1 O artigo 1.º, n.º 1 do C.P.A. define o procedimento administrativo como a sucessão

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0347/13 Data do Acordão: 03-07-2013 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: FERNANDA MAÇÃS Descritores: GRADUAÇÃO DE CRÉDITOS Sumário: Nº Convencional: JSTA000P16033 Nº do Documento: SA2201307030347

Leia mais

PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL

PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL 25ª Sessão DA REFORMA DOS RECURSOS EM PROCESSO CIVIL Carla de Sousa Advogada 1º Curso de Estágio 2011 1 Enquadramento legal DL nº 303/2007 de 24 de Agosto Rectificado pela: Declaração

Leia mais

Descritores doença profissional; requerimento; junta médica; incapacidade; caixa nacional de pensões;

Descritores doença profissional; requerimento; junta médica; incapacidade; caixa nacional de pensões; ECLI:PT:TRE:2003:2348.03.3 http://jurisprudencia.csm.org.pt/ecli/ecli:pt:tre:2003:2348.03.3 Relator Nº do Documento Apenso Data do Acordão 18/11/2003 Data de decisão sumária Votação unanimidade Tribunal

Leia mais

RECURSO DA DELIBERAÇãO DO CONSELhO GERAL SOBRE RESTITUIÇãO DE IMPORTâNCIAS PAGAS AO CDL(*)

RECURSO DA DELIBERAÇãO DO CONSELhO GERAL SOBRE RESTITUIÇãO DE IMPORTâNCIAS PAGAS AO CDL(*) J u r i s p r u d ê n c i a d o s C o n s e l h o s RECURSO DA DELIBERAÇãO DO CONSELhO GERAL SOBRE RESTITUIÇãO DE IMPORTâNCIAS PAGAS AO CDL(*) Proc. n.º 267/2009-CS/R Relator: António A. Salazar Relatório

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0538/07 Data do Acordão: 17/10/2007 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: JORGE LINO Descritores: Sumário: Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL

Leia mais

Processo n.º 527/2007 Data do acórdão: S U M Á R I O

Processo n.º 527/2007 Data do acórdão: S U M Á R I O Processo n.º 527/2007 Data do acórdão: 2008-01-31 Assuntos: - art.º 1200.º do Código de Processo Civil - divórcio - conservatória do registo civil - revisão formal S U M Á R I O Caso no exame dos autos

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL Apelação Cível nº 0018150-71.2007.8.19.0004 Apelante: Município de São Gonçalo Apelado: Casa de Saúde Santa Lúcia Relator: Des.

Leia mais

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES PROCº 140/11.0YRGMR I - RELATÓRIO Vem o presente incidente na sequência de dois despachos judiciais, transitados em julgado, proferidos pelo Sr. Juiz actual titular do Tribunal Judicial de Caminha e pela

Leia mais

PRECEDENTES NO CPC João Eberhardt Francisco

PRECEDENTES NO CPC João Eberhardt Francisco PRECEDENTES NO CPC 2015 João Eberhardt Francisco TEMOS UM SISTEMA DE PRECEDENTES NO CPC 2015? Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente (art. 926 do CPC)

Leia mais

Notificada a recorrente da participação apresentada, veio pronunciar-se por escrito nos termos que constam de fls. 11, dizendo o seguinte:

Notificada a recorrente da participação apresentada, veio pronunciar-se por escrito nos termos que constam de fls. 11, dizendo o seguinte: > Conselho Superior > Acórdão CS n.º R-09/2007, de 25 de Maio de 2007 Vem o presente recurso interposto de um acórdão do Conselho Distrital de, que em sessão plenária de 21 de Setembro de 2006, aprovou

Leia mais

Conferência sobre a Arbitragem Tributária ISCAL / CAAD / APIT

Conferência sobre a Arbitragem Tributária ISCAL / CAAD / APIT LISBOA PORTO FUNCHAL SÃO PAULO LUANDA MAPUTO PRAIA MACAU DILI SÃO TOMÉ Conferência sobre a Arbitragem Tributária ISCAL / CAAD / APIT 18 Dezembro 2012 * Arbitragem Tributária: Os novos Prazos, a Cumulação

Leia mais

OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO FISCAL RECLAMAÇÃO DE ACTO PRATICADO PELO ÓRGÃO DA EXECUÇÃO FISCAL CONVOLAÇÃO INDEFERIMENTO LIMINAR

OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO FISCAL RECLAMAÇÃO DE ACTO PRATICADO PELO ÓRGÃO DA EXECUÇÃO FISCAL CONVOLAÇÃO INDEFERIMENTO LIMINAR Acórdãos STA Processo: 0404/10 Data do Acordão: 20-10-2010 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO PIMENTA DO VALE OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO FISCAL RECLAMAÇÃO

Leia mais

Sumário: A impugnação da lista de credores reconhecidos, a que se refere o artigo 130.º CIRE, não está sujeita ao pagamento de taxa de justiça.

Sumário: A impugnação da lista de credores reconhecidos, a que se refere o artigo 130.º CIRE, não está sujeita ao pagamento de taxa de justiça. ECLI:PT:TRG:2013:2115.12.3TBBRG.H.G1 http://jurisprudencia.csm.org.pt/ecli/ecli:pt:trg:2013:2115.12.3tbbrg.h.g1 Relator Nº do Documento António Beça Pereira rg Apenso Data do Acordão 10/09/2013 Data de

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL II

DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Cândida da Silva Antunes Pires Professora Associada Faculdade de Direito Universidade de Macau DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Disciplina semestral do 4.º ano do Curso de Licenciatura em Direito em Língua

Leia mais

SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Acordam em conferência no Supremo Tribunal de Justiça:

SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Acordam em conferência no Supremo Tribunal de Justiça: Proc. n. 213/12.2TELSB-F.L1.S1-5 Acordam em conferência no Supremo Tribunal de Justiça: 1. Relatório Em separado dos autos de processo de inquérito n. 213/12.2TELSB, veio o Ex.mo Magistrado do M. P. junto

Leia mais

ORGANIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E PROCESSO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL Lei n.o 28/82, (*) de 15 de Novembro (Excertos)

ORGANIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E PROCESSO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL Lei n.o 28/82, (*) de 15 de Novembro (Excertos) ORGANIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E PROCESSO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL Lei n.o 28/82, (*) de 15 de Novembro (Excertos) A Assembleia da República decreta, nos termos do artigo 244.o da Lei Constitucional n.o

Leia mais

Juros de mora e prestação de garantia

Juros de mora e prestação de garantia 16-05-12- Juros de mora e prestação de garantia Com vista à uniformização de procedimentos, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) veio prestar alguns esclarecimentos sobre o regime de prestação de garantia,

Leia mais

UNIVERSIDADE DE MACAU FACULDADE DE DIREITO. Curso de Licenciatura em Direito em Língua Portuguesa. Ano lectivo de 2014/2015

UNIVERSIDADE DE MACAU FACULDADE DE DIREITO. Curso de Licenciatura em Direito em Língua Portuguesa. Ano lectivo de 2014/2015 UNIVERSIDADE DE MACAU FACULDADE DE DIREITO Curso de Licenciatura em Direito em Língua Portuguesa Ano lectivo de 2014/2015 DIREITO PROCESSUAL CIVIL I (Disciplina anual do 3.º ano) Responsável pela regência:

Leia mais

O Conselho Geral delibera, nos termos do parecer jurídico que se anexa à presente deliberação e para o qual se remete: Tendo em conta a imposição

O Conselho Geral delibera, nos termos do parecer jurídico que se anexa à presente deliberação e para o qual se remete: Tendo em conta a imposição Deliberação pública Deliberação 20140510.11.5 Definição do procedimento adotado pela Câmara dos Solicitadores quando lhe é diretamente solicitado uma desassociação de agente de execução Tendo em consideração

Leia mais

ACÓRDÃO N.º 36/09 15.Set. -1ª S/PL

ACÓRDÃO N.º 36/09 15.Set. -1ª S/PL ACÓRDÃO N.º 36/09 15.Set. -1ª S/PL Recurso Ordinário n.º 4/2009-R (Processo de fiscalização prévia nº 1294/2008) DESCRITORES: Aclaração de Acórdão / Esclarecimento Suplementar / Indeferimento do Pedido

Leia mais

Pº R.P. 241/2008 SJC-CT-

Pº R.P. 241/2008 SJC-CT- Pº R.P. 241/2008 SJC-CT- Acção proposta no âmbito do artº 205º CPEREF- Ordem de separação de determinado prédio da massa falida Cancelamento de hipotecas e penhoras Insuficiência do título. DELIBERAÇÃO

Leia mais

Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa

Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa Page 1 of 8 Acórdãos TRL Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa Processo: 632/10.9TMLSB.L1-6 Relator: OLINDO GERALDES Descritores: ACÇÃO DE DIVÓRCIO SENTENÇA DESISTÊNCIA DO PEDIDO VALIDADE HOMOLOGAÇÃO

Leia mais

O processo foi documentalmente instruído e procedeu-se á sua análise seguida de debate e deliberação deste Conselho Fiscal e Jurisdicional Nacional.

O processo foi documentalmente instruído e procedeu-se á sua análise seguida de debate e deliberação deste Conselho Fiscal e Jurisdicional Nacional. RECURSO CFJN Nº010 /09 R Acordam no Conselho Fiscal e Jurisdicional Nacional O associado dirigente, do Núcleo Cidade do Porto, da Região do Porto do CNE, interpôs em 29/6/2009 recurso para o Conselho Fiscal

Leia mais

Exame de Prática Processual Penal

Exame de Prática Processual Penal Exame de Prática Processual Penal I No dia 20/02/06 António foi surpreendido na sua caixa do correio com uma notificação do Tribunal ali colocada nesse dia que, recebendo a acusação que contra si era deduzida

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 854.942 - RJ (2006/0135894-6) RELATOR : MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI EMENTA PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ART. 526 DO CPC. SÚMULA 07/STJ. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C ANULATÓRIA DE DÉBITO

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 01216/13 Data do Acordão: 14 01 2015 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: FRANCISCO ROTHES Descritores: Sumário: OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO FISCAL COBRANÇA COERCIVA AMPLIAÇÃO DA MATÉRIA DE FACTO

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL Em janeiro de 2007, a Fazenda Nacional lavrou auto de infração em face da pessoa jurídica ABC, visando à cobrança de contribuições previdenciárias dos anos de 2005

Leia mais

ACÓRDÃO N.º 225/10 De 2 de Junho de 2010

ACÓRDÃO N.º 225/10 De 2 de Junho de 2010 ACÓRDÃO N.º 225/10 De 2 de Junho de 2010 Indefere reclamação de despacho do relator que não admitiu o recurso interposto para o Plenário do Acórdão n.º 593/09, por extemporaneidade. Processo: n.º 783-A/09.

Leia mais

(Sumário da Relatora)

(Sumário da Relatora) Acórdãos TRL Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa Processo: 243/10.9YRLSB-7 Relator: DINA MONTEIRO Descritores: EXECUÇÃO DE DECISÃO ARBITRAL SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA Nº do Documento: RL Data do

Leia mais

A Tutela Cautelar no Procedimento e no Processo Administrativo. Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados Lisboa, 31/01/2016

A Tutela Cautelar no Procedimento e no Processo Administrativo. Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados Lisboa, 31/01/2016 A Tutela Cautelar no Procedimento e no Processo Administrativo Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados Lisboa, 31/01/2016 Código do Procedimento Administrativo Medidas Provisórias CPA 1991 Artigo

Leia mais

Unificação das formas de processo tramitação da ação administrativa. Dinamene de Freitas Assistente da FDUL

Unificação das formas de processo tramitação da ação administrativa. Dinamene de Freitas Assistente da FDUL Unificação das formas de processo tramitação da ação administrativa Dinamene de Freitas Assistente da FDUL Tópicos da apresentação Alguns aspetos da tramitação da ação administrativa (AA) na aproximação

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO RECORRENTES: CLÁUDIA MÁRCIA VARGAS DA COSTA (1) BANCO CITIBANK S/A (2) RECORRIDOS : OS MESMOS EMENTA: DEVOLUÇÃO TARDIA DOS AUTOS. NÃO CONHECIMENTO DA IMPUGNAÇÃO À DEFESA. CERCEAMENTO DE DEFESA. CONFIGURAÇÃO.

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0409/11 Data do Acordão: 11-05-2011 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO ISABEL MARQUES DA SILVA RECLAMAÇÃO PRESCRIÇÃO DO

Leia mais

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE GOLFE DELIBERAÇÃO DO CONSELHO JURISDICIONAL DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE GOLFE

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE GOLFE DELIBERAÇÃO DO CONSELHO JURISDICIONAL DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE GOLFE DELIBERAÇÃO DO CONSELHO JURISDICIONAL DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE GOLFE RELATÓRIO D.O. veio recorrer da decisão proferida pelo Conselho Disciplinar da Federação Portuguesa de Golfe no Processo Disciplinar

Leia mais

Temos ainda um Juízo de admissibilidade (a quo) e um Juízo de julgamento (ad quem).

Temos ainda um Juízo de admissibilidade (a quo) e um Juízo de julgamento (ad quem). PARTE II TEORIA GERAL DOS RECURSOS Conceito: Recurso é o direito que a parte vencida ou o terceiro prejudicado possui de, uma vez atendidos os pressupostos de admissibilidade, submeter a matéria contida

Leia mais

Sentença nº 7/2010-3ª S/SS Processo nº: 5-A JRF/2003 3ª Secção em 1ª Instância 14/07/2010

Sentença nº 7/2010-3ª S/SS Processo nº: 5-A JRF/2003 3ª Secção em 1ª Instância 14/07/2010 Sentença nº 7/2010-3ª S/SS Processo nº: 5-A JRF/2003 3ª Secção em 1ª Instância 14/07/2010 HABILITAÇÃO DE HERDEIROS / PROCESSO PRINCIPAL PENDENTE / INSTÂNCIA SUSPENSA Sumário: 1. Nos termos do disposto

Leia mais

RECURSO ORDINÁRIO Nº 8-SRM/2015. (Processo n.º (4/2014/JRF-SRMTC) ACORDÃO Nº 16/2016-3ªSECÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO Nº 8-SRM/2015. (Processo n.º (4/2014/JRF-SRMTC) ACORDÃO Nº 16/2016-3ªSECÇÃO Não transitado em julgado Interposto recurso para o Tribunal Constitucional RECURSO ORDINÁRIO Nº 8-SRM/2015 (Processo n.º (4/2014/JRF-SRMTC) ACORDÃO Nº 16/2016-3ªSECÇÃO Acordam, em Conferência, os Juízes

Leia mais

Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul

Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul Acórdãos TCAS Processo: 02290/08 Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul Secção: CT - 2.º JUÍZO Data do Acordão: 17-06-2008 Relator: Descritores: Sumário: EUGÉNIO SEQUEIRA IMPUGNAÇÃO JUDICIAL. IRS.

Leia mais

Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa

Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa Page 1 of 6 Acórdãos TRL Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa Processo: 373/09.0TTLSB.L1-4 Relator: PAULA SÁ FERNANDES Descritores: ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA CONVENÇÃO ARBITRAL PRETERIÇÃO DO TRIBUNAL ARBITRAL

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Página 1 de 13 Acórdãos STA Processo: 01007/14 Data do Acordão: 29-10-2014 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: ARAGÃO SEIA Descritores: CASO JULGADO GARANTIA HIPOTECA Sumário: Nº Convencional: JSTA000P18125 Nº

Leia mais

RROM Nº (Nº CNJ: ) 2016/CÍVEL

RROM Nº (Nº CNJ: ) 2016/CÍVEL RECURSO INOMINADO. DESCONSTITUIÇÃO DA SENTENÇA DE OFÍCIO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. TRANSCRIÇÃO INTEGRAL DA SENTENÇA DE OUTRO MAGISTRADO. Ao transcrever na íntegra e exclusivamente como razões de decidir

Leia mais

REGULAMENTO DE TARIFAS E PREÇOS DE MUNICÍPIO DE BEJA (aprovado pela Câmara Municipal de Beja em )

REGULAMENTO DE TARIFAS E PREÇOS DE MUNICÍPIO DE BEJA (aprovado pela Câmara Municipal de Beja em ) PREÂMBULO REGULAMENTO DE TARIFAS E PREÇOS DE MUNICÍPIO DE BEJA (aprovado pela Câmara Municipal de Beja em 27-11- 2011) A presente Tabela de Tarifas e Preços do Município de Beja e respectivo regulamento

Leia mais

PROVA ESCRITA NACIONAL DO EXAME FINAL DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO (RNE)

PROVA ESCRITA NACIONAL DO EXAME FINAL DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO (RNE) ORDEM DOS ADVOGADOS CNEF / CNA Comissão Nacional de Estágio e Formação / Comissão Nacional de Avaliação PROVA ESCRTA NACONAL DO EXAME FNAL DE AVALAÇÃO E AGREGAÇÃO (RNE) GRELHAS DE CORRECÇÃO ÁREAS OPCONAS

Leia mais

Descritores regulamento das custas processuais; taxa de justiça; dispensa; conta de custas; reclamação;

Descritores regulamento das custas processuais; taxa de justiça; dispensa; conta de custas; reclamação; ECLI:PT:TRE:2016:185893.11.3YIPRT.A.E1 http://jurisprudencia.csm.org.pt/ecli/ecli:pt:tre:2016:185893.11.3yiprt.a.e1 Relator Nº do Documento Mata Ribeiro Apenso Data do Acordão 03/11/2016 Data de decisão

Leia mais