II AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE PÓS-TRATAMENTO PARA OS EFLUENTES DOS REATORES UASB DA ETE ONÇA (BELO HORIZONTE,

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "II AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE PÓS-TRATAMENTO PARA OS EFLUENTES DOS REATORES UASB DA ETE ONÇA (BELO HORIZONTE,"

Transcrição

1 II-43 - AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE PÓS-TRATAMENTO PARA OS EFLUENTES DOS REATORES UASB DA ETE ONÇA (BELO HORIZONTE, 1.. hab) Carlos Augusto de Lemos Chernicharo (1) Engenheiro Civil e Sanitarista. Doutor em Engenharia Ambiental pela Universidade de Newcastle upon Tyne UK, Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG. Marcos von Sperling Engenheiro Civil e Sanitarista. Doutor em Engenharia Ambiental pelo Imperial College, Universidade de Londres. Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG. Túlio Antônio Silva Monteiro Engenheiro Químico. Mestre em Biotecnologia pela Ecole Nationale d Ingénieurs du Genie Chimique, INP Toulouse França. Engenheiro de Projetos e Obras da COPASA. Endereço (1) : Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental UFMG; Av. do Contorno, nº 842 7º andar Centro Belo Horizonte MG Brasil CEP Tel: (31) calemos@desa.ufmg.br RESUMO A ETE Onça, atualmente em fase final de construção na cidade de Belo Horizonte, se constitui em uma das maiores estações no mundo utilizando o processo de reatores anaeróbios de fluxo ascendente e manta de lodo (UASB). Em virtude do desejo de se aumentar a eficiência global do tratamento, foram efetuados estudos técnico-econômicos e ambientais entre duas alternativas de pós-tratamento: lodos ativados convencional e filtros biológicos percoladores. O trabalho sintetiza, de forma comparativa, os principais aspectos e dados de interesse relativos às duas alternativas. Os itens considerados são: (i) aspectos ambientais; (ii) áreas e volumes requeridos; (c) itens de implantação e operação; (iv) custos totais (absolutos) e (v) custos unitários (relativos). Os estudos de impacto no Rio das Velhas foram efetuados com base em simples diluição. Para os grandes itens analisados (potencialmente diferentes entre as duas alternativas), os maiores custos de implantação recaem sobre o FBP. Todavia, em termos de custos anuais de operação, a alternativa de FBP é amplamente a mais favorável, enquanto a alternativa de LA convencional é a com maior gasto energético em função do fornecimento de oxigênio para a nitrificação (ausente no FBP). PALAVRAS-CHAVE: Estudo de alternativas; filtros biológicos percoladores; lodos ativados; póstratamento; tratamento de esgotos. INTRODUÇÃO A ETE Onça atualmente em fase final de construção na cidade de Belo Horizonte e com início de operação previsto para 26, se constitui em uma das maiores estações no mundo utilizando o processo de reatores anaeróbios de manta de lodo e fluxo ascendente (UASB). Com a capacidade instalada de 2,5 m3/s pretende atender uma população de até 1.3. habitantes, sendo prevista sua duplicação em segunda etapa. A ETE Onça será operada pela COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais). No momento, a ETE está sendo implantada apenas com a etapa anaeróbia. No entanto, em virtude do desejo de se aumentar a eficiência global do tratamento, foram efetuados estudos sobre a melhor alternativa para o pós-tratamento dos efluentes anaeróbios. Nesta seleção de alternativas, alguns pressupostos para o processo de pós-tratamento foram seguidos: (i) necessidade de processos compactos; (ii) desejabilidade de se ter processos aeróbios; (iii) expectativa da remoção de DBO média global do sistema igual ou superior a 85%. Em função destes aspectos, foram analisadas as seguintes alternativas de pós-tratamento: Lodos ativados com idade do lodo convencional (com nitrificação) - LA Filtros biológicos percoladores de alta taxa, com enchimento de escória de alto-forno (sem nitrificação) FBP ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1

2 DESCRIÇÃO DAS ALTERNATIVAS ESTUDADAS A Figura 1 ilustra o fluxograma previsto para a ETE Onça, após a inclusão do pós -tratamento. Conforme pode-se perceber, para qualquer alternativa de pós-tratamento a ser implantada, o fluxograma da estação prevê o retorno do lodo aeróbio excedente para adensamento e digestão nos próprios reatores UASB. Dessa forma, todo o lodo produzido na estação será descartado a partir dos reatores anaeróbios e daí encaminhado para desaguamento em centrífugas. Figura 1- Fluxograma de operações inerentes ao tratamento das fases líquida e sólida da ETE-Onça (etapa com reatores UASB seguidos de pós-tratamento). Fonte: COPASA (24). Configuração da alternativa de pós-tratamento por lodos ativados (LA) Uma alternativa bastante promissora e foco de várias pesquisas e implementações recentes em escala real é a do processo de lodos ativados (com idade do lodo convencional 6 a 1 dias), como pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios tipo UASB. Neste caso, ao invés de se ter o decantador primário, tem-se o reator anaeróbio. O lodo aeróbio excedente gerado no processo de lodos ativados, ainda não estabilizado, é enviado ao reator UASB, onde sofre adensamento e digestão, juntamente com o lodo anaeróbio. Como esta vazão de retorno do lodo aeróbio excedente é bem baixa, comparada com a vazão afluente, não há distúrbios operacionais introduzidos no reator UASB. O tratamento do lodo é bastante simplificado: não há necessidade de adensadores e digestores, havendo apenas a etapa de desidratação. O lodo misto retirado do reator anaeróbio, digerido e com concentrações similares às de um lodo efluente de adensadores, possui ainda ótimas características para desidratação. A Figura 2 apresenta o fluxograma desta configuração. Figura 2 - Fluxograma de um sistema composto por reator UASB seguido por lodos ativados (Fonte: von Sperling et al, 21) Configuração da alternativa de pós-tratamento por filtro biológico percolador (FBP) Estações de tratamento de esgotos que utilizam reatores UASB seguidos de filtros biológicos percoladores apresentam um fluxograma bastante simplificado (Figura 3). Basicamente, além das unidades de tratamento preliminar (gradeamento e desarenador), o fluxograma compreende as unidades de tratamento biológico anaeróbio e aeróbio, em seqüência (reator UASB, filtro biológico percolador e decantador secundário), além da unidade de desidratação. Notar que, nesta configuração, o lodo aeróbio excedente, retirado do decantador secundário, é enviado de volta ao reator UASB para adensamento e digestão anaeróbia. Assim, com esse fluxograma, são evitados os decantadores primários e as unidades isoladas de adensamento e digestão do lodo ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 2

3 excedente aeróbio, como ocorre nas estações de tratamento convencionais que utilizam filtros biológicos percoladores. O lodo produzido no reator UASB já sai adensado e estabilizado, podendo ser enviado diretamente para desidratação e disposição final. Figura 3 - Configuração típica de uma ETE com reator UASB e filtro biológico percolador Fonte: Gonçalves et al. (21) METODOLOGIA Bases conceituais para o pré-dimensionamento da alternativa LA O dimensionamento efetuado baseou-se no conhecimento mais recente disponível sobre a aplicação de lodos ativados para o pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios, advindo, notadamente de pesquisas e trabalhos conjuntos com diversos especialistas do setor, em todo o Brasil, centralizados pelo PROSAB (Programa de Pesquisa em Saneamento Básico). Os modelos matemáticos utilizados para o dimensionamento das unidades de tratamento representam uma síntese compilada dos principais modelos estacionários disponíveis na literatura especializada. A descrição detalhada dos modelos, com conceitos, fórmulas e exemplos de aplicação, encontra-se apresentada em von Sperling (22) e von Sperling et al. (21). O dimensionamento das unidades levou em consideração as vazões e cargas de DBO dos seguintes retornos de líquidos: (a) lodo aeróbio excedente, retornado ao reator UASB, (b) líquido drenado da desidratação, retornado ao tanque de aeração. Critérios e parâmetros de dimensionamento da alternativa LA Os parâmetros de projeto do sistema de lodos ativados com idade do lodo convencional como pós-tratamento de reatores UASB são similares aos do sistema de lodos ativados convencional. A principal diferença reside na menor concentração de SSTA usualmente assumida na variante de lodos ativados como pós-tratamento. A Tabela 1 lista os principais parâmetros de projeto utilizados para o dimensionamento do sistema de lodos ativados com idade do lodo convencional como pós-tratamento do efluente dos reatores anaeróbios (von Sperling et a.l, 21). ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3

4 Tabela 1 - Parâmetros de pré-dimensionamento adotados para o sistema de lodos ativados, como póstratamento de efluentes de reatores anaeróbios Item Parâmetro Valor Idade do lodo (d) 8 Tanque de Concentração de SSVTA (mg/l) 18 aeração Concentração de SSTA (mg/l) 247 Relação SSV/SS no reator (-),73 Requisitos O 2 p/qmax (incluindo nitrif) (kgo 2 /kgdbo rem no LA) 3,9 Sistema de aeração Eficiência de oxigenação padrão ar difuso (kgo 2 /kwh) 1,93 Fator de correção: consumo O 2 padrão / consumo O 2 campo 1,67 Produção lodo aeróbio exced (retornado UASB) (kgss/kgdbo rem) 1,4 Produção de Concentração de SS no lodo retornado ao UASB (mg/l) 556 lodo Eficiência de remoção de SSV do lodo aeróbio no reator UASB,35 Concentração lodo misto (aeróbio + anaeróbio) retirado do UASB (%) 3, Taxa de escoamento superficial (Q/A) (m 3 /m 2.d) 24 Taxa de aplicação de sólidos [(Q+Q r ).X/A] (kgss/m 2.d) 16 Decantador secundário Altura da parede lateral (m) 3,5 Razão de recirculação (Q r /Q),8 Concentração de SS no lodo recirculado ao tanque de aeração (mg/l) 556 Tratamento Teor de sólidos (desaguamento mecanizado) (%) 25 do lodo Captura de sólidos no desaguamento (%) 9 Bases conceituais para o pré-dimensionamento da alternativa FBP De forma similar ao sistema de lodos ativados, o dimensionamento efetuado baseou-se no conhecimento mais recente disponível sobre a aplicação de filtros biológicos percoladores para o pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios, advindo, notadamente de pesquisas e trabalhos conjuntos com diversos especialistas do setor, em todo o Brasil, centralizados pelo PROSAB (Programa de Pesquisa em Saneamento Básico). Os modelos matemáticos utilizados para o dimensionamento das unidades de tratamento representam uma síntese compilada dos principais modelos estacionários disponíveis na literatura especializada. A descrição detalhada dos modelos, com conceitos, fórmulas e exemplos de aplicação, encontra-se apresentada em Gonçalves et al. (21). O dimensionamento das unidades levou em consideração as vazões e cargas de DBO dos seguintes retornos de líquidos: (a) lodo aeróbio excedente, retornado ao reator UASB, (b) líquido drenado da desidratação, retornado ao FBP. Critérios e parâmetros de dimensionamento da alternativa FBP Os critérios e parâmetros adotados para o pré-dimensionamento dos filtros biológicos percoladores, aplicados ao pós-tratamento dos efluentes dos reatores anaeróbios, seguiram as recomendações contidas em Gonçalves et al. (21), conforme apresentado na Tabela 2. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4

5 Tabela 2 - Resumo dos critérios e parâmetros de dimensionamento dos filtros biológicos percoladores e decantadores secundários Critérios e parâmetros Valor Filtros biológicos percoladores Profundidade do meio suporte (m) 2,5 Taxa de aplicação hidráulica superficial (m 3 /m 2.dia) 18 Carga orgânica volumétrica (kgdbo/m 3.d),55 Eficiência esperada de remoção de DBO (%) 5 Área de vazios para ventilação (como percentagem da área superficial) (mm) 15 Decantadores secundários Profundidade útil junto à parede (m) 3, Taxa de aplicação superficial média no decantador (m 3 /m 2.d) 24 Produção de lodo Coeficiente de produção de lodo no FBP - Y (kgsst/kgdbo removida ),75 Concentração esperada para o lodo de descarte do decantador secundário (%) 1, Percentual de sólidos voláteis no lodo (%) 75 Densidade do lodo (kg/m 3 ) 1.2 Análise comparativa das alternativas A análise comparativa das alternativas de pós-tratamento foi feita para a primeira e para a segunda etapa. Os itens considerados foram: (i) aspectos ambientais; (ii) áreas e volumes requeridos; (c) itens de implantação e operação; (iv) custos totais (absolutos) e (v) custos unitários (relativos). Uma simplificação introduzida, principalmente na análise de áreas requeridas e custos de implantação e operação, é que foram levados em consideração apenas os itens potencialmente diferentes entre si, nas duas alternativas. Itens essencialmente comuns, como terraplenagem, tubulações, bombeamentos, gastos com pessoal, monitoramento, iluminação etc, ainda que pudessem apresentar alguma pequena variação entre si, não foram considerados. Portanto, os valores de custos não são os valores totais, mas sim aqueles que pudessem contribuir para a análise de alternativas. A Tabela 3 apresenta os principais critérios adotados no levantamento de quantitativos e custos das duas alternativas estudadas. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5

6 Tabela 3 Resumo dos critérios adotados no levantamento de quantitativos e custos das alternativas Critérios Valor Estruturas de concreto Espessura de parede do tanque de aeração (m),3 Espessura de parede do FBP e dos decantadores secundários (m),2 Espessura de laje de fundo do tanque de aeração (m),3 Espessura de laje de fundo do FBP (m),2 Espessura de laje do fundo falso do FBP (m),3 Espessura de laje de fundo dos decantadores secundários (m),3 Custo unitário de formas planas (R$/m 2 ) 29,96 Custo unitário de formas curvas (R$/m 2 ) 44,56 Custo unitário de concreto, sem ferragem (R$/m 3 ) 42,27 Custo unitário de ferragem aço CA-5 (R$/kg) 4,9 Densidade de ferragem (kg aço por m 3 de concreto) 12 Meio suporte Custo de escória de alto forno (R$/m 3 ) 25, Aeração Custo implantação do sistema aeração (R$/CV instalado) 2.291, Custo do kwh (R$/kWh),12 Outros equipamentos Custo unitário de removedor de lodo para decantador secundário (R$/m) 8., Custo unitário de distribuidores rotativos para FBP (R$/m) 4.5, Disposição do lodo anaeróbio Custo com transporte e aterramento do lodo (R$/m 3 ) 15, RESULTADOS Os resultados são apresentados na forma de tabelas-resumo (para a 1ª e para a 2ª etapas) e figuras (diagramas de barra, apenas para a 1ª etapa). Deve-se notar que, a menos quando especificamente indicado, os dados apresentados referem-se apenas à etapa de pós-tratamento, não incorporando, portanto, os reatores UASB. Aspectos ambientais A Tabela 4 apresenta uma síntese dos principais dados e resultados obtidos de interesse do ponto de vista ambiental. Naturalmente que a alternativa de pós-tratamento por lodos ativados convencional conduz a um melhor desempenho, refletido em uma maior carga de DBO e amônia removida, bem como menores concentrações efluentes. No entanto, a diferença com a alternativa de filtro biológico percolador não chega a ser suficiente para alterar a capacidade de cumprimento aos padrões ambientais. Em outras palavras, as duas alternativas conduzem simultaneamente ao atendimento ou ao descumprimento aos padrões de lançamento e aos padrões do corpo d água (Rio das Velhas, Classe 3). Para a 1ª etapa, as concentrações resultantes no Rio das Velhas são ainda bastante influenciadas pelo fato de se ter uma coleta incompleta dos esgotos nas bacias do Arrudas e do Onça. Na 2ª etapa, assumindo-se coleta total dos esgotos, a situação naturalmente melhora. No entanto, o cenário de atendimento ou não aos padrões para Classe 3 não se altera. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 6

7 Tabela 4. Resumo comparativo das concentrações efluentes, eficiências e cargas removidas das duas alternativas de pós-tratamento Item 1ª etapa 2ª etapa LA FBP LA FBP Dados gerais População (hab) Vazão media (m 3 /s) 2,5 2,5 3,35 3,35 Concentrações efluentes DBO (mg/l) OD (mg/l) Amônia (mg/l) 4,2 37,8 4,2 37,8 Fósforo (mg/l) 9,8 1,8 9,8 1,8 Coli fecais (termotolerantes) (NMP/1mL) 1,E6 1,E6 1,E6 1,E6 Eficiências de remoção DBO (%) Amônia (%) Fósforo (%) Coli fecais (termotolerantes) (%) Cumprimento ao padrão de lançamento DBO (< 6 mg/l) Sim Sim Sim Sim Eficiência DBO > 85% Sim Sim Sim Sim Eficiência DBO > 6% Sim Sim Sim Sim SS (< 6 mg/l) Sim Sim Sim Sim Amônia (< 2 mg/l) Sim Não Sim Não Cumprimento ao padrão do corpo d água (R. Velhas Classe 3), em Q 7,1 OD (> 4, mg/l) Sim Sim Sim Sim Amônia (<13,3 mg/l) Sim Sim Sim Sim Fósforo (<,15 mg/l) Não Não Não Não Coli fecais (termotolerantes) (< 4. NMP/1mL) Não Não Não Não Cargas removidas Carga de DBO 5 removida (kgo 2 /d) Carga de DBO última remov (kgo 2 /d) Carga de amônia remov (kg amônia/d) Carga de O 2 equiv a amônia (kgo 2 /d) Carga total demanda C + N rem (kgo 2 /d) Áreas e volumes requeridos A Tabela 5 apresenta o resumo do número das unidades principais (reatores aeróbios e decantadores secundários), suas dimensões e áreas e volumes requeridos. A Figura 4 sintetiza as áreas e volumes totais para a 1ª etapa. O FBP requer uma maior área para implantação, em virtude de ser composto essencialmente por unidades circulares. Tal não se constitui em problema, uma vez que a área disponível é suficiente para acomodar todas as unidades. Em termos de volume total das unidades, as alternativas de LA convencional e FBP conduzem a volumes totais similares. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 7

8 Tabela 5 - Resumo comparativo das dimensões, áreas e volumes das principais unidades das três alternativas de pós-tratamento Item 1 a etapa (sem Isidoro) 2 a etapa (com Isidoro) LA FBP LA FBP DIMENSÕES DAS UNIDADES Tanque de aeração. número de unidades 3 5. comprimento (m) 9, 9,. largura (m) 2, 2,. profundidade útil (m) 5,5 5,5. profund total (com borda livre) (m) 6,1 6,1 Filtro biológico percolador. número de unidades diâmetro (m) 41, 41,. profundidade útil (m) 2,5 2,5. profundidade total (c/ borda e fundo) (m) 3,8 3,8 Decantador secundário. número de unidades diâmetro (m) 4, 32, 4, 32,. profundidade útil (m) 3,5 3, 3,5 3,. profundidade total (com borda livre) (m) 4, 3,5 4, 3,5 ÁREAS DAS UNIDADES Área superficial útil total das unidades. reator aeróbio decandador secundário Total Área superficial total (incluindo área de influência entre unidades). tanque de aeração (m 2 ) filtro biológico (m 2 ) decantador secundário (m 2 ) Total (m 2 ) Resumo das áreas. útil influência Total VOLUMES DAS UNIDADES Volume total das unidades (m 3 ). reator aeróbio decantador secundário Total Volume útil das unidades (m 3 ). reator aeróbio decantador secundário Total ÁREA TOTAL REQUERIDA VOLUME TOTAL DAS UNIDADES 3, 8, Área (m2) 25, 2, 15, 1, 5, Volume (m3) 6, 4, 2, Influência 3,44 7,44 Útil 12,94 16,996 Dec.sec. 3,159 22,519 Reator aeróbio 32,94 4,136 Figura 4 Áreas e volumes requeridos (1ª etapa) ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 8

9 Itens de implantação e operação A Tabela 5 e a Figura 5 apresentam a comparação de itens de importância associados à implantação (estruturas, aeração, meio suporte) e à operação (aeração, disposição do lodo) das duas alternativas de póstratamento. 1, VOLUME DE CONCRETO Volume (m3) 8, 6, 4, 2, Dec.sec. 2,865 2,493 Reator aeróbio 2,352 6,64 POTÊNCIA INSTALADA PARA AERAÇÃO VOLUME DIÁRIO DE LODO A SER DISPOSTO Potência (CV) Volume (m3/d) Figura 5 Itens de implantação e operação volume de concreto, potência instalada e volume de lodo a ser disposto (1ª etapa) A alternativa de FBP conduz a maiores volumes de concreto, pelo fato de se ter maiores unidades e duas lajes (fundo-falso e fundo). A alternativa de LA está associada às maiores potências instalada e consumida, em virtude do elevado consumo de oxigênio para a nitrificação, a qual não ocorre na alternativa FBP. Obviamente que, no caso do FBP, a aeração é natural, não havendo, portanto, potência instalada ou consumida. A produção de lodo total (aeróbio + anaeróbio) desaguado não varia muito entre as duas alternativas, embora a menor produção corresponda à alternativa de FBP. Custos de implantação e operação Custos globais A Figura 6 apresenta a comparação entre os custos de implantação (estruturas dos tanques, sistema de aeração por ar difuso no LA, distribuidor rotativo no FBP, removedores de lodo nos decantadores secundários, meio suporte no FBP) e operação (consumo de energia para aeração, e transporte e disposição do lodo) das duas alternativas de pós-tratamento. São também apresentados os custos em valor presente, considerando um horizonte de 1 anos e uma taxa de juros de 12% ao ano. Não se pretendeu aqui fazer um orçamento detalhado, mas tão somente uma estimativa de custos dos grandes itens. Para a composição dos custos, foram utilizados custos unitários disponibilizados pela COPASA MG e Construtora Andrade Gutierrez, bem como obtidos de projetos recentes com participação dos autores. Os principais quantitativos e os custos unitários foram detalhados mas não são apresentados neste trabalho. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 9

10 Conforme comentado, os itens de custo analisados são apenas aqueles potencialmente diferentes entre as duas alternativas, não tendo sido computados itens comuns. Portanto, os custos não representam os custos totais a incidirem na implantação e durante a operação. 15,, CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO Custo (R$) 1,, 5,, Distrib. FBP 1,476, Remov. lodo 1,92, 2,48, Meio suporte FBP 66,129 Aeração 5,727,5 Concretagem 5,74,64 9,543,961 Custo (R$/ano) CUSTOS ANUAIS DE OPERAÇÃO 2,5, 2,, 1,5, 1,, 5, Aeração 1,829,118 Disposição lodo 47,85 416,1 Custo (R$) CUSTOS (VALOR PRESENTE) 3,, 25,, 2,, 15,, 1,, 5,, Operação 12,995,334 2,351,58 Implantação 13,351,564 13,728,9 Figura 6 Custos de implantação e operação (1ª etapa) O sistema com maior custo de implantação foi o FBP, ligeiramente superior ao de LA. O item de maior peso na composição dos custos de implantação das duas alternativas foi o concreto, responsável por aproximadamente 75% dos custos na alternativa de FBP (maior número de tanques circulares, laje de fundo e laje de fundo-falso). Devido aos menores tanques, a alternativa de LA foi a com menor custo de implantação. Todavia, deve-se enfatizar a possibilidade de redução dos custos de implantação dos FBP, a ser conseguida com a utilização de meio suporte sintético (bem mais leve e com área superficial bem mais elevada que o leito considerado no presente estudo - escória de alto forno). Embora de custo mais elevado (da ordem de R$25, a R$3,/m3), a adoção de meio suporte sintético poderá acarretar em uma economia substancial de concreto, não só devido à redução das espessuras das lajes e paredes, mas também devido à possibilidade de utilização de outros tipos de materiais (ex.: engradamento de madeira para o fundo e alvenaria cintada para as paredes). Ademais, o uso de meio suporte sintético repercutirá na redução dos volumes dos filtros, devido à maior área superficial deste material de enchimento. Todavia, para que esses benefícios sejam alcançados será necessário trabalhar com filtros de maior altura, da ordem de 5 a 6 metros. Em termos de custos anuais de operação, a alternativa de FBP é amplamente a mais favorável, devido ao fato de não se ter gastos energéticos com aeração. Como seria de se esperar, a alternativa de LA é a com maior gasto energético, especialmente em função do fornecimento de oxigênio para a nitrificação. A disposição do lodo não é um fator decisório na análise comparativa, uma vez que a produção total de lodo é similar entre as duas alternativas. Sabe-se que os custos de disposição são essencialmente dependentes da distância de transporte do lodo. No entanto, mesmo que os custos unitários de transporte venham a ser bem diferentes dos assumidos (R$15, por m3 transportado), a influência na análise comparativa não será expressiva. Com relação aos custos em valor presente, a alternativa de maior custo é a de LA. O custo do FBP é substancialmente menor do que o de LA. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1

11 Custos unitários A Figura 7 apresenta o resumo dos custos unitários, relativos a itens de implantação e operação das principais unidades das duas alternativas de pós-tratamento. Deve-se lembrar que os custos unitários não são os custos totais a incidirem na implantação e operação, por terem sido considerados apenas os grandes itens potencialmente diferentes entre as duas alternativas. De particular interesse na presente análise são os custos por kg de DBO removida. Nestes cálculos, é considerada a DBO total removida, correspondente à demanda carbonácea (oxidação da matéria orgânica) e à demanda nitrogenada (oxidação da amônia, ou nitrificação, a qual gera também consumo de oxigênio). O sistema com maior custo absoluto (LA) passa a ser o sistema com menor custo relativo, ou unitário, em virtude de sua elevada eficiência na remoção da DBO e da amônia. O resultado é coerente: gasta-se mais para se ter uma maior carga removida de poluentes. Como a eficiência de remoção não é proporcional aos custos, o sistema de LA acaba sendo aquele com menor relação custo/benefício. 5, CARGAS DE DBO (C+N) REMOVIDAS Carga (kgo2/d) 4, 3, 2, 1, Demanda nitrogen 27,226 1,673 Demanda carbon 17,59 12,734 Custos (R$/kgDBO) CUSTOS POR kgdbo (C+N) REMOVIDO Implant (R$/kg) Oper (R$/kg) Custos (R$/kgDBO) CUSTOS POR kgdbo(c+n) REM (VALOR PRESENTE) Oper (R$/kg) Impl (R$/kg) Figura 7 Comparação entre custos por kgdbo (carbonácea e nitrogenada) removida (1ª etapa) CONCLUSÕES A alternativa de pós-tratamento por lodos ativados convencional conduz a um melhor desempenho, refletido em uma maior carga de DBO e amônia removida, bem como menores concentrações efluentes. No entanto, as duas alternativas conduzem simultaneamente ao atendimento ou ao descumprimento aos padrões de lançamento e aos padrões do corpo d água (Rio das Velhas, Classe 3). A alternativa de FBP conduz a maiores áreas e volumes de concreto, pelo fato de se ter maiores unidades e duas lajes (fundo-falso e fundo). Todavia, se considerada a utilização de enchimento sintético, existe a possibilidade de redução substancial dos volumes de concreto e dos custos de implantação. A alternativa de LA está associada às maiores potências instalada e consumida, em virtude do elevado consumo de oxigênio para a nitrificação. Obviamente que, no caso do FBP, a aeração é natural, não havendo, portanto, potência instalada ou consumida. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 11

12 A produção de lodo total (aeróbio + anaeróbio) desaguado não varia muito entre as duas alternativas, mas a menor produção corresponde à alternativa de FBP. Para os grandes itens analisados (potencialmente diferentes entre as duas alternativas), custos de implantação ligeiramente maiores recaem sobre o FBP. Todavia, em termos de custos anuais de operação, a alternativa de FBP é amplamente a mais favorável, enquanto a alternativa de LA convencional é a com maior gasto energético em função da aeração (ausente no FBP). A disposição do lodo não é um fator decisório na análise comparativa de custos, uma vez que a produção total de lodo é similar entre as duas alternativas. Com relação aos custos em valor presente, a alternativa de maior custo é a de LA convencional, sendo que a alternativa de FBP apresenta custos substancialmente menores. Pelo fato de trabalhar com uma maior eficiência de remoção (matéria orgânica e amônia), a alternativa de LA convencional, apesar de ter os maiores gastos, é a que possui o menor custo por kg DBO (carbonácea e nitrogenada) removida. Para as duas alternativas de pós-tratamento há suficiente experiência em escala real no Brasil para dar sustento à implantação na escala proposta da ETE-Onça. Em função do balanço de vantagens e desvantagens de cada alternativa, acredita-se que, no presente caso, a opção de pós-tratamento mais recomendada seja a de filtros biológicos percoladores. AGRADECIMENTOS Os autores contaram com o apoio da COPASA MG e da Construtora Andrade Gutierrez no desenvolvimento deste trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BRASIL (1986). Resolução CONAMA no 2, 18 de junho de Dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas do Território Nacional. 2. BRASIL (25). Resolução CONAMA no 357, março de 25. Dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas do Território Nacional. 3. COPASA MG (23). Memorial Descritivo da Estação de Tratamento de Esgotos do Ribeirão do Onça. Fundação Christiano Ottoni, março/23, 53 p. 4. COPASA MG (24). Estudo de alternativas de pós-tratamento para os efluentes dos reatores anaeróbios da ETE Onça. Fundação Christiano Ottoni, janeiro/24, 72 p. 5. GONÇALVES R.F., CHERNICHARO C.A.L., ANDRADE NETO C.O, ALEM SOBRINHO P., KATO M.T., COSTA R.H.R., AISSE M.M. & ZAIAT M. (21). Pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios por reatores com biofilme. Cap. 4. In: CHERNICHARO C.A.L. (coordenador). Pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios. FINEP/PROSAB, Rio de Janeiro, Brasil, 544 p. 6. VON SPERLING M., VAN HAANDEL A.C., JORDÃO E.P., CAMPOS, J.R., CYBIS, J.F., AISSE, M.M. & ALEM SOBRINHO P. (21). Pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios por sistema de lodos ativados. Cap. 5. In: CHERNICHARO C.A.L. (coordenador). Pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios. FINEP/PROSAB, Rio de Janeiro, Brasil, 544 p. 7. VON SPERLING M. (22). Lodos Ativados. Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias. Vol.4, DESA/UFMG, 2ª ed, 428 p. Belo Horizonte. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 12

TRATAMENTO DE LODO GERADO EM ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO

TRATAMENTO DE LODO GERADO EM ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO TRATAMENTO DE LODO GERADO EM ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO TRATAMENTO DE LODO TRATAMENTO DE ESGOTOS PRODUÇÃO DE LODO NECESSIDADE DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL PRODUÇÃO DE LODO EXEMPLOS:

Leia mais

21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental II-126 AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO POR DECANTO- DIGESTORES SEGUIDOS DE FILTROS ANAERÓBIOS, EM COMUNIDADES ATENDIDAS PELA UNIDADE DE NEGÓCIO DO MÉDIO TIETÊ - SABESP Alceu de Castro Galvão Júnior

Leia mais

TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS (LOB1225) G Aula 12 Tratamento secundário de esgotos Lagoas aeradas

TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS (LOB1225) G Aula 12 Tratamento secundário de esgotos Lagoas aeradas TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS (LOB1225) G Aula 12 Tratamento secundário de esgotos Lagoas aeradas Lagoas aeradas 2 Lagoas aeradas - Jarinu 3 4 Lagoas aeradas - Itapetininga 5 Lagoas de decantação 6 Sistemas

Leia mais

BIBLIOGRAFIA TRATAMENTO DE ESGOTO. Rodrigo Amado Garcia Silva. Engenheiro Ambiental M.Sc. Professor Universo EAD

BIBLIOGRAFIA TRATAMENTO DE ESGOTO. Rodrigo Amado Garcia Silva. Engenheiro Ambiental M.Sc. Professor Universo EAD BIBLIOGRAFIA TRATAMENTO DE ESGOTO Rodrigo Amado Garcia Silva Engenheiro Ambiental M.Sc. Professor Universo EAD Sumário Unidade 1 Introdução ao Tratamento de Esgoto Unidade 2 Características dos Esgotos

Leia mais

PRELIMINARES. Conversão biológica nos sistemas aeróbios e anaeróbios (CHERNICHARO, 1997)

PRELIMINARES. Conversão biológica nos sistemas aeróbios e anaeróbios (CHERNICHARO, 1997) REATORES ANAERÓBIOS PRELIMINARES Conversão biológica nos sistemas aeróbios e anaeróbios (CHERNICHARO, 1997) SISTEMAS ANAERÓBIOS DE TRATAMENTO Sistemas convencionais Digestores de lodo Tanque séptico Lagoas

Leia mais

II CONVERSÃO DE UMA ETE EM ESCALA REAL, CONSTRUÍDA SEGUNDO O PROCESSO DE AERAÇÃO PROLONGADA, PARA O SISTEMA UASB LODOS ATIVADOS

II CONVERSÃO DE UMA ETE EM ESCALA REAL, CONSTRUÍDA SEGUNDO O PROCESSO DE AERAÇÃO PROLONGADA, PARA O SISTEMA UASB LODOS ATIVADOS II-183 - CONVERSÃO DE UMA ETE EM ESCALA REAL, CONSTRUÍDA SEGUNDO O PROCESSO DE AERAÇÃO PROLONGADA, PARA O SISTEMA UASB LODOS ATIVADOS Marcos von Sperling ( 1 ) Engenheiro Civil (UFMG). Doutor em Engenharia

Leia mais

Esgoto Doméstico: Sistemas de Tratamento

Esgoto Doméstico: Sistemas de Tratamento Esgoto Doméstico: Sistemas de Tratamento TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL Saneamento Ambiental Prof: Thiago Edwiges 2 INTRODUÇÃO Qual o objetivo do tratamento? Qual o nível de tratamento almejado? Qual o

Leia mais

PROCESSO DE TRATAMENTO

PROCESSO DE TRATAMENTO PROCESSO DE TRATAMENTO Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto, e tratar cada uma delas separadamente, reduzindo ao máximo a carga poluidora, de forma que elas possam ser dispostas

Leia mais

Parte 6: Qualidade do efluente. Paulo Gustavo de Almeida, Thiago Bressani Ribeiro, Bruno da Silva, Lariza Azevedo, Carlos Chernicharo

Parte 6: Qualidade do efluente. Paulo Gustavo de Almeida, Thiago Bressani Ribeiro, Bruno da Silva, Lariza Azevedo, Carlos Chernicharo Realização: Parte 6: Qualidade do efluente Paulo Gustavo de Almeida, Thiago Bressani Ribeiro, Bruno da Silva, Lariza Azevedo, Carlos Chernicharo Tópicos de interesse Tópicos de interesse 1. Tratamento

Leia mais

Sistemas de Esgotamento Sanitário. Ernani de Souza Costa Setembro de 2016

Sistemas de Esgotamento Sanitário. Ernani de Souza Costa Setembro de 2016 Sistemas de Esgotamento Sanitário Ernani de Souza Costa Setembro de 201 S.A.C. Sistema de Antecipação de Coleta Decantadores Primários x SAC As comportas do SAC tornarão os rios grandes decantadores primários

Leia mais

13 Sistemas de lodos ativados

13 Sistemas de lodos ativados 13 Sistemas de lodos ativados Processo biológico que envolve massa ativada de microrganismo em suspensão capazes de estabilizar o esgoto em ambiente aeróbio. Inglaterra, 1914 http://meioambientedjc.blogspot.com.br/2011/10/ete-tratamento-secundario.html

Leia mais

IV YOSHIDA BRASIL 1 REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA E FÓSFORO DE EFLUENTE DE TRATAMENTO ANAERÓBIO POR PROCESSO FÍSICO-QUÍMICO

IV YOSHIDA BRASIL 1 REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA E FÓSFORO DE EFLUENTE DE TRATAMENTO ANAERÓBIO POR PROCESSO FÍSICO-QUÍMICO IV YOSHIDA BRASIL 1 REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA E FÓSFORO DE EFLUENTE DE TRATAMENTO ANAERÓBIO POR PROCESSO FÍSICO-QUÍMICO Flávio Yoshida (1) Companhia de Saneamento do Paraná SANEPAR Engenheiro Civil,

Leia mais

CARACTERÍSTICAS DO LODO ACUMULADO EM UMA LAGOA CHICANEADA TRATANDO EFLUENTES DE UM REATOR UASB

CARACTERÍSTICAS DO LODO ACUMULADO EM UMA LAGOA CHICANEADA TRATANDO EFLUENTES DE UM REATOR UASB CARACTERÍSTICAS DO LODO ACUMULADO EM UMA LAGOA CHICANEADA TRATANDO EFLUENTES DE UM REATOR UASB Maria Cristina de Sá Oliveira Matos Brito (1) Engenheira Civil. Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos

Leia mais

Paul Anthony Woodhead e David Charles Meissner Centroprojekt do Brasil Outubro 2008

Paul Anthony Woodhead e David Charles Meissner Centroprojekt do Brasil Outubro 2008 A aplicação do sistema de lodos ativados de baixa carga combinado com um seletor aeróbico para atender aos rigorosos padrões de emissão de efluentes tratados na indústria de papel e celulose. Paul Anthony

Leia mais

Prof. Dr. Luciano dos Santos Rodrigues EV-UFMG. Contato: Telefone: (31)

Prof. Dr. Luciano dos Santos Rodrigues EV-UFMG. Contato:   Telefone: (31) Prof. Dr. Luciano dos Santos Rodrigues EV-UFMG Contato: e-mail: lsantosrodrigues@gmail.com Telefone: (31) 9891-9747 Atividades agropecuárias e de processamento de produtos agropecuários têm proporcionado

Leia mais

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina II-287 - AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA EM TERMOS DE REMOÇÃO DE DBO E DQO DE DUAS ESTAÇÕES DE

Leia mais

ESGOTAMENTO SANITÁRIO AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DQO EM SISTEMA ANAERÓBIO-AERÓBIO, NO TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO.

ESGOTAMENTO SANITÁRIO AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DQO EM SISTEMA ANAERÓBIO-AERÓBIO, NO TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO. ESGOTAMENTO SANITÁRIO AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DQO EM SISTEMA ANAERÓBIO-AERÓBIO, NO TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO. Robson Costa da Costa engrobsonrcc@gmail.com Universidade Federal do Pará.

Leia mais

CONCEITOS GERAIS E CONCEPÇÃO DE ETEs

CONCEITOS GERAIS E CONCEPÇÃO DE ETEs CONCEITOS GERAIS E CONCEPÇÃO DE ETEs PHA 3413 Tratamento de Esgoto Sanitário ESCOLA POLITÉCNICA DA USP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL Prof. Tit. Roque Passos Piveli Prof. Dr. Theo Syrto

Leia mais

M4c - Sistemas e tecnologias inovadoras para o saneamento

M4c - Sistemas e tecnologias inovadoras para o saneamento M4c - Sistemas e tecnologias inovadoras para o saneamento Cícero Onofre de Andrade Neto Engenheiro Civil, MSc, Dr. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil Tecnologias inovadoras Tratamento

Leia mais

8 Tratamento de efluentes líquidos

8 Tratamento de efluentes líquidos 8 Tratamento de efluentes líquidos 8.1-Introdução Ex.: Efluente doméstico Esgoto Bruto Efluente Seguro MO N P Patogênicos MO N P Patogênicos O quê remover? COMO REMOVER? Quanto remover? ETE Custo de implantação

Leia mais

O ESTADO DA ARTE DA TECNOLOGIA EM SANEAMENTO AMBIENTAL Tratamento de esgotos

O ESTADO DA ARTE DA TECNOLOGIA EM SANEAMENTO AMBIENTAL Tratamento de esgotos Valor Econômico Seminário Tecnologia e Eficiência em Saneamento Ambiental 8 Dezembro 2010 O ESTADO DA ARTE DA TECNOLOGIA EM SANEAMENTO AMBIENTAL Tratamento de esgotos Marcos von Sperling Universidade Federal

Leia mais

II-205 SISTEMA COMPACTO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DOMICILIARES COMPOSTO DE TANQUE SÉPTICO MODIFICADO E REATORES ANAERÓBIOS HÍBRIDOS OPERANDO EM SÉRIE

II-205 SISTEMA COMPACTO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DOMICILIARES COMPOSTO DE TANQUE SÉPTICO MODIFICADO E REATORES ANAERÓBIOS HÍBRIDOS OPERANDO EM SÉRIE II-25 SISTEMA COMPACTO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DOMICILIARES COMPOSTO DE TANQUE SÉPTICO MODIFICADO E REATORES ANAERÓBIOS HÍBRIDOS OPERANDO EM SÉRIE Vanessa Pereira de Sousa (1) Engenheira Civil e Sanitarista.

Leia mais

12 Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente

12 Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente 12 Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente Principais reatores anaeróbios utilizados no tratamento de esgoto sanitário Lagoas anaeróbias Decanto-digestores Filtros anaeróbios Mais usado em comunidades de

Leia mais

ASPECTOS CONSTRUTIVOS E OPERACIONAIS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DA CIDADE DE ARARAQUARA

ASPECTOS CONSTRUTIVOS E OPERACIONAIS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DA CIDADE DE ARARAQUARA ASPECTOS CONSTRUTIVOS E OPERACIONAIS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DA CIDADE DE ARARAQUARA Paulo Sergio Scalize (*) Graduado em Ciências Biológicas Modalidade Médica pela Faculdade Barão de Mauá

Leia mais

Tratamento de Efluentes Sanitários em Regiões Turísticas: alternativas para alta e baixa temporada

Tratamento de Efluentes Sanitários em Regiões Turísticas: alternativas para alta e baixa temporada Tratamento de Efluentes Sanitários em Regiões Turísticas: alternativas para alta e baixa temporada P A L E S T R A N T E : NATÁLIA MARQUES TEIXEIRA 49 MUNICÍPIOS EM 11 ESTADOS 68.31% 21.80% 5.28% 4.61%

Leia mais

II CARACTERÍSTICAS DOS ESGOTOS AFLUENTES A 206 ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS EM OPERAÇÃO NO PAÍS

II CARACTERÍSTICAS DOS ESGOTOS AFLUENTES A 206 ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS EM OPERAÇÃO NO PAÍS II-46 - CARACTERÍSTICAS DOS ESGOTOS AFLUENTES A 26 ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS EM OPERAÇÃO NO PAÍS Sílvia M. A. Corrêa Oliveira (1) Engenheira eletricista, Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos

Leia mais

II-404 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE SEIS TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO, EM TERMOS DE ATENDIMENTO A PADRÕES DE LANÇAMENTO PARA DBO

II-404 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE SEIS TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO, EM TERMOS DE ATENDIMENTO A PADRÕES DE LANÇAMENTO PARA DBO II-44 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE SEIS TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO, EM TERMOS DE ATENDIMENTO A PADRÕES DE NÇAMENTO PARA DBO Sílvia M. A. Corrêa Oliveira Engenheira eletricista, Mestre em Saneamento,

Leia mais

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA ETE BARUERI

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA ETE BARUERI AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA ETE BARUERI Luiz Carlos Helou (1) Eng o Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Mestre pelo Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica

Leia mais

Steven David Sodek. Engenheiro Civil MEng CEng MICE MAUÁ 11/06/13

Steven David Sodek. Engenheiro Civil MEng CEng MICE MAUÁ 11/06/13 Steven David Sodek Engenheiro Civil MEng CEng MICE MAUÁ 11/06/13 Mauá Dados Gerais Dados Geográficos Localização geográfica: Grande São Paulo Área: 61,866 km 2 (IBGE 2010) Divisas: Santo André, Ribeirão

Leia mais

OPERAM COM REATORES UASB NOS MUNICÍPIOS DE FORTALEZA E MARACANAÚ, COM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DE DESCARTE EM CORPOS D'ÁGUA

OPERAM COM REATORES UASB NOS MUNICÍPIOS DE FORTALEZA E MARACANAÚ, COM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DE DESCARTE EM CORPOS D'ÁGUA II-450 - ANÁLISE DE ETE's QUE OPERAM COM REATORES UASB NOS MUNICÍPIOS DE FORTALEZA E MARACANAÚ, COM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DE DESCARTE EM CORPOS D'ÁGUA Camylla Rachelle Aguiar Araújo Dantas Engenheira

Leia mais

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE DESAGUAMENTO DE LODOS DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DESAGUADOS EM BAG S DE MANTA GEOTÊXTIL

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE DESAGUAMENTO DE LODOS DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DESAGUADOS EM BAG S DE MANTA GEOTÊXTIL ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE DESAGUAMENTO DE LODOS DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DESAGUADOS EM BAG S DE MANTA GEOTÊXTIL Welliton Leandro de Oliveira Boina (1) Engenheiro Ambiental pela Universidade Estadual

Leia mais

9 Tanques sépticos e tratamentos complementares

9 Tanques sépticos e tratamentos complementares 9.1 Introdução 9 Tanques sépticos e tratamentos complementares Indicado para: Área desprovida de rede pública coletora de esgoto; Retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da utilização de rede

Leia mais

Saneamento I Tratamento de Esgotos

Saneamento I Tratamento de Esgotos Saneamento I Tratamento de Esgotos Prof Eduardo Cohim edcohim@gmail.br 1 QUALIDADE DAS ÁGUAS E USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA BACIA HIDROGRÁFICA OBJETIVOS DO TRATAMENTO DOS ESGOTOS Remoção de matéria orgânica

Leia mais

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UM FILTRO ANAERÓBIO COM RECHEIO DE BAMBU UTILIZADO COMO PÓS-TRATAMENTO DE UM REATOR UASB EM ESCALA REAL

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UM FILTRO ANAERÓBIO COM RECHEIO DE BAMBU UTILIZADO COMO PÓS-TRATAMENTO DE UM REATOR UASB EM ESCALA REAL AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UM FILTRO ANAERÓBIO COM RECHEIO DE BAMBU UTILIZADO COMO PÓS-TRATAMENTO DE UM REATOR UASB EM ESCALA REAL Liliana Pena Naval (1) Doutorada pela Universidad Complutense de Madrid

Leia mais

ETE PIRACICAMIRIM NOVA CONCEPÇÃO DE SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARTIDA, OPERAÇÃO E MONITORAMENTO DE DESEMPENHO

ETE PIRACICAMIRIM NOVA CONCEPÇÃO DE SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARTIDA, OPERAÇÃO E MONITORAMENTO DE DESEMPENHO ETE PIRACICAMIRIM NOVA CONCEPÇÃO DE SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARTIDA, OPERAÇÃO E MONITORAMENTO DE DESEMPENHO Fernando Hermes Passig (1) Engenheiro Sanitarista formado pela Universidade

Leia mais

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental II "OXIGÊNIO PURO EM LODOS ATIVADOS UM ESTUDO DE CASO"

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental II OXIGÊNIO PURO EM LODOS ATIVADOS UM ESTUDO DE CASO 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina II-319 - "OXIGÊNIO PURO EM LODOS ATIVADOS UM ESTUDO DE CASO" João Marcelo do Nascimento

Leia mais

INFLUÊNCIA DA ALTURA DO MEIO SUPORTE NA EFICIÊNCIA DE UM FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR UTILIZADO PARA O PÓS- TRATAMENTO DE EFLUENTES DE UM REATOR UASB

INFLUÊNCIA DA ALTURA DO MEIO SUPORTE NA EFICIÊNCIA DE UM FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR UTILIZADO PARA O PÓS- TRATAMENTO DE EFLUENTES DE UM REATOR UASB Pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios 119 INFLUÊNCIA DA ALTURA DO MEIO SUPORTE NA EFICIÊNCIA DE UM FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR UTILIZADO PARA O PÓS- TRATAMENTO DE EFLUENTES DE UM REATOR UASB

Leia mais

Avaliação do Potencial e da Capacidade de Desnitrificação em Sistema Pós-D de Tratamento de Esgoto

Avaliação do Potencial e da Capacidade de Desnitrificação em Sistema Pós-D de Tratamento de Esgoto Avaliação do Potencial e da Capacidade de Desnitrificação em Sistema Pós-D de Tratamento de Esgoto Kilmária Gondim da Silva 1 Dayane de Andrade Lima 2, Jéssica Nogueira Bezerra 3, Heraldo Antunes Silva

Leia mais

AVALIAÇÃO DA ETE NATAL CENTRAL NA REMOÇÃO DE NITROGÊNIO

AVALIAÇÃO DA ETE NATAL CENTRAL NA REMOÇÃO DE NITROGÊNIO AVALIAÇÃO DA ETE NATAL CENTRAL NA REMOÇÃO DE NITROGÊNIO Ynês Fonseca Oliveira 1, Danillo de Magalhães Ferraz 2, André Luis Calado Araújo 3 1 Graduanda em Gestão Ambiental IFRN. e-mail: ynesoliveira2010@hotmail.com

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS DEPARTAMENTO DE OBRAS HIDRÁULICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS DEPARTAMENTO DE OBRAS HIDRÁULICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS DEPARTAMENTO DE OBRAS HIDRÁULICAS IPH 02058 TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO Plano de Ensino - Curso de Engenharia Hídrica 1. DADOS

Leia mais

14 Filtros biológicos

14 Filtros biológicos 14 Filtros biológicos h 0,90 a 3,0 m para o leito de pedras (usual 1,80 m) peças plásticas: pode atingir até 12 m, Taxa de Aplicação Hidráulica (TAH): baixa taxa: TAH de 1,0 a 4,0 m 3 /(m 2.dia) média

Leia mais

DIMENSIONAMENTO DE LAGOAS AERADAS SEGUIDAS DE LAGOAS DE SEDIMENTAÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE LAGOAS AERADAS SEGUIDAS DE LAGOAS DE SEDIMENTAÇÃO DIMENSIONAMENTO DE LAGOAS AERADAS SEGUIDAS DE LAGOAS DE SEDIMENTAÇÃO FENASAN/2015 Cenário do uso de lagoas aeradas aeróbias no Brasil Dados municipais de tratamento de esgotos sanitários, segundo as Grandes

Leia mais

RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: Disposição controlada no solo, nutrientes, capacidade de adsorção. 1.0 INTRODUÇÃO

RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: Disposição controlada no solo, nutrientes, capacidade de adsorção. 1.0 INTRODUÇÃO AVALIAÇÃO DA VARIAÇÃO TEMPORAL DAS CONCENTRAÇÕES DE MÉRIA ORGÂNICA E NUTRIENTES E A RESPECTIVA CAPACIDADE DE ADSORÇÃO DE UM SOLO UTILIZADO PARA A DISPOSIÇÃO CONTROLADA DE EFLUENTES DOMÉSTICOS. Liliana

Leia mais

Química das Águas - parte 3

Química das Águas - parte 3 QUÍMICA AMBIENTAL Química das Águas - parte 3 Aula S05 - Purificação de águas poluídas (Tratamento de esgoto) Prof. Rafael Sousa Departamento de Química UFJF 1º período de 2014 Recapitulando... Águas naturais

Leia mais

Saneamento Ambiental I. Aula 25 Tratamento de Esgotos parte II

Saneamento Ambiental I. Aula 25 Tratamento de Esgotos parte II Universidade Federal do Paraná Engenharia Ambiental Saneamento Ambiental I Aula 25 Tratamento de Esgotos parte II Profª Heloise G. Knapik 1 TRATAMENTO PRELIMINAR 2 Tipos de Tratamento Tratamento preliminar

Leia mais

16 Tratamento e disposição de lodos

16 Tratamento e disposição de lodos 16 Tratamento e disposição de lodos 16.1 Produção de lodo de uma ETE Lagoas de estabilização Grandes áreas acumulação pequena de lodo Lagoas aeradas Lagoas de sedimentação Acumulação por 1 a 2 anos necessidade

Leia mais

II-257 CONDIÇÕES DE MISTURA, OXIGENAÇÃO E DESEMPENHO DE UMA LAGOA AERADA DE MISTURA COMPLETA

II-257 CONDIÇÕES DE MISTURA, OXIGENAÇÃO E DESEMPENHO DE UMA LAGOA AERADA DE MISTURA COMPLETA II-257 CONDIÇÕES DE MISTURA, OXIGENAÇÃO E DESEMPENHO DE UMA LAGOA AERADA DE MISTURA COMPLETA Olivia Souza de Matos (1) Engenheira Civil. Mestre da Área Interdisciplinar em Engenharia Ambiental - COPPE/UFRJ.

Leia mais

AVALIAÇÃO DA OPERAÇÃO EM REGIME HIDRÁULICO TRANSIENTE DE REATOR UASB E FILTROS ANAERÓBIOS RESUMO

AVALIAÇÃO DA OPERAÇÃO EM REGIME HIDRÁULICO TRANSIENTE DE REATOR UASB E FILTROS ANAERÓBIOS RESUMO AVALIAÇÃO DA OPERAÇÃO EM REGIME HIDRÁULICO TRANSIENTE DE REATOR UASB E FILTROS ANAERÓBIOS Luciana Sanches, Carlos Augusto L. Chernicharo, Marcos von Sperling e Ronaldo Tâdeu Pena Departamento de Engenharia

Leia mais

SISTEMA DE TRATAMENTO INDIVIDUAL DE ESGOTO SANITÁRIO

SISTEMA DE TRATAMENTO INDIVIDUAL DE ESGOTO SANITÁRIO Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Hidráulica e Saneamento Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TH053 Saneamento Urbano II SISTEMA DE TRATAMENTO INDIVIDUAL DE ESGOTO

Leia mais

II EFICIÊNCIA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE FÁBRICA DE PAPEL POR LAGOAS E RESERVATÓRIO DE ESTABILIZAÇÃO

II EFICIÊNCIA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE FÁBRICA DE PAPEL POR LAGOAS E RESERVATÓRIO DE ESTABILIZAÇÃO 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina II-120 - EFICIÊNCIA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE FÁBRICA DE PAPEL POR LAGOAS E RESERVATÓRIO

Leia mais

REMOÇÃO DE NUTRIENTES EM SISTEMAS DE LODO ATIVADO RECEBENDO ESGOTO PRÉ-TRATADO EM REATOR UASB

REMOÇÃO DE NUTRIENTES EM SISTEMAS DE LODO ATIVADO RECEBENDO ESGOTO PRÉ-TRATADO EM REATOR UASB REMOÇÃO DE NUTRIENTES EM SISTEMAS DE LODO ATIVADO RECEBENDO ESGOTO PRÉ-TRATADO EM REATOR UASB Patricia Martins Ferreira Gaspar (1) Engenheira Civil pela Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS DEPARTAMENTO DE OBRAS HIDRÁULICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS DEPARTAMENTO DE OBRAS HIDRÁULICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS DEPARTAMENTO DE OBRAS HIDRÁULICAS IPH 02058 TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO Plano de Ensino - Curso de Engenharia Hídrica 1. DADOS

Leia mais

II ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS DE SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA OS MUNICÍPIOS DE MS.

II ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS DE SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA OS MUNICÍPIOS DE MS. II-019 - ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS DE SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA OS MUNICÍPIOS DE MS. Rita de Cássia do Prado Guido Gameiro (1) Engenheira Civil pela UNICAMP. Especialista em Saneamento

Leia mais

I COMPORTAMENTO DE UM SISTEMA UASB/FILTRO BIOLÓGICO AERÓBIO QUANDO EXPOSTO A CHOQUES DE CARGA HIDRÁULICA

I COMPORTAMENTO DE UM SISTEMA UASB/FILTRO BIOLÓGICO AERÓBIO QUANDO EXPOSTO A CHOQUES DE CARGA HIDRÁULICA I-49 - COMPORTAMENTO DE UM SISTEMA UASB/FILTRO BIOLÓGICO AERÓBIO QUANDO EXPOSTO A CHOQUES DE CARGA HIDRÁULICA Mauro César Pinto Nascimento Engenheiro Civil pela UFV. Engenheiro Sanitarista e Ambiental

Leia mais

TRATAMENTO DE ESGOTOS DE PEQUENAS E MÉDIAS COMUNIDADES

TRATAMENTO DE ESGOTOS DE PEQUENAS E MÉDIAS COMUNIDADES TRATAMENTO DE ESGOTOS DE PEQUENAS E MÉDIAS COMUNIDADES Marcos von Sperling Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais E-mail: marcos@desa.ufmg.br INTRODUÇÃO

Leia mais

Química Ambiental Aula 5 Química das águas Parte 3b Antonio Pedro Guimarães Departamento de Química

Química Ambiental Aula 5 Química das águas Parte 3b Antonio Pedro Guimarães Departamento de Química Química Ambiental Aula 5 Química das águas Parte 3b Antonio Pedro Guimarães Departamento de Química O esgoto, sem tratamento, provoca dois efeitos negativos na água em que é lançado: I. Diminuição do O

Leia mais

GABARITO PROVA DE QUALIDADE DA ÁGUA E DO AR SELEÇÃO PPGRHS

GABARITO PROVA DE QUALIDADE DA ÁGUA E DO AR SELEÇÃO PPGRHS GABARITO PROVA DE QUALIDADE DA ÁGUA E DO AR SELEÇÃO PPGRHS 2016.1 1. Em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) periodicamente é realizado o monitoramento para verificar sua eficiência. Em um determinado

Leia mais

TRATAMENTOS BIOLÓGICOS TRATAMENTOS BIOLÓGICOS ! CONHECIMENTO CIENTÍFICO CONSULTORIA ! FATORES ESTRUTURAIS ! FATORES ECONÔMICOS

TRATAMENTOS BIOLÓGICOS TRATAMENTOS BIOLÓGICOS ! CONHECIMENTO CIENTÍFICO CONSULTORIA ! FATORES ESTRUTURAIS ! FATORES ECONÔMICOS SISTEMA AERÓBICO X SISTEMA ANAERÓBICO AERÓBICO SISTEMA DE TRATAMENTO BIOLÓGICO COM INGESTÃO DE OXIGÊNIO PURO OU EM FORMA DE AR COMPRIMIDO HAVENDO SELEÇÃO DE ORGANISMOS AERÓBICOS. ANAERÓBICO SISTEMA DE

Leia mais

EFICIÊNCIA NA ADERÊNCIA DOS ORGANISMOS DECOMPOSITORES, EMPREGANDO-SE DIFERENTES MEIOS SUPORTES PLÁSTICOS PARA REMOÇÃO DOS POLUENTES

EFICIÊNCIA NA ADERÊNCIA DOS ORGANISMOS DECOMPOSITORES, EMPREGANDO-SE DIFERENTES MEIOS SUPORTES PLÁSTICOS PARA REMOÇÃO DOS POLUENTES EFICIÊNCIA NA ADERÊNCIA DOS ORGANISMOS DECOMPOSITORES, EMPREGANDO-SE DIFERENTES MEIOS SUPORTES PLÁSTICOS PARA REMOÇÃO DOS POLUENTES Nome dos autores: Jarllany Cirqueira Lopes; Liliana Pena Naval Jarllany

Leia mais

TIPO DE REATORES

TIPO DE REATORES TRATAMENTO ANAERÓBIO DE ESGOTOS TIPO DE REATORES FUNDAMENTOS TEÓRICOS Estágios da Digestão Anaeróbia Bactérias Acidificadoras (Facultativas) Matéria Orgânica Complexa Ácidos Orgânicos Voláteis CH 4 +

Leia mais

DESEMPENHO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO PELO PROCESSO DE LODOS ATIVADOS OPERANDO POR BATELADA

DESEMPENHO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO PELO PROCESSO DE LODOS ATIVADOS OPERANDO POR BATELADA DESEMPENHO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO PELO PROCESSO DE LODOS ATIVADOS OPERANDO POR BATELADA Paulo Sergio Scalize (*) Graduado em Ciências Biológicas Modalidade Médica pela Faculdade Barão de

Leia mais

Influência das condições operacionais na eficiência de Estações de Tratamento de Esgotos.

Influência das condições operacionais na eficiência de Estações de Tratamento de Esgotos. Painel 3 - Operação de Estações de Tratamento de Esgotos Influência das condições operacionais na eficiência de Estações de Tratamento de Esgotos. Cícero Onofre de Andrade Neto ANDRADE NETO, Cícero O.

Leia mais

AGÊNCIA DE ÁGUA PCJ PARECER TÉCNICO Nº: 02/2007. Assunto: SOLICITAÇÃO DE ABATIMENTO DO VALOR DBO IDENTIFICAÇÃO

AGÊNCIA DE ÁGUA PCJ PARECER TÉCNICO Nº: 02/2007. Assunto: SOLICITAÇÃO DE ABATIMENTO DO VALOR DBO IDENTIFICAÇÃO AGÊNCIA DE ÁGUA PCJ CONSÓRCIO PCJ COMITÊS PCJ PARECER TÉCNICO Nº: 02/2007 Assunto: SOLICITAÇÃO DE ABATIMENTO DO VALOR DBO - 2006 1. IDENTIFICAÇÃO Tomador: Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento

Leia mais

03 - EFLUENTES LÍQUIDOS

03 - EFLUENTES LÍQUIDOS 03 - EFLUENTES LÍQUIDOS EFLUENTES LÍQUIDO INDUSTRIAL Despejo líquido proveniente do estabelecimento industrial, compreendendo efluentes de processo industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais

Leia mais

AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DE UM SISTEMA ALAGADO CONSTRUÍDO DE ESCOAMENTO VERTICAL PARA O TRATAMENTO DE LODOS DE CAMINHÕES LIMPA-FOSSA

AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DE UM SISTEMA ALAGADO CONSTRUÍDO DE ESCOAMENTO VERTICAL PARA O TRATAMENTO DE LODOS DE CAMINHÕES LIMPA-FOSSA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PÓS-GRADUAÇÃO EM SANEAMENTO, MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DE UM SISTEMA ALAGADO CONSTRUÍDO DE ESCOAMENTO VERTICAL PARA O TRATAMENTO

Leia mais

II VIABILIDADE DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO COM COGERAÇÃO COM BIOGÁS EM DIFERENTES ESCALAS DE SUPRIMENTO DE ENERGIA ANÁLISE ECONÔMICA

II VIABILIDADE DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO COM COGERAÇÃO COM BIOGÁS EM DIFERENTES ESCALAS DE SUPRIMENTO DE ENERGIA ANÁLISE ECONÔMICA II-210 - VIABILIDADE DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO COM COGERAÇÃO COM BIOGÁS EM DIFERENTES ESCALAS DE SUPRIMENTO DE ENERGIA ANÁLISE ECONÔMICA Rodrigo Alves dos Santos Pereira (1) Engenheiro Ambiental

Leia mais

17 a 20 de agosto de 2010, Rio de Janeiro. Aproveitamento Energético com Biogás Beatriz Blauth Schlobach

17 a 20 de agosto de 2010, Rio de Janeiro. Aproveitamento Energético com Biogás Beatriz Blauth Schlobach 17 a 20 de agosto de 2010, Rio de Janeiro Aproveitamento Energético com Biogás Beatriz Blauth Schlobach Conceito de Biogás É o gás obtido a partir da fermentação anaeróbica de material orgânico: resíduos

Leia mais

TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS (LOB1225) G Aula 6 Níveis, operações e processos de tratamento de esgotos

TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS (LOB1225) G Aula 6 Níveis, operações e processos de tratamento de esgotos TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS (LOB1225) G Aula 6 Níveis, operações e processos de tratamento de esgotos Níveis do tratamento dos esgotos Estudos de concepção: Impacto ambiental do lançamento no corpo

Leia mais

Introdução ao Tratamento de Esgoto Sanitário. Daniel Costa dos Santos Professor DHS/PPGERHA/UFPR 2017

Introdução ao Tratamento de Esgoto Sanitário. Daniel Costa dos Santos Professor DHS/PPGERHA/UFPR 2017 Introdução ao Tratamento de Esgoto Sanitário Daniel Costa dos Santos Professor DHS/PPGERHA/UFPR 2017 1 Objetivo Remoção de poluentes presentes no esgoto sanitário para promoção da saúde pública e da salubridade

Leia mais

Tratamento e disposição de lodo de esgoto. TH029 - Saneamento Ambiental II - Prof. Regina Tiemy Kishi

Tratamento e disposição de lodo de esgoto. TH029 - Saneamento Ambiental II - Prof. Regina Tiemy Kishi Tratamento e disposição de lodo de esgoto - Prof. Regina Tiemy Kishi Conceito O lodo é caracterizado como resíduo semisólido e de natureza predominantemente orgânica gerado pelo processo de tratamento

Leia mais

Tecnologias de tratamento de esgoto -de pequenas a grandes ETEs Experiências com projetos e operações

Tecnologias de tratamento de esgoto -de pequenas a grandes ETEs Experiências com projetos e operações Foto grandeda ETE LagoaSBR Tecnologias de tratamento de esgoto -de pequenas a grandes ETEs Experiências com projetos e operações Dr. Christoph Platzer, Rotaria do Brasil Níveis de atendimento no Brasil

Leia mais

II DESAGUADORES ESTÁTICOS VERTICAIS PARA REMOÇÃO NÃO MECANIZADA DA ÁGUA LIVRE DE LODOS DE REATORES UASB

II DESAGUADORES ESTÁTICOS VERTICAIS PARA REMOÇÃO NÃO MECANIZADA DA ÁGUA LIVRE DE LODOS DE REATORES UASB II-149 - DESAGUADORES ESTÁTICOS VERTICAIS PARA REMOÇÃO NÃO MECANIZADA DA ÁGUA LIVRE DE LODOS DE REATORES UASB Renate Wanke Engenheira Civil formada pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Especialista

Leia mais

TRATAMENTO DO EFLUENTES

TRATAMENTO DO EFLUENTES TRATAMENTO DO EFLUENTES Para que serve tratamento de efluente? Remover as impurezas físicas, químicas, biológicas e organismos patogênicos do EFLUENTE AQUELE QUE FLUI Resíduos (impurezas) proveniente das

Leia mais

II-138 DESEMPENHO DO FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR SEGUNDO DOIS DIFERENTES MEIOS SUPORTE PLÁSTICOS

II-138 DESEMPENHO DO FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR SEGUNDO DOIS DIFERENTES MEIOS SUPORTE PLÁSTICOS II-138 DESEMPENHO DO FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR SEGUNDO DOIS DIFERENTES MEIOS SUPORTE PLÁSTICOS Ana Silvia Pereira Santos (1) Engenheira Civil, Mestranda em Engenharia Ambiental - COPPE/UFRJ. Isaac Volschan

Leia mais

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO TÉCNICA DOS SISTEMAS DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO TÉCNICA DOS SISTEMAS DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO TÉCNICA DOS SISTEMAS DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS PRESTADOR: SOCIEDADE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO S/A - SANASA Relatório R4 Continuação do Diagnóstico e Não Conformidades

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ESGOTO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ESGOTO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ESGOTO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br

Leia mais

DESIDRATAÇÃO DE LODOS DE REATOR UASB EM LEITOS DE SECAGEM -DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS

DESIDRATAÇÃO DE LODOS DE REATOR UASB EM LEITOS DE SECAGEM -DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS DESIDRATAÇÃO DE LODOS DE REATOR UASB EM LEITOS DE SECAGEM -DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS Alem Sobrinho Pedro *, Miranda Samudio Edgar Manuel ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE

Leia mais

Desempenho operacional de lagoas de estabilização do estado de Goiás, Brasil. Susane Campos Mota Angelim, SANEAGO Eraldo Henriques de Carvalho, UFG

Desempenho operacional de lagoas de estabilização do estado de Goiás, Brasil. Susane Campos Mota Angelim, SANEAGO Eraldo Henriques de Carvalho, UFG Desempenho operacional de lagoas de estabilização do estado de Goiás, Brasil Susane Campos Mota Angelim, SANEAGO Eraldo Henriques de Carvalho, UFG Introdução Lagoas de estabilização: sistemas amplamente

Leia mais

SOLUÇÃO INOVADORA PARA TRATAMENTO E USO (REÚSO) DE ESGOTO

SOLUÇÃO INOVADORA PARA TRATAMENTO E USO (REÚSO) DE ESGOTO SEMINÁRIO SOLUÇÕES INOVADORAS DE TRATAMENTO E REÚSO DE ESGOTO EM COMUNIDADES ISOLADAS ASPECTOS TÉCNICOS E INSTITUCIONAIS Centro de convenções da Unicamp Campinas, 20 e 21 de junho de 2013 SOLUÇÃO INOVADORA

Leia mais

REVISTA AIDIS. de Ingeniería y Ciencias Ambientales: Investigación, desarrollo y práctica. Vol. 2, No. 1, 19-30, 2009 ISSN X

REVISTA AIDIS. de Ingeniería y Ciencias Ambientales: Investigación, desarrollo y práctica. Vol. 2, No. 1, 19-30, 2009 ISSN X REVISTA AIDIS de Ingeniería y Ciencias Ambientales: Investigación, desarrollo y práctica. Vol. 2, No. 1, 19-30, 2009 ISSN 0718-378X AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DIGESTÃO ANAERÓBIA DA ETE ARRUDAS - MG (LODO

Leia mais

II-009 DESEMPENHO DE UM FILTRO ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE COMO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE REATOR UASB: ESTUDO DE CASO DA ETE DE IMBITUVA

II-009 DESEMPENHO DE UM FILTRO ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE COMO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE REATOR UASB: ESTUDO DE CASO DA ETE DE IMBITUVA II-009 DESEMPENHO DE UM FILTRO ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE COMO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE REATOR UASB: ESTUDO DE CASO DA ETE DE IMBITUVA Rosilete Busato (1) Graduada em Engenharia Civil pela Pontifícia

Leia mais

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina II-233 - DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA SIMPLIFICADO E DE BAIXO CUSTO PARA DESINFECÇÃO DE

Leia mais

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO ESCOLA POLITÉCNICA DA USP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL PHA 3413 Tratamento de Esgoto Sanitário Prof. Tit. Roque Passos Piveli Prof. Dr. Theo Syrto Octavio de

Leia mais

Saneamento Ambiental I. Aula 20 O Sistema de Esgoto Sanitário

Saneamento Ambiental I. Aula 20 O Sistema de Esgoto Sanitário Universidade Federal do Paraná Engenharia Ambiental Saneamento Ambiental I Aula 20 O Sistema de Esgoto Sanitário Profª Heloise G. Knapik 1 Primeiro módulo: Dimensionamento de redes de distribuição de água

Leia mais

Poluição Ambiental Matéria Orgânica e Carga Poluidora. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas

Poluição Ambiental Matéria Orgânica e Carga Poluidora. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas Poluição Ambiental Matéria Orgânica e Carga Poluidora Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas Matéria Orgânica Um dos principais problemas de poluição hídrica Efeitos:

Leia mais

Ruiter Lima Morais 1 Yara Vanessa Portuguez Fonseca¹ RESUMO

Ruiter Lima Morais 1 Yara Vanessa Portuguez Fonseca¹ RESUMO AVALIAÇÃO DA REMOÇÃO DE DBO E DE DQO DA ÁGUA RESIDUÁRIA DE UMA INDÚSTRIA FARMOCOSMECÊUTICA EMPREGANDO O PROCESSO DE LODOS ATIVADOS POR AERAÇÃO PROLONGADA Ruiter Lima Morais 1 Yara Vanessa Portuguez Fonseca¹

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Lodo, Esgoto, Digestão Anaeróbia, Biogás.

PALAVRAS-CHAVE: Lodo, Esgoto, Digestão Anaeróbia, Biogás. II-209 - VIABILIDADE DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO COM COGERAÇÃO COM BIOGÁS EM DIFERENTES ESCALAS DE SUPRIMENTO DE ENERGIA DIMENSIONAMENTO DE UNIDADES Rodrigo Alves dos Santos Pereira (1) Engenheiro

Leia mais

II GESTÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SANEAMENTO NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ

II GESTÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SANEAMENTO NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ II-103 - GESTÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SANEAMENTO NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ Fernando Fernandes (1) Engenheiro civil pela UNICAMP, doutor em Engenharia pelo Instituto Nacional Politécnico de Toulouse,

Leia mais

II-019 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS SISTEMAS DE PÓS- TRATAMENTO PARA REATORES UASB EM ESCALA REAL

II-019 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS SISTEMAS DE PÓS- TRATAMENTO PARA REATORES UASB EM ESCALA REAL II-19 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS SISTEMAS DE PÓS- TRATAMENTO PARA REATORES UASB EM ESCALA REAL Liliana Pena Naval (1) Doutorada pela Universidad Complutense de Madrid em Engenharia Química, Professora

Leia mais

APLICABILIDADE DOS WETLANDS CONSTRUÍDOS NO TRATAMENTO DESCENTRALIZADO DE ESGOTOS

APLICABILIDADE DOS WETLANDS CONSTRUÍDOS NO TRATAMENTO DESCENTRALIZADO DE ESGOTOS APLICABILIDADE DOS WETLANDS CONSTRUÍDOS NO TRATAMENTO DESCENTRALIZADO DE ESGOTOS Pablo Heleno Sezerino Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Curitiba, junho de 2015. Pequenas coletividades Loteamentos

Leia mais

I AVALIAÇÃO DO SISTEMA REATOR UASB E FILTRO BIOLÓGICO PARA O TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO

I AVALIAÇÃO DO SISTEMA REATOR UASB E FILTRO BIOLÓGICO PARA O TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO I-108 - AVALIAÇÃO DO SISTEMA REATOR UASB E FILTRO BIOLÓGICO PARA O TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO Miguel Mansur Aisse (1) Engenheiro Civil (1976). Doutorado em Engenharia pela Escola Politécnica da USP,

Leia mais

20 o CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

20 o CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL AVALIAÇÃO DA OPERAÇÃO EM REGIMES HIDRÁULICOS PERMANENTE E TRANSIENTE DE UM SISTEMA DE APLICAÇÃO SUPERFICIAL DE ESGOTOS NO SOLO PARA O PÓS- TRATAMENTO DE EFLUENTES DE REATORES UASB Gustavo Curi Araújo (1)

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DO ESGOTO

CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DO ESGOTO Sistema de Esgotamento Sanitário e Pluvial CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DO ESGOTO Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Universidade Federal de Minas Gerais Caracterização do esgoto doméstico

Leia mais

Mínima Média Máxima (l/s) (l/s) Mínima Média Máxima 0,00 285,64 80,53

Mínima Média Máxima (l/s) (l/s) Mínima Média Máxima 0,00 285,64 80,53 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CENTRAL CARACTERÍSTICAS DOS EFLUENTES ANO VAZÃO VAZÃO VAZÃO TOTAL (l/s) VAZÃO DOMÉSTICA (l/s) INFIL. INDUST. (com infiltração) Mínima Média Máxima (l/s) (l/s) Mínima Média

Leia mais

10 Lagoas de estabilização

10 Lagoas de estabilização 10 Lagoas de estabilização Lagoas naturais ou artificiais com finalidade de tratar esgotos sanitários. De pequena profundidade, estas lagoas são construídas em diques de terra e fundo compactadas e impermeabilizadas

Leia mais

II AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UM FILTRO ANAERÓBIO COM RECHEIO DE BAMBU, EM ESCALA REAL, UTILIZADO COMO PÓS- TRATAMENTO DE REATOR UASB

II AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UM FILTRO ANAERÓBIO COM RECHEIO DE BAMBU, EM ESCALA REAL, UTILIZADO COMO PÓS- TRATAMENTO DE REATOR UASB II-018 - AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UM FILTRO ANAERÓBIO COM RECHEIO DE BAMBU, EM ESCALA REAL, UTILIZADO COMO PÓS- TRATAMENTO DE REATOR UASB Liliana Pena Naval (1) Doutorada pela Universidad Complutense

Leia mais

SAAE Serviço autônomo de Água e Esgoto. Sistemas de Tratamento de Esgoto

SAAE Serviço autônomo de Água e Esgoto. Sistemas de Tratamento de Esgoto SAAE Serviço autônomo de Água e Esgoto Sistemas de Tratamento de Esgoto Aracruz, junho de 2006 1 1. Tecnologias de tratamento O tratamento biológico é a forma mais eficiente de remoção da matéria orgânica

Leia mais

Dimensionamento e Análise Multicritério de Sistemas de Lodos Ativados para o Município de Itajubá-Mg 1

Dimensionamento e Análise Multicritério de Sistemas de Lodos Ativados para o Município de Itajubá-Mg 1 Dimensionamento e Análise Multicritério de Sistemas de Lodos Ativados para o Município de Itajubá-Mg 1 Nathália Duarte Braz Vieira 2 e Ivan Felipe dos Santos Silva 3 1 Aceito para Publicação no 4 Trimestre

Leia mais

Saneamento Ambiental I. Aula 28 Modelagem de sistemas de esgotos

Saneamento Ambiental I. Aula 28 Modelagem de sistemas de esgotos Universidade Federal do Paraná Engenharia Ambiental aneamento Ambiental I Aula 28 Modelagem de sistemas de esgotos Profª Heloise G. Knapik 1 Representação de microrganismos = concentração de sólidos suspensos

Leia mais