Política de resíduos em Portugal São Paulo, 31 janeiro 2018
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- Renata Machado Conceição
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1 Política de resíduos em Portugal São Paulo, 31 janeiro anos em trajetória de sucesso Carlos Martins Secretário de Estado do Ambiente do XXI Governo Constitucional Professor Especialista Engenharia Sanitária ISEL desde 1991 Membro Especialista da Ordem dos Engenheiros Gestor no Grupo Águas de Portugal 2005 a 2015 Administrador dos Serviços Municipalizados Loures/Odivelas 2002 a 2005 Presidência do Instituto dos Resíduos 1997 a 2002 Diretor Serviços Saneamento Município de Loures 1978 a 1997
2 20 ANOS RESÍDUOS XX MEMÓRIAS
3 Contexto geográfico institucional Brasil versus Portugal Federação Brasileira de Estados - União Europeia Estado Brasileiro (26+1DF) Estados-membro (28) Municípios (> 5570) Municípios em Portugal (308)
4 Contexto geográfico institucional Brasil versus Portugal Brasil Área: 8516 mkm2 População: 208 milhões Portugal Área: 92 mkm2 População: 10 milhões Portugal tem mais área que Estados Federais de: Distrito Federal, Sergipe, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte. (8) Similar a Pernambuco e Sta. Catarina. (2) Portugal tem mais população que os Estados Federais de: Amazonas, Pará, Mato Grosso, Distrito Federal, Sergipe, Alagoas, Acre, Amapá, Ceará, Espirito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sta. Catarina e Tocantina. (21) Similar a Rio Grande do Sul e Paraná (2)
5 Contexto tecnológico Em 1996, Portugal não detinha tecnologias nem competências técnicas para a gestão de resíduos. A opção foi a criação de soluções técnicas que integraram as melhores tecnologias disponíveis, sem ficar reféns de marcas e patentes e a capacitação de recursos humanos.
6 Contexto tecnológico Portugal não é reconhecido por ser forte nas componentes tecnológicas usadas na gestão integrada de resíduos
7 Contexto tecnológico Portugal é reconhecido no setor dos resíduos pela sua performance e pela forma como assegurou o cumprimento de objetivos e metas.
8 Contexto tecnológico Hoje as empresas portuguesas desenvolvem tecnologia e aplicações de apoio à gestão de resíduos muito reconhecidas e difundidas no mercado internacional
9 Um objetivo ambiental MUDAR DE PARADIGMA: LIXÃO ZERO Transformar um problema numa oportunidade
10 As armadilhas das soluções Problema: Lixões Consequências ambientais graves solo, ar e recursos hídricos
11 As armadilhas das soluções A solução legislativa Acreditar que tudo se resolve com novo marco legislativo
12 As armadilhas das soluções O marco legislativo é condição essencial, mas não é condição suficiente. O problema exige um quadro legislativo robusto: metas e objetivos; responsabilidade alargada dos produtores; regulamentação técnica; licenciamento ambiental de infraestruturas; fiscalização ambiental; regulação económica e dos níveis de serviço.
13 As armadilhas das soluções A solução tecnológica Acreditar que tudo se resolve com opções tecnológicas
14 As armadilhas das soluções As opções tecnológicas resultam dos contextos e de critérios de sustentabilidade. As tecnologias são um instrumento para: assegurar maior eficiência; ultrapassar particularidades de contexto; respeitar regulamentação técnica; prosseguir a hierarquia de gestão; atingir metas de licenciamento; adaptação a níveis de capacitação; assegurarem sustentabilidade económica.
15 As armadilhas das soluções A solução voluntarista Acreditar que tudo se resolve apenas com iniciativas dos atores envolvidos
16 As armadilhas das soluções Iniciativas descoordenadas podem agravar o problema e dificultar as soluções futuras. A iniciativa dos vários atores deve ser articulada: orientada a metas e objetivos de interesse geral; licenciada e fiscalizada com regras claras; integrar um quadro de regulação independente; alinhada com instrumentos de planejamento; assegurar sustentabilidade económica; assegurar sustentabilidade ambiental.
17 As armadilhas das soluções A solução irresponsável Esquecer a sustentabilidade económica e social das opções
18 As armadilhas das soluções A sustentabilidade económica estar na base das opções de gestão e nos modelos de negócio. A sustentabilidade de serviços de interesse público: regulada por entidades de regulação fortes; instrumentos de fiscalidade verde; algumas atividades exigem forte apoio financeiro público na fase de arranque; a promoção de concorrência não deve causar problemas ambientais; ajuste entre oferta e procura dos serviços ambientais.
19 As armadilhas das soluções A solução ingénua Ignorar a importância dos decisores políticos nacionais, regionais e locais
20 As armadilhas das soluções A solução ingénua Ignorar a importância dos decisores políticos nacionais, regionais e locais O empenhamento dos decisores políticos no processo de arranque das políticas de gestão de resíduos é crucial para o sucesso. As políticas de financiamento; A localização de infraestruturas; A adoção de regimes tarifários sustentáveis; A sensibilização de cidadãos e empresas; A capacitação técnica de recursos humanos; O modelo de gestão e de regulação.
21 20 ANOS RESÍDUOS XX MEMÓRIAS
22 O SUCESSO DE PORTUGAL Em apenas 5 anos PLANEAR, LEGISLAR, FINANCIAR e EXECUTAR Encerrou todos os lixões! Construiu uma rede nacional de infraestruturas ambientais! Promoveu um sistema para coleta reversa de fluxos especiais.
23 O SUCESSO DE PORTUGAL Portugal integrou na sua política de resíduos: As melhores tecnologias combinadas a cada caso. As tecnologias adequadas ao contexto territorial e social, As testadas e com provas dadas. As tecnologias que são competitivas. As tecnologias que nossa comunidade técnica pode gerir. Mas sem problema de aprender com técnicos especializados e consultores externos!
24 TODOS OS RESÍDUOS NO LIXÃO! MUDAR O PARADIGMA: LIXÃO ZERO
25 Uma solução do problema exige um plano Problema: Lixões Solução: Plano Nacional para a Gestão de Resíduos
26 A situação de partida em 1996
27 A situação de partida em 1996 Tudo por fazer
28 Uma solução para o problema
29 Envolvimento dos atores
30 Resolver o puzzle
31 Resolver o puzzle com estratégia A estratégia vai definir: Quem? Como? Quando? Com quanto?
32
33 Resolver o puzzle Os legos são construídos com base em instruções As instruções são, neste caso os instrumentos de planejamento: Plano Estratégico de Resíduos Urbanos; Plano Estratégico para Resíduos Hospitalares; Plano Estratégico para Resíduos Industriais; Fluxos Especiais Estratégia de Responsabilidade Alargada dos produtores
34
35 Capacitação técnica Ausência de competências específicas: Administração pública central (licenciamento e fiscalização) Administração publica municipal Regulação (sem tradição regulatória) Projetistas (sem mercado e com muita solicitação) Empreiteiros Fornecedores e montadores de equipamentos Fornecimentos de materiais Operadores de gestão de resíduos (inexsistentes)
36 Modelo de governança (1996/98)
37 O público e o privado
38 Fluxos específicos Responsabilidade Alargada do Produtor
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41 Fluxos específicos Entidades gestoras sem fins lucrativos Ecovalores e valores de contrapartida
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51 Resíduos urbanos Municípios Municípios Concentraram esforços em otimizar sistemas de coleta e na educação ambiental
52 Resíduos urbanos - Cadeia de negócio
53 Resíduos urbanos - Cadeia de negócio
54 Resíduos urbanos Evolução consórcios
55 Resíduos urbanos - Consórcios
56 Resíduos urbanos Investimentos
57 Resíduos urbanos Evolução consórcios
58 Resíduos urbanos Evolução
59 Resíduos urbanos Evolução
60 Resíduos urbanos Evolução
61 Resíduos urbanos Evolução
62 Resíduos urbanos Evolução
63 Resíduos urbanos Evolução
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65 Resíduos urbanos Evolução até 2002
66 Resíduos urbanos Evolução
67 Resíduos urbanos Evolução
68 Resíduos urbanos Investimentos
69 Resíduos urbanos valorização energética Resíduos são recursos Valorizar, valorizar, valorizar Materiais e energia
70 Resíduos urbanos Tarifas e RH
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73 Resíduos Hospitalares Evolução Plano Estratégico: Encerrar queimadores hospitalares que não cumprem normas; Melhorar informação; Formação de pessoal de serviços hospitalares Campanhas de substituição de equipamentos Licenciamento de operadores de gestão de resíduos
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79 Resíduos um desafio permanente Hoje estamos confrontados com novos desafios, metas mais exigentes e a transição para uma economia circular
80 Resíduos um desafio permanente Os desafios do novo paradigma: RESÍDUOS ZERO
81
Acre Previsão por Coeficiente no Estado
Acre 0,6 121.073,55 262.729,59 0,8 161.431,39 350.306,12 1,0 201.789,24 437.882,66 1,2 242.147,09 525.459,19 1,4 - - 1,6 322.862,79 700.612,25 1,8 363.220,64 788.188,78 2,0 - - 2,2 - - 2,4 - - 2,6 524.652,03
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