Projeto de Lei nº 6.840, de 2013 Posicionamento CONSED Comentado
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- Geovane Marinho Aldeia
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1 Projeto de Lei nº 6.840, de 2013 Posicionamento CONSED Comentado Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a organização dos currículos do ensino médio em áreas do conhecimento e ampliar progressivamente a jornada escolar do ensino médio, e dá outras providências. Art. 1º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art VIII - a carga horária mínima anual de que trata o inciso I deverá ser progressivamente ampliada no ensino médio para um mil e quatrocentas horas, a critério dos sistemas de ensino e de acordo com as diretrizes, objetivos, metas e estratégias estabelecidos no Plano Nacional de Educação. (NR). Art º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo
2 físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil, observado, no ensino médio, o disposto no art. 36 desta Lei. 2 o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório na educação infantil e no ensino fundamental de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. 3 o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental, sendo sua prática facultativa ao aluno: 5º Na parte diversificada do currículo do ensino fundamental será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição. 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente curricular complementar do ensino fundamental, integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais. (NR) brasileira e indígena. (NR) Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (NR)
3 Art. 36. Os currículos do ensino médio serão compostos pela Base Nacional Comum Curricular e por uma parte de aprofundamento e formação, a ser definida pelos sistemas de ensino, considerando as seguintes opções: I ênfase em linguagens; II ênfase em matemática; III ênfase em ciências da natureza; IV ênfase em ciências humanas. V - ênfase em formação técnica e profissional 1º A organização, nos currículos do ensino médio, das competências e dos objetivos de aprendizagem das áreas do conhecimento, definidos na Base Nacional Curricular Comum, será feita de acordo com critérios estabelecidos em cada sistema de ensino. 2º A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base Nacional Curricular Comum dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação, após manifestação favorável do Conselho Nacional de Secretários de Educação CONSED; 3º A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum Curricular não poderá ser inferior a 1200hs (mil e duzentas horas) nem superior a 1800hs (mil e oitocentas horas) da carga horária total destinada à formação no ensino médio. 4º A parte diversificada dos currículos, definida em cada sistema de ensino e estruturada por abordagem transversal, deve estar integrada às áreas de conhecimento da Base Nacional Comum Curricular e ser considerada a partir do contexto histórico, econômico, social, físico, político e cultural local. 5º As instituições de ensino definirão suas propostas curriculares, articulando-as com as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como eixo integrador entre os conhecimentos de distintas naturezas,
4 contextualizando-os em sua dimensão histórica e em relação ao contexto social contemporâneo. 6º Os currículos de ensino médio incluirão o inglês como língua estrangeira obrigatória e ofertarão uma segunda, em caráter optativo, preferencialmente o espanhol, a partir de um conjunto de ofertas, locais e horários definidos pelos sistemas de ensino, para livre escolha pelos alunos. 7º Os currículos do ensino médio adotarão metodologias de ensino e de avaliação que evidenciem a contextualização, a interdisciplinaridade e a transversalidade, bem como outras formas de interação e articulação entre os diferentes campos de saberes específicos. 8º Os currículos do ensino médio deverão objetivar a formação integral do aluno através do desenvolvimento, pelos estudantes, de saberes cognitivos e socioemocionais necessários para o exercício da cidadania, o sucesso na escola, na família, no mundo do trabalho e nas práticas sociais atuais e da vida adulta. 9º Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede, possibilitarão ao aluno concluinte do ensino médio cursar, no ano letivo subsequente ao da conclusão, outra opção formativa, facultada a adoção de processo seletivo para preenchimento dessas vagas. 10. Com vista ao atendimento do disposto no inciso VIII do art. 24, observada a Base Nacional Comum Curricular obrigatória e a critério dos sistemas de ensino, poderá ser ofertada ao aluno do ensino médio uma formação profissional técnica, considerando que: I - essa formação deverá incluir, obrigatoriamente, experiência prática de trabalho no setor produtivo ou em ambientes de simulação, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando aplicável, das possibilidades estabelecidas pela legislação sobre aprendizagem profissional.
5 II essa formação, quando estruturada e organizada em etapas com terminalidade, possibilitará a obtenção de certificados de qualificação para o trabalho, após a conclusão, com aproveitamento, de cada etapa que caracterize uma qualificação. III os sistemas de ensino poderão oferecer formações experimentais em áreas que não constem do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, sendo obrigatório para sua continuidade, o reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual de Educação e inserção no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de três anos a contar da oferta inicial da formação. 11. A União, em colaboração com os Estados e o Distrito Federal, estabelecerá, na Base Nacional Comum Curricular, os objetivos de aprendizagem e padrões de desempenho desejados para o ensino médio, que serão contemplados no processo nacional de avaliação do rendimento escolar previsto no art. 9º, VI, desta Lei, definido em articulação com os sistemas de ensino, do mesmo modo que outras propostas de avaliação externa em larga escala voltadas para o ensino médio. 12. Os cursos do ensino médio emitirão diploma com validade nacional e habilitarão ao prosseguimento dos estudos em nível superior e demais cursos ou formações que pressuponham o ensino médio. 13. O Exame Nacional do Ensino Médio ENEM: I considerará a Base Nacional Comum Curricular em suas quatro áreas de conhecimento. II - será censitário para as redes públicas de ensino médio, constituindo o exame nacional de avaliação desse nível de ensino no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica SAEB. 14. Além das formas previstas no art. 23, o ensino médio poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos ou disciplinas com
6 terminalidade específica, observada a Base Nacional Comum Curricular, a fim de favorecer e estimular o prosseguimento dos estudos. 15. Os sistemas de ensino deverão certificar a conclusão de etapas com terminalidade específica, com fundamento na Base Nacional Comum Curricular, possibilitando o contínuo aproveitamento de estudos. 16. Os sistemas de ensino poderão admitir formas de aproveitamento de conhecimentos e saberes para efeitos de cumprimento de exigências curriculares do ensino médio, entre elas: I demonstração prática de habilidades e competências; II experiência de trabalho supervisionado ou outra experiência fora da escola; III atividades de educação técnica oferecidas em outras instituições de ensino; IV cursos oferecidos por centros ou programas ocupacionais regionais; V estudos realizados em instituições de ensino; VI educação à distância. 17. Os currículos do ensino médio noturno deverão cumprir a Base Nacional Curricular Comum, admitido o cumprimento das opções de aprofundamento e formação em diferentes contextos, inclusive por meio da educação à distância, créditos de horas de trabalho e ênfases cursadas em outro turno. (NR) Art
7 2º As avaliações e processos seletivos que dão acesso à educação superior deverão observar a base nacional comum do ensino médio e contemplar as áreas de conhecimento, conforme o disposto no art. 36. (NR) Art º Os currículos dos cursos de formação de docentes deverão ser estruturados a partir da Base Nacional Comum da educação básica. (NR) Art. 2º A Lei nº , de 20 de junho de 2007, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art XIII A ensino técnico profissional concomitante ao ensino médio; XIII B segunda opção formativa de ensino médio, nos termos do 9º do art. 36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de (NR) Art. 3º A contratação, por tempo determinado, de professores licenciados, bacharéis, tecnólogos e profissionais de outras áreas, para atendimento a cursos ofertados na modalidade de opção formativa técnica profissional e cursos de qualificação profissional poderá ser considerada de excepcional interesse público, de acordo com o art. 37, IX, da Constituição Federal, nos termos da legislação de cada ente federado. Art. 4º Será permitido, em caráter precário, mediante acordo entre a gestão da rede escolar e o docente que este, quando também habilitado em curso de licenciatura distinta daquela referente ao componente curricular para cuja docência ingressou no serviço público, ou ainda também diplomado em curso superior de bacharelado ou de tecnologia em outra área ou especialidade,
8 exerça função docente em componente curricular distinto daquele para o qual foi originalmente admitido, enquanto a carência não for suprida por concurso público ou processo seletivo específico, conforme o caso, nos termos da legislação do ente federado. Art. 5º O disposto no art. 1º, referente ao 3º do art. 36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, deverá ser implementado no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data da publicação desta Lei. Art. 6º O disposto no art. 1º, referente ao 8º acrescentado ao art. 62 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, deverá ser implantado no prazo de dois anos a contar da data de publicação desta Lei. Art. 7º Revoga-se a Lei nº , de 5 de agosto de Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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