ERA VARGAS - PARTE I ( ) Prof. Cristiano Campos
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- Geraldo Marco Antônio Casado Cavalheiro
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1 ERA VARGAS - PARTE I ( ) Prof. Cristiano Campos
2 ERA VARGAS GOVERNO PROVISÓRIO: GOVERNO CONSTITUCIONAL: ESTADO NOVO:
3 ( ) GOVERNO PROVISÓRIO
4 ( ) GOVERNO PROVISÓRIO Característica principal Processo de centralização política
5 ( ) GOVERNO PROVISÓRIO Característica principal Processo de centralização política AUMENTAR O PODER DO ESTADO DIMINUIR O PODER DAS OLIGARQUIAS
6 ( ) GOVERNO PROVISÓRIO Característica principal Processo de centralização política AUMENTAR O PODER DO ESTADO DIMINUIR O PODER DAS OLIGARQUIAS Dissolveu o legislativo nas instâncias federal, estadual e municipal Nomeou tenentes como interventores Limitou o poder dos Estados
7 PROBLEMA POLÍTICO
8 PROBLEMA POLÍTICO O processo de centralização desagradou parte das oligarquias, sobretudo a paulista, pois seus poderes foram diminuídos.
9 PROBLEMA POLÍTICO O processo de centralização desagradou parte das oligarquias, sobretudo a paulista, pois seus poderes foram diminuídos. GOVERNO OLIGARQUIAS Centralização Centralização do sistema tributário, Constituição Regime de base constitucional Fortalecimento das Forças Armadas Federalização das milícias estaduais, Criação de uma legislação trabalhista Modernização da infra-estrutura do país.
10 REVOLUÇÃO CONSTITUCIONLISTA
11 REVOLUÇÃO CONSTITUCIONLISTA Grupos políticos paulistas partiram para um confronto armado contra Vargas
12 REVOLUÇÃO CONSTITUCIONLISTA Grupos políticos paulistas partiram para um confronto armado contra Vargas São Paulo - pós Revolução de 30
13 REVOLUÇÃO CONSTITUCIONLISTA Grupos políticos paulistas partiram para um confronto armado contra Vargas São Paulo - pós Revolução de 30 Perda de hegemonia de poder políticos de grupos tradicionais
14 REVOLUÇÃO CONSTITUCIONLISTA Grupos políticos paulistas partiram para um confronto armado contra Vargas São Paulo - pós Revolução de 30 Perda de hegemonia de poder políticos de grupos tradicionais Insatisfação com as medidas centralizadoras
15 REVOLUÇÃO CONSTITUCIONLISTA Grupos políticos paulistas partiram para um confronto armado contra Vargas São Paulo - pós Revolução de 30 Perda de hegemonia de poder políticos de grupos tradicionais Insatisfação com as medidas centralizadoras Reivindicação de uma constituição
16 REVOLUÇÃO CONSTITUCIONLISTA Grupos políticos paulistas partiram para um confronto armado contra Vargas São Paulo - pós Revolução de 30 Perda de hegemonia de poder políticos de grupos tradicionais Insatisfação com as medidas centralizadoras GUERRA CIVIL Reivindicação de uma constituição
17 REVOLUÇÃO CONSTITUCIONLISTA Grupos políticos paulistas partiram para um confronto armado contra Vargas São Paulo - pós Revolução de 30 Perda de hegemonia de poder políticos de grupos tradicionais Principal Resultado Insatisfação com as medidas centralizadoras Reivindicação de uma constituição GUERRA CIVIL Processo de constitucionalização
18 Constituição de 1934 Jornada de trabalho de 48 horas semanais Proibição do trabalho do menor de 14 anos Férias remuneradas Regulamentação do trabalho feminino Implantação da carteira de trabalho Criação do salário mínimo Não-distinção (trabalho, sexo, idade, nacionalidade ou estado civil)
19 RESUMO O Governo Provisório chefiado por Getúlio Vargas teve no grupo dos "tenentes" um dos seus principais pilares de sustentação política. Vários líderes tenentistas, como Juarez Távora, João Alberto e Juraci Magalhães, ocuparam cargos de relevo na administração federal e nos estados. Os "tenentes" reivindicavam mudanças significativas na vida política e econômica brasileira que implicavam a permanência do poder nas mãos de Vargas e o adiamento da constitucionalização do país. Esse projeto esbarrou na forte oposição de importantes grupos regionais interessados em retomar as posições que haviam perdido. O conflito político iria se aguçar, provocando, menos de dois anos depois da Revolução de 1930, um novo movimento revolucionário em São Paulo: a Revolução Constitucionalista de ( cpdoc.fgv.br/producao/dossies/aeravargas1/anos30-37/paisdostenentes) De novembro de 1933 a julho de 1934 o país viveu sob a égide da Assembléia Nacional Constituinte encarregada de elaborar a nova Constituição brasileira que iria substituir a Constituição de Foram meses de intensa articulação e disputa política entre o governo e os grupos que compunham a Constituinte. Para o primeiro, a futura ordenação jurídica do país deveria incorporar o conjunto de mudanças que vinham sendo promovidas nos campos social, político e econômico. Essas posições também eram defendidas por lideranças tenentistas eleitas para a Constituinte. Para a Igreja Católica, o momento era de afirmação e de maior intervenção na vida política do país. Já para os grupos oligárquicos, a nova Constituição deveria assegurar aos estados um papel de relevo. O maior desafio dos constituintes foi tentar encontrar caminhos capazes de atender a essa gama variada de projetos e interesses.
20 RADICALIZAÇÃO POLÍTICA AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA Rejeição do socialismo como modo de organização Negava a pluralidade dos partidos políticos Controle do Estado sobre a economia Combate ao capitalismo financeiro; Contra a representação individual dos cidadãos; Estado Integral : concepção corporativista de Estado Lema principal: Deus, Pátria, Família Nacionalismo exacerbado
21 Ação Integralista Brasileira (AIB) Organização política de âmbito nacional inspirada no fascismo italiano, fundada por Plínio Salgado em Jornalista e escritor de renome vinculado à corrente modernista dos verde-amarelos, Plínio Salgado voltou de uma viagem que fez à Itália em 1930, durante a qual teve a oportunidade de entrevistar-se com o líder maior do fascismo, Benito Mussolini, bastante impressionado com o regime vigente naquele país. Fundou então o jornal A Razão, em cujos editoriais formulou de maneira mais acabada suas concepções políticas nacionalistas e antiliberais. No começo de 1932, Plínio Salgado deu início à articulação entre grupos regionais simpáticos ao fascismo e ao mesmo tempo fundou, no mês de fevereiro, a Sociedade de Estudos Políticos (SEP), reunindo intelectuais de tendências políticas autoritárias. O sucesso dessas iniciativas levou à criação, em outubro daquele ano, da AIB. O Manifesto Integralista, lançado na ocasião, sintetizava o ideário básico da nova organização: defesa do nacionalismo, definido mais sobre bases culturais do que econômicas, e do corporativismo, visto como esteio da organização do Estado e da sociedade; combate aos valores liberais e rejeição do socialismo como modo de organização social. A AIB apresentava uma estrutura rigidamente hierarquizada, cabendo ao próprio Plínio Salgado, como chefe nacional, a liderança incontestável. Nitidamente influenciada por suas similares européias, a AIB cultivava uma série de símbolos e rituais com os quais buscava afirmar sua identidade, como os uniformes verdes envergados nas manifestações públicas, a letra grega sigma (*) usada como emblema, e a saudação Anauê! empregada por seus militantes. O lema da organização era "Deus, Pátria e Família". Nos anos que se seguiram à sua fundação, a AIB teve rápido crescimento. Em abril de 1933 realizou seu primeiro desfile público em São Paulo e em fevereiro do ano seguinte reuniu seu I Congresso Nacional em Vitória (ES). Plínio Salgado era auxiliado por um Conselho Nacional, com funções consultivas, e por departamentos nacionais, que funcionavam como ministérios. A AIB possuía, ainda, sua própria milícia armada e uma considerável estrutura de imprensa, composta por diversos jornais de circulação local, duas revistas, um órgão oficial - Monitor Integralista - e um grande órgão de divulgação nacional - A Ofensiva. O grande número de adesões à AIB fez dela o primeiro partido político de massa organizado nacionalmente no Brasil. Em 1936, o total de seus membros era estimado entre 600 mil e um milhão. A Aliança Nacional Libertadora (ANL), fundada no ano anterior por setores de esquerda, também obteve expressivo crescimento, e conflitos de rua entre militantes das duas organizações se tornaram freqüentes. Em maio de 1937, a AIB lançou Plínio Salgado como candidato à eleição presidencial prevista para janeiro do ano seguinte. A eleição, contudo, acabaria não se realizando em virtude do golpe do Estado Novo, em 10 de novembro de Plínio Salgado esteve o tempo todo a par das articulações golpistas e lhes deu apoio. O próprio pretexto utilizado por Vargas para golpear a democracia - o Plano Cohen, apresentado como um plano comunista para a tomada do poder - não passava de um documento forjado, de autoria do então capitão Olímpio Mourão Filho, destacado dirigente integralista. Para surpresa dos integralistas, porém, em dezembro de 1937 Vargas decretou o fechamento da AIB, juntamente com todas as demais organizações partidárias do país. Decepcionados, em maio de 1938 alguns dirigentes integralistas promoveram um levante no Rio de Janeiro para depor o governo, mas foram derrotados sem dificuldade. Em seguida, Plínio Salgado exilou-se por alguns anos em Portugal. Em 1945, com a redemocratização, voltou ao Brasil. Fundou, então, o Partido de Representação Popular (PRP), no qual tentou reviver algumas das teses integralistas.
22 RADICALIZAÇÃO POLÍTICA Aliança Nacional Libertadora (1935) Reforma agrária Luta contra o imperialismo e o fascismo Constituição de um governo popular nacional Não-pagamento da dívida externa Nacionalização de empresas estrangeiras;
23 Aliança Nacional Libertadora (ANL) Organização política de âmbito nacional fundada oficialmente em março de 1935 com o objetivo de combater o fascismo e o imperialismo. No início da década de 1930, surgiram em diversos países frentes populares compostas por diferentes correntes políticas que sentiam a necessidade de uma atuação unificada para deter o avanço do nazi-fascismo. Também no Brasil, em reação ao crescimento da Ação Integralista Brasileira (AIB), formaram-se pequenas frentes antifascistas que reuniam comunistas, socialistas e antigos "tenentes" insatisfeitos com a aproximação entre o governo de Getúlio Vargas e os grupos oligárquicos afastados do poder em No segundo semestre de 1934, um pequeno número de intelectuais e militares - entre os quais Francisco Mangabeira, Manuel Venâncio Campos da Paz, Moésia Rolim, Carlos da Costa Leite e Aparício Torelly - começou a promover reuniões no Rio de Janeiro com o propósito de criar uma organização política capaz de dar suporte nacional às lutas populares que então se travavam. Dessas reuniões surgiu a ANL, cujo primeiro manifesto público foi lido na Câmara Federal em janeiro de O programa básico da organização, divulgado em fevereiro, tinha como pontos principais a suspensão do pagamento da dívida externa do país, a nacionalização das empresas estrangeiras, a reforma agrária e a proteção aos pequenos e médios proprietários, a garantia de amplas liberdades democráticas e a constituição de um governo popular, deixando em aberto, porém, a definição sobre as vias pelas quais se chegaria a esse governo. No mês de março, constituiu-se o diretório nacional provisório da ANL, composto, entre outros, por Herculino Cascardo (presidente), Amoreti Osório (vice-presidente), Francisco Mangabeira, Roberto Sisson, Benjamim Soares Cabello e Manuel Venâncio Campos da Paz. No final do mês, a ANL foi oficialmente lançada em solenidade na capital federal à qual compareceram milhares de pessoas. Na ocasião, Luís Carlos Prestes, que se encontrava na União Soviética, foi aclamado presidente de honra da organização. Prestes, que nessa época já aderira ao comunismo, desfrutava de enorme prestígio devido ao seu papel de líder da Coluna Prestes, que na década anterior havia tentado derrubar o governo federal pelas armas. Nos meses seguintes, calcula-se que dezenas de milhares de cidadãos filiaram-se formalmente à ANL, embora o número exato dessas filiações jamais tenha sido conhecido. Houve adesões importantes, como as de Miguel Costa, Maurício de Lacerda e Abguar Bastos. Diversas personalidades, mesmo sem se filiar, mostraram-se simpáticas à Aliança, como os ex-interventores Filipe Moreira Lima, do Ceará, e Magalhães Barata, do Pará, o deputado federal Domingos Velasco e o prefeito do Distrito Federal, Pedro Ernesto. A entidade promoveu concorridos comícios e manifestações públicas em diversas cidades e teve sua atuação divulgada por dois jornais diários a ela diretamente ligados, um do Rio de Janeiro e outro de São Paulo.
24 INTENTONA COMUNISTA (1935) Movimento com o objetivo de organizar um levante armado que instaurasse no país um governo nacional-revolucionário.
25 INTENTONA COMUNISTA (1935) Movimento com o objetivo de organizar um levante armado que instaurasse no país um governo nacional-revolucionário.
26 INTENTONA COMUNISTA (1935) Movimento com o objetivo de organizar um levante armado que instaurasse no país um governo nacional-revolucionário. Julho de 1935 A ANL foi fechada pelo governo
27 INTENTONA COMUNISTA (1935) Movimento com o objetivo de organizar um levante armado que instaurasse no país um governo nacional-revolucionário. Julho de 1935 A ANL foi fechada pelo governo Novembro de 1935 Levante militar em Natal em nome da ANL e depois no RJ e Recife
28 INTENTONA COMUNISTA (1935) Movimento com o objetivo de organizar um levante armado que instaurasse no país um governo nacional-revolucionário. Julho de 1935 A ANL foi fechada pelo governo Novembro de 1935 Levante militar em Natal em nome da ANL e depois no RJ e Recife Novembro de 1935 Decretação de estado de sítio;
29 INTENTONA COMUNISTA (1935) Movimento com o objetivo de organizar um levante armado que instaurasse no país um governo nacional-revolucionário. Julho de 1935 A ANL foi fechada pelo governo Novembro de 1935 Levante militar em Natal em nome da ANL e depois no RJ e Recife Novembro de 1935 Decretação de estado de sítio; Janeiro de 1936 Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo;
30 INTENTONA COMUNISTA (1935) Movimento com o objetivo de organizar um levante armado que instaurasse no país um governo nacional-revolucionário. Julho de 1935 A ANL foi fechada pelo governo Novembro de 1935 Levante militar em Natal em nome da ANL e depois no RJ e Recife Novembro de 1935 Decretação de estado de sítio; Janeiro de 1936 Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo; Outubro de 1936 Tribunal de Segurança Nacional (julgar os envolvidos na insurreição)
31 INTENTONA COMUNISTA ( ) Em abril de 1935 Luís Carlos Prestes voltou clandestinamente ao Brasil. Incumbido pela direção da Internacional Comunista de promover um levante armado que instaurasse no país um governo nacional-revolucionário, recebia a colaboração de um pequeno mas experiente grupo de militantes estrangeiros, entre os quais se incluía sua mulher, a alemã Olga Benário. A opção de Prestes por manter-se na clandestinidade num momento em que a ANL ganhava as ruas demonstra bem suas intenções insurrecionais e a heterogeneidade de perspectivas que caracterizava essa ampla frente de esquerda. À medida que a ANL crescia, aumentava a tensão política no país, com freqüentes conflitos de rua entre comunistas e integralistas. No dia 5 de julho, a ANL promoveu manifestações públicas para comemorar o aniversário dos levantes tenentistas de 1922 e Nessa ocasião, contra a vontade de muitos dirigentes aliancistas, foi lido um manifesto de Prestes propondo a derrubada do governo e exigindo "todo o poder à ANL". Vargas aproveitou a grande repercussão do manifesto para, com base na Lei de Segurança Nacional, promulgada em abril, ordenar o fechamento da organização. Na ilegalidade, a ANL não podia mais realizar grandes manifestações públicas e perdeu o contato com a massa popular que com ela se entusiasmava. Ganharam então força em seu interior os membros do Partido Comunista e os "tenentes" dispostos a deflagrar um levante armado para depor o governo. Em novembro de 1935 estourou em Natal (RN) um levante militar em nome da ANL. Em seguida ao movimento em Natal, que obteve apoio popular e chegou a assumir o controle da cidade por quatro dias, foram deflagrados levantes em Recife e no Rio de Janeiro. O governo federal não teve dificuldade para dominar a situação, iniciando logo a seguir intensa repressão contra os mais variados grupos de oposição atuantes no país, vinculados ou não ao levante. A ANL, alvo principal dessa onda repressiva, foi inteiramente desarticulada.
32 Plano Cohen (30/09/1937)
33 Plano Cohen (30/09/1937) Forjado pelo governo Alertava a sociedade para uma INSURREIÇÃO organizada pelos comunistas
34 Plano Cohen (30/09/1937) Forjado pelo governo Alertava a sociedade para uma INSURREIÇÃO organizada pelos comunistas Incêndios em Igrejas Desrespeito aos lares Depredações Saques Massacres
35 Plano Cohen (30/09/1937) Forjado pelo governo Alertava a sociedade para uma INSURREIÇÃO organizada pelos comunistas Incêndios em Igrejas Desrespeito aos lares Depredações Saques Massacres Objetivo Justificativas para a implantação do Estado Novo Impedir as eleições em 1938
36 PLANO COHEN Documento divulgado pelo governo brasileiro em setembro de 1937, atribuído à Internacional Comunista, contendo um suposto plano para a tomada do poder pelos comunistas. Anos mais tarde, ficaria comprovado que o documento foi forjado com a intenção de justificar a instauração da ditadura do Estado Novo, em novembro de O panorama político no Brasil durante o ano de 1937 foi dominado pela expectativa da eleição do sucessor de Vargas, prevista para janeiro do ano seguinte. O presidente, contudo, alimentava pretensões continuístas e nos bastidores articulava o cancelamento do pleito. O pretexto para isso seria a iminência de uma revolução preparada pelos comunistas, conforme informações obtidas pelas autoridades militares. ( ) Em março de 1945, com o Estado Novo já em crise, o general Góes Monteiro denunciou a fraude produzida oito anos antes, isentando-se de qualquer culpa no caso. Segundo Góes, o plano fora entregue ao Estado- Maior do Exército pelo capitão Olímpio Mourão Filho, então chefe do serviço secreto da Ação Integralista Brasileira (AIB) Mourão Filho, por sua vez, admitiu que elaborara o documento, afirmando porém tratar-se de uma simulação de insurreição comunista para ser utilizada estritamente no âmbito interno da AIB. Ainda segundo Mourão, Góes Monteiro, que havia tido acesso ao documento através do general Álvaro Mariante, havia-se dele apropriado indevidamente. Mourão justificou seu silêncio diante da fraude em virtude da disciplina militar a que estava obrigado. Já o líder maior da AIB, Plínio Salgado, que participara ativamente dos preparativos do golpe de 1937 e que, inclusive, retirara sua candidatura presidencial para apoiar a decretação do Estado Novo, afirmaria mais tarde que não denunciou a fraude pelo receio de desmoralizar as Forças Armadas, única instituição, segundo ele, capaz de fazer frente à ameaça comunista. ESTADO NOVO O período autoritário que ficou conhecido como Estado Novo teve início no dia 10 de novembro de 1937 com um golpe liderado pelo próprio presidente Getúlio Vargas e apoiado, entre outros, pelo general Góes Monteiro. Para que ele fosse possível, foi preciso eliminar as resistências existentes nos meios civis e militares e formar um núcleo coeso em torno da idéia da continuidade de Vargas no poder. Esse processo se desenvolveu, principalmente, ao longo dos anos de 1936 e 1937, impulsionado pelo combate ao comunismo e por uma campanha para a neutralização do então governador gaúcho Flores da Cunha, considerado, por seu poder político e militar, um obstáculo ao continuísmo de Vargas e à consolidação de um Exército forte, unificado e impermeável à política.
37 O Brasil vivia um momento altamente suscetível a manifestações políticas, com greves mobilizando operários na capital da República e em São Paulo, descontentamento nas forças armadas, movimentos reivindicatórios de todo tipo pipocando nos estados, e ferozes enfrentamentos de rua acontecendo entre integralistas e partidários da Aliança Nacional Libertadora. (SCHWARCZ, Lilia & STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Cia das Letras, 2015, p. 370). Na década de 1930, a polarização ideológica pela qual passava o país foi expressa pela a) separação entre adeptos do sindicalismo e do varguismo. b) divisão entre simpatizantes do fascismo e do comunismo. c) ligação entre admiradores do tenentismo e do coronelismo. d) conciliação entre defensores do trabalhismo e do liberalismo.
38 Na Era Vargas ( ), o Brasil foi presidido pelo gaúcho Getúlio Vargas. Esse período de quinze anos foi dividido em governo Provisório ( ), Constitucional ( ) e Estado Novo ( ). Sobre o período Constitucional, afirmar-se que a) ocorreu a Revolução Constitucionalista em São Paulo que exigia a compra dos excedentes de café e uma nova constituição para o Brasil. b) eclodiu uma revolta denominada Intentona Comunista, na qual os principais líderes foram presos, como por exemplo Luís Carlos Prestes. c) foi marcado por eleições diretas para presidente da república e o candidato vencedor foi Getúlio Vargas, que derrotou o integralista Plínio Salgado. d) ocorreu o lançamento da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) a qual deu amplos direitos para os trabalhadores urbanos e para os camponeses.
39 De acordo com a Constituição Federal brasileira de 1988, os recursos minerais do subsolo são patrimônio nacional. No entanto, a primeira vez em que isso foi de nido na legislação do país foi em 1934, quando entrou em vigor a Constituição que também instituiu o voto feminino e o salário mínimo. Três anos depois, em 1937, essa Constituição foi revogada e uma nova foi promulgada, dando início ao Estado Novo. O período da história brasileira ao qual se referem essas informações ficou conhecido como (A) República do Café-com-leite. (B) Período Regencial. (C) Segundo Reinado. (D) Ditadura Militar. (E) Era Vargas
40 A imagem apresentada contém símbolos de um movimento político vigente no Brasil nos anos 1930, que propunha a a) construção do país com base no sentimento nacionalista e nos valores morais da época. b) criação do estado fundamentada no modelo populista e na defesa da classe trabalhadora. c) edificação da nação baseada em valores comunistas cujo lema seria "Deus, pátria e família". d) lapidação da pátria inspirada nos ideais anarquistas que defendiam um estado forte e liberal.
41 A revolta constitucionalista de 1932, ocorrida em São Paulo, buscava recuperar a hegemonia política perdida em 1930 e a constitucionalização do país. Sobre essa revolta, todas as alternativas estão corretas, exceto a: a) Os paulistas contaram com o apoio político e militar do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Posteriormente, mineiros e paulistas iriam formar uma aliança para as eleições presidenciais de b) No esforço de guerra em prol de São Paulo, empresários apoiaram o movimento constitucionalista na produção de capacetes, armas e munições. c) O governo paulista realizou a campanha ouro para o bem de São Paulo, convocando a população para contribuir no esforço de guerra. d) Apesar da derrota militar, muitos argumentam que o Estado de São Paulo foi vitorioso politicamente, pois foi convocada uma Assembleia Constituinte que promulgou, em 1934, uma nova Constituição.
42 Getúlio Dorneles Vargas governou o Brasil de 1930 a Sobre as fases em que Vargas governou o Brasil, é correto afirmar que: a) entre 1937 e 1945, Vargas se aliou ao Nazismo Alemão e garantiu o poder no Brasil. b) entre 1932 e 1934, Vargas promoveu eleições diretas no Brasil para todos os cargos da Democracia Nacional. c) entre 1930 e 1932, ocorreu o governo provisório, que visava garantir a democracia no Brasil e, assim, evitar a ameaça fascista no Brasil. d) entre 1937 e 1945, ocorreu o Estado Novo, no qual Vargas governou mediante a alegação de um golpe tramado contra a democracia brasileira, o plano Cohen. e) Vargas, entre 1930 e 1937, promoveu reformas trabalhistas que, além de garantir os direitos dos trabalhadores, garantiu o controle das classes trabalhadoras baseado no trabalhismo alemão.
43 Leia o trecho abaixo do discurso de Getúlio Vargas, proferido em sua posse como chefe do Governo Provisório, em 3 de novembro de 1930, depois da Revolução de O movimento revolucionário, iniciado vitoriosamente a 3 de outubro no sul, centro e norte do país, e triunfante a 24 nesta capital, foi a afirmação mais positiva que até hoje tivemos da nossa existência como nacionalidade. Em toda a nossa história política, não há, sob esse aspecto, acontecimento semelhante. Ele é, efetivamente, a expressão viva e palpitante da vontade do povo brasileiro, afinal senhor de seus destinos e supremo árbitro de suas finalidades coletivas. Sobre o discurso de Vargas e a Revolução de 1930 referida no texto, afirma-se: I. O movimento revolucionário mencionado é a Aliança Nacional Libertadora, que defendia o combate ao imperialismo, a reforma agrária e a instalação do socialismo no Brasil. II. Por definir o povo como senhor de seus destinos e supremo árbitro de suas finalidades coletivas, Vargas pautou seu governo pela defesa das camadas populares e pelo respeito às liberdades democráticas. III. Na campanha eleitoral à Presidência, em 1930, Vargas defendeu o voto secreto e a autonomia da justiça eleitoral, o que lhe possibilita associar o movimento revolucionário à expressão viva e palpitante da vontade do povo brasileiro. Está/Estão correta(s) apenas a(s) afimativa(s) a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.
44 Muitos anos seriam precisos para despertar essas massas enganadas, sonolentas e a propaganda feita em alguns meses fora escassa. Organização precária. (...) não davam mostras de querer submeter-nos a julgamento. E era possível que já nos tivessem julgado e cumpríssemos pena, sem saber. Suprimiam-nos assim todos os direitos, os últimos vestígios deles. Desconhecíamos até o foro que nos sentenciava. (Graciliano Ramos. Memórias do Cárcere) Mais do que um livro de memórias, o escritor Graciliano Ramos deixou um testemunho de sua passagem pela prisão e sua convivência com variados tipos encontrados entre os presos políticos. No texto Graciliano Ramos registra que a propaganda para o movimento fora escassa e a organização precária. O aprisionamento de Graciliano Ramos ocorreu por conta de seu envolvimento: a) na Coluna Prestes; b) na Revolução Constitucionalista de 1932; c) no Levante Comunista de 1935 ( Intentona ); d) no Putsch Integralista; e) na ação do Partido Comunista no governo de João Goulart.
45 "Na madrugada de 11 de maio de 1938, o jovem tenente e seus homens invadiram o Palácio Guanabara, onde então morava Getúlio, tentaram metralhar toda a família presidencial, mas logo eram rechaçados sem dó.[...] Mas logo pipocou a primeira bala, no Palácio Guanabara, e já Filinto [Muller] abandonava os camisas-verdes e se punha, "leal como sempre", ao lado de Vargas. [...] sufocada a rebelião, Filinto Muller se pôs à testa da dura repressão que iria ter começo contra os adeptos, em todo o país, da versão brasileira do nazismo de Hitler e do fascismo de Mussolini." (Joel Silveira. Revista Nossa História. Abril Ano 2/n 18. p.59. Adaptado) O texto acima faz referência à ação: a) da ANL, Aliança Nacional Libertadora, grupo político de direita que pretendia implantar um regime fascista no Brasil. b) do PCB, Partido Comunista do Brasil, que no movimento denominado Intentona Comunista pretendia implantar um regime stalinista no Brasil. c) da AIB, Ação Integralista Brasileira, organização nacionalista que pretendia implantar um Estado autoritário no Brasil, de inspiração fascista. d) do BOC, Bloco Operário Camponês, organização que tinha o objetivo de lutar contra as oligarquias e acabar com as desigualdades sociais. e) da Aliança Liberal, formada por grupos oligárquicos de inspiração fascista, descontentes com a implantação do Estado Novo.
46 O fato é que de obra de ficção o documento foi transformado em realidade, passando das mãos dos integralistas à cúpula do Exército. A 30 de setembro, era transmitido pela "Hora do Brasil" e publicado em parte nos jornais. (Fausto, Boris. História do Brasil. São Paulo. Edusp, 1996). O documento a que o texto se refere ajudou Getúlio Vargas a dar o golpe que criou o Estado Novo. Trata-se do: a)plano Bresser b) Plano Quinquenal c) Plano de Metas d) Plano Nacional de Desenvolvimento e) Plano Cohen
47 Na década de 30, durante o governo de Getúlio Vargas, mais exatamente em 1937, a divulgação do Plano Cohen: a) Desencadeou a revolução constitucionalista contra Getúlio Vargas. b) Serviu de estopim para o desencadeamento do que ficou conhecido por Intentona comunista. c) Serviu de pretexto para o governo de Getúlio Vargas colocar imediatamente a Ação Integralista Brasileira na ilegalidade. d) Forçou o rompimento diplomático entre o Brasil e os governos dos países que formavam o Eixo. e) Serviu de pretexto para o golpe de Estado que implantou no Brasil uma "nova ordem", o Estado Novo.
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