MANUAL DE MONTAGEM (BALANCIM MANUAL)
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- Benedita Carvalhal Casqueira
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1 MANUAL DE MONTAGEM (BALANCIM MANUAL) MEDIDAS DE SEGURANÇA QUANTO À MONTAGEM E USO DE ANDAIMES SUSPENSOS 1. O andaime não deve ser montado muito próximo à redes de energia elétrica. 2. Não utilizar o andaime sem a prévia liberação por parte do responsável qualificado. 3. Não utilizar o guarda corpo como ponto de apoio. 4. A plataforma não deve se inclinar demasiadamente através do acionamento exagerado de apenas um guincho. 5. Observar a capacidade de carga máxima admissível sobre a plataforma, incluindo pessoas e materiais, informada pelo fabricante.. 6. Não permanecer sobre o andaime em caso de tempestade, chuva forte ou ventania. 7. Não deixar ferramentas, materiais e / ou utensílios sobre o andaime após encerramento dos trabalhos. 8. Após encerramento dos trabalhos diários, o andaime deve ser amarrado à fachada para evitar movimentação devido ao vento e choques contra a edificação. 9. Manter o trava quedas livre de detritos para não impedir sua correta atuação em caso de emergência, bem como o livre deslizamento do cabo em operação. 10. Inspecionar o andaime diariamente, conforme manual de manutenção. 11. Os Operadores de Balancim devem estar apto com exames médico conforme recomendação do médico do trabalho. 12. Os Operadores de Balancim devem ser qualificados conforme norma NR35 Trabalho em Altura para operar o equipamento. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Os equipamentos de proteção são de uso obrigatório para trabalho em andaimes: - Cabo e cinturão de segurança O cinturão deve ser usado sempre que o trabalhador estiver sobre o andaime. O cabo de segurança deve ser fixado à edificação em local diferente da fixação dos elementos de sustentação do andaime. - Capacete Deve ser utilizado sempre nos trabalhos da construção civil. - Botas e luvas São essenciais, especialmente quando ácidos e outros produtos tóxicos são utilizados nos trabalhos de limpeza ou reforma de fachadas. - 1
2 1. FORNECIMENTO DO ANDAIME Componentes fornecidos com o andaime: - Plataforma metálica com guarda corpos e rodapé de acordo com a norma NR 18 - Piso metálico - Guinchos manuais montados nas cabeceiras da plataforma. - Trava quedas fixados aos guinchos - Cabos de aço de sustentação do andaime e de segurança montados no guincho e no trava quedas, enrolados em carretel metálico. Adicionalmente podem ser fornecidos: - Afastador metálico de sustentação do andaime para montagem em parapeito. - Vigas metálicas de sustentação do andaime para montagem em laje ou sobre estrutura metálica montada no telhado. 2. PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM O andaime deve ser posicionado junto à fachada do prédio, com as cabeceiras perfeitamente alinhadas com os elementos de sustentação montados no alto do prédio. A distancia entre os elementos de sustentação e as cabeceiras devem ser iguais. Se a distancia entre os elementos de sustentação for maior ou menor do que a distancia entre os guinchos montados nas cabeceiras, surgem forças horizontais não equilibradas sobre os elementos de fixação. Quanto mais alta a posição da a plataforma suspensa, maiores serão estas forças, uma vez que o ângulo do cabo de suspensão aumenta em relação à vertical. Tal condição pode causar danos aos elementos de fixação se as forças horizontais não tiverem sido consideradas em seu dimensionamento. As fixações das plataformas executadas em vigas metálicas deve ser dimensionada por profissional legalmente habilitado, em função das condições existentes no local da obra. Para fixação com afastadores padrão, devem ser consideradas as condições de resistencia das platibandas do prédio. 2
3 ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO MAL POSICIONADOS ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO EM POSIÇÃO CORRETA CABOS DE SUSTENTAÇÃO OPERANDO INCLINADOS FORÇAS HORIZONTAIS NÃO PREVISTAS CABOS DE SUSTENTAÇÃO VERTICAIS PLATAFORMA 2.1 IÇAMENTO DO CABO DE AÇO Para içar o cabo de aço de suspensão do andaime até os elementos de sustentação, um trabalhador deve subir até o teto ou telhado com uma corda com comprimento superior à altura do prédio. Após fixar a ponta da corda em ponto seguro, o trabalhador deve desce-la até o térreo para que outro trabalhador junto ao andaime possa amarra-la à ponta do cabo de aço. OBSERVAÇÃO: O cabo é fornecido enrolado em carretel. Para o içamento, deve ser desenrolado de forma correta, conforme indicado abaixo. Cumprida tal condição, o cabo deve ser fixado aos elementos de sustentação e o eventual excesso de cabo seja reenrolado no carretel metálico, permanecendo junto aos elementos de sustentação. 3
4 Nesta operação de elevação do cabo de sustentação do andaime deve ser elevado em conjunto o cabo de aço do trava quedas, o qual deve ser fixado em ponto da estrutura diferente daqueles de fixação dos elementos de sustentação da plataforma. 4
5 2.2 VISTA GERAL DA MONTAGEM DOS ANDAIMES COM AFASTADOR O afastador metálico possui a função de manter a plataforma afastada corretamente da fachada da edificação. O cabo deve trespassar as guias montadas na extremidade externa e na parte superior. O afastador deve ser amarrado à edificação ou a um contrapeso conforme mostra a ilustração, para evitar que durante a montagem o mesmo possa cair. Para tanto pode ser utilizado um outro cabo de aço ou arame maleável de boa resistencia. 5
6 2.3 FIXAÇÃO DO CABO EM COLUNAS Os cabos fixados em colunas devem ser protegidos contra danos causados pelas quinas, mediante proteção com madeira conforme ilustrado. Devem ser dadas três voltas de cabo e fixada a extremidade com clips para cabo de aço. Observar a maneira correta de montagem dos clips conforme item MONTAGEM COM VIGAS METÁLICAS A montagem com vigas metálicas deve obedecer as dimensões básicas supra definidas para que a plataforma mantenha um afastamento correto da fachada. As vigas devem ser previstas com cantoneiras soldadas na parte superior, para evitar o deslizamento do cabo, o qual deve ser passado pelo interior da cantoneira em três voltas e a extremidade deve ser fixada com três clips, conforme ilustrado em 2.3. Se houver excesso de cabo, este deve ser reenrolado no carretel. 6
7 2.5MONTAGEM COM CONTRAPESOS A montagem com fixação por contrapesos deve ser dimensionada por profissional habilitado, segundo as condições locais, e de acordo com as prescrições da Norma Regulamentadora NR INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO Os cabos de aço quando em serviço devem ser inspecionados periodicamente, a fim de que sua substituição seja determinada sem que o seu estado chegue a apresentar o perigo de uma ruptura. Em geral uma inspeção correta compreende as seguintes observações: Numero de arames rompidos Deve-se anotar o numero de arames rompidos em um passo do cabo. Observar se as rupturas estão distribuídas uniformemente ou se estão concentradas em uma ou duas pernas apenas. Neste caso há o perigo destas pernas se romperem antes do cabo. É importante também observar a localização das rupturas, se são externas, internas ou no contato entre as pernas. Ver tabela item 6, indicativa da necessidade de troca do cabo de aço em função do numero de fios partidos. 7
8 3. 2 Arames gastos por abrasão Mesmo que os arames não cheguem a se romper, podem atingir um ponto de desgaste tal, que diminua consideravelmente o coeficiente de segurança do cabo de aço, tornando o seu uso perigoso. Na maioria dos cabos flexíveis, o desgaste por abrasão não constitui um motivo de substituição se os mesmos não apresentarem arames partidos. Quando se observa uma forte redução da seção dos fios externos e, consequentemente, do diâmetro do cabo, deve-se verificar periodicamente o coeficiente de segurança para que este não atinja um valor muito baixo e portanto perigoso Corrosão Durante a inspeção deve-se verificar cuidadosamente se o cabo de aço não está sofrendo corrosão. É conveniente também uma verificação do diâmetro do cabo em toda sua extensão, para verificar qualquer diminuição brusca do mesmo. Esta redução pode ser devida à decomposição da alma de fibra por ter secado e consequentemente deteriorado, mostrando que não há mais lubrificação interna no cabo, com possibilidade de existencia de corrosão interna no mesmo. A corrosão interna representa um perigo muito grande, pois ela pode existir sem que se manifeste exteriormente. Deve ser verificada também, a ocorrência de corrosão na região da base de soquetes, uma vez que é uma área propícia para acumulo de umidade (ver ilustração abaixo) 8
9 3. 4. Rompimento do cabo junto ao soquete O soquete deverá estar firmemente fixado. Junto ao mesmo não pode haver rompimento de nenhum arame do cabo. Em caso de arames rompidos junto ao soquete, o cabo deverá ser retirado para nova execução. Verificar arames rompidos nesta região 3. 5 Desequilíbrio dos cabos de aço Em cabos com uma só camada de pernas e alma de fibra (normalmente cabos de 6 ou 8 pernas + AF) pode haver uma avaria típica que vem a ser uma ondulação do cabo provocada pelo afundamento de uma ou duas pernas do mesmo, e que pode ser causada por tres motivos: a. Fixação deficiente que permite um deslizamento de algumas pernas, ficando as restantes supertensionadas. b. Alma de fibra de diâmetro reduzido. c. Alma de fibra que se deteriorou, não mais apoiando as pernas do cabo No primeiro caso existe o perigo das pernas supertensionadas se romperem. Nos outros dois casos não existe um perigo iminente, porém haverá um desgaste desuniforme do cabo e portanto um baixo rendimento. Nos cabos com várias camadas de pernas, como nos cabos não rotativos, e cabos com alma de aço, há o perigo de formação de gaiolas de passarinho e hérnias, defeitos estes que podem ser provocados pelos seguintes motivos: a. Fixação deficiente dos cabos, que possibilitam deslizamentos de pernas ou camadas de pernas, permitindo que uma parte do cabo fique supertensionada e outra frouxa. b. Manuseio e instalação deficiente do cabo, dando lugar a torções ou distorções do mesmo. Estes defeitos são graves, obrigando a substituição imediata dos cabos de aço. 9
10 3.6 Maus tratos e nós Deve-se inspecionar todo o comprimento do cabo para a verificação da existencia ou não de nós ou qualquer anormalidade no mesmo que possa ocasionar um desgaste prematuro ou a ruptura do cabo, principalmente junto às fixações. Exemplos de danos que por si só são determinantes da substituição do cabo: 10
11 3.7 Substituição dos cabos Mesmo que um cabo trabalhe em ótimas condições, existe um momento em que, após atingir sua vida útil normal, necessita ser substituido em virtude de seu desgaste, de arames rompidos, etc... Em qualquer instalação, o problema consiste em se determinar qual o rendimento máximo que se pode obter de um cabo antes de substiuí-lo, sem colocar em perigo a segurança do equipamento. Existem instalações em que o rompimento de um cabo põe em risco vidas humanas, como por exemplo elevadores e teleféricos de passageiros. Nestes casos existem normas especiais para inspeção e substituição dos cabos de aço. Nos demais casos em geral, salvo algumas excessões, pode-se determinar a substituição dos cabos em serviço pelo numero de arames rompidos visíveis. Deve-se substituir um cabo de aço em serviço quando o numero de arames rompidos visíveis, no trecho mais prejudicado, atinja os limites da tabela abaixo, elaborado a partir do Manual sobre cabos de aço publicado pela AISI American Iron and Steel Institute. Numero de fios partidos em cabos para usos gerais Numero de fios partidos em cabos estáticos (usos estruturais) 1 passo 1 perna 1 passo 1 perna Esta tabela não se aplica aos cabos classificação 6x7. 2. O cabo também deve ser substituido quando for encontrado um fio partido na região de contato entre as pernas. Observação: Se for encontrado algum outro defeito considerado grave, o cabo deve ser substituido mesmo que o numero de arames rompidos não tenha atingido o limite da tabela, ou mesmo que não exista nenhum arame rompido. A inspeção visual de um cabo se sobrepõe a qualquer norma ou método de substituição dos mesmos Fixação de cabos de aço com grampos 11
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