Fundação Cardeal Cerejeira. Acção de Formação
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- Fernando Neves de Andrade
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1 Fundação Cardeal Cerejeira Acção de Formação Formadoras: Fisioterapeuta Andreia Longo, Fisioterapeuta Sara Jara e Fisioterapeuta Tina Narciso 4º Ano de Fisioterapia da ESSCVP
2 Em fases que o utente necessite de períodos de acamamento, um bom posicionamento e uma mobilidade adequada, irá facilitar a manutenção da integridade da pele, tal como das amplitudes articulares, da força muscular e do movimento.
3 As úlceras de pressão (úlceras de decúbito, úlceras da pele ou escara) são lesões cutâneas que se produzem em consequência de uma falta de irrigação sanguínea e de uma irritação da pele que reveste uma saliência óssea, nas zonas em que esta foi pressionada contra uma cama, uma cadeira de rodas, uma tala ou outro objecto rígido durante um período prolongado.
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5 Deve-se ter em atenção: Roupa inapropriada (ex: apertada); Lençóis enrugados; Fricção de sapatos contra a pele; Exposição prolongada à humidade (sudação frequente, urina ou fezes).
6 Pessoas Paralisadas; Pessoas muito debilitadas/acamadas; Pessoas com alterações da sensibilidade, o que pode levar a diminuição da sensação de dor ou incómodo, podendo ser provocadas pela presença de uma ferida, diabetes, lesão de um nervo e outras; Pessoas desnutridas, pois não possuem a camada de gordura protectora das extremidades ósseas.
7 Dor Comichão Desconforto Rubor
8 A prevenção das zonas de pressão depende, do trabalho conjunto de vários profissionais onde se inclui o Fisioterapeuta. Esta prevenção é feita através de: Auto-controlo espelho; Mudanças frequentes de decúbitos/posição (2 em 2 horas); POSICIONAMENTOS; Mobilização passiva ou activa;
9 Camas articuladas; Uso de material anti-escara; Alimentação adequada; Higiene adequada; Cuidados com a roupa.
10 A maioria das úlceras de pressão é evitável e podem ser prevenidas. As superfícies de apoio, sejam camas, colchões ou cushins de cadeiras, têm sido utilizadas durante muitos anos para ajudar a prevenção de úlceras de pressão Prevenir úlceras de pressão evita a dor e desconforto desnecessários e até mesmo a morte
11 Posicionamentos
12 Um posicionamento para ser eficaz, deve: Promover conforto = deve-se adaptar o posicionamento às necessidades do utente, este posicionamento sempre que possível deve ser uma opção conjunta entre o profissional de saúde e o utente; Prevenir alterações da força muscular, movimento e amplitudes articulares = o posicionamento escolhido deve facilitar a mobilidade e mobilização do utente; Prevenir ZONAS DE PRESSÃO. A mudança frequente de decúbitos contribui como estimulo circulatório (movimento), induzindo o alivio constante das zonas de pressão.
13 Zonas mais susceptíveis de pressão
14 Posicionamento em Decúbito Dorsal (Barriga para cima) SEMI-DEPENDENTE Membros superiores ligeiramente abduzidos (afastados); Cotovelos semi-flectidos, dedos ligeiramente abertos e semiflectidos; Tibio-társica em posição neutra (evitar o peso da roupa).
15 TOTALMENTE DEPENDENTE Colocação em posição neutra da cabeça, tronco e membros; 1 almofada na cabeça e ombros; 1 almofada em cada membro superior e membro inferior com ligeira abdução; Evitar o contacto dos calcâneos. Ter em atenção: Curvaturas fisiológicas; Descarga das zonas de pressão; Alívio total das zonas de pressão quando existir o mínimo sinal de alarme;
16 Posicionamento em Decúbito Lateral (Deitado de lado) SEMI-DEPENDENTE Posicionamento funcional da mão; Membro inferior em apoio - anca em extensão, tibio-társica bem posicionada/suportada (atenção ao maléolo externo).
17 TOTALMENTE DEPENDENTE Almofada entre as costas e a cama; Manter o ombro infra-lateral ligeiramente anteriorizado; Suportar a mão infra-lateral na almofada da cabeça; Manter o membro supra-lateral ao nível do ombro; Manter os joelhos em flexão com uma almofada entre os dois. Ter em conta: Cabeça/segmento cervical suportado; Membro superior em apoio; Membro superior contra lateral semi-flectido sobre o tronco ou apoiado numa almofada;
18 Transferências
19 Procedimento Padrão para executar uma Transferência 1- AVALIAÇÃO DO UTENTE Tipo de patologia; Grau de dependência; Condições em que está acamado. 2 - SELECÇÃO DA TRANSFERÊNCIA Tipo de transferência; Número de transportadores; Trajecto; Saber se o utente já fez alguma transferência - como correu;
20 Procedimento Padrão para executar uma Transferência 3 - POSIÇÃO DO EQUIPAMENTO Preparar o espaço; Posição da cama, cadeira, C.R., etc ( + curto + fácil + seguro + funcional); Verificar onde estão os auxiliares de marcha; Verificar a altura das superfícies implicadas na transferência. 4 - INFORMAR O UTENTE E POSICIONÁ-LO Informar: melhora a colaboração do utente; reduz a ansiedade/medo; maior sintonia; Posicionar: melhora a colaboração; diminui o risco de queda; diminui o risco de magoar certas zonas do corpo.
21 Procedimento Padrão para executar uma Transferência 5 - INSTRUÇÕES POSICIONAMENTO DOS AJUDANTES/COMANDOS Só um comanda; Palavras, números; Exemplo: estão prontos? suportar puxar levantar 2 passos para trás parar baixar o utente. 6- CONTACTOS MANUAIS Posição da mão/dedos; Suportar, não agarrar; Mãos suadas!!!! Não; Fazer pressão contra o colchão.
22 Regras As mãos servem de suporte e não devem agarrar os membros por cima (instabilidade e insegurança); Evitar pressão com as extremidades dos dedos, magoar e transmitir medo e insegurança; Durante a elevação do utente, devem ser evitados movimentos de maior amplitude.
23 Selecção da Transferência O utente está consciente ou inconsciente? Onde está o utente? Em que posição está? Para onde vamos transferi-lo? Existem problemas especiais como espasticidade ou flacidez?
24 Selecção da Transferência Todas as articulações têm amplitudes de movimento normais? O utente consegue agarrar, puxar ou empurrar-se com as mãos? O utente tem alguma deficiência auditiva ou visual? Podemos mobilizar o utente sem lhe provocar dor? A pele pode ser tocada nos sítios onde vamos dar suporte para a transferência?
25 Mobilidade no leito
26 Tipo de pegas
27 No início da transferência
28 Tipos de Transferências CLÁSSICA 1 TRANSPORTADOR Transferência utilizada em utentes parcialmente dependentes para: Cama cadeira Cadeira cadeira
29 CLÁSSICA 1 TRANSPORTADOR Transferência utilizada em utentes parcialmente dependentes para: Cama cadeira Cadeira cadeira
30 CLÁSSICA 2 TRANSPORTADORES Transferência utilizada em utentes parcialmente dependentes para: Cama cadeira Cadeira cadeira
31 TRANSFERÊNCIA COM 2 TRANSPORTADORES Transferência utilizada: Cama cadeira Cadeira cadeira
32 Prática
33 Recomendações As transferências devem ser feitas em grupo, quando possível; Estabelecer quem comanda a transferência após definida a estratégia; Depois de toda a equipa informada, as ordens devem ser explicitas identificando bem a situação; A comunicação é fundamental, no sentido de explicar de modo claro e simples a manobra ao utente; Proporcionar uma atitude de segurança/confiança; Explicação dos comandos à equipa, simples e adaptada à situação; Suporte, transmitir conforto e segurança pelo contacto manual.
34 Causas de Acidentes durante uma Transferência Falha na avaliação do peso e tipo de utente a transferir e nº de pessoas requeridas; Utente muito pesado para o nº de transportadores; Segurar demasiado tempo o utente; Acessibilidade dificultada pelo meio circundante ou mobília; Estar muito distante do utente;
35 Causas de Acidentes durante uma Transferência Não haver comunicação com os transportadores ou com o utente; O utente falha na cooperação esperada; Os transportadores não usam roupa adequada à tarefa; Transportadores com alturas muito diferentes; Problemas do transportador (costas, pescoço, ombros).
36 Factores de Influência das Lesões Músculo-Esqueléticas A saúde apresenta uma elevada taxa de Incidência de Lesões Músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (Doenças profissionais), nomeadamente ao nível das lesões nas costas. Os auxiliares de acção médica são uma das populações em risco de contrair este tipo de patologia.
37 Factores de Influência das Lesões Músculo-Esqueléticas Frequência, força e posturas associadas à transferência e posicionamento dos utentes; Características dos utentes, em particular, as suas limitações e o seu grau de dependência; Conhecimento e aplicação correcta de técnicas para transferência e mobilização de utentes; Existência e uso apropriado dos equipamento de apoio para transferência e mobilização de utentes; Organização do trabalho; Crença de que as lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho fazem parte do trabalho.
38 Obrigado!!
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