Resumo Pretendo, nesta pesquisa, apresentar um estudo sobre a posição que a alfabetização ocupa

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1 Curso de Pedagogia Título: O lugar da alfabetização nos referenciais curriculares de educação infantil: possíveis relações para formação do professor Raquel Muniz de Castro Resumo Pretendo, nesta pesquisa, apresentar um estudo sobre a posição que a alfabetização ocupa na proposta curricular do Município de São Caetano do Sul e nos documentos considerados oficiais utilizados pelos professores, como referências, no momento da elaboração de suas propostas didáticas para o processo de alfabetização. Resumidamente, o objetivo da pesquisa é analisar a prescrição do Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil/MEC, dos Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil/MEC e os documentos utilizados como referência pelos professores da rede pública de São Caetano no momento da elaboração das propostas didáticas direcionadas para a alfabetização. É fundamental que todas as escolas elaborem suas propostas didáticas, pois elas são instrumentos indicadores, entre outras coisas, da intencionalidade do trabalho da equipe de profissionais da escola. Ela revela seleções e escolhas, como as concepções de homem e de mundo, de educação e de educação infantil, por exemplo, como também as concepções de criança, de infância, de professor, de aluno, de conhecimento, de conteúdo escolar, de aprender, de ensinar, de avaliação, de alfabetização, dentre outras. Cumpre lembrar que o objetivo desta pesquisa não é mensurar a qualidade dos currículos propostos pelas Escolas de Educação Infantil de São Caetano do Sul e pelos documentos oficiais. O que movimentará os passos desta pesquisa é a possibilidade de perceber o lugar que a alfabetização ocupa nas propostas didáticas dos professores de educação infantil e nos documentos oficiais. Os resultados a serem encontrados permitirão uma discussão/reflexão sobre o discurso oficial presente nos documentos organizados pelo poder público.

2 Introdução e Justificativa A minha prática - docente e discente - tem mostrado que as experiências com a língua escrita acontecem muito antes das crianças entrarem nas escolas, ou seja, desde que nascem constroem hipóteses sobre o processo de alfabetização. Porém, parece-me que as escolas, em especial, os professores de educação infantil, ainda se sentem inseguros quando precisam delimitar propostas didáticas voltadas especificamente, para o processo de alfabetização. Qualquer criança, desde que disponha de condições biológicas e sociais adequadas, é capaz de aprender a falar, em qualquer cultura. A criança brasileira que se inicia na alfabetização já é um falante capaz de entender e falar a língua com desembaraço em circunstâncias do seu cotidiano. O mesmo não acontece com a escrita. Apesar de vivermos em contextos completamente alfabetizados nos quais a escrita é constantemente colocada sob nossos olhos, a sua aprendizagem requer ensino formal. A linguagem oral é única forma da língua que é natural, no sentido de que sua utilização, na produção do discurso, não requer nenhum procedimento de instrução ou educação. Parece indiscutível que as crianças de nossa sociedade devem aprender a ler e escrever. Além disso, é consenso que a escola tem papel fundamental no processo de alfabetização. Contudo, se perguntamos para os pais ou para os professores quando devemos iniciar um trabalho pedagógico que vise à alfabetização, muitas vezes, temos respostas inconsistentes, vagas; parece que as expectativas de ensino da língua escrita ainda se mostram imprecisas e entre os professores de educação infantil, essa questão ainda não está bem delimitada. A partir do pressuposto de que a escola é responsável pela inserção cada vez mais ampla dos sujeitos na cultura letrada - o que implica assumir a formação de leitores e

3 escritores competentes como uma das principais metas educativas - e do fato de que as crianças precisam ser consideradas, desde as séries iniciais da educação infantil, como efetivas usuárias da língua escrita, a pesquisa tem por objetivo nesta pesquisa, apresentar um estudo sobre a posição que a alfabetização ocupa na proposta curricular do Município de São Caetano do Sul e nos documentos considerados oficiais utilizados pelos professores, como referências, no momento da elaboração de suas propostas didáticas para o processo de alfabetização. Resumidamente, o objetivo da pesquisa é analisar a prescrição do MEC- RCNEI e os documentos utilizados como referência pelos professores da rede pública de São Caetano no momento da elaboração das propostas didáticas direcionadas para a alfabetização. É fundamental que todas as escolas elaborem suas propostas didáticas, pois elas são instrumentos indicadores, entre outras coisas, da intencionalidade do trabalho da equipe de profissionais da escola. Ela revela seleções e escolhas, como as concepções de homem e de mundo, de educação e de educação infantil, por exemplo, como também as concepções de criança, de infância, de professora, de aluno, de conhecimento, de conteúdo escolar, de aprender, de ensinar, de avaliação, de alfabetização, dentre outras. É nesse sentido, que proponho realizar uma pesquisa bibliográfica a partir dos materiais utilizados pelos professores que trabalham com a educação infantil no momento que registram seus propósitos educacionais voltados para alfabetização. Espero, com isso, contribuir para o debate acerca das propostas implementadas pela secretarias da educação. Cumpre lembrar que o objetivo desta pesquisa não é mensurar a qualidade dos currículos propostos pelas Escolas de Educação Infantil de São Caetano do Sul e do RCNEI-MEC. nem compará-las com outras fontes existentes. O que movimentará os

4 passos desta pesquisa é a possibilidade de perceber o lugar que a alfabetização ocupa nos documentos oficiais de educação infantil. Objetivos da pesquisa: Conhecer e analisar os materiais que servem de referência no processo de alfabetização utilizados por professores que lecionam nos anos finais da educação infantil (de quatro a seis anos); Conhecer e analisar os documentos oficiais (MEC) utilizados como referência pelos professores da rede pública de São Caetano no momento da elaboração das propostas didáticas direcionadas para a alfabetização. Metodologia A metodologia a ser utilizada para o desenvolvimento da investigação aqui proposta será constituída de duas etapas: 1) Pesquisa bibliográfica. Levantamento e análise dos documentos oficiais - os referenciais curriculares para educação infantil do MEC e outros matérias disponibilizados pelas respectivas prefeituras que os professores utilizam ou deveriam utilizar quando preparam os seus planos de trabalho/ seqüências didáticas. 2) Apresentação da análise feita. Os resultados a serem encontrados permitirão: Possibilitar uma discussão/reflexão sobre o discurso oficial presente nos documentos oficiais organizados pelo poder público e as propostas apresentadas pelos profissionais de educação infantil.

5 Constituir indicadores a serem considerados nos cursos de formação de professores na educação infantil e possibilitar uma ampla discussão sobre ao discurso oficial presente nos documentos oficias organizados pelo poder público e as ações realizadas pelos profissionais de educação infantil. Cronograma Agosto/2009 até Setembro/2009 Pesquisa bibliográfica. Levantamento dos documentos oficiais - os Referenciais Curriculares para Educação Infantil do MEC, os Parâmetros Curriculares e outros matérias disponibilizados pela prefeitura de São Caetano do Sul - que os professores utilizam ou deveriam utilizar quando preparam os seus planos de trabalho/ seqüências didáticas. Outubro/2009 até Maio/2010 Maio/2010 até Julho/2010 Análise do material coletado. Análise dos dados coletados. Julho/2010 até Agosto/2010 Síntese das análises realizadas. Apresentação do trabalho de pesquisa.

6 Referências Bibliográficas ALARCÃO, Isabel. A formação do professor reflexivo. In: Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, AZENHA, Maria da Graça. Construtivismo de Piaget a Emilia Ferreiro. São Paulo: Ática, BRASIL. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: SEF/MEC, CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & lingüística. São Paulo: Scipione, FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez Editora, Cultura escrita e educação. Porto Alegre: Editora Artmed, FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, GERALDI, J.W. Concepções de linguagem e ensino da língua. In: GERALDI, J.W., (org). O texto na sala de aula. Paraná: Assoeste/UNICAMP, LAVILLE, Christian. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda., LUDKE, Menga e ANDRÉ, Marli E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Ltda., MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003.