ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL 1
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- Tiago Salvador Gameiro Camilo
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1 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL 1 Valdemar da Silva Goes RESUMO Objetivo do presente trabalho será em trazer para a importância da Sala de Recurso na vida escolar de alguém com deficiência visual. 1 - INTRODUÇÃO O presente cenário da educação regular apresenta-se com grandes dificuldades na área da inclusão social de estudantes com algum tipo de deficiência, neste trabalho vamos tratar especificamente a deficiência visual e a importância de se ter um atendimento especializado em nossas escolas, pois além de estarmos atendendo um direito do educando a ser incluído na sala regular temos o amparo de alguém capacitado e especialista para ajudar nas necessidades e auxilio básico para que este estudante permaneça neste educandário. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL O atendimento educacional especializado decorre de uma nova visão de educação especial. E se apresenta como uma das condições para o sucesso da inclusão escolar dos alunos com deficiência. 1 Artigo solicitado pelo Atena Cursos para o curso de Capacitação (AEE) Atendimento Educacional Especializado. 1
2 É uma ação de complementação e suplementação destinada a facilitar o acesso ao conhecimento dos alunos com necessidades especiais. Segundo Alves 2 o atendimento educacional especializado se define como: Ação do sistema de ensino no sentido de acolher a diversidade ao longo do processo educativo constituindo no serviço disponibilizado pela escola para oferecer o suporte necessário as necessidades educacionais especiais dos alunos favorecendo seu acesso ao conhecimento Esse tipo de atendimento não substitui as atividades ou recursos que devem ser disponibilizado dentro da classe comum, nesse manual foram apresentados recursos e atividades que favorecem a inclusão e o avanço e conhecimento dos alunos com baixa visão. Foi ainda ressaltada a importância de todo o envolvimento da comunidade escolar e da família no propósito as condições adequadas e igualdade de oportunidades a todos os alunos. Segundo Elizabet Dias de Sá 3 ; O (AEE) trata-se de uma alternativa disponível no âmbito do sistema escolar para o aluno que dele necessitar, constituindo-se como um direito e não como uma condição obrigatória para o ingresso e a permanência na escola. O atendimento educacional especializado na sala de recurso na escola ou no centro de especializados constitui-se parte diversificada do currículo dos alunos com necessidades especiais e deve ser realizado em horários diferentes, como no contra-turno do horário escolar do estudante. Ainda a autora ressalta que o atendimento educacional especializado não pode ser confundido com atividades de mera repetição conteúdos programáticos da sala de aula e que esse serviço se realiza no espaço dotado e equipamento e recursos pedagógicos adotados a necessidades educacionais especiais dos alunos. O atendimento educacionais especializados dos alunos com deficiência visual inclui uma variedade de experiência como: A formação de conceitos, orientação e mobilidade, a interação com o ambiente, e no caso especifico da baixa visão acesso as informações em caracteres ampliados. 2 ALVES, M. ; KARA-JOSÉ, N. A criança deficiente visual. In: ALVES; KARA-JOSÉ, N. O olho e a visão. O que fazer pela saúde ocular das nossas crianças. Petrópolis: Vozes, Pg.15 3 SÁ, Elizabet Dias de;silva, Myriam Beatriz Campalina; SIMÃO, Valdirene Stiegler. Atendimento Educacional Especializado do Aluno com Deficiência Visual, São Paulo: Editora Moderna, P.32 2
3 A interface entre os professores que realizam atendimento especializado e os que atuam na escola regular deve acontecer conforme a necessidade de cada caso. Para que esses professores se empenhem em atender as necessidades educacionais especiais dos alunos com deficiência visual. Esse entendimento em conjunto tem objetivo de buscar soluções que possam beneficiar os alunos de todas maneiras possíveis e não apenas para avançar no conteúdo escolares. Segundo o Art. 1º do Decreto 6.571/ Art. 1º A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma deste Decreto, com a finalidade de ampliar a oferta do Atendimento Educacional Especializado aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular. 1º Considera-se Atendimento Educacional Especializado o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmnete, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular. 2º O Atendimento Educacional Especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas. A organização e o planejamento das ações do AEE pressupõem um processo de avaliação e de tomada de decisão no qual é muito importante conhecer o contexto familiar, social e educacional dos alunos, identificar suas potencialidades, dificuldades e necessidades em diferentes situações de aprendizagem e circunstâncias que permeiam o cotidiano dos educandos dentro e fora da escola. A coleta de informações, a pesquisa dos antecedentes clínicos e escolares ampliam as possibilidades de compreensão do foco de atuação do AEE e de intervenções pedagógicas que envolvam a parceria com outros colaboradores. Atendimento educacional especializado a necessidades do aluno com deficiência visual nas salas de recursos e nos centros especializados uma análise comparativa. Uma análise que deve ser desenvolvida nas salas de recursos e nos centros especializados indicam uma complementaridade nas funções, favorecendo o sucesso no avanço do aprendizado do desenvolvimento das relações sociais dos alunos com deficiência visual. Apresentamos a seguir as características dos serviços: Atribuições dos professores das salas de recursos, Alves 5 4 Audio do ministério da Educação Secretaria da Educação Especial. Ainclusão do aluno com baixa visão no ensino regular. Cd 2 5 ALVES, M. ; KARA-JOSÉ, N. A criança deficiente visual. In: ALVES; KARA-JOSÉ, N. O olho e a visão. O que fazer pela saúde ocular das nossas crianças. Petrópolis: Vozes, Pg.27 3
4 1) Promover e apoiar a alfabetização pela sistema Braille; 2) Realizar as transcrição de materiais braille x tinta, tinta x Braille; 3) Produzir gravações sonoras de textos; 4) Realizar adaptações de gráficos, mapas,tabelas e outros materiais didáticos para uso de alunos cegos; 5) Promover a utilização de recursos ópticos: lupas manuais e eletrônicas e não ópticos cadernos de pauta ampliadas, iluminação, lápis e canetas adequadas; Inclusive dar orientação aos familiares. 6) Adaptar caracteres ampliado para alunos com baixa visão além de disponibilizar outros materiais didáticos; 7) Desenvolver técnicas de orientação e mobilidade e atividades na vida diária para autonomia e independência; (Técnicas de uso da bengala) 8) Desenvolver o ensino para o uso do sorobã; e de outros intrumentos de cálculo. 9) Promover adequações necessárias o uso de tecnologia de informação e de comunicação. Também temos que destacar a avaliação funcional da visão; o ensino da letra cursiva e assinatura do nome; orientar os professores, à família e à comunidade; registro e planejamento das ações do AEE. Segundo Elizabet Dias de Sá. 6 ; A produção de material acessível deve ser prevista, planejada e providenciada com antecedência para que o aluno cego ou com baixa visão possa realizar as atividades a serm desenvolvidas em sala de aula junto com os seus colegas de turma. Por isso, os profissionais da escola e do AEE devem trabalhar de forma articulada e colaborativa. Atribuições dos centros especializados: MEC 2002, volume ) Realizar avaliações educacionais específicas dos alunos com deficiência visual e múltipla; 2) Avaliar as necessidades educacionais especiais em conjunto com a escola e a família e criar estratégia de atendimento a essa necessidade; 3) Promover a sensibilização, discutir com a família, escola e comunidade a contextualização da deficiência, direitos, meio de acessibilidade e inclusão; 4) Oferecer programas complementares essenciais de atendimentos as necessidades específicas e não contempladas no ensino regular. 5) Sistema de comunicação alternativa, orientação e mobilidade, atividade de vida diária; orientação para utilização funcional da visão residual; 6) Oferecer o atendimento pedagógico especializado para alunos com necessidades especiais, por meio de desenvolvimento estratégias aprendizagem favorecendo a construção do 6 SÁ, Elizabet Dias de;silva, Myriam Beatriz Campalina; SIMÃO, Valdirene Stiegler. Atendimento Educacional Especializado do Aluno com Deficiência Visual, São Paulo: Editora Moderna, P.32 7 Audio do ministério da Educação Secretaria da Educação Especial. Ainclusão do aluno com baixa visão no ensino regular. Cd 2 4
5 conhecimento pelos alunos subsidiando para que desenvolvam currículo e participem da vida escolar; 7) Colaborar na formação continuada dos professores e na capacitação de funcionários das instituições de ensino; 8) Colaborar nas flexibilizações de acesso ao currículo no projeto político pedagógico e na elaboração da inclusão da pessoa com deficiência visual e múltipla com a participação efetiva da família no que se refere na necessidades educacionais especiais; 9) Complementação e suplementação educacional e das necessidades específicas, papel da educação especializada ou centros especializados. Os alunos com deficiência visual e deficiência visual com outros comprometimentos associados matriculados no ensino regular de ensino, precisam de flexibilização de acesso ao currículo, em algumas ocasiões também precisam de flexibilização nos elementos do currículo, como objetivos, conteúdos, metodologia, avaliação ou temporalidade, fundamentais para o avanço no seu conhecimento e desenvolvimento dos laços sociais e da autonomia. Essas flexibilizações são apontadas pela LDB (Lei e Diretrizes de Base da Educação Brasileira 1996). O trabalho em conjunto com os centros especializados, a escola e família, garante uma educação de qualidade para todos, além da garantir a permanência na escola comum dos alunos com necessidades educacionais especiais 8. Nesse contesto, crianças cegas podem ser alfabetizadas em classes comuns com o suporte do Sistema Braille e de outros recursos de acessibilidade. A simbologia Braille deve fazer parte do cotidiano do aluno em casa e na escola, porque a exposição de várias formas de emprego do Braille facilita a aprendizagem de representação gráfica das palavras e seu uso social. Os pertences da criança podem ser etiquetados com adesivos em Braille. Os professores podem usar crachás em tinta e em Braille., aproveitar embalagens, rótulos e toda sorte de material disponível com a grafia Braille. Podem-se também realizar oficianas de Braille e jogos com a colaboração dos profissionais do AEE Além da grafia Braille, as demais representações gráficas do sistema alfabético podem ser apresentadas ao aluno cego e representadas em varias texturas. Segundo a pisicologa Elizabet Dias de Sá. 9 As crianças cegas devem aprender a escrever o su nome completo em tinta tal como seus colegas. Para isso, convém observar a sua experiência em relação ao esquema corporal, se é capaz de dissociar movimentos de pulso, cotovelos e ombros e observar a coordenação 8 Lei e Diretrizes de Base da Educação Brasileira LDB 9 SÁ, Elizabet Dias de;silva, Myriam Beatriz Campalina; SIMÃO, Valdirene Stiegler. Atendimento Educacional Especializado do Aluno com Deficiência Visual, São Paulo: Editora Moderna, P.34 5
6 motora, a orientação espacial, a formação de conceitos quanto a linhas retas, quadradas, inclinadas, a ângulos, curvas e sinuosidades, à memória tátil e sinestésica. Essa experiência é fundamental para a consolidação da assinatura, pois muitas pessoas cegas, que não aprenderam a assinar, são consideradas analfabetas ou incapazes. O ato de assinar contribui para o exercício da cidadania e para que os direitos sejam respeitados. As instituições ou centros especializados estão hoje bastante vinculados a o panorama geral da educação inclusiva, esse trabalho visa complementar e suplementar e apoiar efetivamente a inclusão. As atividades de complementação procuram complementar o currículo a viabilizar o acesso a base nacional comum como por exemplo a intervenção precoce, a orientação e mobilidade, as atividades de vida diária e o ensino do sistema Braille, já as atividades de suplementação ampliam, aprofundam ou enriquecem os conteúdos da base nacional, como as oficinas de arte e cultura, diretrizes nacionais para a educação básica MEC Em fim para trabalhar com alunos cegos e com abaixa visão, é necessário identificar os componentes visuais presentes nas diversas representações gráficas, em ilustrações, imagens e na fala. A visão é capaz de detectar o tamanho, a forma, a cor e outras características de um objeto próximo ou distante de modo imediato e abrangente, enquanto o tato capta a informação de modo fragmentário, sequancial e analítico. Além disso, nem todos os objetos são tateáveis. As cores, a luz e a sombra, por exemplo, não podem ser percebidas pelo tato. Por isso, é necessário formar o hábito de traduzir em palavras o que não pode ser visto ou tocado. Contudo, é possível representar uma infinidade de imagens visuais por meio do relevo, cuja produção e acessibilidade devem considerar critérios e padrões que correspondam às peculiaridades do tato. A criança cega deve entrar em contato direto, sempre que possível, com o objeto real para depois explorar a sua representação em relevo e o desenho feito por linhas e traços. As principais características do objeto devem ser realçadas de modo a facilitar a percepção e a compreensão. Portanto, o desenho em relevo deve ser simplificado em relação à ilustração original. É necessário identificar e reconhecer fontes sonoras, bem como criar um ambiente propício à exploração dos sentidos remanescentes, ao uso da linguagem e do 6
7 pensamento, ao exercício constante de construção e descoberta de esquemas e estilos de aprendizagem com base em um referencial perceptivo não visual. Cabe ressaltar, ainda que nem todos os alunos cegos e com baixa visão necessitam freqüentar regularmente o serviço de AEE. Muitos alunos podem necessitar apenas de recursos pedagógicos adequados, de equipamento e de material acessível. Neste caso, a ação do AEE consistirá em um trabalho de orientação e acompanhamento junto à família e a escola. CONCLUSÃO Penso no meu modo de analisar como um futuro especialista no AEE, existe um grande campo de trabalho, que deverá ser trabalhado e cultivado para que realmente o aluno com deficiência visual seja realmente inserido e incluído de fato em nossas escolas de ensino regular, pois além de muitas escolas não possuírem AEE, aquelas que tem muitas vezes, não tem estrutura física e nem profissionais comprometidos para que realmente o papel da inclusão seja real. A escola, AEE, família deverão caminhar mais unidos para que realmente a inclusão aconteça de fato, eu espero que logo no futuro possamos ter a gestão publica, órgãos comprometidos e profissionais capacitados para que a realidade atual mude e todos os seres humanos independente de serem videntes ou não possam se sentirem cidadãos iguais nas escolas de rede públicas do Brasil. BIBLIOGRAFIA 1- ALVES, M. ; KARA-JOSÉ, N. A criança deficiente visual. In: ALVES; KARA-JOSÉ, N. O olho e a visão. O que fazer pela saúde ocular das nossas crianças. Petrópolis: Vozes, Artigo solicitado pelo Atenas Cursos para o curso de Capacitação (AEE) Atendimento Educacional Especializado. 3- Audio do ministério da Educação Secretaria da Educação Especial. Ainclusão do aluno com baixa visão no ensino regular. Cd 2 4- Lei e Diretrizes de Base da Educação Brasileira LDB 5- SÁ, Elizabet Dias de;silva, Myriam Beatriz Campalina; SIMÃO, Valdirene Stiegler. Atendimento Educacional Especializado do Aluno com Deficiência Visual, São Paulo: Editora Moderna. 7
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