Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto REGULAMENTO. Trabalho Voluntário Prestado por Pessoal Não Docente Aposentado
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- Airton Faro Malheiro
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1 Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto REGULAMENTO Trabalho Voluntário Prestado por Pessoal Não Docente Aposentado Dezembro 2013
2 Introdução Desde há vários anos a esta parte que existia a possibilidade de uma participação ativa no contexto da realidade escolar e não obstante a genérica habilitação legal conferida para o domínio da educação pelo regime jurídico do voluntariado constante da Lei n.º 71/98, de 3 de novembro, e do Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de setembro, mas a verdade é que só em 2009, com o Decreto Lei nº 124/2009, de 21 de maio, foi elaborado um regime regulamentador específico que deu o devido enquadramento às intervenções de voluntariado no âmbito das escolas e com particular ênfase, naquelas em que muitos professores aposentados manifestam a sua disponibilidade para prestar a sua colaboração em variadas atividades. Aproveitando o exemplo da prestação de trabalho voluntário por professores nas escolas, o órgão de gestão deste agrupamento pretende com este Regulamento estender essa possibilidade ao pessoal não docente aposentado que manifeste vontade de o fazer. É o caso de atividades de apoio à formação de pessoal não docente, de ajuda ao funcionamento das bibliotecas escolares e centros de recursos educativos, acompanhamento em visitas de estudo, colaboração na construção de materiais didáticos sob a orientação de pessoal docente, na realização de materiais coreográficos ou outros para as atividades festivas escolares, vigilância de intervalos letivos, entre outras. Tendo presente a qualificação e a experiência dos funcionários aposentados para partilharem com o quadro docente em efetividade de funções os seus conhecimentos e saberes acumulados, com respeito da cultura própria e dos objetivos e condicionantes específicas da escola, a que acresce o seu conhecimento privilegiado da realidade escolar e uma consciência global baseada numa visão multidimensional dessa realidade, evidenciou se ser oportuno a criação deste regulamento interno para esse efeito, naturalmente observados os parâmetros definidos pelo regime geral do voluntariado. Assim, a colaboração do Pessoal não Docente aposentado constituir-se-á como uma atividade assente no reconhecimento das Regulamento Prestação de Trabalho Voluntário Pessoal Não Docente Aposentado Página 2
3 suas competências pedagógicas, sociais e cívicas, sendo exercida de livre vontade e não remunerada, numa prática privilegiada de realização pessoal e social. Neste, como noutros domínios, prevalecerá a garantia do princípio da autonomia da escola, na medida em que a eventual intervenção dos voluntários apenas poderá decorrer de uma explícita manifestação de vontade por parte do estabelecimento de ensino interessado, consubstanciada na aprovação de um programa de voluntariado, cabendo ao seu órgão executivo a eventual seleção do candidato que considere reunir o perfil adequado para as funções em causa por reporte à apresentação das disponibilidades. Estabelece-se também como imperativo o pressuposto nos termos do qual o desenvolvimento das atividades de voluntariado em apreço não poderá em caso algum importar a substituição dos recursos humanos considerados necessários à prossecução das atividades da escola. Artigo 1º ÂMBITO E FUNÇÃO 1.Entende-se por trabalho de voluntariado em contexto escolar as intervenções realizadas, neste âmbito, e ao que se refere especificamente este regulamento, por Pessoal não Docente aposentado que manifeste a sua disponibilidade para prestar colaboração em variadas atividades realizadas nas escolas. 2.A prestação deste trabalho em contexto escolar decorre de uma política de ocupação de tempos livres englobando medidas de caráter social e cultural tendentes a proporcionar ou possibilitar aos (às) funcionários(as) aposentados(as) oportunidades de realização pessoal, através de uma participação ativa na vida da comunidade escolar. 3.A colaboração do Pessoal não Docente aposentado constituir-se-á como uma atividade assente no reconhecimento das suas competências pedagógicas, sociais e cívicas, sendo exercida de Regulamento Prestação de Trabalho Voluntário Pessoal Não Docente Aposentado Página 3
4 livre vontade e não remunerada, numa prática privilegiada de realização pessoal e social. Artigo 2º ORGANIZAÇÃO/PROCEDIMENTOS 1. A proposta para a realização deste tipo de trabalho por parte do Pessoal não Docente aposentado foi apresentada e aprovada no Conselho Pedagógico deste Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto no dia 27 de novembro de O Pessoal não Docente aposentado interessado em exercer a atividade de voluntariado nas escolas deste agrupamento, preenchem um formulário próprio patente na página eletrónica do agrupamento em ou solicita o mesmo nos Serviços Administrativos manifestando expressa vontade para o efeito, requerendo a devida autorização para o fazer ao diretor do agrupamento. 3.Da decisão sobre o requerimento apresentado será dado conhecimento ao interessado no prazo máximo de 8 dias. 4.Caso seja deferida a pretensão do requerente em realizar trabalho de voluntariado, é marcada uma reunião entre o director do agrupamento e o interessado com a presença do(s) coordenador(es) do(s) estabelecimento(s) dado(s) como preferencial(is) por parte do requerente ou por manifesta preferência ou necessidade do órgão de gestão do agrupamento, para: a) Acordar com o(a) funcionário(a) aposentado(a) o(s) estabelecimento(s) escolar(es) onde vai exercer a atividade de voluntariado; b) Definir o tipo de atividades a desenvolver pelo mesmo, de entre as constantes no nº 7 do Artº 3º deste Regulamento; c) Após estes procedimentos o funcionário aposentado entrará em funções pelos períodos de tempo estipulados no nº 4 e 5 do Artº 3º deste Regulamento. d) O funcionário aposentado em prestação de serviço voluntário, deverá usar um crashá. Esse crashá deverá ter a sua identificação Regulamento Prestação de Trabalho Voluntário Pessoal Não Docente Aposentado Página 4
5 nominal e nele estar bem visível a designação da função de voluntário que exerce. Artigo 3º FUNCIONAMENTO 1. A exemplo do estipulado para os professores, no artº 7º do Dec.Lei nº 124/2009 de 21 de maio, ao pessoal não docente voluntário é reconhecida a sua dignidade profissional e tem acesso, com observância das disposições legais e regulamentares aplicáveis ao serviço voluntário de docentes, aos documentos que sirvam de referência e se tornem imprescindíveis à sua ação. 2.O funcionário voluntário, no desempenho da sua atividade, respeita e age em conformidade com a cultura da escola, observando o respetivo projeto educativo, regulamento interno e plano de atividades. 3.O desenvolvimento das atividades de voluntariado em apreço não importa, em caso algum a substituição dos recursos humanos considerados necessários à prossecução das atividades do agrupamento. 4.O trabalho voluntário previsto desenvolve-se no âmbito dos estabelecimentos de ensino pertencentes ao respetivo agrupamento, e será prestado no local a definir por acordo entre a direção do agrupamento e o candidato e num horário mínimo de 10 horas semanais. 5.O programa de voluntariado tem a duração de um ano letivo, sendo renovável por iguais períodos. 6.O trabalho do voluntário pode ser dado por terminado, por iniciativa do próprio ou sempre que o órgão de gestão do agrupamento entenda que deixaram de existir as razões subjacentes à elaboração do programa de voluntariado, mediante aviso prévio, devidamente fundamentado, com antecedência mínima de 30 dias. Regulamento Prestação de Trabalho Voluntário Pessoal Não Docente Aposentado Página 5
6 7.Consideram-se áreas de eventual intervenção do pessoal não docente aposentado como voluntário as seguintes: a) Apoio a professores na construção de materiais didáticos; b) Ajuda ao funcionamento das bibliotecas escolares/centro de recursos educativos; c) Apoio a visitas de estudo; d) Apoio e dinamização de atividades extracurriculares; e) Apoio na organização e construção de materiais coreográficos ou outros para as atividades festivas do agrupamento; Artigo 4º DISPOSIÇÕES FINAIS 1.Todos os funcionários aposentados que exerçam funções de trabalho voluntário nas escolas deste agrupamento deverão cumprir com o estipulado neste Regulamento. 2.Qualquer situação que não esteja expressamente prevista neste Regulamento, será ponderada e avaliada pelo Diretor do Agrupamento, que em tempo útil sobre ela se pronunciará. 3. Os casos omissos neste Regulamento serão decididos pelo Diretor do Agrupamento. Regulamento Prestação de Trabalho Voluntário Pessoal Não Docente Aposentado Página 6
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