Cálculo Vetorial. 1.1 Campos Vetoriais

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cálculo Vetorial. 1.1 Campos Vetoriais"

Transcrição

1 Cpítulo 1 Cálculo Vetoril 1.1 Cmpos Vetoriis Um correspondênci que cd ponto Q (x,y,z) de um cert região R ssoci um único vetor F(x,y,z) chm-se cmpo vetoril em R. É interessnte pensr que o vetor F(x,y,z) está plicdo no ponto Q. Todo cmpo vetoril se escreve de mneir únic n form F(x,y,z) M(x,y,z)i + N(x,y,z)j + P(x,y,z)k em que M,N,P são funções esclres (M,N,P : R R). Um cmpo vetoril F(x,y,z) é dito contínuo (resp., diferenciáveis, etc) qundo s funções M, N, P são contínus (resp., diferenciáveis, etc). Exemplos importntes de cmpos vetoriis n Físic são o cmpo grvitcionl, o cmpo elétrico e o cmpo mgnético. Exemplo 1. Sej f : R R um função que tem derivds prciis de primeir ordem em todo ponto de R. Definimos em R o cmpo grdiente de f f(x,y,z) f x (x,y,z)i + f y (x,y,z)j + f z (x,y,z)k. Exemplo 2. F(x,y) 1(xi + yj), G(x,y) yi + xj, H(x,y) 1 (xi yj) 2 2 As figurs bixo mostrm um esboço dos cmpos F, G e H y y cmpo F cmpo G 1

2 Exemplo 3. (Cmpo do qudrdo inverso) É um cmpo vetoril d form F(x,y,z) c r 2 r r c r 3 r, em que r xi + yj + zk. É clro que, em termos ds coordends (x,y,z), o cmpo F se escreve n form F(x,y,z) c x (x 2 + y 2 + z 2 ) i + c y 3/2 (x 2 + y 2 + z 2 ) j + c z k. 3/2 (x 2 + y 2 + z 2 ) 3/2 Os cmpos grvitcionl e elétrico são do tipo qudrdo inverso. Pr simplificr introdução de lguns conceitos, vmos definir o operdor por x i + j + z k. O operdor tundo sobre um função esclr f produz o grdiente de f. Observção 1. Os cmpos vetoriis podem ser interpretdos como sistems de equções diferenciis: cd cmpo vetoril define um sistem de equções diferenciis e reciprocmente. Ddo um cmpo vetoril F(x,y) no plno, podemos pensr no problem de encontrr um curv cujo vetor tngente em cd ponto sej F(x, y). Consideremos, por exemplo o sistem de equções diferenciis { x y y (1.1) x Tod solução desse sistem é d form [ ] x(t) y(t) [ cos t sen t ] + b [ sen t cos t e seu gráfico é um circunferênci centrd n origem. Pensndo no cmpo vetoril como um cmpo de velociddes de um fluido, isso signific que cd prtícul do fluido descreve um circunferênci em torno d origem. Em cd ponto P (x, y)d trjetóri d prtícul, o vetor velocidde é F(x,y). Aliás, esse é precismente o significdo d equção diferencil. ] (1.2) Um cmpo vetoril F é dito conservtivo qundo existe um função esclr f tl que F f. Neste cso, f é dit função potencil de F. Exemplo 4. O cmpo F(x,y) f(x,y) ln x 2 + y 2. De fto, temos f x 1 2 2x x 2 + y 2 x x 2 + y i + y j é conservtivo. Um função potencil é 2 x 2 + y2 x x 2 + y 2 e f y 1 2 Exemplo 5. Todo cmpo qudrdo inverso é conservtivo. 2y x 2 + y 2 y x 2 + y 2. 2

3 De fto, se F(x,y,z) c x (x 2 + y 2 + z 2 ) i + c y 3/2 (x 2 + y 2 + z 2 ) j + c z k, 3/2 (x 2 + y 2 + z 2 ) 3/2 então um função potencil pr F é f(x,y,z) c x2 + y 2 + z 2. Suponhmos que s funções M,N,P tenhm derivds prciis de primeir ordem. Definimos o rotcionl de F M i + N j + P k por ( P rot(f) N ) ( M i + z z P ) ( N j + x x M ) k. A expressão do rotcionl fic mis fcilmente memorizável se identificrmos expressão do segundo membro como um conveniente produto vetoril e escrevermos i j k rot(f) det x z M N P em que os produtos P, P M, etc, devem ser entendidos como z, M, etc. Com est z identificção, fic nturl denotr o rotcionl por F. Um cmpo vetoril cujo rotcionl é identicmente nulo é dito irrotcionl. Exemplo 6. Clculr o rotcionl do cmpo F sen (xy 2 z)i + (2x + z)j + e xz3 k. Temos i j k F det x z sen (xy 2 z) 2x + z e xz3 [ e xz 3 (2x + z) ] [ sen (xy 2 z) i + exz3 z z x i + (xy 2 cos(xy 2 z) z 3 e xz3 )j + (2 2xyz cos(xy 2 z))k. ] [ (2x + z) j + x sen (xy2 z) Veremos posteriormente que F descreve proprieddes rotcionis do cmpo F. Por enqunto notemos que o cmpo F yi + xj rod no sentido trigonométrico e seu rotcionl vle F det i j k x z y x ( x ) ( i + z z ) ( x j + x x y ) k 2k. N verdde, idéi de rodr não signific que os vetores do cmpo vão mudndo de direção e rodndo. A plvr rodr é usd no seguinte sentido: se colocrmos um plc flutundo em 3 ] k

4 um líquido que esco com um cmpo de velociddes F (com rotcionl não nulo) notremos que el sofrerá um rotção. O cmpo vetoril V y x 2 + y i + x 2 x 2 + y j 2 tem um representção semelhnte o cmpo nterior, ms ele é irrotcionl. De fto, i j k V det x z y x x 2 + y 2 x 2 + y 2 [ ( x )] i + z x 2 + y 2 [ z ( x ) x 2 + y 2 ] x j + [ x x ( y) ] k. Exemplo 7. Clrmente, o cmpo F xi + yj + zk não rod e temos i j k F det ( z x z ) ( x i + z z z ) ( j + x x x ) k. x y z O divergente do cmpo vetoril F Mi + Nj + Pk, denotdo por div (F), ou F, é definido por F M x + N + P z. Exemplo 8. Clculr o divergente do cmpo F yi + xj. Temos F ( y) x + x. Veremos que, qundo F é um cmpo de velociddes de um fluido, o divergente inform sobre o fluxo de mss do fluido. Qundo F é o fluxo de clor, o divergente indic que há um fonte de clor, qundo F é o cmpo elétrico, o divergente indic presenç de crgs elétrics num cert região. Proprieddes: 1) (F + G) F + G 2) (F + G) F + G 3) (f F) f( (F) + ( f) F. Exercício 1. Mostre que, se F é um cmpo qudrdo inverso, então F e F. Exercício 2. Mostre que, se F Mi + Nj + Pk é um cmpo conservtivo, e se M,N,P tem derivds prciis contínus, então F. Exercício 3. Mostre que rot( grdf ) (isto é, ( f) ) e div(rot F) (isto é, ( F). 4

5 1.2 Integrl de Linh Revisão sobre Curvs. Um curv é um conjunto de pontos {P(t) (f(t),g(t),h(t)) : t I}, em que f,g,h são funções contínus em um intervlo I R; s equções x f(t), y g(t), z h(t), t I, são chmds equções prmétrics d curv. Costum-se indicr um curv por meio ds sus equções prmétrics : x f(t), y g(t), z h(t), t I; ou pel função vetoril (vetor posição) R(t) f(t)i + g(t)j + h(t)k, t I. Um curv pode ter mis de um prmetrizção : por exemplo, circunferênci x 2 + y 2 1 pode ser prmetrizd como x cos t, y sen t, t R (tmbém poderímos ter tomdo I [, 2π]), ou como x cos 2t, y sen 2t, t R (ou t [,π]). Dizemos que dus prmetrizções P 1 (t), t [,b] e P 2 (s), s [c,d] são equivlentes qundo existe um função estritmente crescente e sobrejetor s: [,b] [c,d], com s (t) > pr todo t, tl que P 1 (t) P 2 (s(t)), t [,b]; no exemplo cim s(t) t/2. Pr o estudo ds integris de linh, estremos mis interessdos ns prmetrizções de um curv do que no conjunto de pontos em si; ssim, qundo estiver escrito, por exemplo, circunferênci x 2 +y 2 2, estremos pensndo num de sus prmetrizções, tis como, x cos t, y sen t, t 2π. Tod curv tem um sentido nturl de percurso, que é quele ddo por t crescente (de pr b, qundo I [,b]). Qundo houver necessidde de explicitr que o sentido de percurso é do ponto A pr o ponto B, usremos o símbolo AB. Dizemos que : x f(t), y g(t), z h(t), t [,b] é um curv fechd se P() P(b), ou sej, f() f(b), g() g(b), h() h(b)). Se, lém disso, não tiver uto-intersecções, diremos que é um curv fechd simples. curv fechd simples curv fechd Um curv é dit suve (ou lis) qundo função vetoril R (t) tem derivd contínu em (,b) e R (t) > (ou sej, s funções f, g, h têm derivds contínus em (,b) e [f (t)] 2 + [g (t)] 2 + [h (t)] 2 > ) pr todo t (,b). O vetor R (t) é tngente à curv e chm-se vetor velocidde de. Assim, um curv é suve qundo tem, em cd ponto, um vetor tngente que nunc se nul. O comprimento de um curv suve, descrit pel função vetoril b b R(t) f(t)i+g(t)j+h(t)k, t [,b] é L R (t) dt [f (t)] 2 + [g (t)] 2 + [h (t)] 2 dt. À primeir vist, est definição pode dr impressão que o comprimento de um curv se lter qundo mudmos prmetrizção. Mostremos que isto não ocorre. Suponhmos 5

6 dd por R(t), t [,b] e sej S(u) um prmetrizção equivlente (isto é, existe um função sobrejetor u: [,b] [c,d] com u (t) > pr todo t [,b] tl que S[u(t)] R(t). Pel regr d cdei, temos S [u(t)]u (t) R (t), pr todo t [,b]. Portnto, d c S (u) du b S [u(t)] u (t)dt b S [u(t)]u (t) dt b R (t) dt. Um curv contínu compost de um número finito de curvs suves é chmd um cminho, isto é, é um cminho se 1 n, em que 1,..., n são curvs suves. O comprimento de um cminho 1 n é som dos comprimentos ds curvs suves 1,..., n Definição de Integrl de Linh no Plno. Vmos definir dois tipos de integris o longo de curvs, tendo como modelos mss de um fio e noção de trblho relizdo por um forç. Suponhmos que curv pln represente um fio cuj densidde liner (mss por unidde de comprimento) no ponto P (x,y) de é δ(x,y); isso signific que mss do segmento de comprimento s prtir do ponto P (x,y) é proximdmente m δ(x,y) s. Pr clculr mss do fio dividimos curv em um número finito de rcos por meio dos pontos P,P 1,...,P n, em que P k (x k,y k ), 1 k n. Então n k1 δ k(x k,y k ) k s é um vlor proximdo d mss do fio, e ess proximção melhor à medid que tommos divisões com rcos de comprimentos cd vez menores. Portnto mss do fio é o limite ds soms n k1 δ k(x k,y k ) k s, ou sej, que denotremos por δ(x,y)ds. M lim n δ k (x k,y k ) k s, k1 Lembremos que o trblho relizdo qundo um prtícul é deslocd o longo d ret ligndo o ponto A o ponto B sob ção de um forç constnte F é W F AB. Consideremos gor o cso em que um prtícul que se desloc o longo de um curv pln sob ção de um forç F(x,y) M(x,y)i + N(x,y)j. Vmos clculr o trblho relizdo. Sejm x f(t), y g(t), t [,b] equções prmétrics de, e sej R(t) f(t)i + g(t)j o vetor posição: pr cd ponto P P(t) sobre curv, temos R(t) OP(t). Vmos dividir curv em um número finito de rcos por meio dos pontos P,P 1,...,P n, P k (x k,y k ). O trblho k W relizdo o longo do rco P k 1 P k é k W (F(P k ) T k ) k s, em que T k denot o vetor 6

7 unitário tngente no ponto P k 1 e k s tk t k 1 [x (u)] 2 + [y (u)] 2 du é o comprimento do rco P k 1 P k. Portnto, o trblho relizdo o longo de é n b [ ] W lim (F(P k ) T k ) k s F(x(t),y(t)) T(t) [x (t)] 2 + [y (t)] 2 dt (1.3) k1 que denotmos por W (F T)ds. Vmos dr outr expressão do trblho. Notemos que tmbém podemos escrever o trblho k W relizdo o longo do rco P k 1 P k como k W F(P k ) j R M(x k,y k ) k x + N(x k,y k ) k y em que k x x k x k 1 e k y y k y k 1. Pelo Teorem do Vlor Médio, existem s k, w k [t k 1, t k ] tis que k x x (s k ) k t e k y y (w k ) k t Portnto, W lim que denotmos por W n M(x k,y k )x (s k ) k t + N(x k,y k )y (w k ) k t k1 M(x,y)dx + N(x,y)dy. Pssemos à definição de integrl de linh. Sej um curv pln suve ligndo os pontos A e B. Sejm M(x,y),N(x,y) funções contínus sobre. Vmos dividir curv em n rcos por meio dos pontos P A, P 1,,P N B (onde P j (x j,y j ), j, 1,,N). Definmos, como de costume, j x x j x j 1, j y y j y j 1, j 1,,N e mx{ 1 x,, N x, 1 y,, N y}. y y k y k 1 P 1 P A P k P k 1 P n B x k 1 x k x 7

8 Em cd rco P j 1 P j escolhemos um ponto P (z j,w j ) e formmos som N M(z j,w j ) j x + N(z j,w j ) j y (1.4) j1 Pode-se mostrr que, qundo tis soms tendem um limite que chmmos integrl de linh e denotmos por Mdx + Ndy. Assim, Mdx + Ndy lim N M(z j,w j ) j x + N(z j,w j ) j y. (1.5) j Cálculo d integrl de linh Sejm x f(t), y g(t), t b equções prmétrics de, e sej t < t 1 < < t N b um prtição do intervlo [,b] tl que P j (f(t j ),g(t j ), j, 1,,N; então j x f(t j ) f(t j 1 ). Pelo Teorem do Vlor Médio, existe r j entre t j 1 e t j tl que f(t j ) f(t j 1 ) f (r j )(t j t j 1 ). Chmndo j t t j t j 1, podemos escrever j x f (r j ) j t. Escolhendo P j (f(r j ),g(r j )), som (1.4) fic N M(f(r j ),g(r j ))f (r j ) j t. j1 que é um som de Riemnn d função contínu H(t) M(f(t),g(t))f (t) e portnto ess som converge pr integrl b H(t)dt. Logo, b M(x,y)dx M(f(t),g(t))f (t)dt. Anlogmente, temos Logo, N(x,y)dy M(x,y)dx + N(x,y)dy b b N(f(t),g(t))g (t)dt. [ M(f(t),g(t))f (t) + N(f(t),g(t))g (t) ] dt. Como foi feito cim pr o comprimento de rco, mostr-se fcilmente que o vlor d integrl de linh não se lter qundo substituimos um dd prmetrizção por um outr equivlente. A definição de integrl de linh tem um extensão nturl pr o cso em que é um cminho: se 1 n é um curv contínu, onde cd i, 1 i n é um curv suve, e M e N são funções contínus sobre, definimos (M dx + N dy) (M dx + N dy) (M dx + N dy) n 8

9 Exemplo 9. Clculr xy dx + x 3 y dy, em que é metde superior d elípse x2 + y2 2 b 1. 2 Podemos prmetrizr elípse por x cos t, y bsen t, t π. Então I π [ 2 b sen 2 t cos t + 3 b 2 cos 4 t b sen t ] dt π π 2 b sen 2 t cos t dt + 3 b 2 cos 4 t sen t dt [ 2 b 3 sen 3 t 3 b 2 ] π 5 cos5 t b 2. y x Exemplo 1. Clculr 2xy dx + (x 2 y 2 )dy em que: y () é o segmento de ret ligndo P 1 (3, ) P 2 (, 2); (b) é o cminho formdo pelos segmentos de ret: 1 ligndo P 1 O (, ) e 2 ligndo O P 2. P P 1 x O segmento ligndo o ponto (3,) (,2) pode ser prmetrizdo por: x 3 3t, y 2t, t 1, donde x (t) 3, y (t) 2 e, portnto 1 2xy dx + (x 2 y 2 )dy (46t 2 72t + 18)dt 8/3 O segmento 1 de (3,) (,) pode ser prmetrizdo por x 3 t, y, t 3, donde x 1, y, enqunto que o segmento 2 ligndo (,) (,2), pode ser ddo por x, y 2t, t 1, donde x, y 2, de modo que temos I 1 2xy dx + (x 2 y 2 )dy 1 e Logo I 2 2xy dx + (x 2 y 2 )dy 2 1 ( 4t 2 ).2dt xy dx + (x 2 y 2 )dy I 1 + I Exemplo 11. Clculr o trblho relizdo pel forç F um prtícul de P (1, ) P 1 (3, 2): 9 1 (x 2 + y 2 ) 3/2 ( xi+yj ) pr deslocr

10 () o longo do segmento de ret P P 1 ; (b) o longo do cminho formdo pelos segmentos de ret de P P 2 (3, ) e do segmento de ret ligndo P 2 P 1. y P 1 P P x 2 Um prmetrizção do segmento de ret P P 1 é x t, y t 1, 1 t 3. Portnto xdx + y dy 3 W (x 2 + y 2 ) t + (t 1) 3/2 [t 2 + (t 1) 2 ] 3/2dt t + 2(t 1) [t 2 + (t 1) 2 ] 3/2dt t2 + (t 1) O segmento de ret 1 P P 2 pode ser prmetrizdo como x t, y, 1 t 3. Então x (t) 1 e y (t), e temos xdx + y dy 3 I 1 1 (x 2 + y 2 ) t 3 3/2 1 t 3dt dt 1 t t O segmento de ret 2 P 2 P 1 pode ser prmetrizdo como x 3, y t, t 2. Então x (t) e y (t) 1, e temos xdx + y dy 2 I 2 2 (x 2 + y 2 ) t dt 3/2 (9 + t 2 ) 3/2dt 1 2 2t dt 1 2 (9 + t 2 ) 3/2dt t Logo, W 2 I 1 + I Proprieddes d integrl de linh 1) M dx + N dy AB M dx + N dy (em que AB indic curv percorrid BA no sentido de A pr B). 2) M dx + N dy AC M dx + N dy + AB M dx + N dy. BC [ ] 3) (M dx + N dy) + (P dx + Qdy) (M + P)dx + (N + Q)dy Integrl de Linh em Relção o Comprimento de Arco. Repetindo o procedimento cim pr s soms n i1 f(p i ) i s, (em que i s é o comprimento do rco de de P i 1 P i ), obteremos integrl de linh de f em relção o comprimento 1

11 ti de rco, qul denotremos por f(x,y)ds. Como i s [x (t)] 2 + [y (t)] 2 dt, temos t i 1 f(x,y)ds lim n i1 b f(p i ) i s n i1 f[x(t),y(t)] [x (t)] 2 + [y (t)] 2 dt f(p i ) [x (r i )] 2 + [y (r i )] 2 i t Como vimos cim, o cálculo d mss de um fio de rme conduz este tipo de integrl. A fórmul que define o comprimento de rco de um curv pode ser vist como um integrl deste tipo: b s [x (t)] 2 + [y (t)] 2 dt ds. Exemplo 12. Clculr (2x + 5y)ds, em que é semicircunferênci y 4 x 2 ligndo (2, ) ( 2, ). As equções x 2 cos t, y 2sen t, t π prmetrizm semicircunferênci. Temos (x ) 2 + (y ) 2 2. Portnto, I (2x + 5y)ds π (4 cos t + 1sen t)2dt 8sen t 2 cos t Exemplo 13. Clculr (4x 3 + y)ds, em que é o rco de prábol y x 2 ligndo (, ) (2, 4). π 4 Podemos prmetrizr por x t, y t 2, t 2. Então (x ) 2 + (y ) t 2, e temos I (4x y)ds (4t 3 t + t) 1 + 4t 2 dt (1 + 4t 2 ) 3/2 8t dt (1 + 4t2 ) 5/2 2 1 ( 17 5/2 1 ). 2 Além ds proprieddes citds cim pr outr integrl de linh, vle seguinte estimtiv pr integrl em relção o comprimento de rco: Se f(x,y) K, (x,y), então f(x,y)ds K L, em que L é o comprimento de Notção vetoril ds integris de linh. Consideremos o cmpo vetoril F(x,y) M(x,y)i + N(x,y)j, em que M(x,y),N(x,y) são funções contínus sobre curv suve : x f(t), y g(t), t b,; sej R(t) f(t)i + g(t)j correspondente função vetoril. Definindo R k R(t k ) R(t k 1 ), podemos 11

12 reescrever em (1.5) expressão M(z k,w k ) k x+n(z k,w k ) j y como F(z k,w k ) R k. Podemos então denotr integrl de linh em (1.5) por F dr tmbém podemos escrever integrl de rco. Lembremos que M dx+n dy como integrl em relção o comprimento T(t) R (t) R (t) é um vetor unitário tngente e que s (t) R (t) [x (t)] 2 + [y (t)] 2, podemos escrever b b F T ds F(P(t)) T(t) R (t) dt F(x(t),y(t)) R (t)dt Notemos que o integrndo de [ M(x(t),y(t))x (t) + N(x(t),y(t))y (t) ] dt M dx + N dy F T ds é o comprimento d componente do vetor F n direção do vetor T tngente à curv. Assim, qundo é um cminho fechdo, ess integrlde linh é um medid de o qunto o cmpo F circul o redor de. Por ess rzão, integrl F T ds é chmd circulção de F o longo de. Exemplo 14. As integris de linh são importntes em Mecânic dos Fluidos. De cordo com fórmul de Kutt-Joukowsky, forç L de levntmento exercid sobre um erofólio é L δ v C (1.6) em que δ é densidde de mss do r, v é velocidde do r e C é circulção de w sobre um cminho o redor do erofólio, isto é C w T ds, em que w é o vetor velocidde (vej figur bixo) Trblho e Energi Cinétic Qundo F é um cmpo de forçs, integrl de linh F dr é o trblho relizdo por F pr deslocr um prtícul o longo de. Usndo 2 ā lei de Newton F m m dv dt podemos escrever b W F dr F(f(t),g(t)) R (t)dt b m dv(t) d v(t)dt dt dt 1 m 2 v(b) 2 1 m 2 v() 2 b [ 1 ] 2 mv(t) v(t) dt 1 2 mv(b) v(b) 1 mv() v() 2 12

13 Logo, o trblho relizdo por F é igul à vrição d energi cinétic d prtícul Integris de Linh em Cminhos Fechdos. Pr definir integrl de linh em um cminho fechdo, precismos, em primeiro lugr, escolher um sentido de percurso pr curv. No cso de um circunferênci, um elípse ou um polígono convexo, é nturl usr expressão sentido horário (ou sentido nti-horário) de percurso. O sentido nti-horário será chmdo sentido positivo de percurso. Pr um cminho fechdo simples mis gerl definiremos o sentido positivo de percurso do seguinte modo: diremos que curv é percorrid no sentido positivo qundo os pontos interiores ficm à esquerd de quem cminh sobre curv. Usremos o símbolo M dx + N dy pr denotr integrl de linh qundo é um curv fechd percorrid no sentido positivo. Se for percorrid no sentido oposto, o vlor d integrl será M dx+n dy. A figur bixo mostr lguns tipos de cminhos fechdos orientdos positivmente Exemplo 15. Clculr s integris I 1 circunferênci x 2 + y 2 2. xdx + y dy e I x 2 + y 2 2 y dx + xdy, em que é x 2 + y 2 Prmetrizndo circunferênci como x cos t, y sen t, t 2π, podemos escrever I 1 I 2 xdx + y dy x 2 + y 2 y dx + xdy x 2 + y 2 2π 2π cos t ( sen t) + sen t cos t dt, 2 sen t ( sen t) + cos t cos t dt 2 2π dt 2π O TEOREMA DE GREEN O Teorem de Green é um dos mis importntes resultdos do Cálculo Vetoril, e estbelece um relção entre integris de linh e integris dupls. Teorem 1. Teorem de Green. Suponhmos que s funções M e N tenhm derivds prciis de 1 ạ ordem contínus em todos os pontos de um cminho fechdo simples e n 13

14 região R formd pelos pontos interiores. Então [ N M dx + N dy R x M ] dxdy (1.7) Demonstrção. 1 ọ cso: A região R pode ser descrit sob s dus forms: d y D R {(x,y); f 1 (x) y f 2 (x), x b} R {(x,y); g 1 (y) x g 2 (y), c y d}. Neste cso, o cminho é união dos rcos 1 ACB e 2 BDA, que podem ser prmetrizdos por c A R C B b x Portnto, 1 : { x t y ϕ 1 (t), t b 2: M dx M dx + 1 M dx 2 b { x + b t y ϕ 1 (x) M(x,ϕ 1 (x))dx b, t b M(x,ϕ 2 (x))dx Por outro ldo, integrl dupl R M dxdy por meio de integris iterds R M dx dy b ϕ2 (x) M dx ϕ 1 (x) dy b [ ] M(x, ϕ 2 (x)) M(x, ϕ 1 (x)) dx Comprndo esss dus igulddes, temos M dx b R M M(x, ϕ 1 (x))dx + b M(x, ϕ 2 (x))dx dxdy (1.8) Anlogmente, temos R N x dx dy N dy d c g2 (y) N dy g 1 (y) x dx 14 d c [ ] N(y, g 2 (y)) N(y, g 1 (y)) dy

15 Combinndo s dus igulddes cim, temos M dx + N dy R [ N x M ] dx dy. 2 ọ cso: R não é do tipo cim, ms, se introduzirmos um número finito de segmentos L 1,...,L n, el fic decompost n form R R 1 R n, em que cd R j é do tipo considerdo no 1 ọ cso, como n figur bixo. Chmemos j fronteir de R j, qul é o cminho constituído por prte de e lguns dos rcos L j. Aplicndo prte nterior cd R j, temos M dx + N dy j R j [ N x M ] dxdy. P Q Somndo tods esss integris, obtemos [ N x M ] n dxdy R j1 R j M dx + N dy. [ N x M ] dxdy n j1 j M dx + N dy Em lgums situções, o Teorem de Green trnsform o cálculo de um integrl de linh complicd no de um integrl dupl mis simples. Exemplo 16. Clculr integrl ( 1 + tnh 4 x y 2 )dx + [3x + cos(e y4 + 3)]dy, em que é o retângulo com vértices nos pontos ( 2, ), (3, ), (3, 1) e ( 2, 1). Pelo Teorem de Green, temos ( 1 + tnh 4 x y 2 )dx + [3x + cos(e y4 + 3)]dy dx 1 (x + y)dy 2 (x + 1 )dx [xy + y2 2 ] 1 dx D (2x + 2y)dxdy Áre d região envolvid por um curv. Tomndo em (1.7) M(x,y) y, N(x,y) x, obtemos y dx + xdy 2 dxdy 2A(D) D 15

16 em que A(D) é áre d região D envolvid por. Temos então um fórmul pr clculr áre de um região usndo integrl de linh: A(D) 1 y dx + xdy. 2 Exemplo 17. Clculr áre d região envolvid pel elípse x2 2 + y2 b 2 1. A elípse pode ser prmetrizd por : x cos t, y b sen t, t 2π e, portnto, áre é 2π A ( y dx + xdy) [( b sen t)( sent) + ( cos t)(b cos t)]dt 2π b(cos 2 t + sen 2 t)dt 2πb Forms Vetoriis do Teorem de Green Vimos que integrl de linh (M dx + N dy) pode ser escrit n form vetoril F Tds, onde F Mi + Nj é o cmpo e T [(f (t)) 2 + (g (t)) 2 ] 1/2[ f (t)i + g (t)j ] é o vetor unitário tngente. Como N z N, temos z i j k F x z N z i + M [ N z j + x M ] [ N k x M ] k. M N e portnto ( F) k N x M. Podemos então escrever (1.7) n form F T ds D rot(f) kdxdy (1.9) Pr um outr form vetoril do teorem de Green, consideremos o cmpo vetoril G N i M j. O vetor n x i y j é um vetor norml à curv. Podemos então escrever M dx + N dy G nds. Por outro ldo, temos div(g) N N. Logo, o teorem de Green tmbém pode ser escrito n form G nds div (G) da (1.1) 16 R

17 Interpretção do Rotcionl A fórmul (1.9) permite dr um interpretção do rotcionl. A integrl F Tds chm-se circulção do cmpo F o redor de. Notemos que F T é o comprimento d componente de F n direção tngencil à curv. Assim, qundo F éum cmpo de velociddes, F T é comprimento d componente d velocidde o longo de e F Tds é um medid do qunto o cmpo F circul o redor de. Fixemos um ponto P (x,y ), e tomemos D B r (P ), o círculo de centro P e rio r. Pelo Teorem d Médi pr integris dupls, existe P D tl que A(D)rotF(P ) k rotf(x,y) kdxdy. onde A(D) π r 2 é áre de D. Usndo relção (1.9) temos 1 F Tds rotf(p ) k. πr 2 Qundo r temos P P. Logo, D 1 rotf(p ) k lim r πr 2 F Tds. Assim, componente de rotf(p ) n direção de k é o limite do quociente d circulção pel áre do círculo. A grosso modo podemos dizer que o rotcionl é um medid d circulção por unidde de áre Extensão do teorem de Green O Teorem de Green vle pr regiões mis geris do que simplesmente conjuntos dos pontos interiores um curv. Por exemplo, ddos dois cminhos fechdos 1 e 2, com 2 inteirmente contido no interior de 1 (como n figur.a bixo), sej R região constituid por todos os pontos entre 1 e 2 ; vle seguinte iguldde M dx + N dy M dx + N dy (N x M y )dxdy (1.11) 1 2 R 17

18 1 2 R 1 R R 2 Figur A Figur B Pr verificr est relção, introduzimos dois segmentos de ret L 1 e L 2, que dividem R em dus subregiões R 1 e R 2, e 1 em dois cminhos 1 + e 1, e 2 em 2 + e 2, como n figur.b cim e considermos os cminhos σ + L 1 L 2 e σ L 1 L 2. O Teorem de Green, tl com visto cim plic-se cd um ds regiões R 1 e R 2, fornecendo s relções: M dx + N dy (N x M y )dxdy σ + R 1 M dx + N dy (N x M y )dxdy R 2 Somndo membro membro, e notndo que s integris sobre os segmentos de rets são clculdos um vez em cd sentido (e portnto se nulm), obtemos iguldde (1.11). Observção 2. Ns condições cim, se N M (x,y) (x,y), (x,y) R, então x M dx + N dy M dx + N dy (1.12) 1 2 De fto, temos ( N M dx + N dy M dx + N dy 1 2 R x M ) dxdy y dx + xdy Exemplo 18. Clculr integrl, em que é o hexágono com vértices nos x 2 + y 2 pontos (2, ), (1, 3), ( 1, 3), (1, 3), ( 2, ), ( 1, 3) e (1, 3). (1, 3) Denotndo C M(x,y) y x e N(x,y) x 2 + y 2 x 2 + y 2, temos M y2 x 2 (x 2 + y 2 ) N 2 x. 18

19 Sej C circunferênci de centro n origem e rio 1. Usndo (1.12) e o Exemplo 2, podemos escrever y dx + xdy y dx + xdy 2π. x 2 + y 2 C x 2 + y 2 y 3 dx Exemplo 19. Clculr integrl (x 2 + y 2 ) xy2 dy 2 (x 2 + y 2 ) 2, em que é um cminho fechdo não contendo o ponto (, ). temos Denotndo M(x,y) y 3 (x 2 + y 2 ) 2 e N(x,y) M 3x2 y 2 y 4 (x 2 + y 2 ) 3 N x. xy 2 (x 2 + y 2 ) 2, Se o cminho não envolve origem, então, denotndo por R região interior, temos, pelo teorem de Green y 3 dx xy 2 dy ) (N (x 2 + y 2 ) 2 y M x da Se o cminho envolve origem, tomemos um circunferênci C de rio centrd n origem contid no interior de. Então: usndo extensão do Teorem de Green (em (1)), o fto que x 2 + y 2 2 sobre C (em (2)) e o Teorem de Green (em (3)), temos y 3 dx xy 2 dy (1) (x 2 + y 2 ) 2 C (3) 1 4 R y 3 dx xy 2 dy (2) (x 2 + y 2 ) 2 C y 3 dx xy 2 dy (3) ( y 2 3y 2 )dxdy 4 2 π r 2 sen 2 θ r dr dθ D 4 1 [ ] [ 1 ( r 4 sen 2θ ) ] 2 π θ π x 2 y dy Exercício 4. Clculr integrl (x 2 + y 2 ) x3 dy 2 (x 2 + y 2 ) 2, em que é um cminho fechdo não contendo o ponto (, ). É clro que extensão do Teorem de Green é válid no cso em que no interior de 1 existem um número finito de cminhos 2,..., n, como n figur bixo. Nesse cso, temos: 1 M dx + N dy n k2 M dx + N dy k R ( N x M ) da Em prticulr, se N x M em R, temos 1 M dx + N dy n k2 k M dx + N dy 19

20 R Integris que independem do cminho Ddos dois pontos A e B, o vlor d integrl de linh M dx + N dy, em gerl, tem vlores distintos se tomrmos cminhos distintos ligndo os pontos A e B. Consideremos, por exemplo, M(x,y) x 2 y, N(x,y) y 2, A (, ), B(1, 1), e tomemos os seguintes cminhos ligndo A B: () o segmento de ret 1 : {x(t) t, y(t) t, t [, 1] e (b) o rco de prábol 2 : {x(t) t, y(t) t 2, t [, 1]. Temos 1 x 2 y dx + y 2 dy 2 x 2 y dx + y 2 dy A integrl 1 1 (t 3 + t 2 )dt (t 4 + 2t 5 )dt y (1, 1) 1 2 y dx + xdy independe do cminho em R 2. De fto, se : x x(t), y y(t), t b é um curv qulquer ligndo dois pontos A (x(),y()) e B (x(b),y(b)), temos y dx + xdy b [ y(t)x (t) + x(t)y (t) ] dt b [ ] [ ] b x(t)y(t) dt x(t) y(t) O próximo teorem dá um condição pr que integrl independ do cminho em um região. Teorem 2. A integrl de linh M dx + N dy independe do cminho n região D se, e somente se existe um função f continumente diferenciável em D tl que f x M e f y N. Neste cso, temos B A M dx + N dy f(b) f(a) (1.13) x 2

21 Observção 3. Usndo notção vetoril, com F Mi + Nj, condição cim (f x M e f y N) signific f F. Portnto, f é um função potencil pr F. Assim, integrl F dr (ou F T ds) independe do cminho se, e somente se, F é o grdiente de lgum função, ou sej, se, e somente se, o cmpo vetoril F é conservtivo, e neste cso, iguldde (1.13) se escreve n form B A f dr f(b) f(a). Assim, o Teorem 2 pode ser visto como um extensão do Teorem Fundmentl do Cálculo pr integris de linh. Demonstrção : Suponhmos que f F. Tomemos dois pontos A, B D, e sej D um cminho ligndo A B, prmetrizdo por x x(t), y y(t), t b. Temos M(x,y)dx + N(x,y)dy f x (x,y)dx + f y (x,y)dy b {f x [x(t),y(t)]x (t) + f y [x(t),y(t)]y (t)}dt f[x(t),y(t)] b f(b) f(a). Deste modo, integrl de linh A e B, e não do cminho ligndo esses pontos. Reciprocmente, suponhmos que integrl de linh b d dt f[x(t),y(t)]dt M(x,y)dx+N(x,y)dy depende pens dos vlores de f em F dr independ do cminho em D. Fixemos P D. Pr cd P D, o vlor d integrl F dr é o mesmo, qulquer P o que sej o cminho (contido em D) ligndo P P. Isto define um função f : D R f(p) P P o F dr. P Tomemos P 1 (x 1,y 1 ) D. Vmos mostrr que f(p 1 ) F, isto é, que f x M e f y N. Sej x > tl que Q 1 (x 1 + x,y 1 ) pertence D. Temos f(x 1 + x,y 1 ) f(x 1,y 1 ) (x1 + x,y 1 ) P o F dr P1 P o F dr (x1 + x,y 1 ) P 1 F dr. 21

22 Como integrl de linh independe do cminho em D, vmos clculr est últim integrl sobre o segmento de ret P 1 Q 1, o qul pode ser prmetrizdo por: : x t, y y 1, x 1 t x 1 + x. Então: P 1 Q 1 f(x 1 + x,y 1 ) f(x 1,y 1 ) f x (P 1 ) lim x x lim x 1 x x1 + x x 1 M(t,y 1 )dt M(x 1,y 1 ). Anlogmente obtemos f y (P 1 ) N(P 1 ). P Corolário 1. Suponhmos que s derivds prciis ds funções M e N sejm contínus n região R e que integrl de linh M dx + N dy independ do cminho em R. Então M y (x,y) N x (x,y), (x,y) R Demonstrção: Pelo Teorem 2, existe um função f(x,y) tl que f x M e f y N. Como f x y (x,y) f y x (x,y), temos M y f x y f y x N x. Observção 4. Além de su importânci n teori ds integris de linh o Teorem 2 fornece um método pr clculr integris de linh. Exemplo 2. Clculr (3,π/2) ( π/2, 1) y cos(xy)dx + x cos(xy)dy. Notemos que função f(x, y) sen (x y) stisfz: Portnto (3,π/2) ( π/2, 1) Exemplo 21. Clculr f x (x,y) y cos(xy) e f y (x,y) x cos(xy) xdx + y dy f(3, π x 2 + y 2 2 ) f( π 2, 1) sen 3π 2 sen π 2 2. (3,3) (1,) região R {(x,y) : x > }. Notemos que função f(x,y) ln x 2 + y 2 stisfz: f x (x,y) 1 2 Portnto (3,3) xdx + y dy, o longo de um cminho qulquer contido n x 2 + y 2 2x x 2 + y 2 (1,) x x 2 + y 2 e f y (x,y) 1 2 2y x 2 + y 2 xdx + y dy x 2 + y 2 f(3, 3) f(1, ) ln y x 2 + y 2

23 Exemplo 22. Clcule R {(x,y) : x > }. (3,3) (1,) y dx xdy, o longo de qulquer cminho contido n região x 2 + y 2 Notemos que função f(x,y) rctn(y/x) (f(x,y) é o ângulo θ do sistem de coordends polres) stisfz: y f x (x,y) e f x 2 + y 2 y (x,y) x x 2 + y 2 Portnto (3,3) Exercício: Clcule: (1) (2) (3,π/2) ( π/2, 1) (3,π/2) ( π/2, 1) (1,) y cos(x + y)dx + x cos(x + y)dy. 2xy cos(x 2 y)dx + x 2 cos(x 2 y)dy. y dx xdy x 2 + y 2 rctn 1 rctn π 4. Exercício: Mostre que s integris bixo independem do cminho: (1) (2xy 2 dx + 2x 2 y dy. (função potencil: f(x,y) x 2 y 2 ); (2) (3x 2 y 2 + 2xy 3 )dx + (2x 3 y + 3x 2 y 2 )dy. (função potencil: f(x,y) x 3 y 2 + x 2 y 3 ) (3) (15x 2 y 2 8xy 3 )dx + (1x 3 y 12x 2 y 2 )dy. (função potencil: f(x,y) 5x 3 y 2 4x 2 y 3 ) (4) 2xy 2 cos(x 2 y 2 )dx + 2x 2 y cos(x 2 y 2 )dy. (função potencil: f(x,y) sen (x 2 y 2 )) O Teorem 2 tem um inconveniente do ponto de vist do cálculo de integris: gerlmente é muito difícil encontrr um função potencil. Vmos ver em seguid lguns ftos lterntivos pr determinr o vlor d integrl. Em primeiro lugr, notemos o seguinte resultdo: Teorem 3. A integrl de linh M dx + N dy é independente do cminho n região R se, e somente se, M dx + N dy, pr todo cminho fechdo C R. C Demonstrção: Suponhmos que integrl de linh C M dx + N dy sej independente do cminho em R, e sej um cminho fechdo contido em R. Tomemos dois pontos A B sobre curv e designemos por 1, 2 os dois rcos de ligndo A B. 23

24 B 2 1 A Como integrl independe do cminho, temos obtemos 1 AB M dx + N dy M dx + N dy + AB 2 M dx + N dy 2 AB M dx+n dy 1 BA 1 AB 2 AB M dx + N dy M dx + N dy M dx+n dy, donde Segue-se que integrl sobre qulquer cminho fechdo R é nul. Reciprocmente, suponhmos que pr qulquer cminho fechdo C R, tenhmos M dx+ C N dy, e sejm A e B dois pontos quisquer em R. Tomemos dois cminhos quisquer 1, 2 R ligndo A B. Então AB 1 2 BA é um cminho fechdo contido em R. Por hipótese, temos M dx + N dy. Ms 1 AB 2 BA Logo, 1 AB 2 BA M dx+n dy 1 AB 1 AB M dx + N dy M dx+n dy+ 2 AB 2 BA M dx+n dy M dx+n dy M dx+n dy. AB 1 AB 2 M dx + N dy, isto é, integrl independe do cminho em R. y dx xdy Exemplo 23. Mostrr que integrl de linh é independente do cminho em x 2 + y 2 cd um ds regiões: R {(x,y);y > }, D {(x,y);y < x 2 1}. Defto, vimos nteriormente que, se é um cminho fechdo que não envolve origem, y dx xdy então. Como nenhum cminho fechdo em R (ou em D) pode envolver x 2 + y 2 origem, integrl sobre qulquer cminho fechdo contido em R (ou em D) se nul. Pelo y dx xdy Teorem 3, integrl de linh é independente do cminho em R (e em D). x 2 + y 2 24

25 y dx xdy Exemplo 24. Mostrr que integrl de linh depende do cminho em R 2. x 2 + y 2 De fto, vimos nteriormente que o vlor d integrl sobre qulquer cminho fechdo simples (percorrido no sentido positivo) que envolve origem é 2π. Tmbém podemos ver que integrl cim depende do cminho clculndo diretmente s integris sobre os dois cminhos ligndo ( 1, ) (1, ): 1 : x cos(π t), y sen (π t),π t π e 2 : x cos t, y sen t, π t 2π y dx xdy π [sen (π t)( sen (π t) cos (π t) cos (π t)]dt π 1 x 2 + y 2 y dx xdy 2π [sen t ( sen t) cos t cos t]dt π 2 x 2 + y 2 π Este exemplo ilustr, n verdde, um fto mis gerl sobre independênci do cminho. Pr enuncir este resultdo, vmos introduzir seguinte terminologi: um região D é dit simplesmente conex se tod curv fechd contid em D envolver pens pontos de D (dito de modo informl, dizer que D é simplesmente conex signific que D não tem burcos). O conjunto de todos os pontos interiores um cminho fechdo simples constitui um região simplesmente conex. A região nulr entre dus circunferêncis como, por exemplo, A {(x,y); 1 < x 2 + y 2 < 16} não é um região simplesmente conex (por exemplo, circunferênci C : x 2 + y 2 4 está contid em A, o ponto (, ) é interior C, ms não pertence A. Teorem 4. Suponhmos que s funções M(x,y) e N(x,y) tenhm derivds prciis contínus n regio simplesmente conex R e que N x (x,y) M y (x,y), (x,y) R. Então integrl de linh M dx + N dy independe do cminho em R. Demonstrção: Pr todo cminho fechdo C contido em R temos, pelo Teorem de Green ( N M dx + N dy R x M ) da x Pelo Teorem 3, integrl de linh M dx + N dy independe do cminho em R. y dx xdy Exemplo 25. A integrl de linh independe do cminho em qulquer região x 2 + y 2 simplesmente conex D R 2 que não contenh origem. Exemplo 26. Clculr cos x cosh y dx + sen x sen h y dy, sendo o cminho formdo pelos segmentos de ret L 1 ligndo (, ) (π/2, 5), L 2 ligndo (π/2, 5) (3π/4, 3), L 3 ligndo (3π/4, 3) (π, 6) e L 4 ligndo (π, 6) (3π/2, ). Observemos que s funções M(x,y) cos x cosh y dx e N(x,y) sen x sen h y 25

26 têm derivds prciis contínus e M y N x cos x sen h y. Pelo Teorem 4, integrl de linh M dx + N dy independe do cminho em R 2. Vmos substituir pelo segmento de ret ligndo (, ) 3π/2, ), que pode ser prmetrizdo por Γ : x t, y, t 3π/2; então x 1 e y. Temos, portnto 3 π/2 cos x cosh y dx + sen x sen h y dy (cos t cosh + sen t sen h )dt 3 π/2 cos t dt Integris de linh no espço As definições de integrl de linh podem ser estendids de modo nturl pr curvs no espço. Se : x x(t), y y(t), z z(t), t [,b] é um cminho e f(x,y,z),l(x,y,z), M(x,y,z) e N(x,y,z) são funções contínus em um região contendo, então s integris de linh f(x,y,z)ds e Ldx + M dy + N dz são definids como limites de soms e podem ser clculds pels relções: f(x,y,z)ds lim k1 b Ldx + M dy + N dz lim n f(pk) k s f(p(t)) [x (t)] 2 + [y (t)] 2 + [z (t)] 2 dt k1 b n L(Pk ) k x + M(Pk k y + M(Pk ) k z [ L(P(t))x (t) + M(P(t))y (t) + N(P(t))z (t) ] dt em que P(t) (x(t),y(t),z(t)). Definindo F Li + M j + N k e R(t) x(t)i + y(t)j + z(t)k e T(t) R (t)/ R (t), podemos escrever Ldx + M dy + N dz F dr F T ds Exemplo 27. Clculr por x t, y t 2, z t 3, t 3. Temos 1x 2 y dx xdy 2xz dz, em que é curv dd prmetricmente 1x 2 y dx y dy 2xdz 3 (1t 4 8t 3 )dt 2t 5 2t Vle pr integris de linh no espço o seguinte resultdo, cuj demonstrção é nálog o cso do plno. 26

27 Teorem 5. Suponhmos que s funções L, M e N sejm contínus n região R. A integrl de linh Ldx + M dy + N dz independe do cminho em R se, e somente se, existe um função V : R R tl que V x L, V y M, V z N. Como conseqüênci diret, temos: Corolário 2. Suponhmos que s funções L, M e N sejm tenhm derivds prcis de primeir ordem contínus n região R e que integrl de linh Ldx + M dy + N dz independe do cminho em R. Então L y M x, L z N x, M z N y. Observção 5. Definindo F Li + M j + N k, temos i j k F x z (N y M x )i + (L z N x )j + (M x L y )k. L M N Assim, o Corolário firm que, se integrl de linh F. Exercício 5. Mostre que integrl de F dr independe do cminho, então 1x 2 y dx xdy 2xz dz linh depende do cminho. 27

equação paramêtrica/vetorial da curva: a lei γ(t) =... Dizemos que a curva é fechada se I = [a, b] e γ(a) = γ(b).

equação paramêtrica/vetorial da curva: a lei γ(t) =... Dizemos que a curva é fechada se I = [a, b] e γ(a) = γ(b). 1 Lembrete: curvs Definição Chmmos Curv em R n : um função contínu : I R n onde I R é intervlo. (link desenho curvs) Definimos: Trço d curv: imgem equção prmêtric/vetoril d curv: lei (t) =... Dizemos que

Leia mais

Definição Definimos o dominio da função vetorial dada em (1.1) como: dom(f i ) i=1

Definição Definimos o dominio da função vetorial dada em (1.1) como: dom(f i ) i=1 Cpítulo 1 Funções Vetoriis Neste cpítulo estudremos s funções f : R R n, funções que descrevem curvs ou movimentos de objetos no espço. 1.1 Definições e proprieddes Definição 1.1.1 Um função vetoril, é

Leia mais

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática Universidde de Brsíli Deprtmento de Mtemátic Cálculo Comprimento de rco Considerefunçãof(x) = (2/3) x 3 definidnointervlo[,],cujográficoestáilustrdo bixo. Neste texto vmos desenvolver um técnic pr clculr

Leia mais

16.4. Cálculo Vetorial. Teorema de Green

16.4. Cálculo Vetorial. Teorema de Green ÁLULO VETORIAL álculo Vetoril pítulo 6 6.4 Teorem de Green Nest seção, prenderemos sore: O Teorem de Green pr váris regiões e su plicção no cálculo de integris de linh. INTROUÇÃO O Teorem de Green fornece

Leia mais

4. Teorema de Green. F d r = A. dydx. (1) Pelas razões acima referidas, a prova deste teorema para o caso geral está longe

4. Teorema de Green. F d r = A. dydx. (1) Pelas razões acima referidas, a prova deste teorema para o caso geral está longe 4 Teorem de Green Sej U um berto de R 2 e r : [, b] U um cminho seccionlmente, fechdo e simples, isto é, r não se uto-intersect, excepto ns extremiddes Sej região interior r([, b]) prte d dificuldde n

Leia mais

Relembremos que o processo utilizado na definição das três integrais já vistas consistiu em:

Relembremos que o processo utilizado na definição das três integrais já vistas consistiu em: Universidde Slvdor UNIFAS ursos de Engenhri álculo IV Prof: Il Reouçs Freire álculo Vetoril Texto 4: Integris de Linh Até gor considermos três tipos de integris em coordends retngulres: s integris simples,

Leia mais

Objetivo. Integrais de funções vetoriais. Conhecer a integral de funções vetoriais; Aprender a calcular comprimentos de curvas parametrizadas;

Objetivo. Integrais de funções vetoriais. Conhecer a integral de funções vetoriais; Aprender a calcular comprimentos de curvas parametrizadas; Funções vetoriis Integris MÓDULO 3 - AULA 35 Aul 35 Funções vetoriis Integris Objetivo Conhecer integrl de funções vetoriis; Aprender clculr comprimentos de curvs prmetrizds; Aprender clculr áres de regiões

Leia mais

Capítulo III INTEGRAIS DE LINHA

Capítulo III INTEGRAIS DE LINHA pítulo III INTEGRIS DE LINH pítulo III Integris de Linh pítulo III O conceito de integrl de linh é um generlizção simples e nturl do conceito de integrl definido: f ( x) dx Neste último, integr-se o longo

Leia mais

Área entre curvas e a Integral definida

Área entre curvas e a Integral definida Universidde de Brsíli Deprtmento de Mtemátic Cálculo Áre entre curvs e Integrl definid Sej S região do plno delimitd pels curvs y = f(x) e y = g(x) e s rets verticis x = e x = b, onde f e g são funções

Leia mais

Cálculo III-A Módulo 8

Cálculo III-A Módulo 8 Universidde Federl Fluminense Instituto de Mtemátic e Esttístic Deprtmento de Mtemátic Aplicd álculo III-A Módulo 8 Aul 15 Integrl de Linh de mpo Vetoril Objetivo Definir integris de linh. Estudr lgums

Leia mais

Introdução ao estudo de equações diferenciais

Introdução ao estudo de equações diferenciais MTDI I - 2007/08 - Introdução o estudo de equções diferenciis 63 Introdução o estudo de equções diferenciis Existe um grnde vriedde de situções ns quis se desej determinr um quntidde vriável prtir de um

Leia mais

8 AULA. Funções com Valores Vetoriais LIVRO. META Estudar funções de uma variável real a valores em R 3

8 AULA. Funções com Valores Vetoriais LIVRO. META Estudar funções de uma variável real a valores em R 3 1 LIVRO Funções com Vlores Vetoriis 8 AULA META Estudr funções de um vriável rel vlores em R 3 OBJETIVOS Estudr movimentos de prtículs no espço. PRÉ-REQUISITOS Ter compreendido os conceitos de funções

Leia mais

NOTAS DE AULA CURVAS PARAMETRIZADAS. Cláudio Martins Mendes

NOTAS DE AULA CURVAS PARAMETRIZADAS. Cláudio Martins Mendes NOTAS DE AULA CURVAS PARAMETRIZADAS Cláudio Mrtins Mendes Segundo Semestre de 2005 Sumário 1 Funções com Vlores Vetoriis 2 1.1 Definições - Proprieddes.............................. 2 1.2 Movimentos no

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA EXAME DE QUALIFICAÇÃO PARA O MESTRADO EM MATEMÁTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA EXAME DE QUALIFICAÇÃO PARA O MESTRADO EM MATEMÁTICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA EXAME DE QUALIFICAÇÃO PARA O MESTRADO EM MATEMÁTICA PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 13 de Fevereiro de 2015 Prte I Álgebr Liner 1 Questão: Sejm

Leia mais

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x?

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x? Cálculo II Prof. Adrin Cherri 1 INTEGRAIS DEFINIDAS O Prolem d Áre Como determinr áre d região S que está so curv y = f(x) e limitd pels rets verticis x =, x = e pelo eixo x? Um idei é proximrmos região

Leia mais

Potencial Elétrico. Evandro Bastos dos Santos. 14 de Março de 2017

Potencial Elétrico. Evandro Bastos dos Santos. 14 de Março de 2017 Potencil Elétrico Evndro Bstos dos Sntos 14 de Mrço de 2017 1 Energi Potencil Elétric Vmos começr fzendo um nlogi mecânic. Pr um corpo cindo em um cmpo grvitcionl g, prtir de um ltur h i té um ltur h f,

Leia mais

(x, y) dy. (x, y) dy =

(x, y) dy. (x, y) dy = Seção 7 Função Gm A expressão n! = 1 3... n (1 está definid pens pr vlores inteiros positivos de n. Um primeir extensão é feit dizendo que! = 1. Ms queremos estender noção de ftoril inclusive pr vlores

Leia mais

8.1 Áreas Planas. 8.2 Comprimento de Curvas

8.1 Áreas Planas. 8.2 Comprimento de Curvas 8.1 Áres Plns Suponh que um cert região D do plno xy sej delimitd pelo eixo x, pels rets x = e x = b e pelo grá co de um função contínu e não negtiv y = f (x) ; x b, como mostr gur 8.1. A áre d região

Leia mais

2.4 Integração de funções complexas e espaço

2.4 Integração de funções complexas e espaço 2.4 Integrção de funções complexs e espço L 1 (µ) Sej µ um medid no espço mensurável (, F). A teori de integrção pr funções complexs é um generlizção imedit d teori de integrção de funções não negtivs.

Leia mais

Teorema de Green no Plano

Teorema de Green no Plano Instituto Superior Técnico eprtmento de Mtemátic Secção de Álgebr e Análise Prof. Gbriel Pires Teorem de Green no Plno O teorem de Green permite relcionr o integrl de linh o longo de um curv fechd com

Leia mais

Interpretação Geométrica. Área de um figura plana

Interpretação Geométrica. Área de um figura plana Integrl Definid Interpretção Geométric Áre de um figur pln Interpretção Geométric Áre de um figur pln Sej f(x) contínu e não negtiv em um intervlo [,]. Vmos clculr áre d região S. Interpretção Geométric

Leia mais

META: Introduzir o conceito de integração de funções de variáveis complexas.

META: Introduzir o conceito de integração de funções de variáveis complexas. Integrção omplex AULA 7 META: Introduzir o conceito de integrção de funções de vriáveis complexs. OBJETIVOS: Ao fim d ul os lunos deverão ser cpzes de: Definir integrl de um função complex. lculr integrl

Leia mais

MTDI I /08 - Integral de nido 55. Integral de nido

MTDI I /08 - Integral de nido 55. Integral de nido MTDI I - 7/8 - Integrl de nido 55 Integrl de nido Sej f um função rel de vriável rel de nid e contínu num intervlo rel I [; b] e tl que f (x) ; 8x [; b]: Se dividirmos [; b] em n intervlos iguis, mplitude

Leia mais

Apoio à Decisão. Aula 3. Aula 3. Mônica Barros, D.Sc.

Apoio à Decisão. Aula 3. Aula 3. Mônica Barros, D.Sc. Aul Métodos Esttísticos sticos de Apoio à Decisão Aul Mônic Brros, D.Sc. Vriáveis Aletóris Contínus e Discrets Função de Probbilidde Função Densidde Função de Distribuição Momentos de um vriável letóri

Leia mais

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes 1 Equções de Segundo Gru Bhskr e su turm Cícero Thigo B Mglh~es Um equção do segundo gru é um equção do tipo x + bx + c = 0, em que, b e c são números reis ddos, com 0 Dd um equção do segundo gru como

Leia mais

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa Integrção Numéric Diogo Pinheiro Fernndes Pedros Universidde Federl do Rio Grnde do Norte Centro de Tecnologi Deprtmento de Engenhri de Computção e Automção http://www.dc.ufrn.br/ 1 Introdução O conceito

Leia mais

f γ : [a,b] R f = f +... + C 2 C 1

f γ : [a,b] R f = f +... + C 2 C 1 pítulo 5 INTEGRAIS 5. Integris sobre Trjetóris Sejm f : R 3 R e γ : [,b] R 3 umprmetrizção dcurv declsse, tis que f γ : [,b] R é um função contínu. Definição 5.. Aintegrl de f o longo de γ édenotd edefinid

Leia mais

3. Cálculo integral em IR 3.1. Integral Indefinido 3.1.1. Definição, Propriedades e Exemplos

3. Cálculo integral em IR 3.1. Integral Indefinido 3.1.1. Definição, Propriedades e Exemplos 3. Cálculo integrl em IR 3.. Integrl Indefinido 3... Definição, Proprieddes e Exemplos A noção de integrl indefinido prece ssocid à de derivd de um função como se pode verificr prtir d su definição: Definição

Leia mais

Integrais de Funções Vetoriais7 sobre Curvas em R 3

Integrais de Funções Vetoriais7 sobre Curvas em R 3 AULA Integris de Funções Vetoriis7 sobre urvs em R 3 META: Apresentr integris de funções vetoriis definids sobre curvs em R 3. OBJETIVOS: Ao fim d ul os lunos deverão ser cpzes de: Definir integris de

Leia mais

SÉRIES DE FOURIER. 1. Uma série trigonométrica e sua sequência das somas parciais (S N ) N são dadas por

SÉRIES DE FOURIER. 1. Uma série trigonométrica e sua sequência das somas parciais (S N ) N são dadas por SÉRIES DE FOURIER 1. Um série trigonométric e su sequênci ds soms prciis (S N ) N são dds por (1) c n e inx, n Z, c n C, x R ; S N = n= c n e inx. Tl série converge em x R se (S N (x)) N converge e, o

Leia mais

Objetivo. Conhecer a técnica de integração chamada substituição trigonométrica. e pelo eixo Ox. f(x) dx = A.

Objetivo. Conhecer a técnica de integração chamada substituição trigonométrica. e pelo eixo Ox. f(x) dx = A. MÓDULO - AULA Aul Técnics de Integrção Substituição Trigonométric Objetivo Conhecer técnic de integrção chmd substituição trigonométric. Introdução Você prendeu, no Cálculo I, que integrl de um função

Leia mais

Aula 29 Aplicações de integrais Áreas e comprimentos

Aula 29 Aplicações de integrais Áreas e comprimentos Aplicções de integris Áres e comprimentos MÓDULO - AULA 9 Aul 9 Aplicções de integris Áres e comprimentos Objetivo Conhecer s plicções de integris no cálculo d áre de um superfície de revolução e do comprimento

Leia mais

Objetivo A = 2. A razão desse sucesso consiste em usar somas de Riemann, que determinam

Objetivo A = 2. A razão desse sucesso consiste em usar somas de Riemann, que determinam Aplicções de integris Volumes Aul 28 Aplicções de integris Volumes Objetivo Conhecer s plicções de integris no cálculo de diversos tipos de volumes de sólidos, especificmente os chmdos método ds seções

Leia mais

x = x 2 x 1 O acréscimo x é também chamado de diferencial de x e denotado por dx, isto é, dx = x.

x = x 2 x 1 O acréscimo x é também chamado de diferencial de x e denotado por dx, isto é, dx = x. Universidde Federl Fluminense Mtemátic II Professor Mri Emili Neves Crdoso Cpítulo Integrl. Diferenciis dy Anteriormente, foi considerdo um símolo pr derivd de y em relção à, ms em lguns prolems é útil

Leia mais

Aprender o conceito de vetor e suas propriedades como instrumento apropriado para estudar movimentos não-retilíneos;

Aprender o conceito de vetor e suas propriedades como instrumento apropriado para estudar movimentos não-retilíneos; Aul 5 Objetivos dest Aul Aprender o conceito de vetor e sus proprieddes como instrumento proprido pr estudr movimentos não-retilíneos; Entender operção de dição de vetores e multiplicção de um vetor por

Leia mais

Recordando produtos notáveis

Recordando produtos notáveis Recordndo produtos notáveis A UUL AL A Desde ul 3 estmos usndo letrs pr representr números desconhecidos. Hoje você sbe, por exemplo, que solução d equção 2x + 3 = 19 é x = 8, ou sej, o número 8 é o único

Leia mais

Resumo com exercícios resolvidos do assunto: Aplicações da Integral

Resumo com exercícios resolvidos do assunto: Aplicações da Integral www.engenhrifcil.weely.com Resumo com exercícios resolvidos do ssunto: Aplicções d Integrl (I) (II) (III) Áre Volume de sólidos de Revolução Comprimento de Arco (I) Áre Dd um função positiv f(x), áre A

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Volume. Objetivos da Aula. Aula n o 25: Volume por Casca Cilíndrica e Volume por Discos

CÁLCULO I. 1 Volume. Objetivos da Aula. Aula n o 25: Volume por Casca Cilíndrica e Volume por Discos CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeid Aul n o 25: Volume por Csc Cilíndric e Volume por Discos Objetivos d Aul Clculr o volume de sólidos de revolução utilizndo técnic do volume por csc

Leia mais

Definição 1. (Volume do Cilindro) O volume V de um um cilindro reto é dado pelo produto: V = area da base altura.

Definição 1. (Volume do Cilindro) O volume V de um um cilindro reto é dado pelo produto: V = area da base altura. Cálculo I Aul 2 - Cálculo de Volumes Dt: 29/6/25 Objetivos d Aul: Clculr volumes de sólidos por seções trnsversis Plvrs-chves: Seções Trnsversis - Volumes Volume de um Cilindro Nosso objetivo nest unidde

Leia mais

Integral imprópria em R n (n = 1, 2, 3)

Integral imprópria em R n (n = 1, 2, 3) Universidde Federl do Rio de Jneiro Instituto de Mtemátic Deprtmento de Métodos Mtemáticos Integrl Imprópri Integrl imprópri em R n (n =,, 3) Autores: Angel Cássi Bizutti e Ivo Fernndez Lopez Introdução

Leia mais

Volumes de Sólidos de Revolução. Volumes de Sólidos de Revolução. 1.O método do disco 2.O método da arruela 3.Aplicação

Volumes de Sólidos de Revolução. Volumes de Sólidos de Revolução. 1.O método do disco 2.O método da arruela 3.Aplicação UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Volumes de Sólidos

Leia mais

5) Para b = temos: 2. Seja M uma matriz real 2 x 2. Defina uma função f na qual cada elemento da matriz se desloca para a posição. e as matrizes são:

5) Para b = temos: 2. Seja M uma matriz real 2 x 2. Defina uma função f na qual cada elemento da matriz se desloca para a posição. e as matrizes são: MATEMÁTIA Sej M um mtriz rel x. Defin um função f n qul cd elemento d mtriz se desloc pr posição b seguinte no sentido horário, ou sej, se M =, c d c implic que f (M) =. Encontre tods s mtrizes d b simétrics

Leia mais

1 Assinale a alternativa verdadeira: a) < <

1 Assinale a alternativa verdadeira: a) < < MATEMÁTICA Assinle lterntiv verddeir: ) 6 < 7 6 < 6 b) 7 6 < 6 < 6 c) 7 6 < 6 < 6 d) 6 < 6 < 7 6 e) 6 < 7 6 < 6 Pr * {} temos: ) *, * + e + * + ) + > + + > ) Ds equções (I) e (II) result 7 6 < ( 6 )

Leia mais

Exercícios. setor Aula 25. f(2) = 3. f(3) = 0. f(11) = 12. g(3) = 14. Temos: 2x 1 = 5 x = 3 Logo, f(5) = 3 2 = 9

Exercícios. setor Aula 25. f(2) = 3. f(3) = 0. f(11) = 12. g(3) = 14. Temos: 2x 1 = 5 x = 3 Logo, f(5) = 3 2 = 9 setor 07 070409 070409-SP Aul 5 FUNÇÃO (COMPOSIÇÃO DE FUNÇÕES) FUNÇÃO COMPOSTA Sej f um função de A em B e sej g um função de B em C. Chm-se função compost de g com f função h definid de A em C, tl que

Leia mais

Integrais Imprópias Aula 35

Integrais Imprópias Aula 35 Frções Prciis - Continução e Integris Imprópis Aul 35 Alexndre Nolsco de Crvlho Universidde de São Pulo São Crlos SP, Brzil 05 de Junho de 203 Primeiro Semestre de 203 Turm 20304 - Engenhri de Computção

Leia mais

1 x 5 (d) f = 1 + x 2 2 (f) f = tg 2 x x p 1 + x 2 (g) f = p x + sec 2 x (h) f = x 3p x. (c) f = 2 sen x. sen x p 1 + cos x. p x.

1 x 5 (d) f = 1 + x 2 2 (f) f = tg 2 x x p 1 + x 2 (g) f = p x + sec 2 x (h) f = x 3p x. (c) f = 2 sen x. sen x p 1 + cos x. p x. 6. Primitivs cd. 6. Em cd cso determine primitiv F (x) d função f (x), stisfzendo condição especi- () f (x) = 4p x; F () = f (x) = x + =x ; F () = (c) f (x) = (x + ) ; F () = 6. Determine função f que

Leia mais

3. CÁLCULO INTEGRAL EM IR

3. CÁLCULO INTEGRAL EM IR 3 CÁLCULO INTEGRAL EM IR A importâni do álulo integrl em IR reside ns sus inúmers plições em vários domínios d engenhri, ms tmém em ísi, em teori ds proiliddes, em eonomi, em gestão 3 Prtição de um intervlo

Leia mais

A integral definida. f (x)dx P(x) P(b) P(a)

A integral definida. f (x)dx P(x) P(b) P(a) A integrl definid Prof. Méricles Thdeu Moretti MTM/CFM/UFSC. - INTEGRAL DEFINIDA - CÁLCULO DE ÁREA Já vimos como clculr áre de um tipo em específico de região pr lgums funções no intervlo [, t]. O Segundo

Leia mais

Resumo com exercícios resolvidos do assunto:

Resumo com exercícios resolvidos do assunto: www.engenhrifcil.weely.com Resumo com eercícios resolvidos do ssunto: (I) (II) Teorem Fundmentl do Cálculo Integris Indefinids (I) Teorem Fundmentl do Cálculo Ness postil vmos ordr o Teorem Fundmentl do

Leia mais

Integrais em curvas e superfícies

Integrais em curvas e superfícies Análise Mtemátic III Integris em curvs e superfícies Mnuel Guerr onteúdo 1 Integris em curvs 2 1.1 omprimento de um curv................................. 2 1.2 urvs prmetrizds pelo seu comprimento.......................

Leia mais

Adriano Pedreira Cattai

Adriano Pedreira Cattai Adrino Pedreir Ctti pctti@hoocomr Universidde Federl d Bhi UFBA, MAT A01, 006 Superfícies de Revolução 1 Introdução Podemos oter superfícies não somente por meio de um equção do tipo F(,, ), eistem muitos

Leia mais

1. Conceito de logaritmo

1. Conceito de logaritmo UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA Logritmos Prof.: Rogério

Leia mais

CDI-II. Resumo das Aulas Teóricas (Semana 12) y x 2 + y, 2. x x 2 + y 2), F 1 y = F 2

CDI-II. Resumo das Aulas Teóricas (Semana 12) y x 2 + y, 2. x x 2 + y 2), F 1 y = F 2 Instituto Superior Técnico eprtmento de Mtemátic Secção de Álgebr e Análise Prof. Gbriel Pires CI-II Resumo ds Auls Teórics (Semn 12) 1 Teorem de Green no Plno O cmpo vectoril F : R 2 \ {(, )} R 2 definido

Leia mais

CÁLCULO I. Apresentar a técnica de integração por substituição; Utilizar técnicas apresentadas no cálculo integral.

CÁLCULO I. Apresentar a técnica de integração por substituição; Utilizar técnicas apresentadas no cálculo integral. CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeid Auls n o 8: Técnics de Integrção I - Método d Substituição Objetivos d Aul Apresentr técnic de integrção por substituição; Utilizr técnics presentds

Leia mais

Física III Escola Politécnica GABARITO DA P1 2 de abril de 2014

Física III Escola Politécnica GABARITO DA P1 2 de abril de 2014 Físic III - 430301 Escol Politécnic - 014 GABARITO DA P1 de bril de 014 Questão 1 Um brr semi-infinit, mostrd n figur o longo do ldo positivo do eixo horizontl x, possui crg positiv homogenemente distribuíd

Leia mais

Teoremas de Green e Stokes

Teoremas de Green e Stokes Análise Mtemátic III Teorems de Green e Stokes Mnuel Guerr Conteúdo 1 Teorem de Green 2 2 Teorem de Stokes 8 ibliogrfi 12 Índice remissivo 13 1 Os Teorems de Green e Stokes relcionm o vlor de integris

Leia mais

1. Calcule as integrais de linha de primeira espécie. (a) (b)

1. Calcule as integrais de linha de primeira espécie. (a) (b) Lista de Exercícios de álculo 3 Nona Semana Parte 1. alcule as integrais de linha de primeira espécie. xds sobre o arco da parábola y = x 2 de (0, 0) a (1, 1). x2 + y 2 ds sobre a curva r(t) = 4 cos ti

Leia mais

b 2 = 1: (resp. R2 e ab) 8.1B Calcule a área da região delimitada pelo eixo x, pelas retas x = B; B > 0; e pelo grá co da função y = x 2 exp

b 2 = 1: (resp. R2 e ab) 8.1B Calcule a área da região delimitada pelo eixo x, pelas retas x = B; B > 0; e pelo grá co da função y = x 2 exp 8.1 Áres Plns Suponh que cert região D do plno xy sej delimitd pelo eixo x, pels rets x = e x = b e pelo grá co de um função contínu e não negtiv y = f (x) ; x b, como mostr gur 8.1. A áre d região D é

Leia mais

Aula 10 Estabilidade

Aula 10 Estabilidade Aul 0 Estbilidde input S output O sistem é estável se respost à entrd impulso 0 qundo t Ou sej, se síd do sistem stisfz lim y(t) t = 0 qundo entrd r(t) = impulso input S output Equivlentemente, pode ser

Leia mais

Física III Escola Politécnica de maio de 2010

Física III Escola Politécnica de maio de 2010 P2 Questão 1 Físic - 4320203 Escol Politécnic - 2010 GABATO DA P2 13 de mio de 2010 Considere um cpcitor esférico formdo por um condutor interno de rio e um condutor externo de rio b, conforme figur. O

Leia mais

AULA 1. 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Linguagem Matemática

AULA 1. 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Linguagem Matemática 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Lingugem Mtemátic AULA 1 1 1.2 Conjuntos Numéricos Chm-se conjunto o grupmento num todo de objetos, bem definidos e discerníveis, de noss percepção ou de nosso entendimento, chmdos

Leia mais

Os números racionais. Capítulo 3

Os números racionais. Capítulo 3 Cpítulo 3 Os números rcionis De modo informl, dizemos que o conjunto Q dos números rcionis é composto pels frções crids prtir de inteiros, desde que o denomindor não sej zero. Assim como fizemos nteriormente,

Leia mais

Física III Escola Politécnica GABARITO DA PR 28 de julho de 2011

Física III Escola Politécnica GABARITO DA PR 28 de julho de 2011 Físic III - 4320301 Escol Politécnic - 2011 GABARITO DA PR 28 de julho de 2011 Questão 1 () (1,0 ponto) Use lei de Guss pr clculr o vetor cmpo elétrico produzido por um fio retilíneo infinito com densidde

Leia mais

Se entregar em papel, por favor, prenda esta folha de rosto na sua solução desta lista, deixando-a em branco. Ela será usada na

Se entregar em papel, por favor, prenda esta folha de rosto na sua solução desta lista, deixando-a em branco. Ela será usada na 1 2 Cálculo Numérico List numero 04 Curvs com gnuplot trcisio.prcino@gmil.com T. Prcino-Pereir Dep. e Computção lun@: 17 e bril e 2013 Univ. Estul Vle o Acrú Documento escrito com L A TEX sis. op. Debin/Gnu/Linux

Leia mais

A força não provém da capacidade física, e sim de uma vontade indomável. Mahatma Gandhi

A força não provém da capacidade física, e sim de uma vontade indomável. Mahatma Gandhi A forç não provém d cpcidde físic, e sim de um vontde indomável. Mhtm Gndhi Futuros militres, postos! É hor de meter o ggá! Este é o módulo 8 do curso de MATEMÁTICA d turm AFA-EN-EFOMM- EsPCE-EEAr. Nesse

Leia mais

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES PROF. JORGE WILSON

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES PROF. JORGE WILSON MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES PROF. JORGE WILSON PROFJWPS@GMAIL.COM MATRIZES Definição e Notção... 11 21 m1 12... 22 m2............ 1n.. 2n. mn Chmmos de Mtriz todo conjunto de vlores, dispostos

Leia mais

Potencial, Trabalho e Energia Potencial Eletrostática

Potencial, Trabalho e Energia Potencial Eletrostática Cpítulo 4 Potencil, Trblho e Energi Potencil Eletrostátic Existe um conexão entre o potencil elétrico e energi potencil, como veremos, ms não devemos esquecer que são dus quntiddes essencilmente distints.

Leia mais

CONCURSO DE SELEÇÃO 2003 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CONCURSO DE SELEÇÃO 2003 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CONCURSO DE SELEÇÃO 003 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 41100 0$7(0É7,&$ RESOLUÇÃO PELA PROFESSORA MARIA ANTÔNIA CONCEIÇÃO GOUVEIA $ LOXVWUDomR TXH VXEVWLWXL D RULJLQDO GD TXHVWmR H DV GDV UHVROXo}HV

Leia mais

Noções de Cálculo Integral

Noções de Cálculo Integral Cpítulo 2 Noções de Cálculo Integrl 2.1 Introdução No cpítulo nterior vimos o poder do Cálculo Diferencil em pulverizr um grndez, decompondo o problem proposto em prtes minúsculs, gerlmente mis simples

Leia mais

IME MATEMÁTICA. Questão 01. Calcule o número natural n que torna o determinante abaixo igual a 5. Resolução:

IME MATEMÁTICA. Questão 01. Calcule o número natural n que torna o determinante abaixo igual a 5. Resolução: IME MATEMÁTICA A mtemátic é o lfbeto com que Deus escreveu o mundo Glileu Glilei Questão Clcule o número nturl n que torn o determinnte bixo igul 5. log (n ) log (n + ) log (n ) log (n ) Adicionndo s três

Leia mais

EQUAÇÃO DO 2 GRAU. Seu primeiro passo para a resolução de uma equação do 2 grau é saber identificar os valores de a,b e c.

EQUAÇÃO DO 2 GRAU. Seu primeiro passo para a resolução de uma equação do 2 grau é saber identificar os valores de a,b e c. EQUAÇÃO DO GRAU Você já estudou em série nterior s equções do 1 gru, o gru de um equção é ddo pelo mior expoente d vriável, vej lguns exemplos: x + = 3 equção do 1 gru já que o expoente do x é 1 5x 8 =

Leia mais

As fórmulas aditivas e as leis do seno e do cosseno

As fórmulas aditivas e as leis do seno e do cosseno ul 3 s fórmuls ditivs e s leis do MÓDULO 2 - UL 3 utor: elso ost seno e do cosseno Objetivos 1) ompreender importânci d lei do seno e do cosseno pr o cálculo d distânci entre dois pontos sem necessidde

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLITÉCNICA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLITÉCNICA UNVERSDDE DE SÃO PULO ESOL POLTÉN Deprtmento de Engenhri de Estruturs e Geotécnic URSO ÁSO DE RESSTÊN DOS TERS FSÍULO Nº 5 Flexão oblíqu H. ritto.010 1 FLEXÃO OLÍU 1) udro gerl d flexão F LEXÃO FLEXÃO

Leia mais

INTEGRAL DEFINIDO. O conceito de integral definido está relacionado com um problema geométrico: o cálculo da área de uma figura plana.

INTEGRAL DEFINIDO. O conceito de integral definido está relacionado com um problema geométrico: o cálculo da área de uma figura plana. INTEGRAL DEFINIDO O oneito de integrl definido está reliondo om um prolem geométrio: o álulo d áre de um figur pln. Vmos omeçr por determinr áre de um figur delimitd por dus rets vertiis, o semi-eio positivo

Leia mais

Definimos a unidade imaginária j, como sendo um número não real de tal forma que: PROPRIEDADES: j 4 = j 2 x j 2 = ( -1) x ( -1) = 1 ;

Definimos a unidade imaginária j, como sendo um número não real de tal forma que: PROPRIEDADES: j 4 = j 2 x j 2 = ( -1) x ( -1) = 1 ; TÍTULO: NÚMEROS COMPLEXOS INTRODUÇÃO: Os números complexos form desenvolvidos pelo mtemático K Guss, prtir dos estudos d trnsformção de Lplce, com o único ojetivo de solucionr prolems em circuitos elétricos

Leia mais

A Lei das Malhas na Presença de Campos Magnéticos.

A Lei das Malhas na Presença de Campos Magnéticos. A Lei ds Mlhs n Presenç de mpos Mgnéticos. ) Revisão d lei de Ohm, de forç eletromotriz e de cpcitores Num condutor ôhmico n presenç de um cmpo elétrico e sem outrs forçs tundo sore os portdores de crg

Leia mais

G.W. Leibniz ( ) I. Newton ( )

G.W. Leibniz ( ) I. Newton ( ) MAT 26 Cálculo diferencil e integrl 2 2 semestre de 25 Bchreldo em Mtemátic e Mtemátic Aplicd Docente: Prof. Dr. Pierluigi Benevieri Resumo ds uls e exercícios sugeridos - Atulizdo 27..25. Segund-feir,

Leia mais

FUNÇÕES. Funções. TE203 Fundamentos Matemáticos para a Engenharia Elétrica I. TE203 Fundamentos Matemáticos para a Engenharia Elétrica I

FUNÇÕES. Funções. TE203 Fundamentos Matemáticos para a Engenharia Elétrica I. TE203 Fundamentos Matemáticos para a Engenharia Elétrica I FUNÇÕES DATA //9 //9 4//9 5//9 6//9 9//9 //9 //9 //9 //9 6//9 7//9 8//9 9//9 //9 5//9 6//9 7//9 IBOVESPA (fechmento) 8666 9746 49 48 4755 4 47 4845 45 467 484 9846 9674 97 874 8 88 88 DEFINIÇÃO Um grndez

Leia mais

E m Física chamam-se grandezas àquelas propriedades de um sistema físico

E m Física chamam-se grandezas àquelas propriedades de um sistema físico Bertolo Apêndice A 1 Vetores E m Físic chmm-se grndezs àquels proprieddes de um sistem físico que podem ser medids. Els vrim durnte um fenômeno que ocorre com o sistem, e se relcionm formndo s leis físics.

Leia mais

6.1 Derivação & Integração: regras básicas

6.1 Derivação & Integração: regras básicas 6. Derivção & Integrção: regrs básics REGRAS BÁSICAS DE DERIVAÇÃO. Regr d som:........................................ (u + k v) = u + k v ; k constnte. Regr do Produto:.....................................................

Leia mais

Resolução A primeira frase pode ser equacionada como: QUESTÃO 3. Resolução QUESTÃO 2 QUESTÃO 4. Resolução

Resolução A primeira frase pode ser equacionada como: QUESTÃO 3. Resolução QUESTÃO 2 QUESTÃO 4. Resolução (9) - www.elitecmpins.com.br O ELITE RESOLVE MATEMÁTICA QUESTÃO Se Améli der R$, Lúci, então mbs ficrão com mesm qunti. Se Mri der um terço do que tem Lúci, então est ficrá com R$, mis do que Améli. Se

Leia mais

AB AC BC. k PQ PR QR AULA 1 - GEOMETRIA PLANA CONCEITOS BÁSICOS SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS. Triângulos isósceles

AB AC BC. k PQ PR QR AULA 1 - GEOMETRIA PLANA CONCEITOS BÁSICOS SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS. Triângulos isósceles AULA - GEOMETRIA PLANA Triângulos isósceles CONCEITOS BÁSICOS Rets prlels cortds por um trnsversl São queles que possuem dois ldos iguis. Ligndo o vértice A o ponto médio d bse BC, germos dois triângulos

Leia mais

Quadratura por interpolação Fórmulas de Newton-Cotes Quadratura Gaussiana. Integração Numérica. Leonardo F. Guidi DMPA IM UFRGS.

Quadratura por interpolação Fórmulas de Newton-Cotes Quadratura Gaussiana. Integração Numérica. Leonardo F. Guidi DMPA IM UFRGS. Qudrtur por interpolção DMPA IM UFRGS Cálculo Numérico Índice Qudrtur por interpolção 1 Qudrtur por interpolção 2 Qudrturs simples Qudrturs composts 3 Qudrtur por interpolção Qudrtur por interpolção O

Leia mais

Matemática para Economia Les 201

Matemática para Economia Les 201 Mtemátic pr Economi Les uls 8_9 Integris Márci znh Ferrz Dis de Mores _//6 Integris s operções inverss n mtemátic: dição e sutrção multiplicção e divisão potencição e rdicição operção invers d dierencição

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral - Notas de Aula. Márcia Federson e Gabriela Planas

Cálculo Diferencial e Integral - Notas de Aula. Márcia Federson e Gabriela Planas Cálculo Diferencil e Integrl - Nots de Aul Márci Federson e Gbriel Plns de mrço de 03 Sumário Os Números Reis. Os Números Rcionis................................ Os Números Reis.................................

Leia mais

Função Modular. x, se x < 0. x, se x 0

Função Modular. x, se x < 0. x, se x 0 Módulo de um Número Rel Ddo um número rel, o módulo de é definido por:, se 0 = `, se < 0 Observção: O módulo de um número rel nunc é negtivo. Eemplo : = Eemplo : 0 = ( 0) = 0 Eemplo : 0 = 0 Geometricmente,

Leia mais

NOTA DE AULA. Tópicos em Matemática

NOTA DE AULA. Tópicos em Matemática Universidde Tecnológic Federl do Prná Cmpus Curitib Prof. Lucine Deprtmento Acdêmico de Mtemátic NOTA DE AULA Tópicos em Mtemátic Fonte: http://eclculo.if.usp.br/ 1. CONJUNTOS NUMÉRICOS: 1.1 Números Nturis

Leia mais

Cálculo I (2015/1) IM UFRJ Lista 5: Integral Prof. Milton Lopes e Prof. Marco Cabral Versão Exercícios de Integral

Cálculo I (2015/1) IM UFRJ Lista 5: Integral Prof. Milton Lopes e Prof. Marco Cabral Versão Exercícios de Integral Eercícios de Integrl Eercícios de Fição Cálculo I (5/) IM UFRJ List 5: Integrl Prof Milton Lopes e Prof Mrco Cbrl Versão 55 Fi : Determine se é Verddeiro (provndo rmtiv) ou Flso (dndo contreemplo): b ()

Leia mais

Material envolvendo estudo de matrizes e determinantes

Material envolvendo estudo de matrizes e determinantes E. E. E. M. ÁREA DE CONHECIMENTO DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PROFESSORA ALEXANDRA MARIA º TRIMESTRE/ SÉRIE º ANO NOME: Nº TURMA: Mteril envolvendo estudo de mtrizes e determinntes INSTRUÇÕES:. Este

Leia mais

Matemática Básica II - Trigonometria Nota 02 - Trigonometria no Triângulo

Matemática Básica II - Trigonometria Nota 02 - Trigonometria no Triângulo Mtemátic ásic II - Trigonometri Not 0 - Trigonometri no Triângulo Retângulo Márcio Nscimento d Silv Universidde Estdul Vle do crú - UV urso de Licencitur em Mtemátic mrcio@mtemticuv.org 18 de mrço de 014

Leia mais

dx f(x) dx p(x). dx p(x) + dx f (n) n! i=1 f(x i) l i (x) ), a aproximação seria então dada por f(x i ) l i (x) = i=1 i=1 C i f(x i ), i=1 C i =

dx f(x) dx p(x). dx p(x) + dx f (n) n! i=1 f(x i) l i (x) ), a aproximação seria então dada por f(x i ) l i (x) = i=1 i=1 C i f(x i ), i=1 C i = Cpítulo 7 Integrção numéric 71 Qudrtur por interpolção O método de qudrtur por interpolção consiste em utilizr um polinômio interpolnte p(x) pr proximr o integrndo f(x) no domínio de integrção [, b] Dess

Leia mais

Departamento de Matemática Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra Cálculo III - Engenharia Electrotécnica e de Computadores

Departamento de Matemática Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra Cálculo III - Engenharia Electrotécnica e de Computadores Deprtmento de Mtemátic Fculdde de Ciêncis e Tecnologi Universidde de Coimbr - Engenhri Electrotécnic e de Computdores Cálculo Integrl ÍNDICE GERL 1. Integrl prmétrico definido 1 1.1. Definição 1 1.2. Proprieddes

Leia mais

Matemática /09 - Integral de nido 68. Integral de nido

Matemática /09 - Integral de nido 68. Integral de nido Mtemátic - 8/9 - Integrl de nido 68 Introdução Integrl de nido Sej f um função rel de vriável rel de nid e contínu num intervlo rel I = [; b] e tl que f () ; 8 [; b]: Se dividirmos [; b] em n intervlos

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE CÁLCULO II

NOTAS DE AULAS DE CÁLCULO II UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO PROFESSORA: CÉLIA MARIA RUFINO FRANCO Aluno (): NOTAS DE AULAS DE CÁLCULO II Cpítulo Teorem d Função Invers

Leia mais

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Universidde Estdul do Sudoeste d Bhi Deprtmento de Estudos Básicos e Instrumentis 3 Vetores Físic I Prof. Roberto Cludino Ferreir 1 ÍNDICE 1. Grndez Vetoril; 2. O que é um vetor; 3. Representção de um

Leia mais

Aula 20 Hipérbole. Objetivos

Aula 20 Hipérbole. Objetivos MÓDULO 1 - AULA 20 Aul 20 Hipérbole Objetivos Descrever hipérbole como um lugr geométrico. Determinr su equção reduzid no sistem de coordends com origem no ponto médio entre os focos e eixo x como o eixo

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério da Educação

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério da Educação SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério d Educção Universidde Federl do Rio Grnde Universidde Abert do Brsil Administrção Bchreldo Mtemátic pr Ciêncis Sociis Aplicds I Rodrigo Brbos Sores . Mtrizes:.. Introdução:

Leia mais

Integral indefinida ou integral imprópria

Integral indefinida ou integral imprópria Integrl indefinid ou integrl imprópri Prcino-Pereir, Trcisio 13 de julho de 217 preprints d Sobrl Mtemátic no. 217.4 Editor Trcisio Prcino-Pereir trcisio@member.ms.org Resumo Neste rtigo defendo idei que

Leia mais

4.1A Esboce o grá co de cada curva dada abaixo, indicando a orientação positiva. cos (1=t), para 0 < t 1 e y 0 (0) = 0. Sendo esta derivada

4.1A Esboce o grá co de cada curva dada abaixo, indicando a orientação positiva. cos (1=t), para 0 < t 1 e y 0 (0) = 0. Sendo esta derivada 4.1 Curvas Regulares 4.1A Esboce o grá co de cada curva dada abaixo, indicando a orientação positiva. (a) ~r (t) = t~i + (1 t)~j; 0 t 1 (b) ~r (t) = 2t~i + t 2 ~j; 1 t 0 (c) ~r (t) = (1=t)~i + t~j; 1 t

Leia mais

Uma demonstração simples da Fórmula Integral de Cauchy

Uma demonstração simples da Fórmula Integral de Cauchy Universidde Federl de Mins Geris Instituto de Ciêncis Exts Deprtmento de Mtemátic Um demonstrção simples d Fórmul Integrl de Cuchy Hellen Lim de Pul Belo Horizonte - MG 204 HELLEN LIMA DE PAULA UMA DEMONSTRAÇÃO

Leia mais