Sofia Silva e Sousa OBRIGAÇÃO DE NÃO CONCORRÊNCIA COM EFEITOS POST CONTRACTUM FINITUM

Transcrição

1 Sofia Silva e Sousa OBRIGAÇÃO DE NÃO CONCORRÊNCIA COM EFEITOS POST CONTRACTUM FINITUM

2 NOTA PRÉVIA O texto que agora se publica corresponde à dissertação de Mestrado em Ciências Jurídicas apresentada na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa em Maio de 2011 e discutida em provas públicas a 16 de Fevereiro de 2012, perante um júri composto pelos Doutores Bernardo da Gama Lobo Xavier e Joana Vasconcelos, da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, e José João Abrantes, da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Trata-se de uma dissertação que pretende ser um contributo para a análise do regime jurídico-laboral dos pactos de não concorrência com efeitos post contractum finitum o qual, a nosso ver, se traduz numa temática com indubitável interesse e relevância práticos. Presentemente, o regime dos pactos de não concorrência encontra-se contido nos n. os 2 a 5 do art.º 136.º do CT, sendo deveras desafiante a multiplicidade de questões que tal sucinto regime levanta; procurámos identificálas e sobre as mesmas tomar posição ao longo do nosso estudo, tentando ter por referência uma perspectiva prática das mesmas aproveitando, desta forma, para dar testemunho da experiência da autora como advogada. Para efeitos de publicação, o texto sofreu apenas modificações para corrigir lapsos entretanto detectados (outros, por detectar, permanecerão certamente no texto) e em resultado de alguns dos comentários realizados durante a arguição das provas públicas finais 1. Esta tese é resultado de um percurso árduo que agora culmina na presente publicação impondo-se, neste momento, deixar uma palavra de reconhecimento àqueles que mais marcaram e acompanharam tal percurso. 1 Assim, o texto não segue as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990.

3 6 OBRIGAÇÃO DE NÃO CONCORRÊNCIA Começo por uma palavra de sincero agradecimento ao Doutor Bernardo Lobo Xavier que teve a amabilidade e me concedeu a honra de aceitar a orientação da minha dissertação e cujos ensinamentos, exemplo, incentivo e apoio foram essenciais nesta incursão científica. À Doutora Joana Vasconcelos, um sincero agradecimento pelo empenho com que assumiu a arguição da dissertação e pelas amáveis e elogiosas palavras que me dirigiu durante a mesma, as quais me emocionaram e tocaram profundamente e que ficarão para sempre gravadas na minha memória. Ao Doutor José João Abrantes, pela disponibilidade para integrar o júri das provas e pelas suas gentis palavras de elogio e incentivo. Ao Mestre Albino Mendes Baptista, com o qual compartilhava o gosto e o interesse pelas matérias não só do Direito do Trabalho mas também do Direito do Desporto, e que infelizmente nos deixou de forma prematura, um agradecimento, em jeito de singela homenagem, por me ter incentivado a voltar aos bancos da Faculdade. Às minhas Amigas, Marta Pinto Trindade, pela generosidade e disponibilidade com que, em momentos-chave, me amparou, Ana Sá Couto e Rita Duarte Sousa que de perto me acompanharam e incentivaram. Aos meus Colegas e Amigos da Garrigues, em especial, pelo seu inestimável apoio e incentivo, ao João Paulo Teixeira de Matos, à Rita Nogueira Neto, ao Tiago Lopes Fernandez, à Ana Ferreira Neves, à Joana Peres Machado, à Cristina Ribeiro Coelho, à Joana Tavares de Oliveira, à Natacha Sengo, ao Guilherme Müller Araújo, à Inês Fialho e ao Filipe Abreu. Por fim, por tudo o que jamais conseguirei exprimir, às pessoas às quais fui permanentemente buscar as forças necessárias para, em cumulação com a minha actividade profissional, desenvolver e concluir este projecto: ao Luís e aos nossos filhos, Carolina e Manuel, que me apoiaram incondicionalmente desculpando o facto de, durante algum tempo, não lhes ter conseguido dar a merecida e devida atenção; aos meus Pais, Manuel e Cândida, pelos valores que me transmitiram e pela educação que me deram e proporcionaram; uma especial palavra ao meu Pai, pela sua inesgotável dedicação e pelo seu exemplo; à Daniela, minha irmã e Amiga de todas as horas, e ao meu querido cunhado Antonio, que desde o início me encorajaram, com a certeza, que eu não tinha, de que tudo iria correr bem, como felizmente correu, e aos meus queridos sobrinhos Inés e Antonio.

4 ÍNDICE Nota Prévia... 5 Siglas e Abreviaturas... 7 Nota de Citação... 9 Capítulo I Introdução Escolha do tema Delimitação do objecto da análise Capítulo II Aspectos Gerais Fundamento e balanço dos interesses envolvidos Da pós eficácia do dever de boa-fé Breve referência à evolução legislativa nesta matéria Da compatibilidade com a CRP Capítulo III Regime Jurídico Vigente Definição de pacto de não concorrência O pacto como fonte da obrigação As partes do pacto Objecto do pacto Requisitos de licitude do pacto Forma Momento da formalização Modalidade de contrato de trabalho Modalidade de cessação do contrato de trabalho Interesse legítimo do empregador Compensação Natureza jurídica Modos de fixação do quantum Critérios de fixação Momento do pagamento da compensação Regime fiscal Regime de segurança social... 99

5 156 OBRIGAÇÃO DE NÃO CONCORRÊNCIA 5.4. Limites Temporal Geográfico Tipo de actividade Possibilidade de submissão do pacto a condição ou termo Possibilidade de renúncia Cumprimento e possibilidade de transmissão Capítulo IV Efeitos Decorrentes do Incumprimento Incumprimento por parte do ex-trabalhador Incumprimento por parte do ex-empregador Eventual responsabilidade de terceiros Legalidade de inclusão de cláusula penal Capítulo V Extinção do Pacto Capítulo VI Algumas Questões Processuais Competência material e territorial Ónus da prova Prescrição Capítulo VII Notas Finais Bibliografia