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2 Alerta Esta publicação faz referência a análises/avaliações de profissionais da equipe de economistas do Banco do Brasil, não refletindo necessariamente o posicionamento da Instituição sobre os temas aqui tratados. Os dados e projeções são informativos e altamente dependentes das hipóteses adotadas e não devem ser tomados como base, balizamento, guia ou norma para quaisquer documentos, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o Banco do Brasil de todas as ações decorrentes do uso deste material. Além disso, o Banco do Brasil não se responsabiliza por atualizar qualquer estimativa contida nesta publicação. 2

3 Brasil 3

4 Brasil registra o menor deficit desde 2009 para o mês de janeiro As transações correntes (TC) registraram saldo negativo de US$ 4,3 bilhões em janeiro, valor semelhante ao registrado em dezembro de Com isso, as TC acumularam deficit de US$ 9,0 bilhões no acumulado de 12 meses, equivalente a 0,44% do PIB. Esse foi o menor valor para o mês de janeiro desde 2009, quando ocorreu deficit de US$ 3,4 bilhões. Apesar da boa notícia, ainda acreditamos que para 2018 o cenário será menos benigno que o verificado no ano passado quando foi registrado o menor deficit em transações correntes da série histórica. Assim o setor externo brasileiro seguirá com números favoráveis, com patamar esperado para o deficit em conta corrente que deverá ser financiado com folga pela entrada de capital externo (investimento direto estrangeiro). 4

5 Atividade: com alta de 1,00% em 2017, PIB encerra ciclo econômico recessivo De acordo com dados do IBGE, o Produto Interno Bruto PIB encerrou 2017 com crescimento de 1,00%, interrompendo a sequência negativa observada desde 2015, ano em que recuamos 3,5% (em 2016 o recuo também foi de 3,5%). Do lado da Demanda, destacamos o resultado do Consumo das Famílias que, com alta de 1,00%, foi o principal componente do crescimento. Consumo do Governo e Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) recuaram em 2017, -0,6% e -1,8%, respectivamente. O resultado consolidado corroborou nossas perspectivas de retomada gradual no crescimento. Para 2018, no entanto, as expectativas são mais otimistas, projetamos alta do PIB em 2,8%.

6 Atividade: Pelo lado da Oferta, destaque para Agropecuária! De forma desagregada, a avaliação dos componentes da Oferta mostra a importância da Agropecuária para a formação do resultado em Os demais Indústria e Serviços também apresentaram melhoria, quebrando a inércia negativa observada desde 2015.

7 Juros: COPOM confirma expectativa e Selic alcança 6,75% a.a. Dentro do esperado, o Comitê de Política Monetária (COPOM) reduziu em mais 25 p.b. a taxa básica de juros da economia brasileira na reunião de fevereiro de Com este movimento o décimo primeiro consecutivo determinado de forma unânime pelos integrantes do comitê, a Selic alcançou 6,75% a.a., passando este a ser o menor patamar observado pela série. Em nossa leitura sobre a 212 Ata divulgada pelo Banco Central, esta redução deve marcar o fim do ciclo de flexibilizações, que aconteceu de forma ininterrupta desde outubro de Destaque! A manutenção do cenário inflacionário benigno e a recuperação econômica ainda gradual nos motivou a revisar as projeções de Selic para o ano de 2018, mantendo a atual taxa (6,75%) durante todo o ano. Desta forma, a recomposição da taxa para patamares mais próximos ao juro de equilíbrio deve ficar para 2019, impulsionando de forma mais consistente a atividade econômica ao longo deste ano.

8 Fiscal: Resultado primário surpreende e tem melhor janeiro da série história Segundo dados do Banco Central, em janeiro de 2018 o setor público consolidado registrou superavit primário de R$46,9 bilhões. Este foi o melhor resultado já apresentado para um mês de janeiro, superando em R$10 bilhões o registrado no mesmo mês do ano passado. Em termos de Dívida Bruta, a passagem mensal manteve a trajetória de crescimento com a alta de 0,5 p.p., alcançando em janeiro 74,5% do PIB. Distribuição do resultado primário Governo Central: +R$36,5 bi Governos Regionais: +R$10,5 bi Estatais: -R$126 mi Este evento traduz o efeito da recuperação econômica na arrecadação e, por consequência, sobre as contas públicas, gerando maior confiança para o decorrer do ano. Projeções 2018 Resultado Primário Dívida Bruta em R$ bi 5.4 tri em % do PIB - 2,3% 77,5% 8

9 Focus: Mercado mais otimista em relação à atividade econômica no biênio 2018/19 Destaques do mês PIB com o resultado consolidado do PIB em 2017 (+1,0%) e os bons resultados dos setores-chave no início de 2018 crescimento da indústria, comércio e serviços, a mediana do Focus aumentou as projeções para o biênio 2018/19, alcançando 2,80% e 3,00%, respectivamente. Se comparado ao nosso Cenário Base, as projeções se mostram alinhadas para No entanto, para 2019, estamos mais conservadores, especialmente quando avaliamos as incertezas presentes no ambiente eleitoral desse ano. IPCA com os resultados do IPCA de janeiro e os IGPs de janeiro e fevereiro, o contexto inflacionário favorável deverá se manter no decorrer de 2018, o que motivou o mercado a ajustar suas projeções, passando para 3,81%, ante 3,95% projetado na Pesquisa do mês passado. 9

10 Regional

11 Preço médio dos imóveis residenciais acumula queda nominal de 0,6% nos últimos 12 meses No acumulado em 12 meses: O Brasil e 11 cidades registraram recuo no preço médio dos imóveis residenciais. As maiores quedas aconteceram no Rio de Janeiro, Niterói e Fortaleza. Florianópolis (4,8%) e Belo Horizonte (3,0%) foram os únicos municípios em que a alta nos preços dos imóveis superou a inflação do país acumulada no período (2,97%). Em janeiro, o preço médio dos imóveis residenciais nas 20 cidades pesquisadas (valor anunciado R$/m 2 ) foi de R$ O maior valor do m 2 foi verificado no Rio de Janeiro (R$ 9.719). Em 2017 (jan-nov) 68,8 mil unidades de imóveis foram lançadas. Novos imóveis lançados: elevação de 15,1% em relação ao igual período de Unidades vendidas: a alta registrada foi de 5,2%, na mesma base de comparação. A dinâmica dos indicadores da construção civil observada mais recentemente sinaliza uma trajetória mais próspera para o setor.

12 Produção industrial cresceu em 12 dos 14 locais pesquisados em 2017 Pará registrou a maior avanço da atividade industrial (10,1%) em 2017, impulsionado pelo dinamismo da indústria extrativa. Além do Pará, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Amazonas e São Paulo também sinalizaram expansão na atividade fabril acima da média brasileira (2,5%). A Bahia fechou o ano com o pior resultado (-1,7%) em função, principalmente, do comportamento dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e de metalurgia. Em 2017: Crescimento mais disseminado desde Em geral, o bom desempenho dessas localidades foi influenciado pelas indústrias relacionadas com os setores de transporte, construção, agrícola, extração mineral, petróleo, celulose, siderurgia, derivados de extração de soja, automóveis, eletrodomésticos da linha marrom e bens de consumo semi e não duráveis como calçados e produtos de vestuário. Melhoria no ritmo de produção, influenciado pela exportação e maior dinamismo do mercado doméstico.

13 Comércio: 18 UFs encerraram 2017 com crescimento no volume de vendas do comércio varejista Em 2017: Comércio brasileiro e de 18 UFs sinalizaram crescimento no volume de vendas do varejo; Crescimentos mais expressivos: Santa Catarina, Alagoas e Amazonas. Em SC, destaque para o dinamismo do comércio de produtos alimentícios e bebidas (25,0%) e equipamentos e materiais para escritórios, informática e comunicação (24,2%). Goiás e o Roraima: fecharam o ano com os piores resultados. Apesar das expectativas com relação às vendas para o Natal, à exceção da Paraíba, o volume de vendas do comércio recuou em todos os estados no mês de dezembro. Parte deste comportamento pode ser creditado ao movimento de antecipação de compras observado em novembro, em função das promoções da Black Friday. As maiores retrações em dezembro ocorreram no Amapá, Pernambuco e Sergipe.

14 Somente Mato Grosso e Paraná cresceram na atividade de serviços em 2017 Em 2017: Mato Grosso e Paraná encerraram 2017 com crescimento na atividade de serviços. Amapá fechou o ano com o pior resultado, seguido por Tocantins e Distrito Federal. Os serviços prestados às famílias contribuíram para o dinamismo da atividade paranaense, uma vez que avançaram 17,9%. Por outro lado, impactaram negativamente no resultado apresentado pelo Distrito Federal, em função da queda acumulada de 18,6%. Na passagem de novembro para dezembro, 18 UFs contaram com crescimento na atividade. O destaque positivo foi Roraima que avançou 15,1%, seguido do Maranhão (5,4%) e Espírito Santo (4,6%). As maiores retrações ocorreram no Tocantins, Ceará e Mato Grosso.

15 Crédito: maioria das UF s apresentou expansão em 2017 Na comparação interanual, houve evolução do saldo de crédito total em 20 UFs. Mato Grosso e Piauí se destacaram por possuírem os maiores crescimentos e pelo desempenho positivo em ambos mercados. As operações destinadas às famílias mostraram elevação em todas as UFs. O saldo contratado com as empresas sinalizou crescimento apenas no Piauí, Mato Grosso, Ceará e Amapá. Pará alcançou o maior patamar (5,5%), puxado principalmente pelos atrasos de empresas, que alcançaram 7,2%; Distrito Federal registrou o menor percentual de atrasos (2,3%). INAD 90 Rio de Janeiro: pior resultado, influenciado pela queda de 10,9% no estoque de crédito PJ.

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