DOSSIÊ. Patrimônio Histórico. Thiago de Mello

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1 DOSSIÊ Patrimônio Histórico Thiago de Mello

2 Edição exclusiva. Venda proibida. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei de É proibida a reprodução total ou parcial sem a expressa anuência da editora e dos autores.

3 DOSSIÊ Patrimônio Histórico Thiago de Mello

4 CIP - Catalogação na publicação Elaborada pela bibliotecária Gabriela Faray (CRB7-6643) M524 Mello, Thiago de, Dossiê Thiago de Mello : patrimônio histórico / Thiago de Mello ; Isabella Patrícia Costa Rodrigues Thiago de Mello. 1. ed. - Rio de Janeiro, RJ : Projetos Especiais, p. ; il. color, 22x29cm. ISBN Processo de Tombamento e Restauro das Casas do Poeta Thiago de Mello, os únicos projetos do arquiteto Lucio Costa na Amazônia do IPHAN. Processo de Guarda e Manutenção dos Acervos de Obras de Arte Correspondência e Biblioteca do escritor sob a responsabilidade da UFAM e UEA. 1. Patrimônio histórico - cultural. 2. Preservação histórica. I. Mello, Isabella P atrícia Costa Rodrigues Thiag o de. II. Título. CDD

5 DOSSIÊ Patrimônio Histórico Thiago de Mello Processo de Tombamento e Restauro das Casas do Poeta Thiago de Mello, os únicos projetos de arquitetura de Lucio Costa na Amazônia. IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Processo de Guarda e Manutenção dos Acervos de Obras de Arte, Correspondências e Biblioteca do escritor. UFAM Universidade Federal do Amazonas e UEA Universidade Estadual do Amazonas. Edição Exclusiva Venda Proibida Brasil. Amazonas

6 Thiago de Mello, Desenho de Roser Bru, em carvão e nanquim. (1m X 0,60m) Chile, 1994.

7 DOSSIÊ Patrimônio Histórico Thiago de Mello Foto: Pedro Martinelli CO-PRODUÇÃO PARCERIA Instituto Terra de Preservação Ambiental

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9 Carta de Maria Elisa Costa, filha de Lúcio Costa, arquiteta e diretora da Casa Lúcio Costa 9

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11 In Memoriam: Dona Maria Mitouso de Mello & Pedro Thiago de Mello, os pais do poeta. Maria de Lourdes Alves Costa Rodrigues, a mãe de Isabella. Lúcio Costa, o inventor das casas amazônicas de Thiago. FICHA TÉCNICA Dedicado à: Maria do Céu Mitouso de Mello Mestrinho Jesus Chediak José Ribamar Bessa Freire Autores: THIAGO DE MELLO ISABELLA PATRÍCIA COSTA RODRIGUES THIAGO DE MELLO Pesquisa Histórica, Geração de Conteúdo, Texto, Arte e Produção ISABELLA PATRÍCIA COSTA RODRIGUES THIAGO DE MELLO Pesquisa Histórica, Iconográfica e Arte Final CARLOS FREDERICO CASTELLO BRANCO - CALICO Assistente de Produção SILVANA MONT'MOR SICILIANO Assistência de Produção, Manaus JULIO CEZAR GUIMARÃES Assistência de Produção, Barreirinha. LUIS CARLOS SOUZA Foto da Capa MARCICLEY REGGO Fotografia Revista Casa Cláudia PEDRO MARTINELLI Fotografia do Patrimônio THIAGO DE MELLO ISABELLA PATRÍCIA COSTA RODRIGUES THIAGO DE MELLO FERNANDA QUINTELLA PAULO THIAGO DE MELLO ACERVO ACERVO PARTICULAR DE THIAGO DE MELLO ACERVO PARTICULAR DE ISABELLA THIAGO DE MELLO CO-PRODUÇÃO PARCERIA Instituto Terra de Preservação Ambiental APOIO

12 AGRADECIMENTOS ESPECIAIS Jesus Chediak & Glória Chediak Mauricio Ruiz Tiago Santiago Ittala Nandi Milton Hatoun Armando Mendes Lúcio Flávio Otoni Mesquita Tenório Telles Osório Fonseca Antônio Loureiro Antônio Farias Flavio Demberg Marcos Pacheco Marilene Teixeira Sirley do Espirito Santo Priscilla Reis Maria Isabel Pontes de Carvalho Vasconcellos Carlos Eugênio Pontes de Carvalho Vasconcellos Embaixatriz Beatriz Vasconcellos Silvia Gomide César Oiticica Filho Gedice Maria Prado Luiza Eneida Mendes Alexandre Sou Adalberto Monteiro Zemaria Pinto Tiago Hakiy Dapress Tuinho Schwartz Luiz Carlos Barreto & Lucy Carlos Heitor Cony & Bia Maria Aparecida Gori Maya Gustavo Gori Maya Helena Rodrigues Antônio Costa Teixeira Freitas Maria Lina Fraga Maria Lúcia Fraga Maria Castello Branco Regina Paixão Linhares Dr. Afonsinho do Botafogo Pablo José Francisco Pena Rodrigues Fernando Drummond Ivan Luiz de Andrade Lea Celina Marins de Mendonça Nelson Ricardo Martins Lisiane Mutti Dr. Risonildo Almeida & Dra.Nália Natanael Rodrigues Junior & Liani Maria Julia Mitouso de Mello Rodrigues Natanael Rodrigues & Sra. Marilene Familia Luiz Claudio Marigo Edgar Duvivier Mariana Varzea Maria Nazaré de Ávila Major Otávio Júnior Tenente PM João Frederico Nascimento Araújo Soldado PM Darlene Sabino de Paula Louzeiro BIBLIOTECA NACIONAL Rutônio Sant Anna Gabriel Santos da Silva Stephanie da Silva Salgado Marcela Cecilia Evangelista Marco Zanardo Berti OS EMBAIXADORES Sr. Sergio Bath e Sra. Marisa Sr. Luis Varese e Sra. Marujia SEBOS E DOCUMENTOS André Mauro Carlito Rodrigues Chico Rodrigues Maria Aparecida Gori Maya Paulo Thiago de Mello Ayla Thiago de Mello Pollyanna Furtado Luiz Carlos Souza & Joanice COPIADORA IPANEMA Bureau Digital Marco Antonio de Luca Carlos Lopes AGÊNCIA ISBN Renan Ribeiro Danielle Rodrigues Gabriela Faray

13 AGRADECIMENTOS ESPECIAIS GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS Amazonino Mendes Governador Denilson Novo Secretário de Cultura SENADO FEDERAL Vanessa Grazziotin Senadora Pedro Simon e Sra. Ivete Senador CASA DE LUCIO COSTA Maria Elisa Costa Diretora PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA Prof. Ana Luiza Nobre Pós Graduação Arquitetura PUC-RJ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL TESE DE DOUTORADO: Casas SHODAN E THIAGO DE MELLO: Aproximações e Diferenças Entre Obras de Dois Mestres da Arquitetura Moderna: Lúcio Costa e Le Corbusier. de Silvia Lopes Carneiro Leão. Departamento de Arquitetura UFRGS AOS PRIMEIROS EDITORES (in memorian) Geir Campos José Olympio Ênio Silveira AS EDITORAS Hipocampo Editora José Olympio Civilização Brasileira Martins Fontes Pontes Philobiblion Cosac Naif Vergara & Ribas Salamandra Sociedade Civil Mamirauá Bertrand Brasil Valer Editora Global ASCOM - Assessoria de Comunicação Julio Cezar Guimarães SOKA GAKKAI INTERNACIONAL Dr. Daisaku Ikeda Dr. Kamata Dr. Akira IMPRENSA - Registrada no Processo - IPHAN Folha de São Paulo Cláudio Leal Deborah Paiva Isabella Menon Marisa Basso Revista Casa Claudia Isabel Vieira Pedro Martinelle Rosangela Rodrigues Amazonas Em Tempo Prof. João Bosco Araújo Julio Cezar Guimarães José Ribamar Bessa Freire Mario Adolfo Luiz Otávio Martins A Crítica Aruana Brianezi Loyana Camelo Steffanie Schmidt Jony Clay Borges Rosiel Mendonça Lucy Rodrigues INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL - IPHAN IPHAN AMAZONAS Maria Sheila Campos Superintendente IPHAN - AM (2013) Karla Bitar Superintendente IPHAN - AM (2017) Camyla Torres Coordenadora Técnica IPHAN - AM Mariana Lima Queiroz Secretária da Superindência IPHAN - AM Dilce Sousa Secretária da Superindência IPHAN - AM FUNARTE RIO de JANEIRO Carlito Rodrigues Coordenador do Prêmio Marcantonio Vilaça ORALIDADE SATERÊ MAUÉ Nunes Pereira (in memoriam) Francisca Beltrão (in memoriam) Paula Beltrão

14 AGRADECIMENTOS ESPECIAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM GESTÃO 2013 Prof.Dra. Marcia Perales Mendes Silva Reitora da UFAM Prof.Dr. Hednaldo Narciso Lima Vice Reitor da UFAM Márcia Grana Assessora de Comunicação UFAM Prof. Célia Regina Simonetti Barbalho Diretora da Biblioteca Central da UFAM Prof.Maria Regina Senapeschi Bianci Vice Diretora da Biblioteca Central da UFAM GESTÃO 2017 Prof. Sylvio Mario Puga Ferreira Reitor da UFAM Prof. Jacob Cohen Vice Reitor da UFAM Prof. Almir Liberato da Silva Chefe de Gabinete da Reitoria Ana Carla Santos Assessora de Comunicação UFAM Prof. Célia Alexandre da Lira Diretora da Biblioteca Central da UFAM Prof. Lúcia Martins Pereira de Oliveira Vice Diretora da Biblioteca Central da UFAM PESQUISA Instituto de Ciências Humanas e Letras ICHL Núcleo de Educação Patrimonial Prof. Otoni Moreira de Mesquita Prof. Maria Bernadete Mafra de Andrade Prof. Lúcia Rocha Ferreira Prof. Marilina Conceição Foto: Edmar Barros Oliveira Bessa Serra Pinto Prof. Maria do Socorro da Silva Jatobá SINDICATO DOS PETROLEIROS Agnelson Camilo da Silva Diretor do Sindicato do Amazonas Ivan Luiz de Andrade Diretor do Sindicato do Rio de Janeiro SECRETARIA DE CULTURA DO AMAZONAS Denilson Novo Secretário de Cultura Joyciane Rodrigues Mendes Assessora do Cerimonial Manuella Barros Chefe de Departamento de Comunicação Silvana Laborda Secretária Executiva Marlene Oliva Diretora Administrativa AS PROFESSORAS Dona Clotilde Pinheiro Dona Aurélia do Rego Barros OS AMIGOS DE INFÂNCIA Jari Botelho Nilton Alencar, o Tinoco, irmão do Prof. Aristóteles Alencar Raimundo Dorza Manuel Barbosa Armando, Machadinho e Leozinho, que são: Armando Menezes & Sra. Ivete José Joaquim Maria Ferreira Machado e Silva & Sra. Neuza Alexandre de Carvalho Leal Filho & Sra. Marli CLUBE DA MADRUGADA Arnaldo Rebello Jorge Tufic Francisco Vasconcellos Elson Farias Moacir Andrade Luiz Bacellar Anibal Beça OS CONSTRUTORES DAS CASAS José Brito Seu Rubi Geramilho Francisco Otílio O ESPECIAL Bartola

15 AGRADECIMENTOS ESPECIAIS Sr. Pedro Thiago de Mello e Dona Maria (sentados). Da esquerda para a direita: Thiago, Maria Júlia, Maria do Céu, Maria Rita, Eline e Gaudêncio. Manaus, EM PARTICULAR Os Irmãos do Poeta Maria Júlia Mitouso de Mello Maria Rita de Mello Fonseca Eline Mitouso de Mello Gaudêncio Joaquim Thiago de Mello Maria do Céu Mitouso de Mello Mestrinho As Senhoras Pomona Politis Ayla Bulcão Ana Maria Vergara Maria de Lourdes Alves Costa Rodrigues Ana Helena Gomes Eleonora Duvivier Maria Aparecida Gori Maya Pollyanna Furtado Os Filhos Alexandre Manuel Thiago de Mello Carlos Henrique Bulcão Thiago de Mello Isabella Patricia Costa Rodrigues Thiago de Mello Thiago de Ana Ribeiro Gomes Thiago de Mello ***

16 Foto: Marcicley Reggo 14

17 Guardar, preservar, manter vivo, tornar presente, tirar do esquecimento, trazer à luz: este é o poder da memória. Seu papel é importante no âmbito da educação patrimonial e cultural, uma vez que o patrimônio é tudo aquilo que desejamos guardar e preservar porque é portador de um significado histórico para a vida coletiva." Professora Doutora Lúcia Rocha Ferreira Universidade Federal do Amazonas - UFAM O Instituto Thiago de Mello tem como principal objetivo preservar o patrimônio histórico, artístico, material e imaterial do poeta Thiago de Mello, e o nosso bem maior é o próprio poeta com sua vida e sua obra. É poder estar ao seu lado e dar continuidade no desenvolvimento de projetos que visam a Integração Cultural da América Latina, os Direitos Humanos e a preservação da Floresta Amazônica e dos povos indígenas. Thiago completa 90 primaveras, 70 anos de profissão de escritor, jornalista, tradutor, e diplomata. Setenta e cinco livros publicados no Brasil e no exterior. O seu poema Os Estatutos do Homem está traduzido para todos os idiomas do planeta. No espanhol, a tradução é de Pablo Neruda. Aonde quer que vá, Thiago leva a sua identidade: ele é um Ser do Amazonas Neste instante estamos trabalhando junto ao IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - para que as suas cinco casas, que são as únicas obras do arquiteto Lúcio Costa na Amazônia sejam tombadas e restauradas. Pasmem! Por incrível que possa parecer, duas casas do poeta, que foram entregues ao poder público, estão em estado de abandono, e a sua Biblioteca Moronguetá foi posta abaixo. Este Dossiê nasce com a sede de se fazer justiça com a nossa História e a partir deste instante é um instrumento para comprovar fatos e solicitar ajuda das instituições, universidades, professores, aos homens e mulheres de Educação e Saber, que prezam pelo Direito e o Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro e em especial ao Patrimônio Cultural Amazônico. A sede do Instituto Thiago de Mello fica na Ponta Praia da Gaivota do Rio Andirá, o Rio dos Índios Maués, no município de Barreirinha, interior do Amazonas, onde o poeta nasceu. É lá, coberto pelas estrelas que o poeta cria a maior parte de sua produção literária e recebe mestres, estudantes, antropólogos, historiadores, ambientalistas, biólogos, jornalistas, fotógrafos, intelectuais, artistas do Brasil e de muitos lugares do mundo. O primeiro Acervo de Thiago (biblioteca, correspondências, honrarias e obras de arte) está sob a guarda da Universidade Federal do Amazonas - UFAM e o segundo Acervo está sob a guarda da Universidade Estadual do Amazonas - UEA. É responsabilidade do Instituto acompanhar o processo de tombamento e restauração das Casas, da manutenção dos Acervos e da preservação e divulgação de sua Obra. A você, Parceiro do Instituto, que nos ajuda a preservar este Patrimônio Histórico, a nossa eterna gratidão. Isabella Patrícia Costa Rodrigues Thiago de Mello INSTITUTO THIAGO DE MELLO Projetos Especiais Rua Beira Mar 100. Ponta da Gaivota. Freguesia do Andirá. Barreirinha. Amazonas. Brasil. Cep: Isabellathiagodemello@gmail.com 15

18 Foto: Isabella Thiago de Mello Sede do Instituto Thiago de Mello na Ponta da Gaivota do Rio Andirá. Aldeia de Freguesia. Barreirinha. Amazonas. 16

19 Foto: Isabella Thiago de Mello "O objetivo do tombamento de um bem cultural é impedir sua destruição ou mutilação, mantendo-o preservado para as gerações futuras. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 17

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21 CÂNTICO PELA VIDA DE LUCIO COSTA Do livro Acerto de Contas Inventor de cidades e de estrelas. Mão que grava no espaço a luz que dura. Vida que se cumpriu no engrandecer a beleza da condição humana. O Lúcio Costa é assim. Gosto de dizer seu nome em voz alta, debruçado no parapeito de cedro amazônico da casa que ele inventou para mim. Junto a mãos caboclas sábias, mestre de obras e aprendiz fui da alegria que nasce do poder do gênio humano. Quando já de andaimes altos, troncos esguios de açaí engatados com cipós, de sucupira e itaúba, fui ao Rio mostrar-lhe as fotos. - Maria Elisa, vem ver, olha aqui, ele está fazendo! Muito obrigado! E me abraçou. Eu chorei O Lúcio é assim, me ensinou: os prodígios da ciência, que, audaciosos, freqüentam a intimidade dos astros, não sabem ouvir o pranto do coração de uma criança, demoram para atender as esperanças do homem, esse animal que é o remate da evolução do universo. Sozinho de madrugada de Brasília, seu milagre, leio, me cresço e releio (o amor esplende na página) o que cego e poderoso de juventude, escreveu, me distinguindo a virtude de maior merecimento. Não dedicou ao poeta nem a ternura do amigo. Mas ao filho da floresta onde a sua mãe nasceu: para o Thiago, que é da terra da mamãe. (Lido na abertura da exposição LUCIO COSTA ARQUITETO no Museu Nacional da República de Brasília. Maio de 2010, com Maria Elisa, Helena e Juca Guimarães) - *** O Lúcio Costa é assim: Traça uma cruz no papel e eis que dela se acende o poder de um sortilégio com formato de cidade. Uma imensa mariposa pousa nela. Estende as asas e inaugura a fundação da esperança num porvir de crianças que vão nascer. Escrevo na claridão ardente do meio-dia. O vento da várzea areja o livro que me acompanha, Registro de Uma Vivência. 19 ***

22 ACERVO CASA DE LUCIO COSTA. FOTO: ANA LUCIA ARRAZOLA 20

23 Lucio Costa A presença de Lucio Costa contribuiu decisivamente para que a arquitetura brasileira, entre os anos 30 e 60, fosse uma das expressões mais vivas e respeitadas da nossa cultura. Sua atuação lúcida e contínua ao longo do século XX determinou novos rumos e estabeleceu critérios, estruturando o movimento moderno no país. Formou-se arquiteto na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro em No início de sua carreira fazia a arquitetura eclética em voga na época, e foi o arquiteto mais prestigiado do movimento neocolonial. Entretanto, em 1924, uma viagem à Diamantina o colocou diante da pureza e da simplicidade da arquitetura civil do período colonial tão distante dos projetos que então fazia. Cinco anos depois mudou radicalmente o rumo de sua atuação profissional, rompendo com atuação profissional, rompendo com o movimento neocolonial e procurando a linguagem plástica correspondente à tecnologia construtiva do seu tempo. Em 1930 foi incumbido pelo governo Vargas da reformulação do ensino na Escola Nacional de Belas Artes. A partir de então, sua presença foi fundamental na eclosão e consolidação da arquitetura moderna brasileira em 1936, com o projeto do Ministério da Educação e Saúde, quando conseguiu a vinda de Le Corbusier ao Brasil e sua permanência por 4 semanas entre nós, e em 1938 com o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York, com a colaboração de Oscar Niemeyer. Nessa época, a defesa da boa causa da arquitetura passou a ter, para Lucio Costa, sentido de missão. Em 1937 ingressou Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde permaneceu até se aposentar, em Assim, contribuiu decisivamente para o estabelecimento do diálogo e do vínculo entre tradição e modernidade que caracteriza a nossa arquitetura, e se evidencia em seus projetos a partir dos anos 40. Em termos de urbanismo, foi responsável por várias intervenções pontuais no Rio de Janeiro, e quando venceu o concurso público para o Plano Piloto da Nova Capital, em 1957, já dispunha de uma sólida bagagem, o que lhe permitiu responder à altura o desafio, inventando a cidade sob medidapara a situação. Em muito pouco tempo, Brasília adquiriu personalidade própria, e é o único bem contemporâneo considerado pela UNESCO patrimônio cultural da Humanidade. Mas a atuação de Lucio Costa não se restringe à sua área profissional: juntamente com os companheiros de geração atuando em outras áreas, seu pensamento livre e abrangente, interessado em arte, filosofia, sociedade, política, contribuiu na própria formação da identidade brasileira. 21

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28 REVISTA CASA CLAUDIA Edição Premiada Setembro, Por Isabel Vieira Fotos Pedro Martinelli 26

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42 Foto: Isabella Thiago de Mello 40

43 Foto: Isabella Thiago de Mello Eu venho desse reino generoso, onde os homens que nascem dos seus verdes continuam cativos e esquecidos e contudo profundamente irmãos das coisas poderosas, permanentes como as águas, o vento e a esperança. Vem ver comigo o rio e as suas leis. Vem aprender a ciência dos rebojos, vem escutar os cânticos noturnos no mágico silêncio do igapó coberto por estrelas de esmeralda. Do livro AMAZONAS, PÁTRIA DA ÁGUA. Patrimônio Histórico 41

44 Foto: Isabella Thiago de Mello Foto: Isabella Thiago de Mello Obra recente: todas as vigas e palafitas que sustentam as casas foram refeitas com infra-estrutura de ferro e cimento. 42

45 Fotos: Isabella Thiago de Mello É no Andirá que o poeta produz a maior parte da sua criação literária. A casa recebe pesquisadores, cientistas e artistas do Brasil e do mundo. 43

46 44 Foto: Isabella Thiago de Mello

47 O companheiro Luis Carlos, administrador das casas do Andirá. Biblioteca Valeu A Pena Viver : Honrarias e Medalhas. Fotos: Isabella Thiago de Mello 45

48 Fotos: Isabella Thiago de Mello Segunda Biblioteca: ampliação da Casa de Livros Gori Maia. 46

49 Fotos: Isabella Thiago de Mello O Instituto está ampliado. As duas construções anexas à casa principal, ganharam mais cinco cômodos: dois quartos e três bibliotecas - Memorial Manduka, Casa de Livros Gori Maia e Valeu A Pena Viver. 47

50 Fotos: Isabella Thiago de Mello No centro O Gato de Aldemir Martins. Abaixo foto de Thiago, seu Rubi e Geramilho, os construtores do Potantim, a primeira casa. 48

51 Fotos: Isabella Thiago de Mello A Praia da Gaivota do Rio Andirá na baixa do rio. Quando o rio sobe, sua águas alcançam mais de dois metros, na altura das varandas. 49

52 Fotos: Isabella Thiago de Mello Obras de arte na ampliação da Biblioteca Gori Maia 50

53 Fotos: Isabella Thiago de Mello Ponta da Gaivota e a Mascarada nossa querida vigia. 51

54 Fotos: Isabella Thiago de Mello Acima e abaixo: Biblioteca Valeu A Pena Viver No centro: a sala-varanda da casa principal. 52

55 Fotos: Isabella Thiago de Mello Antes e depois do temporal. 53

56 Fotos: Isabella Thiago de Mello O ancoradouro fica no furo da Gaivota, atrás da Casa. "Rosto de Thiago", escultura de Bruno Giorgi 54

57 O poeta bem cedo, vai ao banho no Rio Andirá. Fotos: Isabella Thiago de Mello Ao centro: A pesquisadora e fotógrafa colombiana Soledad Ramon. 55

58 Fotos: Isabella Thiago de Mello O escritório da casa principal. 56

59 Fotos: Isabella Thiago de Mello A mesa posta: café da manhã e almoço - tucumã descascada, cará, jaraqui frito, frutas e pão quentinho feito pela Dona Coló. 57

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61 AS OBRAS DO ARQUITETO LUCIO COSTA NA AMAZÔNIA Foto da Casa: Thiago de Mello "As casas do poeta Thiago de Mello são os únicos projetos do arquiteto to Lucio Costa na Amazônia e estão em processo de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN". Foto anterior: Capa do livro Lucio Costa - Registro de Uma Vivência onde estão registradas as casas que o arquiteto fez para Thiago. Foto acima: A página do livro de Lucio com o desenho da Casa Principal: O Porantim do Bom Socorro. 59

62 PORANTIM DO BOM SOCORRO Os poetas Manuel Bandeira e Thiago de Mello. Lançamento do livro Narciso Cego Rio de Janeiro, Fotos: 60 Fernanda Quintella e Isabella Thiago de Mello

63 BIBLIOTECA MORONGUETÁ Estudo para reconstrução. PORANTIM DO BOM SOCORRO PORANTIM do BOM SOCORRO, nome em homenagem aos antepassados. PORANTIM é o Remo Sagrado da Nação Sataré Mawé, peça mágica onde está inscrita a História do Início dos Tempos, do lugar da felicidade perdida, do Guaraná - o surgimento dos clãs, o mito da guerra - gênese da Festa do Tucandeira e o relatório épico da Guerra da Cabanagem. O Porantim reúne os poderes da esfera política, jurídica e mágico-religiosa. Foto Thiago de Mello Casa Principal e a Biblioteca Moronguetá BOM SOCORRO é o nome do lugar onde o poeta nasceu, na casa da fazenda de cacau de seu avô Gaudêncio, - o Pai de seu Pai -, bem pertinho dali, na frente do rio Paraná do Ramos. Os desenhos originais do Projeto da Casa Principal estão sob a guarda do IPHAN do Amazonas 61

64 PROJETO ORIGINAL DE LÚCIO COSTA: Estudo para restauração. 62 Fotos: Fernanda Quintella

65 BIBLIOTECA MORONGUETÁ: Estudo para Reconstrução MORONGUETÁ Palavra indígena com significado que remete a sentimentos verdadeiros, puros e instiitivos. Fotos: Fernanda Quintella 63

66 BIBLIOTECA MORONGUETÁ, interior. Fotos: Fernanda Quintella 64 Cozinha de Fogão à Lenha, exterior.

67 MORONGUETÁ UM DECAMERON INDÍGENA de Nunes Pereira Apresentação de Thiago de Mello Num dos momentos mais turvos da vida deste País, eis um acontecimento luminoso. Luminoso e sério, e cheio de amor: MORONGUETÁ. Um livro de estórias encantadas. Estórias inventadas e contadas, através de séculos, pelos índios do Amazonas, recolhidas diretamente por um homem que, varando verdes e águas, consagrou quarenta anos de sua vida para realizar, com paciência e paixão, esta obra destinada a permanecer viva no tempo, pela sua alta importância cultural e também pela força de sua beleza. Moronguêtá, ciência e magia. Livro em que viajam, em fraternal harmonia, a poesia e a ciência. A ciência vai por conta da sabedoria do autor: mestre Nunes Pereira, nome que aprendi a querer bem desde menino, quando já o seu trabalho entre os índios e até a sua própria e mansa figura, ganhavam na ternura dos nossos barrancos, os contornos de uma estranha lenda. Nunes Pereira, veterinário viajando a serviço do Ministério da Agricultura para estudar a fauna silvestre e aquática do Amazonas, de repente, dominado pelo fascínio da imaginação indígena, dedicou-se inteiro aos caminhos da antropologia. Autodidata, à falta na época de cursos universitários especializados, o antigo ictiologista se fez mestre na ciência do homem, principalmente na ciência da raça. E a verdade é que se os anteriores livros seus, todos sobre assuntos da Amazônia, já atraíam a atenção e o respeito dos modernos cientistas estrangeiros, Metraux e Lévi-Strauss por exemplo; se os seus outros trabalhos já inscreveram o seu nome no Handbook of Ethnology, - com este admirável Moronguêtá, Nunes Pereira - rio crescido e se fazendo mar e simplesmente - um lugar entre os maiores da etnologia brasileira. A magia do livro vai por conta da raça. Por conta do índio, no qual o autor, meio índio ele também, viu sobre tudo e profundamente o homem. Não o bugre, não apenas o ser primitivo, o pré-lógico. Mas um homem, uma mulher, uma criança, sinto vontade de dizer um companheiro. Porque só assim é que Nunes Pereira quis e pôde recolher o que os índios tinham de melhor e de mais essencial e vivo: o seu pensamento, a sua imaginação, o poderoso sortilégio de sua literatura oral. E aqui estão, reunidas em acervo jamais antes conseguido, as suas lendas, mitos, tradições, fábulas e estórias. 65

68 O autor estuda antes, porém, a área cultural onde as lendas floresceram: são cinco áreas, compreendendo todo o Estado do Amazonas e os territórios de Roraima e Rondônia. Estuda a fauna e a flora, o relevo e o clima, a economia e a ecologia, os antecedentes da conquista, a história e a aventura, concluindo pela situação atual dos indígenas: de como eles conversam, como moram e particularmente como amam, porque amam muito esses índios do Amazonas. Mas também conta como padecem eles nos seus choques sociais com o chamado homem civilizado; e como lutam - até mesmo eles, os companheiros índios, lá nos longes centros da mata, para resistir, em rebeldia de altiva dignidade humana, à grande praga da sociedade moderna que é a exploração do homem pelo homem. Moronguêtá, um Decameron Indígena. Como o do florentino Boccacio, obraprima do século XIV, este é um livro romântico, heróico, fescenino, sarcástico, burlesco, lírico e obsceno. Moronguêtá: o dom da poesia, a riqueza erótica, a força da imaginação, trabalhados com ciência e amor por quem hoje melhor conhece os habitantes animais e vegetais, aquáticos e terrestres do Amazonas, imenso e sofrido pedaço verde do mundo: Nunes Pereira, irmão dos índios, porque irmão do Homem. Thiago de Mello 66

69 Fotos: Fernanda Quintella 67

70 Fotos: Fernanda Quintella Na página anterior: Detalhe do cartão de Fernanda Montenegro. Acima: Detalhe da dedicatória e a foto de Thiago com Luiz Carlos Prestes. Obra de Arte: Gravura de Volpi "para Thiago". Página ao lado: quem está na janela e estuda no escritório do Torreão é a filósofa Eleonora Duvivier. Obra de Arte: aquarela do pintor Sambonet. 68

71 TORREÃO DE LÚCIO COSTA 69 Fotos: Fernanda Quintella e Isabella Thiago de Mello

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73 Fotos Thiago de Mello CASA DA FRENTE DO PARANÁ DO RAMOS 71

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75 As casas do poeta Thiago de Mello, projetadas pelo arquiteto Lúcio Costa na Amazônia são tema de tese de doutorado da professora Silvia Lopes Carneiro Leão - UFRGS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Departamento de Arquitetura Tese de Doutorado de Silvia Lopes Carneiro Leão LÚCIO COSTA E LE CORBUSIER. Localização das casas nas cidades de Barreirinha na Amazônia, Brasil e Ahmedabad na Índia, 73

76 Foto: Isabella Thiago de Mello 74

77 Início do Processo de Tombamento e Restauro do Conjunto Arquitetônico de Lúcio Costa no Amazonas - IPHAN. 75

78 Thiago de Mello solicita ao IPHAN o tombamento das casas A assinatura do poeta no pedido de tombamento junto com o Dossiê, entregue à Superintendência do IPHAN - AM. Fotos: Isabella Thiago de Mello e Julio Cezar Guimarães Acima: O aperto de mãos da Superintendente do IPHAM e o Poeta. No centro: Thiago com Isabella, filha do escritor e a frente dos Projetos Especiais do Instituto Thiago de Mello, e com Sheila Campos - Superintendente do IPHAN do Amazonas (2013). Abaixo: Isabella e Karla Bitar, Superintendente do IPHAN do Amazonas (2017). 76

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80 78 LISTA DE BENS TOMBADOS E PROCESSOS DE TOMBAMENTO EM ANDAMENTO - IPHAN

81 As narrativas nacionais sobre o Património Histórico e Cultural expressam uma mensagem moral e política: se a nação é apresentada no processo de perda de seu patrimônio cultural, consequentemente sua própria existência está ameaçada. Este patrimônio tem de ser imediatamente defendido, protegido, preservado, restaurado, e apropriado pela própria nação ou por seus representantes, de modo a evitar a sua decadência e destruição ". Reginaldo Gonçalves. 79

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83 Denúncia da Imprensa A importância da imprensa que denunciou o abandono das casas do poeta Thiago de Mello que foram entregues ao poder público. Esta série de reportagens estão incluídas no Dossiê do Processo de Tombamento do Conjunto Arquitetônico de Lucio Costa na Amazônia do IPHAN. 81

84 O POETA E A FLORESTA A HISTÓRIA DE THIAGO DE MELLO E A DE SUAS CASAS AMAZÔNICAS FOLHA DE SÃO PAULO CADERNO ILUSTRISSIMA. Domingo, 29 de setembro de 2013, O Poeta e o Rio da sua Aldeia. Na Amazônia, Thiago de Mello revê a vida Repórter: Claudio Leal, Ilustração: Deborah Paiva OS GAVIÕES ESPREITAM o poeta e guincham entre as copas das árvores no barranco do Rio Andirá. Corpo nas águas escuras enfiado num calção de rapazote, Thiago de Mello impõe silêncio e indica o ninho, imita-lhes o chiado. E celebra: ela veio me ver, rapaz. Não disse que a gaviã me conhecia? Bem, ao menos inventei que me conhece, querida gaviã!. A Freguesia do Andirá possui pouco mais de 4 mil habitantes. Esse casal de gaviões e três acapuranas geminadas, com flores rosadas em frente à casa do poeta. Distrito de Barreirinha (AM) a 331 km de Manaus, o vilarejo fica próximo dos índios Maués. RESUMO: Aos 87 anos e preparando novos livros de prosa e poesia, o escritor e diplomata repassa sua trajetória. Ele, que ao voltar do exílio em regressou também ao seu Amazonas natal, levou a reportagem a conhecer as casas que Lucio Costa projetou para ele e que, entregues ao poder público, se deterioram na Floresta. Em agosto, Amadeu Thiago de Mello, 87 revisou um livro de inéditos Ajuste de Contas a ser lançado no primeiro semestre de 2014 pela Global de São Paulo. Se eu não deixar alguns dormindo, vão beirar uns cem poemas, avisa. Escreveu-os no Chile, na Bolívia, no Peru, na Ilha de Páscoa, em Portugal, na França, na Alemanha, na Espanha e na Amazônia, onde mora desde que retornou do exílio em outubro de Na floresta, desafia as complicações coronarianas e prepara um livro de memórias Eu E Os Outros Comigo, e mais dois de prosa, um deles aos estilos dos cronistas antigos: Livro narrativo da situação quase desdenhável do meu corpo ao qual devo tanta felicidade, escrito com a ajuda fascinante da memória e certas impertinências da imaginação. Haverá ainda um volume de conversas com o músico Manduka pássaro- cantor que se calou seu primogênito morreu em 2004 aos 52 anos, vítima de um acidente vascular cerebral. Alguns poemas estão zangados, adverte Thiago, tornando a superfície do rio, cabelos de caboclo molhado. Manuel Bandeira era um danado, retoma. Ele me dizia: às vezes um poema fica zangado: é só dar atenção que a zanga passa. Na estrofe final do inédito Cântico de Jubilo, Thiago ausculta suas batidas de octogenário. 82

85 "Como fulgor de aurora, me levanta a alegria de ouvir meu coração batendo firme, cântico de júbilo, por me ver perseguir, perseverante. Ele não sabe que algo se germina, conspira escuro contra esse fervor. Nem poderá prever o instante certo do seu silêncio. Que não seja perto. TEMPLO. Um apartamento no centro de Manaus é seu único pouso urbano. Em Barreirinha, sozinho ou ao lado da mulher, a poeta Pollyanna Furtado, 32 Thiago se dedica a poemas, leituras, música e banhos de água doce. Nos cinco dias em que a reportagem o visitou, esteve acompanhado somente por Luis Carlos, 49, caseiro e guardião de seu templo na floresta. Nas cheias, o Andirá sobe acima das metades dos pilotis de 2,25 metros das casas além da residência do escritor há outras duas construções nas laterais, repletas de livros, o Projeto é um dos 5 que o arquiteto e urbanista Lucio Costa , autor do plano piloto de Brasília fez no Amazonas todos para o poeta. Na casa da Freguesia traçou uma varanda de madeira de onde Thiago conversa com as acapuranas e com o rio. O vago mago como o definiu o chileno Pablo Neruda, conhece os sortilégios medicinais. Três vezes ao dia bebe o chá de unha de gato, para enfrentar sua neuropatia. Adiciona ao guaraná dos Maués, uma colher de mirantã, o pó usado no tratamento de nevralgias e fraquezas do estômago. Seus amigos podem receber, pelo correio, pacotes de ervas amazônicas. Assim fez com o Jornalista Armando Nogueira ( ), que usou unha de-gato para fortalecer o sistema imunológico durante o tratamento para o câncer. Ouve Mozart no café da manhã; no quarto de música, além de fotografias de Pixinguinha, Tom Jobim, Gilberto Gil, Villa Lobos e Pablo Milanês, há um mural de mulheres amadas, cujos rostos são contemplados num momento de escolher um disco ou de mexer os gelos do uísque. Dez casamentos, uns de papel, outros só de amor e quatro filhos: Além de Manduka (com Pomona Politis, sua primeira mulher), é pai de Carlos Henrique (com Ayla), 54, Isabella (com Maria de Lourdes), 43, e Thiago Thiago (com Ana Helena), 32. A coletânia de traduções Poetas da América de Canto Castelhano (Global, 2011) testemunha suas andanças na América Latina. Depois de Jorge Amado, Thiago talvez seja o escritor brasileiro que mais conquistou amizades com artistas, políticos e grandes autores do continente. Do colombino Gabriel Garcia Marques, recebeu, numa dedicatória de 1978, o epíteto de guru grande. Do argentino Jorge Luis Borges ganhou o ensinamento, numa entrevista realizada em Buenos Aires, 1981: - deveríamos talvez falar com todas as pessoas como se já estivessem mortas, deveríamos trata-las com a máxima bondade. UM APARTAMENTO NO CENTRO DE MANAUS É SEU ÚNICO CENTRO URBANO. EM BARREIRINHA, SÓ O COM A MULHER, A POETA POLYANNA FURTADO, 32, ELE SE DEDICA A POEMAS, MÚSICAS E BANHO DE RIO. 83

86 Nas paredes, a lembrança de encontros com Ernesto Cardenal, Fidel Castro, Garcia Marques, Borges, Mário Benedetti, Pablo Neruda, Salvador Allende e Violeta Parra. Em qualquer desvio de papo, sorri lembrando uma advertência de Neruda, La Isla Negra, onde vivia o Nobel chileno: compañerito a árvore de tua conversa tem muitos ramos. Órfão eu morrendo ou Thiago morrendo, o que sobreviver vai se sentir muito órfão, diz Carlos Heitor Cony, amigo do poeta há mais de 60 anos. O romancista e colunista da Folha conheceu Thiago de Mello no Rio, para onde o amazonense se mudou em Thiago foi batizado como escritor em 1952 por uma crítica de Álvaro Lins, que assinava um influente rodapé literário no Jornal Correio da Manha. Seu livro de estréia Silêncio e Palavra (1951) o vinculou a Geração de 45, a mesma de Ledo Ivo e João Cabral de Mello Neto, e encantou o crítico: poetas principais de nossa literatura moderna: estou tentando a pedir-vos um lugar, ao vosso lado, para o poeta de "Silêncio e Palavra. Com 26 anos e um só livro publicado, o senhor Thiago de Mello bem demonstra, todavia, o que já se acha em condições de situar-se na primeira linha da nossa poesia contemporânea. Impulsionado pela acolhida, rejeitou o conselho dado por Drummond, logo ao conhece-lo no final dos anos 1940, no Ministério da Educação: Não faça isso, ninguém vive de poesia no Brasil. Abandonou o Curso de Medicina, ingressou na diplomacia e seguiu fiel à Literatura, lançando Narciso Cego em 1952, A Lenda da Rosa em 1956, e Vento Geral em Assemelhava-se, recorda, Cony, a um personagem de Proust no Rio. Vestia-se elegante, terno bens cortados. era cronista do jornal O Globo e editado de José Olympio. No exterior, atuaria como Adido Cultural na Bolívia e depois no Chile até o Golpe de Na Hipocampo criada com também poeta Geir Campos na década de 50, editou 20 obras em dois anos, incluindo Drummond, Cecília Meirelles, Jorge de Lima, e o primeiro livro de Paulo Mendes Campos, A Palavra Escrita. Eram edições artesanais, distribuídas aos assinantes do selo, em que as folhas soltas eram envelopadas dentro das capas. Esse aspecto desagradava Rubem Braga que mandava costurar seus exemplares. Dos tempos a frente da Hipocampo o poeta guarda uma anedota envolvendo Guimarães Rosa que lançou pelo selo Com Vaqueiro Mariano (1952). Ao regressar da tipografia, em Niterói, Thiago avisou a Rosa que estava tudo rodado. Não me diga essa desgraça, dramatizou o mineiro, sobre a luz de um lampião de Copacabana. Eu pago seus custos, os papéis, as tintas! Preciso trocar um verbo. o pelo da vaca banhado de lua não reluz, obluz!. Obluz! No Rio, o amazonense tornou-se íntimo também do romancista José Lins do Rego e do poeta Manuel Bandeira. Sempre a chamá-lo de o sacana do De Mello, Zé Lins fez dele quase um irmão mais novo. Em 1957, nos últimos três meses de vida do autor de Menino de Engenho, assumiu o posto de acompanhante de quarto no hospital. A amizade com Bandeira gelou dois meses depois do golpe de 1964 com a publicação de Os Estatutos do Homem poema traduzido para mais de 30 línguas, incorporado ao livro Faz Escuro Mas Eu Canto (Civilização Brasileira, 1965). Saiu dedicado a Cony. 84

87 Em 11 de junho, Bandeira enviou uma carta de rompimento em que defendia o golpe e repreendia Thiago pela dedicatória. Chorei quando ele me pediu por escrito para que eu não o considerasse mais seu amigo. Uma surra. Aproveitou para machucar o Cony, o primeiro dos intelectuais brasileiros a escrever contra a ferocidade dos militares, lembra o poeta na Floresta. Devolva essa carta...ela queimará as suas mãos pelo resto da vida, recomendou Neruda ao adido cultural brasileiro no Chile, seu camarada desde "Havia aí um problema social entre eu e Bandeira, revela Cony, ao lembrar do episódio: - Não rompeu com Thiago só por ideologia. Bandeira tinha sido padrinho de casamento de uma moça que se separou do marido para casar comigo. "Ele me chamou de canalha. Uma coisa violenta. Não respondi pelo respeito que tenho pelo Bandeira que acho o melhor poeta brasileiro. De volta ao país, em 1965, após a renúncia à carreira diplomática no Chile, Thiago e suas irmãs visitaram o briguento com o qual costumavam ter sessões musicais. Numa reconciliação, Bandeira recitou de cor Poema Perto do Fim, de Faz Escuro Mas Eu Canto. Abraçado ao jovem poeta sussurrou: - esqueça aquela carta.... Naquele ano, na prisão, Thiago aproximou-se ainda mais de Cony, - ambos recém chegados de um protesto de artistas intelectuais contra à ditadura em frente ao Hotel Glória, no dia de uma conferência da OEA Organização dos Estados Americanos no Rio. No quartel do exército, o homem do Andirá queixou-se em dó de peito: sou índio, preciso tomar banho de rio. MERCÊS. Não há vento. Nas águas mornas do rio Andirá o poeta cantarola Lês feuiles mortes, de Jackues Prevert, e divaga: quero comemorar os meus 90 anos: o que vier, como diria Don Quixote, será mercês. E mergulha. Há cinco anos desvia-se da cidade para a casa da Freguesia. Para chegar lá, pega um avião noturno de Manaus para Parintins, onde dorme numa pousada e embarca de manhã na voadeira Nina, do barqueiro Getúlio. A lancha encosta na entrada de sua casa. No lar ou em trânsito, veste-se de branco sempre gostei de roupa branca, contou. Mas, no exílio eu usava era o cinza do Capote, para não morrer de frio!. Entre a ilha e a mata, dobra à direita por igarapé do Pucú, reforça com o condutor do barco Nicodemus, que nos leva à Barreirinha. Na saída no porto, equilibra-se numa tábua, moto taxistas se oferecem para leva-lo ao mercado, sem cobrar nada. De lá, carregando frutas e ovos leva a reportagem a visitar as antigas moradias, projetadas por Lucio Costa, o homem mais delicado que já conheci. Apresentados por Drummond em 1948, não se afastariam mais. No retorno de Portugal (a última parada do exílio, em 1977), Thiago havia anunciado, em entrevista, que voltaria a morar na Amazônia para servir a causa ecológica (lançaria Mormaço na Floresta em 1986, e Amazonas, Pátria da Água em 1991) e aprender com os locais. Passados alguns dias, Lúcio ligou: Venha buscar a sua casa. O arquiteto cuja a mãe, Alina era amazonense, assim anota o fato em Registro de Uma Vivência (1995): Finalmente, numa como que volta às origens, dei o risco da casa que em Barreirinha, no coração da Amazônia, o poeta nativo constrói com zelo e amor. 85

88 Nos anos posteriores, sairiam da prancheta ainda uma biblioteca e um torreão, com janelas quebra-vento, para servir de local de trabalho. O conjunto, erigido em 1978, foi nomeado Porantim do Bom Socorro. Em 1992, o então chanceler Fernando Henrique Cardoso convidou o poeta a reassumir o posto de Conselheiro Cultural no Chile, para pagar uma dívida da pátria. Com a mudança de domicílio, o governo do Amazonas comprou os 3 imóveis e passou à Prefeitura de Barreirinha. Thiago era adorado pelos meios culturais e políticos de Santiago. A ele nunca faltou coragem para receber de braços abertos os exilados brasileiros. Sua condição de adido cultural da embaixada, seu sentimento fraterno e democrático serviram de apoio a muitos de nós. Thiago morava na casa que era do Neruda (hoje é museu), o que já mostra o quanto ele era bem relacionado por lá. "Foi em sua casa que conheci Salvador Allende, rememora o ex-presidente FHC. Nos anos 90, Lucio Costa projetou ainda uma nova casa, a beira do Paraná do Ramos, um braço do Amazonas inflou de generosidade: uma cama pensada especialmente para o quarto do poeta harmoniza-se às medidas de uma janela, para que Thiago deitado pudesse ver o rio de sua aldeia. MEMORIAL. A casa do Paraná do Ramos foi o ponto inicial do roteiro. Nela funciona precariamente um Memorial Thiago de Mello, mas, no acervo, não restou nenhuma obra do homenageado. O secretário municipal de Cultura, Aderaldo Tavares, relata que a luz esteve cortada, até janeiro, quando ele assumiu o cargo. Tavares afirma que encontrou as casas totalmente abandonadas. Conseguimos abrir para os estudantes que procuram o memorial. Já solicitamos ao governo um projeto de restauração de todas as casas. Tivemos uma resposta de que vai ser feito, ressalta. Por i.meio, a secretaria da cultura do estado informa que a casa do Paraná do Ramos é a única das construções de Lúcio Costa que foi incorporada ao patrimônio do Estado. Além de recuperada, foi transformada em espaço de cultura e concedido em comodato à prefeitura do município de Barreirinha, responsável até então pelo imóvel. No segundo andar do que deveria ser seu memorial, Thiago recolhe do chão os desenhos originais de Lúcio. Vai levalos para restauro. A cama, quebrada, foi confinada a um quarto minúsculo. Uma das maiores tristezas que já tive em minha vida, é isso acontecer na terra onde nasci. É a expressão do Cultura no Brasil, diz, indignado. Eu não devia ter voltado. Vamos depois ao Porantim do Bom Socorro. O sítio não possui segurança. Construída com madeira, a casa tem poças d água, escadas vacilantes, infiltrações, marimbondos. Lúcio Costa traçou apenas o corrimão esquerdo da escada, mas a prefeitura acrescentou o direito e jogou um piso ladrilhado sobre a terra batida. Demolida, a biblioteca virou um prédio de concreto. O torreão está pichado com palavrões. Demoliram a biblioteca em que eu trabalhei! Demoliram! Lamenta, Thiago ao verificar o avanço da demolição. NA CASA QUE DEVERIA SER SEU MEMORIAL, THIAGO RECOLHE DO CHÃO DESENHOS ORIGINAIS DE LÚCIO. UMA DAS MAIORES TRISTEZAS QUE JÁ TIVE É ISTO ACONTECER NA TERRA ONDE NASCI. 86

89 Cerca de dois mil livros foram roubados ao longo de uma década, durante suas viagens e ausências. Folhas de edições antigas foram encontradas nas bordas de fossa. Na volta do Chile (em 1996) sentei na calçada e chorei, lágrimas de esguicho, como dizia Nelson Rodrigues. Como fizeram isso? Nunca mais piso aqui, jura Thiago. No barco, muda de idéia, e se diz decidido lutar pela restauração e pelo tombamento dos prédios. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, não há registro de pedido de tombamento desses imóveis Mais que tombamento, deve-se garantir a preservação das obras. Tombamento é um instrumento extremo, que não garante a preservação da obra em sua integridade, defende a profesora e arquiteta Ana Luiza Nobre. Nobre, professora da pós graduação em Arquitetura da PUC RJ e ex diretora da Casa Lúcio Costa, no Rio, define as casas como exemplares raros de inflexão da linguagem arquitetônica moderna em seu caráter por princípio universalizante a uma situação muito específica, do ponto de vista cultural, climático, etc. Daí, diz ela, seu valor inestimável para o quadro da arquitetura no Brasil. A professora recorda que Lúcio Costa havia adotado procedimentos semelhantes num projeto dos anos 1940, o parque Hotel de Nova Friburgo, na região serrana do rio, em que usou estrutura de madeira. O contexto amazônico é determinante e se soma ao fato da casa ter sido projetada para um poeta, produto do encontro de dois artistas. Na Freguesia, fora da Zona Urbana, em sua atual casa ( a única bem conservada do Conjunto de construções de Lúcio Costa ) Thiago explica a demora de 17 anos para denunciar o início da depredação: Sou filho de Barreirinha. Sou um homem de Bem. Para falar, eu teria que envolver meu povo. Voltar as origens amazônicas é um gesto corajoso, avalia o romancista Milton Hatoum, julgando que a província pode ser cruel com os que regressam. Mas, quando você fica longe do seu lugar, às vezes sua literatura esmorece. O amazonense Hatoum destaca o engajamento de Thiago nas manifestações contra as barbáries urbanas em Manaus. DORES. A destruição de casas e livros reaviva dores da ditadura chilena. perdi muita coisa de grande valor quando a casa em que eu morava foi invadida pelos primatas de Pinochet, três dias depois do golpe, em setembro de Eu era refugiado, desde 1970, ano da eleição do meu Salvador Allende, a cujo governo servi como diretor de comunicação da reforma agrária, narra Thiago. Ele lembra ter retornado um mês após o golpe à casa onde vivia, no bairro santiaguino de Vitacura, para constatar que não havia mais quadros. Uma fogueira de livros ardeu no jardim, segundo a proprietária. Conta que sumiram com as provas de uma obra que escrevia sobre a Ilha de Páscoa e jamais reencontrou uma pasta de pelica que guardava as cartas de Bandeira e Neruda. Hoje vai ter canto do Rio pressente o poeta, ao ver a agitação fluvial. A noite da Amazônia está crivado de sons de pássaros recolhidos entre os livros, chora ao lembrar de todas as casas devastadas. O poeta ressurge purificado para a despedida, duas noites depois. O banho de cheiro da vizinha Dona Coló, derramou ervas e aromas sobre seu corpo: mucuracaá, pinhão, canela, arruda, sândalo, cuia mansa, rosa branca grande, galhotinha, manjericão e patchuli. A beira do rio, Thiago limpa a gaita para tocar uma música de Garoto. Há um bom tempo não ouvia Terra de Caetano Veloso, canção que o faz sentir como se dirigindo o planeta. Golpeia o ar no refrão, como rédeas: Terra. Sob a luz lunar o vago mago obluz. 87 ***

90 TOMBAMENTO e RESTAURO, URGENTE! Fotos: Claudio Leal RESTAURO Nada está perdido. Muito pelo contrário. Todo madeirame está preservado, e o que foi alterado é possível pesquisar e restaurar. Já faz parte do dossiê do IPHAN fotos e o Projeto Original de Lúcio Costa. 88

91 ALTERAÇÕES DO PROJETO ORIGINAL DE LÚCIO COSTA A reportagem do Jornal Folha de São Paulo leva Thiago para ver, pela primeira vez, as suas casas abandonadas. Fotos: Claudio Leal Thiago acompanhado do Jornalista Claudio Leal da Folha de São Paulo e o sr. Aderaldo - secretário de cultura de Barreirinha, 2013, visitando a casa da frente do Paraná do Ramos. 89

92 Biblioteca MORONGUETÁ Fotos: Fernanda Quintella 90

93 CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO: Além do abandono e as alterações feitas no projeto original do arquiteto, os homens da administração da prefeitura de Barreirinha na época demoli a Biblioteca MORONGUETÁ ( nome em homenagem ao antropólogo Nunes Pereira ) e construíram no lugar um galpão. Como se não houvessem 100 mil metros quadrados, em torno da casa, livres, para qualquer edificação. Foto: Fernanda Quintella COMO CONSEGUIRAM DERRUBAR A BIBLIOTECA QUE O POETA CONSTRUIU? COMO CONSEGUIRAM DESTRUIR A MESA DE TRABALHO ONDE THIAGO ESCREVEU GRANDE PARTE DE SUA PRODUÇÃO LITERÁRIA? Foi na MORENGUETÁ que o poeta escreveu Amazonas, Pátria Da Água, Mormaço na Floresta, Arte e Ciência de Empinar Papagaio, Amazônia, A Menina dos Olhos do Mundo, O Povo Sabe O Que Diz, Num Campo de Margaridas e as traduções das Obras Completas de Cezar Valejo, Ernesto Cardenal, Nicolás Guillén.. Foto: Claudio Leal 91

94 Os jardins do Memorial Thiago de Mello e a calçada já foram retirados, para a construção do muro de arrima. Moradores do local foram proibidos de realizarem quaisquer alterações nas casas, conforme apurou a reportagem. Estou assombrado com tamanha falta de conhecimento, de cultura, disse o poeta Thiago de Mello à reportagem, sobre a situação do local projetado pelo mesmo arquiteto do plano piloto de Brasília e um dos fundadores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. (IPHAN). O local fica de frente para o Paraná do Ramos, um dos braços do rio Amazonas. A casa foi adquirido a pelo Governo do Estado e repassada à Prefeitura para servir de espaço cultural. No entanto, sem manutenção e nem mesmo energia elétrica ainda no começo do ano a obra que já foi divulgada incansavelmente pelo mundo por conta dos traços únicos deixados por Lúcio Costa no mundo, vem se deteriorando, sendo alvo, inclusive, de pichações e invasões, segundo fonte da reportagem no município. Informado sobre a situação, o Secretário Estadual de Cultura, Robério Braga, disse que o estado deverá intervir a fim de garantir a preservação da obra do arquiteto francês radicado no Brasil. Caso alguma alteração seja feita, vamos conduzir o processo de restabelecimento. Morador da orla, o também escritor e poeta Elpídio Nunes, disse que pelo traçado do projeto onde será pista, muitos moradores deverão perder parte das casas, incluindo o Memorial Thiago de Mello. Moro próximo ao Memorial. Ele deverá ser comprometido, assim como muitas casas humildes aqui. Não fomos informados de nada. Não somos contrários à obra, mas à forma truculenta com que está sendo conduzida. Moradores estão sendo ameaçados pela construtora e ninguém ainda falou em indenização. Segundo ele, a placa informativa só foi colocada anteontem, e pela data, a obra já está atrasada a um mês. "Vamos Vamos promover um um abaixo assinado e pedir para para que o Ministério Público possa investigar, disse. SEM RESPOSTA A reportagem entrou em contato com o prefeito Messias Pereira Batista ( PSD), mais conhecido como Messias Sateré, por meio de dois telefones, mas não obteve sucesso. O secretário Municipal de Cultura, Turismo e Meio Ambiente Aderaldo Tavares, não atendeu às ligações. GESTO DE AMOR De acordo com a Secretaria Estadual de Cultura ( SEC) a casa não é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Foi um gesto de amor de Lucio Costa para com a Floresta, disse Thiago de Mello. *** 92

95 DEMOLIÇÃO GERA POLÊMICA MEMORIAL THIAGO DE MELLO OBRA INTERNACIONAL AMEAÇADA A CRÍTICA CADERNO CIDADES. Manaus, Terça-feira, 29 de Outubro de Por Steffanie Schmidt CASA ASSINADA PELO ARQUITETO LÚCIO COSTA, AUTOR DO PLANO PILOTO DE BRASÍLIA, ESTÁ NO TRAÇADO DO PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA ORLA. FOTO 1 ( Fachada do memorial feita em setembro: deteriorado e sem manutenção, mas com traçados originais preservados ) FOTO 2 ( Registro da passagem de uma retroescavadeira no local onde será a pista). Uma das duas únicas obras do arquiteto Lucio Costa na região amazônica, que serviu de morada para o poeta Thiago de Mello em Barreirinha (a 331 km de Manaus), está sendo ameaçada de demolição pela Prefeitura local, por conta das obras de revitalização da Orla da Cidade. O projeto, feito em convênio com o Governo do Estado, está orçado em pouco mais de 1,3 milhão. 93

96 A PAZ VOLTA A REINAR NA FLORESTA JORNAL EM TEMPO OPINIÃO - Coluna CONTEXTO, Manaus, sexta feira, 8 de novembro de Por Mario Adolfo Telefone: / marioadolfo@emtempo.com.br CASA DO POETA A casa do poeta Thiago de Mello não será mais demolida pelos insensatos homens públicos, que não conseguem dimensionar o que significa o nome do poeta e do autor do projeto, o arquiteto Lucio Costa. CASA DO POETA 2 Foi o próprio Thiago e sua filha, Isabella Patrícia, que prepararam um dossiê para instaurar na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Amazonas (IPHAN). O processo de tombamento e restauro das casas do poeta Thiago de Mello, que são os únicos projetos na floresta do autor do planopiloto de Brasília. / CASA DO A CASA DO POETA 3 A filha do poeta reconhece que o alerta dos meios de comunicação foi fundamental para o IPHAN do Amazonas notificar a Prefeitura de Barreirinha sobre a exigência de estudos arqueológicos, antes do início de qualquer obra de construção de porto; conforme a Lei Ambiental. *** 94

97 Os Acervos O Primeiro Acervo do poeta Thiago de Mello composto por Biblioteca, Correspondências e Obras de Arte, está sob a guarda da Biblioteca da UFAM UFAM - Universidade Federal do Amazonas 95

98 As obras do escritor amazonense Thiago de Mello ganharão um novo espaço no Museu Amazônico. O acervo bibliográfico com aproximadamente oito mil itens foi doado para a Universidade Federal do Amazonas e está aberto ao público desde o dia 23 de junho. Trata-se de um acordo de cooperação técnica celebrado pelo Ministério da Cultura, por meio do Programa Mais Cultura, entre a Ufam e a Fundação Djalma Batista. O objetivo da parceria é apresentar para a comunidade em geral um espaço de visitação do acervo pessoal do escritor Thiago de Mello. A coleção bibliográfica reúne livros colecionados pelo poeta ao longo de sua vida e obras adquiridas pela Fundação Nacional do Livro (FNL). Os materiais estarão disponíveis em estandes na Biblioteca Setorial do Museu Amazônico, na Rua Ramos Ferreira, 1.036, Centro, de segunda a sexta-feira, no horário de 8h às 17h. São obras que abordam questões antropológicas, sociológicas e literárias, e buscam preservar a memória do autor, além de corroborar para o fomento de estudos, pesquisa e promoção da leitura e do conhecimento. Em boas condições de preservação, os itens disponibilizados para a visitação da comunidade amazonense serão gerenciados pelo Sistema Pergamun, uma plataforma informacional do Sistema de Bibliotecas da Ufam. Thiago de Mello Reconhecido como um dos mais renomados escritores amazonenses, Thiago de Mello possui obras traduzidas para mais de trinta idiomas. Seu poema mais conhecido é Os Estatutos do Homem, em que afirma os valores simples da natureza humana. Outra obra bastante conhecida é o livro Poesia Comprometida com a Minha e a Tua Vida, que lhe rendeu, em 1975, durante o regime militar, um prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte. O poeta é conhecido internacionalmente como um intelectual engajado na luta pelos Direitos Humanos 96

99 O Segundo Acervo, também composto por Biblioteca, Correspondências, Obras de Arte e Honrarias da Casa Sede do Instituto Thiago de Mello (que estão documentados no início dessa edição) está sob a guarda da UEA Universidade Estadual do Amazonas. 97

100 Dança, Teatro, Música e Artes Visuais estão entre os novos cursos a serem oferecidos no Centro Cultural Thiago de Mello,. O espaço, fica situado na avenida Autaz Mirim, nº 9.018, bairro Amazonino Mendes, Zona Leste de Manaus. Os cursos de formação artística do Centro Cultural serão coordenados pelo Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, da Secretaria de Estado de Cultura. As aulas serão oferecidas a todas as faixas etárias crianças a partir de 7 anos, jovens, adultos e idosos em três turnos manhã, tarde e noite. Os períodos para inscrição e início das formações serão divulgados em breve. Por ocasião da reinauguração do Centro Cultural, alunos mais avançados e professores da Unidade Sambódromo do Liceu Claudio Santoro estarão nas salas de aula, promovendo uma amostra das atividades nos cursos de violão, artes cênicas e artes plásticas para o público presente. Funcionando em regime de gestão compartilhada, vinculado à Secretaria de Educação e Qualidade do Ensino SEDUC, o Centro Cultural terá também atividades de formação para professores da rede estadual de ensino nas áreas de Linguagens, Matemática e Educação Ambiental; cursos de Linguagem Brasileira de Sinais LIBRAS; e cursos profissionalizantes em diversas áreas sob coordenação do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas CETAM. O espaço terá ainda uma sala de apoio com recursos audiovisuais para pessoas com deficiência, e uma ludoteca, com livros e materiais de cunho recreativo, educativo e cultural para o público infanto-juvenil. REFORMA E ESTRUTURA Iniciada em novembro de 2014, a primeira grande reforma do Centro Cultural Thiago de Mello contemplou a reestruturação e modernização de salas de aula, substituição e instalação de forros, telhados e estruturas de vidro e metal, implementação de sistema de combate a incêndios, e construção de rampas para acessibilidade. O espaço atualmente conta com 36 salas para aulas e atividades de formação, todas equipadas com sistema de som; auditório com capacidade para 250 pessoas; espaço de convivência; estacionamento; e Centro de Processamento de Dados (CPD) com monitoramento por câmeras de vigilância em circuito fechado. 98

101 Em julho, Manaus ganhará mais uma programação cultural. Desta vez, voltada às artes plásticas e à literatura. Trata-se da exposição Memorial Thiago de Mello, no Paço Municipal, no Centro Histórico, composta por 30 quadros de renomados artistas, doados ao Município pelo poeta, além de painéis e um busto em homenagem ao ícone da literatura regional. A exposição será promovida pela Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). Nesta segunda-feira, 22, o prefeito Arthur Virgílio Neto recebeu o literário para agradecer a doação das peças. Thiago de Mello é um dos maiores poetas de seu tempo no mundo e uma das glórias da literatura latino-americana. Uma figura generosa e que nos doou todo esse acervo de obras valiosíssimas. Esse memorial será uma grande homenagem do povo de Manaus a esse poeta que é maior que sua poesia, afirmou o prefeito. Na exposição, o público poderá ver, pela primeira vez, a escultura de Bruno Giorgi, que retrata o rosto de Thiago de Mello. Entre os quadros, que já estão disponíveis para visitação no Paço Municipal, estão obras de Bernadete Andrade, Rita Loureiro, Joan Miró, Alfredo Volpi, Luis Felipe Noé, entre outros. As telas foram doadas há dois anos e fazem parte do acervo da Manauscult. Essa mostra será a pedra fundamental da nossa Pinacoteca Municipal que, após as obras do PAC Cidade Históricas, será criada no prédio da antiga Câmara Municipal, abrigando essas e outras obras que nos foram doadas, explicou o diretorpresidente da Manauscult, Bernardo Monteiro de Paula. Thiago de Mello lembra que o Paço Municipal foi restaurado na gestão passada, mas que agora ganha vida com as atividades culturais que estão atraindo as pessoas de volta para o Centro Histórico de Manaus. Para ele é uma honra contribuir com a reocupação do local que representa a identidade da capital amazonense. Eu aprendi com a minha mãe que é sempre melhor dar do que receber, porque quem dar, se prolonga na alegria de quem recebe, comentou o poeta. Assim como a cultura não é somente arte, a ternura faz parte da beleza e da cultura humana. O Paço Municipal é, sem dúvida, uma casa da ternura humana, finalizou Thiago de Mello. A exposição Memorial Thiago de Mello ainda não tem data definida para ser aberta ao púbico, pois depende da agenda do homenageado, mas a expectativa é que ocorra a partir da segunda quinzena de julho, quando Thiago de Mello terá concluído o lançamento do seu último livro de poesias em São Paulo (SP)

102 Thiago e Neruda em Isla Negra, Chile. 100

103 Algumas Palavras Sobre Thiago de Mello Thiago de Mello, es un transformador del alma. De cerca o de lejos, de frente o de perfil, por contacto o transparencia, Thiago ha cambiado nuestras vidas, nos ha dado la seguridad de la alegría. El tiempo y Thiago de Mello trabajan en sentido contrario. El tiempo erosiona y continúa. Thiago de Mello nos aumenta, nos agrega, nos hace florear y luego se va, tiene otros quehaceres. El tiempo se adhiere a nuestra piel para gastarnos. Thiago pasa por nuestras almas para invitarnos a vivir. Pablo Neruda Sérgio Milliet... Thiago de Mello é um poeta de verdade e, coisa rara no momento, tem o que dizer. Mais do que o que cantar, pois tudo nele, sensibilidade e inteligência, visa antes a penetração e a descoberta profunda... Thiago de Mello... ou muito me engano, ou terá ele produzido com seus versos a mais enérgica e a mais significativa poesia da sua geração Olívio Montenegro Eita, Thiago Velho de guerra, amigo-sempre, companheiro imenso, Poeta do mesmo, sorriso constante para o mundo e para os seres humanos, capaz de conversar com uma flor, de entender os passarinhos e doar a vida bonita aos esfarrapados do mundo, agüente o barco, irmão. Precisamos de você, da sua fé e coragem, do seu desprendimento, da sua poesia... Andarilho da liberdade, você tem ainda muitos trilhos a percorrer: seus braços longos, muitas crianças abraçar; suas mãos, muitos poemas a escrever. Paulo Freire O poeta Thiago de Mello toma tão de assalto seu lugar entre os melhores poetas do Brasil, que parece um salteador ou ladrão. Mas é simplesmente um poeta que fez o seu aprendizado em silêncio. Que guardou seus cadernos de caligrafia em vez de publicá-los. Que decidiu só aparecer com a letra já segura de um mestre". Gilberto Freyre Os poetas Manuel Bandeira e Thiago de Mello Lançamento do Livro Vento Geral. Rio de Janeiro,

104 A editora José Olympio acaba de lançar o mais bonito volume de sua coleção de poesias com a edição do Vento Geral de Thiago de Mello. O poeta agora vai ficar em pé nas estantes e decentemente vestido para a posteridade... De Thiago, escrevi uma vez que é grande poeta, um dos grandes da sua geração e de qualquer geração... A leitura dos poemas... me confirmou na verdade dos nossos juízos. Reencontrei... o mesmo personalíssimo caboclo pluvial, fluvial e aluvial dos livros anteriores, com todos seus toque e tiques... Thiago, meu velho, estou sentindo falta de Zé Lins neste teu grande momento Manuel Bandeira... Thiago de Mello irrompeu na paisagem da poesia brasileira como uma força elementar: o vento rude, sacudindo as velhas árvores da literatura acadêmica,... Foi depois de Parnasianismo e Simbolismo já não existiam mais. O Modernismo já tinha culminado em alguns grandes poetas,... A geração seguinte estava disposta, acreditava-se, a voltar ao estudo e ao culto de problemas formais. Atrás de versos polidos procurava-se esconder as emoções mais fortes e a participação na vida. Enfim, uma paisagem idílica. Nesse idílio ressoou, de repente, a voz de Thiago de Mello Do escuro das selvas tropicais veio um raio de luz que nos restabeleceu a visão do mundo, os contornos verdadeiros das coisas e das almas Faz escuro mas eu Canto. Freud comparou o sonho a uma voz de criança que canta no escuro porque sente medo. O Canto no Escuro de Thiago de Mello, ao contrário, nos inspira coragem. Sua poesia também é relógio: dá a hora do galo que anuncia a aurora. Otto Maria Carpeaux "Thiago de Mello é, sem a menor dúvida, um dos grandes poetas do nosso tempo. E dos mais típicos representantes da Geração de 45 Os seus versos constituem, sem a menor sombra de dúvida, a expressão mais transparente e bela, significativa e profunda, não só de um poeta autêntico, mas de um momento crucial da alma brasileira em sua fase decisiva da evolução de sua cultura. Alceu Amoroso Lima 102

105 Os poetas Manuel Bandeira e Thiago de Mello Lançamento do Livro Vento Geral. Rio de Janeiro,

106 ".. Mas o poeta não canta apenas o seu rio: canta o amor perdido na cuia morna do ventre da cunhatã, fala das ensinanças da dúvida, da esperança e do futuro. Fausto Cunha...Thiago de Mello, poeta, caboclo do Amazonas e cidadão do mundo, não se limita, porém, a conclamar-nos para essa campanha de re-humanização do homem; ele próprio já partiu, eu que também me sei ferido e só, mas que conheço este animal sonoro que profundo e feroz reina em meu peito, porque foi testemunha de crueldade e violência, sentiu no coração a dor imensa de ver irmão contra irmão no incêndio monstruoso que lavrou na cordilheira dos Andes, em setembro de E, no entanto, sabe que ainda é tempo. Ainda é tempo de amar, ainda é tempo de viver. Mesmo que os massacres no Vietnã ou no Chile nos infundam momentânea desesperança e frustração, ainda é tempo. Ênio Silveira... De uma vez por todas, Thiago proclama seu amor à natureza e à liberdade... Comprometido com sua terra e com a sua a gente, de uma vez por todas Thiago de Mello assume a expressão de um poeta verdadeiramente universal. Carlos Heitor Cony 104

107 Thiago no Japão com o poeta Daisaku Ikeda e Senhora,

108 Eu vou andando pelos mares a esta hora. Longe, mas não separado, distante, mas infinitamente próximo. Próximo de meus compatriotas de sempre e de nosso novo compatriota, o poeta Thiago de Mello. DESDE QUE THIAGO CHEGOU AO CHILE Pablo Neruda Desde que Thiago chegou no Chile, produziram se várias alterações territoriais dignas de serem consideradas. O chamado vento puelche mudou invisivelmente de rumo e formou figuras rombóides na Cordilheira. O pulso do país voltou a bater como se despertasse de uma tristeza letárgica. Também se observou na areia da Ilha Negra um precipitado calcáreo ao mesmo tempo transparente e sonoro. Podemos atribuir estas variações à influência de Thiago de Mello em nossas almas. Por sua vez, nossas almas fazem a paisagem se transformar. Thiago de Mello é um transformador da alma. De perto ou de longe, de frente ou de perfil, por contato ou transparência, Thiago mudou nossas vidas, deu-nos a segurança da alegria. O tempo e Thiago de Mello trabalham no sentido contrário. O tempo corrói e continua. Thiago de Mello nos aumenta, nos acrescenta, nos faz florescer e depois vai embora, tem outros afazeres. O tempo se adere à nossa pele para nos desgastar. Thiago passa por nossas almas para nos convidar a viver. Neste poeta, enviado como representante pelo próprio Rio Amazonas, canta o largo Rio Selvagem e a multidão de seus pássaros. Nós, chilenos, queremos que continue cantando em nossa pátria. Se este asilo lhe serve, Thiago de Mello, aqui estamos - seus amigos e irmãos para dá-lo a você, ainda que, sem nossa permissão, você já tenha sido asilado para sempre pelo coração da nossa bela Anamaria. FAZ ESCURO MAS EU CANTO Otto Maria Carpeaux. lembra-nos os dias, já um pouco remotos, em que Thiago de Mello irrompeu na paisagem da poesia brasileira como uma força elementar: um vento rude, sacudindo as velhas árvores da literatura acadêmica, entusiasmando os maiores representantes e os críticos do modernismo e inspirando nova confiança aos jovens. Foi depois de Parnasianismo e Simbolismo, que tinham no Brasil e sous la copole sobrevivido a todas as tempestades do Tempo, já não existiam mais. O modernismo ou antes os modernismos de diversas tendências já tinham culminado em alguns grandes poetas, cuja arte parecia, aos mais novos, impossível continuar sem cair na rotina do epigonismo. A geração seguinte estava disposta, acreditava-se a voltar ao estudo e ao culto de problemas formais. Atrás de versos polidos procurava-se esconder as emoções mais fortes e a participação na vida. Enfim uma paisagem idílica. Nesse idílio, ressoou, de repente, a voz de Thiago de Mello. Foi o primeiro grande poeta que o Amazonas deu ao Brasil: terra nova, criando uma poesia nova. De verde escuro das selvas tropicais veio um raio de luz que nos restabeleceu a visão do mundo, os contornos verdadeiros das coisas e das almas. Uma personalidade indomável, um grande individualista que tinha direito de falar de si próprio e das suas próprias emoções porque manifestava sentimentos representativos. SILENCIO E PALAVRA, NARCISO CEGO, A LENDA DA ROSA, VENTO GERAL foram grandes livros de poesia. 106

109 Tiveram o sucesso merecido. Thiago de Mello, o homem amazônico, adaptou-se a custo na vida da grande cidade. Desincumbiu-se de importantes tarefas da administração cultural. Com sua cabeleira fabulosa aparecia nos centros de contato da vida literária como um leão domesticado. Mas quem o conhecia de perto, sabia melhor: nesse coração ardente continuavam as fiam-me antiche, e as chispas desse fogo voltaram a reunir-se para a chama das Odes, que o poeta Thiago de Mello nos ofereceu, como promessa de um poema maior capaz de reacender, um dia, nossas esperanças maiores e nossas maiores esperanças. Nesse tempo, Thiago de Mello esteve longe de nós. Tinha ido à Bolívia e ao Chile para semear ali o interesse pela cultura brasileira e o amor pela poesia brasileira. Passaram-se os anos. Thiago deve ter amadurecido muito. Voltou agora. E tomou logo atitudes de altiva independência que o engrandecem como homem e como poeta. O poeta de sempre aparece nos versos de FAZ ESCURO MAS EU CANTO. Ainda e sempre o torturam seus problemas pessoais mas que seria uma poesia que não girasse perpetuamente em torno dos mistérios do amor e da morte? Não é este o lugar para tentar uma análise da poesia de Thiago de Mello nem para citar-lhe versos dos mais característicos, mas não resisto à tentação de transcrever a seu respeito, duas linhas de um irmão seu em poesia, do guatemalteco Luis Cardoza Y Aragon: Porque el amor y la muerte son las alas de mi vida que es como um ángel expulsado perpetuamente Porque esse Cardoza y Aragon, poeta do amor e da morte como Thiago de Mello, é um participante exilado de sua pátria pela ditadura que a potência estrangeira ali instalou. É este o maior milagre da poesia: justamente quando ela parece mais concentrada no coração do poeta e mais fechada, enclausurada, em sua alma, é ela como o relógio que dá as horas da vida coletiva, anunciando no meio da noite, o novo dia que virá. Thiago de Mello é um homem aberto aos anseios coletivos do povo brasileiro. É e sempre será uma voz que canta, por mais impenetrável que pareça a escuridão da hora que atravessamos. Há anos irrompeu ele como uma força elementar na paisagem idílica da literatura brasileira de então. Hoje, esse homem das selvas amazônicas nos reaparece como um partisan, abrindo uma brecha na selva da violência que ameaça engolir-nos. Abre uma clareira. FAZ ESCURO MAS EU CANTO. Freud comparou o sonho a voz de uma criança que canta no escuro porque sente medo. O Canto no Escuro, de Thiago de Mello, ao contrário, nos inspira coragem. Sua poesia também é relógio: dá a hora do galo que anuncia a aurora. DE PAULO FREIRE PARA THIAGO DE MELLO Paulo Freire Eita, Thiago velho de guerra, amigo-sempre, companheiro imenso, Poeta de mesmo sorriso constante para o mundo e para os seres humanos, capaz de conversar com uma flor, de entender passarinhos e doar a vida bonita aos esfarrapados do mundo, agüente o barco, irmão. Precisamos de você, da sua fé e coragem, do seu desprendimento, da sua poesia um grito de amor e de esperança na manhã de um amanhã de liberdade que homens e mulheres, oprimidos hoje, teremos de criar. Poeta que propõe aos oprimidos um discurso diferente sua palavração. Um discurso permanente, que abalará vales e montanhas, rios e mares e deixará atônitos e medrosos os atuais donos do mundo. Precisamos do menino que você guarda em você e que ajuda a ser mais homem o homem que você é. Agüente o barco, querido amigo! 107

110 Muitas madrugadas, cheias de orvalho macio, esperam por você. Andarilho da liberdade, você tem ainda muitos trilhos a percorrer, seus braços longos, muitas crianças a abraçar, suas mãos, muitos poemas a escrever. MANAUS AMOR E MEMÓRIA Luiz de Miranda Correa Peço desculpas. Peço perdão. Pela primeira vez na vida (pelo menos conscientemente) sinto a sensação da inveja. E que inveja! Acabo de ler o livro de Thiago de Mello sobre Manaus. Poucas vezes li alguma coisa tão concisamente poética, imaginativa, bem escrita. Nele descobri o talento que gostaria de ter para falar de minha cidade, das minhas florestas, do meu povo. Tudo começou dias atrás, quando Leandro Tocantins me acorda esfusiante. Conta-me de sua descoberta. Fala do livro como de mulher amada, descoberta de sexo adolescente. Por seu intermédio encomendo quatro exemplares. Três para presentear amigos de sensibilidade. O quarto para mim mesmo pois afinal de contas também sou filho de Deus. Leandro Tocantins não exagerou. O livro é fantástico. Desde sua feição gráfica até ao linguajar luso-brasileiro beirando a obra prima. Não diria que é obra definitiva sobre a cidade em que nasci pois penso que nada existe de definitivo no nosso planeta. Mas, com certeza, é, até hoje, o mais bonito livro que li e vi sobre nós manauenses e amazonenses. Afinal o poeta Aníbal Beça tem razão. Se Thiago é patrimônio nacional, é orgulho amazonense. Vou até mais longe. Que viva o poeta Thiago. atrações maiores pela Alemanha, apesar de reconhecer a beleza do país e a contribuição de seu povo à cultura mundial. Penso que ainda não anistiei, Alemanha e alemães pela loucura do nazismo. Como Thiago, amo Lisboa. Portugal é para mim parte integrante do Brasil. Em cada página de seu livro nos dá lições de escrever esta nova língua mediterrânea, este idioma mesclado e enriquecido pela contribuição de ameríndios, africanos, imigrantes europeus e asiáticos. Vá escrever bem no inferno. Como diz Tocantins, sua coragem pelos exílios ( às vezes mais necessários que as sinecuras que lhe chegaram pelo direito talento) somaram e enriqueceram sua obra, fazendo com que se lembre do chopp na Grand-Palace de Bruxelas, da Afama, do Chiado, das ruas de Paris desaguando no Sena, que é rio multinacional no melhor sentido da palavra pois é lá que vamos nos embriagar com as raízes da nossa cultura. Thiago poeta. Thiago prosador. Thiago humanista. Thiago pensador. Thiago contador de estórias, de belas e sentidas estórias, de nossa história manauense, muito obrigado. Perdoe-me pela inveja. É honesta. Não precisa bater na madeira. Quero você vivo e bolindo, para continuar a enriquecer, vestido de guru, pois guru você o é, a memória de nossas terras amazônicas. De nossas terras de Vera e Santa Cruz. Publicado na Coluna É isso aí, do Jornal A Crítica", Manaus, 15 de abril de Logo em sua apresentação me identifico com seu passado. Ele aos quinze e eu aos treze, iniciando aprendizado no Rio. Também devo muito a esta cidade onde hoje escrevo. Endosso como minhas suas considerações sobre Paris. O Chile conheci en passant como turista mas nunca fui à Ilha de Páscoa. Não tenho 108

111 109 Sob a árvore cuja sombra dá sede, na Praça do Ginásio, à instituição, reúnem-se membros e amigos do Clube da Madrugada: A partir da esquerda: o pianista Arnaldo Rebello, os poetas Jorge Tufic, Thiago de Mello, o ficcionista Francisco Vasconcellos, o poeta Elson Farias e o pintor Moacyr Andrade."

112 110 O poeta aos 4 anos. Manaus, 1930.

113 ELE POR ELE MESMO * Eu nasci na beira do Paraná do Ramos, no município de Barreirinha, num lugar chamado Bom Socorro. E nesse lugar eu vivi até pouco mais de 4 anos. Eu tenho as minhas primeiras lembranças já das águas, das nuvens, dos pássaros, das estrelas e da floresta. Essas são as minhas primeiras lembranças. E em Manaus eu vivi o período mais luminoso da minha infância e todo começo da minha juventude. Juventude que, como vocês estão vendo, ainda não terminou, nos 70 anos que eu faço dentro de alguns meses, porque ainda não perdi a esperança da construção de uma sociedade humana solidária, para a qual a poesia, a criação artística têm muito com que contribuir. Estudei no grupo escolar José Paranaguá, onde e graças a particularmente duas professoras, a dona Clotilde Pinheiro e a dona Aurélia do Rego Barros, eu descobri que o homem era capaz de criar a beleza. Eu aos 9 anos de idade já tinha lido os poemas de Casimiro de Abreu, eu já sabia ouvir estrelas, do Bilac. Já sabia, aos 10 anos, quando terminei o meu curso primário e entrei para o Ginásio Amazonense Pedro II, eu sabia de memória o soneto, um dos mais belos da língua portuguesa, A Carolina, de Machado de Assis. Então, no ginásio, eu lia Drummond, eu lia Manuel Bandeira, eu sabia Essa Negra Fulo, de Jorge de Lima. Eu encerro, portanto, esse período da minha infância e minha adolescência, até os meus 15 anos, quando deixei Manaus sozinho num navio do Lloyd, chamado Almirante Alexandrino, a caminho do Rio de Janeiro, para estudar medicina, eu já levava comigo abertas algumas vertentes fundamentais de minha vida, que me acompanham até hoje. Eu já sabia primeiro que o homem era capaz de criar a beleza. Eu já viajei sabendo que a vida humana, nesse lugar chamado Terra, é marcada por profundas e terríveis desigualdades sociais. E já sabia que o amor era possível e que uma das mais belas formas de amor é a amizade. Eu fui capaz de uma coisa muito importante pra minha vida, antes de qualquer influência literária. Passava para o quinto ano de medicina, quando decidi enfrentar a sério, a opção que se colocava dentro de mim, desde o segundo ano do Curso Superior, entre a Literatura e a Ciência. Eu optei pela Literatura, o que entristeceu muito meu Pai. E a primeira pessoa a quem eu procurei chama-se Carlos Drummond de Andrade, no nono andar do edifício do Ministério da Educação, Palácio Gustavo Capanema, primeira obra grandiosa da arquitetura moderna no Brasil, realizada por uma equipe comandada por Lúcio Costa, em cima de um traço original de Le Corbusier. Levei os meus poemas para Drummond, a quem eu não conhecia e não fui recomendado por ninguém. Drummond deixou os poemas de lado e durante umas duas horas tratou primeiro de me convencer a não largar a medicina, que ninguém pode viver de literatura no Brasil:- Eu próprio, como você está vendo, sou um burocrata, me disse. Embora, nesse momento, em que eu cheguei lá, ele estivesse revendo os poemas dele de Claro Enigma. E depois quis saber-me do Amazonas, voltou, leu os meu poemas e disse: - É, você nasceu com a tara, você não tem jeito, você é poeta. Faça o que você quiser. Me fez observações, celebrou meu domínio sobre a palavra, o rigor da construção. Perguntou onde eu havia aprendido a métrica, sobretudo as tônicas jâmbicas. Sozinho, lendo alguns livros, respondi. Eu desde menino gostava muito da musicalidade, da sonoridade dos poemas e da prosa também. A verdadeira prosa tem que ter cadência, como diz o Borges.Então eu publico meu primeiro livro, Silêncio e Palavra. Menos de um ano depois Narciso Cego. * O texto é parte do depoimento concedido pelo poeta para a CD-ROM O Amazonas em sua literatura, organizado pelo escritor Tenório Telles. 111

114 BIOGRAFIA Thiago de Mello é o poeta escolhido para representar o Brasil na Antologia Mundial de Poesia da Academia de Letras da Romênia. Jornal O Globo, Coluna de Ancelmo Góis, Thiago de Mello é Conselheiro de Letras & Artes do Governo da França Embaixada do Brasil em Paris. Thiago de Mello é um dos maiores poetas vivos do Brasil Folha de São Paulo. Jornalista Cláudio Leal, Globo News. Programa de TV. Repórter Marina Araújo, Thiago de Mello é poeta, escritor, tradutor, jornalista e diplomata. Iniciou sua carreira literária em 1951 com 25 anos de idade: SILENCIO & PALAVRA (pelas edições Hipocampo) teve aplausos da crítica, e um ano depois lançava NARCISO CEGO (editado por José Olympio). Os poemas traziam uma inquietação metafísica: a dor, o sonho, o amor e a morte. Seu talento foi reconhecido por Manuel Bandeira, José Lins do Rego, Carlos Drummond de Andrade, Alceu Amoroso Lima, Sergio Milliet, Otto Maria Carpeaux, Sergio Buarque de Holanda, Gilberto Freire, Olívio Montenegro, Paulo Freire, Augusto Frederico Schmidt. Só para citar alguns. De Mello entra para a história da Literatura como um dos grandes da Geração de 45, escreveu Bandeira. Na década seguinte, foi traduzido por Pablo Neruda. A vida e a obra de Thiago se entrelaçam com três bandeiras: OS DIREITOS HUMANOS: Seu poema OS ESTATUTOS DO HOMEM foi traduzido para mais de trinta idiomas. "HORÓSCOPO PRA OS QUE EST AO VIVOS, FAZ ESCURO MAS EU CANTO, A C A N Ç Ã O D O A M O R A R M A D O, ' P O E S I A COMPROMETIDA COM A MINHA E A TUA VIDA, marcaram uma geração. A INTEGRAÇÃO CULTURAL DA AMÉRICA LATINA: Thiago foi Adido Cultural do Brasil, na Bolívia e no Chile, e começa aqui o seu trabalho de integração da Cultura da nossa América. Em Santiago, foi convidado para ser curador da Primeira Bienal Americana de Gravura e também fundou o Centro de Estudos Brasileiros. No exílio, retornou ao Chile, depois Peru e Argentina, antes de partir para o exílio europeu na Alemanha, França e Portugal. Por diversas vezes foi Membro do Júri do Prêmio da Casa de Las Américas. Participou de inúmeros encontros literários na América Latina. Fez parte do Congresso Latino Americano de Escritores no México, representou o Brasil no Congresso Mundial de Poetas promovido pela UNESCO para celebrar os 40 Anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos em Paris. Publicou coleções de poetas latino-americanos, sempre em edições bilíngües: Pablo Neruda, Ernesto Cardenal, Nicolas Guillén, Mario Benedetti, Cesar Valejo. Organizou o Primeiro Encontro de Poetas Latinoamericanos na Amazônia, realizado em Manaus em Recentemente, depois de se dedicar por mais de 20 anos, selecionou, traduziu e lançou pela editora Global POETAS DA AMÉRICA DE CANTO CASTELHANO, antologia poética que reúne mais de quatrocentos poemas de 120 poetas de todos os países da América Latina. Estão reunidos Jorge Luis Borges, Rubem Dario, José Asunción Silva, Gabriela Mistral, entre outros. A DEFESA DA FLORESTA AMAZÔNICA: A terceira bandeira o acompanha desde a infância: a Defesa da Floresta Amazônica. Já são mais de nove títulos em defesa da preservação da AMAZÔNIA e os povos indígenas. 112

115 Em sua obra, não há um texto em prosa ou em verso que não estejam presentes, de maneira poderosa, os símbolos, as metáforas amazônicas. Thiago luta com a sua palavra escrita e sua palavra falada, aos quatro cantos do mundo a importância de preservar todos os ecossistemas remanescentes de florestas dos continentes. Publicou AMAZONAS, CAPITAL ESPERANÇA, NOTÍCIA DA VISITAÇÃO QUE FIZ AO RIO AMAZONAS E SEUS BARRANCOS, MANAUS, AMOR E MEMÓRIA, MORMAÇO NA FLORESTA, AMAZÔNIA, A MENINA DOS OLHOS DO MUNDO, AMAZONAS, NO CORAÇÃO ENCANTADO DA FLORESTA, MAMIRAUÁ, AMAZONAS, ÁGUAS, PÁSSAROS, SERES E MILAGRES, ABC DA FLORESTA (com Pollyanna Furtado) todos, dedicados à Amazônia. AMAZONAS PÁTRIA DA ÁGUA serviu de roteiro para o "Globo Repórter. Também roteirizou os documentários Chaplin" e "Miró. Todos ganharam prêmios internacionais. DO INÍCIO: Thiago nasceu em Barreirinha, em 1926, no coração da floresta amazônica, de onde saiu criança, mas já sabia nadar bem, para estudar em Manaus. Fez o Curso Primário no Grupo Escolar José Paranaguá. A sua prova final ganhou distinção e louvor, uma com composição sobre o apólogo de Machado de Assis, A Agulha e a Linha. Com 10 anos foi aprovado no exame de admissão do Gynasio Amazonense Pedro II. Onde concluiu o curso secundário. Com 15 anos foi de navio estudar Medicina no Rio de Janeiro. Aluno interno do Colégio Batista, fez os dois anos do curso pré-médico e jogou basquete pelo Tijuca Tênis Clube. Aprovado no vestibular da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, na Praia Vermelha. No final do quarto ano do Curso Superior, Thiago fecha a faculdade, e faz a opção pelas Letras, pois já estava trabalhando como jornalista no Correio da Manhã. Singularidade, Thiago além de escritor foi tri-campeão de voleibol pelo Fluminense com Gil Carneiro de Mendonça. Foi goleiro no time de futebol que junto com 30 amigos que tinham 30 anos, no Rio de Janeiro, fundaram o Clube 30 por 30. Entre os amigos estavam Luis Carlos Barreto e Joel Rufino dos Santos. De 1952 a 1960, José Olímpio publicou seis livros de Thiago. Na Lenda da Rosa, Thiago foi o único poeta brasileiro incluído na Coleção Rubaiyat, só de poetas traduzidos como Beaudelaire, Montaigne, Descartes e o Cântico dos Cânticos de Salomão. Nos anos 50, manteve uma coluna diária no Jornal O Globo, Contraponto. Foi repórter e redator do Correio da Manhã e do Diário Carioca. O governador Negrão de Lima convida Thiago para ser diretor do Departamento de História e Documentação do Rio de Janeiro, e em 1958, como ele costuma dizer, faz a maior audácia de sua vida, para comemorar os 150 anos da chegada da Família Real Portuguesa no Brasil", reconstitui a chegada da Família Real, no Porto da Praça XV, com as réplicas das caravelas, igual como a história se deu, uma encenação memorável, grande elenco, Jaime Costa como D. João VI, Heloísa Helena como Carlota Joaquina, Maria Fernanda, a filha de Cecília Meireles, diretor de Arte, Albino Pinheiro, mais de 300 figurantes. O presidente Juscelino Juscelino Kubitschek estava presente na platéia. Organizou a Comemoração do cinqüentenário de morte de Machado de Assis. Fundou o Centro de Fotografia do Serviço de História e Documentação do Rio de Janeiro. Em 1959, iniciou a sua carreira de diplomata, servindo ao Itamaraty como Adido Cultural em países da América Latina. Fundou no Chile o Centro Brasileiro de Cultura. 113

116 Foi membro da Comisión de los Notables, criada pela ONU (25 escritores latino-americanos, entre os quais Gabriel Garcia Marques, Mario Benedetti, Arturo Corcuera, Ernesto Cardenal, Eduardo Galeano e, único europeu, José Saramago) para respaldar o trabalho da UNICEF pela vida das crianças e adolescentes da América Latina. Participou ativamente da oposição ao regime militar. Seus livros Faz Escuro Mas Eu Canto e Canção do Amor Armado foram queimados. Depois de várias prisões, pediu refúgio ao Chile, em 69 e lá, serviu ao Governo de Salvador Allende como diretor de Comunicação Social do Instituto de Reforma Agrária. Viveu em Santiago, onde nasceu sua filha Isabella, até o golpe militar de 73. Com ajuda da ACNUR, Órgão das Nações Unidas, foi para o exílio na Argentina, Peru, Alemanha, depois França e Portugal. Voltou ao Brasil antes da Anistia. Os militares o esperaram de novo à porta do avião para prendê-lo. Libertado, desde o seu retorno do exílio, vive no interior da Floresta Amazônica, em Barreirinha, onde nasceu, numa casa projetada por Lucio Costa, o criador de Brasília. De onde sai para tudo quanto é canto do mundo, para participar de encontros literários. O seu primeiro projeto nesse retorno é o FAZ ESCURO MAS EU CANTO THIAGO DE MELLO & SERGIO RICARDO num espetáculo de canções e poemas, onde percorrem mais de 12 capitais brasileiras. Em 1993, Fernando Henrique Cardoso, companheiro de exílio de Thiago no Chile, e então Chanceler, convida Thiago para ser Conselheiro Cultural da Embaixada Brasileira em Santiago. Integrou em dezembro de 2010 o júri do Prêmio Interamericano de Poesia Gabriela Mistral, promovido pela OEA e o Governo do Chile, reunido em Washington. Representou o Brasil no Congresso Mundial de Poetas organizado pela UNESCO, em Paris, para celebrar o 40* aniversário das Nações Unidas. Convidado para representar o Brasil no primeiro Congresso de Poesia da Índia, em Nova Delhi e Bhopal. Depois de duas vezes membro do júri, foi presidente do Prêmio Casa de Las Américas, em Cuba. Representou o Brasil, três vezes, no Festival Internacional de Poetas, em Medelin, Colômbia. Participou da Feira dos Livros em Buenos Aires, Caracas, Montevideo, Havana, Buhrmesse, em Frankfurt. Participou do Festival de Nancy, recitando poemas com trilha sonora, ao vivo, com Pablo Milanês. Bibliografia extensa em prosa e poesia, com tradução para diversos idiomas. De Poemas: Silêncio e Palavra, Narciso Cego, Tenebrosa Acqua, Toada de Cambaio, O Andarilho e a Manhã, Vento Geral, Madrugada Camponesa, Faz Escuro Mas Eu Canto, A Canção do Amor Armado, Poesia Comprometida Com A Minha e Tua Vida, Mormaço na Floresta, Arte e Ciência de Empinar Papagaio, Num Campo de Margaridas, De Uma Vez Por Todas, Campo de Milagres, Poemas Preferidos pelo Autor e seus leitores, Seleção de Poemas de Thiago de Mello, Como Sou e Acerto de Contas. O poema Estatutos do Homem está traduzido para quase todos os idiomas. Foi transformado por Cláudio Santoro em peça sinfônica, para orquestra e coral, apresentada na Praça dos Três Poderes em Brasília, durante a solenidade inaugural da Nova Constituição Brasileira em 1988, a chamado de Ulysses Guimarães, o presidente da Assembléia Constituinte. Recebeu, na ocasião, da Secretaria de Cultura de Brasília, o Grande Prêmio Verde das Américas. Em Prosa: Notícia da Visitação ao Rio Amazonas e seus Barrancos, na Revista Cultura do Ministério da Educação, A Estrela da Manhã, um estudo sobre o poema de Manuel Bandeira, Amazonas, Pátria Da Água, Manaus, Amor & Memória, Arte e Ciência de Empinar Papagaio, O Povo Sabe O Que Diz, 114

117 José Lins do Rêgo, Odilon Ribeiro Coutinho e Thiago de Mello, Rio de Janeiro,

118 Amazônia, A Menina dos Olhos do Mundo, Borges na Luz de Borges, Mamirauá, Amazonas, Águas, Pássaros, Seres e Milagres, Amazonas, No Coração E n c a n t a d o d a F l o r e s t a, A B C d a F l o r e s t a Amazônica com Pollyanna Furtado. Traduções: Versos do Capitão, Cadernos de Temuco, Prólogos e Antologia Poética de Pablo Neruda. "Salmos", "Vida no Amor e Cântico Cósmico de Ernesto Cardenal, Songoro Consogo de Nicollás Guillén, Debaixo dos Astros de Eliseo Diego, Lãs Tolerañas de Dios de Luis Varese, Poemas Escolhidos de Jaime Sabines e a Poesia Completa de César Vallejo. Traduziu também The Hollow Men e The Waste Land, do poeta inglês T.S. Eliot. Em julho de 2011, no Memorial da América Latina em São Paulo, lançou, pela Editora Global Poetas da América de Canto Castelhano, antologia pioneira que reúne poetas de todos os países da América Latina. Sua mais recente antologia em castelhano é Aún es Tiempo do Fundo de Cultura Econômica, com traduções de Pablo Neruda, Mario Benedetti, Arturo Corcuera, Enriique Lihn, Armando Uribe, Adan Mendez, Pablo Neruda traduziu e editou poemas de Thiago de Mello. A Editora Universitária publicou Madrugada Campesina. La Casa de Las Américas editou Poemas Preferidos e Poemas y Canciones. É de Sérgio Bath a seleção e tradução para o inglês da antologia A Floresta Vê O Homem. Distingue contente entre tantas, as versões de seus livros: What conts is Life, Chant de l amour armée, "Legendes du fleuve Amazonas, Horoscop fûr alle, "Die am Leben sind, Gesang der Bewfneten Liebe, Nochist es dunkel, aber ich singe. Os compositores Cláudio Santoro, Peter Jansen, e Laura de Ary Barroso, Monsueto, Sergio Ricardo e de seus filhos Manduka e Thiago. Sérgio Ricardo deu música a Meu Companheiro Menino, Nara Leão e Virgínia Rosa cantaram Faz Escuro Mas Eu Canto e Zezé Gonzaga Porque que Tu Te Escondes. Compôs com seu filho Manduka (Manuel Thiago de Mello): Asa Luz, Cunhantã Dourada e Linda Vida, Meu Amor. Compôs letra e música Pedaço de Mundo e Menino Perdido, Menino de Engenho que cantava com seu amigo Zé Lins do Rêgo, como se pode ver no premiado documentário de Wladimir Carvalho sobre a vida do escritor. Prêmios e Laureações são muitas. Podemos destacar que ganhou por duas vezes o Prêmio Jabuti, um dos mais importantes Prêmios Literários, concedido pela Câmara Brasileira do Livro; o primeiro Jabuti com De Uma Vez por Todas e o segundo Jabuti Campo de Milagres. Recebeu dois prêmios da Academia Brasileira de Letras, o Olavo Bilac pelo seu livro Vento Geral e o Osvaldo Orico pelo Amazonas, Pátria da Água. É cidadão honorário da Cidade do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, de Manaus e de Santiago do Chile. Também é cidadão honorário da Cidade de Itatiba em São Paulo e de Parintins, no Amazonas. Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Amazonas e pela Universidade Ricardo Palma, do Peru. Professor emérito da Universidade de Soka, do Japão. Recebeu as maiores honrarias do País: a Medalha do Mérito Cultural, a da Ordem do Rio Branco e (a que mais comove, pelo seu amor à vida de Joaquim José da Silva Xavier), a Grande Medalha da Inconfidência. Campaner fizeram peças sinfônicas com seus poemas. Thiago fez versos para choro de Pixinguinha e canções 116

119 Membro do Conselho Superior de Cultura do Governo do Amazonas. Membro da Academia Amazonense de Letras. Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Amazonas. Professor Emérito da Universidade de Soka, Japão. Membro, quatro vezes, do Júri do Prêmio Literário da Casa de Las Américas. Prêmios Nacionais de Poesia da Academia Brasileira de Letras com os livros Vento Geral e Amazonas, Pátria da Água Dois Prêmios Jabutis com os livro De Uma Vez Por Todas" e Campo de Milagres", da Bienal Internacional do Livro. São Paulo. Medalha Machado de Assis. Cavalheiro da Ordem de Artes e Letras do Governo da França. Conselheiro da Ordem Bernardo O Higgins do Governo do Chile. Medalha Haydeé Santa Maria do Governo de Cuba. Medalha Ruy Araújo concedida pela Assembléia Legislativa do Amazonas. Medalha da Ordem do Rio Branco do Governo Brasileiro.Ordem do Mérito Cultural do Governo Brasileiro & Conselheiro de Letras e Artes do Governo da França. *** 117

120 BIBLIOGRAFIA POEMAS: SILÊNCIO e PALAVRA. Edições Hipocampo. Rio de Janeiro Edição de Luxo em comemoração dos 50 anos da primeira publicação. Editora Valer. Manaus NARCISO CEGO. Editora José Olympio, A LENDA DA ROSA. Coleção Rubaiyat. José Olympio. Rio de Janeiro, 1956 VENTO GERAL ( reunião dos livros anteriores e mais quatro inéditos: O ANDARILHO E A MANHÃ, TENEBROSA ACQUA, TOADAS DE CAMBAIO e PONDERAÇÕES QUE FAZ O DEFUNTO AOS QUE LHE FAZEM O VELÓRIO. José Olympio, Rio de Janeiro, FAZ ESCURO MAS EU CANTO. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, ª. edição Bertrand Brasil. Rio de Janeiro. 19ª. edição Coleção Mestres da Literatura Brasileira. Editora Record A CANÇÃO DO AMOR ARMADO. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, ª. Edição POESIA COMPROMETIDA COM A MINHA E A TUA VIDA. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, ª. Edição OS ESTATUTOS DO HOMEM. Com desenhos de Aldemir Martins. Editora Martins Fontes São Paulo. 6ª.edição HORÓSCOPO PARA OS QUE ESTÃO VIVOS. Martins Fontes. São Paulo ª. Edição HORÓSCOPO PARA OS QUE ESTÃO VIVOS. Edição de Luxo, ilustrada e editada por Ciro Fernandes. Rio de Janeiro MORMAÇO NA FLORESTA. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro ª. edição VENTO GERAL. Poesia Civilização Brasileira. Rio de Janeiro ª. edição NUM CAMPO DE MARGARIDAS. Civilização Brasileira, DE UMA VEZ POR TODAS. Civilização Brasileira. Rio de janeiro Bertrand Brasil. Rio de Janeiro, 2ª. edição Prêmio Jabuti CAMPO DE MILAGRES. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro, Prêmio Jabuti LOS ESTATUTOS DEL HOMBRE. Edição de Luxo. Bilíngüe (português e espanhol) Tradução de Pablo Neruda. Editora Vergara & Riba. São Paulo, OS ESTATUTOS DO HOMEM. Editora Valer. Edição de luxo. Manaus, Edição Trilíngüe. Versão no espanhol por Pablo Neruda. Tradução no inglês por Robert Márquez e Trudy Pax. Editora Valer POEMAS PREFERIDOS PELO AUTOR E SEUS LEITORES. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro THIAGO em HAIKAI. De Sergio Bath. Edições Hipocampo. Rio de Janeiro COMO SOU. Seleção de Poemas de Thiago de Mello. Editora Global. São Paulo,

121 ACERTO DE CONTAS. Editora Global. São Paulo. Finalista Prêmio Jabuti MAN A VIEW FROM THE FOREST A FLORESTA VÊ O HOMEM. Cinquenta poemas metafísico de Thiago de Mello, Selecionados e traduzidos por Sergio Bath. Edição bilingue (português e ingles). Prefeitura de Manaus e Fundação Villa-Lobos. Editora Valer. Manaus THIAGO DE MELLO - Seleção e Prólogo de Marcos Frederico Kruger. Editora Global. São Paulo, PROSA: NOTÍCIA DA VISITAÇÃO QUE FIZ NO VERÃO DE 1953 AO RIO AMAZONAS E SEUS BARRANCOS. Ministério da Educação ª. edição, Civilização Brasileira Rio de Janeiro. A ESTRELA DA MANHÃ. Estudo do poema de Manuel Bandeira. Ministério da Educação. Rio de Janeiro ARTE E CIÊNCIA DE EMPINAR PAPAGAIO. Editado pelo BEA, Manaus ª. edição Civilização Brasileira Rio de Janeiro. MANAUS, AMOR e MEMÓRIA. Suframa, Manaus. 1984, edição de luxo. 2ª. edição, Civilização Brasileira. 2ª. edição Segunda Edição de Luxo. Editora Valer. Manaus AMAZONAS, PÁTRIA DA ÁGUA. Civilização Brasileira. Rio de janeiro ª. edição. Bertrand Brasil AMAZONAS, PÁTRIA DA ÁGUA. Edição de luxo, bilíngüe, versão em inglês por Sergio Bath, Ricardo Pinheiro Lopes elucimeire Virgilio Leite, com fotografia de Luiz Cláudio Marigo. Sverner- Bocatto. São Paulo Segunda Edição de Luxo. Editora Gaia. São Paulo, AMAZÔNIA, A MENINA DOS OLHOS DO MUNDO. Civilização Brasileira, O POVO SABE O QUE DIZ. Civilização Brasileira. 2ª. edição BORGES NA LUZ DE BORGES. Pontes editores. São Paulo A ARTE DE TRADUZIR. Museu da Poesia Manuscrita. Florianópolis AMAZONAS, NO CORAÇÃO ENCANTADO DA FLORESTA. Editora Cosac & Naify. Ilustração de Andréas Sandoval. São Paulo AMAZONAS, ÁGUAS, PÁSSAROS, SERES E MILAGRES. com ilustração das bordadeiras Antônia Diniz, Ângela, Marilu, Marta e Sávia Dumond sobre desenho de Demóstenes, Editora Salamandra, Rio de Janeiro, BRASIL 500 PÁSSAROS. Thiago abre o livro com os textos: Brasil: Educação Ambiental no Início de um Novo Século e Quinhentas Árvores, Quinhentas Águas Edição de Luxo da Eletronorte MAMIRAUÁ. Com fotos de Luiz Cláudio Marigo. Edição Comemorativa. Editado pela Sociedade Civil Mamirauá e Petrobrás. Manaus e Brasília ABC DA FLORESTA AMAZÔNICA com Pollyanna Furtado. Editora Valer. Manaus

122 NATUREZA - Frans Krajcberg. Textos de Thiago de Mello e José Antônio Saja. Edições da Secretaria de Cultura da Bahia. Salvador NO EXTERIOR: MADRUGADA CAMPESINA. Santiago do Chile. Tradução de Armando Uribe Arce. Centro de Estudo Brasileiro,CEB POEMAS DE THIAGO DE MELLO. Tradução de Pablo Neruda. Ilustração de Eduardo Vilches. Edição de Luxo, fora de comércio. Santiago do Chile HOROSCOPO. Edição Mário Toral, Santiago do Chile OS ESTATUTOS DO HOMEM. Edições Itaú. Lisboa LOS ESTATUTOS DEL HOMBRE. Club de Grabado. Montevideo WHAT COUNTS IS LIFE. Geo Pflaum Publisher. USA a. edição CANTO DE AMOR ARMADO. Ediciones Crisis. Buenos Aires POESIA COMPROMETIDA COM A MINHA E A TUA VIDA. Moraes Editora. Lisboa A CANÇÃO DO AMOR ARMADO. Moraes Editora. Lisboa DIO STATUTEN DES MENSCHEN. Peter Hammer Verlag Wupérttal. RFA. GESANG DER BEWFFNATEN LIEBEN. Peter Hammer Verlag Wupérttal. RFA HOROSCOP FUR ALLES, DIE AM LEBEN SIND. Jugenbdienst Verlag. Wuperttal OS ESTATUTOS DO HOMEM, Divulgação do Correio da UNESCO, tradução para mais de 30 idiomas OS ESTATUTOS DO HOMEM. Edições Itaú. Lisboa. 12ª. edição Montevideo Tradução de Pablo Neruda. Poesia Libre. Quito, Equador POESIA DE THIAGO DE MELLO. Casa de Las Américas. La Habana. Cuba CHANT DE L AMOUR ARMÉ. Cerf. Paris AMAZONAS, LANGE OF WATER. Tradução de Charles Cutler. In The Massachusestts Review. USA STATUTES OF MAN. Selected Poems. Tradução de Richard Chappel. Spenser Books London. England I GO ON SHAPED LIKE A WORD A Tribute to Thiago de Mello. Senter for Amazonian. Literature and Culture. Smith College. USA VISIÓN DE LA POESIA BRASILEÑA. Selección y prólogo de Thiago de Mello. Edición bilíngüe. Traducción de Adan Mendez. Red Internacional del Libro. Embajada de Brasil en Santiago de Chile Antologia de poetas brasileiros. POESIA COLONIAL: Gregório de Matos, Manuel Inácio da Silva Alvarenga. POESIA ROMANTICA: Gonçalves Dias, Antonio de Castro Alves, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire, Francisco Otaviano, Álvares de Azevedo. POESIA PARNASIANA: Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Machado de Assis, Vicente de Carvalho. 120

123 Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Machado de Assis, Vicente de Carvalho. POESIA SIMBOLISTA: Cruz e Souza, Augusto dos Anjos, Alphonsus de Guimarães, Alceu Wamosy, Gilka Machado. POESIA MODERNISTA: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Thiago de Mello, Cassiano Ricardo, Jorge de Lima, Murilo Mendes, Augusto Frederico Schmidt, Ascenso Ferreira, Dante Milano, Cecília Meireles, Ribeiro Couto, Guilherme de Almeida, Augusto Meyer, Raul Bopp, Mário Quintana, Pedro Dantas, Henriqueta Lisboa, Vinicius de Moraes, Alphonsus de Guimarães Filho, Joaquim Cardoso, João Cabral de Mello Neto, Ruy Guilherme Paranatininga Barata, Domingos Carvalho da Silva, ledo Ivo, Ferreira Gullar, Geir Campos, Moura Mota, Paulo Mendes Campos, Carlos Pena Filho. POESIA PÓS-MODERNISTA: Moacyr Félix, Affonso Romano de Sant Ana, Darcy Damasceno, Luiz Bacelar, Astrid Cabral, Élson Farias, Afonso Félix de Souza. AUN ÉS TIEMPO. Seleção e tradução de Thiago de Mello. Bilíngüe. Editorial Fondo de Cultura Econômica. Santiago do Chile Antologia em castelhano com os poemas de: Pablo Neruda, Mario Benedetti, Arturo Corcuera, Enrique Lihn, Armando Uribe, Adan Mendez, entre otros. POEMAS PREFERIDOS POR EL AUTOR Y SUS LECTORES. Traducción de Julia Caldazilla Núñez, Editora Arte Y Literatura. Instituto Cubano del Libro. La Habana, Cuba TRADUÇÕES: ANTOLOGIA POÉTICA de PABLO NERUDA. Letras & Artes. Rio de Janeiro A TERRA DESOLADA E OS HOMENS OCOS de T.S. Eliot. Edição bilíngüe. Centro de Estudos Brasileiro. Fora de Comércio. Santiago do Chile SALMOS de Ernesto Cardenal. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro A VIDA NO AMOR de Ernesto Cardenal. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro POESIA COMPLETA de CESAR VALLEJO. Philobiblion. Rio de Janeiro SÓNGORO CONSOGO E OUTROS POEMAS de Nicolas Guillén, Philobiblion. Rio de Janeiro DE ABAIXO DOS ASTROS. Poesia de Eliseo Diego. Hucitec. São Paulo OS VERSOS DO CAPITÃO de Pablo Neruda. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro, 4ª. edição CÂNTICO CÓSMICO de Ernesto Cardenal. Hucitec. São Paulo CADERNOS DE TEMUCO de Pablo Neruda. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro. 2ª. edição PRESENTE DE UM POETA de Pablo Neruda. Vergara & Riba. Rio de Janeiro MANAUS RESUCITADO de Ernesto Cardenal. Editora Valer. Manaus A POESIA SE ENCONTRA NA FLORESTA I Encontro Amazônico de Poetas da América Latina. Seleção e Tradução de Thiago de Mello. Secretaria de Cultura do Amazonas. Editora Valer. Manaus HISPANO-AMERICANOS: Horácio Salas, Leon Rozitchner, Nicomedes Soares Arauz, Adan Mendes Rosas, César Soto Gomes, Raul Zurita, Gonzalo Rojas, Ana Mercedes Vivas, 121

124 Juan Manuel Roca, Maria Mercedes Carranza, Maruja Vieira, Ângela Garcia, Fernando Rendón, Juan Carlos Galeano, Roberto Fernandez Retamar, Miguel Barnet, Jorge Enrique Adoum, Margarita Laso, Whashington Benavidez, Ana Maria Rodas, Francisco Morales Santos, Guillermo Samperio, Margarito Cuellar, Norma Wanless, Ernesto Cardenal, Arturo Corcuera, Aléxis Gómez Rosa, Saul Ibargoyen, Maria Antonieta Flores. DA AMAZÔNIA: Alcides Werk, Aldisio Filgueiras, Alencar e Silva, Aníbal Beça, Astrid Cabral, Cândida Alves, Cláudio Fonseca, Dori Carvalho, Efraim Amazonas, Eliakim Rufino, Élson Farias, João de Jesus Paes Loureiro, Jorge Tufic, Luís Augusto Cassas, Max Carphentier, Simão Pessoa, Thiago de Mello, Zemaria Pinto. POETAS DA AMÉRICA DE CANTO CASTELHANO, Seleção, Tradução e Notas de Thiago de Mello. Editora Global, Nota do Editor : Thiago de Mello trabalhou por mais de vinte anos nesta antologia poética que preenche uma enorme lacuna no acervo bibliográfico brasileiro e cumpre importante papel na integração cultural da América Latina...Obra inédita, esplendidamente representativa do canto castelhano nas Américas, reúne cerca de quatrocentos poemas de 120 poetas latino-americanos, entre os quais despontam as figuras luminares de Pablo Neruda, Jorge Luis Borges, César Vallejo, Ruben Dario, Gabriela Mistral, Nicolas Guillén, José Asunción Silva, Jaime Sabines, Ernesto Cardenal e Mario Benedetti, entre outros... ARGENTINA: Leopoldo Lugones, Alfonsina Storni, Jorge Luis Borges, Raul Gonzalez Tuñon, Francisco Urondo, Juan Gelman, Horacio Salas, Cristina Castello.BOLIVIA: Franz Tamayo, Gregório Reynolds, Oscar Cerruto, Nicomedes Suares-Arauz, Blanca Wiethüchter CHILE: Gabriela Mistral, Vicente Huidobro, Pablo de Rokha, Pablo Neruda, Humberto Diaz Casanueva, Nicanor Parra, Gonzalo Rojas, Violeta Parra, Enrique Lihn, Armando Uribe, Jorge Teillier, Oscar Hahn, Cezar Soto Gomes, Raul Zurita, Adan Mendez Rozas. Juan Cristóbal Romero. COLÔMBIA: José Asunción Silva, Leon de Greiff, Aurélio Arturo, Eduardo Carranza, Álvaro Mutis, Belisario Betancour, Jaime Jeramillo Escobar, Maria Mercedes Carranza, Juan Manuel Roca, Fernando Rendón, Jairo Guzmán, Andréa Cote Botero. COSTA RICA: Maria Montero, Luis Chaves, Alfonso Chase, Jorge Debravo, Ana Istarú. CUBA: José Marti, José Lezama Lima, Eliseo Diego, Nicolas Guillén, Cintio Vitier, Fina Garcia Marruz, Pablo Armando Fernandez, Roberto Fernandéz Retamar, César Lopes, Miguel Barnet, Nancy Morejón. EL SALVADOR: Aída Párraga, Roque Dalton, Alfonso Quijada Urias. EQUADOR: Gonzalo Escudero, Jorge Carrera Andrade, Jorge Enrique Adoum, Efrain Jara Idrovo, Margarita Laso, Maria Fernanda Espinosa, Carmen Vascones. GUATEMALA: Luis Cardoza Y Aragon, Otto Raul Gonzáles, Otto René Castillo. HONDURAS: Roberto Sosa, Oscar Acosta, Rigoberto Perecles, José Adán Castelar MÉXICO: Carlos Pellicer, Jaime Sabines, José Emilio Pacheco, Guilhermo Samperio, Norma Wanless, Margarito Cuéllar. NICARAGUA: Ruben Dario, Alfonso Cortés, José Coronel Urtecho, Pablo Antônio Cuadra, Carlos Martinez Rivas, Claribel Alegria, Ernesto Cardenal, Fernando Silva, Gioconda Belli, Bosco Centeno, Luz Marina Acosta. PANAMÁ: Demetrio Herrera Sevillano, Homero Icaza Sanchez, Aristides Martinez Ortega, Hector Collado, Diana Morán. PARAGUAI: Elvio Romero. PERU: César Vallejo, Carlos Germán Belli, Whashington Delgado, Arturo Corcuera, Casar Calvo, Antonio Cisneros. PORTO RICO: Evaristo Ribera Chevremont, Luís Palés Matos, Julia de Burgos, Francisco Matos Paoli. REPÚBLICA DOMINICANA: Manuel Del Cabral URUGUAI: Julio Herrera y Reissig, Juana de Ibarbourou,Fernando Pereda, Idea Vilariño, Mario Benedetti, Jorge Arbeleche, VENEZUELA: Gramcko, Rafael Cadenas, Eugenio Montejo, Luis Alberto Crespo, Maria Antonieta Flores. 122

125 DISCOS POESIAS DE THIAGO DE MELLO. Discos Fiesta. Rio de Janeiro. RJ Locução do autor. DIE STATUTEN DES MENSCHEN Cantata para Orquestra e Coro. Musica de Peter Jansens. R.F.A THIAGO DE MELLO Poemas y Canciones. Casa de Las Américas. La Havana THIAGO DE MELLO Palabra de esta América. Casa de Las Américas. La Havana MORMAÇO NA FLORESTA. Locução do autor. Som Livre. Rio de Janeiro OS ESTATUTOS DO HOMEM & POEMAS INÉDITOS. Música de Manduka. Edições Paulinas. Rio de Janeiro Locução do Autor. POEMAS de THIAGO DE MELLO e músicas de Gaudêncio Thiago de Mello. Coleção Educação para Ser. Selo Karmin. Minas Gerais Locução do autor. 123

126 OBRAS PUBLICADAS: 124

127 125

128 126

129 127 TRADUÇÕES

130 128 TRADUÇÕES E OBRAS NO EXTERIOR

131 OS ESTATUTOS DO HOMEM Ilustrado por Ademir Aldemir Martins O poema "ESTATUTOS DO HOMEM, editado em mais de 30 idiomas, foi publicado pela primeira vez em abril de 1964, na primeira página do jornal "Correio da Manhã, dedicado a Carlos Heitor Cony; em resposta ao Ato Institucional AI - 5 do golpe de estado militar. Faz parte do livro FAZ ESCURO MAS EU CANTO - Civilização Brasileira, Esta edição especial ilustrada por Ademir Aldemir Martins é é da da Editora Martins Fontes, 1984 e1988. e

132 OS ESTATUTOS DO HOMEM Artigo I Fica decretado que agora vale a verdade, que agora vale a vida e que, de mãos dadas, trabalharemos todos pela vida verdadeira. Artigo II Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo. 130

133 Artigo III Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito ito a abrir-se dentro da sombra e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança. Artigo IV Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu. Parágrafo Único: O homem confiará no homem como o menino confia em outro menino. 131

134 Artigo V Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa. Artigo VI Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora. 132

135 Artigo VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridão, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo. Artigo VIII Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar amor a quem se ama sabendo que é a água que dá à planta o milagre da flor. Artigo IX Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobre tudo tenha sempre o quente sabor da ternura. 133

136 Artigo X Fica permitido a qualquer pessoa, a qualquer hora da vida, o uso do traje branco. Artigo XI Artigo XII Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo do que a estrela da manhã. Decreta-se que nada será obrigado nem proibido. Tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela. Parágrafo Único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor. 134

137 Artigo XIII Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou. Artigo Final Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo, ou um rio ou como a semente do trigo e a sua morada será sempre o coração do homem. 135

138 136

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