CONTEXTUALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR EM MATO GROSSO

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR EM MATO GROSSO 2ª OFICINA DE CONCERTAÇÃO ESTADUAL DE MATO GROSSO INTEGRAÇÃO ENSINO PESQUISA ATER AGRICULTURA FAMILIAR EMBRAPA AGROSSILVIPASTORIL SETEMBRO SINOP / MT 0

2 SUMÁRIO Apresentação Considerações sobre o sistema produtivo agropecuário mato-grossense A agropecuária mato-grossense O setor rural do estado de Mato Grosso Agricultura familiar e sua Importância para o Estado Principais cadeias produtivas praticadas na agricultura familiar em Mato Grosso Cadeia produtiva do leite Cadeia produtiva da mandioca Cadeia produtiva de frutas, legumes e verduras FLV s Cadeia produtiva da piscicultura Cadeia produtiva da apicultura Cadeia Produtiva de Sistemas Agroflorestai SAF s Aplicação de crédito rural do PRONAF na agricultura familiar em Mato Grosso Uso de tecnologia, acesso a mercados e renda Renda e pobreza no meio rural Proposta de intervenção para a promoção do desenvolvimento da agricultura familiar Capacitação de técnicos e de agricultores familiares com foco nas cadeias produtivas Referência bibliográfica

3 LISTA DE FIGURA Figura 1. Municípios com os maiores índices de aglomeração na cadeia produtiva de leite em Mato Grosso, Figura 2. Municípios com maiores índices de aglomeração na cadeia produtiva de mandioca em Mato Grosso Figura 3. Municípios com os maiores índices de aglomeração na cadeia produtiva da fruticultura em Mato Grosso

4 LISTA DE TABELA Tabela 1. Famílias da agricultura familiar por comunidades tradicionais e assentamentos da reforma agrária em Mato Grosso... 6 Tabela 2. Famílias da agricultura familiar por Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental de Mato Grosso... 7 Tabela 3. Amostra dos produtores entrevistados para o diagnóstico da cadeia produtiva do leite no estado de Mato Grosso Tabela 4. Produção e produtividade dos produtores entrevistados no estado de Mato Grosso em 2010/ Tabela 5. Produção de mandioca em Mato Grosso Ano de Tabela 6. Valor das FLV s mercantilizados em Mato Grosso, atualizados para o ano de 2013 (em R$ mil) Tabela 7. Principais frutas cultivadas em Mato Grosso, no ano de Tabela 8. Produtores, colméias, produção, representação associativas e estrutura de apoio na cadeia produtiova da apicultura, por consórcio intermunicipais em Mato Grosso Tabela 9. Volume de crédito do plano safra para Mato Grosso Tabela 10. Nº de estabelecimentos da agricultura familiar segundo o censo do IBGE, nº de agricultores assentados segundo dados do INCRA, nº de DAP's válidas no sistema do MDA, nº de contratos e valor contratado no Pronaf na safra 2012/2013 (até 30 de abril de 2013), segundo o Bacen, no estado de Mato Grosso Tabela 11. Operações de crédito do PRONAF realizadas/banco do Brasil S/A Safra 2011/2012, 2012/2013 e 2013/ Tabela 12. Quantidade percentual de agricultores familiares que utilizam o crédito rural do PRNAF em Mato Grosso Tabela 13. Renda familiar per capita de segmentos da população rural em Mato Grosso Tabela 14. Módulos de treinamento e técnicos capacitados de forma contínua em Mato Grosso no período 2011/

5 Apresentação Este documento objetiva subsidiar a Oficina de Concertação Fase II, na abordagem do tema Ensino, Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural e Agricultura Familiar em Mato Grosso. Elaborado a partir da compilação de informações disponíveis a respeito da Agricultura Familiar no Estado, buscou-se dar um encadeamento de conteúdo capaz de facilitar e estimular as discussões em torno do tema, no sentido de obter propostas que possam compor uma agenda mínima de ações contemplando: Ensino, Pesquisa, ATER e Agricultura Familiar, para a elaboração do Plano de Desenvolvimento da Agricultura Familiar no estado de Mato Grosso. 4

6 CONTEXTUALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAER EM MATO GROSSO Engº Agrº Almir de Souza Ferro (1) Méd. Vet. João Batista de Vechi (2) 1.0. Considerações sobre o sistema produtivo agropecuário mato-grossense No estado de Mato Grosso, como exemplo do padrão da agropecuária brasileira, também existem dois padrões de sistemas produtivos: da agricultura empresarial e agricultura familiar. Possuidores de lógicas distintas, esses dois padrões apresentam demandas e relações próprias que necessitam de políticas governamentais diferenciadas e instrumentos de intervenção específicos que, entre si, ora se integram, ou se complementam ou são independentes. A agricultura empresarial se caracteriza por ser uma atividade essencialmente econômica, que se consolidou a partir das políticas de substituição das importações, que promoveram a modernização da agricultura e o desenvolvimento do complexo agroindustrial, voltada principalmente para a produção de commodities, com uso intensivo de insumos, tecnologias poupadoras de mão de obra, visando à maximização do retorno do capital. O alto desempenho deste padrão se deve basicamente a sua capacidade de apropriação dos resultados da pesquisa agropecuária, através da assistência técnica qualificada em um ambiente econômico favorável, o que permite acesso a capitais e investimentos em tecnologias que se encontram no estado da arte no setor agrícola. O resultado é que a produtividade e a competitividade de alguns setores e produtos se colocam entre os mais elevados do mundo, a ponto de provocar reações defensivas de economias desenvolvidas para proteção de seus mercados. A agricultura familiar, por sua vez, se caracteriza por explorar e fazer a gestão de suas unidades produtivas com o trabalho da própria família, tendo como base relevante às atividades da: agropecuária, extrativismo, pesca e outras o seu modo peculiar de vida. Neste caso a propriedade rural supera a função econômica da exploração para se constituir no espaço vital do indivíduo e da sua família. A diversidade, modo de vida, inserção social que constituem essa agricultura, tornando-a dependente da ação do Estado que deve editar políticas voltadas a esses segmentos com o intuito de promover sua inserção multidimensional (técnica, social, econômica, ambiental, política), respeitando suas peculiaridades. Ainda que não possua os mesmos recursos, a organização e o dinamismo da agricultura empresarial, as pequenas propriedades são responsáveis pela geração da maior parte dos alimentos voltados ao mercado interno e por metade do Valor Bruto da Produção Agropecuária - VBP, ocupando 80% da mão de obra do espaço rural A agropecuária mato-grossense A agropecuária é o principal segmento econômico e social de Mato Grosso e constitui-se na mais relevante atividade sustentável para a maioria dos municípios, tendo em vista sua capacidade de dinamizar economias locais, além de oferecer rápidas respostas aos investimentos e de remunerar o capital aplicado em curto prazo. A maior parte da renda, dos empregos, dos impostos e das taxas nesses municípios é gerada ou se origina nas atividades agropecuárias. Em torno de 70% da população economicamente ativa dos municípios do Estado está empregada no segmento agropecuário, representado pelo agronegócio. (1) EMPAER-MT - Especialista em Metodologia de Planejamento Participativo e da Cultura da Mandioca; e (2) EMPAER-MT - Especialista em Comunicação e Metodologia em Extensão Rural e Agente de Inovação e Difusão Tecnológica AGINTEC. 5

7 O Estado possui uma agricultura de commodities forte e muito competitiva no cenário nacional e mundial. Esse segmento da agricultura mato-grossense, constituído principalmente por grandes e médios produtores é bem estruturado quanto à pesquisa, assistência técnica e apropriação de inovações tecnológicas e, portanto, menos dependente de ações do Estado em relação a essas demandas. Enquanto que, o representado pela a agricultura familiar, demanda uma atuação forte do Estado para prover infraestrutura, assistência técnica, programas de fomento e outras políticas públicas. Por outro lado, representa um potencial importante para dinamizar a economia, reduzir a dependência de importações de alimentos, gerar empregos no campo e fortalecer as economias locais. Atualmente existem no estado de Mato Grosso, 188 mil agricultores, dos quais 48 mil são médio-grandes produtores e 140 mil são agricultores familiares O setor rural do estado de Mato Grosso O setor rural de Mato Grosso, nas últimas décadas, passou por grandes transformações quanto à estrutura fundiária, pelo fato da quantidade de famílias de pequenos produtores que regularizou a posse de suas terras e de novos produtores que se instalaram principalmente por força dos programas de regularização fundiária e de reforma agrária implantados. No período entre 1986 e 2000, segundo dados do Anuário Estatístico de Mato Grosso e INCRA/2000, foram criados no estado, 274 projetos de assentamentos de reforma agrária, com um número de famílias beneficiárias da ordem de Já em 2009, a EMPAER-MT, por meio de estudo realizado através de levantamentos de campo e de consultas aos órgãos responsáveis pelos programas de reforma agrária como INCRA-MT, INTERMAT e CRÉDITO FUNDIÁRIO, constatou a existência de 718 projetos de assentamentos, com famílias assentadas e comunidades rurais com famílias de agricultores tradicionais (Tabela 1). Tabela 1. Famílias da agricultura familiar por comunidades tradicionais e assentamentos da reforma agrária em Mato Grosso COMUNIDADES TRADICIONAIS ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA INCRA-MT INTERMAT CRÉDITO FUNDIÁRIO TOTAL/ FAMÍLIAS N Famílias N Famílias N Famílias N Famílias Fonte: EMPAER-MT, abril/2009 Em Mato Grosso, existem 140,2 mil agricultores (as) que vivem e produzem em regime de economia familiar, conforme estudo realizado pela EMPAER-MT, em abril de A distribuição das famílias foi agrupada de acordo com os Consórcios Intermunicipais de Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental (Tabela 2). 6

8 Tabela 2. Famílias da agricultura familiar por Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental de Mato Grosso N ORDEM CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS COMUNIDADES TRADICIONAIS ASSENTAMENTOS DA REFORMA AGRÁRIA INCRA INTERMAT CRÉDITO FUNDIÁRIO N Famílias N Famílias N Famílias N Famílias TOTAL/ FAMÍLIAS 1 Vale do Guaporé Portal da Amazônia Vale do Juruena Norte Araguaia Araguaia Médio Araguaia Portal do Araguaia Nascentes do Araguaia Alto do Rio Paraguai Alto Teles Pires Vale do Teles Pires Vale do Arinos Complexo Nascentes do Pantanal Região Sul Vale do Rio Cuiabá TOTAL Fonte: EMPAER-MT, abril/2009 7

9 4.0. Agricultura familiar e sua Importância para o Estado No PPA 2012/2015 do estado de Mato Grosso (Plano Plurianual /2015, SEPLAN/MT, 2012), na descrição do Cenário Socieconômico, Ambiental e Institucional do Estado, Dimensão Econômica, traz a seguinte abordagem sobre a Agricultura Familiar: Aspectos gerais da situação da agricultura familiar Os setores ligados ao agronegócio tendem a se manter em nível tecnológico elevado e acompanhar as inovações em escalas nacional e internacional. A agricultura familiar e do pequeno produtor rural de Mato Grosso, em contrapartida, dependem de políticas públicas que facilitem o seu acesso às novas tecnologias; Em geral, os produtores na agricultura familiar, sofrem para alcançar uma escala mínima de produção, devido às limitações na capacidade de investimento, falta de assistência técnica e acesso às novas tecnologias de modo a ampliar sua produtividade; e A agricultura familiar do estado de Mato Grosso tem relevante importância estratégica, pois mais de 90% dos agricultores exploram a atividade da cultura da mandioca, fruticultura e pecuária de leite. As propriedades rurais exploradas em regime de economia familiar exercem forte predomínio no Estado, representando em torno de 75% dos estabelecimentos rurais. A agricultura familiar é responsável pela produção dos alimentos básicos que são ofertadas à mesa da população mato-grossense tais como: feijão, arroz, milho, leite e derivados, frutas, hortaliças, mandioca e pequenos animais. É uma forma de produção em que o núcleo de decisões, gerência, trabalho e capital é controlado pela família, cujo perfil é essencialmente distributivo de renda e segue um modelo sustentável, que permite diluir os custos, aumentar a renda, aproveitar as oportunidades de oferta ambiental e disponibilidade de mão de obra. Por outro lado, representa um potencial importante para dinamizar a economia, reduzir a dependência de importações de alimentos, gerar empregos no campo e fortalecer as economias locais. E, por ser uma agricultura diversificada traz benefícios agrícolas, socioeconômicos e ambientais Principais cadeias produtivas praticadas na agricultura familiar em Mato Grosso As principais cadeias produtivas do Estado praticadas pelos agricultores familiares são: cadeia produtiva do leite; cadeia produtiva da piscicultura; cadeia produtiva de frutas, legumes e verduras FLV; cadeia produtiva da mandioca; cadeia produtiva da apicultura; sistemas agroflorestais - SAF s; cadeia produtiva da avicultura (frango tipo caipira); cadeia produtiva de grãos (arroz, feijão e milho). Quanto às lavouras, destacam-se a cultura da mandioca e com pequena expressão o arroz, feijão e milho. Dentre as frutas destacam-se a cultura da banana no norte do Estado e do abacaxi nas regiões: central, sul e oeste. 8

10 A produção de verduras e legumes é mais expressiva nos municípios próximos aos centros consumidores de maior população. As cadeias produtivas da pecuária são praticadas, em grande parte, nos estabelecimentos familiares, destacando-se: bovino de leite, bovino de corte, piscicultura, suínos e aves para subsistência. Quando é analisado o Valor Bruto da Produção VBP, gerado pelas atividades agropecuárias, observa-se que duas explorações sobressaem-se às outras: a criação de bovinos de leite e de corte, que confirma a predominância da pecuária, principalmente a bovinocultura de leite, na agricultura familiar, fator este, que em algumas regiões do Estado, com grande concentração de estabelecimentos familiares, estão localizadas as principais bacias leiteiras. No Brasil a agricultura familiar é a principal responsável pela geração de alimentos voltados ao mercado interno. De acordo com dados do IBGE (2006), é responsável por 10% do Produto Interno Bruto Nacional, movimenta riquezas da ordem de R$ 160 bilhões por ano, ocupa 80% da mão de obra no meio rural e respondem pela produção de 25% do café, 31% do arroz, 67% do feijão, 52% do leite, 49% do milho, 58% dos suínos, 40% de aves e ovos e 84% da mandioca. Em Mato Grosso os registros sobre a produção da agricultura familiar são escassos e pouco se sabe sobre os índices de produtividade e da produção gerada pelas cadeias produtivas exploradas em regime de economia familiar. Neste caso, elaboraram-se diagnósticos das cadeias produtivas como: do leite, da mandioca, da piscicultura (em andamento) e podem-se obter maiores informações. Três cadeias produtivas: do leite, da mandioca e da fruticultura, foram estudas sob o Índice de Concentração Normatizada ICN. O ICN permite verificar o grau de aglomeração dessas cadeias produtivas, em cada município a partir de um contexto regional ou onde existe a cadeia em análise. O grau de desenvolvimento dessas cadeias depende, de certo modo, do estágio de adensamento das cadeias nos diversos elos das atividades de exploração e extração com as de transformação, industrialização e comercialização. Os dados são apresentados a seguir, na abordagem das respectivas cadeias produtivas. 5.1 Cadeia produtiva do leite Na cadeia produtiva do leite foi realizado nos anos de 2010 e 2011 um diagnóstico promovido pela Famato, Senar-MT, OCB e Sescoop-MT, cuja parte dos dados de produção de leite, são apresentados a baixo. Pelos dados do referido diagnóstico, na cadeia produtiva do leite, observa-se índices muito baixos de produção e de produtividade. Foram entrevistados 380 produtores, nas faixas de produção de: Até 50 litros/dia; de 51 a 100; de 101 a 200; de 201 a 500 e Acima de 500 litros/dia, em 11 municípios que concentram a maior produção de leite do Estado (Tabela 3). Os produtores da faixa de produção de até 50 litros/dia, corresponderam a 51% do total dos entrevistados e produziram 37,9 litros/dia. Os produtores da faixa de 51 a 100 litros/dia, representaram 23,37%, com média de 75,08 litros/dia (Tabela 4). Juntando as duas faixas de produção abaixo de 100 litros/dia, têm-se 280 produtores, ou seja, 73,68% do total de produtores entrevistados que registram produção média diária de 49,18 litros/dia. Apesar de alguns produtores terem registrado produção acima de 500 litros/dia, a produção média entre os entrevistados foi de 92,59 leite/dia. 9

11 Tabela 3. Amostra dos produtores entrevistados para o diagnóstico da cadeia produtiva do leite no estado de Mato Grosso MUNICÍPIO FAIXA DE PRODUÇÃO DE LEITE (LITRO/DIA) até 50 de 51 a a a 500 acima de 500 TOTAL Pontes e Lacerda Guarantã do Norte Araputanga Terra Nova do Norte Cáceres Rondonópolis Colider Alta Floresta São José Quatro Marcos Jaurú Mirassol D Oeste TOTAL Fonte: Diagnóstico da cadeia produtiva do leite, no estado de Mato Grosso, Pesquisa de campo Tabela 4. Produção e produtividade dos produtores entrevistados no estado de Mato Grosso em 2010/2011 ESPECIFICAÇÃO UNIDADE FAIXA DE PRODUÇÃO DE LEITE (LITRO/DIA) até 50 de 51 a 100 de 101 a 200 de 201 a 500 acima de 500 TOTAL Produção de leite litro/dia 37,90 75,08 135,46 281,67 850,52 92,59 Produção/vaca/em lactação litro/dia 4,06 5,13 6,14 7,20 12,16 5,92 Produção/total/vacas litro/dia 2,13 2,56 3,30 3,85 6,65 3,11 Produção por área litro/ha/ano 636, , , , , ,66 Fonte: Diagnóstico da cadeia produtiva do leite, no estado de Mato Grosso, Pesquisa de campo Quanto à renda obtida com o leite, na mesma faixa de produção, os dados do diagnóstico identificaram de que com a venda do litro de leite ao preço de R$ 0,62, os produtores obtiveram uma renda líquida anual de R$ 2.060,76, resultando em uma renda mensal de R$ 171,73, ou seja, equivalente a ¼ (um quarto) do salário mínimo da época. Enquanto que, em Mato Grosso, a produção média entre os produtores entrevistados foi de 92,59 litros/dia, no estado de Goiás era de 245,05 litros/dia, ou seja, 165% maior. Da mesma forma, onde a produção/vaca em lactação em Mato Grosso foi de 5,92 litros/dia, em Goiás foi de 8,17 litros/vaca/dia, (38% maior). A produção total de vacas em Mato Grosso foi de 3,11 litros/dia, em Goiás de 4,95 litros/dia (59% maior), e finalmente, enquanto que a produção/hectare/ano em Mato Grosso foi de litros/hectare em Goiás de litros/hectare (84% maior). 10

12 Segundo dados da Produção Pecuária Municipal IBGE (2012), foram ordenhadas, no Estado vacas de leite, com produção total de (setecentos e vinte e dois milhões e trezentos e quarenta e oito mil) litros de leite, gerando um valor da produção de R$ ,00 (quinhentos e quarenta e oito milhões, oitocentos e cinquenta e hum mil reais). Atualmente, são produzidos no Estado, aproximadamente 2,5 milhões de leite/dia na época das águas e 1,7 milhões de litros/dia na época da seca. Estima-se que no Estado existam cerca de produtores de leite, dos quais 90% são agricultores familiares, porém o baixo volume e a qualidade do leite produzido, individualmente, pelos agricultores familiares, são fatores limitantes para uma efetiva contribuição da atividade leiteira na economia familiar. Do total de leite produzido 35% são oriundos do sistema cooperativo. A capacidade instalada da indústria de laticínios no Estado, para beneficiamento de leite é da ordem de 3,0 milhões de litros/dia. Devido ao baixo volume de leite produzido e destinado à indústria, que opera somente com 50% da capacidade. De acordo com Dallemole e Faria (2011) em: Os Desafios e as Expectativas do Apl da Pecuária Leiteira de Mato Grosso, a baixa produção estadual de leite pode ser atribuída ao fato de a atividade leiteira ser conduzida com baixa tecnologia e investimento público, pois a estrutura sócio-produtiva que a conduz é a familiar. Sabese que o empreendimento familiar não é foco central das políticas públicas, o que cria estereótipos da baixa eficiência, incapacidade técnica, descapitalização, dentre outros atributos pejorativos atribuídos ao empreendimento familiar no espaço agrário. Nas palavras de Alves (2008), a falta de recursos financeiros para construção do solo é uma das características da agricultura familiar mato-grossense, o que lhe confere a característica da não utilização total da sua área ou ainda a subutilização devido ao não acesso a pacotes tecnológicos modernos, o que lhe confere a mais baixa renda por hectare do país. Esta dificuldade, contudo advém da ausência de políticas efetivas para o segmento, e não por incompetência sistêmica. 11

13 Figura 1. Municípios com os maiores índices de aglomeração na cadeia produtiva de leite em Mato Grosso, 2009 Fonte: Plano Plurianual/ / SEPLAN-MT 5.2. Cadeia produtiva da mandioca O último estudo sobre a Cadeia Produtiva da Mandioca em Mato Grosso, foi elaborado pelo (SEBRAE, 2002) e apresentado no Diagnóstico da Cadeia Produtiva Agroindustrial da Mandioca em Mato Grosso, que descreve os aspectos sobre produção, industrialização e comercialização da mandioca, cuja síntese é transcrita abaixo; O nível tecnológico utilizado pelos produtores rurais das três regiões pesquisadas é bastante baixo, sendo mínima a utilização de insumos como: adubo, calcário e defensivos agrícolas. A mecanização ocorre em parte das propriedades, através da contratação de máquinas de terceiros para as operações de preparo do solo, predominando o uso da mão de obra familiar nas outras atividades do cultivo de mandioca. Nos meses de uso mais intenso de mão de obra, como é o caso da colheita, há formação de mutirões. Esse baixo nível tecnológico praticado na cultura da mandioca reflete na sua produtividade, que se oscila entre 10 e 15 t/ha. Na região da Baixada Cuiabana a média da 12

14 produtividade dos produtores pesquisados foi de 13,8 t/ha, na Norte Araguaia 12,1 t/ha e em Rondonópolis 14,5 t/ha. No entanto, através de informações obtidas na região e visitas a produtores rurais, percebe-se que é possível grande aumento de produtividade sem grandes investimentos. Apenas, para exemplificar podem-se obter ganhos relevantes com melhor preparo da terra (uma gradagem mais profunda do solo), correção dos níveis de fósforo, melhor seleção das manivas, maior densidade de covas por hectare etc. As variedades mais utilizadas nas regiões, segundo pesquisas foram: a) - região da Baixada Cuiabana: liberata (26,7%), vermelha (17,8%), uva (15,6%), latadeira (13,4%) e branca (13,3%); b) - região Norte Araguaia: mucuruna (26,7%), cacau (13,4%) e menina (13,4%); e c) - região de Rondonópolis: roxa (31,2%), branca (25,0%), liberata (18,8%) e vassourinha (18,8%). A produção de farinha de mandioca é uma atividade bastante comum entre os produtores de mandioca, realizada de forma rudimentar e com poucas ferramentas de trabalho. A maioria das famílias que cultiva a mandioca na Baixada Cuiabana destina grande parte de sua produção para fabricação de farinha, separando uma pequena quantidade para consumo próprio e outra para o comércio de mandioca in natura nos mercados da região, verificado nas propriedades localizadas próximo aos grandes centros urbanos, como Cuiabá e Várzea Grande. Características das agroindústrias nas regiões pesquisadas: A caracterização apresentada a seguir foi baseada em pesquisa de campo realizada em 34 indústrias, sendo 33 delas de pequeno porte, produzindo basicamente farinha de mandioca de forma artesanal, utilizando quase que exclusivamente mão de obra familiar, estando localizadas nas propriedades rurais, onde é produzida a matéria prima. Essas indústrias são individuais e de associações de produtores rurais, e não possuem registros. A maioria delas não funciona regularmente durante todo o ano, existindo períodos em que fica paralisada, em decorrência da falta de matéria prima, em alguns casos mão de obra e até problemas de mercado (região Norte Araguaia). As agroindústrias estão localizadas na área rural em sua totalidade, na região da Baixada Cuiabana e Norte Araguaia, com distância média de 23 km e 63 km, respectivamente. Com isso o escoamento da produção é dificultado pela distância até os centros consumidores. Muitos não possuem veículos próprios para o transporte da produção, acarretando aumento nos custos de transporte e conseqüente diminuição do lucro. Na região de Rondonópolis as farinheiras estão próximas do centro consumidor, o que vem a facilitar a comercialização. O que tem determinado o local da instalação da agroindústria é a localização da área rural do produtor, onde reside a sua família, principal fonte de mão de obra, e também onde ocorre o plantio da mandioca, que será utilizada como matéria prima para a produção da farinha. A única exceção ocorreu com a indústria localizada no município de Dom Aquino, que foi determinada pela oportunidade de investimento e apoio recebido na implantação. A maior parte da matéria prima processada nas indústrias localizadas nas regiões da Baixada Cuiabana e Norte Araguaia é proveniente de produção própria (85,7% e 85,0%, respectivamente). Na região de Rondonópolis a situação é inversa, predominando a compra da matéria prima de outros produtores. A maior parte da produção, das regiões pesquisadas é destinada ao mercado local, principalmente nas regiões Norte Araguaia e Rondonópolis. Na região da Baixada Cuiabana, pela existência de um grande mercado consumidor, representado pelas populações residentes em Cuiabá e Várzea Grande, o comércio fora do município é expressivo. A comercialização fora do Estado é insignificante, representando um mercado a ser explorado, pois a farinha artesanal produzida é de boa qualidade e poderia facilmente conquistar novos mercados, se contasse com o apoio das instituições públicas e privadas vinculadas à promoção desse tipo de produtor artesanal. 13

15 O cenário da cadeia produtiva da mandioca, pouco foi alterado em Mato Grosso. A área plantada na safra/2001, segundo o IBGE, foi de ha, com produtividade de kg/ha e a produção obtida de toneladas. No ano de 2012, segundo dados da Produção Agrícola Municipal (IBGE/2012) (Tabela 5), a cultura da mandioca no Estado apresentou o seguinte desempenho. Tabela 5. Produção de mandioca em Mato Grosso Ano de 2012 CULTURA ÁREA (ha) PRODUÇÃO (t) Rendimento Médio (kg/ha) Valor/Produção (mil reais) Mandioca Fonte: IBGE, Produção da Agrícola Municipal A cadeia produtiva da mandioca, apresenta excelentes níveis de aglomeração com ICN1 superior a 7, nos municípios de: Porto Estrela, Rosário Oeste, Colniza, Confresa e Santa Terezinha, onde boa parte da produção é direcionada às farinheiras e ao consumo interno em feiras e supermercados (Figura 2), (Plano/Plurianual SEPLAN/MT, 2012). 14

16 Figura 2. Municípios com maiores índices de aglomeração na cadeia produtiva de mandioca em Mato Grosso 2009 Fonte: Plano Plurianual / SEPLAN-MT 5.3. Cadeia produtiva de frutas, legumes e verduras FLV s No ano de 2006 foi realizada uma Pesquisa de Mercado de Frutas, Legumes e Verduras - FLV, junto aos supermercados das cidades de: Alta Floresta, Cáceres, Colíder, Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande no estado de Mato Grosso, bem como os seus consumidores. A pesquisa teve como objetivos: Em relação aos supermercados, identificar processo e estrutura dos supermercados em relação aos procedimentos de compra, processamento, transporte, armazenagem, exposição e venda; 15

17 produtos - quantificação da compra por tipos, variedades, volumes por semana, mês e ano; forma de venda: o in natura - produção convencional e orgânica, o granel e embalada; o pré-processados: produção convencional e orgânica o agroindustrializados; o outros produtos orgânicos: estrutura de compra e exposição, tendências de compra, formas de trabalho. Em relação aos consumidores, identificar perfil socioeconômico; tipificação, qualificação, hábitos, preferências, desejos em relação ao consumo de frutas, legumes e verduras selecionadas; gasto com FLV e razões de preferência pelos locais de compras; conhecimento e utilização de FLV pré-processados, orgânicos e agroindustrializados; tendências de consumo das diversas formas de cultivo e apresentação. A pesquisa permitiu identificar, através dos consumidores, 29 frutas e 29 legumes e verduras mais consumidas em Mato Grosso. Dentre as frutas mais consumidas, as que mais se destacaram foram: laranja 92,1%, a melancia 78,6% e a banana nanica 74,8%. Outras frutas com boa aceitação pelos consumidores entrevistados foram: abacaxi pérola 65,3%, banana maçã e tangerina poncã 63,1%, maracujá 62,6%, morango 58,3%,uva Itália 54,7% e mamão formosa 53,9%. Com relação à preferência pelos legumes e verduras demandados, foram identificados pelos consumidores cinco produtos principais: tomate (95,9%), cebola (93,2%), cenoura (89,7%), cebolinha (84,8%) e couve (78,9%). Também relacionaram como regulares, compras de mandioca (86,7%), repolho (80,2%), beterraba (78,9%), abóbora (70,5%), abobrinha (74,3%) e almeirão (51,8%). Com o estudo de mercado também foi possível apurar o valor das FLV s mercantilizados em Mato Grosso, que em valores atualizados para o ano de 2013, foi da ordem de, R$ ,75 milhões de reais/ano (Tabela 6). O que chama a atenção foi o valor de R$ ,15 milhões/ano gastos com produtos que vêm de outros Estados produtores, ou mesmo reexpedidores, que correspondem a 56,3% do total comercializado no ano. Vale dizer que o Estado envia para fora, anualmente, um volume expressivo de recursos, criando riquezas, empregos e impostos em outros Estados e municípios do país. Estes números são ainda mais elevados quando considerarmos os produtos de clima temperado como: maçã, pêra, nectarina, pêssego, entre outros. Tabela 6. Valor das FLV s mercantilizados em Mato Grosso, atualizados para o ano de 2013 (em R$ mil) PRODUTO DO ESTADO ORIGEM FORA DO ESTADO TOTAL Frutas , , ,03 Legumes e verduras , , ,72 16

18 TOTAL , , ,75 Fonte: Pesquisa de mercado de FLV s no estado de Mato Grosso nov/ (valores atualizados para o ano de 2013) Através da mensuração financeira do mercado de FLV s, foi possível efetuar um planejamento estratégico adequado com a finalidade de tornar Mato Grosso auto suficiente no abastecimento dos FLV s. Dessa forma foi concebido o Programa Mato Grosso Auto-suficiente em FLV s. Foram selecionados 32 produtos, sendo 09 legumes e verduras e 23 frutas: legumes/verduras: abóbora, batata doce, cebola, cenoura, milho verde, pimenta, pimentão, repolho e tomate. frutas: abacaxi havaí, abacaxi perola, acerola, banana da terra, banana maçã, banana nanica, banana prata, caju, coco verde, figo, goiaba, graviola, laranja, limão thaiti, mamão formosa, mamão papaia/havaí, manga bourbon, maracujá, melancia, melão, pinha, tangerina poncã, uva niágara etc. Foram dimensionadas as áreas de cultivo, necessárias à produção e abastecimento de FLV s e o valor de crédito necessário à implantação das lavouras, obtendo-se o seguinte resultado: legumes e verduras ha R$ 32,5 milhões frutas ha R$ 61, 7milhões total ha R$ 94,3 milhões Foi calculado também o custo da assistência técnica de 100 técnicos a serem incorporados em 4 anos, cujo valor acumulado totalizou R$ 4.725,62 milhões. Finalmente, concluiu-se que o investimento estimado para a produção, inclusive com a assistência técnica foi da ordem de R$ 99,0 milhões que representam 34% do gasto anual em FLV para outros Estados que é de R$ 293,5 milhões/ano. Além disso, o programa geraria 35 mil novos empregos. Para apoiar o programa, foi construída a Central de Comercialização, definida como prioridade por representantes dos diversos segmentos dos municípios da Baixada Cuiabana. A central dispõe de uma estrutura física, gerencial e mercadológica adequada ao recebimento, armazenamento e comercialização da produção e dimensionada para atender em torno de 16 mil agricultores familiares na comercialização de seus produtos. A Central de Comercialização foi construída na região metropolitana de Cuiabá, município de Várzea Grande-MT, por oferecer melhor disponibilidade de área adequada para a construção. O local possui uma área de 5 hectares, situado na margem da Rodovia Ministro Mário Andreazza, ponto estratégico e com fluxo bastante intenso, interligando os municípios do Território da Baixada Cuiabana. Os recursos financeiros da ordem de R$ ,00, na época, assegurado por convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA e Governo de Mato Grosso. Para dar prosseguimento ao programa Mato Grosso Auto-suficiente em FLV s, a EMPAER-MT, através de pesquisa de campo procedeu ao levantamento da produção de Frutas, Legumes e Verduras (FLV), nos municípios do Território da Baixada Cuiabana, identificando, também as principais limitações de ordem tecnológica, infraestrutural, creditícia e mercadológica nas comunidades. A produção de frutas em Mato Grosso segundo o levantamento da Produção Agrícola Municipal, IBGE/2012, é apresentada na (Tabela 7). 17

19 Tabela 7. Principais frutas cultivadas em Mato Grosso, no ano de 2012 CULTURA ÁREA (ha) PRODUÇÃO RENDIMENTO MÉDIO VALOR DA PRODUÇÃO (EM MIL R$) Abacaxi mil frutos frutos/ha Banana t kg/ha Castanha de caju t 432 kg/ha 778 Coco-da-baía mil frutos frutos/ha Goiaba t kg/ha 852 Laranja t kg/ha Limão t kg/ha Mamão t kg/ha Manga t kg/ha Maracujá t kg/ha Melancia t kg/ha Melão t kg/ha Tangerina t kg/ha 451 Uva t kg/ha Fonte: IBGE, Produção da Agrícola Municipal/2012 De acordo com o Plano Plurianual (2012/2015), SEPLAN/MT, estado de Mato Grosso tem elevado potencial para produzir frutas (manga, caju, mamão, maracujá) e essa cadeia apresenta elevada aglomeração. Dentre os municípios com bom nível de aglomeração, ou seja, os municípios que apresentaram maiores índices de ICN, em 2009, foram: Barão de Melgaço (32,56), Terra Nova do Norte (26,69), Porto Estrela (14,97), Acorizal (13,29), Juína (12,14), Jangada (10,74), Cuiabá (9,15), Paranaíta (5,78) e Várzea Grande (5,76) (Figura 3). 18

20 Figura 3. Municípios com os maiores índices de aglomeração na cadeia produtiva da fruticultura em Mato Grosso 2009 Fonte: Plano Plurianual / SEPLAN-MT 5.4. Cadeia produtiva da piscicultura Mato Grosso é considerado a caixa-d'água do Brasil por conta dos seus inúmeros rios, aquíferos e nascentes. O Planalto dos Parecis, que ocupa toda porção centronorte do território, é o principal divisor de águas do Estado, repartindo as águas das três Bacias Hidrográficas mais importantes do Brasil: Bacia Amazônica, Bacia do Paraguai e Bacia do Araguaia/Tocantins. Os rios de Mato Grosso estão divididos nessas três grandes Bacias Hidrográficas que integram o sistema nacional, no entanto, devido à enorme riqueza hídrica do Estado, muito rios possuem características específicas e ligações tão estreitas com os locais que atravessam que representam, por si só, uma unidade geográfica, recebendo o nome de sub-bacias. As principais sub-bacias do estado são: Sub-bacia do Guaporé, Sub-bacia do Aripuanã, Sub-bacia do Juruena-Arinos, Sub-bacia do Teles Pires e Sub- Bacia do Xingu. Os rios pertencentes à Bacia Amazônica drenam dois terços do território mato-grossense. 19

21 Essas características dão ao Mato Grosso a vantagem de ser considerado o Estado com maior potencial para o desenvolvimento da aquicultura de água doce. A piscicultura em Mato Grosso, iniciada na década de 80, teve como primeiro objetivo criar uma alternativa de renda para o pequeno produtor rural do interior do Estado. Ao longo de 34 anos mostrou-se ser um segmento de grande importância, haja vista suas potencialidades e as relevantes razões para sua adoção na propriedade, como o aproveitamento de áreas, a utilização de mão de obra familiar e o retorno financeiro por capital investido. O potencial íctico composto de inúmeras espécies das Bacias Hidrográficas do Alto Paraguai, Amazônica Araguaia/Tocantins que banham o estado de Mato Grosso trouxe uma margem de liberdade muito grande aos piscicultores na escolha das espécies com potencial para sua piscicultura. Isto se deu graças aos estudos de pesquisa realizadas no Nordeste (DNOCS) e Sudeste (CERLA), Pirassununga-SP, elegendo as espécies redondas como Pacu, Tambaqui e Pirapitinga, como espécies de elevada potencialidade para serem utilizadas em piscicultura. Hoje a hibridação dessas espécies está mudando radicalmente o cenário da piscicultura em Mato Grosso. Os híbridos portadores de características mais propícias ao cultivo estão dominando o cultivo em nível de Brasil. Os mais conhecidos e cultivados no Estado são: Tambacu cruzamento da fêmea do Tambaqui (Colossoma macropomum) x macho do Pacu (Piaractus mesopotamicus) e Tambatinga cruzamento da fêmea do Tambaqui (Colossoma macropomum) x macho da Pirapitinga (Piaractus macropomum). Com certeza esses mesmos híbridos irão dominar o cultivo nos tanques-rede instalados em rios, represas e lagos de Mato Grosso. A piscicultura no estado de Mato Grosso vem se firmando como uma atraente opção de investimento, tendo sua produção aumentada, passando de toneladas em 2007, para toneladas em 2009 e 36 mil toneladas no ano/2010. Mato Grosso está classificado em 1º lugar no ranking nacional como maior produtor de peixe nativo da região e, em 5º lugar, na produção de peixe de água doce, conforme dados do Ministério da Pesca e Aquicultura - MPA. Porém a cadeia produtiva, segundo a explanação do Dr Francisco Chagas, Presidente da AQUAMAT, registrada na ata da reunião da Câmara Técnica da Piscicultura, realizada em 70/08/2014, no estado de Mato Grosso não há plantas processadoras para atender a toda produção do Estado, estimada em toneladas anuais. Atualmente, existem os frigoríficos com SIF (NATIV, DELICIOUS FISH, TRIÂNGULO, COOPERFISH, CASA DO PEIXE E BOM FUTURO), cuja capacidade de processamento é de cerca de t anuais. O pequeno piscicultor tem dificuldades na comercialização do pescado devido às características da pequena produção e as condições do produtor que apresenta dificuldades em atender as normas sanitárias. O abate e controle sanitário do pescado é preocupação para técnicos da Defesa Sanitária Animal. Há necessidade de entrepostos para emissão de guias e apoiar o piscicultor no atendimento dos aspectos sanitários, uma vez que a legislação preconiza: (1) - caso os peixes forem destinados vivos ao frigorífico, para o transporte, devem ser colocados em caixas isotérmicas com oxigenação e abastecidas com a mesma água do viveiro. Nesse caso, para o transporte é necessário o GTA Guia de Transporte Animal fornecido pelo INDEA-MT. (2) - se a comercialização ocorrer na forma de pescados (peixes abatidos), os peixes deverão ser abatidos com choque térmico imediatamente ao serem retirados do tanque e colocados em uma caixa com água gelada (com gelo quebrado ou gelo em escamas) para que tenha morte instantânea, sem sofrimento antes da morte. Caso o peixe fique 20

22 com longa agonia antes de morrer o prazo de conservação da carne é reduzido, antecipando sua deterioração (Moraes, 2012). A Cadeia da Piscicultura é amparada por leis voltadas ao apoio da atividade, tais como: a Lei Estadual nº de 20/07/2007, isenta a cobrança de imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); a Lei nº de 04/10/2011, altera os dispositivos da Lei nº de 04/04/2006 e da Lei Pró-Peixe, nº de 01/04/2010, dispensa do licenciamento ambiental às pisciculturas de até 5 ha de lâmina d água em tanque escavado e represa ou até 1.000m³ em tanque rede. Em 2009, foi assinado pelo secretário da SEDRAF e pelo Ministro da Pesca e Aquicultura, um Protocolo de Intenções com ações e projetos conjuntos, para estimular o crescimento da atividade e desenvolver assistência técnica aos piscicultores. Os signatários do protocolo são: EDRAF, MDA, MAPA e MPA. O programa prevê o aporte de R$ 40 milhões para sua implantação e visa inundar ha de lâmina d água e incrementar a produção de pescado em 7 mil t/ano. Em agosto de 2009, foi criado o Programa Mato-grossense de Desenvolvimento da Aquicultura Criar Nágua, orientação para o sucesso. O programa tem como objetivo implantar no estado de Mato Grosso uma piscicultura com um melhor ordenamento, que aumente a oferta do produto no mercado, atenda a demanda da merenda escolar e proporcione uma nova alternativa de renda para o produtor Cadeia produtiva da apicultura Segundo informações da Coordenação da Cadeia Produtiva da Apicultura da Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Regional da SEDRAF, existem no estado 891 apicultores com um total de colméias e produção anual de kg. Existem também 35 associações de produtores, 02 cooperativas, 09 casas e 03 entrepostos de mel (Tabela 8). 21

23 Tabela 8. Produtores, colméias, produção, representação associativas e estrutura de apoio na cadeia produtiova da apicultura, por consórcio intermunicipais em Mato Grosso CONSÓRCIOS APICULTOR COLMÉIAS PRODUÇÃO ASSOCIAÇÃO/ CASA/MEL/ INTERMUNICIPAIS (nº) (nº) (kg) COOPERATIVA ENTREPOSTO Vale do Rio Cuiabá /01 Alto do Rio Paraguai /01 Complexo Nasc do Pantanal /01 Vale do Guaporé /01 02/01 Vale do Juruena /01 04/01 Vale do Teles Pires /01 Portal da Amazonia Alto Teles Pires /02 Vale do Arinos / Região Sul Nascentes do Araguaia Portal do Araguaia Médio Araguaia Araguaia Norte Aragaguaia TOTAL /02 17/08 Fonte: SEDRAF/Secrecretáio Adj. de Desenvolvimento Regional/Coordenadoria de Apicultura A apicultura praticada no estado ainda é, em boa parte, artesanal. Segundo a Coordenadoria da Cadeia Produtiva de Apicultura da SEDRAF, foram detectados 3 (três) estágios ou níveis de exploração na atividade apícola desenvolvida: Nível avançado, nível básico e nível inicial. As informações foram levantadas no âmbito dos Consórcios Intermunicipais de Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental. Consórcios com a apicultura nível avançado Vale do Guaporé, Nascentes do Pantanal, Vale do Juruena e Alto do Rio Teles Pires. Principais demandas: infraestrutura (unidades de extração e processamento); estratégias de comercialização e acesso a mercados; capacitação em gestão empresarial e mercado; capacitação em diversificação na produção; assistência técnica em manejo e qualidade; programas de certificação; rastreabilidade e georreferenciamento; programas de marketing; e inovação tecnológica. 22

24 Consórcios com a Apicultura Nível Médio Vale do Rio Cuiabá; Vale do Teles Pires; Vale do Arinos; Região Sul; Região do Portal da Amazônia; Médio Araguaia. Principais demandas: infraestrutura (unidade de extração e processamento); kit colméia; capacitação em manejo e qualidade; capacitação em gestão e administração rural; ações de comercialização no mercado local; seminários e palestras sobre tecnologia de produção. Consórcios com a Apicultura Nível Básico Alto do Rio Paraguai; Alto Araguaia; Portal do Araguaia; Araguaia e Norte Araguaia. Principais demandas: palestras de sensibilização; mobilização dos produtores; curso de iniciação; kit básico apicultor Cadeia Produtiva de Sistemas Agroflorestai SAF s Em 2001 foi implantado em Mato Grosso o Projeto Promoção da Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade nas Florestas de Fronteira do Noroeste de Mato Grosso Projeto BRA/00/G31 - PNUD. O projeto teve apoio financeiro do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e foi implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema/MT), contemplando os municípios de: Aripuanã, Castanheira, Cotriguaçu, Colniza, Juína e Juruena. Com objetivo de apoiar a região com resultados e processos demonstrativos, políticas estaduais para compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico e a conservação da biodiversidade, ajudando a criar um mosaico de Áreas Protegidas (AP s), interligados por sistemas de produção agrícola e/ou animal que estivessem consorciados com componente arbóreo (Sistemas Agroflorestais SAF s), o projeto alcançou resultados interessantes. O documento intitulado Desenvolvimento Agroflorestal no Noroeste de Mato Grosso - Dez anos contribuindo para a conservação e uso das florestas (1ª edição (Tito et al., 2011), após dez anos de execução do Projeto BRA/00/G31, relata os resultados alcançados. As espécies cultivadas nos SAF s são: pupunha, castanheira, seringueira, cupuaçu, coco da bahia, café, cacau, guaraná e pimenta do reino, espécies nativas de alto valor madeireiro, além da apicultura. O projeto envolveu agricultores familiares tradicionais e assentados pela reforma agrária e apoiou atividades vinculadas ao suporte à comercialização e à agregação de valor dos produtos dos SAF s, para garantir sustentabilidade social, econômica e ambiental à iniciativa. 23

25 Outra iniciativa de implantar culturas em Sistemas Agroflorestais em Mato Grosso é o Programa de Incentivo à Cacauicultura no estado de Mato Grosso apresentado recentemente pela SEPLAC/Gerência de Mato Grosso, que através de um conjunto de projetos visa implantar 21 mil hectares dos SAF s com cacau na região norte matogrossense, nos próximos dez anos que vão gerar vários benefícios econômicos, sociais e ambientais. Através de aliança interinstitucional na busca de atuar fortemente em ações de pesquisa e transferência de tecnologia em SAFs nas diversas regiões do Estado, em dezembro de 2011 foi realizado o Módulo 01 da Capacitação Continuada em SAFs, no município de Alta Floresta/MT. O evento abordou temas básicos visando apresentar e discutir os conhecimentos e a metodologia para transferência de tecnologia, desenvolvidos pela Embrapa, Empaer, Ceplac e parceiros, para a promoção do desenvolvimento dos Sistemas Agroflorestais em Mato Grosso. Em agosto de 2012 foi constituído o Grupo Gestor da Capacitação Continuada em SAFs, visando estabelecer maior aproximação dos envolvidos com SAFs no Estado, além de apoiar, propor e executar ações que possibilitem o desenvolvimento dos SAFs. Esse grupo tem como objetivo gerenciar o processo contínuo de capacitação em Sistemas Agroflorestais no Mato Grosso, elaborando os programas/conteúdos dos cursos; definindo metodologias para transferência de tecnologias; realizando eventos de capacitação para técnicos multiplicadores; apoiando a realização de eventos de capacitação para outros técnicos e produtores; e captando recursos para as ações. Compõem esse Grupo a SEMA, IBAMA, CEPLAC, SEDRAF, SENAR, EMPAER e EMBRAPA. A Capacitação Continuada em SAFs conta com 32 partcipantes e realizou até a presente data cinco módulos de três dias, computando um total de 120 horas de treinamento Aplicação de crédito rural do PRONAF na agricultura familiar em Mato Grosso O Plano Safra da Agricultura Familiar destinou para o Brasil, nas últimas três safra (Tabela 9), aporte recursos da ordem de 18,0, 21,0 e 24,1 bilhões de reais, nos últimos três anos. Tabela 9. Volume de crédito do plano safra para Mato Grosso PLANO SAFRA RECURSOS DO PRONAF/PARA CUSTEIO E INVESTIMENTO ANO AGRÍCOLA VALOR (EM R$ BILHÕES) 2012/ / / ,1 Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA O DFPP/SAF/MDA com apoio do Banco Central, apresentou os dados sobre aplicação de crédito rural do Pronaf, na safra 2012/2013, no Brasil, incluindo também o número de estabelecimentos da agricultura familiar segundo o censo do IBGE, ano número de agricultores assentados segundo dados do INCRA-MT, número de DAP's 24

26 válidas no sistema do MDA, número de contratos e valor contratado no Pronaf, na safra 2012/13 (até 30 de abril de 2013), segundo o BACEN, por região, estado e município. As informações apontam o estado de Mato Grosso com estabelecimentos de agricultores familiares tradicionais e assentados pela reforma agrária, perfazendo um total de imóveis rurais de agricultura familiar, efetuou contratos de crédito no valor total de R$ ,00, (duzentos e noventa e seis milhões, oitocentos e três mil e duzentos e trinta e quatro centavos) (Tabela 10). Tabela 10. Nº de estabelecimentos da agricultura familiar segundo o censo do IBGE, nº de agricultores assentados segundo dados do INCRA, nº de DAP's válidas no sistema do MDA, nº de contratos e valor contratado no Pronaf na safra 2012/2013 (até 30 de abril de 2013), segundo o Bacen, no estado de Mato Grosso N DE ESTABELECIMENTOS/ AGRICULTORES FAMILIARES/ (SEGUNDO IBGE) Nº/ASSENTADOS/ (SEGUNDO/INCRA) DAP S VÁLIDAS (EM 15/11/2013) (SISTEMA/MDA) N /CONTRATOS/ CRÉDITO/PRONAF VALOR CONTRATADO/ PRONAF/SAFRA (2012/13) (ATÉ 04/2013) ,00 Fonte: Elaboração dos Engº Agrº Wanderson Couto e Lineu Leal, do DFPP/SAF/MDA, com apoio do Dr. Mauro Del Grossi e da equipe do Dr. Luiz Carlos de Brito, do Bacen Quando se comparara o número de contratos efetuados em operações de crédito rural com o total de estabelecimentos, depara-se com um percentual muito baixo (6,21%) de agricultores que tomam crédito: contratos/ / (nº estabelecimento + nº assentados) = 6,21% O volume de recursos aplicados e quantidade de operações de crédito rural do PRONAF contratadas pelo Banco do Brasil S/A Superintendência de Varejo e Governo em Mato Grosso, na agricultura familiar do Estado, nos anos agrícolas, compreendidos entre o período 2011/2014, são apresentados na (Tabela 11). Tabela 11. Operações de crédito do PRONAF realizadas/banco do Brasil S/A Safra 2011/2012, 2012/2013 e 2013/2015 ANO AGRÍCOLA CUSTEIO INVESTIMENTOS CONTRATOS VALOR CONTRATOS VALOR 2011/ , , / , , / , ,00 Fonte: Banco do Brasil S/A Superintendência de Varejo e Governo em MT 25

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