PROJETO: HORTA ORGÂNICA

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1 CENTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DE MOSSORÓ (CREE-MOS) GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DOS DESPORTOS PROJETO: HORTA ORGÂNICA ANA LÚCIA DO NASCIMENTO FRANCISCA ELISEUDA D. DA SILVA MARIA DE FÁTIMA DA SILVA NAÍDES MARQUES BEZERRA RIBEIRO MOSSORÓ/RN MARÇO / 2008

2 SUMÁRIO 1. JUSTIFICATIVA OBJETIVOS Geral Específicos PÚBLICO-ALVO METODOLOGIA RECURSOS Recursos humanos Recursos materiais OPERACIONALIZAÇÃO AVALIAÇÃO CRONOGRAMA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...07 ANEXOS

3 1. JUSTIFICATIVA A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, no capítulo V, artigo 58º, referente à Educação Especial, define a modalidade de atendimento educacional aos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino, onde todos possam usufruir de recursos educacionais necessários ao seu desenvolvimento social, objetivando a sua integração e, conseqüentemente o desenvolvimento da solidariedade e do respeito por estas pessoas. O que pode ser feito na própria escola ou em centros especializados. O Centro de Educação Especial de Mossoró (CREE MOS) visando o desempenho adequado e uma inclusão responsável desenvolve atividades educativas com a participação da equipe técnica e com uma equipe psicopedagógica (docentes, psicopedagogas, psicólogas e fonoaudiólogas), atendendo as necessidades especiais dos alunos, complementando as ações das escolas regulares em turno inverso. Como determina a nova política de ensino especializado. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva prevê a garantia do direito à educação para todas as crianças brasileiras com necessidades educacionais especiais. Apresentado pela Secretaria de Educação Especial (SEESP) em janeiro deste ano, o documento foi fundamentado na concepção dos direitos humanos. Um dos focos da nova política pública é a garantia do ensino regular conjugado com o atendimento educacional especializado, que deverá ser oferecido no contraturno escolar. < Disponível em: Acesso em: 18/03/2008>. Para tornar este ambiente mais especial, o Centro desenvolveu o projeto: CREE MOS: um ambiente muito especial visando despertar a consciência ecológica dos alunos a partir da reestruturação e preservação do seu espaço físico. Por isso, é necessário dar continuidade a este trabalho, criando dentro dele outro projeto (Ver ANEXO): Horta Orgânica, cuja finalidade é promover atividades individuais e coletivas de práticas saudáveis de alimentação, socialização, solidariedade e conscientização ambiental. Em fim, promover atividades que permitam que cada aluno avance conforme seu ritmo, ou seja, oportunizar a superação das suas limitações, reconhecendo a importância do meio ambiente para os seres vivos em função de uma vida melhor. Pois a educação é um ato de amor e respeito a todos. Segundo o Prof. Dr. Marcos José da Silveira Mazzotta O sentido especial da educação consiste no amor e no respeito ao outro, que são as atitudes mediadoras da competência ou de sua busca para melhor favorecer o crescimento e desenvolvimento do outro. 3

4 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral Vivenciar situações de aprendizagem, dando continuidade a reestruturação e preservação do ambiente escolar a partir da horta orgânica, da construção de novos canteiros e conservação e ampliação das plantações de frutíferas e ornamentais já existentes Objetivos Específicos Favorecer as relações interpessoais; Proporcionar a socialização do conhecimento; Estimular a atenção; Perceber-se como parte integrante da natureza; Modificar atitudes e práticas pessoais; Valorizar as habilidades individuais; Reconhecer a importância do meio ambiente para os seres vivos; Tornar a escola um ambiente acolhedor; Cultivar a terra; Melhorar sistema de irrigação (micro aspersores); Construir suporte caixa d água para otimizar processo de irrigação ; Nomear as plantas; Mostrar a importância de uma boa alimentação; Destacar os cuidados que devemos ter com os alimentos; Possibilitar o acesso a várias fontes de leitura; Trabalhar os conceitos matemáticos; Realizar cálculos; Produzir a calda nutritiva. Observar a pulverização natural de prevenção e fertilização das plantas (calda nutritiva); Reconhecer a importância da calda nutritiva; Produzir composto; Integrar escola / família / comunidade; Ornamentar a cisterna e fazer um mini-jardim; Trabalhar com oficinas; Realizar manhãs verdes com todos os seguimentos do CREE MOS; Distinguir os tipos de lixo e os problemas por ele ocasionados; Realizar a coleta seletiva; Reciclar papel e realizar trabalho artesanal. Destacar a prevenção da dengue; 4

5 3. PÚBLICO-ALVO Professores; Funcionários; Alunos; Familiares; Agrônomos; ONGs e Amigos da Escola. 4. METODOLOGIA Pesquisas orientadas em livros, jornais e revistas; Observação e análise do espaço físico; Discussão sobre o projeto; Exibição de vídeos; Aulas expositivas; Construção das hortas; Plantio de mudas e sementes de frutíferas e ornamentais; Construção de canteiros (plantas medicinais e ornamentais); Construção de um espaço para aulas ao ar livre; Questionamentos; Produções de textos; Narrações de histórias; Dobraduras; Dramatizações; Jogos cooperativos; Reciclagem de papel; Palestras; Manhãs verdes: mutirão de plantio, oficinas de artesanato e culinária alternativa, exposição dos produtos da horta e degustação; Exposição de fotografias. 5. RECURSOS 5.1 Recursos humanos: Professores Alunos Funcionários Pais e familiares Agrônomos ONGs 5.2 Recursos materiais: Adubo orgânico; Areia; Arisco; Mudas e sementes; 5

6 Mangueiras plásticas; Regador; Pulverizador costal; Pneus usados; Garrafas plásticas; Talos de carnaúba; Telhas; Tinta e pedaços de madeira (elaboração de placas) Tinta plástica, pincéis e jarros Vídeos, dvd s e tv Som Papel ofício Lápis hidrocor, pincel atômico (decoração do ambiente) Cola, tesoura, régua e estiletes Tinta guache e pincéis Livros, jornais e revistas. 6. OPERACIONALIZAÇÃO O Projeto horta orgânica será desenvolvido durante o ano de 2008 no Centro Regional de Educação Especial de Mossoró (CREE MOS). O primeiro momento será destinado para uma reunião com toda a equipe do CREE MOS e do Agrônomo que auxilia esta ação educativa para reavaliar o nosso trabalho anterior e apresentar esta nova proposta e, em seguida com os alunos e pais. Após esse momento, ocorrerá por grupos a distribuição de tarefas como: continuidade das parcerias, coleta de recursos e planejamento do esboço dos canteiros, etc. E por fim a aplicação do projeto de acordo com o cronograma estabelecido para o ano letivo. 7. AVALIAÇÃO Ocorrerá de forma sistemática e contínua, observando o desenvolvimento e a compreensão, através de atividades orais e escritas, como também a atuação do aluno no que se refere a sua participação e atitudes perante a importância e a necessidade de se preservar o meio ambiente. 6

7 8. CRONOGRAMA ATIVIDADES 1º BIMESTRE Reunião com funcionário, alunos, pais e agrônomo. Formação de grupos e distribuição de tarefas. X X 2º BIMESTRE X 3º BIMESTRE X 4º BIMESTRE Busca de parcerias. X X X X Coleta de materiais. X X X X X X Preparação e organização do espaço físico. Construção de canteiros e espaço p/ aula ao ar livre. Exposição de vídeos. X X X X X Oficina de comida alternativa e degustação. Oficina de chás medicinais, degustação e dramatização de uma história. Oficina de reciclagem de papel. Coleta seletiva. Palestras. X X Confecção de cartazes. X X X X X X Exposição de fotos, cartazes e distribuição de mudas (culminância). X 7

8 9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, de 20 de dezembro de BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, MAZZOTTA, Marcos J. da S. Inclusão e Integração ou Chaves da Vida Humana. Disponível em: < Acesso em: 19 de mar. de Nova política prevê ensino especializado. Disponível em: < Acesso em: 19 de mar

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10 ANEXO 1: HORTA ORGÂNICA 1. JUSTIFICATIVA Para tornar o Centro em um ambiente cada vez mais especial, foi desenvolvido o projeto: CREE MOS: um ambiente muito especial que visa despertar a consciência ecológica dos alunos e alunas, bem como de todos(as) aqueles que desenvolvem atividades naquela instituição, a partir da reestruturação e preservação do seu espaço físico. Por isso, necessário se faz dar continuidade a este trabalho, criando dentro deste projeto, outro projeto denominado de Horta Orgânica, cuja finalidade é promover atividades individuais e coletivas de práticas saudáveis de alimentação, socialização, solidariedade e conscientização ambiental. Pode-se dizer que existem muitas maneiras de conhecer a natureza e aprender com sua sabedoria. Uma sala de aula que, nós descobrimos, é especialmente apropriada para as crianças é a horta da escola, por religá-las aos fundamentos básicos da alimentação na realidade com a essência da vida ao mesmo tempo que integra e enriquece praticamente todas as atividades escolares. Quando a horta da escola passa a fazer parte do currículo, nós aprendemos sobre os ciclos alimentares, por exemplo, e integramos os ciclos alimentares naturais aos ciclos de plantio, cultivo, colheita, compostagem, reciclagem, etc.. Por meio dessa prática, descobrimos também que a horta da escola, em sua totalidade, está embutida em sistemas maiores que também são teias vivas com os seus próprios ciclos. Os ciclos alimentares se cruzam com esses ciclos maiores o ciclo da água, o ciclo das estações e assim por diante, todos eles formando conexões na teia de vida planetária. A horta da escola é o lugar ideal para se ensinar às crianças os méritos de uma agricultura saudável. O mais importante é que, para as crianças, estar na horta é algo mágico e observa-se, inclusive, que uma das coisas mais fascinantes da horta é o fato de estarmos criando um lugar, como já foi dito, mágico para as crianças, que do contrário não teriam esse lugar, não teriam a oportunidade de estar em contato com a terra e com as coisas que crescem dela. Diante disso, você pode ensinar tudo o que quiser, mas estar lá fora, plantando, cuidando, colhendo e comendo essa é a ecologia que chega ao coração das crianças e essa experiência vai continuar com elas para o resto de suas vidas. 2. METODOLOGIA O Projeto Horta Orgânica será desenvolvido durante todo o ano de 2008 no Centro Regional de Educação Especial de Mossoró (CREE MOS) onde serão cultivadas hortaliças das mais diversas e de acordo com a sua parte comestível, tais como: Hortaliça-folha: alface, cebolinha, coentro, chicória espinafre, rúcula, dentre outras; Hortaliça-flor: brócolis, couve flor; Hortaliça-fruto: pimentão, pimenta, tomate, jerimum, etc.; Hortaliça-raiz: beterraba, cenoura, rabanete, batata-doce, etc.; 10

11 Serão construídos, inicialmente, cinco canteiros de 20,00m x 1,00m cada, onde serão plantadas as hortaliças de acordo com suas características de cultivo. Será obedecido um criterioso plano de rotação de culturas durante todo o ciclo de cada uma delas, objetivando um melhor aproveitamento do solo no que se refere a sua fertilidade, bem como uma significativa diminuição de problemas fitossanitários. A irrigação será por micro aspersão cuja água será bombeada de uma caixa d água com capacidade de 1000 litros distante aproximadamente 10,0m. Composto orgânico, esterco de bovinos, caldas nutritivas, urina de vaca, dentre outros adubos orgânicos serão usados no processo de fertilização do solo e das plantas. O controle fitossanitário das culturas será preferencialmente preventivo ou quando necessário curativo utilizando-se de métodos naturais, o que por certo não trará problemas de saúde para as crianças bem com para os demais colaboradores da horta orgânica. A colheita será realizada de acordo com o ciclo de cada cultura lembrando sempre que os produtos colhidos serão utilizados na merenda escolar das crianças, o que se traduz em um significativo reforço alimentar, inclusive com produtos sem nenhum resíduo de agrotóxicos ou mesmo de adubos solúveis. O mais importante desse processo é a participação de todas as crianças em todas as atividades: compostagem, preparo das caldas, preparo dos canteiros, plantio das culturas, limpas, irrigação, aplicação de biofertilizantes, colheita, culminando com o consumo dos produtos colhidos. 11

12 3. ORÇAMENTO Discriminação Quantidade Valor Unitário (R$) Valor Total (R$) Moto Bomba 1,0 cv ,00 700,00 completa Micro aspersores 24 1,85 44,40 completo Caixa d água 1000l ,00 228,00 (Estrutura de madeira) Tubo de polietileno 01 rolo 38,00 38,00 Esterco de bovinos 01 carrada 300,00 300,00 Tambor 200 litros 01 60,00 60,00 Sementes orgânicas de 100,00 100,00 hortaliças (Alface, Beterraba, Cenoura, Espinafre, Rúcula, Rabanete, Pimentão, Tomate, Couve, Coentro) 10 pacotes de cada uma delas Carro de Mão 01 81,00 81,00 Tesoura de poda 01 16,13 16,13 Ancinho (Ciscador) 02 10,00 20,00 Enchada 02 14,22 28,44 Enchadeco 02 13,50 27,00 Colher de transplante 02 5,10 10,10 Pá curva 02 14,00 28,00 Peneira 02 12,00 24,00 Escarificador 02 8,00 16,00 Sacho 02 8,00 16,00 Regador 05 13,50 67,50 Baldes de 10 litros 05 4,10 20,50 Pulverizador costal 7, ,50 91,50 litros Roçadeira 02 18,52 37,04 Facão 02 11,00 22,00 TOTAL 1.975,61 12

13 ANEXO 2: DEPOIMENTOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO HORTA ORGÂNICA É boa horta porque a gente aprende a plantar e a cuidar das plantas. Eu gosto de comer fruta e verdura. (Carlos Felipe, 08 anos - 3º ano do Ensino Fundamental). Gosto de estudar com as plantas porque as frutas e legumes fazem muito bem para o nosso corpo. (Alan Erick, 7 anos, 2º ano do Ensino fundamental). Acho importante a Manhã Verde porque ajudo a cuidar das plantas. (Bruno, 6 anos, 2º ano do Ensino Fundamental). 13

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