CONTROLE SOCIAL E PARTICIPAÇÃO POPULAR EM ARACAJU: UMA EXPERIÊNCIA DA 2ª REGIÃO
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- Luzia Candal Brandt
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1 CONTROLE SOCIAL E PARTICIPAÇÃO POPULAR EM ARACAJU: UMA EXPERIÊNCIA DA 2ª REGIÃO Ana Cláudia de Oliveira Pimenta (Apresentadora) Yara Verônica Couto de Vasconcelos Leandro Dominguez Barretto JUNHO/2004
2 EM ARACAJU: UMA EXPERIÊNCIA DA 2ª REGIÃO APRESENTAÇÃO O modelo tecno-assistencial adotado pela Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju e intitulado Saúde Todo Dia, soma um conjunto de ações articuladas que visam atender às necessidades de saúde do usuário, compreendendo-as e dando um significado que deve gerar uma intervenção resolutiva e produtora de autonomia, garantindo os princípios do SUS-Sistema Único de Saúde de Aracaju, principalmente, a universalização e garantia do acesso, integralidade, equidade e controle social. Em relação ao Controle Social implantamos 44 Conselhos Locais de Saúde e o Sistema de Ouvidoria da Saúde. MAPA DAS REGIÕES DE ARACAJU - SE
3 JUSTIFICATIVA A discussão sobre controle social e participação popular na 2ª região aconteceu mediante a necessidade de envolver os gestores locais (gerentes) e os trabalhadores de nossas unidades de saúde na mobilização popular, objetivando o fortalecimento de uma consciência crítica de usuários e trabalhadores, como da proximidade da VII Conferencia Municipal de Saúde e a importância da sensibilização da comunidade para a escolha dos novos conselheiros locais e delegados usuários.
4 OBJETIVOS Promover a discussão das diversas formas de controle social e participação popular. Construir e discutir estratégias de implementação do controle social e participação popular. Sensibilizar as gerentes e assistentes sociais para a importância do seu papel enquanto articuladoras e mobilizadoras do controle social. Mobilizar os trabalhadores e a comunidade para as Pré - conferencias locais e VII Conferencia Municipal de Saúde. Estreitar o vínculo comunidade/esf no processo contínuo de participação popular como gerador de autonomia. Fortalecer as ferramentas de controle social da SMS: Ouvidoria (156), CLS, Gerentes das UBS. METODOLOGIA Metodologia participativa: realização de 02 oficinas com a participação das gerentes e assistentes sociais das unidades de saúde da 2ª Região. Primeira oficina: - Discussão e apresentação do tema Controle Social e Participação Popular, através de matrizes analisadoras sob as seguintes consignas: O que é controle social, para que serve, quais os pressupostos. - Análise de como está o controle social e participação popular na área de atuação de cada ESF. - Tarefa de dispersão: discussão do tema e a construção de estratégias com as ESF para a implementação do controle social e a participação popular nas áreas de atuação das equipes.
5 Segunda oficina: -Apresentação, discussão e agrupamento das estratégias para definição de ações, responsáveis e prazos de execução, no intuito de sensibilizar e mobilizar trabalhadores e comunidade. Avaliação: as avaliações se realizaram ao final de cada oficina e a cada quinze dias em reuniões de avaliação e monitoramento do processo proposto. Recursos: Durante as oficinas foram utilizadas dinâmicas de grupo e textos que refletiram sobre o tema, assim como o fornecimento de material didático que subsidiaram as discussões e a reprodução das mesmas. PRODUTOS: Construção de conceitos O que é - É o meio que a sociedade utiliza para usar o principio da equidade em função da garantia dos direitos dos cidadãos - É uma das diretrizes do SUS que preconiza a participação da comunidade na Gestão do Sistema de Saúde - Um instrumento de participação popular que pode ser formal e informal Para que serve - Distinguir direitos e deveres; - Organizar; - Controlar; - Respeitar; - Dar limites; - Elaboração, controle e fiscalização das políticas públicas, inclusive à aplicação dos recursos financeiros. Quais os pressupostos - Sensibilização, mobilização e organização popular. -Conscientização da população; -Leis e Regimento - Criação dos conselhos locais e capacitação dos Conselheiros - Reuniões dos conselhos municipais e locais -Realização das Pré-conferências e conferências municipais - Ministério Público, Procon, Imprensa, Associação de moradores, Igrejas, Ong s e outros.
6 PRODUTOS: análise do Controle Social e Participação Popular por UBS SITUAÇÃO ATUAL Existência de CLS em todas as UBS, porém com pouco envolvimento da comunidade e trabalhadores Fragilidade na relação dos trabalhadores com os parceiros existentes na área (intersetorialidade) Desconhecimento dos direitos e deveres da população Utilização do poder de conselheiro de forma inadequada, por desconhecer o seu papel Falta de sentimento e significado do ser coletivo - uma questão cultural Necessidade de um maior assessoramento dos CLS s Utilização da Ouvidoria e Rádio por parte da população PRODUTOS: Construção de Estratégias Estratégias Sensibilização Mobilização Divulgação Monitoramento Ações Oficinas com as ESF, Agentes da Dengue e demais trabalhadores das UBS Oficina com os Conselheiros dos CLS Acolhimento coletivo Abordagem individual e coletiva nos grupos de risco da UBS Visita e sensibilização das Instituições e ONG s locais Visita Domiciliar Responsáveis Assistente Social e gerente Assistente Social e gerente ESF ESF Assistente Social e A.C.S. ACS e Agentes da Dengue
7 QUANTITATIVO DE PARTICIPANTES USUÁRIOS E TRABALHADORES NAS PRÉ-CONFERÊNCIAS DE ARACAJU 2001/ A.Nun. A.Lei. A.Nab. D.Sinha. Edz. F.Sam Ir. Car. M.Ter. Man. Souza Marx C FONTE: RELATÓRIO DA VI E VII CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ARACAJU /2004 RESULTADOS ALCANÇADOS Validação das oficinas pela Diretoria de Saúde como uma importante estratégia de mobilização dos trabalhadores e comunidade 100% das estratégias alcançadas Maior entendimento da comunidade sobre o seu papel na efetivação do controle social. Renovação dos CLS nas pré conferencias em quase 100% Reprodução das oficinas tanto pelas ESF quanto por outras regiões (1ª e 3ª) da SMS Eleição dos delegados usuários para VII Conferencia em todas as UBS. Aumento da participação da comunidade e dos trabalhadores nas pré-conferencias( vide gráfico a seguir)
8 FACILIDADES: O profissional de serviço social e as gerentes nas UBS. Oficinas como ferramentas de sensibilização e mobilização da comunidade e trabalhadores. Pedagogia Participativa como referencial de interlocução e construção de novos saberes. Recursos materiais: material didático,carro de som, faixas etc. Potencial criador e inovador das ESF na elaboração e aplicação das estratégias de efetivação do controle social. Rede de ajuda entre as assistentes sociais DIFICULDADES: Falta de maior participação e envolvimento da maioria dos trabalhadores no processo de mobilização social. RECOMENDAÇÕES Construção de uma Política de Educação Permanente para os Conselheiros de Saúde em esfera municipal Inserção do Assistente Social no Programa de Saúde da Família- PSF em esfera federal Criação de fóruns permanentes de discussão e mobilização comunitária. Inclusão do tema na pauta das discussões dos grupos existentes nas UBS
9 O POVO ORGANIZADO É GARANTIDOR DE SEUS PRÓPRIOS DIREITOS
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