Programação imperativa. 10. Pilha de execução
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- Silvana Carvalhal Cavalheiro
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1 Programação imperativa 10. Pilha de execução
2 10. Pilha de execução A pilha de execução. Memória dinâmica. Números hexadecimais. 2
3 10. Pilha de execução A pilha de execução. Memória dinâmica. Números hexadecimais. 3
4 Pilha de execução Em inglês, runtime stack. A pilha de execução é formada por uma sequência de registos de ativação, cada um deles correspondendo a uma ativação de uma função, gerida em modo pilha. Em inglês, registo de ativação é stack frame. Na presença de recursividade, pode haver na pilha várias frames relativas a uma mesma função. Na frame há espaço de memória para os argumentos da função, para as variáveis locais e para o endereço de retorno. As frames relativas a uma função têm todas o mesmo tamanho, que é determinado pelo compilador. 4
5 Observando a pilha de execução #include <stdio.h> int g(int *a, int n) int result = 0; int i; for (i = 0; i < n; i++) result += a[i]; return result; int f(int x, int y) int result; int a[10]; int i = 0; for (i = 0; i < y; i++) a[i] = x; result = g(a, y); return result; Este é o programa que vamos usar, para observar a pilha de execução. void t5(void) int x; int y; x = g(primes, 10); y = f(3, 6); printf("%d %d\n", x, y); int main(void) t5(); return 0; 5
6 Janela da pilha de execução... x = g(primes, 10);... A função main chamou a função t2, que chamou a função g. int g(int *a, int n) int result = 0; int i; for (i = 0; i < n; i++) result += a[i]; return result; Nesta altura, a variável result já foi inicializada mas a variável i ainda não. O argumento n vale 10 e o argumento a referencia o array primes. 6
7 Janela da pilha de execução (2)... y = f(3, 6);... A função main chamou a função t2, que chamou a função f, que chamou a função g. int f(int x, int y) int result; int a[10]; int i = 0; for (i = 0; i < y; i++) a[i] = x; result = g(a, y); return result; Note bem: o argumento a referencia a variável a da função f. Terem o mesmo nome é apenas uma coincidência. 7
8 Observando a recursividade Se uma função se chama a si própria, na pilha de execução passaremos a ter dois frames seguidos, cada um para cada ativação da função. Usemos o seguinte exemplo, com a função fatorial: #include <stdio.h> int fact(int x) return x == 0? 1 : x * fact(x-1); void t6(void) int z; z = fact(8); printf("%d\n", z); int main(void) t6(); return 0; A função fact chama-se a si própria, quando o argumento é diferente de zero. 8
9 Observando a recursividade (2) Aqui estamos a empilhar: a função main chamou t3, que chamou fact, que chamou fact, que chamou fact, que chamou fact, que chamou fact, que chamou fact. Nesta altura, o argumento é 3. Aqui estamos a desempilhar: a função retornou 120, quando x valia 5 e agora está na frame onde x vale 6. 9
10 Memória da pilha de execução Usemos a seguinte função para inspeccionar a memória da pilha de execução. int facta(int x) int v[2]; v[0] = primes[x]; v[1] = powers[x]; return x == 0? 1 : x * facta(x-1); void t7(void) int z; z = facta(8); printf("%d\n", z); O array v serve só para nos ajudar a localizar a memória de cada ativação da função facta. 10
11 Memória da pilha de execução (2) A memória da pilha de execução, logo após chamada facta(6), antes da inicialização do array v. Conseguimos localizar as posições de memória onde estão os argumentos (marcadas a azul) e as sucessivas ativações do array v (marcadas a vermelho). 11
12 10. Pilha de execução A pilha de execução. Memória dinâmica. Números hexadecimais. 12
13 Memória dinâmica A função f usada no exemplo da pilha de execução é insegura: se y for maior do que 10, o array a, declarado na função, vai transbordar. Qual deve então ser a capacidade do array a? Deve ser y! Só que o valor de y não pode ser determinado no momento da compilação. A capacidade dos arrays estáticos ou automáticos deve ser uma constante, conhecida no momento da compilação. Isso permite que a frame de cada função tenha um tamanho determinado durante a compilação. A solução é usar arrays alocados dinamicamente. 13
14 malloc A função malloc requisita ao sistema de operação o número de bytes indicado no argumento. Observe a função f1, equivalente a f, mas onde o array a é alocado dinamicamente, com malloc: int f1(int x, int y) int result; int *a = (int *) malloc(y * sizeof(int)); int i = 0; for (i = 0; i < y; i++) a[i] = x; result = g(a, y); free(a); return result; Dizemos que o array a é alocado dinamicamente ou que fica na memória dinâmica. O número de bytes é o número de elementos vezes o número de bytes de cada elemento. Para usar malloc, temos de fazer #include <stdlib.h> No fim da função, devemos libertar a memória alocada dinamicamente. 14
15 Experimentando f1 void t8(void) Vai estoirar! int x; x = f(1, 10); printf("%d\n", x); x = f(1, 10000); printf("%d\n", x); void t81(void) OK! int x; x = f1(1, 10); printf("%d\n", x); x = f1(1, 10000); printf("%d\n", x); Press any key to continue... 15
16 Onde está a memória dinâmica? Procuremos, com a seguinte função: int f2(int x, int y) int result; int *a = (int *) malloc(y * sizeof (int)); int b[10]; int i = 0; for (i = 0; i < y; i++) a[i] = x; for (i = 0; i < 10; i++) b[i] = x * i; result = g(a, y); free(a); return result; Com este exemplo, teremos os arrays primes e powers na memória estática, o array b na memória automática e o array a na memória dinâmica. 16
17 Observando a memória dinâmica Situação mesmo antes da instrução free na função f2. Automática Estática Dinâmica 17
18 10. Pilha de execução A pilha de execução. Memória dinâmica. Números hexadecimais. 18
19 Conversão hexadecimal-decimal Note bem: não há números hexadecimais. Há sim a notação hexadecimal. Problema: representar decimalmente um número dado usando a representação hexadecimal. Observe: void hex2dec(void) int x; while (scanf("%x", &x)!= EOF) printf("%d\n", x); 0022fb cccccccc fffffff ffffffff -1 19
20 Conversão decimal-hexadecimal Para converter no sentido decimal -> hexadecimal é parecido: void dec2hex(void) int x; while (scanf("%d", &x)!= EOF) printf("%x\n", x); 10 a cc fffffff -1 ffffffff 255 ff 160 a0 170 aa a 20
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