PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA EM SAÚDE

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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA EM SAÚDE ROMANA REIS DA SILVA DESENVOLVIMENTO PARCIAL DE UMA ONTOLOGIA PARA CLASSIFICAÇÃO DE TERMOS DA ENFERMAGEM CURITIBA 2009

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3 ROMANA REIS DA SILVA DESENVOLVIMENTO PARCIAL DE UMA ONTOLOGIA PARA CLASSIFICAÇÃO DE TERMOS DA ENFERMAGEM Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Centro de Ciência Biológica e da Saúde, como parte dos requisitos para a obtenção do título Mestre em Tecnologia em Saúde. Área de Concentração: Informática em Saúde Orientadora: Prof a. Dr a. Andreia Malucelli Co-Orientadora: Prof a. Dr a. Marcia Regina Cubas CURITIBA 2009

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5 Dedico esta dissertação de mestrado a todos que me ajudaram e apoiaram nesta etapa tão importante de minha vida, em especial a minha família e as orientadoras Andreia e Marcia.

6 AGRADECIMENTO Muito obrigada, meu Deus, por me dar força, proteção e equilíbrio. À minha família, que sempre está ao meu lado, ajudando, aconselhando, apoiando, torcendo, dando segurança... Apesar da distância física, a nossa união e amor vence qualquer obstáculo... Obrigada por me proporcionar a conclusão de mais esta etapa. Às minhas orientadoras Andreia Malucelli e Marcia Regina Cubas, pela excelente orientação deste trabalho, sempre presentes, dispostas, animadas e principalmente amigas. Vocês conseguiram me acalmar, empolgar e amar este trabalho. Aos docentes que contribuíram para meu conhecimento e com meu trabalho, especialmente Sandra Honorato da Silva e Cesar Tacla. Às secretárias dos cursos de pós-graduação, principalmente a Erli, por ser tão atenciosa, prestativa, compreensiva. Aos companheiros de estudo de ontologia, Adelita e Carlos, e aos colaboradores Mauricio e André, na implementação do sistema de validação de termos; Patrícia e Carina, na participação do mapeamento de termos; Ademir, no estudo da ontologia; meu irmão Orres, nas explicações de algoritmo, formatações e opiniões. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bolsa de estudo. Ao Adilson Fabris pela revisão de português e ao Adriano Lopes pela revisão das Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A todos os meus amigos que riram, choraram, compartilharam experiências e expectativas, animando-me, ouvindo e amparando. Obrigada a todos que colaboraram para eu chegasse até aqui.

7 RESUMO A CIPE (Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem) é uma taxonomia, multiaxial, unificada e universal de termos da enfermagem e seu trajeto de construção produziu diferentes versões, sendo que a versão 1.0 refere incluir uma ontologia. A contribuição brasileira, a CIPESC (Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem em Saúde Coletiva), se baseou na versão beta. O objetivo desta pesquisa foi desenvolver princípios de uma ontologia por meio da equivalência dos termos da CIPE versão 1.0 com os termos da CIPESC em relação aos eixos Foco e Julgamento. Trata-se de uma pesquisa com etapas descritiva documental e de desenvolvimento, cujos passos metodológicos consistiram: no mapeamento dos termos entre as versões beta 2 com a 1.0 da CIPE e da CIPESC com a CIPE 1.0; na criação de um instrumento de validação dos termos não equivalentes; e no início da construção da ontologia, seguindo a seqüência descrita por Noy e Mcguinness, usando o editor Protégé. O resultado do mapeamento dos termos entre a versão 1.0 e a beta 2, no eixo foco, foi de: 41% de termos novos; 33% idênticos, 9% modificados; 4% dos conceitos foram ampliados; 3% diminuídos; 8% diferentes e 2% são inexistentes na versão 1.0; e no eixo julgamento: 11 termos novos; 12 que agregaram conceitos, 10 representam superclasses e 22 não equivalentes. Entre a versão 1.0 e CIPESC, no eixo foco: 79% dos termos são inexistentes na CIPESC ; 8% idênticos, 3% modificados; 1% possui conceito ampliado; 2% diminuído; 4% diferente; e 3% sem conceito; no eixo julgamento 20 termos são exclusivos da CIPESC. Os termos não equivalentes serão submetidos à validação, cujo instrumento será utilizado via Web, implementado em linguagem de programação PHP (Hypertext Preprocessor), utilizando o Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) MySQL (Structured Query Language) e possui lista de requisitos com perfis do usuário e do administrador. Delineou-se uma ontologia a partir dos termos do eixo foco referentes aos Processos dos Sistemas Respiratório, Circulatório e Gastrointestinal e do eixo julgamento, na perspectiva de construção de diagnósticos e resultados de enfermagem. Como este domínio não dispõe de ontologia, não há possibilidade de reuso. A ontologia suportou a representação do conhecimento na Classificação de Enfermagem, no entanto a criação de relacionamentos entre termos e eixos requer experiência no uso da classificação e cautela em sua declaração, devido ao fato de herança das propriedades. É necessário que os profissionais se conscientizem sobre a importância do uso de sistemas classificatórios de enfermagem, de seu funcionamento, dos benefícios do esforço mundial, bem como da exigência da interdisciplinaridade para o avanço deste conhecimento. Palavras-Chaves: Enfermagem. Vocabulário Controlado. Inteligência Artificial.

8 ABSTRACT The ICNP (International Classification for Nursing Practice) is a multiaxial, unified and universal taxonomy of nursing terms with different versions. Version 1.0 refers to the inclusion of an ontology. The Brazilian contribution, CIPESC (International Classification for Nursing Practice in Collective Health), was based on the beta version. This research aims to start the development of CIPESC ontology, mapping terms from the Focus and Judgement axes of ICNP version 1.0 with CIPESC. This is composed of descriptive-documental and development phases, that comprises: mapping the terms from ICNP version beta-2 with terms from ICNP 1.0, and terms from CIPESC with terms from ICNP 1.0; development of an instrument for unequivalent terms validation; and the construction of the first steps towards the CIPESC ontology, according to the Noy and Mcguinness steps, using the Protégé ontology editor. The mapping results between terms from Focus axis version 1.0 and version beta-2 were: 41% are new terms; 33% are identical terms; 9% are modified terms; 4% are terms with expanded concepts; 3% are resumed terms; 8% are different terms and 2% do not exist in version 1.0. In relation to Judgement axis: 11 are new terms; 12 are terms with merged concepts; 10 terms are superclasses and 22 terms are not equivalent. Moreover, the mapping results between ICNP version 1.0 and ICNP version beta-2 were: 79% of Focus terms do not exist in CIPESC ; 8% are identical terms; 3% are modified terms; 1% are terms with expanded concepts; 2% are resumed terms; 4% are different terms; and 3% are terms without concepts. In relation to Judgement axis, 20 terms are exclusive from CIPESC. The not equivalent terms will be submitted to a validation process through the Web, implemented in PHP (Hypertext Preprocessor) programming language using the Relational Database Management System (RDBMS) MySQL (Structured Query Language), with user and administrator views. The ontology was built with terms from the Focus axis related to the Respiratory, Circulatory and Gastrointestinal System Process and terms from the Judgement axis, in the perspective of building nursing diagnosis and outcomes. There is no possibility for ontology reuse because there is no ontology in this domain. It was possible to represent the Nursing Classification with ontology, however, it requires experience in the use of classification and caution in its statement, due to the properties inheritance. It is necessary that professionals be aware of the importance of the use of nursing classification systems, its operation and benefits of the global effort, as well as, the necessity of interdisciplinary for the knowledge advancement. Key Words: Nursing. Vocabulary Controlled. Artificial Intelligence.

9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Representação da Mudança de Modelos de eixos da CIPE Figura 2- Exemplo de Relacionamento entre Classes Figura 3 - Interface Inicial do Instrumento de Validação Figura 4 - Interface Validador Figura 5 - Interface Consultar Termos Figura 6 - Interface do Administrador do Instrumento Figura 7 - Consulta dos Termos Validados Figura 8 Representação das Superclasses e Subclasses Figura 9- Classes e Subclasses do eixo Foco Figura 10- Classes e Subclasses do eixo Julgamento Figura 11- Criação das Propriedades Figura 12- Criação de Propriedades da Classe Diarréia Presente Figura 13- Representação de Parte da Ontologia em Linguagem OWL Figura 14- Aplicação do Mecanismo de Inferência... 68

10 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Exemplo de Composição de Declarações de Enfermagem Quadro 2 - Definições sobre Ontologia Quadro 3 - Metodologias para Criação de Ontologias Quadro 4 - Linguagens para Representação da Ontologia Quadro 5 - Frequência Absoluta das Publicações sobre Ontologias e Classificações de Enfermagem nos bancos de dados Pubmed e Bireme Quadro 6 - Termos com Conceito Ampliado Quadro 7 - Termos com Conceito Diminuído Quadro 8 - Termos com Conceito Diferente Quadro 9 - Termos com Palavras Diferentes e Conceito Equivalente Quadro 10 - Termos Organizados para Validação Quadro 11 - Relação dos termos utilizados na Ontologia

11 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Freqüência absoluta da correlação entre os termos da CIPE 1.0 com Beta-2. (n=816) Gráfico 2 - Freqüência absoluta da correlação entre os termos da CIPE 1.0 com a CIPESC. (n=816)... 42

12 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABEn BIREME CIE CIF CIPE CIPESC CVS FLOGIC HHCC HTML ICNP JOE NANDA NIC NOC OIL OMAHA OWL PHP PIBIC PPGIa PUBMED Associação Brasileira de Enfermagem Biblioteca Regional de Medicina Conselho Internacional de Enfermagem Classificação Internacional de Funcionalidades Classificação Internacional para Prática de Enfermagem Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva Comma-separated values Frame Logic Home Health Care Classification HyperText Markup Language International Classification for Nursing Practice Java Ontology Editor North American Nursing Diagnosis Association Nursing Interventions Classification Nursing Outcomes Classification Ontology Inference Layer Community Health System Web Ontology Language Hypertext Preprocessor Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica Programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada National Center for Biotechnology Information

13 RDF RO SGBD SHOE SQL SUS TIPESC TOVE W3C Resource Description Framework Realidade Objetiva Sistema Gerenciador de Banco de Dados Simple HTML Ontology Extensions Structured Query Language Sistema Único de Saúde Teoria de Intervenção Práxica de Enfermagem em Saúde Coletiva Toronto Virtual Enterprise World Wide Web Consortium

14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVO Objetivo Geral Objetivos Específicos ESTRUTURA DO DOCUMENTO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA TRAJETÓRIA DA CIPE CIPESC COMPOSIÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE ENFERMAGEM ONTOLOGIA Definições de ontologia Componentes da ontologia Metodologias para construção de ontologias Linguagens para Representação de Ontologias Ferramentas para Construção de Ontologias UTILIZAÇÃO DA ONTOLOGIA NA ENFERMAGEM METODOLOGIA CAPTAÇÃO DA REALIDADE OBJETIVA Mapeamento dos termos Instrumento de Validação dos Termos Não Equivalentes CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO: ONTOLOGIA CIPESC RESULTADOS E DISCUSSÃO MAPEAMENTO DOS TERMOS ENTRE CLASSIFICAÇÕES Eixo Foco: Mapeamento entre as versões 1.0 e beta-2 da CIPE... 37

15 4.1.2 Eixo Foco: Mapeamento entre as Classificações CIPE 1.0 e CIPESC Eixo Julgamento: Mapeamento entre CIPE 1.0, Beta-2 e CIPESC ELABORAÇÃO DA VALIDAÇÃO CONSTRUÇÃO DA ONTOLOGIA CIPESC CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXO A APÊNDICE I APÊNDICE II APÊNDICE III APÊNDICE IV APÊNDICE V APÊNDICE VI APÊNDICE VII APÊNDICE VIII APÊNDICE IX... 95

16 13 1 INTRODUÇÃO A prática da enfermagem faz uso de uma vasta quantidade de informações que constam no prontuário do paciente: suas queixas, dados clínicos, diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem. No entanto, essas informações não são estruturadas, de modo a sistematizar o cuidado, ou documentadas, a fim de demonstrar a importância da enfermagem nos serviços de saúde e, consequentemente, sua contribuição para a qualidade da assistência ao ser humano (ANTUNES; CHIANCA, 2002; LUCENA; BARROS, 2005). A sistematização do cuidado é um conjunto de ações que se inter-relacionam, visando à assistência de Enfermagem, cuja interação denomina-se de Processo de Enfermagem - um instrumento dinâmico para auxiliar a construção do plano assistencial. Para a teorista de enfermagem Wanda de Aguiar Horta 1 (1979), o processo de enfermagem é composto por seis fases: histórico do paciente, diagnóstico de enfermagem, plano assistencial, prescrições de enfermagem, evolução e prognóstico. A organização da assistência ao ser humano é de suma importância, pois influencia diretamente na qualidade de atendimento, na segurança dos cuidados prestados, na descrição da prática de enfermagem, na comunicação entre os enfermeiros e entre estes e outros profissionais (FERREIRA, 1990). Uma das dificuldades da sistematização do cuidado é que a linguagem usada para descrever as atividades realizadas pelo enfermeiro muda no decorrer dos tempos e nos diferentes contextos culturais, resultando em diferentes compreensões de um mesmo fenômeno (NÓBREGA; GUTIÉRREZ, 2000a). Os esforços para mudar esta realidade iniciaram-se a partir da década de 1950, em escala mundial, com o desenvolvimento de modelos conceituais e teorias, a fim de identificar conceitos específicos da profissão e seu emprego na prática; porém, eram movimentos isolados. A partir da década de 1970, os movimentos começaram a unificar-se e, nos anos de 1990, este assunto ganhou força (GUIMARÃES; BARROS; GUTIÉRREZ, 2000). Atualmente, várias classificações de linguagem para a prática da enfermagem são utilizadas, embasadas em determinadas Teorias, algumas se diferenciando pelas fases do processo de enfermagem. As mais conhecidas são (NÓBREGA; GARCIA, 2005b): 1 Teórica brasileira adotada pela maioria das universidades brasileiras.

17 14 NANDA (North American Nursing Diagnosis Association), que categoriza o diagnóstico de enfermagem, com um direcionamento à prática individualizada; HHCC (Clinico Care Classification), a qual categoriza o cuidado domiciliar; OMAHA (Community Health System), o qual categoriza os problemas da comunidade; NIC (Nursing Interventions Classification), a qual categoriza as intervenções de enfermagem; NOC (Nursing Outcomes Classification), a qual categoriza os resultados; ICNP (International Classification for Nursing Practice), conhecida no Brasil como CIPE (Classificação Internacional para Prática de Enfermagem), a qual caracteriza as declarações de diagnóstico, intervenção e resultado de enfermagem. O Brasil contribui para CIPE com termos voltados à atenção primária, fruto de um projeto desenvolvido pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), entre os anos de 1996 a 2000, cujo resultado parcial constitui a CIPESC (Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva). Diante da multiplicidade de classificações em uso, é necessário o desenvolvimento de pesquisas neste domínio. Desta forma, este estudo deter-se-á nas classificações CIPE e CIPESC, integrando o projeto de pesquisa denominado Compondo Uma Nova Geração de Sistemas Classificatórios para as Práticas de Enfermagem, do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, que tem como objetivo geral avaliar a aplicabilidade de um sistema computacional para auxílio ao raciocínio diagnóstico individual e coletivo com uso da CIPE / CIPESC. A CIPE representa uma ferramenta que produz informações para a tomada de decisão do enfermeiro, através de uma linguagem de enfermagem unificada e universal. Trata-se de uma terminologia combinatória que permite formular um diagnóstico de enfermagem, delinear intervenções e identificar resultados aos cuidados prescritos. Estas ações desencadeiam informações que contribuirão na formulação de políticas de saúde, na contenção de custos, na informatização dos serviços de saúde, no controle do próprio trabalho de enfermagem e nos avanços da profissão (INTERNATIONAL COUNCIL OF NURSES, 2005).

18 15 A CIPE é um instrumento em desenvolvimento e seu trajeto de versões consiste em: versão alpha (1996), versão beta (1999), beta-2 (2001), versão 1.0 (2005) e versão 1.1 (2008). Contudo, foi na versão 1.0 que ocorreram as modificações mais significativas, relacionadas à: reestruturação hierárquica do modelo multiaxial, ou seja, na versão beta-2 havia dois modelos, um de fenômenos de enfermagem e outro de ações de enfermagem, cada um composto por oito eixos. Na versão 1.0, os modelos foram unificados e os eixos reduzidos a sete; inclusão de recursos computacionais para representação do conhecimento, especificamente uma ontologia. A ontologia é uma maneira de representar o conhecimento de forma organizada, a fim de facilitar a compreensão, permitir o compartilhamento das informações e construir uma base de conhecimento (GRUBER, 1992). O Conselho Internacional de Enfermagem (CIE) infere que a ontologia facilitará tanto o desenvolvimento quanto a manutenção da CIPE, de forma a proporcionar a interoperabilidade entre as aplicações da área da saúde (INTERNATIONAL COUNCIL OF NURSES, 2005). A ontologia pode também ser integrada em um sistema de apoio ao diagnóstico de enfermagem, de maneira a organizar o conhecimento, permitindo identificar as definições, os significados e realizar inferências do domínio em questão, potencializando o raciocínio clínico do profissional enfermeiro. Uma classificação multiaxial que permita conexão de termos possibilita a criação de inúmeras combinações. Como exemplo, ao compor declarações de enfermagem utilizando a CIPE versão beta-2, admite-se um total de 1.9 x combinações entre os dois modelos de oito eixos (OLSEN, 2001). Sendo assim, a acurácia da declaração possui relação direta com o processo de raciocínio diagnóstico que, segundo Negreiros, Silva, Nóbrega e Fontes (2007, p.41), necessita de um processo intelectual complexo, habilidades cognitivas, experiência e conhecimento científico. Quando este método utiliza um instrumento classificatório para denominar sua prática, outras habilidades são agregadas, como: o entendimento da estrutura hierárquica do instrumento, o domínio do processo de composição das declarações e a identificação das relações entre os diferentes conceitos dispostos no vocabulário. Desta forma, as classificações que possuem um vocabulário complexo e um grande número de termos têm o seu uso

19 16 limitado por exigir do usuário o conjunto de habilidades citadas e, neste âmbito, o raciocínio humano encontra apoio em recursos computacionais. Em relação ao produto brasileiro, a CIPESC teve como base para estruturação de seus termos a versão beta da CIPE. Nesta perspectiva, fazem-se necessárias a atualização dos termos da CIPESC, a adequação à nova estrutura da CIPE e a incorporação de recursos computacionais, especificamente a ontologia, objeto do presente estudo. 1.1 OBJETIVO Objetivo Geral Desenvolver parcialmente uma ontologia por meio da equivalência dos termos da CIPE versão 1.0 com os termos da CIPESC, em relação aos principais eixos compositores dos diagnósticos e resultados de enfermagem: o Foco e o Julgamento Objetivos Específicos Classificar os termos da CIPE versão 1.0, βeta-2 e CIPESC quanto à equivalência de denominação e conceito. Estabelecer critérios para validação de termos não equivalentes.

20 ESTRUTURA DO DOCUMENTO Esta dissertação está estruturada nos seguintes capítulos: Introdução, Revisão Bibliográfica, Metodologia, Resultados e Considerações Finais. O primeiro capítulo é constituído pela introdução, problema de pesquisa e objetivos. O segundo apresenta a revisão bibliográfica, abordando como temas centrais as classificações de enfermagem CIPE e CIPESC e a ontologia. O capítulo Metodologia refere-se às etapas do método utilizado e às considerações éticas. Os resultados e discussão estão estruturados de acordo com as etapas metodológicas, ou seja, o mapeamento dos termos, o instrumento de validação e a construção da ontologia. Finaliza-se com as considerações finais e perspectivas de trabalhos futuros.

21 18 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Nesta seção, são apresentados alguns tópicos importantes à compreensão do trabalho desenvolvido, organizados em quatro subseções: as classificações em Enfermagem, especificamente a trajetória histórica da CIPE e da CIPESC ; a composição de declarativas de Enfermagem com o uso da CIPE ; as características de uma ontologia e sua utilização na Enfermagem. 2.1 TRAJETÓRIA DA CIPE O surgimento da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE ) ocorreu em resposta às necessidades reconhecidas pela profissão da inexistência de um vocabulário específico. A partir de 1989, as associações-membros do Conselho Internacional de Enfermagem (CIE) desencadearam estudos para viabilizar o projeto de desenvolver uma linguagem única e universal estruturada, sendo o CIE responsável por definir os critérios a serem utilizados no desenvolvimento e manutenção da Classificação (THEUNE et al., 2004; NIELSEN; MORTENSEN, 1997). O primeiro resultado deste projeto foi uma listagem de termos, em 1993, baseada em um levantamento internacional dos sistemas de classificação de enfermagem em uso e, em 1996, foi lançada a primeira CIPE, a versão alpha, cuja estruturação foi realizada em três etapas. A primeira identificou os termos, no âmbito internacional, a segunda estabeleceu os conceitos dos termos e a terceira realizou a estruturação dos termos, hierarquizando-os em três modelos. O modelo inicial descreve os fenômenos de enfermagem, representando o domínio do cliente (ser humano ou o meio ambiente) e foi construído como uma classificação monoaxial, em cujo ápice encontra-se um único princípio geral de divisão. Nesta fase, 292 fenômenos foram identificados. O segundo modelo descreve as intervenções de enfermagem, e representa o domínio das ações realizadas pelos enfermeiros, sendo este construído como uma classificação multiaxial, no qual o termo subdivide-se em seis eixos. Neste momento, o terceiro modelo estava em desenvolvimento e visava descrever os resultados clínicos do

22 19 trabalho da enfermagem (MOEN; HENRY; WARREN, 1999; NIELSEN; MORTENSEN, 1997; NOBREGA; GUTIÉRREZ, 2000b). Com a utilização da versão alpha, surgiram outras necessidades, que foram enviadas para o CIE e foram determinantes para a edição da versão beta, lançada em Nesta versão, o enfoque da classificação dos fenômenos de enfermagem passou a ser multiaxial, constituída por oito eixos (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM, 2003). Isto permite mais de uma divisão do termo superior e, consequentemente, maiores combinações entre termos e eixos, tornando o instrumento mais flexível e possibilitando maior liberdade para realizar as combinações que irão gerar declarações de enfermagem (diagnósticos, intervenções e resultados). Por exemplo, os conceitos simples como sono e perturbado, se combinados, formam um conceito complexo, isto é, sono perturbado. Em outros sistemas classificatórios, esta combinação de conceitos não acontece, pois já são existentes como conceitos pré-combinados (NÓBREGA; GARCIA, 2005a). A CIPE mostrou-se um instrumento dinâmico e mutável e para sua manutenção é preciso uma constante avaliação, revisão e validação dos termos. O fruto destes aperfeiçoamentos são as novas versões (CAMIÁ, 2006). Em 2001, foi lançada a versão beta-2, que sofreu alterações quanto a correções e inclusão de alguns códigos, conceitos e termos. Em 2005, foi lançada a versão 1.0 da CIPE, que é resultado de mudanças de critérios e recomendações do CIE para o estudo das classificações, objetivando não apenas uma simples linguagem unificada, mas sim uma linguagem completa e sofisticada, apoiada na utilização de software de sistemas de informações (INTERNATIONAL COUNCIL OF NURSES, 2005). Nesta perspectiva, a versão 1.0 inovou com o desenvolvimento de uma ontologia, composta pela representação dos termos organizados conforme uma taxonomia, com seus respectivos conceitos, e modificou sua estrutura, passando de dois modelos com oito eixos cada para um modelo com sete eixos, como pode ser visualizado na Figura 1. Esta versão inovou com a disponibilização de um aplicativo que permite ao usuário encontrar termos, visualizar conceitos, fazer composições e salvá-los. No Brasil, a tradução da versão 1.0 foi lançada em 2007, sem o recurso citado.

23 20 Figura 1 - Representação da mudança de modelos e eixos da CIPE Fonte: CIPE versão 1.0 (adaptada pela autora) Estas mudanças atingem apenas a questão estrutural da classificação, não interferindo na composição das declarações de enfermagem. A presente dissertação contempla dois eixos do modelo apresentado na versão 1.0. São eles: o Foco (área que é relevante para enfermagem) e o Julgamento (opinião clínica), pois são eixos obrigatórios para composição de um diagnóstico de enfermagem. Cada eixo, na versão 1.0, contém respectivamente 816 e 34 termos.

24 21 Em agosto de 2008, foi lançada a versão 1.1 on-line (INTERNATIONAL COUNCIL OF NURSES, 2008), que consiste em um navegador que permite visualizar o termo, o conceito, a hierarquia pertencente, bem como de qual versão da classificação o termo é oriundo. Além disso, orienta a formação de catálogos 2 de enfermagem. A estrutura de sete eixos do modelo unificado permanece, as alterações presentes na nova versão estão relacionadas às classes pertencentes dos termos. Por exemplo: a subdivisão do eixo Foco, que consistia em três subclasses, foi alterada para 13 subclasses. Outro fato importante é que a nova versão permite que um mesmo termo pertença a classes diferentes, a depender do contexto em que é utilizado, ampliando, deste modo, o raciocínio clínico. Como é o caso do termo Efeito Colateral da Medicação, que pode ser encontrado nas classes: Complicação, Efeito Colateral e Resposta ao Tratamento. Muito embora a versão 1.1 tenha facilitado a visualização e o manuseio da classificação, algumas questões relativas à configuração desta versão devem ser mais bem analisadas, entre elas, a presença de termos dispostos em mais de um eixo, como: Artefato : Foco e Meio e Estrutura social : Localização e Meio, termos apontados como existentes na versão 1.0 e que não foram encontrados; e a inclusão de declarações de diagnósticos de enfermagem no corpo da hierarquia de termos. Até o presente momento, esta versão está apenas no idioma inglês CIPESC A Classificação Internacional para as Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC ) é a contribuição Brasileira à CIPE. Seu surgimento deveu-se ao fato de que não havia termos relacionados à atenção primária e à prática de enfermagem em serviços comunitários de saúde na CIPE. Neste intuito, o CIE criou propostas aos países da América Latina para que estes se organizassem e identificassem termos característicos a cada realidade e região. O projeto brasileiro foi elaborado e desenvolvido pela ABEn, sob orientação do CIE e apoio financeiro da Fundação Kellogg (COENEN et al., 2001). 2 Conjunto de declarações comumente usadas para especificas áreas de enfermagem (ICN, 2005)

25 22 O principal objetivo do projeto CIPESC foi descrever as diferenças culturais, revelando a dimensão, a diversidade e a amplitude das práticas de enfermagem no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) (EGRY; MISHIMA; ANTUNES, 1999). Para viabilizar a descrição do processo de trabalho da enfermagem, o Brasil iniciou a fase de investigação, dividindo o país em 16 cenários. Por problemas operacionais relativos aos recursos humanos envolvidos na pesquisa, apenas 12 cenários enviaram o material produzido sobre a prática de enfermagem. Este material foi analisado em duas etapas e, como um de seus resultados, obteve-se um inventário vocabular (NÓBREGA; GUTIÉRREZ, 2000b), que foi a matéria-prima para a criação da classificação denominada CIPESC. A CIPESC tem dois aspectos imprescindíveis para seu progresso: 1) a necessidade de atualização da estrutura hierárquica: sua estruturação teve como base a CIPE versão beta; no entanto, esta versão apresentava conceitos inconsistentes e incompletos e foi substituída pela versão beta-2. Deste modo, a versão beta-2 foi utilizada para busca dos conceitos dos termos listados no vocabulário CIPESC. 2) a necessidade de definição dos termos novos: alguns deles foram definidos no estudo de Garcia, Nóbrega e Sousa (2002), que é base para a realização deste trabalho. As classificações apresentadas são utilizadas para compor as declarações de enfermagem, que serão detalhadas a seguir. 2.2 COMPOSIÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE ENFERMAGEM Processo de enfermagem é uma ferramenta utilizada pelo enfermeiro na prestação de cuidados, sistematizado por seis fases inter-relacionadas: histórico, diagnóstico, plano assistencial, prescrição, evolução e prognóstico. Estas fases são interdependentes e complementares e, quando realizadas concomitantemente, resultam em intervenções satisfatórias para o paciente (HORTA, 1979). Na operacionalização das etapas do diagnóstico, do plano assistencial e da evolução, o enfermeiro utiliza sistemas classificatórios para compor títulos para os diagnósticos,

26 23 intervenções e resultados de enfermagem, que são denominados, em seu conjunto, de declarações de enfermagem Por se tratar do objeto deste estudo, será abordada a forma de composição das declarações de enfermagem com o uso da CIPE. A construção do processo de raciocínio para o diagnóstico exige muitas competências do enfermeiro, tais como capacidade de observação, objetividade, embasamento teórico, experiências anteriores, pensamento crítico e tomada de decisão. Consequentemente, torna-se um processo de análise holística e minuciosa, o qual, se bem realizado, determina o sucesso de um plano de ação, crítico e científico (FRANÇA et al., 2007). Entende-se por diagnóstico de enfermagem como um título dado pela enfermeira para uma decisão sobre um fenômeno 3 de enfermagem, que é foco da intervenção de enfermagem (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM, 2003). A sua composição consiste na combinação entre um termo do eixo foco e um termo do eixo julgamento, sendo os termos dos outros eixos opcionais (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM, 2007). A intervenção de enfermagem é definida como ação realizada em resposta a um diagnóstico de enfermagem, visando à obtenção de um resultado de enfermagem (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM, 2003). Para sua composição, deve-se incluir um termo do eixo ação e pelo menos um termo de qualquer outro eixo, exceto o eixo julgamento (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM, 2007). O resultado de enfermagem é definido como a mensuração ou estado de um diagnóstico de enfermagem em pontos específicos de tempo, após a execução de uma intervenção de enfermagem (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM, 2003) e segue a mesma orientação da composição do diagnóstico. Para um melhor entendimento da composição de diagnósticos, intervenções e resultados de Enfermagem com uso da CIPE, o Quadro 1 apresenta um exemplo. 3 Aspecto de saúde de relevância para a prática de enfermagem (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM, 2003).

27 24 Declaração de Enfermagem Diagnóstico Foco Julgamento Tempo Localização Meios Ação Cliente Ingurgitamento mamário Risco para Pós-parto Intervenção Amamentação Mama Técnica de preparo Resultado Amamentação Iniciada Exclusiva Quadro 1 - Exemplo de composição de declarações de enfermagem Fonte: CIPE 1.0 (adaptada pela autora) Orientar Paciente Desta forma, as declarações são: Diagnóstico Risco para ingurgitamento mamário pós-parto; Intervenção Orientar a paciente sobre a técnica de preparo da mama para amamentação; Resultado Amamentação exclusiva iniciada. Sabe-se que, para compor uma declaração de enfermagem, é exigido um conjunto de competências ao enfermeiro (FRANÇA et al., 2007). Este fato, somado à presença de um sistema classificatório complexo e de difícil manuseio, torna o processo de construção do raciocínio diagnóstico um aprendizado de acesso limitado ou pouco aplicado à prática. Uma das formas de superar este problema encontra-se na área da Inteligência Artificial, especificamente com o uso de uma ontologia. 2.3 ONTOLOGIA Para o desenvolvimento da ontologia, faz-se necessário conhecer as suas definições e componentes, assim como as metodologias, linguagens e ferramentas envolvidas neste processo Definições de ontologia Desde o século XVII, o termo ontologia, derivado do grego onto (ser) e logos (estudo), tem sido utilizado pela Filosofia para denominar o ramo da metafísica que diz

28 25 respeito àquilo que existe, estudo do ser. A partir dos anos 90, na Ciência da Computação e da Informação, a ontologia começou a ser utilizada com um emprego distinto ao da Filosofia. Smith (2004, p. 22) diferencia o emprego da ontologia nas ciências como: O filósofo-ontologista, a princípio pelo menos, tem apenas um objetivo: estabelecer a verdade sobre a realidade, encontrando resposta para a pergunta: o que existe. Entretanto, no mundo dos sistemas de informação, uma ontologia é um artefato de software (ou linguagem formal) projetado com um conjunto específico de utilizações em ambientes computacionais em mente. Posteriormente, especificamente na área da Inteligência Artificial, pesquisas foram sendo desenvolvidas e a ontologia popularizou-se pela promessa de fornecer uma compreensão compartilhada e comum de um domínio específico, estabelecendo a comunicação entre homem e sistemas computacionais (FENSEL, 2001a). Nesta perspectiva, a ontologia vem sendo incorporada por outras áreas da ciência, como humanas e biológicas, tornando-se, assim, interdisciplinar. Outro fator relevante é que a ontologia permite compartilhar a estrutura da informação entre pessoas e/ou agentes de software; reusar o conhecimento, isto é, para construir uma ontologia, pode-se integrar à construção diversas outras já existentes que descrevem partes específicas de um domínio; não exige um rígido formalismo; ajuda as pessoas a compreender e construir um consenso quanto a alguns conhecimentos área de domínio (GRUBER, 1993). Há várias definições de ontologia, que fornecem diferentes e complementares pontos de vista da mesma realidade. As mais conhecidas estão descritas no Quadro 2. Autor/Ano NECHES et al., GRUBER, BORST, Definições O conjunto de termos básicos e relações que se referem ao vocabulário de uma determinada área, assim como as regras para combinar os termos e relações para definir as extensões do vocabulário Uma especificação explícita de uma conceitualização Uma especificação formal e explícita de uma conceitualização compartilhada Entende-se por conceitualização um fenômeno abstraído do mundo real, de forma a identificar seus conceitos relevantes e explícito como definição prévia dos conceitos a serem utilizados e das restrições a serem aplicadas. Compreende-se por compartilhada um conhecimento consensual, aceito por um grupo e formal, pois é representada de

29 26 modo processável pelos computadores (STUDER; BENJAMINS; FENSEL, 1998). GUARINO, 1998 NOY; MCGUINNESS, O papel de uma ontologia pode ser considerado como um conjunto de axiomas lógicos projetados para esclarecer o significado pretendido de um vocabulário. É uma representação formal do conhecimento de um domínio, representado por um conjunto de termos hierarquicamente estruturados (conceitos, atributos, relações e restrições) e um conjunto das relações entre os conceitos, a fim de constituir uma base do conhecimento. Quadro 2 - Definições sobre ontologia, de acordo com o autor e ano. Fonte: autora No contexto deste trabalho, foi utilizada a definição de NOY; MCGUINNESS, Componentes da ontologia Segundo Noy e McGuinness (2001), o desenvolvimento de uma ontologia inclui a definição dos seguintes componentes: 1. Conceitos ou classes: descrevem conceitos do domínio organizados hierarquicamente. 2. Atributos: são as propriedades que descrevem os conceitos. 3. Relação: representa as interações entre os conceitos de um domínio. 4. Restrições: são limitações criadas às classes e relacionamentos, a fim de evitar inconsistências. Há ainda outros componentes de uma ontologia: os axiomas e as instâncias. O primeiro está relacionado a pressupostos do domínio modelado. Segundo Staab et al. (2000), a maior parte de axiomas de aplicações práticas é originária da álgebra relacional (reflexidade, simetria, transitividade e relações inversas), da composição de relações, de partições, de subsunção e parte-todo. O segundo componente, a instância, é a concretização de uma classe (STANFORD KNOWLEDGE SYSTEM, 2005). Estes podem estar presentes ou não, dependendo da maneira de modelar. O fator determinante é que, quanto mais componentes

30 27 definidos e declarados em uma maneira formal, maior é a potencialidade de raciocínio automático (BEISSWANGER et al., 2007). Desta forma, a comunidade de ontologias distingue ontologias em lightweight e heavyweight. As ontologias lightweight incluem os conceitos, as taxonomias do conceito, os relacionamentos e as propriedades que descrevem conceitos. Já as ontologias heavyweight adicionam os axiomas e restrições à ontologia lightweight (CORCHO; FERNÁNDEZ- LÓPEZ; GÓMEZ-PÉREZ, 2003). Este trabalho é o início do desenvolvimento de uma ontologia heavyweight. Para uma melhor compreensão, considerando a estrutura da CIPE, todos os termos enumerados são classes. Quando organizadas as classes em uma taxonomia, cada eixo da classificação representa uma superclasse 4 e suas ramificações são denominadas subclasses. É possível estabelecer relacionamentos semânticos entre as classes estabelecidas, como, por exemplo, temjulgamento, entre as classes Foco e Julgamento (Figura 2). Ainda é possível criar algumas restrições, como um foco tem apenas um julgamento, mas um julgamento se aplica a vários focos, representado pela notação * e 1 nas extremidades do relacionamento. se aplica a FOCO * temjulgamento 1 1 JULGAMENTO Figura 2- Exemplo de relacionamento entre classes Fonte: autora Metodologias para construção de ontologias O processo de construção de uma ontologia envolve diferentes passos. Foram desenvolvidas diversas metodologias, cada uma com diferentes abordagens e estruturas, considerando sempre os propósitos e objetivos de cada domínio. Algumas destas metodologias são: Entrerprise Ontology, TOVE, Methontology, On-to-Knowledge e Guide to Creating Your First Ontology, descritas no Quadro 3. 4 Classes relativas ao primeiro nível da hierarquia.

31 28 Metodologia Enterprise Ontology TOVE (Toronto Virtual Enterprise) Methontology, On-to-Knowledge Guide to Creating Your First Ontology Descrição Define cada componente da ontologia e seus relacionamentos, codificando-os para em seguida documentá-los (USCHOLD; KING; MORALEE; ZORGIOS, 1998). O modelo identifica os cenários e os principais elementos da ontologia, constituindo, primeiramente, um jogo de perguntas em linguagem natural para criação do escopo da ontologia (FOX; GRUNINGER, 1997). Suas atividade principais são especificação, conceitualização, formalização, implementação e manutenção (CORCHO; FERNÁNDEZ-LÓPEZ; GÓMEZ-PÉREZ, 2003). Identifica metas para as ferramentas de gestão do conhecimento e utiliza documentos e entrevistas semi-estruturadas, cenários para a construção de versões draft (FENSEL; HARMELEN; KLEIN; AKKERMANS, 2000). Propõe a sequência de passos: (1) Definir o escopo da ontologia; (2) Considerar ontologias existentes; (3) Enumerar os termos importantes; (4) Definir as classes importantes; (5) Definir as propriedades das classes; (6) Definir as restrições das classes; (7) Criar as instâncias para as classes (NOY; MCGUINNESS, 2001). Quadro 3 - Metodologias para criação de ontologias. Fonte: autora O presente estudo utilizou a metodologia descrita por Noy e Mcguinness (2001), por apresentar uma sequência de passos de fácil entendimento e aplicação Linguagens para Representação de Ontologias A linguagem para representação de ontologias representa uma codificação que permite o processamento por máquina, ou seja, permite que a ontologia criada seja tratada por máquinas e/ou agentes de software. Para uma visão geral, são apresentadas, no Quadro 4 algumas linguagens para a construção de ontologias. Padrão de linguagem CycL Flogic (Frame Logic) Descrição Linguagem formal que expressa conhecimento por meio de um vocabulário de termos, os quais são combinados em expressões, sentenças e finalmente bases de conhecimento (MATUSZEK et al., 2006). Apresenta aspectos estruturais das linguagens baseadas em frames e orientadas a objeto. Permite a representação de conceitos, taxonomias, relações binárias, funções, instâncias, axiomas e regras (KIFER; LAUSEN; WU, 1995). RDF (Resource Desenvolvido pelo W3C (World Wide Web Consortium), permite a representação de conceitos, taxonomias de conceitos e relações binárias por meio da idéia de redes

32 29 Description Framework) semânticas (LASSILA; SWICK, 1999). SHOE (Simple HTML Ontology Extensions) OIL (Ontology Inference layer) OWL (Web Ontology Language): Utiliza extensões ao HTML (HyperText Markup Language). Adicionando-se marcações, podem ser utilizadas para a construção de ontologias e para anotações em documentos da Web (HEFLIN; HENDLER, 2000). Linguagens baseadas em frames e serviços de inferência da lógica descritiva (FENSEL et al., 2001b). Recomendado pela W3C e muito utilizada para a construção de ontologias. Define e instancia ontologias compartilhadas na Internet (WORLD WIDE WEB CONSORTIUM, 2004). Quadro 4 - Linguagens para representação da ontologia Fonte: autora O presente estudo utilizará a Web Ontology Language, seguindo a mesma linguagem que a CIPE 1.0 refere estar utilizando Ferramentas para Construção de Ontologias As ferramentas oferecem uma interface gráfica para o desenvolvimento de ontologias, facilitando, entre outros aspectos, a sua edição, visualização e manutenção. Algumas ferramentas são disponibilizadas para a construção de ontologias, dentre elas a WebODE, cuja interface é fornecida por meio de um navegador web, pode ser integrada com outros sistemas automáticos e é baseada em formulários (WebODE, 2003); e a OntoEdit que permite inspeção, navegação, codificação e alteração de ontologias, podendo ser mapeado em diferentes linguagens de representação (MAEDCHE, 2002). O CIE, ao apresentar a versão 1.0 da CIPE, ressalta que o seu desenvolvimento se deu com o uso do editor de ontologias Protégé. Da mesma forma, este trabalho utiliza o mesmo editor. Este oferece uma interface gráfica para edição de ontologias e uma arquitetura modulada, isto é, permite a inserção de novos recursos. Suporta duas principais formas de modelagem de ontologias, por Frames e OWL e permite exportar a ontologia em vários formatos. (STANFORD CENTER FOR BIOMEDICAL INFORMATICS RESEARCH, 2007).

33 UTILIZAÇÃO DE ONTOLOGIAS NA ENFERMAGEM No intuito de conhecer a dimensão do emprego e do desenvolvimento de ontologias para classificações de enfermagem, verificando se essa inovação tem sido absorvida pela CIPE e CIPESC, foi realizado um levantamento das produções científicas de 1997 até 2008 nas bases de dados National Center for Biotechnology Information (PUBMED, 2008) e, a Biblioteca Regional de Medicina (BIREME, 2008). Foi utilizada a busca ampliada pelas seguintes palavras: cipesc and ontology, cipe and ontologia, cipesc and ontologia, nurse and ontology, icnp and ontologies, icnp and ontology. Não foi aplicado critério de inclusão, sendo considerados todos os artigos disponíveis pela busca ampliada. Como critério de exclusão, foram desconsiderados os artigos que referenciam a ontologia em uma abordagem filosófica. O Quadro 5 representa o resultado do universo da pesquisa e dos artigos selecionados após a aplicação do critério de exclusão, com suas respectivas palavras de busca nas duas bases de dados. Base de dados PUBMED BIREME Palavras de Busca Universo Selecionadas Universo Selecionadas CIPESC and ontology CIPE and ontologia CIPESC and ontologia Nurse and ontology ICNP and ontologies ICNP and ontology Quadro 5 - Frequência absoluta das publicações sobre ontologias e classificações de enfermagem nos bancos de dados PubMed e Bireme Fonte: autora Não foram encontrados resultados das combinações: CIPESC and ontology, CIPE and ontologia, CIPESC and ontologia. Este fato aponta que o emprego da ontologia no Brasil, em relação à CIPE e CIPESC, é ausente. Em relação ao resultado das palavras nurse and ontology, apenas um artigo faz referência à ontologia numa abordagem computacional aplicada a CIPE. Vale ressaltar que

34 31 este mesmo artigo é também resultado do descritor ICNP and ontology. Os demais fazem menção à ontologia em uma abordagem filosófica. Com a combinação das palavras, ICNP and ontologies, não há publicações. Entretanto, as mesmas palavras no singular ( ICNP and ontology ) tiveram como resultado o total de sete publicações. Foram excluídas quatro publicações: três por serem encontradas em ambas as bases e uma por abordar a Classificação Internacional de Funcionalidades (CIF) e não a CIPE. Consequentemente, o resultado total foi reduzido a três artigos: dois publicados em 2006 e um em O primeiro deles faz um relato de participação no programa da CIPE (BARTZ; COENEN; HONG, 2006) e seu conteúdo é semelhante ao capítulo que aborda o desenvolvimento da CIPE na versão 1.0 (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM, 2007). O segundo artigo apresenta a constituição formal da CIPE e a proposta de uso da ontologia inserida nesta classificação (HARDIKER; COENEN, 2006). Cabe ressaltar que ambos foram publicados em um mesmo periódico cujo acesso, na íntegra, se dá por comercialização. O terceiro artigo apresenta a ontologia como recurso para a descrição das práticas de enfermagem no Japão, com uso da versão beta (JIANG et al., 2007). Desta forma, verifica-se uma lacuna na produção científica da enfermagem relacionada à ontologia, ressaltando que as três publicações consideradas relevantes estão no idioma inglês e uma delas possui imagens com especificações no idioma japonês. Os artigos resultantes da pesquisa apresentam uma explicação superficial sobre ontologia, ou seja, requerem do leitor conhecimento prévio do assunto ou demandam leituras complementares para compreender a representação. A metodologia utilizada para a criação das respectivas ontologias não foram citadas ou descritas e não há indicativo da disponibilidade da mesma, o que inviabiliza o reuso, fator relevante para o compartilhamento do conhecimento representado (GRUBER, 1993). A ontologia, nos referidos artigos, foi representada na linguagem OWL e para sua construção fez-se uso do editor Protégé. Com base nesta revisão, pode-se afirmar que a ontologia, no domínio das classificações de enfermagem, em escala mundial, é incipiente.

35 32 3 METODOLOGIA Este estudo integra um projeto de pesquisa denominado Compondo Uma Nova Geração de Sistemas Classificatórios para as Práticas de Enfermagem 5, cuja vertente metodológica tem origem na Teoria de Intervenção Práxica de Enfermagem em Saúde Coletiva (TIPESC), de Egry (1996), cuja sistematização é proposta em cinco fases distintas em ciclo iterativo, ou seja, há um momento hegemônico da fase; no entanto, uma não depende do término da outra para acontecer. As etapas são: Captação da realidade objetiva (RO), Interpretação da RO, Construção do projeto de intervenção na RO, Intervenção na RO e Reinterpretação da RO. Neste estudo, foram desenvolvidas parte da Captação e o início da Construção do projeto de intervenção na RO. Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva documental de abordagem quantitativa, em relação à Captação da RO e como pesquisa de desenvolvimento, na etapa da Construção do projeto de intervenção na RO. 3.1 CAPTAÇÃO DA REALIDADE OBJETIVA Esta fase está organizada em duas subseções: o mapeamento dos termos, realizado a fim de estabelecer a equivalência (mapeamento) dos termos entre as classificações, e a construção do instrumento de validação para os termos não equivalentes. Em relação ao mapeamento dos termos, como bases empíricas foram utilizadas as classificações CIPE beta-2 (2001); CIPE 1.0 (versão portuguesa, 2006 e brasileira, 2007) e CIPESC (2000); dicionários de enfermagem (COSTA, 200-; GUIMARÃES, 200-); dicionários da língua portuguesa (FERREIRA, 1999; PRIBERAM, 2008); e a equivalência semântica da CIPESC, de Garcia, Nóbrega e Sousa (2002). 5 O projeto foi encaminhado ao parecer do Comitê de Ética da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e aprovado sob número 1298/07 (ANEXO A).

36 Mapeamento dos termos O mapeamento consistiu, primeiramente, em localizar os termos, por sua denominação, nas publicações impressas da CIPESC (GARCIA; NÓBREGA, 2000), da CIPE versão beta-2 (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM, 2003), da CIPE 1.0 edição Portugal (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM, 2006) e CIPE edição Brasil (CONSELHO INTERNACIONA DE ENFERMAGEM, 2007). Concluída a localização dos termos, os mesmos foram agrupados segundo sua equivalência. No mapeamento relativo ao eixo Foco, os termos foram organizados como: a) termo novo, ou seja, o mesmo não existia na versão anterior; b) termo com conceito idêntico entre as versões; c) termo com conceito ampliado pela inclusão de uma ou mais palavras; d) termo com conceito diminuído pela exclusão de uma ou mais palavras; e) termo com conceito diferente, ou seja, seu significado ou sua classificação hierárquica mudou; f) termo modificado, ou seja, houve mudanças na denominação do conceito com mesma expressão de significado; g) Termo com conceito explicitado na beta-2 e apenas com o título na versão 1.0. Em relação ao eixo Julgamento/Probabilidade, a organização dos termos foi diferenciada da organização do eixo Foco, devido à multiplicidade de classificação dos termos. Deste modo, foi necessário organizá-los como: a) termo novo; b) termo que agrega o termo e o conceitos, sendo similar ou complementar a versão anterior; c) termos representantes de nome de classes, isto é, termos criados para melhor classificar outros, são superclasses; d) termo da versão beta-2 que não apresenta equivalência na versão 1.0.

37 34 Os termos que não se enquadram como termo novo ou termo idêntico deverão passar pelo processo de validação com especialistas, pois se trata de um conhecimento que requer conformidade com as necessidades da profissão e as características da prática Instrumento de Validação dos Termos Não Equivalentes Após o agrupamento dos termos, houve a necessidade de formatar uma base para a validação da equivalência entre as classificações. O instrumento foi construído de forma a ser acessível via Web. A elaboração partiu da exclusão dos termos que apresentavam apenas o título em alguma das classificações. Isto é, aqueles termos que não possuíam conceitos definidos foram excluídos. Na sequência, foram dispostos em ordem alfabética, segundo seu título, apresentando seus conceitos nas diferentes classificações. Para que fosse possível a sua disponibilização via Web, foi realizada uma lista de requisitos com dois perfis: o do usuário e do administrador. O primeiro perfil consistiu em: a) visualizar texto explicativo do projeto; b) alterar senha, caso seja necessário; c) validar os termos, por meio da apresentação dos termos com seus respectivos conceitos para cada uma das classificações (CIPE e CIPESC ), disponibilizando ao validador as opções: Concordo ou Não Concordo com o conceito apresentado. No caso de discordância, o validador deverá incluir uma justificativa; d) visualizar os termos já validados, podendo o validador reavaliar sua resposta a qualquer momento. O administrador do sistema tem acesso a todas as funcionalidades do usuário e mais as seguintes funcionalidades: a) cadastrar usuário e termos; b) excluir usuário e termos; c) visualizar os usuários;

38 35 d) visualizar o andamento da validação dos termos, com demonstração do índice de concordância, utilizado por Garcia; Nóbrega; Souza, (2002), e calculado pela fórmula IC= NC / (NC+C), onde NC = não concordância e C = concordância. Os termos cujo índice for superior a 0,80 serão considerados validados, e os demais serão submetidos a seminário de discussão de resultados, utilizando a técnica de grupo focal (CUBAS, 2006). Serão realizados dois encontros por grupo, composto de no máximo 15 sujeitos. Os depoimentos serão gravados e, após transcrição, serão organizados por categorização-análise de discurso de Fiorin (1989), adaptada por Car e Bertolozzi (1999). Vale ressaltar que o instrumento será enviado para aproximadamente 30 especialistas em sistemas classificatórios. Os critérios de inclusão são titulação mínima de mestre, docente ou assistencial que atue na área de sistemas classificatórios ou com produção científica na área. Serão excluídos enfermeiros assistenciais com experiência inferior a um ano na área de sistema classificatório ou docentes sem produção científica na área de sistemas classificatórios; e) enviar para o usuário. O instrumento foi implementado por um aluno do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação, em linguagem de programação PHP (Hypertext Preprocessor), utilizando o Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) MySQL (Structured Query Language). 3.2 CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO: ONTOLOGIA CIPESC A ontologia foi construída de acordo com os passos descritos por Noy e McGuinness (2001), cuja operacionalização é detalhada a seguir: 1. Definir o escopo da ontologia: foram criadas questões de competência: O que é um foco? O que é um julgamento? Quais são os focos? Quais são os julgamentos? Quais são os relacionamentos existentes entre foco e julgamento? Quais os relacionamentos existentes nos diagnósticos de enfermagem?

39 36 2. Avaliar a possibilidade de reuso ou integração de ontologias: foi realizada uma pesquisa em base de dados com o objetivo de encontrar ontologias no âmbito da CIPE. 3. Enumerar os termos importantes: foram enumerados termos do eixo Foco (equivalentes ou que passarão por processo de validação), referentes aos Processos dos Sistemas Respiratório, Circulatório e Gastrointestinal. Justifica-se a escolha devido à ordenação da CIPESC, que traz, inicialmente, os sistemas respiratório e circulatório. Quanto ao sistema gastrointestinal, sua seleção foi devido à presença significativa de termos idênticos. Para possibilitar uma melhor visualização da estrutura da classificação como um todo, foram enumerados, também, os termos referentes ao título dos eixos: Ação, Meio, Tempo, Cliente e Localização. 4. Definir as classes importantes e a hierarquia entre as classes: respeitou-se a hierarquia proposta pela CIPE 1.1, pois, ao término do mapeamento realizado, o CIE lançou esta versão, cuja estrutura dos termos foi reorganizada. 5. Definir as propriedades das classes: foram criadas as propriedades para possibilitar relacionamentos entre as classes. 6. Definir as restrições das classes: foram definidas a partir das regras de combinações entre os eixos, recomendadas para criação de declarações de enfermagem da CIPE (diagnósticos e resultados). 7. Criar as instâncias para as classes: esta fase não foi aplicada, pois, como cada termo possui características próprias que o definem, as quais, em sua totalidade, resultam num conjunto ampliado de variáveis, cuja organização por instâncias, neste momento, não foi considerada relevante. A ontologia foi construída com o auxílio do editor Protégé, e será disponibilizada em linguagem OWL, em página eletrônica, após a apresentação pública dos resultados e autorização da ABEn, entidade que é a proprietária da marca registrada da CIPESC. A fim de verificar a estrutura e a coerência da ontologia foi utilizado o mecanismo de inferência Pellet (SIRIN et al., 200-), que permite validar a organização lógica do conhecimento representado e indicar a localização mais precisa de um novo conhecimento na taxonomia. Este software foi escolhido por possuir código aberto e ser de fácil aplicação.

40 37 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados foram organizados de acordo com as etapas: mapeamento dos termos entre as classificações subdividida em três seções: a) eixo Foco: mapeamento entre as versões 1.0 e beta-2 da CIPE ; b) eixo Foco: mapeamento entre as classificações CIPE e a CIPESC ; c) eixo julgamento: mapeamento entre CIPE 1.0 e CIPESC ; elaboração do instrumento de validação dos termos não equivalentes via web; início da ontologia CIPESC. 4.1 MAPEAMENTO DOS TERMOS ENTRE CLASSIFICAÇÕES Eixo Foco: Mapeamento entre as versões 1.0 e beta-2 da CIPE O eixo Foco na CIPE 1.0 apresenta 816 termos; destes, 41% são termos novos e 33% são termos idênticos entre as versões. Os termos restantes estão divididos em: 4% dos termos com conceito ampliado; 3% dos termos com conceito diminuído; 8% dos termos com conceito diferente, 9% dos termos modificados e 2% dos termos com conceito na beta-2 e sem conceito na versão 1.0. O Gráfico 1 representa o mapeamento dos termos da CIPE 1.0 em relação aos da beta-2.

41 38 Gráfico 1 - Frequência absoluta da correlação entre os termos da CIPE 1.0 com beta-2. (n=816) Fonte: autora A organização dos resultados está exemplificada nos Quadros 6QUADRO 6 a 9. As alterações dos conceitos estão destacadas em negrito e sublinhadas. O enquadramento dos termos foi realizado, primariamente, pelas modificações em negrito. As palavras sublinhadas podem apresentar mais de uma categorização e, por constituírem ambigüidades, serão submetidas à posterior análise e validação por especialistas. O Quadro 6 representa os termos com conceito ampliado, considerados àqueles com acréscimo de uma ou mais palavras ao conceito dos termos. Nota-se que qualquer mudança de palavra pode influenciar o sentido do termo, como visualizado no termo abuso conjugal, o qual, inicialmente, foi classificado como conceito idêntico. No entanto, o sentido da palavra conjugal é mais abrangente do que a acepção da palavra esposo(a), classificando-o assim como termo com conceito ampliado (FERREIRA, 1999; PRIBERAM, 2008).

42 39 Termo CIPE versão beta-2 CIPE versão 1.0 Infanticídio (...) práticas tradicionais de matar o bebê logo após o nascimento, em algumas sociedades (...) (...) práticas tradicionais de matar o bebê logo após o nascimento, presentes em algumas sociedades (...) Abuso Conjugal Exercitar Flato Ato de violar, atacar e maltratar o(a) esposo(a), associado a comportamentos (...) Realizar atividades físicas e programas de exercícios corporais com o objetivo de manter a forma, mobilidade e saúde. Passagem de gás e ar formados no canal alimentar, através do reto ou colostomia, normalmente ocorridas vezes durante o dia e a noite sob condições dietéticas normais. Quadro 6 - Termos com conceito ampliado Fonte: autora Ato de violência, ataque e maltrato conjugal, associado com comportamento (...) Desempenhar atividades físicas e programas de exercícios corporais com o objetivo de manter a boa forma física, a mobilidade e a saúde. Passagem de gases formados no tubo digestivo através do reto ou da colostomia, ocorrendo de forma habitual em uma frequência de 12 a 14 vezes por dia em condições dietéticas normais. O Quadro 7 apresenta os termos classificados como diminuídos, de cuja definição foi retirada uma ou mais palavras. Esta exclusão não influencia diretamente no significado do termo, porém, quando se faz uma análise superficial dos termos sublinhados, é possível verificar que a troca de uma palavra por outra, teoricamente parecida, sugere cautela. A exemplo: nas expressões animal manso e animal domesticado, os adjetivos têm similaridade; no entanto, as palavras violadas e atacadas não possuem o mesmo significado. Desta forma, o que determinou a inclusão do termo em uma ou outra classe foi o sentido preservado do termo. Termo CIPE versão beta-2 CIPE versão 1.0 Animal Doméstico Assédio Sexual Caminhar Animal manso pertencente a um dono, influenciando a vida e o desenvolvimento de seres humanos. Ações sexualmente motivadas de violência verbal ou física de uma ou mais pessoas que exercem poder e reduzem o direito das vítimas de igualdade de oportunidade, privacidade e liberdade de não serem violadas. Mover o corpo de um lugar para outro pelo movimento das pernas, capacidade para suportar o peso do corpo e andar com passos efetivos dentro dos níveis de velocidade desde lento, moderado a passos rápidos, subir e descer escadas, (continua) Animal domesticado, pertencente a um proprietário. Ações sexualmente motivadas de violações físicas ou verbais de uma ou mais pessoas que atuam exercendo poder e limitando os direitos de igualdade da vítima, de privacidade e de liberdade de não ser atacada. Mover o corpo de um lugar para outro pelo movimento das pernas, capacidade para suportar o peso do corpo e andar com passos efetivos dentro dos níveis de velocidade desde lento, moderado a passos rápidos, subir e descer rampas.

43 Termo CIPE versão beta-2 CIPE versão 1.0 inclinar-se para cima e para baixo. Convulsão Contração súbita, violenta e involuntária de um grupo de músculos, paroxística e episódio associado a distúrbios cerebrais como epilepsia ou convulsão momentânea e aguda devida a concussão cerebral. Quadro 7 - Termos com conceito diminuído Fonte: autora (conclusão) 40 Contração súbita, violenta e involuntária de um grupo de músculos, paroxística e episódio associado a doenças convulsivas, concussão cerebral e febre. O Quadro 8 apresenta termos cujos sentidos foram modificados, sendo assim classificados como termos com conceitos diferentes. Os termos choque cardiogênico, dor muscular e ilusão possuem alterações em palavras, as quais modificaram o conceito. Já o termo energia apresenta conceitos totalmente divergentes. Outro fato a ser considerado nesta organização diz respeito à hierarquia do termo: o termo energia, na versão beta-2, pertence a Ser humano e, na versão 1.0, a Ambiente, o que pode revelar inconsistências nas combinações entre os mesmos pelo fato de serem termos idênticos, porém relacionados a taxonomias diferentes, o que muitas vezes não é de fácil reconhecimento para os profissionais não especialistas em classificações. Termo CIPE versão beta-2 CIPE versão 1.0 Choque Cardiogênico Dor muscular Energia Ilusão Falência rápida da circulação periférica como uma reação a uma diminuição do débito cardíaco. Sensação de dor originada pela tensão muscular e distorção associada a exercício, infecções e doença musculoesquelética; a sensação de dor é normalmente descrita como câimbra, comprimida e pulsátil muitas vezes acompanhada por dor referida. Disposição para demonstrar capacidade e vontade para assumir ações, trabalhar e realizar atividades vigorosas. Interpretação falsa de estímulos sensoriais registrados, interpretação errada de objetos externos ou estímulos. Quadro 8 - Termos com conceito diferente Fonte: autora Insuficiência da circulação periférica rápida, em resposta a perda sanguínea, grave desidratação e outras condições significativas que afetam o volume de sangue. Sensação de dor originada pela tensão muscular e distorção associada a exercício, infecções e doença musculoesquelética; a sensação de dor é normalmente descrita como câimbra, comprimida e pulsátil muitas vezes acompanhada por dor irradiada. Fonte de força utilizável. Falsa interpretação de estímulos sensoriais registrados, má interpretação de objetos externos ou estímulos.

44 41 O Quadro 9 exemplifica termos cujo conceito possui palavras diferentes, mas com preservação de significado. Para organização dos termos exemplificados, foi considerada a relação direta de significado das palavras diferentes, cujos conceitos nos dicionários de língua pátria apresentaram equivalência. Termo CIPE versão beta-2 CIPE versão 1.0 Animal Selvagem Animal indomável, não domesticado e Animal feroz, não domesticado e não animal não controlado (...) controlado (...) Cozinhar Cuidar do fornecimento de alimentos e refeições em termos de quantidade e qualidade, preparação dos alimentos, armazenamento dos alimentos, servir e distribuir os alimentos necessários para a manutenção da vida diária. Exibicionismo Ações sexualmente motivadas de exposição dos órgãos genitais em frente de uma ou mais pessoas para violar a privacidade e decência de outro para exercer poder e estimular sentimentos sexuais. Leis de Trabalho Infantil Existência de normas que estabelecem a idade mínima (...) Quadro 9 - Termos com palavras diferentes e conceito equivalente Fonte: autora Cuidar do fornecimento de alimentos e refeições em termos de quantidade e qualidade, preparar alimentos, armazenar, servir e distribuir alimentos necessários para a manutenção da vida diária. Ações sexualmente motivadas de expor genitais em frente de uma ou mais pessoas para violar a privacidade e a decência alheia, exercitar poder e estimular os próprios sentimentos sexuais. Existência de padrões que ditam a idade mínima (...) Eixo Foco: Mapeamento entre as Classificações CIPE 1.0 e CIPESC Identificou-se que 81% dos termos do eixo Foco não são encontrados na CIPESC (APÊNDICE I) e 8% são termos idênticos (APÊNDICE II). Os 11% restantes foram categorizados como: 1% termos com conceito ampliado (APÊNDICE III); 1% termos com conceito diminuído (APÊNDICE IV); 3% termos com conceito diferente (APÊNDICE V); 3% termos modificados com conceito equivalente (APÊNDICE VI); e 3% termos sem conceito (APÊNDICE VII). Os resultados do mapeamento dos termos das classificações CIPE 1.0 com CIPESC são apresentados no Gráfico 2GRÁFICO 2.

45 42 Gráfico 2 - Frequência absoluta da correlação entre os termos da CIPE 1.0 com a CIPESC. (n=816) Fonte: autora Teoricamente, os 93 termos (11%), deveriam passar por validação. No entanto, foram organizados 72 termos para este processo, devido à presença de termos sem conceito em uma das classificações. No Quadro 10 é apresentada a relação dos termos organizados para validação. Fato importante a ser discutido é que, dos 358 termos presentes no eixo Foco da CIPESC, 130 são exclusivos da classificação brasileira, dos quais 21 têm correspondência com a CIPE 1.0 (12 estão incluídos para validação, 4 não possuem conceitos na CIPE 1.0 e 5 possuem conceito na versão beta) e 109 não foram encontrados (APÊNDICE VIII). Muito embora a classificação CIPE tenha evoluído no sentido de reduzir ambiguidades e redundância entre os termos, o problema da ausência de termos relacionados à atenção primária, detectado pelo CIE em 1996, continua presente. Além disso, uma boa classificação internacional deve prever as diferentes inserções do cuidado nas distintas sociedades (CUBAS; EGRY, 2008, p. 184), o que justifica a construção de uma ontologia de acordo com a CIPE, mas que contemple a totalidade dos termos próprios da CIPESC.

46 (continua) 43 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito Abastecimento de água: Aborto: Abuso Sexual: Abuso: Aceitação: Agressão: Alcoolismo: É um tipo de Fornecimento de Serviços com características especificas: fornecimento de serviços adequado para descontaminar a água tornando-a adequada para o consumo humano. É um tipo de Gravidez com características especificas: expulsão de um feto não-viável, aborto espontâneos. Abuso sexual é um tipo de abuso com características especificas: maltrato sexual ou ataque, participação voluntária ou forçada em atos sexuais, associado a comportamento ilegal ou culturalmente proibido; as definições legais podem variar entre e dentro das culturas e países, mas o abuso sexual é considerado comportamento ilegal ou culturalmente proibido. É um tipo de Violência com características especificas: Atos de ataque físico ou emocional, para violar ou maltratar. É um tipo de Coping com características especificas: disposição para gerenciar, lidar com o estresse ao longo do tempo, eliminar ou reduzir sentimentos de apreensão e tensão, restringir comportamentos destrutivos. É um tipo de Interação Social com características especificas: Ação auto-assertiva poderosa ou atitude expressa fisicamente, verbalmente ou simbolicamente, surgindo de direções inatas ou ocorrendo como mecanismo de defesa, manifestado tanto por atos construtivos ou destrutivos dirigidos a si mesmo aos outros. É um tipo de Uso de substancia com características especificas: Uso regular de álcool como estimulante, normalmente bebendo vinho, cerveja ou licor. Serviço de tratamento de água Aborto Abuso Sexual: Serviços com características especificas: fornecimento de serviços adequado para descontaminar a água tornando-a adequada para o consumo humano, estocar, sedimentar, filtrar e desinfetar (cloro), água pública. Processo de Sistema Reprodutor com características especificas: Interrupção ou termino da gravidez e expulsão de um feto incapaz de sobreviver; a expulsão prematura de um feto não viável do útero. Abuso com características especificas: ataque ou maltrato sexual, participação forçada em carícias ou atos sexuais, associado a comportamento ilegal ou culturalmente proibido; definições legais podem variar de acordo com a cultura e os países, mas abuso sexual é considerado ilegal ou comportamento cultural proibido. Abuso: Comportamento Agressivo com características especificas: Atos de ataque emocional ou físico para violentar ou maltratar. Aceitação Comportamento Agressivo: Uso de Álcool: Quadro 10 - Termos organizados para validação Fonte: Autora Processo de Coping com características especificas: gerenciar e lidar com o estresse ao longo do tempo, eliminar ou reduzir sentimentos de apreensão e tensão, restringir comportamentos destrutivos. Comportamento Interativo com características especificas: Ação ou atitude auto-assertiva enérgica, expressa fisicamente, verbalmente ou simbolicamente, originada por impulsos inatos ou decorrentes de mecanismos defensivos, manifestado por atos construtivos ou destrutivos direcionados a si mesmo ou aos outros. Uso de substância com características especificas: Uso regular de álcool como estimulante freqüentemente em bebidas como vinho, cerveja e licor. Ampliado Diferente Diferente Modificado Diminuído Modificado Ampliado

47 (continua) 44 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito Aleitamento Materno: Amamentação Materna: Animais domésticos: Autoconceito: É um tipo de Ligação Mãe/ Filho com características especificas: Estabelecimento de ligação maternal adequada com a criança enquanto a nutre pelo fornecimento de leite materno, encorajando a criança, estabelecendo contato, conhecimento do temperamento da criança e sinais precoce de fome. Aleitamento proporcionado pessoal e diretamente pela mãe, através da sucção de suas mamas pelo recém-nascido/lactente. É um tipo de Animal com características especificas: Animal manso pertencente a um dono, influenciando a vida e o desenvolvimento de seres humanos. É um tipo de razão para agir com características especificas: disposição para a pessoa reter e abandonar atitudes ao longo do tempo, tal como razão da segunda ordem para ação. Autocuidado: É um tipo de Ação Autodependente com características especificas: cuidar do que é preciso para se manter, assegurar a sobrevivência e lidar com necessidades básicas individuais e íntimas e atividades da vida. Autonomia: Bem-estar: Capacidade de autodeterminação para pensar, querer, sentir e agir com liberdade e responsabilidade; articula-se ao conceito de cidadania e opõe-se aos de constrangimento e autoridade. É um tipo de Autoconsciência com características especificas: imagem mental de bem estar, equilíbrio, satisfação, afeto ou felicidade e confortável, normalmente expressa pela demonstração de relaxamento da pessoa e abertura as outras pessoas ou satisfação com independência. Amamentação: Amamentação Exclusiva: Padrão Alimentar ou de Ingestão de Líquidos com características especificas: Estabelecimento de ligação maternal adequada com a criança enquanto a nutri pelo fornecimento de leite materno, encorajando a criança, estabelecendo contato, conhecimento do temperamento da criança e sinais precoce de fome. Amamentação com características especificas: Alimentar exclusivamente com leite materno excluindo todos os outros alimentos, nos primeiros quatro e seis meses de vida. Animal Doméstico: Animal com características especificas: Animal doméstico, pertence a um proprietário. Auto Conscientização : Autocuidado: Autonomia Bem-estar Quadro 11 - Termos organizados para validação Fonte: Autora Conscientização com características especificas: percepção de disposição de uma pessoa para reter ou abandonar ações, isto é, razão de primeira ordem para a ação. Atividade de auto desempenho com características: cuidar do que é preciso para se manter, assegurar a sobrevivência e lidar com necessidades básicas individuais e íntimas e atividades da vida diária. Direitos do Paciente com características especificas: autonomia, independência, autocontrole, estado de auto direcionamento. Saúde com características especificas: imagem mental de bem estar, equilíbrio, contentamento, afetuosidade, alegria e conforto usualmente expresso pela demonstração de relaxamento e abertura as outras pessoas ou satisfação com a independência. Diferente Diferente Diminuído Diferente Ampliado Diferente Modificado

48 (continua) 45 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito Choque Anafilático: É um tipo de choque com características especificas: falência rápida da circulação periférica devido à hipersensibilidade ou reação alérgica a um alérgeno tal como soro, proteína, droga, vacina, alimento, produto químico ou venoso de inseto ou cobra. Choque Anafilático: Choque: É um tipo de Perfusão Tissular com características Choque: especificas: Falência circulatória do retorno venoso para o coração com conseqüente redução do débito cardíaco, inadequado fluxo de sangue, perda do volume circulatório, disfunção celular ameaçando a vida, associada a intensa ansiedade, fraqueza, sudorese, encurtamento da respiração, hipotensão, arritmia, edema da laringe, náusea e diarréia, queda súbita e dramática da pressão sanguínea, esfriamento da pele, taquicardia e oligúria. Confiança: É um tipo de Emoção com características Confiança especificas: sentimentos de confiança, acreditar em divindade, forca e confiança nos outros. Contusão É um tipo de Ferida Traumática com características Contusão: especificas: lesão que se espalha externamente e no tecido subjacente da superfície corporal, dano de tecido irregular, descoloração da pele exterior progredindo do preto, azul para as cores verdes e amarela, associada a injúria física tal como soco ou queda. Cortes: É um tipo de Ferida Traumática com características Cortes: especificas: rasgo muito pequeno, corte provocado por faca ou outro instrumento afiado. Crenças: É um tipo de autoconhecimento com características Crenças especificas: disposições para reter e abandonar ações levando em conta as opiniões da pessoa. Quadro 12 - Termos organizados para validação Fonte: Autora Choque com características especificas: insuficiência da circulação periférica rápida devido a hipersensibilidade ou reação alérgica a um alérgeno tal como soro, proteína, droga, vacina, alimento, produto químico ou veneno de inseto ou cobra. Processo do Sistema Circulatório com características especificas: Insuficiência circulatória do retorno venoso com conseqüente redução do débito cardíaco, inadequado fluxo de sangue, perda do volume circulatório, disfunção celular ameaçando a vida, associada a intensa ansiedade, fraqueza, sudorese, encurtamento da respiração, hipotensão, arritmia, edema da laringe, náusea e diarréia, queda súbita e dramática da pressão sanguínea, esfriamento da pele, taquicardia e oligúria. Emoção com características especificas: sentimentos de confidência, acreditar na bondade, forca e fidedignidade dos outros. Ferida Traumática com características especificas: lesão que se espalha externamente e no tecido subjacente da superfície corporal, dano de tecido irregular, descoloração da pele exterior progredindo do preto, azul para as cores verdes e amarela, associada a agressão física tal como soco ou queda. Ferida Traumática com características especificas: ruptura muito pequena, corte provocado por faca ou outro instrumento afiado. Atitude com características especificas: Opiniões, convicções e fé. Diferente Modificado Modificado Modificado Modificado Diminuído

49 (continua) 46 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito Crescimento: É um tipo de desenvolvimento físico com características especificas: desenvolvimento físico progressivo normal com alterações físicas distintas desde a infância até a idade adulta como resultado de um processo gradual e normal de acréscimo e assimilação de acordo com a idade aproximada e estágios de crescimento e desenvolvimento tais como período pré-natal, infância, principio da infância incluindo a fase de engatinhar e de criança pré-escolar, infância media e adolescência com dois períodos de crescimento acelerado sendo o primeiro os primeiros 12 meses de vida e o segundo, o período ao redor da puberdade. Desemprego É um tipo de Nível de Riqueza com características especificas: taxa relativa de indivíduos incapazes de Desenvolvimento Fetal: Desenvolvimento Físico: adquirir um trabalho ou emprego pago. É um tipo de Crescimento com características especificas: Processo normal e progressivo da vida de um novo individuo, de acordo com a idade aproximada e estágios de crescimento e desenvolvimento, desde a concepção até ao desenvolvimento embrionário, o período fetal e o nascimento. É um tipo de função com características especificas: desenvolvimento dos processos corporais de manutenção da vida ao longo da mesma. Crescimento: Desenvolvimento humano com características especificas: desenvolvimento normal e progressivo de desenvolvimento físico com mudanças físicas distintas da infância para a fase adulta, como resultado de um processo normal, gradual de adição e assimilação de acordo com a idade aproximada para o crescimento e desenvolvimento tais como período pré-natal, infância, primeira infância, incluindo a fase de engatinhar e a fase pré-escolar, fase escolar, adolescência, com dois períodos de crescimento acelerado, ocorrendo o primeiro nos primeiros 12 meses de vida e o segundo,por volta da puberdade. Índice de Índice com características especificas: índice Desemprego relacionado com indivíduos que são incapazes de Desenvolvimento Fetal: Desenvolvimento humano: conseguir emprego ou trabalho. Desenvolvimento humano com características especificas: Processo normal e progressivo de vida que ocorre no sexo feminino para formação de um novo individuo, de acordo com os estágios aproximada para o crescimento e desenvolvimento, desde a concepção, desenvolvimento embrionário, período fetal e nascimento. Processo corporal com características especificas: processo normal e progressivo de desenvolvimento físico durante a transição da infância para a vida adulta, de acordo com os estágios da idade de crescimento e desenvolvimento da puberdade, esporão puberal entre os 9 e 16 anos, acompanhado de fechamento dos ossos, mudança da voz, distribuição de pêlos, aumento da massa muscular, diminuição da gordura corporal, aumento de secreção sebácea e transpiração. Diferente Modificado Diferente Diferente Quadro 13 - Termos organizados para validação Fonte: Autora

50 (continua) 47 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito Desenvolvimento Infantil: É um tipo de Crescimento com características especificas: Processo normal e progressivo do desenvolvimento físico de acordo a idade aproximada e estágios de crescimento e desenvolvimento desde o nascimento, infância até a idade adulta. Diarréia: É um tipo de Eliminação Intestinal com características especificas: Passagem e defecação de fezes soltas, liquidas e disformes, aumento da frequência de eliminação acompanhada por aumento dos ruídos intestinais, dores e urgência de defecar. Dor Visceral: É um tipo de dor com características especificas: sensação de dor originada nos órgãos de cobertura posterior tais como pericárdio, pleura, periósteo, membrana mucosa no intestino; a dor visceral pode ser mais ou menos limitada, sentida muitas vezes como originada numa área maior que a afetada; a sensação de dor é normalmente descrita como muito pesada, roendo, incomoda, câimbra forte associada a enjôo ou sensações de sufocamento. Desenvolvimento Infantil: Diarréia: Dor Visceral Quadro 14 - Termos organizados para validação Fonte: Autora Desenvolvimento Humano com características especificas: Processo normal e progressivo do desenvolvimento físico de acordo com a aproximação dos estágios da idade de crescimento e desenvolvimento desde o nascimento, a fase infantil para a fase adulta. Defecação com características especificas: Passagem e defecação de fezes soltas, liquidas e disformes, aumento da frequência de eliminação acompanhada por aumento dos ruídos intestinais, cólicas e urgência na defecação. Dor com características especificas: sensação de dor originada nos órgãos de cobertura posterior tais como pericárdio, periósteo, membrana mucosa no intestino; a dor visceral pode ser mais ou menos limitada, sentida muitas vezes como originada numa área maior que a afetada; a sensação de dor é normalmente descrita como muito pesada, roendo, incomoda, câimbra forte associada a enjôo ou sensações de sufocamento. Ampliado Modificado Diminuído

51 (continua) 48 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito Dor: Educação Treinamento e É um tipo de Sensação com características especificas: aumento da percepção sensorial de partes do corpo, normalmente acompanhado por experiência subjetiva de intenso sofrimento, expressão facial de dor, olhos com aparência triste e sem brilho, olhar abatido, movimento facial fixo ou esporádico, trejeitos, alteração do tônus muscular, classificada entre inerte e rígida, comportamento autoprotetor, foco de atenção reduzido, alteração do tempo de percepção, afastamento do contato social, processo de pensamento prejudicado, comportamento distraído marcado por gemidos, choro, deambulação, agitação, busca por outras pessoas ou atividades; as sensações de dor estão relacionadas com a duração da dor; sensações de súbito inicio da dor são associadas a pressão aguda do tecido, marcadas por respostas automáticas tais como aumento da pressão arterial, pulso, respiração, transpiração, suores frios, piloereção, palidez, acompanhada de tensão muscular, perda de apetite e ansiedade; sensações de dor aguda estão autolimitadas e funcionam como um mecanismo protetor para induzir o individuo a mover-se ou afastar-se da fonte de dor a fim de impedir maiores danos, a dor aguda é normalmente descrita como uma sensação recorrentes de dor não são acompanhadas por respostas automática; a dor crônica é normalmente descrita como imprecisa, ferindo, doendo, assustadora ou insuportável associada a dificuldade em dormir, irritabilidade, pressão, isolamento, desesperança e desamparo. É o tipo de Fornecimento de Serviços com características especificas: fornecimentos de serviços e operações concernentes a educação e a aquisição, manutenção e aperfeiçoamento do conhecimento, Dor Serviço educação de Percepção com características especificas: aumento da percepção sensorial de partes do corpo, subjetiva relato de sofrimento, expressão facial de dor, alteração do tônus muscular, comportamento autoprotetor, foco de atenção reduzido, alteração do tempo de percepção, afastamento do contato social, processo de pensamento prejudicado, comportamento distraído, agitação, e perda do apetite. Serviço com características especificas: fornecimento de serviços e operações relacionadas com a educação e a aquisição, manutenção e melhoria do conhecimento, especialidade, Diminuído Modificado Quadro 15 - Termos organizados para validação Fonte: Autora

52 (continua) 49 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito especialidade, habilidades artísticas e vocacional. habilidades vocacional e artísticas. Eliminação Intestinal: Eliminação: Emagrecimento: Eritema Estado Vacinal Ferida: É um tipo de Eliminação com características especificas: Movimento e evacuação de fezes através da defecação normalmente uma vez por dia, de fezes moldadas. É um tipo de Função com características especificas: Movimento e evacuação de dejetos como excreção. É um tipo de Estado Nutricional com características especificas: condições de excessiva magreza associada a falta de nutrição, dieta excessiva, inanição, demasiado exercício ou em consequência de doenças que afetam a utilização de alimentos e nutrientes. Vermelhidão da pele resultante da dilatação e congestão de capilares superficiais. Capacidade de resistência da pessoa a doenças infecciosas, conferida por meio da administração de imunobiológicos. É um tipo de Tecido com características especificas: Lesão de tecido normalmente associada a traumatismo físico ou mecânico, os níveis são graduados de acordo com a gravidade desde desprendimento do tecido necrosado e formação de túneis de tecidos, drenagem serosa, sanguinolenta, ou purulenta, eritema e edema ao redor da ferida, pele envolvente veiculada, macerada, anormal, com elevação da temperatura, odor da ferida, granulação vermelha do tecido, necrose gordurosa amarela, feridas escuras marcadas pela necrose. Defecação: Processo do Sistema Gastrointestinal com características especificas: Movimento e evacuação de fezes pela evacuação, habitualmente uma vez ao dia, de fezes moldadas e amolecidas. Eliminação Processo corporal com características especificas: Movimento e evacuação de resíduos como excretas. Definhamento Baixo peso com características especificas: condições de excessiva magreza associada a falta de nutrição, regime excessivo, inanição, exercício em excesso ou em consequência de doenças que afetam a utilização de alimentos e nutrientes. Eritema: Índice Imunização Ferida: Quadro 16 - Termos organizados para validação Fonte: Autora de Processo do Sistema tegumentar com características especificas: Erupção na pele de eritema de diferentes cores e protuberância, edema local, urticária e vesículas e prurido. Índice com características especificas: índice relacionado com a imunização de indivíduos para especificas doenças. Processo do Sistema tegumentar com características especificas: Lesão de tecido normalmente associada a traumatismo físico ou mecânico, crostas e formação de túneis nos tecidos, drenagem serosa, sanguinolenta, ou purulenta, eritema da pele, edema, vesículas, pele macerada, anormal, com elevação da temperatura, odor de ferida, inflamação e dor. Ampliado Diferente Modificado Diferente Diferente Diminuído

53 (continua) 50 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito Funções Cardíacas: Hipertensão: Hipotensão: Imagem Corporal: Ingurgitamento mamário: É um tipo de Circulação com características especificas: Bombeamento do sangue através do coração. É um tipo de Pressão Sanguínea com características especificas: Bombeamento de sangue para os vasos sanguíneos com pressão maior que a normal. É um tipo de Pressão Sanguínea com características especificas: Bombeamento de sangue para os vasos sanguíneos com pressão menor que a normal. É um tipo de autoconceito com características especificas: imagem mental do próprio corpo, partes do seu próprio corpo e aparência física. É um tipo de Glândula com características especificas: Inchaço da mama, peso da mama acompanhada de acumulo de leite nos ductos secretores da mama, associado com o parto. Interação Social: É um tipo de ação interdependente com características especificas: ações de intercâmbio social mútuo, participação e troca social entre indivíduos e grupos. Legislação: Meio Ambiente É um tipo de Política com características especificas: Declarações autoritárias de regras legais, diretrizes ou ordens aplicáveis aos departamentos governamentais e oficiais ou aos cidadãos com relação a algum aspecto da vida social. Ambiente é um tipo de fenômeno da enfermagem com características especificas: condições ou influências sob as quais os seres humanos vivem ou se desenvolvem. Processo Cardíaco: Processo do Sistema Circulatório com características especificas: bombeamento de sangue pelo coração. Hipertensão: Hipotensão: Processo do Sistema Circulatório com características especificas: Bombeamento de sangue através dos vasos com pressão maior que o normal. Processo do Sistema Circulatório com características especificas: Bombeamento de sangue através dos vasos com pressão menor que o normal. Imagem Corporal Auto Imagem com características especificas: imagem mental, imagem das próprias partes do corpo, parte da aparência corporal e física de alguém. Ingurgitamento Mamário: Ingurgitamento com características especificas: Inchaço da mama, dor localizada na mama, peso da mama acompanhada de acumulo de leite nos ductos secretores da mama, associado com o parto. Socialização: Comportamento interativo com características especificas: troca social mútua, participar em atividades sociais. Leis: Estrutura Psicossocial com características especificas: Declarações autoritárias ou regras legais, guias ou ordens aplicáveis a agencias estaduais e oficiais ou aos cidadãos, com relação a alguns aspectos da vida social. Entidade Ambiental Quadro 17 - Termos organizados para validação Fonte: Autora Entidade com características específicas: o complexo de entidades físicas, químicas, bióticas, sociais, e culturais que influenciam a vida de um indivíduo ou comunidade. Modificado Diminuído Diminuído Ampliado Ampliado Diferente Ampliado Diferente

54 (continua) 51 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito Metabolismo: Mobilidade: Morbidade Morte: Nascidos Vivos: Negligência: É um tipo de Função com características especificas: soma de todos os processos químicos resultando em crescimento, geração de energia, eliminação de excretas e regulação das funções orgânicas relacionadas com a distribuição de nutrientes no sangue após da digestão, aumento das taxas metabólicas associada a exercício, elevação da temperatura corporal, atividade hormonal e digestão. É um tipo de atividade motora com características especificas: movimento voluntário e psicomotor do sistema corporal incluindo coordenação de músculos e movimentos das articulações bem como equilíbrio da atividade, posição do corpo e deambulação. Comportamento de uma doença ou de um agravo à saúde em uma população exposta, expressa através de coeficientes de incidência e prevalência. É um tipo de desenvolvimento Físico com características especificas: Descontinuidade da vida, diminuição gradual ou súbita das funções corporais que conduzem ao fim do processo corporal de manutenção da vida; a interrupção da vida é indicada pela ausência de frequência cardíaca, respiração e atividade cerebral. Todo produto de concepção pesando no mínimo 500g ou mais que, independentemente do tempo de gestação, depois de expulso ou extraído do corpo da mãe, respira ou apresenta outro sinal de vida, tal como batimentos cardíacos, pulsação do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntaria, estando ou não desprendida a placenta. Condição em que existe desatenção, descaso, ausência de diligencia ou de responsabilização de uma pessoa em relação a outra, dependendo de seus Metabolismo: Processo corporal com características especificas: soma de todos os processos químicos resultando em crescimento, geração de energia, eliminação de excretas e regulação das funções corporais relacionando a distribuição de nutrientes no sangue depois da digestão, aumento do nível metabólico associado com exercício, temperatura corporal elevada, atividade hormonal ou digestão. Mobilidade: Habilidade com características especificas: movimento voluntario e psicomotor do aparato corporal incluindo coordenação de músculos e movimentos das articulações bem como equilíbrio, posicionamento de deambulação corporal. Incidência de Índice com características especificas: índice doenças relacionado com os indivíduos com uma Morrer: Índice Natalidade Negligência Quadro 18 - Termos organizados para validação Fonte: Autora de determinada doença. Processo Corporal com características especificas: Descontinuidade da vida, gradual ou diminuição progressiva das funções corporais levando ao fim do processo corporal para manutenção da vida. Índice com características especificas: o número de nascidos vivos que ocorre em uma população durante um determinado ano, por 100 membros daquela população. Atitude com características especificas: Falha ao dar o devido cuidado ou atenção, ignorar. Modificado Diferente Diferente Diminuído Diferente Diminuído

55 (continua) 52 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito cuidados. Nervosismo: É um tipo de Emoção com características especificas: sentimento de grande excitação associadas e acompanhadas por estremecimento, tremor, tremor das mãos e rubor da face. Nível de pobreza É um tipo de Nível de Riqueza com características especificas: Taxa relativa do numero de membros da comunidade ou sociedade com falta de recursos financeiros ou materiais para atender um esperado Permeabilidade da vias aéreas: Política de Saúde: Pressão Arterial: Processo Comunitário: nível de necessidades básicas. É um tipo de Respiração com características especificas: processo de manutenção da passagem tubular aberta, para o fluxo de ar da boca, traquéia e brônquios para os pulmões, habilidade para limpar secreções ou obstruções do trato respiratório para manter a permeabilidade das vias aéreas. Política pública, gerida pelo Estado e dirigida à sociedade, resultante do embate entre os planos do aparelho ideológico do estado e as necessidades e reivindicação de usuários e grupos organizados, para definição de metas e objetivos do sistema de saúde. É um tipo de Função Vascular com características especificas: pressão exercida pela circulação do sangue nas paredes dos vasos dos circuitos rítmico e pulmonar e do coração. É um tipo de fenômeno de enfermagem da comunidade com características especificas: decurso das interações positivas ou negativas e padrões de relacionamento entre os membros que vivem numa comunidade e trabalham lado a lado numa localidade ou área geográfica limitadas, compartilhando interesses coletivos, trabalho comum, instituições educacionais ou de saúde, serviços públicos, condições ambientais comuns, Nervosismo Emoção com características especificas: sentimento de super-excitação associado com instabilidade, tremor, tremor das mãos, rubor da face. Nível de Pobreza Índice com características especificas: índice relacionado com o número de membros da comunidade ou sociedade com falta de recursos financeiros ou materiais para atender um esperado nível de necessidades básicas. Limpeza das Vias Aéreas Política de Saúde: Pressão Sangüínea Processo Comunidade: Quadro 19 - Termos organizados para validação Fonte: Autora de Processo do Sistema Respiratório com características especificas: processo de manutenção da passagem tubular da boca, traquéia e brônquios para os pulmões abertos ao fluxo de ar, habilidade para limpar secreções ou obstruções do trato respiratório para manter a permeabilidade das vias aéreas. Política com característica específicas: Amplas declarações documentadas que dão diretrizes que governam a tomada de decisão na prestação dos serviços de saúde. Pressão com características especificas: pressão exercida pela circulação do sangue nas paredes dos vasos da circulação sistêmica e pulmonar e do coração. Processo com características especificas: continua interação positiva e negativa entre membros da comunidade que vivem e funcionam lado a lado, em uma área localmente ou geograficamente compartilhada por interesses coletivos, trabalho em comum, instituições de saúde e educação, serviços públicos, condições ambientais naturais ou feitas pelo ser humano. Modificado Diferente Diminuído Diferente Modificado Diferente

56 (continua) 53 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito naturais ou feitas pelo homem. Processo Familiar: É um tipo de Fenômeno de Enfermagem da Família com características especificas: Decurso de interações positivas ou negativas e padrões de relacionamento entre os membros da família. Queimadura: Ferida Traumática com características especificas: rotura e perda de camadas externas ou mais profundas de tecido da superfície do corpo devido a lesão pelo calor, desde exposição térmica, química, elétrica ou agentes radioativos, coagulação de proteínas nas células, aumento do metabolismo, quebra das reservas de nutrientes nos músculos e tecido adiposo, perda de proteínas e nitrogênio, dor intensa, desconforto e estresse, risco de choque com ameaça da vida, necrose do tecido, infecções da ferida, contraturas, cicatrização hipotrófica com ligeira rigidez da cicatriz e desfiguração profunda; os níveis são graduados de acordo com a gravidez, desde dano superficial com pele avermelhada e dor da ferida devida a afecção da terminação nervosa superficial (queimadura 1 o grau) até destruição profunda do tecido, pele avermelha ou branca com bolhas ou vesículas e dor na ferida (queimadura 2 o grau) e finalmente, destruição do tecido com pele castanha, branca ou preta, perda da sensibilidade e Saneamento Básico: dor devidas a lesões nervosas (queimadura 3 o grau). Conjunto de medidas visando a melhoria das condições de bem-estar da população, prevenindo doenças e promovendo a saúde através do Processo Familiar Queimadura: Serviço de tratamento de resíduos de esgoto Processo com características especificas: Contínuas interações positivas ou negativas e padrões de relacionamento entre os membros da família. Ferida Traumática com características especificas: rotura e perda de camadas externas ou mais profundas de tecido da superfície corporal devido a lesão pelo calor, desde exposição térmica, química, elétrica ou agentes radioativos, coagulação de proteínas nas células, aumento do metabolismo, quebra das reservas de nutrientes nos músculos e tecido adiposo, perda de proteínas e nitrogênio, dor severa, desconforto e estresse, risco de choque com ameaça da vida, necrose do tecido, infecções da ferida, contraturas, cicatrização hipotrófica com ligeira rigidez da cicatriz e desfiguração profunda; queimadura de 1 o grau, queimadura de 2 o grau, queimadura de 3 o grau. Serviços com características especificas: fornecimento de serviços adequados para estocar, coletar, processar e remover resíduos. Modificado Diminuído Ampliado Quadro 20 - Termos organizados para validação Fonte: Autora

57 (continua) 54 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito abastecimento de água, afastamento dos dejetos e remoção dos resíduos e esgoto. Serviço transporte: de É um tipo de Fornecimento de Serviços com características especificas: fornecimento de serviços adequados, disponíveis e acessíveis as pessoas para as suas necessidades de transporte. Solidão: É um tipo de Emoção com características especificas: sentimentos de falta de pertencer, isolamento emocional, sentimento de ser excluído, sentimento de melancolia e tristeza associado a falta de companhia, simpatia e amizade acompanhado de sentimentos de insignificância, vazio, retraimento, baixa auto-estima, busca de atenção seguida de dificuldades em estabelecer relações mutuas e de vencer a separação. Sufocação: Taxa analfabetismo Taxa Mortalidade Taxa Mortalidade Infantil de de de É um tipo de Permeabilidade da vias aéreas com características especificas: interferência na entrada de ar nos pulmões, parada da respiração e asfixia. É um tipo de Composição da comunidade com características especificas: taxa relativa de indivíduos na comunidade ou população que não são capazes de ler ou escrever. É um tipo de Saúde Comunitária com características especificas: taxa relativa de mortes de indivíduos. É um tipo de Taxa de Mortalidade com características especificas: taxa relativa de mortes de crianças. Serviço transporte Solidão Asfixia Índice Alfabetização Índice Mortalidade Índice Mortalidade Infantil Quadro 21 - Termos organizados para validação Fonte: Autora de de de de Serviços com características especificas: fornecimento de serviços adequados disponíveis e custeáveis para as pessoas atendendo as necessidades de transporte. Emoção com características especificas: sentimentos de não pertencer, isolamento emocional, sentimento de ser excluído, sentimento de melancolia e tristeza associado a falta de companhia, simpatia e amizade acompanhado de sentimentos de insignificância, vazio, retraimento, baixa auto-estima, Processo do Sistema Respiratório com características especificas: interferência na entrada de ar nos pulmões, parada da respiração e sufocação. Índice com características especificas: índice relacionado a indivíduos capazes de ler ou escrever, em uma comunidade ou população. Índice com características especificas: índice relacionado com o número de mortes de indivíduos. Índice de Mortalidade com características especificas: índice relacionado com o número de mortes de crianças. Modificado Diminuído Modificado Diferente Diferente Diferente

58 (continua) 55 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito Tegumento É um tipo de Função com características especificas: cobertura da superfície do corpo: pele, epiderme exterior, membranas mucosas, tecido, i. e., camada conectiva interna, derme incluindo glândulas sebáceas e sudoríparas, pêlos e unhas, com funções de manter a temperatura corporal, proteger os tecidos subjacentes de desgaste físico, invasão bacteriana, desidratação e radiações ultravioletas, esfriar o corpo quando a temperatura sobe, detectar pelos órgãos do sentidos, os estímulos relacionados com a temperatura, o tato, a pressão e a dor, perspirar sais contidos na água e compostos orgânicos pelos órgãos de excreção, produzindo suor e sebo, sintetizar vitamina D e ativar componentes de imunidade do sistema imunológico. Ulcera de Pressão: É um tipo de Úlcera com características especificas: inflamação ou ferida sobre proeminências ósseas devido a compressão e fricção da pele entre o osso da superfície; os níveis são graduados de acordo com a gravidade; dano superficial progredindo para rotura de bolhas, pele descamada ou com rachadura (Úlcera de pressão nível 2); pele com perda de continuidade, danificada e perda de todo o tecido necroso e drenagem de sangue (Úlcera de pressão nível 3) progredindo para ulcera profunda em forma de cratera; exposição da fáscia e tecidos conectivos, ossos e músculo expostos (Úlcera de pressão nível Uso Substâncias: de 4). É um tipo de Atividade de Estilo de Vida com características especificas: Uso regular de substancias para um efeito não terapêutico, o qual pode ser prejudiciais a saúde e pode causar dependência. Sistema Tegumentar Sistema Corporal com características especificas: cobertura da superfície corporal: pele, epiderme, mucosas, tecido da camada conjuntiva e derme, incluindo glândulas sudoríparas e sebáceas, cabelo e unhas com funções de manter a temperatura corporal; para proteger o tecido subjacente de abrasão física, invasão bacteriana, desidratação, radiação ultravioleta; para esfriar o corpo quando a temperatura aumenta; para detectar pelos órgãos dos sentidos, estímulos relacionados com a temperatura, tato, pressão e dor; para perspirar pelos órgãos excretores, componentes orgânicos, sais e água; para secretar suor e substancia sebácea; para sintetizar vitamina D e para ativar componentes imunológicos do Sistema Imunológico. Úlcera de Pressão: Úlcera com características especificas: dano, inflamação, ou ferida na pele ou nas estruturas subjacentes em resultado de compressão do tecido e de inadequada perfusão. Uso Substâncias: Quadro 22 - Termos organizados para validação Fonte: Autora de Atividade de auto-desempenho com características especificas: Uso regular de substancias com efeito não terapêutico, que pode ser prejudiciais a saúde e causar vício. Ampliado Diminuído Modificado

59 (Conclusão) (continua) 56 Termo CIPESC Conceito CIPESC Termo CIPE 1.0 Conceito CIPE 1.0 Termo com conceito Valores: É um tipo de crença com características especificas: disposição para reter e abandonar ações levando em conta as próprias opiniões sobre o que é bom e ruim. Vergonha: É um tipo de Emoção com características especificas: sentimentos de perda de autorespeito provocados por comportamento errado, desonesto ou insensato; os sentimentos de vergonha são dirigidos a si mesmo em vez de dirigi-los aos outros. Vínculo: É um tipo de Paternidade/maternidade com características especificas: Ligação entre uma criança e os pais; formação de laços afetivos desde o nascimento, consumindo-se gradualmente durante a infância. Violência Doméstica: Violência: Variadas formas de violência interpessoal (agressão física, abuso sexual, abuso psicológico e negligência) que ocorrem dentro da família, sendo perpetuadas por um agressor que, em geral, possui laços de parentesco, familiares ou conjugais, e está em condições de superioridade física, etária, social, psíquica e/ou hierárquica. Violência é um tipo de interação social com características diferentes: demonstração poderosa de ações ou uso injusto da forca ou poder com o propósito de ferir ou lesar, maltratar ou atacar: ações de violência, ataque ou prejuízo, ilegal ou culturalmente proibidas contra os outros, estado de poder, luta ou conflito. Valor Vergonha Crença com características especificas: disposição para reter ou abandonar ações considerando a própria opinião sobre o que é bom e ruim. Emoção com características especificas: sentimentos de perda de autorespeito causado por erro, comportamento desonroso ou tolo; os sentimentos de vergonha são dirigidos a si mesmo em vez de dirigilos aos outros. Vinculo: Paternidade/maternidade com características especificas: Ligação entre uma criança e os pais; formação de laços afetivos. Violência Doméstica: Violência com características especificas: Ocorre no meio familiar ou na mesma casa. Violência: Comportamento agressivo com características especificas: demonstração enérgica de ações ou poder, com o propósito de injuriar ou danificar, maltratar ou atacar: violência, de ataque, ferindo outros, de modo ilegal ou culturalmente proibido; estado de luta ou conflito pelo poder. Quadro 23 - Termos organizados para validação Fonte: autora Modificado Modificado Diminuído Diminuído Diferente

60 Eixo Julgamento: Mapeamento entre CIPE 1.0, Beta-2 e CIPESC Os 34 termos existentes no eixo Julgamento da CIPE 1.0 foram mapeados com a versão beta-2 e dispostos em: a) 11 termos novos; b) 13 termos que agregaram conceitos, sendo similar ou complementar à versão anterior; c) 10 termos representantes de superclasses. Ao relacionar os 47 termos do eixo Julgamento da CIPESC com a CIPE versão 1.0, verifica-se que: sete termos são idênticos e 40 termos não existem na CIPE 1.0. Ao verificar a equivalência, foi identificada a presença de quatro termos incluídos na CIPESC, os quais não estavam contemplados nas versões posteriores à versão beta. Neste eixo persistem 22 termos exclusivos da taxonomia brasileira, que deverão ser analisados para decidir a sua representação na classificação. A contribuição brasileira pode ser verificada na inclusão dos quatro termos, sinalizando a importância de pesquisas capazes de contribuir com as finalidades expostas pelo CIE referente aos sistemas classificatórios, ou seja, de serem significativos aos múltiplos propósitos de diferentes países, descrevendo a prática de enfermagem de forma consistente (ANTUNES, 2000, p.15).

61 ELABORAÇÃO DA VALIDAÇÃO O instrumento elaborado está disponível no servidor do Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGIa), no domínio Cada especialista receberá um convidando-o a participar da validação dos termos, assim como um login e uma senha de acesso inicial ao sistema. Ao acessar o sistema, conclui-se que o especialista concorda em participar da validação. A interface inicial do instrumento é representada pela Figura 3. Figura 3 - Interface Inicial do Instrumento de Validação Fonte: Autora Nesta primeira página, ao clicar sobre o título do Projeto Validação de termos do foco da prática entre as classificações CIPE e CIPESC, abrir-se-á uma página com uma descrição sobre o projeto, as pesquisadoras responsáveis e endereço eletrônico para contato. Após acesso ao sistema, o validador encontrará as opções: Validar Termos, Alterar Senha, Consultar Termos e Sair. A opção Validar termos apresenta o termo CIPE e CIPESC a ser validado, com seus respectivos títulos e conceitos. Para validar a equivalência, o validador deverá selecionar a opção Concordo ou Não Concordo. Caso a opção selecionada seja Concordo, o campo de comentários/sugestões fica bloqueado; caso contrário, o validador deverá escrever uma justificativa. Para melhor entendimento, esta interface é apresentada na Figura 4.

62 59 Figura 4 - Interface Validador Fonte: Autora Na opção Consultar Termos, o validador visualiza os termos validados e, caso queira modificar sua avaliação, basta clicar sobre o termo e realizar a alteração (Figura 5). Figura 5 - Interface Consultar Termos Fonte: Autora

63 60 Na interface do administrador (Figura 6), a visualização do instrumento é diferenciada, pois não apresenta o termo a ser validado, e há outras funcionalidades, como Cadastro de usuários (possui campos para inserir nome, , login e senha); Consulta de usuários; Cadastro de termos e Consulta de termos com o índice de concordância entre os validadores (Figura 7). Figura 6 - Interface do Administrador do Instrumento Fonte: Autora Figura 7 - Consulta dos Termos Validados Fonte: Autora O prazo dado ao validador para o término da validação será de 40 dias, sendo que a cada 10 dias serão enviadas mensagens de aviso sobre o prazo de devolução.

64 CONSTRUÇÃO DA ONTOLOGIA CIPESC Os resultados, organizados de acordo com a proposta de Noy e McGuinness (2001) para a construção da ontologia, são apresentados a seguir: a) Escopo da ontologia: foi delineado a partir das necessidades encontradas na combinação das declarações de enfermagem (diagnóstico e resultado). b) Reuso: este domínio não dispõe de ontologia; portanto, não é possível reuso. c) Termos importantes: os termos do eixo foco selecionados para este estudo estão apresentados no Quadro 11QUADRO, assim como a situação atual da equivalência dos termos utilizados nesta ontologia e a presença na CIPESC. (continua) TERMO SITUAÇÃO ATUAL DA EQUIVALÊNCIA PRESENTE NA CIPESC Processo Corporal Sem necessidade de equivalência Não Absorção Equivalente Sim Processo Gastrointestinal Sem necessidade de equivalência Não Processo Gastrointestinal Prejudicado Presente apenas na versão 1.1 Não Diarréia Necessita de validação Sim Vômito Idêntico Sim Eructação Idêntico Não Obstinação Validação Não Impactação Idêntico Não Defecação Validação Não Incontinência Intestinal Idêntico Não Encoprese Idêntico Não Dispepsia Validação Não Flatulência Idêntico Não Regurgitação Idêntico Não Processo Sistema Circulatório Sem necessidade de equivalência Sim Processo Sist. Circulatório Prejudicado Presente apenas na versão 1.1 Não Hipertensão Validação Sim Hipotensão Validação Sim Processo Cardíaco Idêntico Sim Arritmia Idêntico Sim Bradicardia Novo Não Taquicardia Novo Não Choque Validação Sim Choque Anafilático Validação Sim Choque Cardiogênico Validação Não Choque Hipovolêmico Novo Não Choque Neurogênico Validação Não Choque Séptico Validação Não Choque Vasogênico Validação Não

65 62 (conclusão) TERMO SITUAÇÃO ATUAL DA EQUIVALÊNCIA PRESENTE NA CIPESC Processo Vascular Validação Sim Sangramento Idêntico Sim Hematoma Idêntico Não Hemorragia Idêntico Não Menorragia Novo Não Ingurgitamento Novo Não Ingurgitamento Mamário Validação Sim Processo Neurovascular Novo Não Perfusão Tissular Idêntico Sim Processo Sistema Respiratório Idêntico Sim Processo Sist. Respiratório Prejudicado Presente apenas na versão 1.1 Não Asfixia Validação Sim Dispneia Idêntico Sim Dispneia Funcional Idêntico Não Dispneia de Repouso Idêntico Não Ortopneia Idêntico Não Limpeza das Vias Aéreas Validação Sim Expectoração Idêntico Não Aspiração Idêntico Não Tosse Idêntico Sim Troca Gasosa Idêntico Sim Hiperventilação Idêntico Não Hipoventilação Idêntico Não Hipóxia Idêntico Não Ventilação Idêntico Sim Ventilação Espontânea Novo Não Quadro 11 - Relação dos termos utilizados na ontologia. Fonte: Autora d) Classes importantes e hierarquia: todos os termos enumerados foram considerados classes. Os termos são organizados em diferentes níveis denominados superclasses e subclasses (Figura 8, 9 e 10). Superclasses Subclasses Figura 8 Representação das Superclasses e Subclasses Fonte: Autora (interface Protégé)

66 Figura 9- Classes e Subclasses do eixo Foco Fonte: Autora (interface Protégé) 63

67 64 Figura 10- Classes e Subclasses do eixo Julgamento Fonte: Autora (interface Protégé) Vale ressaltar que, no eixo Julgamento, foram criadas as classes Presente e Ausente, para relacionar as classes em que o julgamento é subentendido, pois na composição do diagnóstico/resultado de enfermagem o mesmo não é declarado. Este fato é essencial, pois um profissional não especialista em classificação poderia descrever que para

68 65 um determinado Foco não existe Julgamento possível, questionando assim a regra para composição da declaração. No entanto, alguns focos incluem a opinião clínica, por exemplo: hipertensão, que não deve ser declarada como hipertensão aumentada, pois o significado é pressão arterial aumentada ou hipertensão presente. e) Propriedades: foram criadas as propriedades temjulgamento, temfoco, temlocalização, temmeio, temcliente, temtempo (Figura 11). Figura 11- Criação das propriedades Fonte: Autora (interface Protégé) f) restrições: foram elaboradas algumas restrições, no sentido de avaliar a potencialidade para evitar a construção de declarativas inconsistentes. A criação da totalidade de restrições requer estudos relacionados a cada disciplina e subdisciplinas do domínio da enfermagem, cuja efetivação é inviabilizada pelo tempo acadêmico deste estudo. Como exemplo aos itens (e) e (f), a Figura 12 apresenta as propriedades referentes à classe Diarreia_Presente.

69 66 Figura 12- Criação de Propriedades da Classe Diarréia Presente Fonte: Autora (interface Protégé) Para criar as propriedades entre as classes, sendo estas possibilidades combinatórias para formação de diagnósticos de enfermagem, foi necessária a criação de classes específicas para cada possível diagnóstico, por exemplo: para a combinação entre a classe Diarreia (eixo Foco) e a classe Presente (eixo Julgamento), foi criada a classe Diarreia_Presente. Nesta classe foram criadas as propriedades: temfoco apenas com a classe Diarreia ; temjulgamento apenas com a classe Presente ; temcliente apenas com a classe Indivíduo ; temtempo apenas com um dos julgamentos frequente, aguda ou crônica. Foi construída a restrição da combinação do termo Diarreia com os termos do eixo Localização, pois para este Foco é implícita a localização. Estas criações permitem as seguintes inferências: Diarreia_Presente temfoco Diarreia ; Diarreia_Presente temjulgamento Presente ; Diarreia_Presente temcliente Cliente ; Diarreia_Presente temtempo Freqüente ; Diarreia_Presente temtempo Aguda ; Diarreia_Presente temtempo Crônica. Estes relacionamentos possibilitam a formação das seguintes declarativas: diarreia presente ; diarreia freqüente ; diarreia aguda, diarreia crônica. Em relação às propriedades que utilizam a classe Indivíduo, todas as subclasses (adolescente, adulto, cuidador, criança, idoso, membro da família, bebê, recém-nascido, paciente) herdam o relacionamento.

70 67 Ao estabelecer propriedades, e também restrições, deve-se ter muita cautela, pois as restrições são herdadas pelas subclasses, e isto pode não ser verdadeiro para todas as subclasses. Desta forma, recomenda-se uma abordagem bottom-up, criando as restrições a partir das subclasses. Parte da ontologia construída é apresentada na Figura 13, em linguagem OWL. A ontologia completa, linguagem OWL, está no Apêndice IX. Figura 13- Representação de parte da ontologia em linguagem OWL Fonte: Autora (interface Protégé) Após a construção da ontologia, alguns aspectos devem ser discutidos, dentre eles o potencial de reuso deste instrumento, o cuidado no uso do recurso da herança de propriedades entre as classes e a aplicação de restrições com base em critérios bem definidos. Bontas (2005) e Ding et al. (2007) afirmam que, muito embora o reuso não seja simples, ele é importante devido ao tempo e aos custos associados ao desenvolvimento da ontologia, que envolve conhecimento especializado na área de domínio, bem como conhecimento especializado na área de representação do conhecimento. No caso específico desta ontologia, seu potencial está diretamente relacionado à construção de catálogos de áreas selecionadas ou especializadas da prática de enfermagem, como também à visualização da interoperabilidade com outras classificações da prática de enfermagem, bem como com sistemas de informações institucionais.

71 68 Gómez-Pérez e Benjamins (1999) comentam a importância do reuso e da existência de repositórios ou bibliotecas de ontologias, para, quando se for construir uma ontologia, esta biblioteca possa ser consultada, a fim de evitar o desenvolvimento de uma nova ontologia a partir do zero. Em relação à utilização do recurso da herança, Tamma e Bench-Capon (2000) apontam que a elaboração inadequada gera inferências inconsistentes ou erradas. Nesta perspectiva, foi possível a compreensão da necessidade da evolução de uma taxonomia para uma ontologia e a reorganização hierárquica dos termos na versão 1.1 da CIPE. Pelo fato da CIPESC ser uma taxonomia, ela não contempla o uso de herança de propriedades e, ao migrar esta taxonomia para uma ontologia, é premente a avaliação da hierarquia, de modo a evitar inferências incorretas e, consequentemente, a elaboração de declarações de enfermagem com baixa acurácia. O uso adequado da herança, da definição de propriedades e restrições proporciona a aplicação de mecanismos de inferências (raciocínio computacional). Este trabalho validou a ontologia criada utilizando o Pellet, que apontou que a estrutura criada está coerente. O resultado desta aplicação está representado na Figura 14. Figura 14- Aplicação do Mecanismo de Inferência Fonte: Autora (Interface Protégé)

72 69 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisando os resultados deste trabalho, pode-se concluir que todos objetivos foram alcançados, que eram: comparar e classificar os termos das classificações CIPE e CIPESC ; estabelecer a base para validação de termos não equivalentes; e desenvolver parte de uma ontologia por meio da equivalência dos termos da CIPE versão 1.0 com os termos da CIPESC, em relação aos eixos Foco e Julgamento. O mapeamento de termos foi um produto de trabalho minucioso. Muitas dúvidas foram levantadas, pesquisas necessárias, bem como revisões constantes de todo o processo de localização e classificação dos termos. Esta fase foi iniciada utilizando-se a versão portuguesa, pois a brasileira não havia sido publicada. Após o término da localização dos termos, foi lançada a versão brasileira, o que gerou a necessidade de conferir todo o mapeamento. Esta conferência foi árdua, pois houve dificuldades operacionais derivadas da CIPE versão 1.0 brasileira, que apresenta falhas no processo de tradução e editoração da edição, o que pode levar ao leitor/pesquisador a uma interpretação errônea do termo ou do próprio conceito, fazendo que o trabalho seja duplo, pois no caso de dúvidas, é preciso a conferência na versão em inglês. Finalizado este processo, foi lançada a versão 1.1 inglesa, ou seja, para os termos utilizados na ontologia foi preciso uma nova conferência. Com a classificação brasileira CIPESC, o agravante foi o fato da mesma não possuir seus novos termos conceituados, situação esta minimizada pela publicação de Garcia, Nóbrega e Sousa (2002). Este processo demandou muito tempo, pois todas as classificações utilizadas são impressas, consequentemente exigindo grande esforço em um trabalho manual. Nesta fase, ficou evidente a extrema necessidade dos trabalhos brasileiros acompanharem os internacionais, tanto na tradução da classificação quanto na inclusão de novos recursos. Finalizada a fase do mapeamento, foi preciso estabelecer uma base para validar os termos não equivalentes entre versões e classificações. Esta validação é de suma importância, pois as classificações são conhecimento consensual da categoria. Esta etapa está sendo desenvolvida por uma aluna PIBIC.

73 70 A fase da criação da ontologia foi cercada de dúvidas e muito estudo, pois, além de ser um conhecimento totalmente novo, o domínio das classificações de enfermagem é extremamente complexo. Ademais, os trabalhos disponíveis neste domínio não apoiaram nem direcionaram o desenvolvimento da ontologia. Na esperança de visualizar a ontologia criada pelo CIE, foi solicitado o arquivo da CIPE 1.1., que foi disponibilizado para download em formato CSV (comma-separated values) e não OWL, como esperado. Outra questão importante para o desenvolvimento da ontologia é a experiência de uso da classificação, que é imprescindível para criação dos possíveis relacionamentos entre termos e eixos. Além disso, é preciso conhecimento dos conceitos e ferramentas da tecnologia envolvida, para que seja possível ter um melhor aproveitamento das suas potencialidades. Em suma, este trabalho é uma contribuição significativa para o processo contínuo de crescimento da enfermagem como ciência, descobrindo aspectos e perspectivas inerentes do domínio tanto da enfermagem quanto da ontologia. Entretanto, apenas pesquisas não são suficientes para este crescimento. Há a necessidade que os profissionais se conscientizem sobre a importância de descrever sua prática, realizando as declarações de enfermagem, de entender como elas funcionam, quais os benefícios de todo esse esforço mundial, apropriando-se de outros conhecimentos, para que, assim, a enfermagem se firme como ciência. A partir deste estudo, surgem perspectivas de trabalhos futuros, entre as quais: realizar mapeamento dos outros eixos da classificação; criar regras de combinações entre termos e eixos; validar o mapeamento dos termos e as regras de combinação, bem como a ontologia criada; discutir formas de incorporar os termos da CIPESC à ontologia; integrar a ontologia a um sistema de apoio ao diagnóstico de enfermagem; avaliar a possibilidade de interoperabilidade (MALUCELLI, 2006) com outras classificações de enfermagem.

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81 ANEXO A 78

Em direção à Ontologia CIPESC *

Em direção à Ontologia CIPESC * J. Health Inform. 2009 Jul-Set; 1(1):22-6 Artigo Original Em direção à Ontologia CIPESC * Towards Ontology CIPESC Romana Reis da Silva 1 Andreia Malucelli 2 Marcia Regina Cubas 3 Descritores: Enfermagem

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