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1 M O R R O D O P I L A R M I N E R A I S S. A. E S T U D O D E I M PA C T O A M B I E N TA L ( E I A ) M E I O F Í S I C O V O L U M E I I I T O M O I - B Doc. n o. EIA-MOPI /12-v1 Belo Horizonte, março/2012

2 Estudo de Impacto Ambiental Meio Físico Volume III Tomo I - B Documento n o. Data:: EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 Belo Horizonte

3 Índice 8. Caracterização da Hidrologia Superficial Introdução Procedimentos Metodológico Caracterização Geral da Região de Abrangência Caracterização da Fluviologia Local Demanda do Empreendimento Morro do Pilar Conclusões e Considerações Finais Referências Bibliográficas Caracterização Hidrogeológica Introdução Procedimentos Metodológicos Caracterização Hidrogeológica Regional (AII) Caracterização Hidrogeológica Local (AID) Conclusões Referências bibliográficas Caracterização da Qualidade de Água Introdução e Objetivos Procedimentos Metodológicos Caracterização da Área de Estudo Regional (AII) Caracterização da Área de Estudo Local (AID) Conclusões Referências Bibliográficas EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 i

4 Índice de Figuras Figura Área de abrangência definida para os estudos hidrológicos realizados para o Projeto Morro do Pilar Minerais S.A... 2 Figura Delimitação das sub-bacias hidrográficas de interesse Figura Perfis longitudinais dos cursos de água de interesse na área de abrangência dos estudos Figura Localização das estações fluviométricas selecionadas na área de estudo Figura Curvas-chaves do Rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) 24 Figura Curvas-chaves do Rio do Peixe em Dom Joaquim ( ) Figura Curvas-chaves do Rio Santo Antônio em Ferros ( ) Figura Curvas-chaves do Tanque Fazenda Barraca ( ) Figura Curvas-chaves do Rio Ganhães em Senhora do Porto ( ) Figura Curvas-chaves do Rio Santo Antônio em Naque Velho ( ) Figura Localização da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato e sub-bacia hidrográfica de interesse Figura Curva de permanência de vazões médias mensais na seção da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Figura Ajuste da distribuição teórica de probabilidades Weibull à amostra de mínimos anuais de vazão média de sete dias de duração da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Figura Potencial de regularização de vazões na seção correspondente à estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Figura Localização dos pontos de outorga de águas superficial no entorno na área de interesse Figura Permanência de vazões nas seções fluviais de interesse Figura Potencial de regularização de vazões nas seções fluviais de interesse Figura 8.18 Pontos de monitoramento de descargas líquidas superficiais em cursos de água que drenam a área do projeto Morro do Pilar Figura Distribuição das Unidades Hidrogeológicas na área de estudo regional (AII) EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 ii

5 Figura Localização das microbacias hidrográficas na área do projeto Figura Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Santo Antônio NN Figura Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do ribeirão das Lajes Figura Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Santo Antônio N 80 Figura Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Picão Figura Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Preto Figura Mapa de distribuição dos domínios hidrogeológicos na área de estudo regional (AII) Figura Distribuição das Unidades Hidrogeológicas na área de estudo local (AID) Figura 9.10 Inventário de pontos d água período seco Figura Inventário de pontos d água período úmido Figura 9.12 Localização das nascentes e litologias associadas Figura 9.13 Distribuição dos valores de temperatura nas nascentes inventariadas Figura 9.14 Localização das nascentes inventariadas sobre imagem de satélite Figura 9.15 Distribuição dos valores de condutividade elétrica nas nascentes inventariadas Figura 9.16 Distribuição dos valores de ph nas nascentes inventariadas Figura 9.17 Mapa potenciométrico da área de estudo local Figura Localização dos pontos de amostragem de água Figura Distribuição dos pontos de amostragem de água subterrânea Figura Distribuição dos pontos de amostragem de água superficial Figura Localização dos pontos de amostragem de qualidade de água da bacia do rio Santo Antônio EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 iii

6 ÍNDICE DE FOTOS Foto Trecho fluvial do ribeirão das Lajes, localizado na porção norte da área de interesse 6 Foto Trecho fluvial do ribeirão das Lajes, localizado na porção norte da área de interesse 6 Foto Rio Santo Antônio, localizado na porção norte da área de interesse... 7 Foto Afluente da margem direita do rio Santo Antônio, localizado na porção norte da área de interesse... 7 Foto Ribeirão Mata-Cavalos, afluente da margem direita do ribeirão das Lajes, localizado na porção norte da área de interesse... 8 Foto Córrego Escadinha, afluente da margem esquerda do ribeirão do Bento, localizado na porção norte da área de interesse... 8 Foto Rio Preto, localizado na porção sul da área de interesse... 9 Foto Rio Preto, localizado na porção sul da área de interesse... 9 Foto Ribeirão do Picão, localizado na porção sul da área de interesse Foto Ribeirão do Picão, localizado na porção sul da área de interesse Foto Aspecto geral do vale de um dos formadores do rio Preto, localizado na porção sul da área de interesse Foto Aspecto geral do vale do ribeirão das Lajes, localizado na porção norte da área de interesse Foto Pequeno barramento em propriedade rural, com captação, localizado na porção sul da área de interesse Foto Aspecto geral da cabeceira de drenagem de formador do rio Preto, localizado na porção sul da área de interesse Foto Nascente pontual na cabeceira de um afluente do ribeirão Lajes Foto Nascente surgindo de uma caverna na cabeceira de um afluente do rio Picão Foto Medição de vazão da nascente afluente do rio Santo Antônio através de um vertedouro portátil Foto Medição de vazão da nascente afluente do córrego Onça através de um balde graduado Foto Técnico da Akvos no momento da coleta EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 iv

7 Foto 10.2 Nascente NCN-49, ambiente rico em matérias sólidas em suspensão Foto 10.3 Área antropizada ao redor da nascente NCC EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 v

8 Índice de Gráficos Gráfico Porcentagem de resultados que não atenderam ao padrão da classe 2 na estação de monitoramento situada no rio Santo Antônio (RD039) Gráfico 10.2 Porcentagem de resultados que não atenderam ao padrão da classe 2 na estação de monitoramento RD033, situada na calha do rio Doce, dentro da bacia do rio Santo Antônio Gráfico Ocorrência de coliformes termotolerantes no rio Santo Antônio, a montante da confluência com o rio Doce (RD039), no período de 1997 a Gráfico Ocorrências de turbidez e cor verdadeira no rio Santo Antônio, a montante da confluência com o rio Doce (RD039), no período de 1997 a Gráfico Parâmetros físico-químicos Gráfico Metais totais detectados Gráfico 10.7 Gráficos de cátions e ânions Gráfico 10.8 Gráficos de parâmetros bacteriológicos Gráfico 10.9 Diagramas de Piper aplicado aos pontos amostrados Gráfico Diagramas de Stiff aplicados aos pontos amostrados Gráfico Diagramas de Schoeller para as águas subterrâneas Gráfico Parâmetros físico-químicos Gráfico Metais totais detectados Gráfico Cátions e ânions Gráfico Parâmetros bacteriológicas EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 vi

9 Índice de Tabelas Tabela Características fisiográficas das bacias hidrográficas nas quais se insere o Projeto Morro do Pilar Tabela Estações fluviométricas selecionadas na área de estudo Tabela Resumo da ficha descritiva da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Tabela Vazões médias mensais no rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Tabela Indicadores de oferta hídrica na seção do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Tabela Outorgas de água superficial concedidas no entorno da área de interesse Tabela Aproveitamentos hidrelétricos no entorno da área de interesse Tabela Seções fluviais de referência para determinação das ofertas e disponibilidades hídricas na área de interesse do Projeto Morro do Pilar Tabela Indicadores de oferta hídrica nas seções de interesse especificadas na área de abrangência do Projeto Morro do Pilar Tabela Balanço hídrico nas sub-bacias definidas pelas seções fluviais de referência Tabela Permanência de vazões médias mensais nas seções fluviais de interesse Tabela Vazões mínimas Q7,10 nas seções fluviais de interesse Tabela Valor médio das vazões médias mensais mínimas anuais nas seções fluviais de interesse Tabela Potencial de regularização de vazões nas seções fluviais de interesse Tabela Balanço de água no empreendimento Morro do Pilar Tabela Classificação para índice de retirada de água na área de interesse Tabela 8.17 Cotejo entre ofertas e demandas na área de interesse usando o índice de retirada de água Tabela Diferenças entre ofertas legais e demandas na área de interesse Tabela 8.19 Resultados das campanhas de descargas líquidas superficiais em cursos de água EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 vii

10 que drenam a área do projeto Morro do Pilar Tabela Correlação entre Unidades Hidrogeológicas e Geológicas Tabela 9.2 Distribuição das microbacias hidrográficas na área do projeto Tabela Relação entre domínios hidrogeológicos e agrupamentos litológicos Tabela Identificação da estação fluviométrica utilizada para cálculo das descargas regionais Tabela Seções fluviométricas para análise das reservas renováveis Tabela Parâmetros hidrodinâmicos médios adotados nos cálculos de normalização das descargas Tabela Domínios hidrogeológicos por microbacia de interesse Tabela Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia Rio Santo Antônio NN 74 Tabela Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do ribeirão das Lajes Tabela Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Santo Antônio N Tabela Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Picão Tabela Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Preto Tabela Relação das descargas ponderadas por domínio hidrogeológico de interesse Tabela Síntese das contribuições efetivas e descargas ponderadas por zona hidrogeológica Tabela Identificação das descargas médias específicas por zonas hidrogeológica Tabela Relação de quantitativos populacionais e demandas por águas subterrâneas estimadas Tabela Disponibilidades hídricas subterrâneas Tabela Correlação entre Unidades Hidrogeológicas e Geológicas Tabela Descrição e identificação dos pontos das nascentes cadastradas da área Sul período seco Tabela Descrição e identificação dos pontos das nascentes cadastradas da área Norte período seco EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 viii

11 Tabela Descrição e identificação dos pontos das nascentes cadastradas da área Sul período chuvoso Tabela Descrição e identificação dos pontos das nascentes cadastradas da área Central período chuvoso Tabela Descrição e identificação dos pontos das nascentes cadastradas da área Norte período chuvoso Tabela Distribuição das nascentes cadastradas em função da litologia Tabela Síntese dos parâmetros medidos em campo nas nascentes Tabela Localização dos pontos de amostragem de águas subterrâneas Tabela Localização dos pontos de amostragem de águas superficiais Tabela Metodologia de análises dos parâmetros avaliados Tabela Limites de quantificação dos parâmetros analisados Tabela 10.5 Resultados analíticos das amostras de água subterrânea (1ª campanha de amostragem) Tabela Resultados analíticos das amostras de água subterrânea (2ª campanha de amostragem) Tabela Resultados analíticos das amostras de água superficial (1ª campanha) Tabela Resultados analíticos das amostras de água superficial (2ª campanha) EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 ix

12 8. CARACTERIZAÇÃO DA HIDROLOGIA SUPERFICIAL 8.1. Introdução Este documento apresenta o relatório do tema hidrologia desenvolvido pela HIDROVIA com vistas à caracterização dos recursos hídricos superficiais no entorno do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. Os trabalhos iniciaram-se em junho de 2010, tendo a duração total de 14 meses, ao longo dos quais foram apresentados relatórios bimensais. Neste documento, está apresentada a caracterização hidrológica regional, referente à região de abrangência definida para os estudos hidrológicos, a qual está associada às áreas de influência indireta (AII) e direta (AID), sendo descritos os resultados relativos à caracterização dos aspectos fisiográficos, climáticos e pluviométricos gerais, bem como à caracterização do regime hidrológico dos cursos de água na região de abrangência dos estudos. Por fim, são apresentados também os resultados das campanhas de monitoramento das vazões no contexto das áreas de influência indireta (AII) e direta (AID) do empreendimento. O Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. se insere na bacia hidrográfica do rio Santo Antônio, pertencente à bacia do rio Doce, no estado de Minas Gerais, que apresenta características ambientais relevantes, tanto no que se refere aos recursos hídricos, como à interação destes com a fauna e flora (ELO, 2010). Especificamente em relação aos recursos hídricos superficiais, ressalta-se ocorrência de usos múltiplos das águas nas bacias, destacando-se a geração de energia hidrelétrica, o que reduz a disponibilidade legal das águas para outros usos. Neste contexto, este estudo visa diagnosticar, sob o ponto de vista hidrológico, a região onde se insere o empreendimento, fornecendo subsídios técnicos para identificação das interferências do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. nos recursos hídricos, possibilitando assim a tomada de decisão em relação à proposição de programas para a redução e/ou mitigação de eventuais impactos provenientes destas Procedimentos Metodológicos Definição da Região de Abrangência A região de abrangência destes estudos compreende especificamente o trecho da bacia hidrográfica do rio Santo Antônio delimitado pelos polígonos apresentados em destaque na Figura 8.1, localizado no extremo oeste da bacia hidrográfica do rio Doce, próximo aos limites das bacias dos rios São Francisco e Jequitinhonha. EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 1

13 Figura Área de abrangência definida para os estudos hidrológicos realizados para o Projeto Morro do Pilar Minerais S.A EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 2

14 Estes polígonos foram delimitados segundo o conceito de se englobar a área alvo dos direitos minerários de propriedade da Morro do Pilar Minerais S.A e, mais especificamente, o layout planejado para o empreendimento, bem como suas respectivas áreas de influência indireta (AII) e direta (AID), além de assumir a premissa de valer-se das divisões naturais do contorno hidrográfico da bacia envolvida, de forma a possibilitar a caracterização hidrológica Caracterização Hidrológica A primeira etapa da caracterização da região de abrangência definida para os estudos hidrológicos foi a realização de uma visita de inspeção ao campo. Tal visita de reconhecimento da área de interesse foi feita entre os dias e , com foco na observação dos principais cursos de água que a drenam e de suas respectivas bacias hidrográficas. Na caracterização fisiográfica da região de abrangência dos estudos, incluindo a delimitação das bacias hidrográficas de interesse e a determinação de suas características físicas, foram utilizados como base, além do utilitário Google Earth e das observações colhidas durante a inspeção de campo, as cartas topográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE: Presidente Kubitschek (folha SE-23- Z-A-VI), Serro (folha SE-23-Z-B-IV), Baldim (folha SE-23-Z-C-III) e Conceição do Mato Dentro (folha SE-23- Z-D-I), em escala 1: O clima da região de abrangência dos estudos foi descrito segundo suas características principais de temperatura e umidade, de acordo com as classificações de Nimer e Köppen e com auxílio dos valores numéricos de normais climatológicas de estações localizadas nas proximidades da área de interesse. O conhecimento da distribuição das precipitações pluviométricas sobre a área de interesse foi obtido por meio de análise regional e por meio dos registros pluviométricos coletados em estações de monitoramento localizadas no entorno. Para permitir a caracterização geral do regime de chuvas da região foi elaborado um mapa isoietal, referente aos totais médios anuais de precipitação obtidos a partir dos registros de alturas de chuva diária disponíveis nas estações pluviométricas anteriormente citadas, cujos períodos pudessem ser considerados representativos, ou seja, incluíssem anos secos e chuvosos. O diagnóstico das disponibilidades hídricas foi elaborado com aplicação de um procedimento metodológico padrão, que consiste em cotejar as ofertas com as demandas estimadas. A avaliação quantitativa das ofertas hídricas superficiais consiste em estimar a capacidade de produção dos mananciais de superfície, nas condições críticas de estiagem e nos limites superiores fornecidos pelas barragens de regularização. Dessa avaliação é possível definir as prováveis fontes de suprimento de água industrial e potável. Nos estudos hidrológicos aplicados aos mananciais de superfície, considerando a relativa escassez de dados de monitoramento hidrométrico e a total ausência de informações nas seções de referência selecionadas nos cursos de água de interesse, foram aplicadas técnicas de transferência de relações das vazões características entre regiões consideradas hidrologicamente homogêneas. EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 3

15 As ofertas hídricas superficiais foram quantificadas por meio dos seguintes indicadores: Vazão Média de Longo Termo, que representa o limite teórico superior do potencial de explotação de um curso de água, por ser a vazão que, se ocorresse de forma constante em uma dada seção fluvial, forneceria o mesmo deflúvio que o regime natural de enchentes e estiagens produz em determinado período de tempo; Curva de Permanência de Vazões, que representa a distribuição da frequência amostral das vazões registradas em uma dada seção fluvial, servindo para indicar o percentual de tempo em que o regime do curso de água sustenta vazões maiores ou iguais a um valor de referência; Curva de Frequência de Vazões Mínimas, indicando a distribuição de probabilidade dos mínimos anuais das vazões registradas em uma dada seção fluvial, com uma determinada duração; e, Curva de Regularização de Vazões, que é relação entre volumes úteis de acumulação e respectivas vazões regularizadas, quando se considera a hipótese de implantação de barragens nos cursos de água. Em princípio, os referidos indicadores de ofertas hídricas somente podem ser estabelecidos para as seções providas de monitoramento fluviométrico, onde é feito o registro sistemático das variáveis que levam à determinação das vazões. Entretanto, as metodologias de análise hidrológica contêm elementos que permitem a espacialização destes indicadores, baseadas em técnicas de regionalização e de simulação do balanço hídrico em bacias hidrográficas. Neste trabalho, essas metodologias foram aplicadas, como forma de suprir carências na disponibilidade de dados hidrométricos e, principalmente, para determinar as disponibilidades hídricas superficiais nas seções fluviais de interesse, independente da existência de monitoramento local. Como uma das principais atividades do escopo do trabalho, foram estabelecidos indicadores para o cotejo entre as ofertas hídricas e as demandas atuais, em termos quantitativos, permeados pelas regulamentações da legislação pertinente à utilização e gestão das águas. Como resultado desse processo, foi possível identificar as áreas mais críticas em termos de possíveis carências nos suprimentos de água ou de potenciais conflitos com outros usuários Monitoramento das Vazões Para finalizar a caracterização do regime fluviométrico dos cursos de água na região de interesse foram realizadas medições de vazões em pontos estratégicos localizados nos cursos de água definidos como de interesse para o Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. As medições de vazão foram realizadas empregando-se instrumentos adequados ao porte dos cursos de água. Na obtenção dos perfis de velocidades foi utilizado um espaçamento constante entre as verticais ao longo da calha principal. Em cada vertical, dependendo de sua profundidade, manteve-se a frequência máxima de dois pontos de medidas de velocidade. Na sequência, foi efetuado o cálculo da EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 4

16 área de influência de cada vertical pelo produto de sua largura e da profundidade, determinando-se a vazão líquida escoada pelo somatório do produto de cada velocidade média por sua área de influência Caracterização Geral da Região de Abrangência Contexto Hidrográfico A área de interesse para o presente trabalho é parte integrante da bacia hidrográfica do rio Santo Antônio, cuja área de drenagem total é de aproximadamente km². Esta bacia situa-se integralmente no estado de Minas Gerais e os municípios por ela abrangidos se localizam na messoregião Vale do Rio Doce. A bacia hidrográfica do rio Santo Antônio pertence à bacia hidrográfica federal do rio Doce, que integra a região hidrográfica do Atlântico Trecho Leste e abrange cerca de km² de área de drenagem distribuídos nos estados de Minas Gerais (cerca de 86%) e Espírito Santo. De acordo com o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (ECOPLAN-LUME, 2008) esta bacia se divide em seis Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos (UPGRHs), como subsídio aos instrumentos da política de gestão de recursos hídricos nos limites do estado de Minas Gerais, as quais possuem comitês de bacia já estruturados, quais sejam: (i) DO1 Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Piranga; (ii) DO2 Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba; (iii) DO3 Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Santo Antônio; (iv) DO4 Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Suaçuí; (v) DO5 Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Caratinga; e (vi) DO6 Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Manhuaçu. A região hidrográfica em que se insere o Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. pertence ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Santo Antônio (DO3), que abrange uma área situada no extremo oeste da bacia hidrográfica do rio Doce. A região de abrangência definida para os estudos em apreço compreende especificamente os trechos da bacia hidrográfica delimitados pelos divisores de águas apresentados anteriormente na Figura 8.1, localizados na porção oeste da bacia hidrográfica do rio Santo Antônio. Tais polígonos abrangem áreas dos municípios de Conceição do Mato Dentro e Morro do Pilar e definem as sub-bacias hidrográficas do próprio rio Santo Antônio, do ribeirão das Lages, dos rios Picão e Preto, afluentes diretos do alto rio Santo Antônio pela margem direita. Também se destacam na região as sub-bacias dos rios Cuba (ao norte) e do Peixe (ao sul), ambos afluentes indiretos do rio Santo Antônio pela margem direita Visita de Reconhecimento Com o intuito de subsidiar a caracterização geral da região de abrangência do empreendimento, foi realizada entre os dias e uma visita de reconhecimento da área de interesse, com foco na observação dos principais cursos de água que a drenam e de suas respectivas bacias hidrográficas. Durante esse trabalho foram observadas características fisiográficas e geomorfológicas das sub-bacias de interesse, bem como os aspectos quali-quantitativos dos cursos de água do entorno. Além disso, EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 5

17 buscou-se uma associação preliminar de tipologias de uso e ocupação do solo com as interferências identificadas nos corpos hídricos. As Foto 8.1 a Foto 8.14 ilustram alguns dos cursos de água visitados, bem como permitem observar algumas características de solo e cobertura vegetal das margens dos trechos fluviais e das respectivas bacias hidrográficas de contribuição. Foto Trecho fluvial do ribeirão das Lajes, localizado na porção norte da área de interesse Foto Trecho fluvial do ribeirão das Lajes, localizado na porção norte da área de interesse EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 6

18 Foto Rio Santo Antônio, localizado na porção norte da área de interesse Foto Afluente da margem direita do rio Santo Antônio, localizado na porção norte da área de interesse EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 7

19 Foto Ribeirão Mata-Cavalos, afluente da margem direita do ribeirão das Lajes, localizado na porção norte da área de interesse Foto Córrego Escadinha, afluente da margem esquerda do ribeirão do Bento, localizado na porção norte da área de interesse EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 8

20 Foto Rio Preto, localizado na porção sul da área de interesse Foto Rio Preto, localizado na porção sul da área de interesse EIA-MOPI /12-v1 26/3/2012 9

21 Foto Ribeirão do Picão, localizado na porção sul da área de interesse Foto Ribeirão do Picão, localizado na porção sul da área de interesse EIA-MOPI /12-v1 26/3/

22 Foto Aspecto geral do vale de um dos formadores do rio Preto, localizado na porção sul da área de interesse Foto Aspecto geral do vale do ribeirão das Lajes, localizado na porção norte da área de interesse EIA-MOPI /12-v1 26/3/

23 Foto Pequeno barramento em propriedade rural, com captação, localizado na porção sul da área de interesse Foto Aspecto geral da cabeceira de drenagem de formador do rio Preto, localizado na porção sul da área de interesse A partir da visita de reconhecimento da área de interesse foi possível tecer algumas observações abrangentes a respeito de aspectos ambientais, geomorfológicos, hidráulicos e hidrológicos, a saber: EIA-MOPI /12-v1 26/3/

24 Aspectos Ambientais Foi constatada a substituição da vegetação nativa por áreas de pastagem e/ou agricultura, valendo-se essencialmente de técnicas que podem ser consideradas não adequadas, como desmatamento seguido de queimada. Os cursos de água apresentam características físicas indicativas de águas não poluídas, com baixa carga de sedimentos em trânsito e aspecto geral agradável, à exceção de pontos isolados localizados nas proximidades das ocupações urbanas. Não foi observada, de maneira geral, preservação das matas ciliares. O manejo do solo, de maneira geral, mas especialmente para a pecuária extensiva, parece não ser feito de forma adequada, observando-se pontos de intensivo pisoteio de gado às margens inclusive de nascentes Aspectos Geomorfológicos Os terrenos das bacias hidrográficas da região de interesse apresentam declividades bastante acentuadas em vários trechos, sendo pouco expressivas as áreas representadas por planícies aluvionares dos cursos de água. Entretanto, em alguns trechos, falhas geológicas formam terraços que apresentam desníveis significativos entre si. As margens dos cursos de água apresentam-se bastante modificadas, tendo sido verificados pontos de erosão em alguns trechos, como também em pontos dispersos da bacia hidrográfica, inclusive com a presença de voçorocas Aspectos Hidráulico-Hidrológicos Praticamente não foram observadas, em toda a área percorrida, ocupações às margens dos cursos de água que pudessem caracterizar a não preservação de suas respectivas planícies de inundação naturais. Foram verificadas algumas intervenções ao longo dos cursos de água, como pequenos barramentos, travessias, sistemas de captação e lançamento de efluentes, as quais podem ou não interferir sobre o regime de escoamento local dos referidos trechos fluviais, mas não de forma significativa Fisiografia das Sub-bacias de Interesse Conforme mostra a Figura 8.2, a área do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. está inserida nos limites hidrográficos do alto trecho da bacia do rio Santo Antônio e, mais especificamente, na rede de drenagem do ribeirão das Lages e dos rios Preto e Picão. Embora não diretamente abrangidos pelas áreas de influência direta e indireta do projeto as sub-bacias dos rios Cuba e do Peixe, foram consideradas parte integrante da região de abrangência do projeto. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

25 Figura Delimitação das sub-bacias hidrográficas de interesse EIA-MOPI /12-v1 26/3/

26 A bacia hidrográfica do rio Santo Antônio está inserida no quadrilátero formado pelas coordenadas geográficas e de latitude Sul e e de longitude Oeste e abrange cerca de km² de área de drenagem. Sua rede de drenagem se apresenta na forma dentrítica, ou seja, os ramos formados pelas correntes tributárias distribuem-se em todas as direções sobre a superfície do terreno e se unem formando ângulos agudos de graduações variadas. A área de drenagem delimitada abarca, total ou parcialmente, os municípios de: Conceição do Mato Dentro, Alvorada de Minas, Serro, Santo Antônio do Itambé, Dom Joaquim, Carmésia, Dores de Guanhães, Guanhães, Senhora do Porto, Sabinópolis, Braúnas, Açucena, Naque, Belo Oriente, Mesquita, Joanésia, Ferros, Santa Maria de Itabira, Passabém, Itabira, Antônio Dias, Congonhas do Norte, Itambé do Mato Dentro, Materlândia, Morro do Pilar, Santana do Paraíso, Santo Antônio do Rio Abaixo, São Sebastião do Rio Preto e Serra Azul de Minas. O rio Santo Antônio nasce nos contrafortes da serra do Espinhaço em altitudes da ordem de 1200 m, no município de Conceição do Mato Dentro. Das nascentes, onde recebe a denominação de ribeirão Santo Antônio do Cruzeiro, até sua foz, que ocorre na divisa dos municípios de Naque e Belo Oriente, pela margem esquerda do rio Doce e em altitudes da ordem de 200 m, percorre cerca de 280 km. Parte desse trajeto, que abrange o trecho das nascentes até a confluência com o rio do Peixe, é feito no sentido geral Noroeste-Sudeste e o restante na direção geral Oeste-Leste. Somente a partir da confluência com o rio Parauninha, que ocorre próximo à área urbana do município de Conceição do Mato Dentro e cerca de 50 km a jusante de suas nascentes, o referido curso de água recebe a denominação de rio Santo Antônio. Ao longo de seu percurso, o rio Santo Antônio recebe como principais afluentes, de montante para jusante e pela margem direita os rios Preto do Itambé e do Tanque. Pela margem esquerda contribuem os rios do Peixe e Guanhães. A sub-bacia do rio Santo Antônio, ilustrada na Figura 8.2 e que compreende a região de interesse para o presente estudo, abrange 1360 km² de área de drenagem, correspondentes a 13,0% de toda a bacia hidrográfica do rio Santo Antônio. Está compreendida no quadrilátero definido pelas coordenadas UTM SAD69 - Fuso 23S de E e E de longitude e N e N de latitude. Dentro desses limites, o rio Santo Antônio percorre cerca de 83 km, ao longo dos quais recebe como principais afluentes, de montante para jusante e pela margem direita os rios Parauninha e Preto, o ribeirão das Lajes, e outro rio Preto, ao sul. Pela margem esquerda se observa uma série de pequenos afluentes, mas nenhum deles de extensão significativa como os observados na margem direita. A sub-bacia do ribeirão das Lajes, ilustrada na Figura 8.2, está inserida no quadrilátero delimitado pelas coordenadas UTM SAD69 - Fuso 23S de E e E de longitude e N e N de latitude, e abrange uma área de drenagem de 70,9 km². O ribeirão das Lajes, afluente direto do rio Santo Antônio pela margem direita, tem suas nascentes em altitudes da ordem de 1000 m, no município de Morro do Pilar. Ao longo de seu percurso, de aproximadamente 14,8 km, realizado na direção geral Oeste-Leste, recebe como principal afluente o ribeirão Mata-Cavalos, pela margem direita. Esse curso de água, cuja sub-bacia tem proporções maiores que a do ribeirão das Lajes até o ponto de confluência, tem suas nascentes em altitudes da ordem de 1300 m e se desenvolve nas direções Oeste-Leste e Sul- Norte, até concluir seu percurso em altitudes da ordem de 600 m. A foz do ribeirão das Lajes também ocorre nos limites do município de Morro do Pilar, em altitudes da ordem de 550 m. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

27 A sub-bacia do rio Picão abrange uma área de drenagem de 83,6 km² e está inserida no quadrilátero delimitado pelas coordenadas UTM SAD69 - Fuso 23S de E e E de longitude e N e N de latitude, tal como ilustra a Figura 8.1. O rio Picão, afluente do rio Santo Antônio pela margem direita, nasce nos limites do município de Morro do Pilar, em altitudes da ordem de 1300 m e se desenvolve no sentido geral Oeste-Leste por aproximadamente 32,0 km. Sua foz ocorre ainda no interior do município citado, em altitudes da ordem de 550 m. Seus principais afluentes são os córregos do Pilar e Brumado, ambos contribuintes da margem esquerda. Pela margem direita não se observam afluentes significativos. A sub-bacia do rio Preto, de interesse para os estudos, está inserida no quadrilátero delimitado pelas coordenadas UTM SAD69 - Fuso 23S de E e E de longitude e N e N de latitude e abrange uma área de drenagem de 166 km². O rio Preto, que percorre cerca de 41,0 km no sentido geral Oeste-Leste, é um significativo afluente da margem direita do rio Santo Antônio no trecho de interesse. De suas nascentes, que ocorrem em altitudes da ordem de 1300 m, no município de Morro do Pilar, até sua foz, observada em altitudes da ordem de 550 m ainda nos limites do citado município, o rio Preto recebe como principal afluente, de montante para jusante e pela margem esquerda os córregos da Raimundinha, Água Limpa e Barroso. Pela margem direita contribuem pequenos afluentes como os córregos Salitreiro, Gentil, da Lapa e Santa Cruz. A sub-bacia do rio Cuba, de interesse para os estudos, está inserida no quadrilátero delimitado pelas coordenadas UTM SAD69 - Fuso 23S de E e E de longitude e N e N de latitude e abrange uma área de drenagem de 89,0 km². O rio Cuba, que percorre cerca de 21,2 km no sentido geral Sul-Norte, é um significativo afluente da margem direita do rio Preto, que por sua vez é afluente direto do rio Santo Antônio. Das nascentes, que ocorrem em altitudes da ordem de 1360 m, no município de Conceição do Mato Dentro, até sua foz no rio Preto, observada em altitudes da ordem de 600 m ainda nos limites do citado município, o rio Cuba recebe como principal afluente, de montante para jusante e pela margem esquerda, o rio Lambari. Pela margem direita destacam-se os córregos do Tomás e Tijucal. O rio do Peixe é um afluente da margem direita do rio Preto do Itambé, um dos principais afluentes da margem direita do rio Santo Antônio em seu alto trecho. A sub-bacia do rio do Peixe, de interesse para os estudos, abrange uma área de drenagem de 168 km² e está inserida no quadrilátero formado pelas coordenadas UTM SAD69 - Fuso 23S de E e E de longitude e N e N de latitude, tal como mostra a Figura 8.2. O rio do Peixe tem suas nascentes em altitudes da ordem de 1400 m, nos contrafortes da Serra do Espinhaço, nos limites do município de Morro do Pilar. Sua foz ocorre em altitudes de 550 m, ainda no município de Morro do Pilar, após ter percorrido uma distância da ordem de 58,8 km na direção geral Oeste-Leste. Ao longo de seu trajeto recebe como principais contribuintes, de montante para jusante e pela margem esquerda, os córregos Barrinha, do Peixe, Retiro e da Reserva. Pela margem direita pode-se citar os córregos Correndas e Jaguara. Considerando que os aspectos físicos de uma bacia hidrográfica constituem elementos de grande importância na avaliação do seu comportamento hidrológico, uma vez que auxiliam na interpretação dos resultados analíticos relativos à estimativa de vazões, foram determinadas as principais EIA-MOPI /12-v1 26/3/

28 características físicas das bacias anteriormente citadas, desde as nascentes de seus principais cursos de água até o exutório considerado. Essas características são resumidas na Tabela 8.1. Tabela Características fisiográficas das bacias hidrográficas nas quais se insere o Projeto Morro do Pilar Curso de Água Parâmetro Rio Santo Antônio Rio Cuba Ribeirão das Lajes Rio Picão Rio Preto Rio do Peixe Área de Drenagem (km²) ,0 70,9 83, Perímetro da Bacia (km) ,3 47,8 56,0 80,1 78,0 Comprimento do Curso de Água Principal (km) 93,5 21,2 14,8 32,0 41,0 58,8 Cota das Nascentes (m) Cota da Foz (m) Declividade Média Equivalente do Talvegue Principal (m/km) 2,48 20,78 15,82 9,63 4,54 3,56 Coeficiente de Compacidade (Kc) 1,29 1,31 1,59 1,71 1,74 1,68 Coeficiente de Forma (Kf) 0,156 0,198 0,324 0,082 0,099 0,049 Tempo de Concentração (horas) 14,8 2,5 2,0 4,1 5,4 7,8 O perímetro de uma bacia hidrográfica está na maior parte das vezes diretamente associado à sua área de drenagem, ou seja, em geral, quanto maior a bacia abrangida pelo divisor trançado a partir de uma determinada seção, maior o perímetro associado e, consequentemente, maior o talvegue do curso de água principal. Os valores mostrados na Tabela 8.1 permitem constatar o exposto. Dentre as sub-bacias consideradas, a de maior perímetro e maior curso de água, é a sub-bacia do rio Santo Antônio até a foz do rio Preto, inclusive. A declividade média equivalente do curso de água principal nem sempre representa de maneira ideal as características de seu talvegue. Geralmente, o trecho das nascentes de um determinado curso de água, localizado em altitudes mais elevadas, apresenta declividade mais acentuada que o trecho médio e a foz, os quais se distribuem e se posicionam ao longo de altitudes menos elevadas. A Figura 8.3 permite que sejam observadas as diferenças de declividade ao longo de todo o comprimento do talvegue do curso de água principal das bacias hidrográficas de interesse. Considerando o exposto, para avaliar com maior precisão a declividade de um curso de água, este deve ser subdividido em trechos com características semelhantes (nascentes, trecho médio e foz). Dessa forma, pode-se dizer com base nos valores apresentados na Tabela 3.1, que servem apenas para efeito EIA-MOPI /12-v1 26/3/

29 comparativo do valor médio dessa característica do curso de água, que o rio Cuba apresenta maior declividade média equivalente e o rio Santo Antônio o menor valor para esse parâmetro. Embora os valores dos coeficientes de forma e compacidade forneçam apenas um indicativo do comportamento hidrológico dos cursos de água, pois são vários os fatores que interferem na origem e comportamento das cheias em uma dada bacia hidrográfica, pode-se dizer, com base nos valores obtidos (Tabela 8.1), que as bacias estudadas não apresentam grande tendência a enchentes. O coeficiente de forma menor que a unidade para todas as bacias indica, ainda, redes de drenagem com formato alongado, fato verificado na Figura 8.3, anteriormente apresentada. O tempo de concentração indica o momento em que todos os afluentes do curso de água principal contribuem com o escoamento que se verifica no exutório da bacia considerada. Observando os valores apresentados na Tabela 3.1, pode-se dizer que a sub-bacia que concentra o escoamento superficial mais rapidamente no exutório considerado é a sub-bacia do ribeirão das Lajes, enquanto que a sub-bacia do rio Santo Antônio, tem o maior tempo de concentração de cheias no exutório considerado. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

30 Figura Perfis longitudinais dos cursos de água de interesse na área de abrangência dos estudos Climatologia e Regime de Chuvas Os estudos climatológicos e o regime de chuvas que orientou a elaboração deste capítulo encontram-se apresentados no item Caracterização do Clima e das condições meteorológicas, neste EIA Fluviologia Seleção de Dados Fluviométricos Para permitir a caracterização do regime fluviométrico, bem como embasar os estudos de determinação das ofertas hídricas superficiais da área de abrangência dos estudos, foi feito o levantamento de toda a EIA-MOPI /12-v1 26/3/

31 rede de monitoramento existente, cujos dados estão disponíveis para avaliação a partir do banco de dados da ANA ( A Tabela 8.2 lista as principais informações relacionadas às estações situadas na região, atualmente em operação ou extintas. O critério de escolha das estações fundamentou-se na localização, levando-se em conta a proximidade em relação à área de interesse, bem como à possibilidade de se verificar a influência futura do empreendimento sobre os recursos hídricos superficiais isoladamente e em conjunto com outros atores atuantes na região entorno. A localização das referidas estações é apresentada na Figura 8.4. Tabela Estações fluviométricas selecionadas na área de estudo Código Nome Curso de Água Latitude Coordenadas Longitude Área de Drenagem (km²) Período de Dados Gondo Rio Santo Antônio /54 a 02/ Conceição do Mato Dentro Rio Santo Antônio /45 a 01/ Alvorada de Minas Rio do Peixe /54 a 12/ Dom Joaquim Rio do Peixe /46 a 01/ Ferros Rio Santo Antônio /41 a 12/ Cachoeira Dona Rita Rio do Tanque /42 a 07/ Cachoeira Dona Rita Rio do Tanque /62 a 12/ Santa Maria de Itabira Ribeirão do Girau /62 a 12/ Fazenda Barraca Rio do Tanque /65 a 01/ Senhora do Porto Rio Ganhães /45 a 01/ Naque Velho Rio Santo Antônio /74 a 02/10 Considerando que as informações levantadas devem deve ter consistência e robustez suficientes para orientar e dar suporte ao alcance dos objetivos de caracterizar a atual situação dos recursos hídricos superficiais, levando-se em conta os diversos usos aos quais se destinam na área de interesse, foi realizada a verificação de consistência dos dados inventariados, cuja descrição é apresentada no item subsequente. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

32 Figura Localização das estações fluviométricas selecionadas na área de estudo Consistência das Informações Fluviométricas Durante o inventário de estações fluviométricas foram selecionados 11 pontos de monitoramento hidrométrico. Entretanto, algumas estações possuem dados com pouca representatividade para caracterizar o regime fluviométrico das áreas de interesse, em função do número de registros disponíveis. Além disso, a maioria delas apresenta algumas inconsistências ao longo das séries, detectadas na avaliação prévia da qualidade dos dados disponibilizados, problema este que se buscou amenizar por meio de análise de consistência. O primeiro passo do trabalho de consistência envolveu a coleta de todos os tipos de registros disponíveis em cada estação: cotas e vazões médias diárias, séries de vazões médias mensais, resumos de medição de descarga líquida, perfis transversais das seções de medição e/ou réguas e fichas descritivas. A metodologia adotada na avaliação da qualidade dos registros fluviométricos, base para determinação das ofertas hídricas da área de abrangência dos estudos, pode ser resumida nos seguintes tópicos: EIA-MOPI /12-v1 26/3/

33 Verificação da localização exata da estação fluviométrica usando a descrição existente nas fichas descritivas, com validação dos valores apresentados para a área de drenagem. Aferição das séries de cotas de cada estação, observando se as leituras se encontravam dentro dos intervalos das réguas, constantes nas respectivas fichas descritivas. Análise dos cotagramas de todas as estações em conjunto, a fim de detectar inconsistências nas séries de cotas de cada estação isolada, tais como erros de metro, para mais ou menos, comportamento anômalo, entre outros. Análise das medições de descarga líquida, recalculando área molhada e vazão através da velocidade, largura e profundidade média, como valores médios na seção medidora. Valores discrepantes foram corrigidos e aqueles cujas informações eram insuficientes para análise foram eliminados. Avaliação dos perfis transversais da seção medidora e/ou da seção de régua, caso disponíveis, a fim de verificar inconsistências e modificação da morfologia da calha ao longo do tempo. Traçado das curvas-chaves, verificando-se sua extensão, comportamento e extrapolação, bem como a coerência das medições de descarga consolidadas atribuídas aos períodos de validade das curvas. Traçado de gráficos auxiliares de área versus cota e velocidade versus cota com o intuito de verificar a existência ou não de mudanças na tendência das curvas-chaves pré-definidas pela ANA, ou intuir sobre a presença de controle hidráulico. Traçado de novas curvas-chaves para os períodos de dados cujas curvas foram julgadas inconsistentes. Métodos convencionais comumente adotados nesse tipo de estudo foram considerados na elaboração das novas curvas. Restituição das séries de vazões diárias, através da aplicação das curvas-chaves consolidadas aos cotagramas, e análise das séries de estações vizinhas ou da bacia em conjunto, a fim de detectar inconsistências que não foram observadas durante as análises anteriores. Após a análise da consistência e do período de dados disponíveis, algumas estações foram descartadas do estudo, seja pelo fato de seus registros terem sido julgados inconsistentes, seja pela informação insuficiente para o estabelecimento de novas curvas-chaves, coerentes com o resumo de medição de descarga líquida disponível. As curvas-chaves consideradas válidas para as estações fluviométricas representativas do regime fluviométrico da bacia hidrográfica do rio Santo Antônio são apresentadas nas Figura 8.5 a Figura Após a análise da consistência dos registros e da verificação e/ou elaboração das curvas-chaves, foram geradas, quando necessário, novas séries de vazões médias diárias e médias mensais. As séries das EIA-MOPI /12-v1 26/3/

34 estações situadas em um mesmo curso de água e mesma sub-bacia hidrográfica foram submetidas à verificação de continuidade, etapa que antecede o processo de homogeneização das séries de vazões médias mensais para determinação das ofertas hídricas no local das estações fluviométricas. Todas as descontinuidades verificadas foram eliminadas e/ou corrigidas por comparação com as séries das estações vizinhas. Considerando a qualidade e o período de dados disponíveis e a localização em relação à área de abrangência dos estudos, representada pelas seções de referência previamente definidas, a estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) foi considerada representativa do regime fluviométrico da região e, portanto, selecionada como base para determinação das ofertas hídricas superficiais. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

35 Figura Curvas-chaves do Rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Figura Curvas-chaves do Rio do Peixe em Dom Joaquim ( ) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

36 Figura Curvas-chaves do Rio Santo Antônio em Ferros ( ) Figura Curvas-chaves do Tanque Fazenda Barraca ( ) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

37 Figura Curvas-chaves do Rio Ganhães em Senhora do Porto ( ) Figura Curvas-chaves do Rio Santo Antônio em Naque Velho ( ) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

38 Estação Fluviométrica de Referência A localização e as características físicas da estação fluviométrica selecionada como base para determinação das ofertas hídricas da região de abrangência dos estudos foram conferidas a partir das informações constantes na sua ficha descritiva, ilustradas na Tabela 8.3. Tabela Resumo da ficha descritiva da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Data de Instalação: Localização: Altitude: Área de Drenagem: Descrição: Medição: Conformação do Trecho: Margens: Leito: Controles: Fev/45 (Fluviométrica) Fev/89 (Qualidade das Águas) 19º00'59,5" Latitude Sul e 43º26'51,6" Longitude Oeste Situada 300 m a jusante da barra do córrego Conceição do Mato Dentro, junto à ponte sobre o rio Santo Antônio. 501 m 301 km² 5 escalas de alumínio anodizado, fixadas em estacas suporte, na margem esquerda, com leituras 0/1, 1/3, 3/4, 4/5 e 5/6 m. Segurança de nivelamento construída com parafusos de ferro chumbados no afloramento definidos por RNP1= mm e RN4= mm. Única, situada 47,40 metros a jusante das escalas. Retilíneo. Laje em trecho de contenção e solo com vegetação rasteira, fortemente inclinada (ME) e solo com vegetação rasteira, de inclinação forte (MD). Cascalho e rocha. Cachoeira 500 m a jusante e ponte a jusante das escalas. Croqui: EIA-MOPI /12-v1 26/3/

39 As coordenadas de sua localização foram conferidas com auxílio do software Gloogle Earth, e a área de drenagem calculada com base nas cartas do IBGE que cobrem a região. A diferença encontrada não superou 12% em relação ao valor oficial, que foi mantido nos estudos. A Figura 8.11 mostra a localização da estação fluviométrica selecionada e a área de drenagem delimitada a partir do exutório determinado por esta seção de controle. Figura Localização da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato e sub-bacia hidrográfica de interesse Determinação dos Indicadores de Oferta Hídrica no Eixo da Estação Fluviométrica de Referência Após análise de consistência dos registros da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ), selecionada como base, foi determinada sua série histórica de vazões médias mensais com base nas vazões médias diárias restituídas a partir das curvas-chaves consolidadas para o período de 03/1945 a 12/2009. As falhas existentes nos dados observados na estação fluviométrica base foram preenchidas a partir da vazão média de longo termo correspondente ao mês em que ocorrem, tendo em vista o número reduzido dessa ocorrência. A Tabela 8.4 apresenta a série de vazões médias mensais consolidada para a estação em questão. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

40 Tabela Vazões médias mensais no rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Série Histórica de Vazões Médias Mensais (m³/s) Estação Conceição do Mato Dentro Área de Drenagem: 301 km² Rio Santo Antônio ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média Máxima Mínima ,7 10,5 12,2 15,6 8,00 5,39 4,35 3,58 3,15 4,86 15,3 35,7 11,0 35,7 3, ,0 8,07 8,94 7,75 5,23 3,99 3,37 2,85 3,38 2,68 16,7 8,46 7,20 16,7 2, ,7 8,22 17,3 7,95 5,40 4,15 6,06 5,79 4,04 9,68 15,5 21,4 9,77 21,4 4, ,8 10,8 8,58 6,67 4,61 3,73 3,21 2,65 2,43 3,79 5,67 34,3 8,11 34,3 2, ,1 28,8 10,7 19,4 9,28 7,51 6,96 5,91 5,80 8,91 11,1 17,1 13,0 28,8 5, ,7 16,8 7,21 6,49 4,41 3,70 2,99 2,47 2,54 2,61 10,6 15,0 7,47 16,8 2, ,6 11,3 20,9 9,56 5,73 4,85 3,91 3,52 4,11 4,17 3,00 12,8 7,88 20,9 3, ,6 26,4 35,8 17,1 10,7 6,78 5,45 4,55 5,12 4,31 15,5 22,2 14,1 35,8 4, ,1 15,4 16,1 16,3 11,3 8,45 6,59 5,87 7,36 8,45 14,5 19,4 11,8 19,4 5, ,3 7,14 4,17 6,69 3,93 2,94 2,77 2,31 2,01 3,30 7,17 4,66 4,79 10,3 2, ,89 5,02 2,29 8,22 2,57 1,70 1,43 1,27 0,918 3,52 9,37 26,1 5,78 26,1 0, ,05 3,18 10,4 3,11 3,26 3,41 2,08 1,54 1,06 0,898 9,12 18,9 5,50 18,9 0, ,6 15,9 14,6 16,3 8,12 5,61 4,59 3,62 3,05 2,70 11,3 16,7 10,0 17,6 2, ,5 10,5 7,89 9,18 4,57 3,37 4,72 2,65 3,21 5,49 4,28 7,23 6,21 11,5 2, ,02 2,87 10,3 3,12 2,34 1,75 1,62 1,52 0,988 3,78 13,4 6,37 4,50 13,4 0, ,5 9,85 17,7 6,40 4,41 3,53 2,84 2,15 2,06 2,07 8,76 14,4 7,23 17,7 2, ,3 13,9 9,30 4,71 3,29 2,95 2,48 2,02 1,63 1,44 1,84 5,67 6,55 29,3 1, ,8 15,4 9,98 4,34 2,58 2,41 1,65 1,57 1,99 4,58 8,34 20,6 7,69 20,6 1, ,26 4,96 2,73 2,29 1,69 1,35 1,34 1,12 0,855 0,769 3,82 5,56 2,81 7,26 0, ,9 16,3 7,21 5,55 4,68 2,55 2,71 2,28 1,83 5,80 16,3 9,47 8,30 24,9 1, ,3 16,1 13,6 7,72 6,57 4,89 4,11 3,45 2,62 5,66 13,8 8,19 8,92 20,3 2, ,7 10,1 9,92 5,39 4,46 3,75 3,71 2,76 2,76 4,04 5,56 9,36 6,22 12,7 2, ,49 5,56 6,30 6,30 3,63 2,87 2,48 2,13 1,87 1,98 6,38 10,2 4,85 10,2 1, ,84 9,41 7,17 5,88 3,26 2,79 2,76 2,36 3,23 5,70 7,60 6,94 5,33 9,41 2, ,46 4,91 6,04 3,01 2,37 2,37 1,92 1,45 1,24 2,28 6,37 10,2 4,22 10,2 1, ,4 5,61 3,50 4,43 2,40 1,95 1,81 1,73 3,48 5,68 6,89 4,53 4,53 12,4 1, ,87 1,97 3,17 2,51 1,38 1,76 1,28 0,738 1,04 5,70 21,1 10,2 4,47 21,1 0, ,71 3,78 4,95 4,69 2,71 2,30 2,32 2,02 1,25 5,64 8,97 11,7 4,59 11,7 1, ,63 8,32 15,3 5,75 3,93 2,60 2,31 1,94 1,90 5,70 10,9 7,12 5,95 15,3 1, ,2 7,88 7,75 5,71 3,53 3,23 2,30 2,52 1,88 4,01 3,26 9,99 5,19 10,2 1, ,6 6,68 4,74 6,13 3,76 2,61 2,51 2,14 1,79 3,51 9,48 5,74 5,06 11,6 1, ,66 6,66 4,66 3,84 3,19 2,18 2,54 1,77 5,09 5,81 7,43 10,2 4,67 10,2 1, ,1 7,61 4,65 7,79 4,29 3,23 2,47 2,25 2,39 3,00 12,7 14,1 7,22 22,1 2, ,0 19,7 8,54 9,49 5,13 9,43 4,24 4,56 4,15 5,80 9,65 11,5 9,77 25,0 4, ,5 44,1 18,2 10,5 7,20 7,83 5,22 6,62 5,84 5,25 16,5 12,3 13,8 44,1 5, ,4 14,8 8,21 13,9 6,12 5,94 4,51 3,85 4,08 3,54 8,38 13,0 8,89 20,4 3, ,7 9,08 13,1 7,98 5,35 5,15 3,35 3,52 2,66 10,1 16,9 16,0 8,82 16,9 2, ,7 12,2 24,9 13,2 7,95 7,27 5,69 5,33 3,82 4,13 6,42 10,2 11,1 31,7 3, ,3 11,6 11,0 8,28 7,26 4,95 3,86 3,11 3,76 7,62 8,42 14,8 8,99 23,3 3, ,71 6,10 5,30 8,62 2,88 2,34 2,84 3,33 5,18 4,57 7,33 15,3 6,04 15,3 2, ,0 11,8 13,1 6,50 8,77 4,40 3,95 3,81 3,98 4,15 6,39 9,49 9,27 35,0 3, ,5 9,89 4,49 3,45 3,10 2,78 2,46 2,33 2,18 2,15 3,28 7,40 5,33 20,5 2, ,20 2,94 6,05 7,36 3,00 2,91 2,20 1,71 2,87 4,34 6,49 9,91 4,58 9,91 1, ,93 7,12 4,68 4,18 3,10 2,10 1,61 1,29 1,01 2,67 5,74 13,1 4,63 13,1 1, ,49 5,33 4,61 3,25 2,20 2,74 1,97 1,62 1,65 3,05 5,14 14,3 4,19 14,3 1, ,04 10,5 3,15 2,53 2,83 1,48 2,58 1,81 2,39 2,39 5,19 3,10 3,58 10,5 1, ,1 8,26 13,2 8,94 4,48 2,73 2,72 2,56 2,60 3,27 9,29 5,43 6,30 13,2 2, ,0 10,5 8,12 9,96 7,26 5,20 3,92 3,91 3,71 8,25 17,7 33,3 11,4 33,3 3, ,7 10,5 10,0 7,00 5,05 3,97 3,08 2,75 2,66 2,99 3,37 11,6 6,39 13,7 2, ,7 10,5 17,1 7,48 4,33 3,27 2,46 2,03 1,66 2,22 9,14 10,3 7,01 17,1 1, ,61 8,28 6,45 5,62 3,87 3,37 3,19 3,04 2,67 3,24 7,41 14,3 5,42 14,3 2, ,84 3,06 3,94 2,69 2,24 1,88 1,59 1,52 1,84 1,87 17,0 14,2 4,97 17,0 1, ,6 7,47 17,3 11,9 5,43 4,49 3,55 2,77 2,61 3,62 8,30 19,0 8,34 19,0 2, ,3 10,1 6,51 4,60 3,69 2,99 2,37 1,95 1,41 3,07 11,5 9,95 5,87 12,3 1, ,8 4,93 11,6 3,50 2,50 2,06 1,76 1,12 0,939 1,70 5,97 11,3 4,84 11,6 0, ,17 13,6 13,4 5,87 3,78 2,93 2,50 2,27 3,20 2,08 9,94 11,6 6,61 13,6 2, ,18 4,66 5,16 3,10 2,38 1,93 1,49 1,71 2,16 2,22 9,55 14,3 4,82 14,3 1, ,3 16,2 7,30 4,13 3,03 2,31 2,13 1,56 3,12 2,14 7,86 10,6 6,30 16,2 1, ,4 4,92 6,39 3,98 2,64 2,18 1,68 1,45 1,83 2,11 3,24 8,28 5,01 21,4 1, ,3 20,4 10,6 13,3 5,77 4,08 4,48 2,70 2,31 2,53 3,17 15,3 8,83 21,3 2, ,8 11,4 27,6 7,48 5,94 4,52 3,73 2,99 2,73 2,23 14,2 18,4 9,50 27,6 2, ,82 5,61 14,6 7,63 4,59 3,82 3,13 2,57 2,58 2,70 5,81 14,8 6,15 14,8 2, ,4 10,7 5,23 4,44 3,40 2,67 2,42 1,88 1,22 1,17 1,85 7,74 4,68 13,4 1, ,91 7,90 6,62 5,37 2,64 2,01 1,09 0,770 1,03 4,18 8,43 19,5 5,37 19,5 0, ,1 12,2 8,11 8,67 5,02 4,19 3,29 2,76 3,81 5,28 6,22 13,4 8,09 24,1 2,76 Características do Período Mínima 2,66 1,97 2,29 2,29 1,38 1,35 1,09 0,738 0,855 0,769 1,84 3,10 Q MLT (m³/s) Q ESPEC. (L/s.km²) Máxima 35,0 44,1 35,8 19,4 11,3 9,43 6,96 6,62 7,36 10,1 21,1 35,7 Média 13,7 10,5 10,0 7,24 4,53 3,64 3,06 2,64 2,70 3,99 9,04 13,1 7,01 23,3 EIA-MOPI /12-v1 26/3/

41 A partir da série estabelecida foi possível gerar a curva de permanência de vazões médias mensais correspondente, apresentada na Figura 8.12, e determinar a vazão com 95% de permanência, usualmente utilizada em estudos de avaliação de oferta e disponibilidades hídricas. Figura Curva de permanência de vazões médias mensais na seção da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Com o intuito de fornecer informações para a definição da vazão mínima residual ou ecológica a ser mantida a jusante de usos consuntivos, em atendimento à legislação ambiental do estado de Minas Gerais, é necessária a análise das vazões mínimas. O Instituto Mineiro de Gestão das águas IGAM estabeleceu as Portarias nº 030/1993 e 010/1998, posteriormente substituídas pela Portaria nº 49/2010, que regulamenta o processo de outorga de direito de uso de águas de domínio do estado. A referida portaria estabelece que a Diretoria de Controle das Águas é responsável por propor vazões de referência a serem utilizadas para cálculo das disponibilidades hídricas em cada local de interesse, de acordo com o Plano Estadual de Recursos Hídricos e com os Planos Diretores de Recursos Hídricos de cada bacia hidrográfica. Entretanto, até que se estabeleçam as diversas vazões de referência na bacia hidrográfica, será adotada a Q 7,10 (vazão mínima de sete dias de duração e dez anos de tempo de retorno), fixando: O limite máximo de derivações consuntivas, a serem outorgadas na porção da bacia hidrográfica limitada por cada seção considerada, em condições naturais, é de 30% da Q 7,10, ficando garantido a jusante de cada derivação fluxos residuais mínimos equivalentes a 70% desta vazão. Quando o curso de água for regularizado pelo interessado o limite de outorga poderá ser superior a 30% da Q 7,10, aproveitando o potencial de regularização, desde que seja garantido um fluxo residual mínimo à jusante equivalente a 70% da Q 7,10. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

42 Para determinação das vazões mínimas de referência foi elaborado um estudo de análise de frequência de mínimos anuais de vazão média de sete dias, selecionados a partir da série de vazões médias diárias da estação base. Esse estudo culminou na determinação do melhor ajuste teórico de uma distribuição de probabilidades à amostra selecionada. As distribuições utilizadas nessa metodologia foram as de Gumbel e Weibull, sendo esta última a que proporcionou o melhor ajuste e, portanto, foi adotada nos estudos, conforme ilustrado na Figura Figura Ajuste da distribuição teórica de probabilidades Weibull à amostra de mínimos anuais de vazão média de sete dias de duração da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Considerando os limites legais válidos para o estado de Minas Gerais, tem-se que a vazão residual na seção correspondente ao eixo da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dento ( ) é igual a 0,570 m³/s e o valor explotável corresponde aos 30% restantes, ou seja, 0,244 m³/s. Para avaliar o potencial de regularização de vazões foi simulada a operação de um reservatório hipotético supostamente construído no local da estação fluviométrica base. Para diversos valores de vazão regularizada, indicadas como percentuais da vazão média de longo termo, foi simulado o balanço hídrico do reservatório, determinando-se os volumes de regularização requeridos em cada ano da série de vazões afluentes. Para cada valor de vazão regularizada, o maior volume de déficit calculado no período do histórico da série foi admitido como sendo o volume útil do reservatório hipotético. Os dados permitiram construir a curva de regularização para a estação, apresentada na Figura 8.14, na qual o eixo das ordenadas apresenta os valores de volumes úteis necessários e o eixo das abscissas a vazão correspondente. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

43 Figura Potencial de regularização de vazões na seção correspondente à estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) A Tabela 8.5 resume os indicadores de oferta hídrica determinados no eixo da estação fluviométrica de referência. Tabela Indicadores de oferta hídrica na seção do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ) Bacias Hidrográficas Estação Conceição do Mato Dento ( ) Área de Drenagem (km²) 301 Q MLT (m³/s) 7,01 Q ESP (L/s.km²) 23,3 Q 95% (m³/s) 1,62 Q 7,10 (m³/s) 0,814 Vazão Residual - 70% da Q 7,10 (m³/s) 0,570 Vazão Explotável - 30% da Q 7,10 (m³/s) 0,244 VU (10 6 m³)* 60% da Q MLT 70,69 * Volume Útil para regularizar 60% da vazão média de longo termo (QMLT) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

44 Estimativa das Demandas de Terceiros pelo Recurso Hídrico de Superfície Com o intuito de obter informações sobre os usos de água praticados e registrados na área de abrangência dos estudos, foi realizada uma consulta ao banco de dados do Instituto Mineiro de Gestão das Águas IGAM ( Por meio desse procedimento foi possível quantificar as principais demandas de água, computando-se os valores de vazão constantes nas respectivas portarias de outorgas vigentes no dia 18/11/2010. A Tabela 8.6 apresenta a listagem dos dados referentes às portarias de outorga de água superficial, cujos usuários se localizam na região de interesse. Como pode ser verificado na Figura 8.15, que ilustra a localização dos pontos identificados, nas sub-bacias de interesse existem apenas 12 (doze) outorgas, das 43 (quarenta e três) selecionadas. Estes pontos estão destacados em azul na referida tabela. Apenas 5 (cinco), dos 12 (doze) pontos localizados na área de interesse possuem demanda hídrica, sendo os demais, outorgas cuja finalidade é transposição de corpo de água (travessia). A vazão total demandada nas sub-bacias do rio Cuba, ribeirão das Lajes, rios Preto, Picão e do Peixe é nula, enquanto na sub-bacia do rio Santo Antônio, considerando a metodologia adotada, é igual a 0,4325 m³/s. Vale ressaltar que, por indisponibilidade de informação, não foram computados as outorgas concedidas para usos considerados insignificantes (vazões inferiores a 1,0 L/s). Outro uso da água identificado na região de interesse corresponde à geração hidrelétrica. Embora seja caracterizado como uso não-consuntivo, a quantidade de água disponível em cada eixo de implantação influi diretamente na geração prevista, e, portanto, na viabilidade econômica de cada uma das usinas. As usinas hidrelétricas levantadas no entorno da área de interesse, independentemente do status de implantação em que se encontram, estão apresentadas na Tabela 8.7. No entorno da área de interesse foram identificados 23 (vinte e três) aproveitamentos. Apenas 2 (dois) destes aproveitamentos estão operando atualmente. Entretanto, conforme informações obtidas junto à ANEEL (sigel.aneel.gov.br/ Brasil/viewer.htm), 2 (dois) já possuem outorga, 4 (quatro) então em fase de projeto básico (dois com aceite) e apenas 2 (dois) não evoluíram da fase de inventário, confirmando a vocação natural da área para a geração hidrelétrica. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

45 Figura Localização dos pontos de outorga de águas superficial no entorno na área de interesse EIA-MOPI /12-v1 26/3/

46 Requerente Tabela Outorgas de água superficial concedidas no entorno da área de interesse Município Coordenadas (Fuso 23S) Este Norte P.Munic. de Alvorada de Minas Alvorada de Minas JM Terraplanagem e Construções Ltda. JM Terraplanagem e Construções Ltda. JM Terraplanagem e Construções Ltda. Curso de Água Finalidade Vazão (m³/s) Afluente do Córrego Vermelho MD Abastecimento Público 0,0007 Alvorada de Minas Rio do Peixe Desempoeiramento e Ajuste 0,0030 Alvorada de Minas Córrego da Laje de Umidade para Compactação de Aterros em 0,0030 Alvorada de Minas Córrego Valente Obra Rodoviária 0,0012 P.Munic. de Carmésia Carmésia Córrego Belmonte Abastecimento Público 0,0026 P.Munic. de Carmésia Carmésia Córrego Guarani Desassoreamento e Limpeza - P.Munic. de Conceição do Mato Dentro Conceição do Mato Dentro Córrego Sem Nome Abastecimento Público 0,0025 COPASA MG Conceição do Mato Dentro Ribeirão Santo Antônio Abastecimento Público 0,0360 DER MG Conceição do Mato Dentro P.Munic. de Conceição do Mato Dentro Transposição de Corpo de Água Conceição do Mato Dentro Ribeirão Santo Antônio Irrigação 0,0170 DER MG Conceição do Mato Dentro DER MG Conceição do Mato Dentro Construções e Empreendimentos Base Ltda. Construções e Empreendimentos Base Ltda. Conceição do Mato Dentro Afluente do Córrego Milho Verde Conceição do Mato Dentro Córrego Milho Verde Transposição de Corpo de Água Transposição de Corpo de Água Transposição de Corpo de Água Transposição de Corpo de Água EIA-MOPI /12-v1 26/3/

47 Requerente Município Coordenadas (Fuso 23S) Este Norte Curso de Água Finalidade Vazão (m³/s) Odilon Simões Filho - Me Conceição do Mato Dentro Rio Santo Antonio Dragagem 0,0170 Reynaldo Costa Ferreira Conceição do Mato Dentro Rio Santo Antônio Dragagem 0,3600 Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração S.A Conceição do Mato Dentro Córrego Passa Três ou Passa Sete Consumo Industrial, Disposição de Rejeitos e Recirculação de Água 0,5440 Carlos Magno Lages Oliveira Conceição do Mato Dentro Córrego Bom Sucesso Irrigação 0,0139 Nova Era Silicon S/A Conceição do Mato Dentro Afluente do Rio do Peixe Uso Industrial 0,0009 Nova Era Silicon S/A Conceição do Mato Dentro Uso Industrial 0,0005 Nova Era Silicon S/A Conceição do Mato Dentro Afluente do Rio do Peixe Uso Industrial 0,0006 Nova Era Silicon S/A Conceição do Mato Dentro Afluente do Rio do Peixe Uso Industrial 0,0022 Nova Era Silicon S/A Conceição do Mato Dentro Afluente do Rio do Peixe Uso Industrial 0,0022 DER MG Conceição do Mato Dentro Vários Transposição de corpo de água - Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração S.A Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração S.A Conceição do Mato Dentro Afluente do Córrego Água Santa Conceição do Mato Dentro Córrego Vargem Grande Nova Era Silicon S/A Conceição do Mato Dentro Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração S.A Afluente do Córrego Casa Nova Conceição do Mato Dentro Córrego Candeia Mansa Drenagem de curso de água - Aspersão de vias e contenção de rejeito Consumo humano e Consumo agroindustrial Canalização para implantação de pilha de estéril 0,0022 0, EIA-MOPI /12-v1 26/3/

48 Requerente Município Coordenadas (Fuso 23S) Este Norte Curso de Água Finalidade Vazão (m³/s) COPASA MG Dom Joaquim Rio do Peixe Abastecimento Público 0,0080 Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração S.A Dom Joaquim Rio do Peixe Consumo Industrial 0,6944 P.Munic. de Dom Joaquim Dom Joaquim Afluente do Córrego da Serra Md Consumo Industrial, Consumo Humano Fuad Jorge Noman Filho Ferros Rio Santo Antônio Irrigação 0,0041 Fuad Jorge Noman Filho Ferros Rio Santo Antônio Irrigação 0,0041 Fuad Jorge Noman Filho Ferros Fuad Jorge Noman Filho Ferros Braço de Afluente (MD) do Rio Santo Antônio Afluente do Rio Santo Antônio MD 0,0001 Dessedentação de Animais 0,2000 Dessedentação de Animais 0,0002 Posto Ferrense Ltda. Ferros Rio Santo Antônio Lavagem de Veículos 0,0003 DER MG Itambé do Mato Dentro DER MG Morro do Pilar Transposição de Corpo de Água Transposição de Corpo de Água - - P.Munic. de Passabem Passabem Córrego Queixada Abastecimento Público 0,0008 Zelia Agusta Rodrigues São Sebastião do Rio Preto Rio Preto Extração Mineral - Geraldo Fernandes Canedo Serro Ribeirão Mata Burrinhos Irrigação 0,0066 Eymard Miranda Guimarães Serro Rio do Peixe Irrigação 0,0050 COPASA MG Serro Rio do Peixe Abastecimento Público 0,0360 EIA-MOPI /12-v1 26/3/

49 Tabela Aproveitamentos hidrelétricos no entorno da área de interesse Nome Curso de Água Municípios Status Este Coordenadas (Fuso 23S) Norte PCH Sumidouro Rio Santo Antônio Conceição do Mato Dentro Outorga PCH Porcos (km 50,9) Rio Santo Antônio Morro do Pilar Inventariado PCH Santo Antônio (km 30,3) Rio Santo Antônio Santo Antônio do Rio Abaixo Inventariado PCH Quimquim Rio Santo Antônio São Sebastião do Rio Preto Conceição do Mato Dentro Outorga PCH São João (km 35,6) Rio do Peixe Carmésia Projeto Básico com Registro PCH Axupé (km 26,2) Rio do Peixe Carmésia Inventariado PCH Santa Rita (km 14,8) PCH Monjolo PCH Brejaúba Rio do Peixe Rio do Peixe Rio do Peixe Ferros Conceição do Mato Dentro Ferros Conceição do Mato Dentro Ferros Conceição do Mato Dentro Projeto Básico com Registro Outorga Outorga PCH Ferros Rio Santo Antônio Ferros Projeto Básico com Registro PCH Ferradura Rio Santo Antônio Ferros Projeto Básico com Aceite PCH Cabeça de Boi Rio do Tanque Itambé do Mato Dentro Itabira Inventariado EIA-MOPI /12-v1 26/3/

50 Nome Curso de Água Municípios Status Itambé do Mato Dentro Este Coordenadas (Fuso 23S) Norte PCH Dona Rita Rio do Tanque Itabira Operação CGH São José Ribeirão Itauninha Santa Maria de Itabira Santa Maria de Itabira Ferros Operação PCH Sapé Rio do Tanque Ferros Projeto Básico com Registro PCH Sete Cachoeiras Rio Santo Antônio Ferros Projeto Básico com Aceite PCH Ouro Fino Rio Santo Antônio Ferros Projeto Básico com Registro PCH Jacaré Rio Guanhães Dores de Guanhães Outorga PCH Senhora do Porto Rio Guanhães Dores de Guanhães Outorga PCH Dores de Guanhães Rio Guanhães Dores de Guanhães Outorga PCH Funil Rio Guanhães Dores de Guanhães Guanhães Joanésia Operação UHE Salto Grande Rio Santo Antônio Braúnas Operação UHE Porto Estrela Rio Santo Antônio Dores de Guanhães Joanésia Açucena Operação EIA-MOPI /12-v1 26/3/

51 8.4. Caracterização da Fluviologia Local Os estudos hidrológicos para a caracterização da fluviologia local foram elaborados com o intuito de determinar as ofertas hídricas naturais, as demandas e, consequentemente, as disponibilidades hídricas reais em seções de referência estrategicamente definidas nos limites da área de abrangência dos estudos, permitindo, dessa forma, caracterizar o regime hidrológico da área de abrangência dos estudos. As ofertas hídricas, ou disponibilidade hídrica natural, representam a quantidade de água garantida pelos mananciais da natureza - águas superficiais e águas subterrâneas, considerando índices mínimos das respectivas capacidades de produção. A disponibilidade hídrica legal ou oferta hídrica legal corresponde à regulamentação estabelecida pelos órgãos gestores de recursos hídricos, que define os limites máximos de captação desses recursos. Por outro lado, a disponibilidade hídrica real corresponde à água efetivamente disponível para utilização em uma determinada seção fluvial de referência Seções Fluviais de Interesse A infraestrutura do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. está inserida nos limites hidrográficos do alto trecho da bacia do rio Santo Antônio e, conforme mencionado anteriormente, especificamente na rede de drenagem do ribeirão das Lages e dos rios Preto e Picão, afluentes diretos ou indiretos do rio Santo Antônio pela margem direita. Pela proximidade com as subbacias dos rios Cuba e do Peixe estas foram inseridas na área de abrangência dos estudos. Considerando o exposto foram definidas seis seções fluviais de interesse nos limites da área de abrangência dos estudos para avaliação do regime hidrológico, conforme apresentado na Tabela 8.8. Essas sub-bacias constituem-se naturalmente em domínios essenciais ao diagnóstico em apreço, como superfícies necessárias ao cômputo do balanço hídrico a ser conduzido para as estimativas das ofertas hídricas naturais e disponibilidades reais. A subdivisão em sub-bacias foi feita de forma que (i) as seções abrangessem áreas de contribuição representativas; e (ii) representassem os exutórios compostos pela foz do curso de água, sendo possível verificar a existência de grupos de usuários de água superficial, cujo consumo total pudesse vir a interferir de forma significativa na disponibilidade hídrica da seção de referência. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

52 Tabela Seções fluviais de referência para determinação das ofertas e disponibilidades hídricas na área de interesse do Projeto Morro do Pilar Seção Denominação da Seção Área de Drenagem (km²) 01 Rio Cuba 89,3 02 Ribeirão das Lajes 69,9 03 Rio Preto 167,9 04 Rio Picão 84,0 05 Rio do Peixe 168,7 06 Rio Santo Antônio Jusante da cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo 1407 Valendo-se de critérios de regionalização específicos, estabelecidos a partir dos dados de estações fluviométricas de base, e de maneira a corroborar os indícios obtidos por meio dos estudos hidrogeológicos, foram determinadas indicadores de oferta hídrica superficial (vazões características médias e mínimas, curvas de permanência e potencial de regularização) em cada seção estratégica considerada. Também foram calculadas, por meio da metodologia descrita, as séries de vazões médias mensais e as respectivas curvas de permanência de cada seção. Os itens seguintes apresentam a descrição da metodologia de regionalização adotada em cada caso e os resultados dos estudos Determinação dos Indicadores de Oferta Hídrica nas Seções Fluviais de Interesse Considerando os indicadores de oferta hídrica determinados para a estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro ( ), considerada como base nos estudos, foi possível calcular os respectivos indicadores para cada uma das seções fluviais de interesse, determinadas nos limites da região de abrangência dos estudos, empregando metodologias de regionalização e de simulação do balanço hídrico em bacias hidrográficas. Os itens subsequentes apresentam a descrição sucinta da metodologia empregada e os resultados obtidos, os quais são sintetizados na Tabela 8.9. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

53 Tabela Indicadores de oferta hídrica nas seções de interesse especificadas na área de Indicador Hídrico abrangência do Projeto Morro do Pilar Rio Cuba Ribeirão das Lajes Vazão na Seção de Referência (m³/s) Rio Preto Rio Picão Rio do Peixe Rio Santo Antônio Área de Drenagem (km²) 89,3 69,9 167,9 84,0 168, Q MLT (m³/s) 2,07 1,67 3,83 1,99 3,94 32,9 Q ESP (L/s.km²) 23,3 23,6 23,6 23,6 23,5 23,4 Q 95% (m³/s) 0,479 0,387 0,884 0,459 0,91 7,6 Q 7,10 (m³/s) 0,241 0,194 0,444 0,231 0,458 3,82 Vazão Residual - 70% da Q 7,10 (m³/s) 0,169 0,136 0,319 0,162 0,321 2,67 Vazão Explotável - 30% da Q 7,10 (m³/s) 0,072 0,058 0,133 0,069 0,137 1,15 VU (10 6 m³)* 60% da Q MLT 20,9 16,9 38,6 20,0 39, Vazões Médias de Longo Termo A série de vazões médias mensais da estação fluviométrica base (Tabela 8.4), juntamente com a distribuição espacial das alturas médias anuais de precipitação, sobre a bacia hidrográfica definida pela seção de controle correspondente, ambas demonstradas no item de caracterização do clima, possibilitaram a estimativa da evapotranspiração real, igual a 839,6 mm, cuja proporção em relação à precipitação média anual (53,3 %) passou a ser adotada para a área de estudo. Na obtenção do referido valor foi aplicada a equação simplificada de balanço hídrico de bacias hidrográficas, dada por: ETP P MLT em que ETP representa a evapotranspiração real (mm), P a precipitação média anual (mm) e MLT o deflúvio médio anual (mm), sendo todas essas variáveis referenciadas aos respectivos valores médios de longo termo. As vazões médias de longo termo de cada seção de interesse foram determinadas a partir da equação do balanço hídrico de longo termo, indicada a seguir: Q MLT P ETR 10 Δt 3 AD em que Q MLT é a vazão média de longo termo no exutório da bacia hidrográfica em questão (m³/s), P é a precipitação média anual correspondente (mm), ETR é a evapotranspiração média anual real, incluindo todas as perdas (mm), AD é a área de drenagem (km²) e t é o intervalo de tempo, igual ao número de segundos em um ano. Os valores de Precipitação Total Média Anual (P) para cada uma das sub-bacias de interesse foram obtidos por meio do método de ponderação regional, utilizando o mapa de isolinhas de igual precipitação, conforme demonstrado no item de caracterização do Clima e das Condições EIA-MOPI /12-v1 26/3/

54 Meteorológicas. Assim, para as seções fluviais de referência, a respectiva vazão média de longo termo pôde ser estimada pela diferença entre a precipitação média anual e o valor estimado para a evapotranspiração real, conforme apresentado na Tabela Tabela Balanço hídrico nas sub-bacias definidas pelas seções fluviais de referência Seção Nome Precipitação Média Anual (mm) Evapotranspiração Média Anual Real (mm) Vazão Média de Longo Termo - Q MLT (m³/s) (L/s.km²) 01 Rio Cuba 1574,0 839,4 2,07 23,3 02 Ribeirão das Lajes 1593,2 849,7 1,67 23,6 03 Rio Preto 1595,9 851,1 3,83 23,6 04 Rio Picão 1597,4 851,9 1,99 23,6 05 Rio do Peixe 1585,2 845,4 3,94 23,5 06 Rio Santo Antônio ,6 32,9 23, Permanência de Vazões A partir dos valores de vazão média de longo termo determinados pelo método descrito anteriormente, foram calculadas as séries de vazões médias mensais e, com base nestas, as respectivas curvas de permanência para cada seção fluvial de referência. Para estabelecimento das séries de vazões médias mensais nas seções fluviais de referência foi utilizada a equação: Q SEÇÃO Q EST.REF. Q Q MLT SEÇÃO MLT EST.REF em que o índice SEÇÃO corresponde ao local de interesse, EST.REF. à estação fluviométrica de referência (Conceição do Mato Dentro), Q é a vazão média mensal (m³/s) e Q MLT, a vazão média mensal de longo termo (m³/s). A Figura 8.16 apresenta as curvas de permanência definidas e a Tabela 8.11os valores associados aos percentuais de permanência múltiplos de 5. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

55 Permanência no Tempo (%) Tabela Permanência de vazões médias mensais nas seções fluviais de interesse Rio Cuba Ribeirão das Lajes Vazão na Seção de Referência (m³/s) Rio Preto Rio Picão Rio do Peixe Rio Santo Antônio 5 5,57 4,49 10,3 5,33 10,6 88,3 10 4,39 3,54 8,10 4,20 8,34 69,6 15 3,70 2,99 6,84 3,55 7,04 58,8 20 3,11 2,51 5,73 2,97 5,90 49,3 25 2,78 2,25 5,14 2,67 5,29 44,2 30 2,44 1,97 4,50 2,34 4,64 38,7 35 2,16 1,74 3,98 2,07 4,10 34,2 40 1,88 1,52 3,48 1,80 3,58 29,9 45 1,68 1,35 3,09 1,61 3,19 26,6 50 1,49 1,21 2,76 1,43 2,84 23,7 55 1,33 1,07 2,45 1,27 2,53 21,1 60 1,17 0,943 2,16 1,12 2,22 18,5 65 1,04 0,841 1,92 0,998 1,98 16,5 70 0,936 0,756 1,73 0,897 1,78 14,9 75 0,838 0,677 1,55 0,803 1,59 13,3 80 0,764 0,617 1,41 0,731 1,45 12,1 85 0,683 0,551 1,26 0,654 1,30 10,8 90 0,588 0,475 1,09 0,564 1,12 9, ,479 0,387 0,884 0,459 0,910 7, ,218 0,176 0,403 0,209 0,415 3,46 EIA-MOPI /12-v1 26/3/

56 Vazão Média Mensal (m³/s) Morro do Pilar Minerais S.A. Figura Permanência de vazões nas seções fluviais de interesse Seção 01 Seção 02 Seção 03 Seção 04 Seção 05 Seção , Permanência no Tempo (%) Vazões Mínimas Para determinar a vazão mínima de referência, equivalente à vazão média de sete dias e dez anos de tempo de retorno, Q 7,10, nas seções de referência, a distribuição teórica de probabilidades ajustada às amostras de Q 7 da estação fluviométrica base (Figura 8.13) foi adimensionalizada pela Q MLT e em seguida restituída para cada seção de interesse a partir da respectiva vazão média de longo termo (Q MLT ). A partir dessa curva foram determinados os valores de Q 7,10 para cada uma das seis seções consideradas, mostrados na Tabela Tabela Vazões mínimas Q7,10 nas seções fluviais de interesse SEÇÃO DENOMINAÇÃO DA SEÇÃO Q 7,10 (M³/S) 01 Rio Cuba 0, Ribeirão das Lajes 0, Rio Preto 0, Rio Picão 0, Rio do Peixe 0, Rio Santo Antônio 3,82 Jusante da cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo EIA-MOPI /12-v1 26/3/

57 Adicionalmente à análise de vazões mínimas apresentada, foram determinados os valores médios das vazões médias mensais mínimas anuais com a finalidade de dar subsídio aos estudos de ofertas hídricas subterrâneas. Para a área em apreço, os referidos valores médios obtidos, listados na Tabela 8.13, mostram-se bastante próximos ao esperado para o fluxo de base, considerando as seções de interesse admitidas. Tabela Valor médio das vazões médias mensais mínimas anuais nas seções fluviais de interesse SEÇÃO DENOMINAÇÃO DA SEÇÃO VAZÃO MÍNIMA MÉDIA MENSAL (M³/S) 01 Rio Cuba 0, Ribeirão das Lajes 0, Rio Preto 1,26 04 Rio Picão 0, Rio do Peixe 1,30 06 Rio Santo Antônio Jusante da cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo 10, Potencial de Regularização Para avaliar o potencial de regularização de vazões nas seções fluviais de interesse, foi simulada a operação de um reservatório hipotético supostamente construído no local da estação fluviométrica do rio Santo Antônio em Conceição do Mato Dentro, conforme citado anteriormente. Os dados obtidos permitiram construir a curva de regularização para a estação base, que adimensionalizada pela Q MLT foi transferida para as seções de interesse utilizando o valor das correspondentes vazões Q MLT, conforme mostrado na Figura 8.17 e Tabela EIA-MOPI /12-v1 26/3/

58 Volume Útil (10 6 m³) Morro do Pilar Minerais S.A. Figura Potencial de regularização de vazões nas seções fluviais de interesse Seção 01 Seção 02 Seção 03 Seção 04 0,1 Seção 05 Seção 06 0,1 1,0 10,0 100,0 Vazão (m³/s) Potencial de Regularização (% Q MLT ) Tabela Potencial de regularização de vazões nas seções fluviais de interesse Rio Cuba Ribeirão das Lajes Volume Útil (10 6 m³) Rio Preto Rio Picão Rio do Peixe Rio Santo Antônio 20,0 1,24 1,00 2,29 1,19 2,35 19,7 30,0 4,31 3,48 7,95 4,13 8,19 68,4 40,0 8,05 6,50 14,9 7,71 15, ,0 12,4 10,0 23,0 11,9 23, ,0 20,9 16,9 38,6 20,0 39, ,0 36,9 29,8 68,1 35,4 70, ,0 80,0 64, , Demanda do Empreendimento Morro do Pilar O Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. visa ao aproveitamento do minério de ferro da região de Morro do Pilar para a produção de 15,0 milhões de toneladas de pellet feed por ano, podendo chegar a 20 Mtpa em três anos. Para alcançar essa produção, as instalações são compostas de equipamentos que realizam o processo de beneficiamento em várias etapas, aqui divididas em britagem, peneiramento, moagem, classificação, flotação e espessamento. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

59 A planta de beneficiamento contém um sistema de alimentação de água proveniente das captações de água superficial pretendidas. A água é introduzida no processo para lavagem do minério e sua posterior classificação em sete locais distintos, conforme apresentado na Tabela Duas prováveis saídas de água do processo são apresentadas na mesma tabela, assim como os locais de possível recuperação de água. Tabela Balanço de água no empreendimento Morro do Pilar Fluxo de Água Etapa de Processo Q (m 3 /h) Q (m³/s) Peneiramento Terciário ,15 Peneiramento Quaternário ,363 Separador Magnético Pré-Concentração ,31 Entrada Saída Recuperação Hidrociclone Pré-Classificação ,279 Hidrociclone Moagem Primária ,605 Separador Magnético Concentração ,07 Hidrociclone Moagem Secundária ,393 Total ,17 "Oversize" Peneira Desaguadora 853 0,237 "Underflow" Espessador de Rejeitos Tipo Pasta ,582 Total ,819 "Overflow" Hidrociclone Desaguador ,21 "Overflow" Espessador de Rejeitos Tipo Pasta ,37 "Overflow" Espessador de Concentrado ,725 Total ,31 As inovações tecnológicas pretendidas no processo possibilitam a recuperação de até 80% da água introduzida no processo e a utilização de uma área mínima para a barragem de rejeitos. A principal inovação é a filtragem de rejeitos para a produção de pasta com baixo teor de água o que permitira o seu empilhamento, reduzindo a um terço a área necessária para sua estocagem e recuperando boa parte da água perdida no rejeito. Segundo as informações apresentadas, a demanda por água nova no empreendimento será de cerca de 0,819 m³/s, cujo pedido de outorga foi submetido à aprovação do órgão ambiental e deferido por este, conforme descrito na caracterização do empreendimento Disponibilidades Hídricas Superficiais O balanço entre oferta e demanda de recursos hídricos superficiais na área de interesse foi realizado analisando dois índices diferentes, a saber: EIA-MOPI /12-v1 26/3/

60 Razão entre a vazão de retirada para os usos consuntivos e a vazão média de longo termo. Diferença entre a vazão demandada para os usos consuntivos e a oferta hídrica legal. O primeiro dos índices de disponibilidade hídrica é adotado pela European Environment Agency e pelas Nações Unidas para avaliar o Índice de Retirada de Água nas bacias hidrográficas. A Tabela 8.16 apresenta as faixas classificativas para este índice. Tabela Classificação para índice de retirada de água na área de interesse Faixa Classificação Interpretação < 5% Excelente 5 a 10% Confortável 10 a 20% Preocupante Pouca ou nenhuma atividade de gerenciamento é necessária. A água é considerada um bem livre. Podendo ocorrer necessidade de gerenciamento para solução de problemas locais de abastecimento A atividade de gerenciamento é indispensável, exigindo a realização de investimentos médios. 20% a 40% Crítica Exigindo intensa atividade de gerenciamento e grandes investimentos. > 40% Muito crítica - Considerando as ofertas hídricas e as demandas estimadas em cada seção de interesse, cujos valores são resumidos na Tabela 8.17, o Índice de Retirada da Água nas sub-bacias hidrográficas assume sempre um valor inferior a 5%, podendo ser esta situação classificada como excelente. Para refletir a situação real de utilização dos recursos hídricos na área de interesse e possibilitar avaliar se os outros usos da água existentes na região provocam algum conflito pelo uso da água, propôs-se a avaliação do segundo índice de avaliação das disponibilidades hídricas. Tabela 8.17 Cotejo entre ofertas e demandas na área de interesse usando o índice de retirada de água Seção Denominação da Seção Q MLT (m³/s) Demandas (m³/s) Índice de Retirada de Água (%) 01 Rio Cuba 2, Ribeirão das Lajes 1, Rio Preto 3,83 0,101 * 2,64 04 Rio Picão 1, Rio do Peixe 3, EIA-MOPI /12-v1 26/3/

61 Seção Denominação da Seção Q MLT (m³/s) 06 Rio Santo Antônio Jusante da cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo Demandas (m³/s) Índice de Retirada de Água (%) 32,9 0, ,718 * 3,50 * Demandas Morro do Pilar Minerais S.A., conforme outorgas pleiteadas Considerando que oferta hídrica legal máxima nas seções fluviais de interesse é de 30% da Q 7,10, conforme mostrado na Tabela 8.18, em conjunto com as demandas consuntivas estimadas, percebe-se que a inclusão das demandas do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. saturam as ofertas hídricas legais, mas permanecem dentro dos limites outorgáveis. Tabela Diferenças entre ofertas legais e demandas na área de interesse Seção Denominação da Seção Q 7,10 (m³/s) Vazão Máxima Outorgavel (m³/s) Demandas (m³/s) Diferença entre Ofertas e Demandas (m³/s) 01 Rio Cuba 0,241 0, Ribeirão das Lajes 0,194 0, Rio Preto 0,444 0,133 0,101 * 0, Rio Picão 0,231 0, Rio do Peixe 0,458 0, Rio Santo Antônio Jusante da cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo 3,82 1,15 0, ,718 * 0, Monitoramento de Vazões nos Cursos de Água da Área de Interesse Com o intuito de validar as estimativas dos indicadores de oferta hídrica nas seções fluviais de interesse estabelecidas nas sub-bacias dos principais cursos de água que drenam a área de interesse do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A., e futuramente subsidiar a avaliação das disponibilidades hídricas reais sobre as quais foram estabelecidas as demandas atuais do empreendimento, bem futuros projetos de expansão das unidades de produção, foi estabelecido um programa de monitoramento hidrométrico na região. Até o presente momento foram realizadas duas campanhas de medição, respectivamente nos meses de julho de 2010 e março de 2011, nos rios Preto, Picão e Mata Cavalos e nos ribeirões das Lages, Salvador e Escadinha. A Figura 8.18 mostra a localização dos pontos onde vem sendo EIA-MOPI /12-v1 26/3/

62 realizadas as medições de descargas líquidas superficiais e Tabela 8.19 apresenta os resultados obtidos. Tabela 8.19 Resultados das campanhas de descargas líquidas superficiais em cursos de água que drenam a área do projeto Morro do Pilar Curso de Água Coordenadas 1ª Campanha 2ª Campanha Leste Norte Q (m³/s) Data Q (m³/s) Data Rio Preto Montante ,556 01/07/10 15,8 17/03/11 Rio Preto Jusante ,991 01/07/10 7,43* 18/03/11 Rio Picão Montante ,592 01/07/10 3,48 17/03/11 Rio Picão Jusante ,856 01/07/10 5,31 17/03/11 Ribeirão das Lages Montante ,113 01/07/10 0,521 17/03/11 Ribeirão das Lages Jusante ,674 02/07/10 2,66 17/03/11 Rio Mata Cavalos ,441 02/07/10 5,13 17/03/11 Ribeirão Salvador ,064 02/07/10 0,439 17/03/11 Ribeirão Escadinha ,132 02/07/10 0,32 17/03/11 *Realizada 16 horas depois da medição feita na seção de montante. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

63 Figura 8.18 Pontos de monitoramento de descargas líquidas superficiais em cursos de água que drenam a área do projeto Morro do Pilar EIA-MOPI /12-v1 26/3/

64 8.6. Conclusões e Considerações Finais A região de abrangência definida para os estudos hidrológicos foi caracterizada segundo os principais aspectos que influenciam a hidrologia de uma determinada área donde se conclui que: A característica física mais marcante nos cursos de água analisados é a declividade acentuada e concentrada em alguns trechos, o que propicia à implantação de aproveitamentos hidrelétricos, principal uso identificado na região; As características fisiográficas dão indícios de que as sub-bacias hidrográficas analisadas, cujas formas são alongadas, sejam pouco susceptíveis a cheias de grande expressão; Os tipos climáticos identificados diferem apenas em termos de temperaturas, a qual está associada principalmente às diferenças orográficas, vez que em relação à umidade a quantidade de meses secos varia de 4 a 5, caracterizando um clima semiúmido; A região de implantação do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. apresenta os maiores índices pluviométricos da bacia do rio Santo Antônio, com total anual da ordem de 1600 mm; As ofertas hídricas de superfície podem ser consideradas abundantes com vazões médias de longo termo especificas superiores a 23,0 L/s.km² e vazões mínimas médias de sete dias e dez anos de período de retorno cerca de 50% menores que a vazão mínima com permanência de 95% no tempo. Ademais, o potencial de regularização dos cursos de água da região de abrangência pode ser considerado bom, vez que volumes pequenos de armazenamento proporcionam vazões firmes significativas; De acordo com os estudos hidrológicos, a disponibilidade hídrica real é suficiente para atender às demandas do projeto, as quais foram minimizadas em função das inovações tecnológicas agregadas ao processo de beneficiamento de minério e disposição de rejeitos. Conforme mencionado, a Morro do Pilar Minerais S.A., teve os pedidos de outorga de uso da água deferidos, o que garante a disponibilidade hídrica legal para o funcionamento do empreendimento. Este processo foi conduzido sob responsabilidade técnica da empresa ERHA (Engenharia de Recursos Hídricos Aplicada Ltda.), que elaborou os estudos hidrológicos que subsidiaram a escolha dos pontos de captação em função das demandas do empreendimento. Os processos n os 156/2011 e 157/2011 se referem, respectivamente, à captação no ponto de coordenadas geográficas 19º15 18 S e 43º21 16 W, no Rio Preto, e à captação no ponto de coordenadas geográficas 19º13 43 S e 43º13 41 W, no Rio Santo Antônio. A publicação do EIA-MOPI /12-v1 26/3/

65 deferimento dos dois pontos de captação foi realizada no Diário Oficial de Minas Gerais no dia 16/12/2011. Dentro do contexto de análise das disponibilidades hídricas da região de interesse, vale destacar o estudos realizados no âmbito do Plano Integrado de Recursos Hídricos (IGAM, 2010) e os Planos de Ações (IGAM, 2009) que consolidam planos e programas necessários para atingir cenários desejados para a bacia, através da proposição de ações e intervenções organizadas como programas, projetos e medidas. Os referidos documentos apresentam metas individualizadas em sete (07) grupos, tratadas como questões referenciais, que abordam os principais objetivos a serem atingidos a partir da implementação das respectivas ações propostas. Apresenta também programas, que abordam os principais objetivos e metodologias aplicáveis, os escopos a serem desenvolvidos, os prazos de execução, bem como responsáveis pelas implementações, seja em termos de provimento de recursos financeiros, como de pessoal. Os planos de ação foram apresentados de forma individualizada para cada uma das nove (09) unidades de planejamento inseridas na bacia do rio Doce, que inclui a área de interesse do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. Também deve ser citada a existência do estudo de Avaliação Ambiental Integrada AAI (EPE, 2007) que, dentre outros objetivos, buscou compreender os aspectos ambientais e a dinâmica socioeconômica da bacia e as interações potenciais com os conjuntos de usinas hidrelétricas da região. Com o objetivo de subsidiar a definição de diretrizes e orientações para o planejamento e a implementação de ações para a bacia em questão, no âmbito da Política Energética Nacional, foi realizada a avaliação dos cenários de operação e de implantação de empreendimentos hidrelétricos, incorporando seus efeitos cumulativos e sinérgicos sobre o meio ambiente. Esses documentos, como concebidos, promovem conhecimento integrado das características socioambientais da bacia do rio Santo Antônio em escala macro, destacando questões relacionadas ao uso múltiplo das águas, seus potenciais conflitos e as necessidades de preservação ambiental, devendo, portanto ser considerados e analisados diante de qualquer interesse pelo uso dos recursos hídricos na região. Quanto ao monitoramento de vazões que vem sendo realizado pela Morro do Pilar Minerais S.A., embora seja reduzido o número de medições realizadas até o momento, pode observar que a ordem de grandeza das medições feitas nos cursos de água onde foram estabelecidas seções de interesse se aproxima das vazões características determinadas pelas metodologias de regionalização empregadas no presente trabalho, o que é uma forma de validar as metodologias empregadas. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

66 8.7. Referências Bibliográficas Climatologia do Brasil, Superintendência de Recursos Naturais e Meio Ambiente, Edmon Nimer, 2ª edição, IBGE, Rio de Janeiro, Deflúvios Superficiais do Estado de Minas Gerais Deflúvios Superficiais, Hidrosistemas/Copasa, Estudo de Chuvas Intensas na Região Metropolitana de Belo Horizonte RMBH, Dissertação de Mestrado da Universidade Federal de Minas Gerais, elaborado por Márcia Guimarães Pinheiro, Belo Horizonte, março de Estudo Hidrometeorológico da Bacia do Alto São Francisco com Estimativa da Precipitação Máxima Provável PMP, Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG, Inventário das Estações Fluviométricas, editado pela Agência Nacional de Águas - ANA, Inventário das Estações Pluviométricas, editado pela Agência Nacional de Águas - ANA, Normais Climatológicas ( ), Ministério da Agricultura e Reforma Agrária, Secretaria Nacional de Irrigação e Departamento Nacional de Meteorologia, Brasília, Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e dos Planos de Ações de Recursos Hídricos para as Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos no Âmbito da Bacia do Rio Doce, realizado pelo Consórcio Ecoplan/Lume, sob a supervisão do Instituto Mineiro de Gestão das Águas IGAM, Plano de Ação de Recursos Hídricos da Unidade de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos Santo Antônio - PARH Santo Antônio, realizado pelo Consórcio Ecoplan/Lume, sob a supervisão do Instituto Mineiro de Gestão das Águas IGAM, Avaliação Ambiental Integrada (AAI) dos Aproveitamentos Hidrelétricos da Bacia do Rio Doce Relatório Final, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética EPE, em EIA-MOPI /12-v1 26/3/

67 9. CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA 9.1. Introdução Este documento apresenta o relatório do tema hidrogeologia desenvolvido pela HIDROVIA com vistas à caracterização dos recursos hídricos da área de entorno do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A.. Os trabalhos iniciaram-se em junho de 2010, tendo a duração total de 14 meses, ao longo dos quais foram apresentados relatórios bimensais de acompanhamento das atividades. O presente relatório apresenta na primeira etapa uma caracterização hidrogeológica regional, referente à área de influência indireta (AII), de modo a permitir a compreensão do substrato rochoso da área e dos meios por onde percolam as águas subterrâneas, realizando também uma avaliação de disponibilidades hídricas subterrâneas e do comportamento do fluxo subterrâneo. Posteriormente é apresentada uma caracterização hidrogeológica local, referente à área de influência direta (AID), sendo descritos os resultados do inventário de nascentes e as unidades hidrogeológicas identificadas. A indústria extrativa de minério de ferro constitui um importante usuário de águas, as quais são utilizadas em diversas operações na mina e no beneficiamento do minério, além da sua explotação no procedimento de desaguamento de cava. O Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. se insere na bacia hidrográfica do rio Santo Antônio, pertencente à bacia do rio Doce no estado de Minas Gerais, que apresenta características ambientais relevantes, tanto no que se refere aos recursos hídricos como à interação destes com a fauna e flora (ELO, 2010). Especificamente em relação aos recursos hídricos, ressalta-se ocorrência de usos múltiplos das águas nas bacias, destacando-se a geração de energia hidrelétrica, que reduz a disponibilidade legal das águas superficiais para outros usos. A elevada presença de sólidos dissolvidos nas águas também é um fator que merece destaque, pelo potencial incremento de impacto associado à atividade da mineração de ferro. Além disso, o rebaixamento de nível das águas subterrâneas nas cavas pode ser interpretado como uma superexplotação do aqüífero, pois exige que o volume bombeado seja maior que a taxa de reposição do aqüífero. Assim, este estudo visa diagnosticar o contexto hídrico onde se insere o empreendimento sob um ponto de vista integrado, fornecendo subsídios técnicos a partir do conhecimento atualmente disponível para a tomada de decisão em relação aos usos e interferências do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. neste recurso. Adicionalmente, visa também propor uma rede de monitoramento hídrico integrada, de modo a possibilitar a coleta de dados primários que contribuirão para a obtenção e manutenção da viabilidade ambiental do empreendimento Procedimentos Metodológicos Caracterização das Unidades Hidrogeológicas Os tipos litológicos existentes designam, em função de suas propriedades hidráulicas naturais, uma maior ou menor capacidade de condução das águas subterrâneas e de potencial de armazenamento. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

68 Deste modo, com base no mapeamento geológico disponibilizado por COMIG (1997) e de acordo com as suas características hidráulicas, hidrodinâmicas e hidroquímicas, as rochas com comportamento semelhante foram agrupadas em unidades hidrogeológicas principais. Esta classificação segue os padrões e premissas apresentadas por MOURÃO (2007) Inventário de Pontos d água O cadastramento ou inventário de pontos d água consistiu na realização das atividades fundamentais que se relacionam àquelas onde os técnicos em campo localizam, através de caminhamentos ao longo dos corpos de drenagem e de seus interflúvios, as zonas onde se encontram os minadouros ou propriamente as nascentes daqueles cursos d água que conformam a rede hidrográfica de interesse. Para se chegar até as nascentes, os pontos de cabeceira foram previamente registrados no GPS de forma aproximada e inferida a partir do mapa topográfico e da imagem de satélite disponíveis, considerando-se o entalhamento da rede de drenagem existente. A seguir, são descritas as etapas principais desta atividade: Registro no GPS da sua locação o registro é feito no datum SAD 69 e o aparelho GPS utilizado nesse estudo é o Modelo GPSMAP 76, CSx da Garmin. O ponto efetivamente cadastrado pelo par de coordenadas UTM foi sempre definido em relação à parte mais elevada da zona de surgência de água. Descrição da sua toponímia, do tipo de nascente (se pontual, difusa, etc.), da litologia e tipo de solo associado, da existência de estruturas geológicas que podem condicioná-la (contato litológico, contato solo substrato rochoso, sistema de fraturas, foliações, etc.). Registro fotográfico do ponto (exemplo pelas Foto 9.1 e Foto 9.2). Medição de descarga em ponto selecionado de acordo com a adaptabilidade do meio avaliado, através de um vertedouro portátil tipo chapa de alumínio delgada (vide Foto 9.3) ou balde graduado (Foto 9.4), valendo-se, pelo menos, da média de três medições; Medição dos parâmetros físico-químicos ph, temperatura da água, temperatura do ar, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido e potencial de oxirredução in situ com o equipamento portátil de análise de água multi-parâmetros, da marca YSI, Modelo 556MPS. Para a medição dos parâmetros, o sensor é mergulhado na água corrente do ponto onde se encontra a nascente, o mais próximo possível da sua surgência (vide Foto Foto 9.4). Antes da realização da leitura espera-se um tempo para que os valores dos parâmetros a serem analisados se estabilizem. Este tempo é variável da ordem de alguns minutos. O aparelho de medição é calibrado diariamente para os parâmetros ph e oxigênio dissolvido, e no início dos trabalhos para condutividade elétrica. Preenchimento de uma ficha cadastral contendo todas as informações coletadas em campo, incluindo quaisquer observações consideradas relevantes para o sistema hídrico local. O Anexo VI apresenta todas as fichas cadastrais das nascentes inventariadas neste EIA-MOPI /12-v1 26/3/

69 estudo. Esta atividade foi realizada em dois períodos distintos, sendo o primeiro durante a estação seca, entre os dias 23/6/2010 a 20/10/2010, e o segundo durante a estação chuvosa, entre os dias 13/01/2011 e 05/5/2011. Na primeira campanha, relativa ao período seco, foram cadastradas as nascentes situadas no entorno das principais áreas de interesse minerário indicadas pela Terrativa na época, que resultaram nas poligonais denominadas Área Norte e Área Sul. Para a segunda campanha, no entanto, foi adicionada uma nova área de interesse para o inventário de nascentes, denominada Área Central. Nesta campanha, foram cadastradas todas as nascentes inseridas nesta área, bem como foi feita uma seleção de algumas nascentes das Áreas Norte e Sul consideradas representativas do contexto geográfico e hidrogeológico de cada uma das áreas. Foto Nascente pontual na cabeceira de um afluente do ribeirão Lajes EIA-MOPI /12-v1 26/3/

70 Foto Nascente surgindo de uma caverna na cabeceira de um afluente do rio Picão Foto Medição de vazão da nascente afluente do rio Santo Antônio através de um vertedouro portátil EIA-MOPI /12-v1 26/3/

71 Foto Medição de vazão da nascente afluente do córrego Onça através de um balde graduado Disponibilidade Hídrica Subterrânea O levantamento das ofertas hídricas subterrâneas foi realizado sob o enfoque ambiental, para a área de estudo regional, e referente ao quantitativo das reservas reguladoras e explotáveis. Isto porque não existem dados para mensuração dos parâmetros hidrodinâmicos dos aquíferos que indiquem seu potencial econômico ou sua capacidade de extração. Contudo, em face de experiências em ambientes congêneres, são aventadas ordens de grandeza de vazões esperadas para captações por poços tubulares diante das tipologias aquíferas existentes. Assim, através do mapeamento geológico existente, buscou-se agrupar aqueles tipos litológicos congêneres quanto às suas propriedades hidráulicas intrínsecas, permitindo que se diferenciem espacialmente os domínios e as zonas hidrogeológicas homogêneas quanto às condições de armazenabilidade dos aqüíferos. Considerando-se então que os domínios hidrogeológicos podem ser classificados de maneira a manifestar seus distintos potenciais naturais, as variações composicionais puderam ser classificadas em: Zonas Aquíferas (ZA), Zonas de Aquíferos Pobres (ZAP) e Zonas não-aquíferas (ZNA). Para cada uma das zonas, foram quantificadas as reservas renováveis a partir da normalização dos valores de descargas encontrados pela regionalização hidrológica, da atribuição de coeficientes hidrodinâmicos conhecidos na literatura para porosidade efetiva para fluxo (ηef) ou armazenamento específico (Sy), para cada domínio hidrogeológico, em cada uma das sub-bacias hidrográficas compartimentadas na área de interesse. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

72 Para se estimar as demandas de água subterrânea, podem ser adotadas distintas fontes de informação as quais resultam em avaliações mais conservadoras das demandas existentes. Assim, as projeções de demandas por águas subterrâneas foram baseadas em três procedimentos distintos, quais sejam: registro do utilização de águas subterrâneas em nascentes e poços tubulares inventariados; listagem de outorgas subterrâneas do IGAM para usos diversos; estimativa de consumo de água subterrânea per capita, para cada município inserido na área. As disponibilidades hídricas subterrâneas foram então computadas subtraindo-se as demandas das ofertas, para cada sub-bacia de interesse na área de estudo regional Caracterização Hidrogeológica Regional (AII) Unidades Hidrogeológicas As unidades geológicas e seus litotipos constituem os meios através dos quais circulam as águas subterrâneas. Os tipos litológicos existentes designam, em função de suas propriedades hidráulicas naturais, uma maior ou menor capacidade de condução das águas subterrâneas e de potencial de armazenamento. De acordo com as suas características hidráulicas, hidrodinâmicas e hidroquímicas, as rochas com comportamento semelhante foram agrupadas em seis unidades hidrogeológicas principais, quais sejam: Unidade Cobertura Cenozóica; Unidade Quartzitos; Unidade Formação Ferrífera; Unidade Xistos; Unidade Confinante; Unidade Cristalino. A distribuição destas unidades é apresentada na Figura 9.1. A Tabela 9.1 apresenta a correlação entre as unidades geológicas e hidrogeológicas na área, em função da sua composição litológica predominante. A partir deste quadro, verifica-se que predomina na área a Unidade Quartzitos, composta sobretudo pelos metassedimentos do Supergrupo Espinhaço, seguida pelas Unidades Xistos e Cristalino. A caracterização destas unidades é apresentada nos itens a seguir de acordo com os dados levantados na literatura e nos dados de campo coletados. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

73 Tabela Correlação entre Unidades Hidrogeológicas e Geológicas Unidade Hidrogeológica Unidade Cobertura Cenozóica Unidade Formação Ferrífera Unidade Quartzitos Unidade Xistos Unidade Cristalino Unidade Confinante Unidade Geológica Litologia predominante Área (km 2 ) Área (%) Depósitos elúvio-coluviais Depósitos de canga 1,97 0,5% Grupo Serra da Serpentina (Unidade Itabirítica) Formações Galho do Miguel e Sopa Brumadinho (Unidades Itambé do Mato Dentro e Serra do Lobo) Seqüência Rio Mata Cavalo; Grupo Serra da Serpentina (Unidade Xistosa) e Formação Sopa Brumadinho (Unidade Rio Preto) Complexos Guanhães e Gouveia Soleiras e diques máficos; Grupo Serra da Serpentina (Unidade Filítica) e Formação Sopa Brumadinho (Unidade Rio Preto, nível fostatado) Itabiritos 5,94 1,4% Quartzitos, e secundariamente xistos e filitos Xistos, e secundariamente níveis quartzíticos e carbonáticos Gnaisses, granitóides e migmatitos Rochas básicas e filitos 174,34 42,3% 115,39 28,0% 78,26 19,0% 36,26 8,8% TOTAL 412, Unidade Cobertura Cenozóica As coberturas superficiais visualizáveis na escala de mapeamento disponível consistem predominantemente de depósitos de cangas, situados na bacia hidrográfica do Ribeirão das Lajes, adjacentes a este em sua margem direita, a oeste da Unidade Ferrífera do Grupo Serra da Serpentina. As cangas ferruginosas apresentam comumente elevadas porosidades e condutividade hidráulica com grande importância na recarga de aqüíferos sotopostos, sobretudo a formação ferrífera, já que permitem a rápida infiltração das águas pluviais. Estão freqüentemente associadas a um fluxo subcutâneo que forma nascentes intermitentes em seu contato basal. A caracterização hidroquímica destas águas normalmente indica baixíssimas condutividades elétricas em função da rápida infiltração e baixo tempo de residência. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

74 Figura Distribuição das Unidades Hidrogeológicas na área de estudo regional (AII) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

75 Unidade Formação Ferrífera Esta unidade é representada pelas formações ferríferas do Grupo Serra da Serpentina (Unidade Itabirítica), compostas por itabiritos compactos e friáveis e camadas de hematita pura. Na área de estudo, aflora na Serra da Serpentina e na serra da Escadinha, a sul da sede de Morro do Pilar. Além de sua porção aflorante, é relevante mencionar a presença de formações ferríferas sob as rochas cristalinas do Complexo Guanhães, interceptada por furos de sondagens a leste da cidade de Morro do Pilar. Nesta região, os itabiritos mergulham para leste sob o embasamento cristalino em uma inversão estratigráfica, representando um potencial confinamento de rochas aqüíferas, com um forte potencial hidrogeológico. Esta unidade aqüífera é caracterizada como do tipo poroso e fissural. Os maiores valores de condutividade hidráulica são atribuídos aos corpos de minério friável, enquanto que as capacidades de armazenamento mais elevadas são conferidas a hematitas compactas. O comportamento de meio poroso ocorre quando os itabiritos desenvolvem porosidade intersticial, na camada superior desta unidade, devido à dissolução e lixiviação de bandas carbonáticas ou silicosas. Isto confere ao aqüífero uma elevada capacidade de armazenamento, e dependendo da lixiviação, a permeabilidade também é elevada. O comportamento fissural ocorre na rocha sã, onde as condições do fluxo subterrâneo ficam condicionadas às estruturas de descontinuidades existentes na rocha, principalmente nas hematitas compactas que, quando fraturadas, conferem ao aqüífero elevada condutividade hidráulica. A porosidade efetiva dessas rochas varia bastante, com valores médios entre 2 a 5%, atingindo até 15%. A condutividade hidráulica destas rochas também é bastante variável, com valores entre 10-6 m/s e 10-4 m/s, com média em torno de 10-5 m/s. Em virtude da diversidade litológica, da complexidade estrutural e de distintas intensidades no intemperismo, esta unidade exibe, caracteristicamente, elevada heterogeneidade e anisotropia, com eixo de maior permeabilidade geralmente associado ao plano de foliação. Os maiores valores de condutividade hidráulica são atribuídos aos corpos de minério friável, enquanto que as capacidades de armazenamento mais elevadas são conferidas às hematitas compactas Unidade Quartzitos São aqüíferos de porosidade fissural, predominantemente livres, constituídos por quartzitos e subordinadamente xistos e filitos relacionados às Formações Galho do Miguel e Sopa Brumadinho (Unidades Itambé do Mato Dentro e Serra do Lobo), ambas pertencentes ao Supergrupo Espinhaço. Localizam-se em toda a porção central e sudeste da área de interesse. Estas rochas recobrem a maior parte da área de estudo e se constituem, de modo geral, em zonas aqüíferas. Atribui-se especial destaque à Formação Galho do Miguel, que sustenta as porções mais elevadas do terreno e, conseqüentemente, está associada aos divisores de água e às áreas de recarga dos aqüíferos. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

76 As rochas quartzíticas são consideradas um aqüífero do tipo fraturado e podem ser consideradas de bom potencial hidrogeológico devido à sua boa permeabilidade e capacidade de armazenamento. A circulação e armazenamento de água neste aqüífero ocorrem nas descontinuidades presentes nos quartzitos, representadas por falhas ou família de juntas. Os filitos existentes comportam-se como barreiras hidráulicas, podendo gerar condições locais de compartimentação ou confinamento no interior desta unidade Unidade Xistos Esta unidade abrange as rochas metaultramáficas xistificadas da Seqüência Rio Mata Cavalo; a Unidade Xistosa do Grupo Serra da Serpentina e os sericita-xistos da Formação Sopa Brumadinho (Unidade Rio Preto). São aqüíferos com porosidade fissural, praticamente desprovidos de porosidade primária, onde a circulação de água subterrânea ocorre apenas nas fraturas. O material de decomposição das rochas xistosas origina um manto de cobertura de granulometria fina (silte-argilosa), proporcionando baixas taxas de recarga para esta unidade. Além disso, em função da pouca expressividade de zonas de fraturamento aberto, apresenta baixa capacidade de armazenamento e transmissão de água subterrânea, constituindo-se em um aqüífero pobre e de baixas vazões, com vocação apenas para o abastecimento de residências e pequenas comunidades Unidade Cristalino Esta unidade hidrogeológica inclui as rochas dos Complexos Guanhães e Gouveia, concentradas na porção leste da área de estudo. O fluxo subterrâneo ocorre em planos de falhas, fraturas ou juntas que se intercomunicam numa complexa rede hidráulica, a qual é denominada de aqüífero fissural cristalino. Quanto maior for a densidade das descontinuidades, extensão e grau de comunicação hidráulica entre as mesmas, maior será a capacidade de armazenamento e de transmissividade do referido meio aqüífero. Deste modo a potencialidade hidrogeológica desta unidade fica restringida ao tipo de condicionamento das estruturas secundárias, por onde se dá preferencialmente o escoamento do fluxo subterrâneo. Estas rochas normalmente desenvolvem um manto de alteração na sua parte superior, que constitui um meio poroso sobrejacente à rocha sã. Esta cobertura apresenta características hidráulicas que permitem a infiltração de água e recarga do aqüífero fissural cristalino. Assim, esta unidade é composta, na sua parte superior, por rochas inconsistentes do manto de decomposição das rochas gnáissico-migmatíticas e, na parte inferior, por rochas fraturadas. Tem-se, portanto, um aqüífero granular poroso superior e um fissurado sotoposto, em comunicação hidráulica, constituindo um único sistema. A recarga dessa unidade aqüífera ocorre preferencialmente a partir das drenagens controladas por fraturamento, bem como por filtração e fluxo descendente dos meio aqüíferos granulares, quando sobrejacentes. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

77 A descarga se processa naturalmente através das nascentes, muitas vezes associadas à zona de contato solo-rocha Unidade Confinante As unidades confinantes se comportam como barreiras hidráulicas e são representadas pelas diversas soleiras e diques máficos distribuídas em toda a área; pela Unidade Filítica do Grupo Serra da Serpentina e pelo nível fosfatado da Formação Sopa Brumadinho. Diversos diques e soleiras máficos foram mapeados ao longo de toda a área de estudo. Quando alterados, esses diques ou soleiras apresentam-se muito argilosos, dificultando a infiltração de água no sistema e atuando como excelente barreira hidráulica. Enquanto rocha sã, estas rochas podem apresentar algumas descontinuidades que favorecem a percolação da água, mas, em geral, apresentamse como rocha sã apenas em grandes profundidades, quando as descontinuidades também são mais fechadas Comportamento do fluxo subterrâneo Nos aqüíferos livres, representados pelos sistemas inconsolidados e pelo manto de intemperismo das rochas, o fluxo é relativamente concordante com a topografia. Nas zonas de recarga, o fluxo é predominantemente vertical e descendente, até atingir o contato solo-rocha. A partir daí, o escoamento ocorre lateralmente, e de modo secundário através da porosidade primária dos aqüíferos porosos ou da porosidade secundária das unidades fraturadas, até atingir a rede de escoamento superficial, que se constitui nos locais de descarga das águas subterrâneas. Nos aqüíferos profundos, o fluxo tende a apresentar um elevado controle estrutural. Assim, as linhas de drenagem encaixadas em fraturas e diáclases do embasamento cristalino são fundamentais, juntamente com aluviões a eles associados, para a alimentação dos aqüíferos em rochas granito-gnáissicas, constituindo importantes guias na prospecção de água subterrânea. Devido ao forte controle hidráulico representado pela presença de rochas de baixa condutividade hidráulica adjacentes, os aqüíferos em formações ferríferas e quartzitos apresentam escoamento fortemente influenciado pelos contatos entre as unidades geológicas e a direção de suas estruturas internas (foliação e acamamento). A principal zona de recarga corresponde ao divisor de águas entre as bacias do rio Doce e Velhas, na Serra do Espinhaço, sustentada pela Unidade Quartzitos. O sentido geral do escoamento subterrâneo tende a ser concordante com as principais drenagens superficiais existentes, para leste, em decorrência do próprio mergulho das foliações nas rochas metamórficas para esta direção. As zonas de instalação dos principais talvegues de drenagem coincidem com as zonas de descarga, enquanto as zonas de circulação encontram-se nas regiões intermediárias, sobretudo nas encostas de morros. O rio Santo Antônio corresponde ao nível de base regional, sendo o principal ponto de descarga dos aqüíferos. Não são relevantes os volumes de descarga artificial dos aqüíferos, representados pela explotação das águas subterrâneas através de poços tubulares ou cacimbas. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

78 Devido ao caráter predominantemente perene nos cursos d água na região, infere-se que os processos de inter-relação entre as águas superficiais e subterrâneas decorrem de um regime predominantemente influente das águas subterrâneas, ou seja, o aporte de fluxos em subsuperfície provém dos aqüíferos para as calhas de drenagem, não havendo contribuições significativas em regime efluente, ou seja, águas superficiais alimentando os aqüíferos Disponibilidades hídricas subterrâneas Ofertas hídricas subterrâneas A margem direita do rio Santo Antônio está constituída, no trecho de interesse, pelas microbacias tributárias dos rios das Lajes, Picão e Preto. Além desses corpos hídricos, ocorrem mais três cursos d água que drenam trechos isolados de contribuição direta para a calha do rio Santo Antônio, quais sejam as microbacias designadas Santo Antônio NN e Santo Antônio N, na margem direita, e na margem esquerda, o conjunto de microbacias de contribuição direta para o rio Santo Antônio denominado microbacia Santo Antônio E. Essas 6 microbacias totalizam os principais contribuintes do rio Santo Antônio em seu alto-médio curso junto à área de interesse e, dessa forma, constituem-se naturalmente em domínios essenciais ao estudo em apreço, como superfícies necessárias ao cômputo do balanço hídrico a ser conduzido para as estimativas das ofertas naturais subterrâneas que estariam sendo disponibilizadas no domínio. A seguir, na Tabela 9.2, apresenta-se os totais relativos às áreas das bacias citadas no domínio do projeto, enquanto a Figura 9.2 ilustra a sua localização geográfica. Nesta figura, observa-se que há uma tendência geral dos cursos d água de apresentarem escoamento em paralelo à direção Leste-Oeste aproximadamente, e escoando no sentido leste até atingirem o nível de base local materializado pelo talvegue do rio Santo Antônio. Tabela 9.2 Distribuição das microbacias hidrográficas na área do projeto MICROBACIAS Área Total (km²) Percentual do Total (%) Ribeirão das Lajes 70,95 17,21% Rio Picão 83,19 20,18% Rio Preto 168,27 40,83% Rio Santo Antônio NN 59,26 14,38% Rio Santo Antônio N 30,49 7,40% EIA-MOPI /12-v1 26/3/

79 Figura Localização das microbacias hidrográficas na área do projeto EIA-MOPI /12-v1 26/3/

80 Do ponto de vista hidrogeológico, considerando-se a análise dos conceitos que condicionam seu potencial, a abordagem deve ser realizada sob dois enfoques distintos, quais sejam: o ambiental e o econômico. Entende-se que o potencial hidrogeológico analisado sob o enfoque ambiental está voltado ao reconhecimento e à quantificação dos volumes que são armazenados sob a forma de reservas reguladoras ou renováveis, e que são equivalentes às ofertas dos componentes subterrâneos responsáveis pela restituição natural dos aqüíferos às calhas de drenagem, para manutenção das descargas de base no período de estiagem. Já o potencial hidrogeológico analisado sob o enfoque econômico é assumido como aquele que se volta basicamente ao reconhecimento da capacidade de produção do ambiente aquífero a partir de métodos induzidos de exploração do recurso hídrico subterrâneo, tais como os poços tubulares profundos de bombeamento. Neste estudo, o levantamento das disponibilidades hídricas subterrâneas foi realizado sobretudo sob o enfoque ambiental, referente ao quantitativo das reservas reguladoras e explotáveis, haja visto que não existem dados para mensuração dos parâmetros hidrodinâmicos dos aquíferos, que indiquem seu potencial econômico ou sua capacidade de extração. Contudo, em face de experiências em ambientes congêneres, são aventadas ordens de grandeza de vazões esperadas para captações por poços tubulares diante das tipologias aquíferas existentes. Os compartimentos regionais estabelecidos na forma de microbacias hidrográficas agregam internamente, domínios hidrogeológicos distintos quanto ao seu potencial de explotação e de restituição das recargas às referidas calhas de drenagem. Assim, através do mapeamento geológico existente, busca-se agrupar aqueles tipos litológicos congêneres quanto às suas propriedades hidráulicas intrínsecas, permitindo que se diferenciem espacialmente os domínios e as zonas hidrogeológicas homogêneas quanto às condições de armazenabilidade dos aqüíferos, as quais podem ser traduzidas em suas potencialidades hidrogeológicas naturais. Esta compartimentação torna-se possível a partir da identificação e da espacialização dos agrupamentos litológicos citados, que se traduzem em zonas hidrogeológicas homogêneas quanto à predisposição natural para servirem ou não como aqüíferos. Considerando-se então que os domínios hidrogeológicos podem ser classificados de maneira a manifestar seus distintos potenciais naturais, as variações composicionais podem ser classificadas em: Zonas Aquíferas (ZA), Zonas de Aquíferos Pobres (ZAP) e Zonas não-aquíferas (ZNA). As Zonas Aquíferas (ZA) perfazem todos os domínios abrangidos pelos tipos litológicos que, de modo agrupado ou não, encontram-se expostos superficialmente, quais sejam, as formações ferríferas, as cangas e as rochas quartzíticas predominantemente, além dos depósitos aluvionares e coberturas detrítico-lateríticas. Esses materiais conformam notadamente as expressões de maior potencial hidrogeológico, reunindo as propriedades hidráulicas de maior capacidade ao armazenamento e a condução das águas subterrâneas. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

81 Os materiais representados pelas rochas cristalinas e os xistos perfazem as Zonas de Aquíferos Pobres (ZAP), ou meios aqüíferos de baixo potencial hidrogeológico. Em geral, a associação desses materiais com determinados atributos estruturais, tais como falhas e zonas de diáclases e fraturas, podem proporcionar um acréscimo do potencial hídrico subterrâneo, dada a presença dessas interferências atuando como porosidades secundárias da rocha e aumentando a capacidade de circulação e de armazenamento da água subterrânea de acordo com o grau de interconectividade entre as mesmas. As Zonas não-aquíferas (ZNA) são constituídas por materiais de baixas permeabilidade e porosidade, comportando-se majoritariamente como faixas impermeáveis ou confinantes, e implicando em aproveitamentos muito baixos ou nulos. Restringem-se àqueles domínios onde as rochas representadas por filitos, diques básicos e pelas rochas vulcânicas em geral, expressam seu caráter hidrogeológico relativo às baixíssimas condições de armazenabilidade e de condutância de água subterrânea, o que os imputa essencialmente as características de aquicludes, aquitardos e até aquifugos. Apresentam-se, na Tabela 9.3 a seguir, os agrupamentos litológicos citados e suas respectivas associações junto às zonas hidrogeológicas específicas e unidades geológicas. Tabela Relação entre domínios hidrogeológicos e agrupamentos litológicos DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS AGRUPAMENTOS LITOLÓGICOS UNIDADES GEOLÓGICAS Zona Aquífera (ZA) Conglomerados, canga, depósitos aluvionares, coluvionares, Coberturas detrítico-lateríticas, quartzitos, formações ferríferas e rochas sedimentares Depósitos elúvio-coluviais; Grupo Serra da Serpentina (Unidade Itabirítica); Formações Galho do Miguel e Sopa Brumadinho (Unidades Itambé do Mato Dentro e Serra do Lobo) Zona de Aquíferos Pobres (ZAP) Xistos em geral e rochas cristalinas (gnaisses, granitóides, etc.) Complexos Guanhães e Gouveia;s Seqüência Rio Mata Cavalo; Grupo Serra da Serpentina (Unidade Xistosa) e Formação Sopa Brumadinho (Unidade Rio Preto) Zona não-aquífera (ZNA) Filitos, diques e soleiras, rochas básicas, rochas vulcânicas e pelitos Soleiras e diques máficos; Grupo Serra da Serpentina (Unidade Filítica) e Formação Sopa Brumadinho (Unidade Rio Preto, nível fostatado) As porções ofertadas como volume de água subterrânea anual renovável de uma bacia, invariavelmente, correspondem a exutórios médios de todo o conjunto hidrogeológico que integra a mesma. No entanto, é sabido que existem trechos diferenciados da bacia, cuja contribuição percentual para esses exutórios apresenta valores muito superiores a outros que se encontram, até mesmo, em áreas muito mais expressivas. Com o intuito de se mapear as zonas hidrogeológicas citadas anteriormente, a ponderação dos pesos relativos aos tipos de rocha existentes no interior de cada bacia hidrográfica assume caráter de especial EIA-MOPI /12-v1 26/3/

82 relevância hidrogeológica, o que permite contextualizar espacialmente as verdadeiras potencialidades aqüíferas de cada domínio componente da bacia. Tal procedimento pressupõe a quantificação das descargas médias mínimas anuais em cada seção fluviométrica de interesse, considerando-se a presença de estações fluviométricas operadas pela Agência Nacional de Águas ANA, cujos dados foram tratados no capítulo de Hidrologia. Na Tabela 9.4 a seguir, é apresentada a seção fluviométricas de interesse, com a identificação de sua localização e de sua área de abrangência. Tabela Identificação da estação fluviométrica utilizada para cálculo das descargas regionais CÓDIGO DENOMINAÇÃO CURSO DE ÁGUA ÁREA DE DRENAGEM (KM²) LATITUDE S COORDENADAS LONGITUDE O Conceição do Mato Dentro Rio Santo Antônio Destinado a avaliar o potencial hidrogeológico ambiental das porções interiores da área de estudo, considerando-se suas 5 microbacias hidrográficas componentes, o detalhamento das zonas hidrogeológicas contidas nas mesmas serviu para aferição dos quantitativos indicados pelos critérios de regionalização das vazões. Isso foi possível a partir da consistência dos dados obtidos na estação identificada na Tabela 3.4, o que permitiu a inferência dos dados relativos às descargas médias mínimas anuais de cada microbacia de interesse. As áreas de contribuição de cada uma das 5 microbacias, coincidindo ao total da área de estudo, são apresentadas a seguir na Tabela 9.5. Tabela Seções fluviométricas para análise das reservas renováveis Microbacia Área (Km²) Percentual do total (%) Vazões mínimas* (m 3 /s) Rio Santo Antônio NN 59,26 14,38 0,749 Ribeirão das Lajes 70,95 17,21 0,553 Rio Santo Antônio N 30,49 7,40 0,274 Rio Picão 83,19 20,18 0,656 Rio Preto 168,27 40,83 1,26 *Obs.: Média mensal das vazões mínimas anuais Os valores de vazões mínimas são considerados equivalentes às reservas renováveis dos sistemas hidrogeológicos situados imediatamente a montante dessas microbacias, e vêm totalizar as ofertas hídricas subterrâneas ou reservas anuais renováveis, que correspondem ao volume restituído pelos aquíferos às calhas de drenagem. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

83 Contextualizando os tipos de reservas hídricas subterrâneas que são normalmente definidos como forma de apontar as disponibilidades brutas naturais ofertadas pelos domínios de interesse, abaixo se encontram descritas os principais conceitos pertinentes: - Reserva Permanente ou Secular: corresponde ao volume de água acumulada no meio aqüífero, não variável em decorrência da flutuação sazonal da superfície potenciométrica. Estas reservas são compostas por águas mais antigas do sistema de fluxo regional, em geral mais mineralizadas. Não constam neste estudo, principalmente porque os respectivos cálculos são passíveis de erros grosseiros, devido à necessidade do uso de variáveis de elevado grau de imprecisão, mas que podem ser realizados após o conhecimento de parâmetros geológicos específicos. - Reserva Renovável ou Reguladora: representa o volume de água acumulada no aqüífero, variável anualmente em decorrência dos aportes sazonais de água superficial, do escoamento subterrâneo e dos exutórios, correspondendo, portanto, à recarga anual do aqüífero. Em geral, apenas uma parcela dos volumes totais contidos nos depósitos subterrâneos participa das trocas hídricas com as calhas fluviais, contribuindo para a regularização das vazões e para a perenização dos regimes. Desse modo, são apenas e justamente as reservas reguladoras aquelas que precisam ser conhecidas para os efeitos práticos de dimensionamento da capacidade de explotação dos aqüíferos. De fato, a retirada de água dos depósitos subterrâneos em quantidades superiores às existentes nas reservas reguladoras caracteriza uma superexplotação, com a conseqüente quebra do equilíbrio hidráulico do sistema. - Reserva Explotável: indica o potencial de utilização de um aqüífero, sem riscos ao equilíbrio de seu balanço hídrico. As reservas naturais são consideradas como aquelas que podem ser de fato renovadas anualmente, perante a premissa de que, em se respeitando o uso sustentável dos mananciais, o conjunto das reservas reguladoras ou transitórias deve constituir a totalidade da água presente num aqüífero ou sistema aqüífero, com possibilidades de aproveitamento. As reservas permanentes são aqui consideradas, apenas, como reservas nobres ou estratégicas, mas passíveis de intervenção em processos de rebaixamento de nível d água na mineração, ou mesmo, em situações hidrogeológicas específicas, onde apenas a ocorrência de aquíferos confinados, existentes em maiores profundidades, pode ser submetida à explotação. Em termos médios de longo período e em condições não influenciadas, admite-se que as entradas de água nos sistemas igualam às descargas ou saídas, que em geral são responsáveis pelo fluxo de base dos cursos d água. Teoricamente, uma explotação cujo volume se iguala à recarga total do sistema acabaria por influenciar o regime de vazões mínimas do escoamento superficial. Por este motivo, neste estudo admite-se que os recursos explotáveis representam apenas uma parcela das reservas reguladoras, a fim de garantir a manutenção de uma vazão mínima dos cursos d água (Pinto & Martins Neto, 2001, citado por Ramos & Paixão). Estudos diversos têm tentado mostrar que as estimativas seguras para aproveitamento dos mananciais subterrâneos devem se restringir a uma faixa de utilização máxima contida nos limites de 25 a 40% das reservas renováveis, percentuais estes denominados de reservas explotáveis dos aqüíferos (Ramos & Paixão, 2003). EIA-MOPI /12-v1 26/3/

84 A seqüência de tarefas necessárias ao cômputo dos valores de reserva renovável pressupõem, nessa metodologia, uma etapa de normalização dos valores de descargas encontrados pela regionalização hidrológica (Tabela 9.5), a partir da atribuição de coeficientes hidrodinâmicos conhecidos na literatura para porosidade efetiva para fluxo (ηef) ou armazenamento específico (Sy), para cada domínio hidrogeológico (Tabela 9.6). Estes valores correspondem a uma adaptação de valores médios apresentados para diversos tipos de rochas, conforme citado em Freeze e Cherry (1976), Fetter (1994) e Domenico e Schwartz (1998). Tabela Parâmetros hidrodinâmicos médios adotados nos cálculos de normalização das descargas DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS POROSIDADE EFETIVA (Η EF ) Zonas Aquíferas (ZA) 0,1 Zonas de Aquíferos Pobres (ZAP) 0,035 Zonas não-aquíferas (ZNA) 0,0085 O significado espacial dos resultados encontrados, apesar de indicados de modo regionalizado, passa a representar de forma mais realista a essência do potencial hidrogeológico ambiental, onde as contribuições efetivas de cada agrupamento litológico passam a ter um peso diferenciado nos valores calculados e, assim, as ponderações obtidas entre as recargas efetivas podem ser reconhecidas e revistas em cada microbacia ou domínio hidrogeológico. De modo a caracterizar os domínios hidrogeológicos que são responsáveis diretamente pelo potencial aquífero local e, considerando-se as unidades hidrogeológicas contidas nesses compartimentos e sua intrínseca correlação com as propriedades hidráulicas dos materiais que as constituem, apresenta-se na Tabela 9.7 abaixo, a distribuição dos domínios hidrogeológicos existentes e os percentuais de ocupação em cada uma das microbacias configuradas perante a distribuição espacial e abrangência na região. Para um total de aproximadamente 412 km2 de superfície total, a região de estudo contempla 5 microbacias que, na verdade, constituem aqueles locais onde é possível, simultaneamente, quantificar as ofertas hídricas e as respectivas demandas pelo recurso subterrâneo e superficial, dadas as condições de contorno estabelecidas pelos interflúvios da rede de drenagem local, em consonância às necessidades de monitoramento hídrico do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A.. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

85 Sub Bacia Tabela Domínios hidrogeológicos por microbacia de interesse Área (Km²) Rio Santo Antônio NN 59,26 14,38% Ribeirão das Lajes 70,95 17,21% Rio Santo Antônio N 30,49 7,40% Rio Picão 83,19 20,18% Rio Preto 168,27 40,83% Percentual Zona Hidrogeológica Área (Km²) Percentual Zona aquífera 51,22 86,44% Zona de aquíferos pobres 5,29 8,93% Zona não aquífera 2,75 4,63% Zona aquífera 37,71 53,16% Zona de aquíferos pobres 25,65 36,16% Zona não aquífera 7,58 10,68% Zona aquífera 1,49 4,89% Zona de aquíferos pobres 28,28 92,75% Zona não aquífera 0,72 2,36% Zona aquífera 16,19 19,47% Zona de aquíferos pobres 61,35 73,75% Zona não aquífera 5,64 6,79% Zona aquífera 75,62 44,94% Zona de aquíferos pobres 73,08 43,43% Zona não aquífera 19,57 11,63% A seguir, são descritas cada uma das cinco microbacias, considerando-se os percentuais encontrados para os tipos de domínio hidrogeológico contido em cada uma delas, quais sejam, as zonas de aqüíferos pobres (ZAP), as zonas aquíferas (ZA) e as zonas não aquíferas (ZNA) Rio Santo Antônio NN A microbacia do Rio Santo Antônio NN localiza-se ao norte da área em estudo e seus afluentes, como os córregos Fazenda de Cima, Varejão, Cipó, Onça e outros, fluem suas águas no sentido nordeste, desaguando no Rio Santo Antônio. Ocupando uma área de 59,26 Km², esta microbacia corresponde a 14,38% da área total de estudo (Tabela 9.8). Tabela Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia Rio Santo Antônio NN MICROBACIA ÁREA KM² DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS ÁREA KM² PERCENTUAL Zona aquífera 51,22 86,44% Rio Santo Antônio NN 59,26 Zona de aquíferos pobres 5,29 8,93% Zona não aquífera 2,75 4,63% As zonas aquíferas correspondem a 51,22 Km² (86,44%) da área total desta microbacia, sendo a grande maioria formada por rochas quartzíticas, mas, havendo duas pequenas faixas de formação ferrífera que entrecortam a porção sul deste domínio. A zona de aquíferos pobres predomina por toda a porção sul, estando relacionada às rochas do embasamento cristalino e ocupando uma área de 5,29 Km², ou seja, cerca de 8,9 % da área total desta microbacia. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

86 No que tange às zonas não aquíferas, os filitos, rochas básicas e diques são as rochas de baixíssimas condições de armazenabilidade e condutância de água subterrânea e se apresentam na porção sul e em pequenas manchas isoladas situadas em meio ao domínio dos quartzitos. Esses tipos litológicos agrupados correspondem a apenas 2,75 Km² (4,63%) da área da microbacia do Rio Santo Antônio NN. Para uma melhor observação de como essas tipologias aquíferas se distribuem no domínio hidrogeológico referente à microbacia do Rio Santo Antônio NN, o mapa da Figura 9.3 exibe espacialmente as faixas de ocorrência de cada uma das tipologias em questão, além de apresentar informações sobre os litotipos presentes e gráfico ilustrativo do percentual da distribuição das tipologias aquíferas e tipos litológicos existentes. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

87 Figura Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Santo Antônio NN EIA-MOPI /12-v1 26/3/

88 Ribeirão das Lajes O domínio hidrogeológico do ribeirão das Lajes, semelhante ao anterior, caracteriza-se por obter uma densidade de drenagem um pouco mais elevada e é marcado pela existência de dois importantes cursos d água: os ribeirões das Lajes e Mata Cavalo, os quais drenam quase toda a microbacia e deságuam no Rio Santo Antônio. Citam-se ainda alguns afluentes destes dois cursos d água, como os córregos Passagem, Toledo, Campo Redondo, Salvador e Suador. Ocupando uma área de 70,95 Km², esta microbacia corresponde por 17,21% da área total de estudo, como demonstra a Tabela 9.9 a seguir. Tabela Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do ribeirão das Lajes MICROBACIA ÁREA KM² DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS ÁREA KM² PERCENTUAL Zona aquífera 37,71 53,16% Ribeirão das Lajes 70,95 Zona de aquíferos pobres 25,65 36,16% Zona não aquífera 7,58 10,68% As zonas aquíferas, ocupando uma área de 37,71 Km² (53,16 %) e, correspondendo em sua maioria às rochas quartzíticas, estendem-se desde a porção norte até a porção sul. Em menor proporção, em uma porção mais a leste, rochas como as formações ferríferas e as coberturas detríticas compõem o restante desta microbacia. A zona de aquíferos pobres corresponde por 25,65 Km² (36,61%) da área total desta microbacia, sendo representada em sua maioria por xistos situados na porção oeste e central. Em menor expressão, rochas do embasamento cristalino também fazem parte da zona de aquíferos pobres, estando localizados principalmente no extremo leste da mesma. Filitos, diques e rochas básicas encontram-se dispersos espacialmente, sendo que, em seu conjunto vêm compor a zona não aqüífera. Correspondem a uma área de 7,58 Km², a qual equivale a 10,68% da área total desta microbacia. De modo a possibilitar a observação de como essas os domínios hidrogeológicos se distribuem na microbacia do ribeirão das Lajes, o mapa da Figura 9.4 exibe espacialmente as faixas de ocorrência de cada uma das tipologias em questão, além de apresentar informações sobre os litotipos presentes e os gráficos dos percentuais de sua distribuição. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

89 Figura Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do ribeirão das Lajes EIA-MOPI /12-v1 26/3/

90 Rio Santo Antônio N Situada na porção centro-norte da área de estudo, a microbacia do rio Santo Antônio N tem como curso d água principal o Ribeirão do Bento, cujos caudais são despejadas no rio Santo Antônio. Córregos afluentes como Escadinha e Tanque deságuam no Ribeirão do Bento, no entanto existem outros pequenos tributários como o Córrego Carioca, o qual desemboca diretamente no rio Santo Antônio. Observa-se que esses cursos d água estão predominantemente orientados no sentido sudoeste/nordeste. A área ocupada por esta microbacia é de 30,49 Km², ou cerca de 7,40% de toda área de estudo (Tabela 9.10). Tabela Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Santo Antônio N MICROBACIA ÁREA KM² DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS ÁREA KM² PERCENTUAL Zona aquífera 1,49 4,89% Rio Santo Antônio N 30,49 Zona de aquíferos pobres 28,28 92,75% Zona não aquífera 0,72 2,36% O compartimento referente ao contorno hidrográfico da microbacia rio Santo Antônio N manifesta-se quase integralmente sobre o ambiente de rochas cristalinas, havendo uma pequena área, a oeste dessa microbacia, formada por xistos. Esses dois tipos litológicos abrangem uma área de 28,28 Km² (92,75%) e perfazem meios aquíferos de baixo potencial hidrogeológico, aqui descritos como zonas de aquíferos pobres. Em proporção consideravelmente menor, no extremo oeste desta microbacia, a presença de rochas de afinidade mais condutiva é indicada pela presença de formações ferríferas e quartzitos. Esses dois tipos litológicos agrupados caracterizam-se como zonas aquíferas e representam uma área de 1,49 Km² (4,89%). Correspondendo integralmente às zonas não aquíferas, os filitos e diques são os tipos litológicos de baixíssimas condições de armazenabilidade e de condutividade hidráulica, abrangendo uma área de apenas 0,72 Km² (2,36%). Essas rochas estão dispostas na porção oeste e sul da microbacia rio Santo Antônio N. Através do mapa da Figura 9.5 é possível observar como esses domínios hidrogeológicos se distribuem na microbacia do rio Santo Antônio N. Nesta figura verifica-se ainda, as informações pertinentes aos litotipos presentes, os gráficos ilustrativos dos percentuais de distribuição dos domínios hidrogeológicos e dos tipos litológicos existentes. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

91 Figura Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Santo Antônio N EIA-MOPI /12-v1 26/3/

92 Rio Picão A microbacia do rio Picão encontra-se na porção central da área de estudo, tendo toda a sua drenagem direcionada diretamente para a margem direita do Rio Santo Antônio. Alguns tributários como os córregos do Campinho, Limeira, Pilar e Brumado compõem sua malha principal. Possui uma área de 83,19 Km² e representa 20,18 % da área total de estudo (Tabela 9.11). Tabela Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Picão MICROBACIA ÁREA KM² DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS ÁREA KM² PERCENTUAL Zona aquífera 16,19 19,47% Rio Picão 83,19 Zona de aquíferos pobres 61,35 73,75% Zona não aquífera 5,64 6,79% Há uma predominância de rochas cristalinas na porção leste e de xistos na faixa oeste desta microbacia, as quais perfazem uma área de 61,35 Km² (73,75%). Estas rochas correspondem a meios aquíferos de baixo potencial hidrogeológico, denominadas de zona de aquíferos pobres. As rochas de maior condutividade hidráulica, formando as zonas aquíferas, distribuem-se junto à porção central da área, marcada basicamente pela existência de quartzitos, os quais totalizam uma área de 16,19 Km² (19,47%). Os filitos, diques e rochas básicas são os tipos litológicos sempre considerados como de baixíssimas condições de armazenabilidade e de condutividade hídrica subterrânea, abrangendo uma área de 5,64 Km² (6,79%) e correspondendo às zonas não aquíferas. As rochas básicas concentram-se na porção sul, os filitos na porção centro-sul e os diques básicos em manchas isoladas por toda área. De modo a possibilitar a observação de como esses domínios hidrogeológicos se distribuem na microbacia do Rio Picão, o mapa da Figura 9.6 exibe espacialmente as faixas de ocorrência de cada uma das tipologias em questão, além de apresentar informações sobre os litotipos presentes e gráficos ilustrativos dos percentuais de distribuição das zonas hidrogeológicas e dos tipos litológicos existentes. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

93 Figura Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Picão EIA-MOPI /12-v1 26/3/

94 Rio Preto Esse microbacia, situada na porção centro-sul da região de estudo, também se caracteriza por apresentar uma alta densidade de drenagem, sendo marcada pela existência de diversos tributários que drenam a malha hidrográfica do rio Preto. Alguns afluentes desta microbacia, além do próprio Preto, chamam a atenção, tais como os córregos Indaiá, Salitreiro e da Lapa, por romperem extensos trechos entalhados em maciços escarpados de rochas quartzíticas. Ocupando uma área de 168,27 Km², esta microbacia abrange 40,83% da área total (Tabela 9.12), e corresponde à maior microbacia da área de estudo. Tabela Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Preto MICROBACIA ÁREA KM² DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS ÁREA KM² PERCENTUAL Zona aquífera 75,62 44,94% Rio Preto 168,27 Zona de aquíferos pobres 73,08 43,43% Zona não aquífera 19,57 11,63% As zonas aquíferas, ocupando uma área de 75,62 Km² (44,94 %), correspondem, em sua maioria, a rochas quarzíticas que se estendem principalmente na porção oeste. Em menor proporção estão as rochas da formação ferrífera, que se situam em pequena faixa na porção centro-leste da área. As zonas de aquíferos pobres correspondem a 73,08 Km² (36,61%) da área total desta microbacia, sendo representados por xistos que se situam na porção central, além de rochas do embasamento cristalino, localizadas principalmente no extremo leste da mesma. As zonas não aquíferas são compostas por filitos, diques e rochas básicas e se encontram dispersas por toda microbacia, abrangendo uma área de 19,57 Km², equivalentes a 11,63% da área total da mesma. O mapa da Figura 9.7 apresentado a seguir, exibe espacialmente as faixas de ocorrência de cada uma das zonas hidrogeológicas na microbacia do rio Preto, além de apresentar informações sobre os litotipos presentes e gráfico percentuais de distribuição dos domínios hidrogeológicos e tipos litológicos. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

95 Figura Distribuição dos domínios hidrogeológicos na microbacia do rio Preto EIA-MOPI /12-v1 26/3/

96 Síntese dos Resultados Com base na utilização dos valores obtidos através dos estudos hidrológicos, em que foram calculadas as médias das descargas mensais mínimas anuais, torna-se possível elaborar o cálculo das descargas médias específicas ponderadas por domínio hidrogeológico, conforme apontado anteriormente no item destinado à descrição dos procedimentos metodológicos. De acordo com os valores encontrados em cada zona hidrogeológica dos domínios de interesse, apresentam-se na Tabela 9.13 a seguir os resultados das descargas ponderadas encontradas. Tabela Relação das descargas ponderadas por domínio hidrogeológico de interesse Microbacia Rio Santo Antônio NN Ribeirão das Lajes Rio Santo Antônio N Rio Picão Rio Preto Domínios Hidrogeológicos Área (Km²) Percentual Vazões mínimas (m 3 /s) Vazões mínimas ponderadas (m 3 /s) ZA 51,22 86,44% 0,695 ZAP 5,29 8,93% 0,749 0,047 ZNA 2,75 4,63% 0,007 ZA 37,71 53,16% 0,441 ZAP 25,65 36,16% 0,553 0,105 ZNA 7,58 10,68% 0,008 ZA 1,49 4,89% 0,020 ZAP 28,28 92,75% 0,274 0,252 ZNA 0,72 2,36% 0,002 ZA 16,19 19,47% 0,278 ZAP 61,35 73,75% 0,656 0,369 ZNA 5,64 6,79% 0,008 ZA 75,62 44,94% 0,926 ZAP 73,08 43,43% 1,260 0,313 ZNA 19,57 11,63% 0,020 Obs. ZA- Zonas aquíferas; ZAP Zonas de aquíferos pobres; ZNA Zonas não aquíferas Inicialmente, partindo-se para uma análise regional possibilitada pelos valores encontrados nas microbacias que conformam a totalidade do domínio de estudo, com cerca de 412 km2, a recarga média que aporta às calhas de drenagens no período de estiagem é da ordem de 8,5 L/s.km2. Diante dos valores apresentados acima, por zona hidrogeológica avaliada, verifica-se que 44% da área total de interesse, representada pelas Zonas Aquíferas, contribuem com cerca de 67,6% dos volumes médios mínimos mensais escoados anualmente nos períodos de estiagem, ou seja, aproximadamente 2,4 m3/s. A partir do mesmo raciocínio, observa-se que os 47% relativos às Zonas de Aquíferos Pobres vão contribuir anualmente, com cerca de 31,1% desses volumes escoados (1,09 m3/s). Já as Zonas não Aquíferas, ocupando somente 8,8% da totalidade do domínio de interesse, contribuem anualmente com 1,3% dessas descargas ao longo dos períodos de estiagem, ou seja, 0,045 m3/s. A Tabela 9.14 apresentada abaixo identifica de modo resumido, os valores encontrados para cada uma das zonas hidrogeológicas que compõem o domínio. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

97 Tabela Síntese das contribuições efetivas e descargas ponderadas por zona hidrogeológica DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS ÁREAS (KM 2 ) PERCENTUAL (%) ESCOAMENTO DE BASE (M 3 /S) DESCARGAS MÍNIMAS PONDERADAS (M 3 /S) CONTRIBUIÇÃO EFETIVA (%) Zonas aquíferas 182,23 44,22 2,36 67,60 Zona de aquíferos pobres 193,65 46,99 3,49 1,086 31,11 Zona não aquífera 36,26 8,80 0,045 1,29 Do ponto de vista da distribuição espacial das zonas que mais contribuem para os volumes escoados ao longo do período de estiagem, anualmente, observa-se através da Figura 9.8, que as duas grandes faixas de ocorrência de zonas aquíferas, as quais correspondem majoritariamente à presença de rochas quartzíticas, situam-se, ou no extremo oeste do domínio de estudo, vinculadas às zonas elevadas das superfícies cimeiras da Serra do Espinhaço, ou compreendem a uma zona alongada de direção aproximada norte-sul, correspondente às serranias e morros associados às rochas quartzíticas, mas também, às formações ferríferas, carapaças lateríticas e às coberturas detríticas. As contribuições médias específicas representadas pelos volumes de restituição dos aquíferos às calhas de drenagens para os períodos de estiagem vão corresponder, assim, a um máximo de aproximadamente 13,0 L/s.km² para as Zonas Aquíferas, 5,6 L/s.km² para as Zonas de Aquíferos Pobres e de apenas 1,24 L/s.km² para as Zonas não Aquíferas, conforme observado na Tabela Para esses valores, se considerada uma taxa de precipitação média de 1600 mm anuais, distribuídos homogeneamente por toda a região de estudo, significa uma recarga média relativa às Zonas Aquíferas, Zonas de Aquíferos Pobres e Zonas não Aquíferas, de cerca de 25,5%, 11,1% e 2,4%, respectivamente. Tabela 9.15 Identificação das descargas médias específicas por zonas hidrogeológica DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS DESCARGAS ESPECÍFICAS (L/S.KM 2 ) RECARGA MÉDIA ANUAL (%) Zonas aquíferas 12, Zona de aquíferos pobres 5, Zona não aquífera 1, Tomando como base toda a área compreendida pelos domínios hidrogeológicos computados, as reservas renováveis representariam L/s, ou 1,2 x 10 8 m 3 /ano. Considerando-se que as reservas explotáveis se situam entre 25% e 40% destas, obtém-se um valor entre 873 e L/s, equivalentes a 2,75 x 10 7 a 4,40 x 10 7 m 3 /ano, respectivamente, que podem ser explotados de modo sustentável. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

98 Figura Mapa de distribuição dos domínios hidrogeológicos na área de estudo regional (AII). EIA-MOPI /12-v1 26/3/

99 Levantamento das demandas de águas subterrâneas Para se estimar as demandas de água subterrânea, podem ser adotadas distintas fontes de informação as quais resultam em avaliações mais conservadoras das demandas existentes. Assim, as projeções de demandas por águas subterrâneas foram baseadas em três procedimentos distintos, quais sejam: registro do utilização de águas subterrâneas em nascentes e poços tubulares inventariados; listagem de outorgas subterrâneas do IGAM para usos diversos; estimativa de consumo de água subterrânea per capita, para cada município inserido na área Nascentes e poços tubulares inventariados na forma de dados primários Como não foi procedido nenhum esforço amostral para esta finalidade, ou seja, a execução de levantamento de campo voltado ao reconhecimento de pontos de captação ou utilização de mananciais subterrâneos destinados a diversas finalidades sejam estes, dessedentação animal, abastecimento humano ou irrigação, os cálculos nesse sentido não podem ser efetuados Listagem de outorgas do IGAM para usos diversos Tendo sido consultada a listagem de outorgas expedidas pelo IGAM, verifica-se que não existe, até o momento, nenhuma outorga concedida na área de interesse de estudo. Contudo, sabe-se que, caso existam, a maior parte dos usos de água subterrânea não está registrada junto ao órgão ambiental, e que as demandas existem, ainda que vinculadas ao meio rural através de poços rasos e nascentes. Desse modo, cumpre apenas apontar os valores que se tem conhecimento atualmente através de consulta à página eletrônica do IGAM ( onde se encontra disponível a relação de outorgas concedidas desde 1994 até 25/02/2011, os quais correspondem aos usos devidamente regularizados. Complementarmente, foi realizada uma pesquisa no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas SIAGAS, cuja dimensão atual oferecida no site da CPRM ( contempla a presença de poços cadastrados em nível nacional, sendo registrados em Minas Gerais, cerca de poços tubulares. Considerando-se que o levantamento junto ao órgão público estadual responsável pela concessão de uso das águas subterrâneas (IGAM) não apresentou nenhum poço tubular presente no domínio de interesse, o SIAGAS identificou apenas dois poços, o que indica a insuficiência de dados representativos para a região Estimativa de consumo de água subterrânea per capita Tendo em vista a ausência de dados primários a respeito dos volumes de água subterrânea efetivamente captados na área, as demandas foram estimadas com base na estimativa de consumo per capita para cada município, considerado pela contagem de população do IBGE de 2007, e nos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2000 para todos os municípios inseridos na área de estudo. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

100 Considerando-se a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2000, adota-se como premissa conservadora, de que na zona rural a rede de distribuição utiliza 100% água subterrânea, a uma taxa de consumo per capita considerada em 150 L/dia e, nas áreas urbanas, a taxa de consumo per capita considerada é de 250 L/dia, conforme os percentuais indicados nos municípios para este tipo de consumo. Como o uso de água nos centros urbanos está vinculado à rede de abastecimento pública e, as concessionárias locais fazem uso de água superficial, não foi considerada uma contribuição de demanda subterrânea pela população das áreas urbanas. Considerando-se os municípios e distritos contidos no domínio de interesse, observam-se na Tabela 9.16 a seguir os quantitativos considerados para o cômputo das demandas hídricas subterrâneas. Tabela Relação de quantitativos populacionais e demandas por águas subterrâneas estimadas Com base nos dados acima apresentados, pode-se estimar que, em função do consumo per capita adotado de 150 L/dia, o total populacional rural representa uma baixa demanda de consumo por microbacia, conforme se observa na última coluna da tabela acima, totalizando uma média de 2,03 L/s, o equivalente a 175 m 3 /dia ou m 3 /ano Cotejo final entre ofertas e demandas hídricas subterrâneas A partir dos procedimentos metodológicos anteriormente adotados, foi realizada uma quantificação das ofertas e demandas de água subterrânea para as microbacias de interesse ao Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. A Tabela 9.17 traz a síntese dos resultados obtidos, indicando também as disponibilidades hídricas subterrâneas, que correspondem às ofertas subtraídas das demandas estimadas. Observa-se que neste quadro são apresentados dois cenários distintos de ofertas e disponibilidades: um mais conservador, considerando que as ofertas equivalem a 25% das reservas renováveis, e outro mais otimista, onde as ofertas são equivalentes a 40% das reservas renováveis. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

101 Tabela Disponibilidades hídricas subterrâneas UNIDADE OFERTA HÍDRICA (25% DA RESERVA RENOVÁVEL) OFERTA HÍDRICA (40% DA RESERVA RENOVÁVEL) DEMANDA DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA (PARA 25% DA RESERVA RENOVÁVEL) DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA (PARA 40% DA RESERVA RENOVÁVEL) L/s , m 3/ dia m 3 /ano Subtraindo-se as demandas das ofertas quantificadas nos cenários mais e menos conservadores, obtêmse disponibilidades hídricas subterrâneas de 2,746 x 10 7 a 4,399 x 10 7 m 3 /ano, respectivamente, suficientes para atender às demandas do empreendimento na fase de implantação. No item de Hidrologia será mostrada a disponibilidade de água superficial para a demanda do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A.. É importante ressaltar que este valor foi admitido com base no conhecimento técnico mais atual, entretanto, ainda não existe uma diretriz oficial do IGAM ou do Comitê de Bacia Hidrográfica do rio Santo Antônio determinando limites específicos para a emissão de outorga de águas subterrâneas com base nas reservas explotáveis. Atualmente, a concessão das outorgas se dá a partir da análise do teste de bombeamento do poço, da sua capacidade produtiva, das interferências em outras captações nas proximidades e na adequabilidade das condições de operação às necessidades da demanda Caracterização Hidrogeológica Local (AID) Unidades Hidrogeológicas Com base nas características geológicas foram definidas seis principais unidades hidrogeológicas para a área de estudo local, a saber: Unidade Cristalino; Unidade Xistos; Unidade Quartzitos; Unidade Formação Ferrífera; Unidade Confinante; e, Unidade de Cobertura Cenozóica. Para esta classificação utilizou-se a mesma base geológica e seguiu os mesmos padrões e premissas utilizadas para a área de estudo regional, cuja descrição completa das características de cada unidade hidrogeológica foi apresentada no item anterior de caracterização da área de estudo regional (AII). Dentre as Unidades Hidrogeológicas as Formações Ferríferas e Quartzitos se destacam como os principais aqüíferos. As unidades constituídas por filitos, diques e rochas vulcânicas constituem-se em aqüitardos ou aqüicludes, enquanto os xistos e rochas do embasamento cristalino representam aqüíferos pobres, com potencial hidrogeológico relativamente baixo. A distribuição destas unidades é apresentada na Figura 9.9 e na Tabela 9.18 é possível perceber a correlação entre as unidades geológicas e hidrogeológicas na área, em função da sua composição litológica predominante. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

102 Tabela Correlação entre Unidades Hidrogeológicas e Geológicas UNIDADE HIDROGEOLÓGICA Unidade Cobertura Cenozóica Unidade Formação Ferrífera Unidade Quartzitos Unidade Xistos Unidade Cristalino Unidade Confinante UNIDADE GEOLÓGICA LITOLOGIA PREDOMINANTE ÁREA (KM 2 ) ÁREA (%) Depósitos elúvio-coluviais Depósitos de canga 1,97 1,2% Grupo Serra da Serpentina (Unidade Itabirítica) Formações Galho do Miguel e Sopa Brumadinho (Unidades Itambé do Mato Dentro e Serra do Lobo) Seqüência Rio Mata Cavalo; Grupo Serra da Serpentina (Unidade Xistosa) e Formação Sopa Brumadinho (Unidade Rio Preto) Complexos Guanhães e Gouveia Soleiras e diques máficos; Grupo Serra da Serpentina (Unidade Filítica) e Formação Sopa Brumadinho (Unidade Rio Preto, nível fostatado) Itabiritos 5,40 3,4% Quartzitos, e secundariamente xistos e filitos Xistos, e secundariamente níveis quartzíticos e carbonáticos Gnaisses, granitóides e migmatitos Rochas básicas e filitos 23,72 14,9% 41,08 25,9% 76,11 47,9% 10,46 6,6% TOTAL 158,74 100% Ao observar a tabela e figura supracitada verifica-se que a maior parte da área de estudo local (AID) é sustentada por rochas cristalinas, caracterizando-se pela formação da unidade hidrogeológica Cristalino, correspondente a 47,9% do total da área de estudo local, contabilizando uma área de 76,11 km². A Unidade Xisto vem em segundo lugar, correspondendo a 41,08 km² e representando 25,9% da área total. Por seguinte vêm-se as unidades Quartzitos, Confinante, Formação Ferrífera e Cobertura Cenozóica, correspondendo a uma área de 23,72 10,46, 5,40 e 1,97 km² e um percentual de 14,9%, 6,6%, 3,4% e 1,2 %, respectivamente. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

103 Figura Distribuição das Unidades Hidrogeológicas na área de estudo local (AID). EIA-MOPI /12-v1 26/3/

104 Inventário de Pontos d água Após os levantamentos de campo foram cadastradas 398 nascentes, sendo que deste total, 127 se localizam na Área Sul, 126 na Área Central e 145 na Área Norte. Na campanha do período seco, foram cadastradas as 127 nascentes da Área Sul e as 145 da Área Norte. Na campanha do período chuvoso, cadastraram-se todas as 126 nascentes na Área Central, sendo também visitadas algumas nascentes selecionadas das áreas Sul (48) e Norte (42) novamente, representativas das condições gerais da área (Figura 9.10 e Figura 9.11). As Tabela 9.19 a Tabela 9.23 apresentam a síntese dos resultados obtidos nas campanhas de campo, tais como a litologia do ponto, as coordenadas UTM registradas, uma descrição do contexto da nascente e suas principais características, as medições de vazão e dos parâmetros físico-químicos levantados in situ (ph, temperatura, condutividade elétrica, potencial redox e oxigênio dissolvido). As Tabela 9.19 e Tabela 9.20 apresentam os resultados da campanha de seca nas áreas Sul e Norte, respectivamente, enquanto as Tabela 9.21 a Tabela 9.23 mostram os resultados da campanha do períoso chuvoso, nas Áreas Sul, Central e Norte, respectivamente. Em cada tabela, as nascentes foram agrupadas de acordo com a litologia em que se situam, ilustradas em cores distintas correspondentes à cor de cada litologia representada na Figura 9.12 (com exceção da formação ferrífera, representada em branco nas tabelas). Em relação à litologia, predominam as nascentes situadas sobre o embasamento cristalino (40% do total cadastrado), em função da própria predominância desta unidade geológica nas áreas delimitadas para o inventário das nascentes, sobretudo na Área Central. Na sequência, ocorrem as nascentes em unidades xistosas (29% do total), sendo que na Área Norte estas constituem cerca de metade das nascentes cadastradas, principalmente devido à presença da Sequência Rio Mata Cavalo, constituída de rochas metaultramáficas xistificadas. As nascentes situadas em quartzitos perfazem cerca de 20% do total inventariado, estando localizadas de modo relativamente uniforme na porção oeste das Áreas Norte, Central e Sul. A Tabela 9.24 apresenta a distribuição das nascentes em função da área cadastrada e das litologias onde se situam. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

105 Figura 9.10 Inventário de pontos d água período seco EIA-MOPI /12-v1 26/3/

106 Figura Inventário de pontos d água período úmido EIA-MOPI /12-v1 26/3/

107 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Tabela Descrição e identificação dos pontos das nascentes cadastradas da área Sul período seco Data Descrição Q (L/s) NCS-1 Cristalino /6/2010 Nascente difusa em área brejada com predomínio de vegetação de pastagem e arbórea no local da nascente. Presença de solo argiloso de cor acizentada. Local pisoteado por gados NCS-2 Cristalino /6/2010 Nascente pontual em meio a solo areno-argiloso, onde as encostas laterais mostram evidências de xisto alterado, com mergulho contrário ao caimento da topográfico NCS-3 Cristalino /6/2010 Nascente difusa muito brejada a montante com concentração de fluxo no início do entalhe do talvegue. Solo argilosiltoso de provavel alteração de xisto. Presença de blocos rolados no talvegue NCS-4 Cristalino /6/2010 Nascente difusa em fundo de vale encaixado em terrenos constituídos por xistos NCS-5 Cristalino /6/2010 Nascente pontual em fundo de vale incipiente contornado por zona de pastagem e mata ciliar exigua. Solo silto-argiloso proveniente da alteração de xistos. No fundo do talvegue apresenta alguns blocos de xistos. Água aflora no contato solo rocha. NCS-15 Cristalino /6/2010 Nascente pontual em zona de contato xisto e formação ferrífera, aflorando água em solo areno-argiloso com blocos de veios de quartzo e xistos. Nascente encontra-se em zona de confluência de 2 talvegues secos e coberta por vegetação arbórea. NCS-16 Cristalino /6/2010 Nascente pontual em meio a solo areno-argiloso e de cor vermelha, podendo ser visto afloramentos de itabiritos e veios de quartzo. A água aflora em meio a fraturas do itabirito. Presença de uma vegetação arbórea degradada NCS-17 Cristalino /6/2010 Nascente pontual em meio a grandes blocos de quartzo e afloramentos de xisto/filito. Vale bastante encaixado, se encontrando a jusante de uma voçoroca NCS-18 Cristalino /6/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso coberto por vegetação arbórea degradada. A jusante deste ponto encontra-se uma represa e um dique. No leito existe alguns blocos de quartzo NCS-19 Cristalino /6/2010 Nascente difusa em meio a material aluvial depositado no fundo do talvegue encaixado em rochas do tipo filito e xisto NCS-20 Cristalino /6/2010 Nascente pontual em meio a solo areno-argiloso e de cor vermelho-amarelo em fundo de talvegue. Nascente aflora em superfície sustentada por filito e xisto e marcada pela existência de vegetação arborea degradada intercalada por gramíneas. Vale bastante encaixado. NCS-21 Cristalino /6/2010 Nascente pontual aflorando água em meio a um lajedo de rocha do tipo filito/xisto, onde se forma uma pequena cavidade. Há no local vegetação arbórea (mata ciliar) e blocos de quartzo no talvegue NCS-31 Cristalino /6/2010 Nascente situada em zona elevada de encosta escarpada, quartzítica, próxima ao sopé da Serra do Barroso NCS-51 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em meio a densa vegetação de gramínea, onde a água percola entre as raízes, não sendo possível identificar o ponto exato de onde se extrapola do subsolo NCS-52 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em solo argiloso a siltoso de água bastante turva. No local da nascente há vegetação árborea, porém há predominância de pastagem em seu em torno NCS-55 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em área brejada em solo acinzentada, típico solo hidromórfico. Local pisoteado por gado e coberto por gramíneas NCS-56 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em solo hidromórfico e em meio a gramíneas, no qual é utilizado para pastagem. A nascente encontra-se pisoteada por gado NCS-70 Cristalino /7/2010 Nascente Difusa em meio a pastagem e pisoteada por gado NCS-76 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em área brejada com inicio proximo a uma voçoroca. Relevo de meia laranja, tipica de gnaisse e solo de cor clara e arenoso NCS-77 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em área brejada em solo de alteração de gnaisse NCS-78 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em solo enxarcado e claro, estando no dominio do gnaisse NCS-79 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em talvegue encaixado no contato solo rocha (gnaisse) NCS-80 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em área brejada em solo argiloso em dominio de gnaisse NCS-81 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em área brejada em dominio de gnaisse NCS-82 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em solo argiloso de coloração mais acinzentada em fundo de vale encaixado NCS-83 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em domínio de gnaisse NCS-84 Cristalino /7/2010 Nascente pontual de característica brejada em solo argiloso e dominio de gnaisse NCS-85 Cristalino /7/2010 Nascente contato solo de alteração (saprolito) e rocha do tipo gnaisse NCS-86 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em solo de alteração vermelho originado do gnaisse NCS-87 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em área brejada dentro de uma voçoroca estabilizada NCS-88 Cristalino /7/2010 Nascente difusa de caracteristica brejada em dominio do gnaisse NCS-89 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em área brejada de solo argiloso em dominio de gnaisse T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

108 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCS-90 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em área brejada e em meio a talvegue em dominio de gnaisse NCS-91 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em cobertura pedologica silto-argiloso e de cor vermelha NCS-92 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em meio a voçoroca de enxurrada de solo vermelho com blocos de rocha NCS-93 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em voçoroca de solo vermelho argilo-siltoso NCS-94 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em região de rocha básica na terminação de um sulco vertical rodeado por escarpa abrupta NCS-95 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em área brejada NCS-96 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em dominio de rocha básica NCS-97 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em solo vermelho e de textura silto-argiloso NCS-98 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em solo argiloso e situado dentro de uma voçoroca NCS-99 Cristalino /7/2010 Nascente pontual situada no contato solo/rocha NCS-100 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em solo argiloso e vermelho NCS-101 Cristalino /7/2010 Nascente brejosa NCS-102 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em cobertura de solo vermelho opaco com blocos de rocha meta-ignea NCS-103 Cristalino /7/2010 Nascente pontual no contato solo/rocha NCS-104 Cristalino /7/2010 Nascente pontual onde aflora água em um plano de foliação principal NCS-105 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em área brejada e solo de alteração argiloso e de cor rosada a branca NCS-106 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em area brejada de solo vermelho em dominio de xisto NCS-107 Cristalino /7/2010 Nascente pontual no contato solo de alteração de metatonalito NCS-108 Cristalino /7/2010 Nascente pontual a 30 m a jusante de canga ferrífera NCS-109 Cristalino /7/2010 Nascente difusa em area brejada em dominio de rocha argilosa branca NCS-119 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em solo húmico NCS-121 Cristalino /7/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso NCS-24 Dique /7/2010 Nascente pontual em talvegue bastante encaixado onde a água aflora em meio a blocos de xisto e quartzo agregados por uma matriz areno-argilosa (solo). Local ocupado por vegetação arbórea degradada NCS-53 Filito /7/2010 Nascente pontual em solo argilo-arenoso em meio a vegetação e circundada por pastagem NCS-116 Filito /7/2010 Nascente pontual em solo silto-argiloso NCS-118 Filito /7/2010 Nascente pontual, provavelmente proveniente da caverna e com presença de blocos de minério NCS-127 Filito /7/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso NCS-13 Formação Nascente Difusa em área brejada em região de formação ferrífera. A jusante da nascente encontra-se uma bomba /6/2010 Ferrífera captando água para sondagem NCS-14 Formação Nascente Difusa em superfície sustentada por formação ferrífera, onde alguns metros a jusante a água se concentra /6/2010 Ferrífera formando curso d'água NCS-43 Formação Nascente pontual aflorando água em meio a fraturas de um paredão de quartzito. Local que aflora água formou-se uma /7/2010 Ferrífera espécie de um pequeno piping devido a dissolução da rocha silicosa. Predomínio de vegetação árborea NCS-44 Formação Nascente pontual onde a água surge em meio a fraturas em um paredão de quartzito. O local é uma caverna em /7/2010 Ferrífera quartzito formado provavelmente por dissolução da rocha NCS-117 Formação Ferrífera /7/2010 Nascente pontual em solo argiloso situada dentro de uma voçoroca NCS-120 Formação Ferrífera /7/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso com vegetação tipo samambaia NCS-122 Formação Ferrífera /7/2010 Nascente aflorando do filito, em área bastante pisoteada por gado NCS-6 Quartzito /6/2010 Nascente pontual em zona de afloramento de quartzito maciço sub-horizontais, muito fraturados, mergulho com caimento suave para NE NCS-7 Quartzito /6/2010 Nascente pontual em rocha quartzítica fraturada em zona íngrime de encosta sustentada pelos próprios quartzitos (subvertical). Pelo menos mais de 2 pontos de nascentes similares no entorno NCS-11 Quartzito /6/2010 Nascente em zona brejada muito extensa em talvegue preenchido por grande quantidade de blocos quartziticos claros, semi-decompostos e grandes matacões maciços sericiticos NCS-27 Quartzito /6/2010 Nascente difusa no sopé de escarpa vertical, cuja base é composta por um quartzito xisto maciço, milonitizado, com veios de quartzo boudinados. Niveis superiores ocorrem quartzitos amarelados, maciços NCS-28 Quartzito /6/2010 Nascente difusa situada em sopé de escarpa em meio a rochas quartzo-xisto e quartzito T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

109 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCS-30 Quartzito /6/2010 Nascente situada no sopé da serra do Barroso, vertente escarpada semi vertical. No local há uma ruptura de declive do relevo, onde se assenta mterial arenoso cinza em meio a blocos grandes de quartzito. Isto se repete encosta abaixo, rumo ao talvegue do Rio Preto, propiciando o encremento da recarga e aumento da vazão. NCS-35 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em inicio de área de pastagem, ao longo do mesmo talvegue seco, que se prolonga por cerca de 300 metros a montante até o sopé da serra NCS-36 Quartzito /7/2010 Nascente pontual aflorando água no contato solo (areno-argiloso) e rocha (quartzito amarelado). Local com vegetação árborea preservada. Vale bastante encaixado e presença de grandes matacões de quartzo NCS-37 Quartzito /7/2010 Nascente pontual aflorando água em fratura situada no sopé de uma escarpa quartzitica, onde há predomínio de vegetação árborea NCS-41 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso e em meio a vegetação árborea degradada NCS-42 Quartzito /7/2010 Nascente difusa em área brejada e em meio a vegetação árborea e solo argilo-arenoso. Local caracteriza-se por um grande brejo NCS-45 Quartzito /7/2010 Nascente difusa em área brejada de material arenoso e com a presença de vegetação árborea degradada NCS-46 Quartzito /7/2010 Nascente pontual no sopé da escarpa quartzítica aflorando água a partir de fraturas e formas de dissolução NCS-47 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em solo arenoso e em meio a vegetação árborea preservada. Há alguns afloramentos de quartzito NCS-48 Quartzito /7/2010 Nascente difusa em área brejada e coberta por vegetação árborea NCS-49 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em fratura de um afloramento de quartzito. Local próximo ao sopé do escarpamento quartzítico e presença de vegetação árborea NCS-50 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em fratura de um grande afloramento de quartzitico. A nascente encontra-se dentro de um grande abrigo (caverna) formado provavelmente por abatimento da base e queda de blocos NCS-54 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em uma cavidade formada em afloramento de quartzito ou metarenito, onde a vegetação predominante é gramínea e arbustos. Local pisoteado por gado NCS-67 Quartzito /7/2010 Nascente pontual no contato solo rocha, se tratando de um solo areno-argiloso sobreposto a um quartzito aparentemente mais friável NCS-69 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso e rico em matéria orgânico, onde possui uma cor mais escurecida. Local possui vegetação tipo arbórea com aspecto de floresta NCS-71 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em fratura de um quartzito friável podendo até ser de metarenito. Local coberto por vegetação arbórea e talvegue bastante encaixado na superfície NCS-72 Quartzito /7/2010 Nascente difusa em material acumulado no fundo do talvegue, onde a nascente possui aspecto de brejada. A jusante verifica-se algumas rupturas de declive (pequenas quedas d'água) onde existem alguns afloramentos de quartzito, podendo ser visto a orientação horizontal da estratigrafia. NCS-73 Quartzito /7/2010 Nascente pontual no contato solo/rocha. Há afloramentos de quartzito no local NCS-74 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso e coberto por vegetação arbórea e grande incidência de cipó NCS-75 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em solo argilo-arenoso e de cobertura arbórea. Há afloramentos de Xisto um pouco a montante de onde a água aflora NCS-113 Quartzito /7/2010 Nascente difusa em área brejada bastante pisoteada por gado e de solo areno-argiloso. Logo a jusante se encontra um lago aparentemente utilizado para consumo animal e criação de peixe NCS-114 Quartzito /7/2010 Nascente pontual aflorando água no contato entre minério e quartzo NCS-115 Quartzito /7/2010 Nascente pontual no contato minério/quartzito NCS-123 Quartzito /7/2010 Nascente pontual aflorando de blocos de quartzito NCS-124 Quartzito /7/2010 Nascente difusa em área brejada em solo areno-argiloso e bastante pisoteada por bovinos NCS-125 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso, vegetação do tipo samambaia NCS-126 Quartzito /7/2010 Nascente pontual em afloramento de quartzito NCS-8 Xisto /6/2010 Nascente difusa em cabeceira de drenagem em fundo de vale aberto e desmatado, pertencente a um afluente do córrego Lavrinha. Presença de solo siltoso e afloramentos de rochas quartzíticas NCS-9 Xisto /6/2010 Nascente difusa em meio a cabeceira de drenagem de solo amarelo e argilo-silto-arenoso em meio a blocos de quartzito rolados NCS-10 Xisto /6/2010 Nascente difusa em cabeceira de drenagem em fundo de vale plano. Afloramento de quartzito, evidente apenas a 100 m a jusante da nascente NCS-12 Xisto /6/2010 Nascente difusa situada em fundo de vale pouco desenvolvido em zona elevada da cabeceira de drenagem. Circunscrita por área de pastagens. Ao longo do pequeno talvegue existem lajedos de quartzitos NCS-22 Xisto /7/2010 Nascente Difusa em área brejada em meio a propriedade rural. Local encontra-se bastante alterado, onde o proprietário, senhor Jair, fez um dreno no em torno da nascente para fornecer mais água em tempos de seca EIA-MOPI /12-v1 26/3/ T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv)

110 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCS-23 Xisto /7/2010 Nascente difusa em área brejada formada em material acumulado no fundo do talvegue. Local encontra-se em meio a vegetação árborea (mata ciliar) NCS-25 Xisto /7/2010 Nascente pontual aflorando água em fraturas de um grande afloramento de quartzito. Em torno ocupado por plantações de eucalipto e o local há predominância de bananeiras. A nascente encontra-se dentro de um abrigo (caverna) em quartzito. NCS-26 Xisto /7/2010 Nascente pontual em fraturas de um afloramento de quartzito, onde o local é recoberto por vegetação arbórea degrada. Há presença também de solos arenosos no local NCS-29 Xisto /6/2010 Nascente em zona de encosta suave, comformado por terreno silto argiloso avermelhado a amarelado, muito quartzo de veio situada abaixo da escarpa da serra quartzítica (serra do Barroso) material coluvionar NCS-32 Xisto /7/2010 Nascente pontual situada em fundo de vale encaixado, conformado por rochas quartzíticas. A montante situa-se extenso paredão quartzítico e na porção do médio curso desse vale, sob grande bloco abatido, surge a mina d'água NCS-33 Xisto /7/2010 Nascente pontual em solo de alteração de rochas quartzíticas, situada na porção elevada de cabeceira de drenagem, afluente do rio Preto. Ocorrem afloramentos de rochas quartzíticas esbranquiçada friável ao longo de seu talvegue. A jusante fraturamento evidente E-W e N-S, aproximadamente, subvertical. NCS-34 Xisto /7/2010 Nascente pontual situada em porção intermediária de uma cabeceira de drenagem, sob afloramento de rocha quartzítica em contato com solo de alteração cinza escuro a esbranquiçado NCS-38 Xisto /7/2010 Nascente pontual em solo vermelho e argilo-arenoso, utilizado para plantação de banana NCS-39 Xisto /7/2010 Nascente difusa em área brejada tomada por vegetação arbustiva e situada na propriedade do Sr. Jair NCS-40 Xisto /7/2010 Nascente difusa em área brejada em meio a vegetação árborea utilizada para dessedentação animal NCS-57 Xisto /7/2010 Nascente difusa em área brejada coberta por gramínea e vegetação típica de área enxarcada. Local utilizado para pastagem, onde a nascente se encontra pisoteada por gado NCS-58 Xisto /7/2010 Nascente pontual em solo vermelho-amarelo de textura areno-argilosa em região de talvegues bastante encaixados, havendo, provavelmente, predominância de Cambissolo. Local bastante pisoteado por gado, onde a gramínea é a vegetação predominante. NCS-59 Xisto /7/2010 Nascente pontual em fundo de talvegue bastante encaixado, sendo possível visualizar afloramento de xisto. No fundo do talvegue tem a presença de blocos de xisto e veios de quartzo. Predomínio de gramínea na criação de gado NCS-60 Xisto /7/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso e de cor vermelho-amarelo. Predomínio de vegetação do tipo pastagem NCS-61 Xisto /7/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso de cor acinzentada. Local coberto por vegetação árborea degradada NCS-62 Xisto /7/2010 Nascente pontual em solo arenoso e de cor acinzentada. Local encontra-se tomada por vegetação tipo samambaia, típico de solo rico em alumínio NCS-63 Xisto /7/2010 Nascente pontual em solo arenoso e de cor mais escura e em meio a vegetação árborea. A nascente aflora água abaixo de uma árvore NCS-64 Xisto /7/2010 Nascente pontual em região de quartzito e solo arenoso de vegetação árborea degrada. Em torno da nascente utilizado como pastagem NCS-65 Xisto /7/2010 Nascente Difusa em área brejada e coberta por gramínea e arbustos. Local de solo arenoso originado de quartzito NCS-66 Xisto /7/2010 Nascente pontual situada em região de planície de inundação do Rio Preto NCS-68 Xisto /7/2010 Nascente difusa em área brejada coberta por uma vegetação típica de áreas enxarcadas. No em torno a vegetação predominante é árborea densa NCS-110 Xisto /7/2010 Nascente pontual em solo silto-arenoso bastante antropizado, sendo utilizado para dessedentação animal NCS-111 Xisto /7/2010 Nascente pontual dentro de uma caverna de 60 x 60 m formada em quartzito NCS-112 Xisto /7/2010 Nascente pontual em solo areno-argiloso T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

111 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela Descrição e identificação dos pontos das nascentes cadastradas da área Norte período seco Data Descrição Q (L/s) NCN-28 Cobertura Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha coberto por serrapilheira, vegetação arbustiva. Talvegue seco /8/2010 Detrítica a montante NCN-83 Cobertura Nascente difusa em encosta íngreme de solo característico de minério de ferro com afloramentos de itabirito, /9/2010 Detrítica vegetação arbórea arbustiva NCN-86 Cobertura Nascente pontual em solo característico de minério de ferro com presença de afloramentos de minério, vegetação /9/2010 Detrítica arbustiva NCN-07 Cristalino /8/2010 Nascente difusa em área brejada cercada por cobertura de pasto, talvegue próximo a escarpa quartzítica ou xisto, solo areno argiloso de cor acinzentado pisoteado por gado, afloramento de quartzito ou xisto NCN-09 Cristalino /8/2010 Nascente pontual em solo areno argiloso cinza escuro, vegetação arbustiva a montante existe uma escarpa quartzítica ou de xisto NCN-10 Cristalino /8/2010 Nascente difusa em área brejada de solo areno argiloso vermelho, vegetação arbustiva cercada por cobertura de pasto. Afloramento de itabirito no entorno NCN-12 Cristalino /8/2010 Nascente difusa ao sopé de uma escarpa em solo areno argiloso de cor acinzentado com presença de matéria orgânica em decomposição, vegetação arbórea (logo abaixo de grande figueira que envolve grande bloco de gnaisse milonitizado intercalado com minério de ferro). NCN-13 Cristalino /8/2010 Nascente pontual caracterizada por surgência e sumidouro em solo areno argiloso de cor vermelha coberto por vegetação arbórea, presença de afloramento de minério de ferro NCN-14 Cristalino /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor acinzentado, vegetação arbórea arbustiva cercada por pasto NCN-15 Cristalino /8/2010 Nascente pontual que aflora embaixo de um bloco de itabirito (minério de ferro rico em sílica), solo argilo arenoso de cor avermelhada, vegetação arbórea NCN-16 Cristalino /8/2010 Nascente difusa em área brejada, solo de cor vermelho amarelo, vegetação arbórea NCN-18 Cristalino /8/2010 Nascente pontual que aflora embaixo de um bloco de itabirito, solo areno argiloso de cor vermelha, coberto de serrapilheira, vegetação arbórea NCN-54 Cristalino /8/2010 Nascente pontual em solo argiloso de cor acinzentada cercada por pasto NCN-55 Cristalino /8/2010 Nascente pontual que aflora embaixo das raízes de grande árvore rodeada por bananeiras, solo argilo arenoso de cor vermelha NCN-56 Cristalino /8/2010 Nascente difusa em área brejada cercada por pasto. Existe uma represa aproximadamente 20m a jusante NCN-57 Cristalino /8/2010 Nascente difusa em área brejada, solo areno argiloso de cor acinzentada cercada por pasto. Talvegue a jusante com presença de blocos de quartzito e quartzo NCN-61 Cristalino /8/2010 Nascente pontual que aflora do contato solo/rocha (quartzito e quartzo) em solo silto argiloso de cor vermelho amarelo. Vegetação arbórea arbustiva NCN-63 Cristalino /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor acinzentada sem cobertura vegetal. Entorno coberto por pasto. Forma área brejada a jusante NCN-76 Cristalino /9/2010 Nascente difusa em área brejada em sopé de morro. Solo areno argiloso de cor acinzentada e vegetação arbórea arbustiva NCN-77 Cristalino /9/2010 Nascente difusa em áea brejada, solo de cor acinzentada e vegetação arbustiva cercada por pasto NCN-78 Cristalino /9/2010 Nascente pontual em solo arenoso de cor acinzentada, vegetação arbórea e talvegue seco a montante. Presença de pequenos blocos de quartzo NCN-80 Cristalino /9/2010 Nascente pontual em solo argiloso de cor acinzentada escura, vegetaçãoarbórea arbustiva cercada por pasto NCN-81 Cristalino /9/2010 Nascente difusa em área brejada, solo argiloso de cor acinzentada, vegetação arbórea arbustiva cercada por pasto. Presença de quartzito ao longo do talvegue NCN-82 Cristalino /9/2010 Nascente pontual que aflora do contato solo/rocha. Solo arenoso de cor amarela com presença de blocos de quartzito/xisto ao longo do talvegue NCN-91 Cristalino /10/2010 Nascente pontual em solo argiloso de cor acinzentada com presença de areia lixiviada, vegetação arbórea degradada NCN-92 Cristalino /10/2010 Nascente difusa em área brejada em sopé de morro, vegetação arbórea degradada NCN-93 Cristalino /10/2010 Nascente em área brejada cercada por pasto junto a cabeceira de uma represa. NCN-115 Cristalino /10/2010 Nascente disusa em área brejada, vegetação arbustiva NCN-03 Dique /8/2010 Nascente pontual localizada em área de vegetação arbórea, solo rico em matéria orgânica NCN-19 Filito /8/2010 Nascente pontual surgida em um afloramento de itabirito, solo areno argiloso coberto por serrapilheira, vegetação arbórea NCN-20 Filito /8/2010 Nascente pontual em solo areno argiloso coberto por serrapilheira, vegetação arbórea arbustiva EIA-MOPI /12-v1 26/3/ T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv)

112 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCN-21 Filito /8/2010 Nascente pontual caracterizada por surgência e sumidouro em solo arenoso cor marrom e afloramentos de quartzo, vegetação arbórea arbustiva NCN-22 Filito /8/2010 Nascente difusa em área brejada coberto por serrapilheira em decomposição, vegetação arbórea arbustiva NCN-24 Filito /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha, vegetação arbórea. Talvegue seco a montante NCN-25 Filito /8/2010 Nascente pontual em solo areno argiloso de cor marrom presença de afloramento de quartzo, vegetação arbórea NCN-32 Filito /8/2010 Nascente difusa em área brejada, solo argilo arenoso de cor vermelha, vegetação arbórea NCN-33 Filito /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha, vegetação arbustiva cercada de pasto NCN-34 Filito /8/2010 Nascente difusa em solo arenoso de cor cinza escuro, vegetação arbustiva cercada por pasto NCN-35 Filito /8/2010 Nascente pontual em solo areno argiloso de cor vermelha presença de afloramento de quartzito, vegetação arbórea NCN-84 Filito /9/2010 Nascente pontual em talvegue bastante encaixado de rochas de quartzo e quartzito. Vegetação arbórea arbustiva NCN-85 Filito /9/2010 Nascente pontual em leito de itabirito, talvegue encaixado entre paredões da mesma rocha. Vegetação arbórea arbustiva NCN-114 Filito /10/2010 Nascente pontual que aflora em meio a paredões de quartzito. Existe uma caverna localizada ao lado desta nascente NCN-125 Filito /10/2010 Nascente pontual em solo amarelo ocre levemente acidentado de textura argilosa NCN-126 Filito /10/2010 Nascente pontual linear ao longo de sulco sobre superfície de laje de rocha (quartzito micácio amarelo com veios de quartzo) NCN-87 Formação Ferrífera /9/2010 Nascente difusa em sopé de morro de solo característico de minério de ferro, vegetação arbórea arbustiva Nascente pontual em meio a rochas xisto milonítico de cor esverdeada (colorita-quartzo xisto milonítico) regularmente NCN-144 Formação laminado em planos paralelos bem definidos e estrias nos planos micácios. Paralelo a foliação veio de quartzo /10/2010 Ferrífera sacaroidal de granulometria grossa. NCN-01 Quartzito /8/2010 Nascente difusa em área brejada, solo areno argiloso de cor vermelho-amarelo. No local existe vegetação arbórea arbustiva e entorno coberto por pastagem. A jusante existe uma represa NCN-02 Quartzito /8/2010 Nascente pontual localizada em solo areno argiloso de cor vermelho- amarelo, presença de vegetação arbórea arbustiva e cobertura de pasto no entorno NCN-04 Quartzito /8/2010 Nascente pontual em solo arenoso de cor escura devido a matéria orgânica, presença de afloramento de quartzito, vegetação arbórea NCN-05 Quartzito /8/2010 Nascente pontual localizada sob vegetação arbustiva cercada por pasto, solo argilo arenoso de cor marrom. Protegida por cerca de arame farpado NCN-06 Quartzito /8/2010 Nascente pontual em solo argiloso de cor marrom, vegetação arbórea arbustiva e entorno coberto por pasto NCN-08 Quartzito /8/2010 Nascente pontual em solo areno argiloso de cor vermelho-amarelo com cobertura de pasto, próxima a afloramento de xisto ou quartzito, local pisoteado por gado NCN-11 Quartzito /8/2010 Nascente pontual em solo areno argiloso de cor vermelho amarelo com presença de cascalho e afloramento de gnaisse milonitizado, vegetação arbórea arbustiva cercada por pasto. Talvegue a montante encontra-se seco. Local pisoteado por gado. NCN-17 Quartzito /8/2010 Nascente pontual caracterizada por surgência e sumidouro em solo rico em matéria orgânica devido a vegetação arbórea arbustiva densa, presença de quartzo ao longo do talvegue NCN-27 Quartzito /8/2010 Nascente difusa que aflora de grande bloco de quartzo/quartzito, solo areno argiloso cor vermelho amarelo, vegetação arbórea arbustiva NCN-29 Quartzito /8/2010 Nascente pontual caracterizada por surgência e sumidouro em solo areno argiloso de cor acinzentado escuro com afloramentos de quartzo vegetação arbórea NCN-96 Quartzito /10/2010 Nascente pontual que aflora em talvegue bastante encaixado de quartzito com veios de quartzo, solo argiloso vermelho e vegetação arbórea NCN-97 Quartzito /10/2010 Nascente pontual que aflora dentro de grande bloco de quartzito com presença de pequenos blocos de quartzo. Vegetação arbórea NCN-98 Quartzito /10/2010 Nascente pontual que aflora embaixo de grande bloco de quartzito, vegetação arbórea degradada NCN-100 Quartzito /10/2010 Nascente pontual que aflora embaixo de paredão de quartzito e quartzo, vegetação arbórea. Existem outros afloramentos de água no entorno NCN-101 Quartzito /10/2010 Nascente pontual que aflora dentro de um maciço de quartzito com veios de quartzo, vegetação arbórea NCN-103 Quartzito /10/2010 Nascente pontual em cabeceira de morro caracterizado por surgência e sumidouro em lajes de quartzito, vegetação arbórea. Presença de abrigos rochosos ao longo do talvegue T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

113 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCN-104 Quartzito /10/2010 Nascente pontual que aflora embaixo de grande bloco de quartzito em cabeceira de morro, vegetação arbórea. Presença de abrigo rochoso a montante NCN-110 Quartzito /10/2010 Nascente pontual em cabeceira de morro de solo característico de minério de ferro, vegetação arbórea arbustiva NCN-111 Quartzito /10/2010 Nascente pontual que aflora de dentro de um bloco de quartzito/quartzo com presença de pequenos blocos de itabirito, vegetação arbórea NCN-113 Quartzito /10/2010 Nascente pontual captada diretamente do barranco, talvegue a jusante caracterizado por lajedos de quartzito com blocos de quartzo e itabirito, vegetação arbórea degradada NCN-132 Quartzito /10/2010 Nascente pontual brejada sobre laje sub horizontal de metarenito NCN-133 Quartzito /10/2010 Nascente pontual (?), na cabeceira de açude NCN-134 Quartzito /10/2010 Nascente pontual no contato solo metarenito NCN-135 Quartzito /10/2010 Nascente pontual sobre cobertura de solo orgânico (nascente de contato) NCN-136 Quartzito /10/2010 Nascente pontual em solo vermelho amarelado no domínio de quartzito com lentes maciças (tipo pedra de São Tomé), alternado com lentes de granulometria fina pulverolenta ou friável e filmes micácios NCN-137 Quartzito /10/2010 Nascente pontual no metarenito NCN-138 Quartzito /10/2010 Nascente pontual brejada em cobertura de solo cinza escuro (matéria orgânica) em domínio de metarenito NCN-139 Quartzito /10/2010 Nascente difusa brejosa NCN-140 Quartzito /10/2010 Nascente difusa brejosa ' NCN-23 Xisto /8/2010 Nascente pontual em afloramento de quartzo solo argilo arenoso vermelho, vegetação arbórea. Talvegue a montante encontra-se seco NCN-26 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha,vegetação arbórea. Talvegue seco a montante NCN-30 Xisto /8/2010 Nascente difusa em área brejada em solo argiloso cor vermelha,vegetação arbustiva, está próximo de outro talvegue seco e deságua em uma represa a aproximadamente 30m NCN-31 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha, vegetação arbustiva NCN-36 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo areno argiloso de cor vermelha coberto por matéria orgânica em decomposição, talvegue seco a montante, vegetação arbórea NCN-37 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha, nascente com mais de um afloramento, vegetação arbórea. Existe uma represa aproximadamente 100m usada para dessedentação animal NCN-38 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora embaixo de grande bloco de quartzito, solo argilo arenoso de cor vermelha, vegetação arbórea NCN-39 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha (xisto), solo argilo arenoso cor vermelha. Talvegue seco a montante, existe outro talvegue ao lado da nascente que encontra-se seco NCN-40 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha com presença de afloramento de rocha contendo quartzo, talvegue seco a montante, vegetação arbórea NCN-41 Xisto /8/2010 Nascente difusa em área brejada abaixo de encosta de morro, entorno coberto por pasto NCN-42 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha (quartzo, quartzito e gnaisse) em solo argilo arenoso de cor vermelha em cabeceira de morro, vegetação arbórea densa NCN-43 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha, vegetação arbórea. Talvegue seco a montante, deságua em uma represa a aproximadamente 80m NCN-44 Xisto /8/2010 Nascente pontual no sopé de encosta íngreme em solo argiloso de cor vermelha, vegetação arbórea. Existem mais dois pontos aflorando água no entorno. Presença de pequenos blocos de quartzito/xisto no talvegue e no entorno NCN-45 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argiloso de cor vermelha, vegetação arbórea. Área brejada a jusante e talvegue seco a montante. Local pisoteado por animal silvestre NCN-46 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora abaixo de grande árvore em solo argiloso vermelho, vegetação arbórea NCN-47 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora do contato solo/rocha (quartzo e quartzito), solo argilo arenoso vermelho, vegetação arbórea degradada. Local pisoteado por gado NCN-48 Xisto /8/2010 Nascente pontual em cabeceira de morro, solo argiloso de cor vermelha, vegetação arbórea. Existe outra nascente a 10m desta. Vazão estimada para duas nascentes NCN-49 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora de bloco de xisto/quartzo em cabeceira de morro solo argiloso cor vermelha, vegetação arbórea NCN-50 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha coberto por serrapilheira, vegetação arbórea NCN-51 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, solo areno argiloso de cor vermelha e presença de blocos de xisto ou anfibolito. Vegetação arbórea cercada por pasto T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

114 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCN-52 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo areno argiloso de cor vermelha, vegetação arbórea degradada. Existe outro ponto aflorando água 5m ao lado desta NCN-53 Xisto /8/2010 Nascente difusa em área brejada coberto por vegetação arbustiva cercada por pasto. Existe uma represa a aproximadamente 20m a jusante NCN-58 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora do contato solo/rocha. Solo argilo arenoso de cor vermelha presença de blocos de quartzo ao longo do talvegue. Vegetação arbórea degradada cercada por pasto NCN-59 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora do contato solo/rocha. Solo silto argiloso com presença de blocos de xisto e quartzo. Vegetação arbórea degradada cercada por pasto. Existe outro afloramento de água 10m ao lado desta NCN-60 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo areno argiloso de cores variadas com afloramentos de quartzito e xisto. Vegetação arbórea degradada cercada por pasto. Existem outros pontos aflorando água no entorno NCN-62 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argiloso de cor vermelha, caracterizada por surgência e sumidouro com presença de blocos de xisto e quartzo ao longo do talvegue. Vegetação arbórea arbustiva cercada por pasto NCN-64 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argiloso de cor vermelha, talvegue contendo blocos de quartzo e xisto. Vegetação arbórea arbustiva. Local Pisoteado por animal silvestre. Existe uma represa aproximadamente 150m a jusante NCN-65 Xisto /8/2010 Nascente difusa que aflora do contato solo/rocha (xisto e quartzito) em solo argilo arenoso de cor vermelha. Vegetação arbórea. Talvegue com declive acentuado NCN-66 Xisto /8/2010 Nascente difusa em área brejada cercada por pasto aos pés de encosta de morro. Existe uma represa aproximadamente 100m a jusante NCN-67 Xisto /8/2010 Nascente pontual em cabeceira de morro, solo argiloso de cor vermelho amarelo, vegetação arbórea NCN-68 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha, vegetação arbórea. Talvegue seco a montante NCN-69 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora do contato solo/rocha (quartzo/quartzito), solo argilo arenoso de cor vermelha. Vegetação arbórea. Local pisoteado por animal silvestre NCN-70 Xisto /8/2010 Nascente pontual que aflora em um buraco em solo argiloso de cor vermelha, vegetação arbórea degradada. Existe pequena barragem 10m a jusante NCN-71 Xisto /8/2010 Nascente pontual em solo argiloso vermelho, vegetação arbórea. Afloramento de xisto e quartzo ao longo do talvegue NCN-72 Xisto /8/2010 Nascente pontual caracterizada por surgência e sumidouro com afloramento de blocos de quartzo, quartzito e xisto ao longo do talvegue. Solo argiloso vermelho e vegetação arbórea NCN-73 Xisto /9/2010 Nascente difusa em sopé de morro, solo argilo arenoso vermelho com poucos blocos de quartzo ao longo do talvegue e vegetação com predominância de palmeiras de açaí cercada por pasto. Local pisoteado por gado NCN-74 Xisto /9/2010 Nascente pontual em solo silto argiloso amarelo com presença de pequenos blocos de xisto e quartzo ao longo do talvegue que encontra-se seco a montante. Vegetação arbórea. Existem mais 2 pontos aflorando água no entorno NCN-75 Xisto /9/2010 Nascente difusa em área brejada com talvegue seco a montante, solo de cor acinzentada e vegetação arbustiva cercada por pasto NCN-79 Xisto /9/2010 Nascente pontual em solo argiloso de cor acinzentada e vegetação arbórea. Presença de pequenos blocos de quartzo e xisto e talvegue seco a montante NCN-88 Xisto /9/2010 Nascente pontual em solo silto argiloso de cor amarelada, vegetação arbustiva cercada por pasto. Local pisoteado por gado NCN-89 Xisto /9/2010 Nascente difusa em talvegue caracterizado por surgência e sumidouro, presença de blocos de quartzo e quartzito. Talvegue seco a montante NCN-90 Xisto /10/2010 Nascente pontual em solo argiloso de cor vermelha, vegetação arbórea NCN-94 Xisto /10/2010 Nascente pontual que aflora embaixo de uma raiz seca em barranco de solo argilo arenoso vermelho sem cobertura vegetal, encontra-se a montante da cabeceira de uma pequena represa NCN-95 Xisto /10/2010 Nascente pontual que verte de grande paredão de quartzito em topo de morro NCN-99 Xisto /10/2010 Nascente pontual que verte de maciço de quartzito e quartzo próximo ao topo de morro, vegetação arbórea NCN-102 Xisto /10/2010 Nascente pontual em solo silto argiloso vermelho, vegetação arbórea NCN-105 Xisto /10/2010 Nascente pontual que aflora embaixo de um paredão de quartzito/xisto, presença de blocos de itabirito ao longo do talvegue. Vegetação arbórea NCN-106 Xisto /10/2010 Nascente pontual que aflora dentro de uma caverna de quartzito de aproximadamente 3,00m X 2,00m de entrada e 8m de extensão NCN-107 Xisto /10/2010 Nascente pontual que aflora embaixo de um bambuzal em solo silto argiloso vermelho NCN-108 Xisto /10/2010 Nascente pontual no sopé de encosta de morro de solo argiloso vermelho. Vegetação arbórea NCN-109 Xisto /10/2010 Nascente pontual em solo argiloso vermelho em cabeceira de morro T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

115 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCN-112 Xisto /10/2010 Nascente pontual em solo característico de minério de ferro com presença de pequenos blocos de itabirito, vegetação arbórea arbustiva NCN-116 Xisto /10/2010 Nascente pontual em cabeceira de morro de solo argiloso vermelho, vegetação arbórea degradada NCN-117 Xisto /10/2010 Nascente pontual em solo argiloso vermelho. Vegetação arbórea NCN-118 Xisto /10/2010 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha (afloramentos de xisto) em cabeceira de morro íngreme. Vegetação arbórea NCN-119 Xisto /10/2010 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha; talvegue encaixado em solo silto argiloso vermelho com afloramentos de xisto. Vegetação arbórea NCN-120 Xisto /10/2010 Nascente pontual que afora de uma cavidade no talvegue, solo argiloso vermelho. Vegetação arbustiva NCN-121 Xisto /10/2010 Nascente pontual em talvegue bastante encaixado de solo argiloso vermelho. Vegetação arbórea NCN-122 Xisto /10/2010 Nascente pontual no xisto milonito com veios de quartzo paralelos a foliação (quartzo-mica branca colorita-xisto, cor levemente esverdeada creme, cor de alteração. NCN-123 Xisto /10/2010 Nascente pontual brejada em meio a cobertura de solo amarelo amarronzado argiloso NCN-124 Xisto /10/2010 Nascente pontual em cobertura de solo de cor vermelho vinho de textura argilosa NCN-127 Xisto /10/2010 Nascente pontual em solo vermelho argiloso NCN-128 Xisto /10/2010 Nascente pontual em solo vermelho argiloso NCN-129 Xisto /10/2010 Nascente pontual em solo amarelo ocre argilo siltoso NCN-130 Xisto /10/2010 Nascente pontual em solo amarelo ocre argiloso NCN-131 Xisto /10/2010 Nascente pontual ao longo de plano de foliação (So), em plano de foliação principal, metarenito maciço chapinha, com filmes de espaço de hematita NCN-141 Xisto /10/2010 Nascente pontual em cobertura de solo vermelho NCN-142 Xisto /10/2010 Nascente pontual em cobertura de solo vermelho com blocos grandes de quartzito maciço branco a cinza, levemente ferruginoso NCN-143 Xisto /10/2010 Nascente difusa brejosa NCN-145 Xisto /10/2010 Nascente pontual em solo argiloso vermelho T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

116 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) NCS-01 Cristalino /4/2011 NCS-02 Cristalino /4/2011 NCS-05 Cristalino /4/2011 NCS-16 Cristalino /4/2011 NCS-17 Cristalino /4/2011 NCS-18 Cristalino /4/2011 NCS-19 Cristalino /4/2011 NCS-20 Cristalino /4/2011 NCS-21 Cristalino /4/2011 NCS-82 Cristalino /4/2011 NCS-86 Cristalino /4/2011 NCS-88 Cristalino /4/2011 NCS-92 Cristalino /4/2011 NCS-93 Cristalino Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela Descrição e identificação dos pontos das nascentes cadastradas da área Sul período chuvoso Data Descrição Q (L/s) 2335 a 2338 NCS-98 Cristalino /4/2011 NCS-102 Cristalino /4/2011 NCS-103 Cristalino /4/2011 NCS-108 Cristalino /4/2011 NCS-109 Cristalino /4/2011 NCS-119 Cristalino /4/2011 NCS-121 Cristalino /4/2011 NCS-32 Dique /4/2011 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor acinzentado, local pisoteado e com estrume animal, remanescente mata ciliar Nascente pontual em talvegue bem encaixado e cascalhado com seixos e blocos rolados, quartzo, xisto e quartzito sericítico. Solo argilo arenoso de cor marrom claro, remanescente mata ciliar cercada por pasto. Nascente pontual no contato solo/rocha, talvegue encaixado com blocos, leito do talvegue arenoso. Solo areno argiloso e siltoso de cor avermelhado, presença de Fe, remanescente mata ciliar cercada por pasto. Nascente pontual em sopé de morro, talvegue encaixado com seixos e blocos rolados de quartzito e itabirito, solo argilo arenoso de cor avermelhado, remanescente mata ciliar com pasto. Nascente pontual em talvegue bem encaixado dentro do corte da rocha, cascalhado com seixos e blocos de quartzo e quartzito sericítico. Solo argilo arenoso e siltoso de cor avermelhado e coberto por matéria orgânica, remanescente mata ciliar. Nascente pontual no contato solo/rocha, quartzito sericítico com blocos rolados de quartzo, talvegue encaixado com o leito arenoso e siltoso. Solo argilo arenoso e siltoso de cor avermelhado e coberto por matéria orgânica em decomposição,remanescente mata ciliar, afloramento quartzito sericítico. Nascente pontual em talvegue bem encaixado em solo argilo arenoso de cor avermelhado e coberto por matéria orgânica em decomposição, presença de blocos rolados de quartzo, remanescente mata ciliar. Nascente pontual no contato solo/rocha, afloramento quartzito sericítico, talvegue bem encaixado com seixos e blocos rolados, solo argilo arenoso e siltoso de cor avermelhado, talvegue a montante seco, remanescente mata ciliar. Nascente pontual em talvegue bem encaixado dentro do corte da rocha com seixos e blocos de quartzo e quartzito sericítico, solo argilo arenoso de cor marrom e coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente mata ciliar, talvegue a montante seco. Nascente pontual em sopé de morro, solo argilo arenoso de cor marrom e coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente mata ciliar cercada por pasto, presença de pequenos blocos rolados de quartzito, leito bem cascalhado, presença de seixos de quartzo, talvegue a montante seco. Nascente pontual que aflora em sopé de morro, área degradada em área de pasto, aproximadamente 30m existe uma pequena barragem. Nascente difusa em área brejada, área degradada com vegetação típica de brejo cercada por pasto, solo argilo arenoso de cor avermelhado e alaranjado, abaixo da represa existe um lajedo. Ponto amostrado na represa. Nascente pontual que aflora embaixo do barranco em solo argilo arenoso e siltoso de cor avermelhado e coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente mata ciliar cercada por pasto. Nascente pontual em talvegue bem encaixado, leito cascalhado com seixos e blocos rolados de xisto e quartzo, solo argilo arenoso e siltoso de cor avermelhado, remanescente mata ciliar cercada por pasto. Nascente pontual em talvegue encaixado, solo argilo arenoso de cor avermelhado, a montante talvegue seco, dentro do talvegue formou-se uma pequena erosão, a jusante encontra-se uma bomba captando água para sondagem, no mesmo local foi estimada a vazão. Nascente pontual em talvegue encaixado com seixos e blocos rolados de quartzo e gnaisse, solo argilo arenoso de cor acinzentada coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente mata ciliar cercada por pasto. Nascente pontual que surgi embaixo do barranco, caracterizada sumidouro e surgência, solo argilo arenoso de cor marrom, presença de blocos rolados de gnaisse, remanescente mata ciliar cercada por pasto Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor avermelhado e coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente mata ciliar, talvegue a montante seco. Nascente difusa em área brejada, solo argiloso de cor acinzentada e coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente mata ciliar cercada por pasto, talvegue a montante seco, ponto amostrado na beira da lagoa. Nascente pontual em solo argiloso de cor acinzentada e coberto por matéria orgânica em decomposição mesmo para o leito do talvegue, mata ciliar preservada. Nascente pontual no contato solo/rocha, solo argilo arenoso de cor avermelhado e coberto por matéria orgânica em decomposição, talvegue encaixado com o leito cascalhado com seixos e blocos rolados de quartzito e canga laterítica, mata ciliar preservada, talvegue a montante seco. Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha em solo argilo arenoso de cor acinzentada, área degradada típica do cerrado cercada por pasto. Afloramento quartzito alterado, talvegue bem encaixado em cabeceira de morro, ao longo dele blocos e matacões rolados, caracteriza-se por sumidouro e surgência. EIA-MOPI /12-v1 26/3/ T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv)

117 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) NCS-118 Filito /4/2011 NCS-13 NCS-43 NCS-44 Formação Ferrífera Formação Ferrífera Formação Ferrífera /4/ /4/ /4/2011 NCS-07 Quartzito /4/2011 NCS-11 Quartzito /4/2011 NCS-27 Quartzito /5/2011 NCS-30 Quartzito /4/2011 Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) Nascente pontual no contato solo/rocha, talvegue encaixado com o leito rochoso e cascalhado com seixos, blocos e matacões de quartzo e quartzito ferruginoso, Talvegue a jusante existe um grande afloramento de quartzito, solo argilo arenoso de cor avermelhado, remanescente mata ciliar. Nascente pontual em talvegue bem encaixado com cascalho fino e com leito rochoso, afloramento de quartzito, presença de Fe, área degrada típica do cerrado cercada por pasto, solo arenoso de cor avermelhado. Nascente pontual que verte em afloramento de quartzito, solo arenoso de cor marrom e coberto por matéria orgânica em decomposição, mata ciliar preservada. Existe mais 1 ponto de nascente similar ao local. Nascente pontual que verte em afloramento de quartzito, solo arenoso de cor marrom e coberto por matéria orgânica em decomposição, mata ciliar preservada. Nascente pontual em talvegue bem encaixado em sopé de morro que verte em paredão de quartzito sericítico, leito do talvegue rochoso, remanescente mata típica do cerrado, solo arenoso de cor marrom. Nascente pontual em talvegue encaixado em leito rochoso, afloramento de quartzito sericítico, seixos e pequenos blocos rolados de quartzo,solo arenoso de cor marrom e coberto por matéria orgânica em decomposição, presença de terraço aluvionar. Nascente difusa em fenda no alto de escarpa quartzitica com veios de quartzo, presença de blocos de quartzo e xisto ao longo do talvegue. Nascente pontual que aflora em rocha quartzítica, solo argilo arenoso de coloração marrom a acinzentada e coberto de matéria orgânica em decomposição, talvegue a jusante com o leito rochoso com seixos e blocos rolados de quartzo e quartzito. T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) NCS-35 Quartzito /5/2011 Nascente pontual em voçoroca estabilizada cercada por pasto NCS-37 Quartzito /5/2011 Nascente pontual que aflora embaixo de grande escarpa quartzítica com veios de quartzo, vegetação arbórea em solo areno argiloso marrom NCS-41 Quartzito /5/2011 Nascente pontual que verte em solo areno siltoso vermelho com presença de afloramentos de quartzito, vegetação arbórea arbustiva NCS-46 Quartzito /5/2011 Nascente pontual que aflora de uma fenda no meio de escarpa quartzítica, presença de pequenos blocos de quartzo e xisto ao longo do talvegue NCS-48 Quartzito /5/2011 Nascente difusa em solo húmico coberto por vegetação arbórea NCS-54 Quartzito /4/2011 Nascente pontual que aflora em meia encosta, solo areno argiloso e siltoso de cor avermelhado e coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente mata ciliar cercada por pasto, talvegue encaixado com presença de canga laterítica, presença de Fe. NCS-67 Quartzito /4/2011 Nascente pontual em rocha quartzítica que forma um paredão, solo arenoso de cor marrom escuro, talvegue encaixado com o leito arenoso e siltoso, solo coberto por matéria orgânica em decomposição, mata ciliar preservada NCS-71 Quartzito /5/2011 Nascente pontual de contato, em solo arenoso vermelho e afloramento de quartzito com veios de quartzo coberto por vegetação arbórea, (encosta íngreme) NCS-72 Quartzito /5/2011 Nascente difusa em encosta de morro de solo areno argiloso vermelho, cobertura de vegetação arbórea NCS-74 Quartzito /5/2011 Nascente pontual em solo areno argiloso vermelho coberto de vegetação densa de cipó NCS-114 Quartzito /4/2011 Nascente pontual que verte em paredão quartzítico em solo argilo arenoso, remanescente mata ciliar NCS-123 Quartzito /4/2011 Nascente pontual no contato solo/rocha, paredão quartzítico, solo areno argiloso de cor avermelhado coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente mata ciliar, leito cascalhado NCS-09 Xisto /4/2011 Nascente pontual que aflora em solo argiloso de cor marrom, área degrada cercada por pasto em cabeceira de morro NCS-25 Xisto /5/2011 Nascente pontual de contato solo/rocha, que aflora sob grande bloco de quartzito sem cobertura vegetal NCS-61 Xisto /4/2011 Nascente pontual no contato solo/rocha, leito do talvegue assoreado, área degradada típica do cerrado, afloramento de quartzito alterado, solo arenoso NCS-64 Xisto /4/2011 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor marrom e coberto por matéria orgânica em decomposição, talvegue encaixado com cascalho fino e seixos de quartzo rolados, com blocos de quartzito dentro do talvegue, vegetação típica do cerrado. NCS-110 Xisto /4/2011 Nascente pontual que aflora em sopé de morro, local pisoteado com presença de estrume animal, remanescente mata ciliar, cercada por pasto, solo areno argiloso e siltoso avermelhado, talvegue encaixado com blocos e seixos rolados de quartzo. NCS-111 Xisto /4/2011 Nascente pontual que aflora no meio do quartzito, solo argilo arenoso de cor marrom e coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente mata ciliar, talvegue a jusante bem encaixado e cascalhado com seixos e blocos rolados de quartzo e quartzito EIA-MOPI /12-v1 26/3/

118 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Tabela Descrição e identificação dos pontos das nascentes cadastradas da área Central período chuvoso Data Descrição Q (L/s) NCC-24 Cristalino /1/2011 Nascente difusa em área brejada com presença de pequenos blocos de quartzo e xisto. Vegetação arbustiva cercada por pasto NCC-31 Cristalino /1/2011 Nascente difusa em área brejada, cercada por pasto. Obs: não foi possível medir vazão devida área brejada NCC-33 Cristalino /1/2011 Nascente difusa em área brejada em fundo de vale, a jusante do ponto amostrado existe uma pequena represa cercada por pasto NCC-34 Cristalino /1/2011 Nascente difusa em área brejada, a jusante existe uma pequena barragem rompida. Solo argiloso de cor cinza. Presença de afloramento de metagabro. Ao lado existe outra nascente com vazão considerável (1.10 L/s), captada em canal NCC-35 Cristalino /1/2011 Nascente difusa em área brejada cercada por pasto, talvegue seco a montantea A aproximadamente 30m a jusanta existe uma pequena represa. Obs: vazão estimada no vertedouro da represa NCC-36 Cristalino /1/2011 Nascente pontual, talvegue encaixante e seco a montante. Existe uma outra nascente próxima do ponto amostrado NCC-37 Cristalino /1/2011 Nascente difusa em área brejada cercada por pasto em solo argiloso de cor acinzentado.valor anômalo de Eh provavelmente devido a pouca vazão NCC-38 Cristalino /1/2011 Nascente difusa em área brejada cercada por pasto. A aproximadamente 10m a jusante do ponto amostrado existe uma pequena represa. Vazão estimada a jusante da represa NCC-39 Cristalino /1/2011 Nascente difusa em área brejada cercada por pasto. Obs: valor negativo Eh possivelmente devido a água parada, não foi possível medir a vazão devido a área brejada e pouca vazão NCC-40 Cristalino /1/2011 Nascente pontual que aflora debaixo de uma gameleira, vegetação arbórea arbustiva degradada NCC-41 Cristalino /1/2011 Nascente pontual em sopé de morro aflorando debaixo de uma raiz, cercada por remanescente de mata ciliar em solo argilo-arenoso NCC-42 Cristalino /1/2011 Nascente pontual de contato solo/rocha, afloramento quartzito e xisto. (quartzito friável), coberta remanescente de mata ciliar e pasto NCC-43 Cristalino /1/2011 Nascente difusa em área brejada com remanescente de mata ciliar cercada por pasto. A aproximadamente 30m existe uma pequena represa utilizada por animais NCC-44 Cristalino /1/2011 Nascente difusa em área brejada cercada por pasto. Solo arenoso e silte-argiloso NCC-45 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada coberta mata ciliar preservada. Solo argiloso de cor cinza. Obs: Vazão não estimada devido ao brejo NCC-46 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada coberta por remanescente de mata ciliar NCC-47 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada em sopé de encosta de solo argiloso de cor acinzentada coberta por mata ciliar preservada, a aproximadamente 20m do ponto amostrado existe uma pequena represa NCC-48 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada em solo argilo-arenoso de cor acinzentada, coberta por remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-49 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo argilo-arenoso caracterizada por surgência e sumidouro. Coberta por remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-50 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, presença de pequenos blocos de embasamento (Gnaisse), talvegue bem encaixado e a seco montante. A montante do ponto amostrado dentro do talvegue formou-se uma pequena voçoroca. NCC-51 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada coberta por remanescente mata ciliar, ponto amostrado embaixo de uma gameleira NCC-52 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo argilo-arenoso em pé de encosta coberta remanescente de mata ciliar. Obs: vazão não estimada devido a pouca vazão NCC-53 Cristalino /2/2011 Nascente difusa que aflora em solo argilo-arenoso em área brejada, coberta por remanescente de mata ciliar NCC-57 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em solo argiloso em área brejada, remanescente de mata ciliar cercada por pasto, presença de estrume animal. Obs:vazão não estimada devido a área brejada e pouca vazão NCC-61 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada em pé de encosta, mata ciliar degradada, solo arenoso de cor acinzentada. Obs: vazão não estimada devido área brejada com pouca vazão NCC-62 Cristalino /2/2011 Nascente pontual em talvegue encaixado com vários blocos de xisto rolados, solo silto-arenoso. remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-63 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo silto-arenoso de cor avermelhado, remanescente de mata ciliar cercado por pasto, presença de matacões rolados de metagabro. Obs: vazão estimada em caixa de captação NCC-64 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, blocos de metagabro, solo silto-arenoso acinzentado, remanescente de mata ciliar cercada por pasto e plantação de cana T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

119 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCC-65 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, solo argilo-arenoso e siltoso de cor acinzentada, talvegue encaixado com blocos rolados de embasamento (gnaisse), a montante do ponto amostrado formou-se uma pequena voçoroca. remanescente de mata ciliar cercado por pasto. NCC-66 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo argilo-arenoso de cor acinzentada, leito do talvegue com cascalho fino, remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-67 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, blocos rolados de embasamento (gnaisse) e metagabro, solo argiloarenoso de cor acinzentada. Remanescente de mata ciliar cercada por pasto. Ao redor da nascente foram plantadas bananeiras. NCC-68 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, blocos e matacões de metagabro. remanescente de mata ciliar cercada por pasto, solo silto-arenoso de cor acinzentada NCC-69 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo silto-arenoso, como blocos rolados de metagabro, xisto e quartzo em talvegue encaixado.a jusante do ponto amostrado formou-se uma pequena voçoroca, dentro do talvegue a um pequeno afloramento de mica-xisto alterado. remanescente de mata ciliar cercada por pasto. NCC-70 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, presença de pequenos blocos rolados de xisto,solo argilo-arenoso e siltoso. Talvegue a montante seco, remanescente de mata ciliar NCC-71 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, presença de blocos rolados de mica-xisto, solo silto-arenoso de cor marrom. Remanescente de mata ciliar cercada por pasto. Obs: vazão não estimada devido a captação ser direta da nascente. NCC-72 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-73 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo argilo-arenoso, remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-74 Cristalino /2/2011 Nascente pontual de talvegue encaixado com blocos rolados de xisto e quartzo. Afloramento de xisto cortando o talvegue, remanescente de mata ciliar cercado por pasto NCC-75 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo argilo-arenoso de cor acinzentada, remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-76 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, talvegue bem encaixado com blocos rolados, de embasamento (gnaisse), solo silto-arenoso e argiloso acinzentado. remanescente de mata ciliar cercado por pasto, presença de estrume animal. NCC-77 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada em solo argilo-arenoso, área degradada cercada por pasto NCC-79 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo silto-arenoso e argiloso avermelhado, próximo afloramento de mica-xisto, remanescente de mata ciliar cercada por pasto, presença de estrume animal NCC-81 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo argilo-arenoso de cor acinzentada, remanescente de mata ciliar cercada por pasto. Obs: vazão não estimada devido a área brejada e com pouca vazão NCC-82 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo silto-arenoso e argiloso de cor marrom, remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-83 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, presença de blocos de embasamento (gnaisse), solo argilo-arenoso, remanescente de mata ciliar cercada por pasto, +- uns 20m existe uma represa NCC-84 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo argilo-arenoso de cor marrom.talvegue bem encaixado, remanescente de mata ciliar cercada por pasto, a jusante do amostrado existe uma lagoa NCC-85 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora embaixo do barranco, solo silto-arenoso e argiloso de cor avermelhada, presença de saprolito, xisto bastante alterado. Área degradada cercada por pasto, ponto amostrado em pé de encosta NCC-86 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada em pé de encosta, solo argilo-arenoso de cor acinzentada, área degradada cercada por pasto, ponto amostrado ao lado de uma pequena represa NCC-87 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, talvegue encaixante cascalhado com seixos e blocos rolados de quartzo, área degradada cercada por pasto. Obs:vazão não estimada devido ao longo do talvegue ser cascalhado com seixos e blocos rolados e pouca vazão. NCC-88 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada cercada por pasto, presença de estrume animal, ponto amostrado em uma pequena represa. Obs: vazão estimada no ladrão da represa NCC-89 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, área degradada cercada por pasto, solo argilo-arenoso de cor amarelada NCC-90 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, área degradada cercada por pasto, solo argilo-arenoso de cor acinzentada, ponto amostrado na represa NCC-91 Cristalino /2/2011 Nascente pontual, talvegue encaixado com blocos e matacões rolados de embasamento (gnaisse), remanescente de mata ciliar cercado por pasto NCC-92 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo argilo-arenoso de cor acinzentada, coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente de mata ciliar cercada por pasto. Obs: vazão não estimada devido a área brejada e pouca EIA-MOPI /12-v1 26/3/ T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv)

120 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Data Descrição Q (L/s) vazão T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) NCC-93 Cristalino /2/2011 Nascente pontual q aflora em solo argilo-arenoso de cor acinzentada, presença de blocos rolados de embasamento (gnaisse), remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-94 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-95 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo argilo-arenoso de cor acinzentada, remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-96 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, talvegue encaixante com seixos e blocos rolados de embasamento (gnaisse) e quartzo, solo argilo-arenoso de cor acinzentada, remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-97 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo argilo-arenoso de cor acinzentada, área degradada, área de pasto. A jusante do ponto amostrado caracteriza-se surgência e sumidouro NCC-98 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada em cabeceira de morro, remanescente de mata ciliar cercado por pasto NCC-99 Cristalino /2/2011 Nascente difusa, ponto amostrado em uma pequena represa, solo coberto por matéria orgânica em decomposição, mata ciliar preservada NCC-100 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, afloramento de mica xisto, solo argilo-arenoso de cor acinzentada, talvegue bem encaixado, com seixos e blocos rolados de quartzo e mica xisto, mata ciliar preservada NCC-101 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, a jusante do ponto amostrado formou-se uma pequena voçoroca em pé de encosta, ao longo do talvegue seixos e blocos rolados de embasamento (gnaisse), xisto e quartzo. Mata ciliar preservada, solo argilo-arenoso de cor marrom. NCC-102 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, presença de seixos e blocos rolados de quartzo e mica xisto. Talvegue encaixado em pé de encosta, existe uma pequena plantação de bananeira com remanescente de mata ciliar cercada por pasto, solo argilo-arenoso de cor acinzentada.obs: vazão estimada NCC-103 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo argilo-arenoso de cor acinzentada, remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-104 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo argilo-arenoso de cor marrom, talvegue bem encaixado em pé de encosta. Ao longo do talvegue presença de cascalho fino com seixos e blocos rolados de quartzo, embasamento (gnaisse) e xisto, remanescente de mata ciliar. NCC-105 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada em solo argilo-arenoso de cor acinzentada, próximo afloramento de embasamento (gnaisse), alterado.remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-106 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, área degradada cercado por pasto, próximo do ponto amostrado a blocos e matacões de metagabro. Ponto amostrado na represa.obs: vazão não estimada devido área brejada NCC-110 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo argiloso de cor acinzentada, área degradada cercada por pasto, presença de estrume animal. Obs: vazão não estimada devido a área brejada com pouca vazão NCC-112 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, talvegue bem encaixado com seixos, blocos e matacões rolados de quartzo e embasamento (gnaisse), afloramento de gnaisse cortando o talvegue, solo argilo-arenoso de cor marrom coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente de mata ciliar cercada por pasto. Obs:vazão estimada em uma pequena barragem de captação. NCC-113 Cristalino /2/2011 Nascente pontual em meia encosta, talvegue bem encaixado com seixos, blocos rolados de quartzo e mica xisto, área degradada, tomado por pasto NCC-114 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora embaixo do barranco, área degradada cercada por pasto, presença de blocos rolados de mica xisto, talvegue bem encaixado em pé de encosta NCC-115 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo argilo-arenoso de cor acinzentada, remanescente de mata ciliar cercada por pasto. Obs: vazão não estimada devido a área brejada NCC-116 Cristalino /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo argilo-arenoso de cor acinzentada, presença de cascalho fino, blocos rolados de quartzo e xisto, solo coberto por matéria orgânica em decomposição, talvegue bem encaixado em pé de encosta, remanescente de mata ciliar cercada por pasto, talvegue a montante caracteriza-se surgência e sumidouro.obs: vazão não estimada devido sua pouca vazão. NCC-117 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada em solo argilo-arenoso e siltoso de cor acinzentada, área degradada cercada por pasto NCC-118 Cristalino /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo argilo-arenoso e siltoso de cor marrom, área degradada cercada por pasto NCC-119 Cristalino /3/2011 Nascente pontual, talvegue a montante seco e bem encaixado, presença de pequenos blocos de quartzo, solo argiloarenoso acinzentada e coberto por matéria orgânica em decomposição, remanescente de mata ciliar e pasto, uns 15m existe uma pequena lagoa. Obs: Vazão não estima devido sua pouca vazão EIA-MOPI /12-v1 26/3/

121 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCC-124 Cristalino /4/2011 Nascente difusa em área brejada de solo argilo arenoso de cor acinzentado coberta com remanescente de mata ciliar cercada por pasto. Existe uma represa a aproximadamente 30m a jusante NCC-125 Cristalino /4/2011 Nascente pontual em talvegue bem encaixado em solo argilo arenoso de cor marrom a avermelhado presença de seixos e blocos rolados de quartzo e quartzito. Remnescente de mata ciliar NCC-126 Cristalino /4/2011 Nascente pontual que aflora em barranco argilo arenoso de cor marrom, talvegue encaixado com seixos, blocos e matacões rolados de metagabro, presença de xisto alterado. Coberta por remanescente de mata ciliar NCC-58 Dique /2/2011 Nascente pontual que verte em blocos rolados de quartzito com presença de pequenos blocos de quartzo rolados, mata ciliar preservada. O solo do entorno apresenta as características silto-arenoso NCC- 78 Dique /2/2011 Nascente pontual que aflora em solo argilo-arenoso de cor avermelhada, presença de blocos rolados de embasamento (gnaisse), remanescente de mata ciliar NCC-107 Dique /2/2011 Nascente difusa que aflora embaixo do barranco, solo argilo-arenoso de cor avermelhado, presença de blocos de mica xisto alterado, área degradada, cercado por pasto.obs: vazão não estimada devido a área brejada e pouca vazão NCC-108 Dique /2/2011 Nascente pontual em talvegue encaixado com blocos rolados de quartzo, solo argilo-arenoso de cor avermelhada, área degradada cercada por pasto, a jusante do ponto área cultivada NCC-109 Dique /2/2011 Nascente difusa em área brejada, a montante do ponto amostrado formou-se uma pequena erosão, solo argilo-arenoso de cor marrom, área degradada cercada por pasto NCC-01 Formação Nascente pontual que aflora embaixo de uma gameleira em talvegue bastante encaixado. Presença de afloramento de /1/2011 Ferrífera itabirito e blocos de xisto. Vegetação arbustiva, captada por manilha 50m a jusante NCC-19 Formação Nascente pontual em talvegue formado por canga, seco a montante. Vegetação arbustiva de galeria cercado por /1/2011 Ferrífera campo de cerrado NCC-20 Formação Ferrífera /1/2011 Nascente pontual que aflora em talvegue de canga, seco a montante. Vegetação do entorno degradada por queimada NCC-27 Formação Nascente pontual que aflora embaixo do barranco, solo silto-arenoso de cor avermelhado, com matéria orgânica em /1/2011 Ferrífera decomposição.talvegue bem encaixado e caracterizado por surgência e sumidouro. Presença de afloramento xisto NCC-28 Formação Nascente pontual que verte em paredão rochoso de quartzito, talvegue com pequenos blocos de itabirito, afloramento /1/2011 Ferrífera de quartzito e mica-xisto, mata preservada NCC-02 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que aflora em solo argiloso com presença de itabirito friável e pequenos blocos de xisto. Vegetação arbórea arbustiva NCC-04 Quartzito /1/2011 Nascente pontual em cabeceira de morro em talvegue encaixado, presença de paredão e blocos de quartzito, quartzo ao longo do talvegue. Vegetação arbórea NCC-05 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que verte em encosta de quartzito, vegetação arbórea NCC-06 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo rocha em talvegue encaixado abaixo de escarpa quartzítica. A jusante forma pequeno cânion NCC-07 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que aflora no sopé de escarpa quartzítica, talvegue encaixado caracterizado por lajedos de quartzito. Vegetação característica de cerrado. Vazão estimada para duas nascentes NCC-08 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que aflora no sopé de escarpa quartzítica em talvegue encaixado com afloramentos de quartzito e quartzo. Vegetação típica de cerrado NCC-09 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que verte em grande paredão quartzítico localizado abaixo de escarpa de mesma rocha. Vegetação arbórea NCC-10 Quartzito /1/2011 Nascente difusa em área brejada em fundo de vale, vegetação arbórea NCC-11 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que aflora em talvegue encaixado com presença de grandes blocos e afloramentos de quartzito e quartzo sob vegetação arbórea NCC-12 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que verte de paredão de quartzito com veios de quartzo formando queda d'água. Vegetação arbórea NCC-13 Quartzito /1/2011 Nascente pontual em fundo de vale de solo coberto por matéria orgânica em decomposição, vegetação arbórea arbustiva NCC-14 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha (formação ferrífera), em talvegue encaixado de solo orgânico vegetação arbórea. Existe uma pequena represa aproximadamente 80m a jusante ás margens da estrada NCC-15 Quartzito /1/2011 Nascente pontual em cabeceira de pequena represa de solo areno-argiloso vermelho com afloramento de grandes blocos de quartzito no entorno. Obs: existem outras nascentes no entorno NCC-16 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que aflora sob grande abrigo de metarenito cercados por vegetação arbórea. Obs: existem ao menos mais 2 afloramentos ao longo do paredão. Vazão estimada p/ 3 nascentes NCC-17 Quartzito /1/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, sob grande abrigo de quartzito, presença de pequenos blocos de quartzo em talvegue encaixado. Vegetação arbórea EIA-MOPI /12-v1 26/3/ T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv)

122 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCC-18 Quartzito /1/2011 Nascente pontual em canga, caracterizado por surgência e sumidouro ao longo do talvegue.vegetação arbórea NCC-29 Quartzito /1/2011 Nascente pontual em solo silto-arenoso, talvegue seco a montante, local próximo a encosta de morro com mata preservada NCC-60 Quartzito /2/2011 Nascente pontual com presença de matacões de quartzito, mata ciliar preservada, leito do talvegue arenoso NCC-120 Quartzito /3/2011 Nascente pontual que aflora em solo arenoso coberto por matéria orgânica em decomposição, talvegue encaixado e ao longo do mesmo um grande lajedo de quartzito, mata ciliar preservada NCC-121 Quartzito /3/2011 Nascente pontual, talvegue bem encaixado, presença de blocos rolados de itabirito, solo argilo-arenoso de cor acinzentado, coberto por matéria orgânica em decomposição, mata ciliar preservada NCC-03 Xisto /1/2011 Nascente pontual no contato solo rocha que aflora embaixo de um bloco de quartzito friável. Vegetação arbórea. Localiza-se em cabeceira de morro NCC-21 Xisto /1/2011 Nascente pontual que verte em leito de afloramentos de itabirito. Vegetação característica de campo cerrado NCC-22 Xisto /1/2011 Nascente pontual em cabeceira de morro de vegetação arbórea, forma área brejada no ponto onde foi amostrado. Ponto com duas nascentes no entorno NCC-23 Xisto /1/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha (xisto), solo silto-argiloso vermelho amarelo. Vegetação degradada por queimada NCC-25 Xisto /1/2011 Nascente pontual em solo argiloso avermelhado com presença de afloramento itabirito, vegetação arbórea cercada por pasto. Obs: ponto amostrado no encontro de 2 nascentes, local apresenta pequena caixa para captação NCC-26 Xisto /1/2011 Nascente pontual que aflora debaixo de uma raiz em solo argiloso avermelhado, presença de pequenos blocos de itabirito. Local pisoteado por gado, remanescente de mata ciliar cercada por pasto NCC-30 Xisto /1/2011 Nascente difusa em área brejada cercada por pasto.talvegue a jusante com presença de matacões de quartzo NCC-32 Xisto /1/2011 Nascente pontual em solo argilo-arenoso de cor cinza, cercado por pasto. O ponto foi amostrado em uma pequena barragem de captação. Afloramento de mica-xisto a jusante do ponto.obs: Ponto amostrado na junção de 2 talvegues NCC-54 Xisto /2/2011 Nascente difusa em solo arenoso em área brejada coberta por remanescente de mata ciliar. Obs: vazão não estimada devido a área brejada e com pouca vazão NCC-55 Xisto /2/2011 Nascente difusa em solo argilo-arenoso formando área brejada em pé de encosta. Coberta por remanescente de mata ciliar, presença de estrume animal. Obs: ponto amostrado a jusante ao encontro de 2 nascentes NCC-56 Xisto /2/2011 Nascente pontual que aflora no contato solo/rocha, talvegue bem encaixado, presença de blocos e matacões, coberta por remanescente de mata ciliar NCC-59 Xisto /2/2011 Nascente pontual que verte em blocos rolados de quartzito com presença de blocos de quartzo rolados. Solo entorno apresenta característica silte-arenoso, mata ciliar preservada NCC-80 Xisto /2/2011 Nascente difusa em área brejada, vegetação degradada em área de pasto. Obs: vazão não estimada devido a área brejada NCC-111 Xisto /2/2011 Nascente difusa em área brejada, solo argilo-arenoso de cor acinzentado em pé de encosta, presença de blocos, afloramentos e matacões de embasamento (gnaisse), área degradada cercada por pasto NCC-122 Xisto /4/2011 Nascente difusa em área brejada, talvegue bem encaixado em solo argilo arenoso de cor marrom vegetação degradada em área de pasto NCC-123 Xisto /4/2011 Nascente difusa em área brejada de solo argilo arenoso de cor acinzentado coberta com remanescente de mata ciliar cercada por pasto T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

123 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Tabela Descrição e identificação dos pontos das nascentes cadastradas da área Norte período chuvoso Data Descrição Q (L/s) NCN-09 Cristalino /3/2011 Nascente difusa em alto de morro, aflora abaixo de escarpa formada por quartzito e itabirito friável. Ponto amostrado em pequena caixa para captação NCN-15 Cristalino /3/2011 Nascente pontual em solo argiloso caracterizada por surgência e sumidouro em talvegue encaixado com blocos de quartzo e xisto. Vegetação arbórea NCN-55 Cristalino /4/2011 Nascente difusa com afloramentos nas raízes de grande árvore e em meio a bananeiras NCN-61 Cristalino /4/2011 Nascente pontual de contato em solo argiloso vermelho com afloramentos de quartzito e xisto e presença de blocos de quartzo ao longo do talvegue. Vegetação arbórea NCN-76 Cristalino /4/2011 Nascente pontual que aflora em pequena cavidade em barranco de solo argiloso marrom. Vegetação arbórea arbustiva NCN-81 Cristalino /4/2011 Nascente difusa em solo arenoso orgânico de cor preta coberto por vegetação arbustiva cercada por pasto NCN-82 Cristalino /4/2011 Nascente pontual de contato em solo areno argiloso de cor amarelada e blocos de xisto e quartzito ao longo do talvegue NCN-19 Filito /4/2011 Nascente pontual que aflora de uma fenda em paredão de itabirito com presença de blocos rolados de quartzo ao longo do talvegue. Vegetação arbórea NCN-24 Filito /5/2011 Nascente pontual que aflora embaixo de um bambuzal em solo silto argiloso vermelho coberto por vegetação arbórea NCN-114 Filito /4/2011 Nascente pontual que aflora de uma fenda em paredão quartzítico com veios de quartzo e pequenos blocos ao longo do talvegue, cobertura de vegetação arbórea NCN-02 Quartzito /3/2011 Nascente pontual em solo argilo arenoso de cor vermelha, coberto por vegetação arbustiva cercada por pasto. Existe uma pequena represa aproximadamente 100m a jusante NCN-05 Quartzito /3/2011 Nascente pontual em voçoroca estabilizada coberta por vegetação arbustiva cercada por pasto. Local pisoteado por gado NCN-06 Quartzito /3/2011 Nascente difusa em área brejada coberta por vegetação arbustiva cercada por pasto. Ponto amostrado a jusante da área brejada em talvegue encaixado de solo argiloso de cor preta e cinza NCN-08 Quartzito /3/2011 Nascente pontual de contato solo areno argiloso e talvegue encaixado em afloramentos de xisto com veios de quartzo. Cobertura vegetal arbustiva cercada por pasto NCN-27 Quartzito /3/2011 Nascente pontual caracterizada por surgência e sumidouro em talvegue de quartzito coberto por vegetação arbórea NCN-96 Quartzito /3/2011 Nascente pontual de contato solo areno argiloso vermelho e afloramentos de quartzito e quartzo. Talvegue seco a montante, Ponto amostrado no encontro de duas nascentes NCN-97 Quartzito /3/2011 Nascente pontual que aflora de uma cavidade de aproximadamente 50X50cm em paredão de quartzito. Vegetação arbórea NCN-104 Quartzito /4/2011 Nascente pontual que verte em paredão quartzítico, solo argilo arenoso de cor marrom. Talvegue encaixado com leito arenoso com cascalho fino e blocos rolados de quartzo e quartzito. Mata preservada NCN-110 Quartzito /4/2011 Nascente pontual em solo silto argiloso de cor avermelhado em talvegue encaixado, presença de afloramentos de quartzito a jusante NCN-111 Quartzito /4/2011 Nascente pontual em cabeceira de morro em solo argilo arenoso de cor marrom, presença de afloramentos de quartzito ao longo do talvegue com blocos rolados NCN-31 Xisto /3/2011 Nascente pontual em solo argiloso vermelho coberto por vegetação arbórea arbustiva cercada por pasto NCN-36 Xisto /5/2011 Nascente difusa em sopé de morro coberta por vegetação arbórea com predomínio de palmeiras de açaí NCN-37 Xisto /5/2011 Nascente difusa em solo siltoso vermelho coberto de samambaia NCN-38 Xisto /5/2011 Nascente pontual de contato que verte sob grande bloco de gnaisse coberto por vegetação arbórea. Presença de pequenos blocos de quartzo ao longo do talvegue NCN-46 Xisto /5/2011 Nascente pontual em sopé de morro de solo argiloso vermelho coberto por vegetação arbórea. Local pisoteado por animal silvestre NCN-47 Xisto /4/2011 Nascente pontual de contato em solo argiloso vermelho e afloramentos de xisto e quartzo. Vegetação arbórea degradada NCN-48 Xisto /4/2011 Nascente pontual em talvegue encaixado com blocos rolados de mica-xisto e quartzo, solo areno argiloso e siltoso coberto por matéria orgânica em decomposição em sopé de morro coberto por remanescente de mata ciliar NCN-51 Xisto /4/2011 Nascente pontual de contato em solo argiloso vermelho e blocos de xisto ao longo do talvegue NCN-58 Xisto /4/2011 Nascente pontual de contato entre solo argiloso vermelho e blocos de xisto e quartzo, vegetação arbórea arbustiva cercada por pasto NCN-64 Xisto /5/2011 Nascente pontual em solo silto argiloso vermelho coberto por vegetação arbórea, talvegue seco a montante T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

124 Código Litologia UTM E UTM N Cota (m) Morro do Pilar Minerais S.A. Data Descrição Q (L/s) NCN-67 Xisto /4/2011 Nascente pontual em talvegue encaixado, solo silto argiloso marrom coberto por matéria orgânica em decomposição, mata ciliar preservada. Presença de afloramento de mica-xisto NCN-70 Xisto /4/2011 Nascente pontual em solo argilo arenoso e siltoso com presença de cascalho, blocos rolados de mica-xisto alterado. Solo avermelhado em sopé de morro coberto por matéria orgânica em decomposição. Remanescente de mata ciliar cercada por pasto. NCN-74 Xisto /4/2011 Nascente pontual em solo silto argiloso amarelo coberto por vegetação arbórea arbustiva cercada por pasto NCN-79 Xisto /4/2011 Nascente pontual em fundo de vale de talvegue encaixado com presença de blocos de quartzo, quartzito e xisto. Vegetação arbórea NCN-89 Xisto /3/2011 Nascente pontual caracterizada por surgência e sumidouro em solo argiloso vermelho e talvegue com afloramentos de quartzito e xisto com veios de quartzo. Vegetação arbórea NCN-99 Xisto /3/2011 Nascente pontual que verte de grande paredão quartzítico, talvegue com presença de blocos de quartzo e xisto. Vegetação arbórea NCN-102 Xisto /3/2011 Nascente pontual em solo argilo arenoso vermelho com presença de afloramentos de quartzito. Coberto por vegetação arbórea NCN-105 Xisto /4/2011 Nascente pontual que verte em paredão quartzítico. Solo argilo arenoso coberto por matéria orgânica em decomposição. Localiza-se próxima a mata de eucalipto NCN-106 Xisto /4/2011 Nascente pontual em caverna quartzítica de aproximadamente 4,00X4,00m formada possivelmente pela dissolução da rocha, forma pequeno poço em seu interior NCN-109 Xisto /4/2011 Nascente difusa em cabeceira de morro coberta por vegetação arbórea NCN-119 Xisto /5/2011 Nascente pontual de talvegue encaixado em afloramentos de xisto com veios de quartzo, solo siltoso vermelho coberto de vegetação arbórea NCN-131 Xisto /4/2011 Nascente pontual em paredão de quartzito, talvegue encaixado com blocos rolados de quartzito e mica-xisto. Solo argilo arenoso de cor marrom com mata ciliar preservada T ar ( C) T água ( C) CE (µs/cm) OD (mg/l) ph Eh (mv) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

125 Tabela Distribuição das nascentes cadastradas em função da litologia Número de nascentes Porcentagem em relação ao total em cada área Litologia Período seco Período úmido Período seco Período úmido Área Sul Área Norte Área Sul Área Central Área Norte Área Sul Área Norte Área Sul Área Central Área Norte Coberturas detríticas 3 0.0% 2.1% 0.0% 0.0% 0.0% Cristalino % 17.2% 43.8% 63.5% 16.7% Dique % 0.7% 2.1% 4.0% 0.0% Filito % 10.3% 2.1% 0.0% 7.1% Formação Ferrífera % 1.4% 6.3% 4.0% 0.0% Quartzito % 20.0% 33.3% 15.9% 23.8% Rochas básicas 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% Xisto % 48.3% 12.5% 12.7% 52.4% TOTAL % 100% 100% 100% 100% Figura 9.12 Localização das nascentes e litologias associadas EIA-MOPI /12-v1 26/3/

126 Conforme esperado, as vazões medidas no período seco foram, em média, menores do que as registradas no período chuvoso. Na estiagem, as nascentes na Área Sul apresentaram vazões médios de 0,17 L/s, maiores do que os da Área Norte (0,01 L/s). Contudo, na cheia esta situação se inverteu, e na média as vazões na Área Sul (0,45 L/s) ficaram abaixo das vazões da Área Norte (0,63 L/s). A Tabela 9.25 apresenta uma síntese dos resultados obtidos de vazões, bem como dos parâmetros físico-químicos medidos em campo. Tabela Síntese dos parâmetros medidos em campo nas nascentes Parâmetro Período seco Período úmido Área Sul Área Norte Área Sul Área Central Área Norte Número de nascentes cadastradas média 0,172 0,096 0,45 0,302 0,633 Vazão (L/s) mínima 0,01 0,001 0,04 0,02 0,04 máxima 1,85 0,602 1,41 2,18 1,84 média 19,8 20,2 21,6 22,9 21,9 Temperatura da água ( C) mínima 14,2 14,4 19,6 18,9 20,4 máxima 23,7 24,0 23,6 32,9 24,0 média 13,86 24,03 10,56 18,49 18,54 Condutividade elétrica (µs/cm) mínima máxima média 4,62 4,88 5,16 4,40 5,34 Oxigênio Dissolvido (mg/l) mínima 0,08 0 1,13 0,35 2,3 máxima 8,34 8,47* 7,46 8,45* 7,58 média 5,72 5,29 4,97 5,11 5,35 ph mínima 4,3 2,24 3,07 2,99 3,21 máxima 6,85* 7,23 8,52 7,53 7 média 124,8 162,2 159,3 75,9 163,8 Eh (mv) mínima -347,6-13,4 36,5-85,0 55,1 máxima 309,7 370,4 242,3 290,5 296,9 No período seco, a maior vazão identificada na Área Sul refere-se à nascente NCS-16 com 1,85 L/s, situada nos itabiritos do Grupo Serra da Serpentina. Na área Norte a maior vazão encontrada foi na EIA-MOPI /12-v1 26/3/

127 NCN-19, com 0,60 L/s, situada no Grupo Serra da Serpentina Unidade Superior. Na campanha do período chuvoso, as maiores vazões nas Áreas Sul, Central e Norte foram registradas nas nascentes NCS- 109 (no embasamento cristalino), NCC-12 (sobre quartzitos) e NCN-58 (sobre xistos), com valores de 1,41 L/s, 2,18 L/s e 1,84 L/s, respectivamente. A temperatura da água situa-se, em média, entre 19 e 23 ºC, não apresentando grandes variações entre as Áreas Sul e Norte. No entanto, verifica-se que na Área Central as temperaturas são, em geral, maiores do que nas demais áreas, conforme ilustrado na Figura Esta área é coincidente com a porção aflorante do embasamento cristalino, onde o relevo é mais suave e a ocupação antrópica é mais intensa (Figura 9.14). As áreas apresentam-se mais desmatadas, e a maior exposição dos solos à insolação pode ser responsável pelas maiores temperaturas da água obtidas. Figura 9.13 Distribuição dos valores de temperatura nas nascentes inventariadas A condutividade elétrica (CE) na campanha do período seco apresentou valores entre 2 e 144 μs/cm, em média maiores do que os valores registrados no período chuvoso. Isto se deve à diluição dos sais pela água de chuva. Dentre as áreas, verifica-se que na Área Norte os valores são superiores às demais, sobretudo em sua porção nordeste, fato que pode ser associado à predominância de rochas com maior potencial de mineralização e solubilização de íons (rochas metaultramáficas da Sequência Mata Cavalo e embasamento cristalino) em relação aos quartzitos e xistos que ocorrem a oeste, e em maiores proporções nas Áreas Central e Sul. A Figura 9.15 ilustra a distribuição dos valores de condutividade elétrica para as duas campanhas realizadas, onde se verificam as afirmações anteriores. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

128 Figura 9.14 Localização das nascentes inventariadas sobre imagem de satélite EIA-MOPI /12-v1 26/3/

129 Figura 9.15 Distribuição dos valores de condutividade elétrica nas nascentes inventariadas Em geral, as nascentes situadas sobre diques máficos, xistos e rochas cristalinas apresentam valores de condutividade elétrica maiores, enquanto as nascentes localizadas em coberturas detríticas e formações ferríferas apresentam os menores valores deste parâmetros. Em relação ao ph, verifica-se que a maior parte dos pontos apresenta valores entre 4,5 e 6, indicando caráter ácido. Conforme ilustrado na Figura 9.16, no período úmido, observa-se de modo geral um aumento nos valores de ph em relação ao período seco este efeito é notado sobretudo no domínio das rochas metaultramáficas da Sequência Rio Mata Cavalo, na Área Norte, indicando a influência da provável presença de minerais e alcalinos nas águas. Os valores de oxigênio dissolvido e potencial oxirredução não apresentam um padrão nítido de distribuição, uma vez que estes parâmetros são muito mais influenciados pelas condições de circulação e oxigenação local das águas do que a sua interação com o solo ou as rochas armazenadoras. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

130 Figura 9.16 Distribuição dos valores de ph nas nascentes inventariadas Comportamento do fluxo subterrâneo Na área de estudo local, o comportamento do fluxo subterrâneo é análogo ao descrito para a área de estudo regional. As vertentes mais elevadas a oeste da área, onde se situam os metassedimentos do Supergrupo Espinhaço, se constituem nas principais áreas de recarga. Os divisores de água situados dentro das sub-bacias hidrográficas, muitas vezes sustentados pelas rochas do Grupo Serra da Serpentina, também representam locais de recarga dos aqüíferos. A partir destas áreas, o escoamento subterrâneo ocorre no sentido preferencial leste, em direção ao nível de base regional constituído pelo rio Santo Antônio. Os afluentes deste rio também representam pontos de descarga das águas subterrâneas. A Figura 9.17 apresenta o mapa potenciométrico da área, elaborado a partir das cotas das nascentes cadastradas no período de chuva. As indicações da direção do fluxo subterrâneo corroboram o modelo conceitual descrito. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

131 Figura 9.17 Mapa potenciométrico da área de estudo local EIA-MOPI /12-v1 26/3/

132 9.5. Conclusões As Unidades Geológicas presentes na área foram agrupadas em seis Unidades Hidrogeológicas, dentre as quais se destacam as Formações Ferríferas e Quartzitos como principais aqüíferos. As unidades constituídas por filitos, diques e rochas vulcânicas constituem-se em aqüitardos ou aqüicludes, enquanto os xistos e rochas do embasamento cristalino representam aqüíferos pobres, com potencial hidrogeológico relativamente baixo. A principal zona de recarga corresponde ao divisor de águas entre as bacias do rio Doce e Velhas, na Serra do Espinhaço, sustentada pela Unidade Quartzitos. O sentido geral do escoamento subterrâneo tende a ser concordante com as principais drenagens superficiais existentes, para leste, em decorrência do próprio mergulho das foliações nas rochas metamórficas para esta direção. As zonas de instalação dos principais talvegues de drenagem coincidem com as zonas de descarga, enquanto as zonas de circulação encontram-se nas regiões intermediárias, sobretudo nas encostas de morros. O rio Santo Antônio corresponde ao nível de base regional, sendo o principal ponto de descarga dos aqüíferos. Não são relevantes os volumes de descarga artificial dos aqüíferos, representados pela explotação das águas subterrâneas através de poços tubulares ou cacimbas. Devido ao caráter predominantemente perene nos cursos d água na região, infere-se que os processos de inter-relação entre as águas superficiais e subterrâneas decorrem de um regime predominantemente influente das águas subterrâneas, ou seja, o aporte de fluxos em subsuperfície provém dos aqüíferos para as calhas de drenagem, não havendo contribuições significativas em regime efluente, ou seja, águas superficiais alimentando os aqüíferos. Tomando como base a área de estudo regional (AII) compreendida pelos domínios hidrogeológicos adotados neste estudo, correspondentes às sub-bacias hidrográficas que circunscrevem as estruturas do projeto, as reservas renováveis representariam L/s, ou 1,2 x 10 8 m 3 /ano. Considerando-se que as reservas explotáveis se situam entre 25% e 40% destas, obtém-se um valor entre 873 e L/s, equivalentes a 2,75 x 10 7 a 4,40 x 10 7 m 3 /ano, respectivamente, que podem ser explotados de modo sustentável. Subtraindo-se as demandas das ofertas quantificadas nos cenários mais e menos conservadores, obtêm-se disponibilidades hídricas subterrâneas de 2,746 x 10 7 a 4,399 x 10 7 m 3 /ano, respectivamente. Perante os valores previstos para as demandas futuras de operação do empreendimento minerário, estimados em L/s, verifica-se, portanto, que as águas subterrâneas não são capazes de prover as necessidades do empreendimento integralmente, ou que a captação deste volume dos aqüíferos representaria uma situação limite para a sustentabilidade hídrica na região. Contudo, este recurso pode ser utilizado como fonte complementar às fontes superficiais, sobretudo para usos que requerem uma melhor qualidade, tal como consumo humano. Durante os trabalhos de campo, além de um reconhecimento geral do contexto físico da área, foi realizado um extensivo inventário de nascentes da área de entorno das principais estruturas do Projeto, tendo sido cadastradas 398 nascentes. O cadastramento foi realizado em duas campanhas distintas, EIA-MOPI /12-v1 26/3/

133 sendo uma no período seco e outra no período chuvoso. Os resultados de medição de vazão e parâmetros físico-químicos in situ indicaram que: Conforme esperado, as vazões medidas no período seco foram, em média, menores do que as registradas no período chuvoso. As nascentes com as maiores vazões nos períodos seco e chuvoso foram observadas em itabiritos e quartzitos, respectivamente. Na Área Central, no domínio do embasamento cristalino, as temperaturas são maiores do que no restante das áreas. Isto se deve ao relevo mais suave, onde a ocupação antrópica mais intensa e consequentemente os solos ficam expostos à maior insolação. A condutividade elétrica se mostrou, em média, maior no período seco do que no período chuvoso, devido à diluição dos sais pela água de chuva. Em geral, as nascentes situadas sobre diques máficos, xistos e rochas cristalinas apresentam valores de condutividade elétrica maiores, enquanto as nascentes localizadas em coberturas detríticas e formações ferríferas apresentam os menores valores deste parâmetro. Em relação ao ph, verifica-se que a maior parte dos pontos apresenta caráter ácido. No período úmido, observa-se de modo geral um aumento nos valores de ph em relação ao período seco este efeito é notado sobretudo no domínio das rochas metaultramáficas da Sequência Rio Mata Cavalo, na Área Norte, indicando a influência da provável presença de minerais e alcalinos nas águas. Os valores de oxigênio dissolvido e potencial oxirredução não apresentam um padrão nítido de distribuição, uma vez que estes parâmetros são muito mais influenciados pelas condições de circulação e oxigenação local das águas do que a sua interação com o solo ou as rochas armazenadoras Referências bibliográficas COMIG Projeto Espinhaço em CD-ROM (texto e anexos). Folhas Conceição do Mato Dentro e Baldim. Escala 1: DOMENICO, P.A & F. W. Schwartz Physical and Chemical Hydrogeology.Porosity and Permeability, p John Wiley and Sons, Inc. ELO CONSULTORIA EM MEIO AMBIENTE Projeto Morro do Pilar - Estudo de Antecipação dos Riscos e Incertezas Ambientais, Setembro de FETTER, P. W Applied Hydrogeology. Properties of Aquifers. P Prentice Hall, Eng. Cliffs. FREEZE, R. A. & J.A. Cherry Groundwater. Physical Properties and Principles, p Prentice Hall, Eng. Cliffs. MOURÃO, M.A.A Caracterização hidrogeológica do aqüífero Cauê, Quadrilátero Ferrífero, MG. Belo Horizonte. Universidade Federal de Minas Gerais, 297p. (Tese de Doutorado). EIA-MOPI /12-v1 26/3/

134 RAMOS, M.L.S. & PAIXÃO, M.M.O.M Disponibilidade hídrica de águas subterrâneas Produtividade de poços e reservas explotáveis dos principais sistemas aqüíferos, Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio São Francisco. Belo Horizonte: Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), p. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

135 10. CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUA Introdução e Objetivos Este documento apresenta o relatório do tema de qualidade de águas subterrâneas e superficiais desenvolvidos pela HIDROVIA com vistas à caracterização dos recursos hídricos da área de entorno do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. Os trabalhos iniciaram-se em junho de 2010, tendo a duração total de 14 meses, ao longo dos quais foram apresentados relatórios bimensais de acompanhamento das atividades. A caracterização regional de qualidade das águas superficiais foi feita considerando a bacia do rio Santo Antônio e a partir de uma compilação de dados advindos de relatórios do IGAM (2008) e IGAM (2010). Em nível local de trabalho, a caracterização da qualidade das águas superficiais e subterrâneas é descrita com base nos resultados analíticos de 40 amostras de água coletadas na área, em 2 campanhas sazonais (estação seca e chuvosa). O Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. se insere na bacia hidrográfica do rio Santo Antônio, pertencente à bacia do rio Doce no estado de Minas Gerais, que apresenta características ambientais relevantes, tanto no que se refere aos recursos hídricos como à interação destes com a fauna e flora (ELO, 2010). Especificamente em relação à qualidade das águas, a elevada presença de sólidos dissolvidos nas águas é um fator que merece destaque, pelo potencial incremento de impacto associado à atividade da mineração de ferro. Assim, este estudo visa diagnosticar o contexto hídrico onde se insere o empreendimento sob um ponto de vista integrado, fornecendo subsídios técnicos a partir do conhecimento atualmente disponível para a tomada de decisão em relação aos usos e interferências do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. neste recurso Procedimentos Metodológicos Considerando que a área de estudo situa-se dentre os limites da bacia do rio Santo Antônio, um importante afluente do rio Doce, a caracterização da qualidade de água no âmbito da área de estudo regional (Área de Influência Indireta - AII) do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A. foi feita a partir do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (IGAM, 2010) e do Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais na Bacia do Rio Doce (IGAM, 2008). Já em nível local de trabalho, a caracterização da qualidade das águas superficiais e subterrâneas é descrita com base nos resultados analíticos de 40 amostras de água coletadas na área, cuja metedologia de coleta, transporte e análise é descrita a seguir Descrição dos pontos de amostragem Para este projeto foram selecionados 40 pontos de amostragem de águas subterrâneas e superficiais para análise dos principais parâmetros físico-químicos e bacteriológicos, a fim de elaborar uma primeira caracterização geral da qualidade das águas. Dentre eles, 22 pontos correspondem a águas superficiais e EIA-MOPI /12-v1 26/3/

136 18 pontos referentes a águas subterrâneas, sendo as amostragens realizadas entre os dias 11/04/2011 e 20/04/2011 (1ª campanha) e 13/09/11 a 22/09/11 (2ª campanha). As coletas foram realizadas por um técnico do laboratório Akvos (Foto 10.1) e acompanhadas por um colaborador da Hidrovia. Foto Técnico da Akvos no momento da coleta Os pontos amostrados de águas subterrâneas correspondem a nascentes, cujos nomes começam com a denominação NC, enquanto os pontos de águas superficiais se situam em trechos de cursos d água corrente e iniciam-se com a letra P. Considerando-se a subdivisão de áreas para a caracterização nas nascentes, as nascentes com denominação NCS e os pontos P-17 ao P-20 de águas superficiais estão localizados na porção sul da área estudada. Nesta porção, os pontos de águas superficiais estão todos localizados no rio Preto (afluente do rio Santo Antônio) e as nascentes selecionadas são de contribuintes do rio Preto. Já os pontos de águas superficiais P-01 ao P-09 e os pontos de águas subterrâneas com a denominação iniciada com NCN estão localizados na porção norte da área estudada. Dentre os locais de coletas de água superficiais estão os córregos Passagem, Escadinha e Mata Grande, os ribeirões Mata Cavalos, das Lajes e do Bento e o Rio Santo Antônio. Os pontos de água subterrânea situam-se em sub-bacias contribuintes dos ribeirões do Bento e das Lajes e dos os córregos Toledo e Salvador. Por fim, os pontos de amostragem de águas subterrâneas cujos nomes começam com a denominação NCC e os pontos de águas superficiais P-10 ao P-16, além dos pontos P-21 e 22, estão localizados na região central da área em estudo. Os afluentes inseridos na amostragem das águas superficiais são os córregos Pilar, Catioca, Tanque e Bruma e os rios Picão e Santo Antônio. Já os pontos das águas subterrâneas compreendem os contribuintes dos córregos Tanque, Catioca, Picão, Pilas e Bruma e o contribuinte do rio Picão. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

137 Nas e Tabela 10.2 a seguir apresentam-se as listagens dos pontos amostrados de águas subterrâneas e superficiais, respectivamente, contendo suas localizações juntamente com a data/hora das coletas realizadas. A Figura 10.1 ilustra a localização de todos os pontos de amostragem no contexto regional das áreas de estudo, enquanto as Figura 10.2 e Figura 10.3 apresentam a distribuição espacial dos pontos de águas subterrâneas e superficiais no âmbito da geologia local, respectivamente. Tabela Localização dos pontos de amostragem de águas subterrâneas AMOSTRAGEM DE QUALIDADE DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - NASCENTES Nome do Ponto E UTM N Altitude (m) Localização NCN Contribuinte da margem esquerda do Ribeirão das Lajes NCN Contribuinte da margem direita do Ribeirão das Lajes NCN Contribuinte do Córrego Toledo NCN Contribuinte da margem direita do Córrego Salvador NCN Contribuinte da margem esquerda do Córrego Salvador NCN Contribuinte da margem esquerda do Ribeirão do Bento NCS Contribuinte da margem direita do Córrego Esperança NCS Contribuinte da margem direita do Córrego Esperança NCS Contribuinte da margem esquerda do Rio Preto NCS Contribuinte da margem direita do Rio Preto NCS Contribuinte da margem direita do Rio Preto NCS Contribuinte da margem direita do Rio Preto NCC Contribuinte da margem direita do Córrego Pilar NCC Contribuinte da margem esquerda do Córrego Pilar NCC Contribuinte da margem esquerda do Córrego Brumado NCC Contribuinte da margem direita do Rio Picão NCC Contribuinte da margem direita do Córrego Catioca NCC Contribuinte da margem direita do Córrego Tanque EIA-MOPI /12-v1 26/3/

138 Tabela Localização dos pontos de amostragem de águas superficiais AMOSTRAGEM DE QUALIDADE DE ÁGUAS SUPERFICIAIS - CURSOS D'ÁGUA Nome do Ponto E UTM N Altitude (m) Curso D' água / Localização P Córrego Mata Grande afluente da margem esquerda do Rio Santo Antônio P Rio Santo Antônio P Córrego Passagem afluente da margem esquerda do Ribeirão das Lajes P Ribeirão das Lages afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Rio Santo Antônio P Ribeirão das Lages afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Ribeirão Mata Cavalos afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Córrego Escadinha afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Ribeirão do Bento afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Córrego Catioca afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Córrego Tanque afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Córrego Brumado afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Córrego Brumado afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Rio Picão afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Córrego do Pilar afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Rio Picão afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Rio Preto afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Rio Preto afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Rio Preto afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Rio Preto afluente da margem direita do Rio Santo Antônio P Rio Santo Antônio P Córrego do Pilar afluente da margem direita do Rio Santo Antônio EIA-MOPI /12-v1 26/3/

139 Figura Localização dos pontos de amostragem de água EIA-MOPI /12-v1 26/3/

140 Figura Distribuição dos pontos de amostragem de água subterrânea EIA-MOPI /12-v1 26/3/

141 Figura Distribuição dos pontos de amostragem de água superficial EIA-MOPI /12-v1 26/3/

142 Metodologia de coleta de análise O objetivo da coleta de amostras é obter uma alíquota do material pequena o suficiente para ser convenientemente transportada e manipulada no laboratório. Essa alíquota deve ser representativa do material a ser analisado, o que implica em que a concentração de todos os componentes seja igual na amostra e no material amostrado, além disto, a amostra deverá ser manipulada de maneira a não ocasionar alterações na sua composição antes da realização dos testes. Sendo assim, buscou-se garantir a integridade da amostra desde a coleta até o resultado final adotando os seguintes cuidados: Acomodar todo o material de campo escolhendo um local seguro e, preferencialmente, ao abrigo da incidência do sol sempre que possível; Manter o isopor sempre fechado para garantir que não haja variações térmicas significativas nas amostras; Realizar a amostragem utilizado frascos com a preservação adequada. Além disto, tomou-se cuidado com as seguintes práticas que serão sucintamente descritas a seguir: Ao tipo e local de amostragem; Medição da vazão; Transporte das amostras; Medição da temperatura da água e do ar; Coleta para ensaios bacteriológicos; Tipos de local de amostragem A coleta realizada nos trabalhos realizados foi do tipo Simples onde foram seguidos os seguintes procedimentos: O conjunto de frascos foi separado para cada ponto de coleta e, observou-se a identificação de acordo com o ponto a ser amostrado; Encheram-se os frascos observando os cuidados específicos para os parâmetros que serão analisados; Depois de preenchidos, os frascos foram cuidadosamente fechados e armazenados em caixa térmicos, observando-se a correta identificação dos frascos e o preenchimento da ficha de coleta, além disso, foi colocado gelo nas caixas térmicas e o material encaminhado o mais rapidamente possível para o laboratório. A amostragem de água superficial foi realizada, sempre que possível, na porção central do curso d água e a uma profundidade de 20 cm. Nos casos que foi realizado o ambiente em baldes e canecos, tomou-se o cuidado de descartar a amostra a jusante do ponto de coleta, evitando assim a suspensão de materiais depositados no fundo. A coleta bacteriológica foi realizada antes da coleta para ensaios físico-químicos. O frasco sempre foi posicionado contracorrente para evitar contaminações. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

143 Alguns ensaios realizados na amostra podem ter seus resultados alterados pela oxigenação da amostra. Nestes casos, os frascos foram cheios com cuidado para evitar o borbulhamento da amostra, posteriormente a transferência da amostra para o frasco foi feita lentamente pelas paredes do frasco Cuidados durante o transporte Uma vez coletada, a amostra foi transportada até o laboratório, garantindo sua integridade e preservação e no tempo necessário para que sua análise ocorra dentro do prazo de validade da preservação. Assim sendo, tomaram-se os seguintes cuidados: Os frascos foram acomodados na caixa de tal modo que ficaram firmes durante o transporte; Devido ao uso de gelo para preservação, cuidou-se para que os frascos, ao final do transporte, não ficassem imersos na água formada pela sua fusão, o que aumentaria muito o risco de contaminação; Medição da temperatura do ar e da água Em relação à medição da temperatura do ar e da água, tomaram-se as seguintes práticas: Colocou-se o termômetro na amostra mantendo o bulbo submerso, esperando cerca de 5 minutos em contato com o líquido e, desta forma, a leitura da temperatura foi realizada com o bulbo do termômetro submerso no líquido. Quando não foi possível medir a temperatura diretamente na amostra em estudo, a medida foi realizada numa amostra coletada. Para isto, colocou-se a amostra em balde ou caneco e a medição foi feita o mais rapidamente possível para minimizar a troca de calor da amostra com o ambiente, além disso, evitou-se a exposição ao sol. A temperatura do ar foi medida no mesmo lugar e momento que a temperatura da água foi medida, tomando-se o cuidado de evitar a incidência direta do sol e a influência do calor desprendido pelo operador Coleta de amostras para ensaios bacteriológicos A coleta de amostras para ensaios bacteriológicos foi realizada observando-se os cuidados estabelecidos a seguir, de maneira a não introduzir nenhuma contaminação na amostra. Com todos os cuidados de assepsia, removeu-se a tampa do frasco juntamente com o papel protetor. Com uma das mãos segurou-se o frasco pela base, mergulhando-o rapidamente com a boca para baixo, de 15 a 30 cm abaixo da superfície da água, para evitar a introdução de contaminantes superficiais. O frasco foi direcionado de modo que a boca ficasse em sentido contrário à correnteza. Após retirar o frasco do corpo de água, foi desprezada uma pequena porção da amostra, deixando um espaço vazio de aproximadamente 2,5 cm do topo. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

144 Por fim, o frasco foi aberto somente no momento da coleta, sendo que para isto, retirou-se a tampa juntamente com o papel laminado usado na sua proteção, cuidando para que o gargalo ficasse totalmente isento de contaminação manual ou respiratória e, o frasco foi preenchido apenas até ¾ do seu volume. Sendo assim, o fraco foi cuidadosamente fechado e embalado em sacos plásticos para evitar a contaminação pelo gelo a ser adicionado, mantendo as amostras refrigeradas até o momento da análise. Os parâmetros foram analisados segundo a metodologia descrita pela Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 21th. Ed., 2005, referência mundial em análise de água. Extraído desta publicação, a Tabela 10.3 apresenta os parâmetros analisados com as suas respectivas metodologias laboratoriais. Tabela Metodologia de análises dos parâmetros avaliados Parâmetros Alcalinidade Total Bicarbonatos Cálcio Total Cloreto total Condutividade elétrica a 25º C in situ Metodologia SMWW 2320 B SMWW 2320 B SMWW 3500 Ca B SMWW 4500-Cl - C SMWW 2510 B Cor Real SMWW 2120 Dureza total Ferro total Fluoreto total SMWW 2340 B SMWW 3111 B SMWW 4500-F - D Magnésio Total SMWW 2340 Manganês total SMWW 3111 Nitrato Nitrito SMWW 4500 NO 3- E SMWW 4500NO 2- B Nitrogênio amoniacal SMWW 4500-NH 3 ph in situ Potássio Total Sílica Sódio Total Sólidos totais dissolvidos SMWW H + B SMWW 3111 B SMWW 3030, 3120 B SMWW 3111 B SMWW 2540 C EIA-MOPI /12-v1 26/3/

145 Parâmetros Metodologia Sulfato total SMWW 4500 SO 4 2- Temperatura do ar SMWW 2550 Turbidez Coliformes Totais Escherichia Coli SMWW 2130 B SMWW SMWW Fonte: Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 21th. Ed., 2005 O Limite de Quantificação (LQ) é a menor quantidade ou concentração de um determinado parâmetro que pode ser detectado. A Tabela 10.4 apresenta os parâmetros analisados com os seus respectivos valores de LQs e as suas unidades. Tabela Limites de quantificação dos parâmetros analisados Parâmetros Unidade LQ Alcalinidade Total mg CaCO 3 /L 0,5 Bicarbonato mg CaCO 3 /L 0,5 Cálcio Total mgca/l 0,2 Cloretos mg/l 0,25 Condutividade Elétrica (in situ) ms/cm 0,1 Cor real uh ou unidade de cor 11 Dureza Total mgcaco 3 /L 0,5 Ferro Total mg/l Fe 0,05 Fluoretos mg/l 0,1 Magnésio Total mgmg/l 0,12 Manganês Total mg/l Mn 0,05 Nitratos mgn/l 0,05 Nitritos mgn/l 0,005 Nitrogênio Amoniacal mg/l N 0,05 ph (in situ) - 0,1 Potássio Total mgk/l 0,05 EIA-MOPI /12-v1 26/3/

146 Parâmetros Unidade LQ Sílica mg/l 0,1 Sódio Total mg/l 0,1 Sólidos Totais Dissolvidos mg/l 0,5 Sulfatos mg/l SO4 1 Temperatura da Água ºC 0,1 Turbidez UNT 1 Coliformes Totais organismos/100 ml 1 Escherichia Coli organismos/100 ml Caracterização da Área de Estudo Regional (AII) A caracterização da qualidade de água no âmbito da área de estudo regional, que também corresponde à área de influência indireta (AII) do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A., foi feita a partir do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (IGAM, 2010) e do Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais na Bacia do Rio Doce (IGAM, 2008). A área de estudo regional situa-se dentre os limites da bacia do rio Santo Antônio, um importante afluente do rio Doce. Para a caracterização da qualidade de água na bacia do rio Santo Antônio, IGAM (2010) utilizou-se de dados coletados no período de julho de 1997 a janeiro de 2008, a partir de 2 estações de monitoramento, cuja localização encontra-se na Figura As estações de amostragem para a qualidade da água são: RD033, no rio Doce, a jusante da confluência com o rio Piracicaba (Lat: , Long: ); e RD039, no rio Santo Antônio, a montante da confluência com o rio Doce (Lat: , Long: ). Os dados de qualidade foram trabalhados por estação de monitoramento, conforme demonstram os gráficos da Figura 10.1 e Figura 10.2, as quais apontam as porcentagens em que houve ultrapassagem dos limites estabelecidos para a classe 2 na bacia do rio Santo Antônio. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

147 Figura Localização dos pontos de amostragem de qualidade de água da bacia do rio Santo Antônio EIA-MOPI /12-v1 26/3/

148 Gráfico Porcentagem de resultados que não atenderam ao padrão da classe 2 na estação de monitoramento situada no rio Santo Antônio (RD039) Fonte: IGAM (2010) Embora 52% da área da bacia do rio Santo Antônio tenha cobertura natural, o uso inadequado dos solos na agropecuária teve como conseqüências alterações das seguintes variáveis: manganês total, cor verdadeira, ferro dissolvido, turbidez e sólidos em suspensão totais. Somado a isto, os metais tóxicos como cobre dissolvido e chumbo total mostraram-se teores em desacordo com o padrão de qualidade da classe 2, podendo ser associados aos despejos industriais transportados pela calha do rio Doce e da silvicultura, atividade importante na bacia do rio Santo Antônio. Merece destaque, ainda, a presença de concentrações de fenóis totais acima do limite da legislação nas águas do rio Doce, possivelmente a maior parte oriunda do rio Piracicaba. IGAM (2008) também utilizou dados de qualidade de água da estação RD039 e verificou que o rio Santo Antônio, próximo à confluência com o rio Doce, apresentou um estado Médio do Índice de Qualidade das Águas (IQA) no ano de 2007, mostrando piora em relação a 2006, no qual obteve IQA Bom. Os parâmetros coliformes termotolerantes e turbidez foram aqueles que mais influenciaram no resultado do IQA obtido no rio Santo Antônio, ficando acima do limite legal na primeira campanha de monitoramento de 2007 (Gráfico 10.3). Este parâmetro está associado principalmente à poluição difusa, dada através de atividades pecuárias e influenciadas pelo regime pluviométrico na região. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

149 Gráfico 10.2 Porcentagem de resultados que não atenderam ao padrão da classe 2 na estação de monitoramento RD033, situada na calha do rio Doce, dentro da bacia do rio Santo Antônio Fonte: IGAM (2010) Gráfico Ocorrência de coliformes termotolerantes no rio Santo Antônio, a montante da confluência com o rio Doce (RD039), no período de 1997 a 2007 Fonte: IGAM (2008) A poluição difusa e o uso insustentável do solos influenciaram os parâmetros de turbidez e cor verdadeira, apresentando altos valores na primeira campanha de monitoramento de 2007, período chuvoso (Gráfico 10.4). Já a Contaminação por Tóxicos foi considerada Baixa, apresentando melhora em relação ao ano de 2006, no qual foi Alta devido aos valores de cobre dissolvido (IGAM, 2008). EIA-MOPI /12-v1 26/3/

150 Gráfico Ocorrências de turbidez e cor verdadeira no rio Santo Antônio, a montante da confluência com o rio Doce (RD039), no período de 1997 a 2007 Fonte: IGAM (2008) Caracterização da Área de Estudo Local (AID) Qualidade das águas subterrâneas Com base nos dados das análises físico-químicas e bacteriológicas, cujos laudos são apresentados no Anexo VII, apresenta-se a seguir uma discussão sucinta dos resultados obtidos, buscando caracterizar questões relacionadas à ambiência aqüífera investigada e estabelecer um padrão de comportamento para a comparação dos valores futuros, tomando-se como base este estágio atual à interferência efetiva de futuros processos de mineração no domínio de influência investigado. Os valores obtidos para as análises das águas subterrâneas na 1ª e 2ª campanha de amostragem podem ser observados nas Tabela 10.3 etabela 10.4, respectivamente, a seguir. Como valores de referência, foram adotados os Valores Máximos Permitidos (VMP) da resolução CONAMA nº 396 de 3 de abril de 2008, que dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas, considerando-se o uso preponderante da água para consumo humano. De modo geral, apenas com base na comparação dos resultados com o VMP para os parâmetros constantes na resolução CONAMA nº 396, verifica-se que o parâmetro Escherichia Coli foi excedido na maioria das amostras coletadas. Adicionalmente, os parâmetros ferro total e manganês total também excederam o VMP em algumas das amostras analisadas. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

151 Tabela 10.5 Resultados analíticos das amostras de água subterrânea (1ª campanha de amostragem) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

152 Tabela Resultados analíticos das amostras de água subterrânea (2ª campanha de amostragem) Parâmetros Pontos de Coleta de Água Subterrânea NCN-19 NCN-27 NCN-37 NCN-49 NCN-96 NCN-130 NCC-12 NCC-22 NCC-46 NCC-73 NCC-103 NCC-118 NCS-16 NCS-21 NCS-48 NCS-71 NCS-93 NCS-119 Data 20/9/11 20/9/11 21/9/11 21/9/11 20/9/11 20/9/11 14/9/11 13/9/11 16/9/11 15/9/11 19/9/11 19/9/11 14/9/11 14/9/11 22/9/11 15/9/11 14/9/11 22/9/11 Hora 9:30 10:20 10:50 13:08 12:08 16:29 10:22 15:41 10:00 13:08 13:15 15:45 13:42 12:25 9:30 10:18 14:40 12:13 Temperatura do ar Temperatura da água ph in situ Condutividade elétrica a 25 C in situ Alcalinidade Total Bicarbonatos Cálcio Total Cor Real <11 <11 <11 <11 <11 <11 < <11 <11 <11 <11 <11 <11 <11 <11 < Cloreto total Dureza total Ferro total < < Fluoreto total <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 <0.10 < Magnésio Total Manganês total <0.05 < < <0.05 <0.05 < < <0.05 <0.05 <0.05 < < Nitrato < <0.05 < < < <0.05 < Nitrito <0.005 < <0.005 <0.005 <0.005 <0.005 <0.005 <0.005 <0.005 <0.005 <0.005 <0.005 <0.005 <0.005 <0.005 < Nitrogênio amoniacal Potássio Total Sílica Sódio Total Sólidos totais dissolvidos Sulfato total <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 <1.0 < Turbidez < < Coliformes Totais < Escherichia Coli < < < <1 3 1 <1 76 <1 8 7 VMP (mg/l) Ausentes em 100ml EIA-MOPI /12-v1 26/3/

153 Parâmetros físico-químicos De De modo geral, observam-se pequenas alterações nos resultados dos parâmetros físicoquímicos entre as duas campanhas de amostragem, no período chuvoso e seco. Houve um aumento da alcalinidade e dureza de algumas amostras no período seco em relação ao período úmido, em função da menor diluição destes compostos pelas águas pluviais. Apenas o parâmetro sílica apresentou um aumento significativo nas concentrações da campanha de estiagem, também provavelmente relacionado à menor dissolução desta substância nesta estação em relação ao período chuvoso. A temperatura da água em abril apresentou-se alguns graus acima das registradas em setembro. Nos pontos analisados observa-se que os valores de ph apresentaram-se inferiores a 7, com valor médio de 5,7 a 6,0 nas campanhas de chuva e seca, respectivamente, oscilando de 4,6 a 6,9 nos pontos NCN-19 e NCC-103, nesta ordem, revelando um caráter levemente ácido para as águas subterrâneas. Tais valores são comuns para ambientes rasos sem presença de carbonatos, em que são mantidas propriedades semelhantes às da água da chuva, que apresenta ph próximo a 5,5 devido à dissolução de ácido carbônico da atmosfera. Os maiores valores de turbidez encontrados foram no ponto NCN-49 (31,9 e 32,9 UNT), seguido pelos pontos NCC-103, NCN-96, NCC-118 e NCS-93, onde os valores encontrados superaram 10 UNT na campanha úmida. Os valores mais elevados podem estar associados ao fato de algumas destas nascentes estarem localizadas em ambientes ricos em matérias sólidas em suspensão como silte, argila, colóides, matéria orgânica dentre outros (Foto 10.2), elevando assim o valor da turbidez da água analisada. Verifica-se que os pontos amostrados de nascentes NCN-37, NCS-71 e NCS-93 apresentam características diferenciadas dos demais, apresentando os maiores valores de dureza, condutividade elétrica e alcalinidade em geral. Especificamente com relação à condutividade elétrica, observa-se que os pontos analisados apresentaram valores abaixo de 68 µs/cm, indicando que suas águas são provenientes de uma circulação rasa na porção superior dos solos. Os menores valores encontrados foram nas nascentes NCC-12, NCN-27, e NCC-22, com valores abaixo de 5 µs/cm. Já os maiores resultados foram encontrados nos pontos NCS-93, NCN-37 e NCC-73, com valores de 67,9, 56.9 e 53,6 µs/cm, respectivamente. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

154 Foto 10.2 Nascente NCN-49, ambiente rico em matérias sólidas em suspensão Os valores de temperatura das águas subterrâneas não obtiveram grande amplitude entre os pontos analisados no período chuvoso, variando de 21,0 a 24,1ºC, já no período da seca a amplitude da temperatura foi mais expressiva, variando de 15,7 a 25,9 ºC. Os menores valores foram encontrados em pontos localizados em cotas mais elevadas. Já os pontos com valor de temperatura da água mais alto estão localizados em nascentes com cotas mais baixas. Com relação às concentrações de sólidos totais dissolvidos (STD), observa-se que os valores encontrados em todas as amostras foram relativamente baixos, com média de 19 mg/l, variando de 6 a 45 mg/l para a campanha de chuva e, para a campanha de seca os valores obtidos variaram de 9 a 68 mg/l com média de 29,7 mg/l. Sendo assim, nenhum destes valores ultrapassou o valor máximo permitido para as águas subterrâneas destinadas ao consumo humano, que é de mg/l segundo a resolução CONAMA nº 396. Os pontos que apresentaram maiores valores em STD foram os mesmos que apresentaram maiores valores de bicarbonato, onde o bicarbonato apresenta a maior proporção dentre os constituintes analisados, podendo ser o maior contribuinte do STD. A dureza é a concentração de cátions multimetálicos em solução, sendo os cátions mais frequentemente associados à dureza Ca 2+ e Mg 2+. Desta forma, os pontos analisados que apresentaram maiores valores para estes íons também apresentaram os maiores valores para a dureza. No geral, os valores encontrados em ambas as campanhas foram inferiores a 50 mgcaco 3 /L, caracterizando as águas como moles. Os maiores resultados foram encontrados nas nascentes NCN-37, NCS-71 e NCS-126, tanto na campanha de chuva quanto na campanha de seca, com valores máximos de 27,45, 17,65 e 17,16 mgcaco 3 /L, respectivamente. O conceito de alcalinidade é a capacidade da água de neutralizar os ácidos, sendo os principais constituintes da alcalinidade os bicarbonatos, carbonatos e os hidróxidos. Sendo assim, os pontos EIA-MOPI /12-v1 26/3/

155 que apresentaram valores altos para bicarbonato também obtiveram valores altos para a alcalinidade. Os maiores valores encontrados em ambas as campanhas foram nos pontos NCN-37, NCS-126 e NCS-71. As principais fontes naturais da alcalinidade são a dissolução de rochas alcalinas ou a reação do CO 2 com a água. O CO 2 pode ser resultante da atmosfera ou da decomposição da matéria orgânica, estando a matéria orgânica presente nas nascentes que apresentaram os maiores valores de alcalinidade. Dentre os dezoito pontos analisados para a sílica, quinze apresentaram valores menores que o seu limite de quantificação de 0,1 mg/l na campanha de chuva. Os pontos que se destacaram foram NCN-96 e NCN-49 com concentrações de 1,67 e 1,50 mg/l, respectivamente. Contudo, na campanha de seca, as concentrações de sílica apresentaram um aumento significativo em seus valores. Tal constatação pode ser explicada pelo fato das águas de origem meteórica apresentarem um tempo de residência no subsolo maior que na época da chuva, desta forma o fator de dissolução aumenta, pois a água permanece um maior tempo em contato com a rocha. Apesar disso, nas águas subterrâneas a sílica não ocorre em quantidades significativas, pois apesar de ser um dos elementos mais abundantes da crosta terrestre, sua dissolução em teores elevados só ocorre a grandes temperaturas. Os gráficos ilustrativos das concentrações para os parâmetros físico-químicos citados acima podem ser observados na Gráfico 10.5 a seguir, onde os VMPs da Resolução CONAMA n o. 396 para consumo humano são apresentados em vermelho. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

156 Gráfico Parâmetros físico-químicos Metais Com base nos dados de ferro total obtidos, observa-se que as maiores concentrações obtidas na primeira campanha foram observadas nos pontos NCN-96, NCS-126 e NCC-103, apresentando valores de 5,40, 3,12 e 4,94 mg/l respectivamente. Já na segunda campanha os pontos que se EIA-MOPI /12-v1 26/3/

157 destacaram foram NCS-93, NCC-73 e NCN-49 com valores entre 4,11 a 7,37 mg/l. Além dos pontos citados acima, mais sete pontos da primeira campanha e seis pontos da segunda campanha apresentaram concentrações acima do valor máximo permitido para as águas subterrâneas destinas ao consumo humano, que é de 0,3 mg/l segundo a resolução CONAMA nº 396. Com relação à concentração de manganês total, observa-se que na primeira campanha os pontos NCN-37, NCS-126 e NCC-103 apresentaram resultados acima do valor máximo permitido (VMP) para as águas subterrâneas destinas ao consumo humano, que é de 0,10 mg/l segundo a resolução CONAMA nº 396, e na segunda campanha os pontos que apresentaram valores acima do VMP foram NCC-18, NCN-130, NCN-37, NCN-49 e NCS-93. Estes mesmos pontos também apresentaram elevadas concentrações de ferro total, mostrando a afinidade geoquímica existente entre estes dois metais. Contudo, a maioria dos pontos analisados apresentaram valores menor que 0,05 mg/l. É importante destacar que os valores estabelecidos na resolução CONAMA nº 396 para consumo humano para os parâmetros ferro total e manganês estão relacionados a efeitos organolépticos, ou seja, esses padrões estão associados a efeitos de cor e sabor da água e não a sua toxicidade. Ressalta-se também que é comum encontrar valores de ferro e manganês acima da resolução CONAMA nº 396 em águas naturais. Em sua maioria, as nascentes estão localizadas sobre o corpo do minério, onde o ferro contido não está disponível, ou seja, o ferro está em sua forma reduzida, não solúvel em água. Contudo, caso este material seja exposto na atmosfera, o ferro no estado ferroso (Fe 2+ ) se torna instável, alterando para o estado férrico (Fe 3+ ), elevando assim, os valores de ferro na água. A Gráfico 10.6 apresenta os gráficos das concentrações detectadas para o ferro total e manganês. Nesta figura, os VMPs da Resolução CONAMA n o. 396 para consumo humano são apresentados em linha vermelha. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

158 NCN-19 NCN-27 NCN-37 NCN-49 NCN-96 NCN-130 NCC-12 NCC-22 NCC-46 NCC-73 NCC-103 NCC-118 NCS-16 NCS-21 NCS-48 NCS-71 NCS-93 NCS 119 Concentração (mgfe/l) NCN-19 NCN-27 NCN-37 NCN-49 NCN-96 NCN-130 NCC-12 NCC-22 NCC-46 NCC-73 NCC-103 NCC-118 NCS-16 NCS-21 NCS-48 NCS-71 NCS-93 NCS 119 Concentração (mgmn/l) Morro do Pilar Minerais S.A. Gráfico Metais totais detectados ,1 mgmn/l ManganêsTotal 1a campanha 2a campanha Ferro Total 0,3 mgfe/l 1a campanha 2a campanha Cátions e Ânions Os Os resultados de todos os principais cátions e ânions analisados em água subterrânea se situaram abaixo dos limites estabelecidos pela resolução CONAMA nº 396. No caso do Fluoreto e Nitrito, nenhum dos pontos analisados em ambas as campanhas ultrapassou os seus limites de quantificação (LQ), 0,1 mgf-/l e 0,005 mgn/l, respectivamente. Os valores de nitrato não ultrapassaram o valor de LQ (0,05 mgn/l) em quatorze dos dezoito pontos analisados na primeira campanha, ou seja, na época de chuva. Além disso, nos quatro pontos onde foram detectados, os valores não ultrapassaram a concentração de 0,5 mgn/l, não indicando, aparentemente, contaminação por ação antrópica. Contudo, na segunda campanha sete pontos apresentaram valores superiores a 0,5 mgn/l, com destaque ao ponto NCC-73 onde EIA-MOPI /12-v1 26/3/

159 se obteve uma concentração de 4,86 mgn/l. Apesar disso, nenhum ponto superou o valor limite estabelecido pela resolução CONAMA nº 396, ou seja, 10,0 mgn/l. Os valores de potássio mais frequentes em água subterrâneas estão entre 1 e 5 mg/l. Nas análises realizadas o maior valor encontrado na primeira campanha foi de 0,94 mg/l, e na segunda campanha o maior valor encontrado foi de 1,96 mg/l. As concentrações relativamente baixas se justificam pela participação intensa em processos de troca iônica, além de ser facilmente adsorvido pelos minerais de argila e consumido pelas plantas. O cálcio é um dos principais responsáveis pela dureza. Além disto, em geral, apresenta-se sob a forma de bicarbonato. Diante disto, os gráficos das concentrações de cálcio, dureza e bicarbonato apresentam certa semelhança. Os maiores valores de cálcio encontrados nas amostras foram nos pontos NCN-37 e NCS-71, apresentando concentrações de 4,12 e 3,53 mgca/l, respectivamente, ambas registradas na segunda campanha de campo. Os pontos que se destacaram em relação à análise de bicarbonatos foram os pontos NCN-37, NCS-93, com concentrações de 36,06 e 35,45, respectivamente. As propriedades do magnésio são similares às do cálcio, porém é mais solúvel e mais difícil de precipitar. O gráfico do magnésio se assemelha, também, ao do cálcio e o cálcio e magnésio são os principais responsáveis pela dureza da água. Em águas subterrâneas, os teores mais frequentes de magnésio se situam entre 1 e 40 mgmg/l. Nas amostras analisadas, os maiores valores ocorreram nos pontos NCN-37 e NCS-93, com concentrações de 4,17 e 2,38 mgmg/l, respectivamente, ambas na segunda campanha, contudo, estes mesmos pontos apresentaram os maiores valores na primeira campanha também. Em relação ao sulfato total, os valores encontrados nas amostras, tanto na primeira campanha como a segunda, foram bem inferiores em comparação ao valor de VMPs da resolução CONAMA nº 396, ou seja, 250 mgso 4 /L. Das dezoito amostras analisadas, quatorze não atingiram o LQ, e nenhuma amostra da segunda campanha atingiu o LQ de 1,0 mgso 4 /L. Os pontos NCC-46 e NCN- 130 apresentaram as maiores concentrações com 1,97 e 1,95 mgso 4 /L, respectivamente. O sódio é o principal responsável pelo aumento constante da salinidade das águas naturais, com variação de concentração em águas subterrâneas entre 0,1 e 100 mgna/l. A média encontra nas amostras analisadas na primeira campanha foi de 0,70 mgna/l, e na segunda campanha foi de 1,09 mgna/l. Os valores máximos encontrados de sódio total foram nos pontos NCS-93 e NCC- 103, com concentrações de 3,18 e 2,28 mgna/l, respectivamente. Os gráficos mostrando as concentrações dos principais cátions e ânions analisados podem ser visualizados na Gráfico 10.7 abaixo. Os VMPs da Resolução CONAMA n o. 396 para consumo humano são apresentados em vermelho. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

160 NCN-19 NCN-27 NCN-37 NCN-49 NCN-96 NCN-130 NCC-12 NCC-22 NCC-46 NCC-73 NCC-103 NCC-118 NCS-16 NCS-21 NCS-48 NCS-71 NCS-93 NCS 119 Concentração (mgk/l) Concentração (mgso4/l) Concentração (mgmg/l) Concentração (mgn/l) Concentração (mgcaco 3 /L) Concentração (mgca/l) Morro do Pilar Minerais S.A. Gráfico 10.7 Gráficos de cátions e ânions Bicarbonato 1a 2a Cálcio Total 1a 2a Magnésio Total 1a 2a Nitrogênio amoniacal 1a 2a Potássio Total 1a 2a SulfatoTotal 1a campanha 2a campanha 250mgSO 4 /L EIA-MOPI /12-v1 26/3/

161 Parâmetros Bacteriológicos Com relação aos parâmetros bacteriológicos, foram analisados coliformes totais e Escherichia Coli. Segundo a resolução CONAMA nº 396, Escherichia Coli deve ser ausente para 100 ml de água. De acordo com os resultados obtidos, é possível observar que os pontos NCN-19, NCN-96, NCN-130, NCC-103 e NCS-71 não foram encontrados valores de Escherichia Coli em ambas as campanhas. Dentre os pontos que apresentaram valores de Escherichia Coli, destacam-se os pontos NCN-37, NCN-49 e NCS-93 na primeira campanha e o ponto NCC-73 na segunda campanha. Apesar destes pontos se situarem distantes do centro urbano, as nascentes apresentam instalações rurais em suas proximidades onde as nascentes são utilizadas para dessedentação de animais. Conforme pode ser observado na Foto 10.3, ao redor da nascente NCC-73 a área encontra-se pisoteada e com material fecal de origem animal. Foto 10.3 Área antropizada ao redor da nascente NCC-73 Os gráficos ilustrando os valores destes parâmetros bacteriológicos podem ser vistos na Gráfico 10.8 abaixo. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

162 Gráfico 10.8 Gráficos de parâmetros bacteriológicos Caracterização Hidrogeoquímica das Águas Subterrâneas Os diagramas de Piper, Schoeller e Stiff possibilitam uma visão de conjunto da composição da água e fornecem indicação das fácies hidrogeoquímicas associadas. A partir desta indicação pode-se especular quanto ao tipo de ambiência aqüífera por onde estas águas passaram, dando uma idéia do contexto hidrodinâmico das águas subterrâneas na área estudada. Conforme observado no EIA-MOPI /12-v1 26/3/

163 Gráfico 10.9, que apresenta o diagrama de Piper, observa-se que a maioria das águas amostradas, em ambas as campanhas, são classificadas como Bicarbonatadas levemente magnesianas, com exceção dos pontos NCC-46, NCC-73e NCC-103, que apresentam classificação como Bicarbonatadas levemente sódicas e os pontos NCS-48, NCS-71 e NCC-118 classificadas como Bicarbonatadas levemente cálcicas. Já os pontos NCN-49 e NCC-22 apresentam características distintas de acordo com a campanha; na primeira campanha as amostras são classificadas como Bicarbonatadas levemente magnesianas, e na segunda campanha são classificadas como Bicarbonatadas levemente cálcicas. A analise do diagrama de Stiff para as amostras (Gráfico 10.10) indica que os pontos NCN-37, NCS-93, NCS-71, NCC-46 e NCC-73 apresentam as maiores concentrações de sais dissolvidos e os pontos NCC- 12 e 22, NCN-19 e 27, NCS- 16, 21, 48 e 119 apresentam as menores concentrações de sais dissolvidos em relação aos demais pontos, indicando que suas águas circulam por níveis mais rasos de profundidade no sistema hidrogeológico local. Com relação ao ponto NCN-37, observa-se no diagrama Schoeller que este apresenta uma maior concentração de bicarbonatos, indicando que suas águas tiveram um tempo de residência maior em um sistema hidrogeológico mais rico em sais dissolvidos (Gráfico 10.11). EIA-MOPI /12-v1 26/3/

164 Gráfico 10.9 Diagramas de Piper aplicado aos pontos amostrados 1ª campanha de amostragem 1ª campanha de amostragem 2ª campanha de amostragem 2ª campanha de amostragem EIA-MOPI /12-v1 26/3/

165 Gráfico Diagramas de Stiff aplicados aos pontos amostrados EIA-MOPI /12-v1 26/3/

166 Gráfico Diagramas de Stiff aplicados aos pontos amostrados (continuação) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

167 Gráfico Diagramas de Stiff aplicados aos pontos amostrados (continuação) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

168 Gráfico Diagramas de Stiff aplicados aos pontos amostrados (continuação) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

169 Gráfico Diagramas de Stiff aplicados aos pontos amostrados (continuação) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

170 Gráfico Diagramas de Stiff aplicados aos pontos amostrados (continuação) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

171 Gráfico Diagramas de Schoeller para as águas subterrâneas EIA-MOPI /12-v1 26/3/

172 Gráfico Diagramas de Schoeller para as águas subterrâneas (continuação) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

173 Gráfico Diagramas de Schoeller para as águas subterrâneas (continuação) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

174 Gráfico Diagramas de Schoeller para as águas subterrâneas (continuação) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

175 Gráfico Diagramas de Schoeller para as águas subterrâneas (continuação) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

176 Gráfico Diagramas de Schoeller para as águas subterrâneas (continuação) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

177 Qualidade das águas superficiais Neste item será apresentada uma discussão sobre os resultados das análises físico-químicas e bacteriológicos das águas superficiais da área de estudo do Projeto Morro do Pilar Minerais S.A.. Como valores de referência, foram adotados os valores máximos da Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG nº 01, de 05 de maio de 2008 (DN01/08 art.13 (COPAM/CERH)) que aborda a classificação e enquadramento das águas superficiais, considerando-se como referência a Classe 2. Comparando os resultados das análises com os valores de referência para a Classe 2 para os parâmetros constantes na DN01/08 art.13 (COPAM/CERH), apenas os parâmetros Escherichia Coli e Manganês Total foram excedidos em pelo menos uma das amostras em cada campanha de amostragem. Os laudos das análises físico-químicas e bacteriológicas são apresentados no Anexo VII e os valores obtidos para nas análises, nas duas campanhas de monitoramento, podem ser observados nas Tabela 10.7 e Tabela 10.8 a seguir. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

178 Tabela Resultados analíticos das amostras de água superficial (1ª campanha) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

179 Tabela Resultados analíticos das amostras de água superficial (2ª campanha) EIA-MOPI /12-v1 26/3/

180 Parâmetros físico-químicos De modo geral, os resultados dos parâmetros físico-químicos não superaram os valores de referência para cursos de água Classe 2. Os valores de ph encontrados nas amostras em ambas as campanhas estão entre 6,5 e 8,2, dentro do limite para classificação como Classe 2, ou seja, valores de ph entre 6 e 9. Os resultados máximos foram encontrados nos pontos P-07 e 16, com valores de 8,2, e os menores foram encontrados nos pontos P- 10 e 03, com valor de ph de 6,5. Os sólidos totais dissolvidos (STD) apresentaram concentrações bem abaixo do valor de referência para Classe 2 (500 mg/l), com média de 18,92 mg/l obtido na primeira campanha e 32,91 mg/l na segunda campanha. As amostras que apresentaram maiores valores na campanha de chuva foram os pontos P- 16, 14 e 11, com concentração de 26,5 mg/l, e na campanha de seca o maior valor encontrado foi no P- 01 com 55,0 mg/l. Já os pontos com menores valores de STD são os pontos P-03 e 04 em ambas as campanhas. Nota-se que os locais de coleta destes pontos estão localizados a montante do Grupo da Serra da Serpentina, com nascentes no Supergrupo Espinhaço, ou seja, não há contribuição de água das nascentes do Grupo da Serra da Serpentina, podendo explicar os valores mais baixos de STD. A temperatura da água encontrada variou de 21 a 24,3 ºC na primeira campanha com média de 23,0 ºC. Já na segunda campanha a amplitude térmica foi maior, com variação de 15,6 a 25,4 ºC, obtidas nos pontos P-03 e P-17 respectivamente. O valor de referência para Classe 2 para a turbidez (100 UNT) não foi ultrapassado em nenhuma das análises, sendo os maiores resultados encontrados nos pontos P-08 e 02, com valores de 26,1 e 22,4 respectivamente, obtidos na primeira campanha. Dentre os vinte e dois pontos analisados na primeira campanha apenas quatro apresentaram valores de turbidez acima de 10 UNT, valor a partir do qual pode ser notada uma ligeira nebulosidade a olho nu. Já na campanha de seca o maior valor encontrado foi de 8,3 UNT no ponto P-11. As concentrações de dureza total encontradas nas amostras não excederam 50 mg/l CaCO 3 em nenhuma das duas campanhas realizadas, dessa forma a água é caracterizada como mole, com destaque para o Ponto 01 onde foi encontrado o maior valor de concentração com 19,12 mg/l CaCO 3.na campanha de chuva e 20,59 mg/l CaCO 3 obtido na campanha de seca. Neste caso, a dureza encontrada é atribuída ao cálcio e magnésio, já que estas duas substâncias também se destacam no Ponto 01, caracterizando a dureza como de carbonatos. A condutividade elétrica está diretamente ligada com o teor de sais dissolvidos sob a forma de íons e os pontos com os maiores valores encontrados considerando-se a média em ambas as campanhas são o P- 01, 15 e 11, com valores entre 38,0, e 26,8 µs/cm. A alcalinidade é a quantidade de íons na água que reagirão para neutralizar os íons de hidrogênio e está diretamente associada à concentração de carbonatos e bicarbonatos. Sendo assim, os pontos que apresentaram os maiores valores destes constituintes consequentemente terão valores mais altos para EIA-MOPI /12-v1 26/3/

181 a alcalinidade. É o caso do ponto P-01, onde foi obtida uma concentração de alcalinidade de 22,66 mg CaCO 3 /L na segunda campanha e 19,52 mg CaCO 3 /L na primeira campanha. Apesar dos pontos P-13 e 17 se destacarem no gráfico das concentrações de sílica, os valores encontrados não são expressivos na primeira campanha. Dentre as vinte e duas amostras analisadas, dezenove não atingiram o limite de quantificação (LQ) da sílica, ou seja, 0,1 mg/l. Isso se deve pela alta estabilidade química na maioria dos minerais, além da baixa solubilidade dos compostos que forma no intemperismo das rochas. Contudo, na segunda campanha os valores de concentração de sílica obtiveram um aumento significativo em relação à primeira campanha devido ao aumento do fator de dissolução da sílica em virtude do maior tempo de contato entre a água e a rocha. Os gráficos mostrando as concentrações para os parâmetros físico-químicos citados acima podem ser observados na Gráfico a seguir, onde se apresentam em vermelho os valores de referência da DN01/08 art.13 (COPAM/CERH), para Classe 2. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

182 Gráfico Parâmetros físico-químicos Metais Para o manganês total, em ambas as campanhas, dois pontos ultrapassaram os limites de referência Para o manganês total, em ambas as campanhas, dois pontos ultrapassaram os limites de referência para corpos d água de Classe 2, que é de 0,1 mg Mn/L. Estes pontos foram o P-11 e o P-10, onde foram EIA-MOPI /12-v1 26/3/

183 obtidas concentrações na segunda campanha de 0,33 e 0,48 respectivamente. Contudo, dezesseis amostras na primeira campanha e dezoito amostras da segunda campanha não atingiram o limite de quantificação de 0,05 mg Mn/L Segundo a DN01/08 art.13 (COPAM/CERH), o parâmetro de referência para classificação dos corpos de água em função do ferro é o ferro dissolvido; desta forma, não serão comparados os resultados das amostras de água coletadas, já que o parâmetro analisado foi o ferro total. Os maiores valores de ferro total encontrados nas análises da primeira campanha foram nos pontos P- 10, 02 e 08, com concentrações de 2,84, 2,31 e 2,19 mg Fe/L, respectivamente, e na segunda campanha os pontos que se destacaram foram P-11, P-10 e P-16 com concentrações de 1,53, 1,58 e 2,52 mg Fe/L. Já os menores valores encontrados na primeira campanha foram os pontos P-20 e 07, com concentrações de 0,25 e 0,31 mg/l Fe, respectivamente e na segunda campanha os pontos P-03 e P20 com concentrações de 0,10 e 0,12 mg/l Fe respectivamente. Os gráficos mostrando as concentrações dos metais detectados podem ser vistos na Gráfico Gráfico Metais totais detectados Cátions e Ânions Os resultados das análises dos principais cátions e ânions indicam que os valores de referência para a Classe 2 segundo a DN01/08 art.13 (COPAM/CERH) não foram ultrapassados para nenhum dos parâmetros. De maneira geral, as concentrações encontradas foram relativamente baixas. As concentrações de fluoreto total não atingiram o limite de quantificação em nenhuma das amostras analisadas em ambas as campanhas, obtendo valores inferiores a 0,1 mgf - /L, e na primeira campanha as concentrações de nitrato também não atingiram o valor de LQ de 0,05 mgn/l. Apesar da maioria das amostras coletadas na segunda campanha apresentar valores superiores ao valor de LQ do nitrato, as concentrações obtidas foram inferiores ao valor de referência para Classe 2 de 10 mgn/l, com maior valor encontrado no ponto P-12 de 4,92 mgn/l. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

184 Os valores de nitrito também foram baixos, sendo que somente duas amostras (ponto P-14 e 15) excederam o valor de LQ de 0,005 mg N/L, com concentrações de 0,007 e 0,012 mg N/L respectivamente, bem abaixo do valor de referência para Classe 2 de 1,0 mg N/L. As concentrações de cloreto total e sulfato total ficaram bem abaixo dos seus respectivos valores de referência para Classe 2, 250mg Cl - /L e 250mg SO 4 /L respectivamente. Dos vinte e dois pontos monitorados, treze não atingiram o valor de LQ (1,0 mg SO 4 /L) para o sulfeto total na primeira campanha, com a maior concentração encontrada de 2,0 mg SO 4 /L no ponto P-02, e nenhuma amostra da segunda campanha atingiu o valor de LQ para sulfeto total. Já o maior valor de cloretos na primeira e segunda campanha foi obtido no ponto P-15, com as concentrações de 1,39 e 3,50 Cl - /L respectivamente. O cálcio é um dos principais constituintes da água e o principal responsável pela dureza. Desta forma, seu gráfico se assemelha com o da dureza, sendo que o maior valor encontrado em ambas a campanha foi no ponto P-01 com a concentração de 2,75 mg Ca/L na primeira campanha e 2,94 mg Ca/L na segunda campanha, e o menor valor no ponto P-22 com a concentração de 0,39 mgca/l na primeira campanha. Apesar dos baixos valores de bicarbonatos, o ponto P-01 se destaca dos demais com uma concentração de 23,81 mg CaCO 3 /L obtido na primeira campanha e 27,65 CaCO 3 /L na segunda campanha. Já o ponto P-22 obteve o menor valor dentre as amostras analisadas, com uma concentração de 3,92 mg CaCO 3 /L constatada na primeira campanha. O magnésio apresenta propriedades similares ao do cálcio, além disto, assim como o cálcio, é um dos responsáveis pela dureza. Sendo assim, o gráfico do magnésio também irá se assemelhar com o gráfico da dureza. O maior valor encontrado em ambas as campanhas foi no ponto P-01, com concentração de 2,98 mg Mg/L registrado na primeira campanha e 3,22 mg Mg/L obtido na segunda campanha, e o menor valor encontrado, também em ambas campanhas, foi no ponto P-15, com concentração de 0,48 mg Mg/L na primeira campanha e 0,36 mg Mg/L na segunda campanha. O potássio não apresenta grandes concentrações em águas superficiais devido ao fato de ser facilmente fixado pelas argilas e intensamente consumido pelos vegetais. As maiores concentrações encontradas foram nos pontos P-15 e 10, com valores de 0,89 e 0,82 mgk/l, respectivamente, ambas registradas na segunda campanha. O sódio é o principal responsável pelo aumento constante da salinidade das águas naturais e, em concentrações elevadas, é prejudicial às plantas por reduzir a permeabilidade do solo por facilitar a expansão da argila. As concentrações de sódio nas águas superficiais variam geralmente entre 1 e 150 mgna/l. As maiores concentrações encontradas nas duas campanhas foram nos pontos P-11 e 15, com valores de 2,0 e 2,2 mg Na/L, respectivamente, obtidos na segunda campanha. Os gráficos mostrando as concentrações dos principais cátions e ânions analisados na primeira e segunda campanha podem ser visualizados na Gráfico abaixo. Nesta figura, apresentam-se na cor vermelha os valores de referência utilizados da DN01/08 art.13 (COPAM/CERH) para Classe 2. EIA-MOPI /12-v1 26/3/

185 Concentração (mgk/l) Concentração (mgna/l) Concentração (mgmg/l) Concentração (mgcaco 3 /L) Concentração (mgca/l) Morro do Pilar Minerais S.A. Gráfico Cátions e ânions Bicarbonato 1a 2a Cálcio Total 1a 2a Magnésio Total 1a 2a Potássio Total 1a 2a Sódio Total 1a 2a EIA-MOPI /12-v1 26/3/

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