Uso de Extensor Y em Rede PSH- Primário e Secundário Horizontal. Dário Parente Santos CELPA

Transcrição

1 21 a 25 de Agosto de 2006 Belo Horizonte - MG Uso de Extensor Y em Rede PSH- Primário e Secundário Horizontal Álvaro Luiz Garcia Brasil CELPA Álvaro.brasil@redecelpa.com.br Eliezer Paula do Carmo CELPA Eliezer.carmo@redecelpa.com.br Dário Parente Santos CELPA Dario.parente@redecelpa.com.br RESUMO Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma experiência prática de montagem de rede de distribuição com o uso de um material que possibilita elevar os cabos multiplexados da rede secundária ao nível da rede primária sem substituir o poste existente de baixa tensão, denominado de EXTENSOR Y. Este extensor é constituído de um tubo de ferro galvanizado que constitui a forma de um Y, aplicado como prolongamento aos postes de BT existentes na rede de distribuição, com estrutura para apoio da instalação de uma cruzeta de concreto, compondo a estrutura da rede de distribuição denominada de PSH- Primário e Secundário Horizontal, onde são instalados dois tipos de medição, com caixa CPEREDE (medição eletro-mecânica) correspondendo à rede PSH-CP e através de Concentradores Secundários (Padrão medição Eletrônica) correspondendo à rede PSH-ME Em rede aérea de distribuição existente, onde são efetuados adequação deste tipo de rede, com aproveitamento do poste instalado, o extenso Y apresenta-se como alternativa viável economicamente, face à redução de custos de instalação e agilidade na execução do serviço. PALAVRAS-CHAVE Extensor, Ferragens Elétricas e Redes de Distribuição. 1/6

2 1.INTRODUÇÃO Com o advento da Rede DAT/AMPLA que visa minimizar as perdas comerciais, conforme trabalho apresentado no XVI SENDI - Brasília, a CELPA na busca de aperfeiçoar alternativas de montagem com este tipo de rede, desenvolveu e implantou a aplicação do extensor Y, que tem a finalidade de elevar a rede secundária multiplexada ao nível da rede primária- Rede PSH sem substituir o poste de BT com altura de 9 m. Neste trabalho são apresentadas a descrição física do material empregado e suas respectivas características técnicas, o padrão de montagem da rede de distribuição com o extensor representado por figuras que retratam de forma clara e objetiva a instalação do extensor no poste, os critérios básicos para aplicação do padrão e os custos envolvidos, caracterizando que a aplicação do extensor Y na rede de distribuição apresenta uma vantagem técnica-ecônomica quando instalado em poste de BT existente. Neste trabalho não será abordada a vantagem obtida com a redução de perdas comerciais provenientes da dificuldade de acesso de terceiros para desvio da energia elétrica da rede de distribuição, com a elevação da rede secundária de distribuição ao nível da média tensão. 2/6

3 2. CARACTERISTICAS TÉCNICAS DO MATERIAL 2.1 Descrição O extensor compõe-se de uma peça de aço galvanizado com o formato tubular de 3" e espessura de 2,25 mm com duas alças em suas extremidades superiores para fixação da cruzeta (ver detalhes A e B do desenho 1,sub-item 2.2). A sua fixação é efetuada no topo do poste, através de parafusos ou cintas galvanizadas conforme podemos observar nos desenhos do padrão de montagem a seguir. 2.2 Dimensões da Peça No desenho ilustrativo abaixo apresentamos as características dimensionais do extensor, destacando-se sua formatação e furações. O material aplicado para fabricação do extensor deve obedecer às especificações técnicas e padronização recomendada pela ABNT, no que diz respeito à chapa de ferro e sua respectiva galvanização. 3/6

4 2.3 Padrões de Montagem As figuras 1,2,3 e 4 retratam o padrão de montagem da instalação do extensor Y, destacando-se a medição através de caixa CPEREDE e a alimentação da iluminação publica. FIGURA 1 FIGURA 2 FIGURA 3 FIGURA 4 4/6

5 2.4 Aplicações O extensor é aplicado somente em estrutura de passagem, com cabo multiplexado de bitola 35 mm² na rede secundária e cabo de alumínio nú CA nº. 2 AWG na rede primária. A cruzeta é de concreto com dimensões de 90x90x1.300 mm, fixada ao extensor através de parafusos. Com relação aos esforços mecânicos, podemos constatar que após aplicação das forças nas direções verticais e horizontais as peças testadas não apresentaram desalinhamento e deformação. Observou-se também que na aplicação do esforço com 150 dan na direção horizontal não houve deformação e nem comprometimento da estrutura na direção do ponto onde é aplicado a solda(peça que forma o Y). 3- ANALISE ECONÔMICA Analisando-se as tabelas 1 e 2 abaixo se observa que temos uma economia de 18,5 % quando adotamos o uso do extensor Y, sem substituir o poste de 9m por 11m e considerando que aproveitaríamos o poste de BT de 9 m que deveria ser retirado. Outro aspecto interessante, e o caso da dificuldade da retirada e o não aproveitamento do poste, situação provável de acontecer, principalmente em áreas com calçamento e meio fio definido, teremos uma economia de 40 %, evidenciando-se quando comparamos a tabela 2 em relação à tabela 3 abaixo. TABELA 1 SUBSTITUIÇÃO DE POSTE DE CONCRETO 9M POR POSTE DE CONCRETO 11M, COM DEVOLUÇÃO DO POSTE DE BT MATERIAL NOVO R$ 487,70 MATERIAL RETIRADO (POSTE) R$ 154,00 MÃO DE OBRA R$ 311,10 TOTAL R$ 644,80 TABELA 2 INSTALAÇÃO DE EXTENSOR Y EM POSTE DE CONCRETO 9M MATERIAL R$ 305,68 MÃO DE OBRA R$ 219,60 TOTAL R$ 525,28 TABELA 3 SUBSTITUIÇÃO DE POSTE DE CONCRETO 9M POR POSTE DE CONCRETO 11M, SEM DEVOLUÇÃO DO POSTE DE BT (POSTE RETIRADO COM DIFICULDADE) MATERIAL NOVO R$ 487,70 MÃO DE OBRA R$ 401,10 TOTAL R$ 888,80 5/6

6 4. CONCLUSÃO Diante da necessidade de se buscar alternativas de instalação na rede de distribuição, visando minimização das perdas comerciais e até mesmo, melhorar a qualidade no fornecimento de energia elétrica com o menor custo, surgiu uma experiência pratica de aperfeiçoamento, com o uso do extensor Y, conforme demonstrado neste trabalho, que de forma simples e direta, apresenta um padrão de montagem da rede de distribuição, que além de sua atratividade econômica, conforme apresentado no item 3, ainda, propicia a agilidade na construção da rede, com prolongamento da rede de BT até o nível da rede de MT, com o aproveitamento do poste de BT existente. Como este assunto não deve ser esgotado, e com certeza as empresas do setor elétrico devem enfrentar maiores desafios, recomendamos ao COBEI /ABNT através das comissões de padronização e ferragens de rede de distribuição, inclusões de proposições /soluções na revisão das NBR s que se encontram em andamento, a fim de subsidiar principalmente as concessionárias, que atualmente apresentam um elevado índice de perdas comerciais. 5. REFERÊNCIA S BLIBIOGRÁFICAS 1 ABNT: NBR Rede Distribuição Área Urbana de Energia Elétrica, novembro / ABNT: NBR Ferragens Eletrotécnicas para Redes Áreas, Urbanas e rurais de Distribuição de Energia Elétrica, setembro / ABNT: NBR Cruzeta de Concreto Armado para Rede Distribuição de Energia Elétrica, abril / CELPA: NTD-09 Estruturas de Rede aérea Secundária com Cabo Multiplex, setembro / CELPA: NTD-11 Montagem de Rede de Distribuição Aérea Urbana-13,8 e 34,5 KV. Belém /PA, agosto / /6