FOUCAULT A Coragem da Verdade e o Cuidado de Si

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1 1. França 1926 a Temas e conceitos privilegiados: antropologia, psicologia, história e política homem (ética e cuidado de si) poder razão (loucura, delinquência e sexualidade) saber verdade 3. Questiona duas idéias fundamentais da tradição filosófica: natureza humana intemporal estrutura imutável da razão

2 Como realizar esse projeto? Construindo uma arqueologia dos saberes articulada com uma genealogia dos poderes O conhecimento humano não é gerado a partir de condições imutáveis (a priori kantianos) mas de a priori históricos (geradores de mutações)a priori históricos = configurações do saber discursos Discurso: conjunto de enunciados agregados em torno de uma linha condutora comum, formando uma unidade a partir do conteúdo/ideia que os alimenta Em A Ordem do Discurso (1970), Foucault analisa a formação e a manutenção dos discursos baseando-se nos tensionamentos de poder e controle social.

3 Discurso é diferente de Texto O texto se refere principalmente a uma dada manifestação, vista sob o ângulo de seus arranjos estritamente formais: proposições e frases O discurso é algo que vai além do texto resulta da trama de enunciados e se orienta por um posicionamento sóciohistórico. O discurso atravessa todos os elementos da experiência, pois o discurso está em todo conjunto de formas que comunica um conteúdo, qualquer seja a linguagem à qual pertençam. Mais importante que o conteúdo dos discursos, é o papel que eles representam na ordenação do mundo. O discurso dominante não está comprometido com uma verdade absoluta e universal. Pelo contrário, é ele que produz a verdade (logo, esta é arbitrária), que legitima um certo campo de enunciados e marginaliza outros - num processo que o autor chama de partilha da verdade.

4 Discurso é diferente de Texto O texto se refere principalmente a uma dada manifestação, vista sob o ângulo de seus arranjos estritamente formais: proposições e frases O discurso é algo que vai além do texto resulta da trama de enunciados e se orienta por um posicionamento sóciohistórico. O discurso atravessa todos os elementos da experiência, pois o discurso está em todo conjunto de formas que comunica um conteúdo, qualquer seja a linguagem à qual pertençam. Mais importante que o conteúdo dos discursos, é o papel que eles representam na ordenação do mundo. O discurso dominante não está comprometido com uma verdade absoluta e universal. Pelo contrário, é ele que produz a verdade (logo, esta é arbitrária), que legitima um certo campo de enunciados e marginaliza outros - num processo que o autor chama de partilha da verdade.

5 Discurso é diferente de Texto Para Foucault, haverá sempre um desnível entre os discursos; haverá sempre um discurso constrangendo os demais a se restringirem à verdade que ele estabelece. Logo, não importa a substância daquilo que um discurso profere, e sim o seu posicionamento nessa malha de tensões sociais. Dessas constatações deriva o fato de que o espaço da enunciação legitimada é definido por critérios muito mais arbitrários que propriamente orientados por um significado maior, uma fundamentação conceitual sólida, que constitua um fio condutor para o discurso dominante.

6 As reconfigurações dos saberes (discursos/enunciados) é que fazem a história Elas criam as ordens do saber Não existe texto/pensamento desvinculado das condições históricas seja na produção seja na leitura Todo discurso se dá no interior de relações de poder Saber e poder mantém estreitas relações entre si O saber engendra poder e o poder produz saber A partir da análise das relações de poder nas sociedades modernas, F. elabora uma ética Arte de viver sob o signo do cuidado de si. Principal elemento dessa ética: coragem de dizer a verdade (parresía)

7 1. Cursos de 82/84: Hermenêutica do Sujeito Governo de Si e dos Outros A coragem da verdade 2. Principais fontes: Sócrates, Platão e o estoicismo 3. Objetivo dos cursos: Estudar como se estabeleceram as relações entre conhecimento de si e cuidado de si e as relações dessas atitudes com a verdade

8 1. Principais fontes: Sócrates, Platão e o estoicismo 2. Oráculo de Delfos: Nada em demasia: não se deve fazer perguntas demais, só as necessárias Sê prudente: não assuma compromissos que não possa honrar Conheça-te a ti mesmo: examine em si mesmo as perguntas que você quer fazer preste atenção ao que você precisa saber evite o autoengano

9 1. Sócrates: Você não se envergonha de cuidar de sua fortuna para aumentá-la cada vez mais, de cuidar de seu status. Mas, em relação à verdade e à sua alma que você deveria melhorar sempre você não tem nenhum cuidado. 2. Sócrates usa a comparação do mosquito que persegue os animais, os pica e os faz correrem. 3. O cuidado de si é um princípio de agitação, um princípio de movimento, um princípio de inquietude permanente no correr da existência. 4. O cuidado de si é o princípio fundamental da atitude filosófica grega, helenista e romana; é encontrado no cristianismo e na espiritualidade alexandrina.

10 CUIDADO DE SI É uma atitude em relação a si mesmo, aos outros e ao mundo. É um certo modo de considerar as coisas, de conduzir ações e ter relações com os outros. 1. É uma certa forma de atenção, de olhar. 2. É vigilância do que se pensa e do que acontece consigo mesmo diante de certas situações e desejos. É uma forma de meditação.

11 CUIDADO DE SI Delimita um certo número de ações exercidas por si mesmo e sobre si mesmo. Ações de purificação e transformação de si mesmo. Ações pelas quais assumimos a nós mesmos. Importante: É em função dessa obrigação de cuidar de si que se constituíram as éticas da antiguidade. O momento cartesiano requalificou filosoficamente o conheça-te a ti mesmo e desqualificou o cuidado de si

12 A CORAGEM DA VERDADE Conhecimento de si e cuidado de si são 2 modos de se fazer filosofia 2 vertentes do pensamento ocidental. Conhecimento de si: pensamento exclusivamente representativo, no qual o sujeito (e somente ele) tem acesso à verdade, em razão de sua própria natureza: Cogito ergo sum. O sujeito é um ser cognoscente. Cuidado de si: é uma forma de pensamento e prática na qual a verdade não é alcançada nem alcançável pelo sujeito no simples ato do conhecimento. Para acessar a verdade, o sujeito deve olhar para si mesmo de modo a modificar-se, converter-se, alterar seu próprio ser. Conhecimento de si: a verdade é um efeito (consequência) do conhecimento e não há transformação do sujeito. Cuidado de si: a verdade é uma causa (agente transformador) que modifica o sujeito e, por meio do novo olhar, modifica o mundo. A verdade é uma iluminação.

13 A CORAGEM DA VERDADE Conhecimento de si: a verdade é dada ao sujeito por um simples ato de conhecimento, fundado e legitimado em sua natureza: ser racional. A verdade é uma proposição que explica algo. É produto da lógica. Cuidado de si: para ter acessar a verdade, o sujeito precisa transformar-se. A verdade é uma vitória sobre si mesmo. É produto da coragem de enfrentar a si mesmo e a realidade com o coração franqueado.

14 Para ser dita moral, uma ação não deve se reduzir a um ato ou a uma série de atos conformes a uma regra, lei ou valor. É verdade que toda ação moral comporta uma relação ao real em que se efetua, e uma relação ao código a que se refere; mas ela implica também uma certa relação a si; essa relação não é simplesmente consciência de si, mas constituição de si enquanto sujeito moral. Michel Foucault

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