MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SECRETARIA-GERAL Direcção de Serviços de Gestão de Recursos
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- Cláudio Castilho Rios
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1 PROVIDÊNCIAS A TOMAR PELOS SERVIÇOS EM CASO DE ACIDENTE EM SERVIÇO E DOENÇAS PROFISSIONAIS E RESPECTIVOS PRAZOS (Decreto-Lei nº 503/99, de 20 de Novembro) ACIDENTES EM SERVIÇO: 1. Providenciar os primeiros socorros: de imediato (artº 10º) 2. Fornecer, ao funcionário acidentado, o Boletim de Acompanhamento Médico (Anexo II): de imediato (artº 12º) 3. Fornecer ao funcionário acidentado (ou a alguém, em caso de impedimento do próprio), o formulário relativo à participação/qualificação do acidente (Anexo I): de imediato (artº 8º) 4. Participação da ocorrência ao dirigente máximo dos Serviços, pelo superior hierárquico do funcionário acidentado: um (1) dia útil (a contar da data em que teve conhecimento do ocorrido) (artº 9º, nº 1) 5. Qualificação do acidente por dirigente com competência para o efeito: 30 dias consecutivos a contar da data em que do mesmo teve conhecimento (artº 7º, nº 7) 6. Participação do acidente em serviço, pela entidade empregadora ao serviço da qual o acidente ocorreu, às seguintes entidades (artº 9º, nº 3): ao Organismo responsável pelas Condições de Trabalho, no caso de acidente mortal ou que evidencie uma situação particularmente grave: vinte e quatro (24) horas após a ocorrência (artº 9º nº 3, al. a)) ao delegado de saúde concelhio da área onde tenha ocorrido o acidente: seis (6) dias úteis após o conhecimento da ocorrência (artº 9º nº 3, al. b)) ao competente departamento de estatística do ministério responsável pela área do trabalho: nos termos da legislação em vigor (artº 9º nº 3, al. c)) à Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública (ADSE): seis (6) dias úteis após o conhecimento da ocorrência (artº 9º nº 3, al. d)) 1
2 à Caixa Geral de Aposentações: seis (6) dias úteis (apenas para os casos previstos no nº 5 do artº 20º (artº 9º nº 3, al. e)) aos respectivos serviços de segurança e saúde no trabalho: de imediato (artº 9º nº 4). 7. As faltas ao serviço, resultantes de incapacidade temporária absoluta motivadas por acidente, são consideradas como exercício efectivo de funções, não implicando a perda de quaisquer direitos ou regalias, nomeadamente o desconto de tempo de serviço (n.º 1 do art.º 19) 8. As faltas por acidente em serviço devem ser justificadas no prazo de cinco dias úteis, a contar do 1º dia de ausência ao serviço, mediante a apresentação dos seguintes documentos (n.º 2 do art.º 19) Declaração emitida pelo médico assistente ou estabelecimento de saúde (para faltas de 3 ou menos dias); Boletim de Acompanhamento Médico (art.º 12.º). 9. No caso de a ausência ao serviço, por motivo de acidente, exceder 90 dias consecutivos, a entidade empregadora promove a apresentação do sinistrado a exame da junta médica, mas também pode fazê-lo sempre que julgue conveniente (art.º 19º. n.º4). 10. São também consideradas faltas por acidente em serviço as que ocorram (art.º 19º. n.º5): Para realização de exames ou tratamentos; Para manutenção, substituição ou reparação de próteses e ortóteses; Até à qualificação do acidente nos termos do n.º 7 do art.º 7.º ou entre o requerimento e o reconhecimento da recidiva, agravamento ou recaída previsto no art.º 24.º. 11. Se após a alta, o acidentado não se sentir em condições de retomar o trabalho pode requerer à entidade empregadora a sua apresentação à junta médica, devendo a mesma realizar-se no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis (art.º 20.º n.º 2). 2
3 12. Após a alta, se for reconhecida ao acidentado uma incapacidade permanente ou se a incapacidade temporária tiver durado mais de 36 meses, seguidos ou interpolados, o empregador deve comunicar o facto à CGA, a fim de ser examinado pela respectiva junta médica (art.º 20.º n.º 5). 13. A Junta médica da ADSE é constituída por 2 (dois) médicos da ADSE e um 3º que pode (ou não) ser escolhido pelo acidentado (art.º 21.º). 14. O acidentado pode requerer à entidade empregadora a realização de junta de recurso, no prazo máximo de 10 dias úteis a contar da notificação da decisão da junta médica da ADSE (art.º 22.º) 15. No caso de incapacidade temporária parcial, que não implica ausência ao serviço, o superior hierárquico deve atribuir ao sinistrado, trabalho compatível com o seu estado. O acidentado que se encontre nesta situação deve ser dispensado do serviço para comparecer às consultas ou tratamentos que tenha necessidade de fazer, dentro do seu horário de trabalho. As funções, bem como o horário de trabalho, devem ser compatíveis com o seu estado de saúde (artº 23º). 16. Quando se verifica incapacidade permanente, que impossibilita o trabalhador de exercer plenamente as suas funções, ou quando estas possam resultar no agravamento do seu estado de saúde, o acidentado tem o direito a: desempenhar funções compatíveis com o seu estado; a formação profissional; adaptação do posto de trabalho; reconversão ou reclassificação profissional; ou desempenhar as suas funções com redução de horário (artº 23º). 17. No caso de o trabalhador se considerar em situação de recidiva, agravamento ou recaída, ocorrida no prazo de 10 anos, contado da alta, deve apresentar à entidade empregadora requerimento de submissão à junta médica. A entidade empregadora providencia a apresentação do trabalhador à junta médica, a pedido daquele. Ao reconhecer a recidiva, a junta médica determina a reabertura do processo (artº 24º). 3
4 18. As despesas decorrentes de acidentes em serviço e doenças profissionais, respeitantes aos serviços sem autonomia financeira, e sem receitas próprias que possam ser afectadas a esse fim, são suportadas pela SGMFAP (*) (artº 6º). 19. As despesas com a prestação dos primeiros socorros e outras despesas, designadamente as de carácter urgente, poderão ser suportadas pelo serviço a que pertence o trabalhador, podendo para esse efeito, ser constituído um fundo de maneio ou permanente (artº 6º). DOENÇAS PROFISSIONAIS (artºs 25º a 33º) 20. O diagnóstico e a caracterização como doença profissional e a atribuição da incapacidade temporária são da responsabilidade dos serviços médicos do Centro Nacional de Protecção contra os Riscos Profissionais (artº 26º). 21. Os médicos são obrigados a participar ao Centro Nacional de Protecção contra os Riscos Profissionais todos os casos clínicos em que seja de presumir a existência de doença profissional no prazo de oito dias úteis a contar da data do diagnóstico, devendo o trabalhador entregar ao respectivo superior hierárquico a referida participação, declaração ou atestado médico, de que conste o presuntivo, no prazo de 2 dias utéis a contar da data de qualquer desses documentos. (artº 27º) 22. O Anexo I (Participação e Qualificação do Acidente em Serviço) não se aplica no caso de doença profissional (artº 51º: formulários obrigatórios), aplicando-se, neste caso, os formulários disponíveis pelo Centro nacional de Protecção Contra os Riscos Profissionais. 23. No caso de ser recebida do Centro Nacional de Protecção Contra os Riscos Profissionais a comunicação de caso de doença profissional [prevista na alínea a) do nº 1 do artº 28º], a entidade empregadora deve participar: (*) - As sucessivas leis de execução orçamental têm mantido suspensa a aplicação do regime previsto nos nºs 2 e 3 do artº 6º, sendo repristinadas as normas que permitem à Secretaria Geral do Ministério das Finanças e da Administração Pública continuar a pagar directamente aos interessados as despesas decorrentes de acidentes em serviço e doenças profissionais (vide artº 24º do Decreto-Lei n º 41/2008 de 10 de Março). 4
5 Nos termos da legislação em vigor, ao competente departamento do Ministério responsável pela área do trabalho [(artº 28º, nº 4, al. a)]. Aos respectivos serviços de segurança e saúde no trabalho [(artº 28º, nº 4, al. b)]. 24. As faltas ao serviço regulam-se, com as necessárias adaptações, pelo disposto nos nºs 1, 3 e 6 do artº 19º. (artº 30º, nº 2) 25. As faltas devem ser justificadas por cópia da participação do médico ao Centro Nacional, (artº 30º, nº 2) ou, até à sua apresentação, por declaração ou atestado médico, no prazo de 5 dias úteis, contado a partir do 1º dia de ausência ao serviço e as subsequentes, pela apresentação do boletim de acompanhamento médico previsto no artº 12º. (artº 30º nº 3). 26. Sempre que as faltas por incapacidade temporária excedam 18 meses, a entidade empregadora deve promover a apresentação do trabalhador à junta médica prevista no artº 21º (artº 30º, nº 7). 27. Contagem das faltas contam-se todas, seguidas ou interpoladas, quando entre estas não se verifique um intervalo superior a 30 dias, excluindo o período de férias (artº 30º nº 9). 28. Se a incapacidade temporária exceder os 36 meses, seguidos ou interpolados, a entidade empregadora deve comunicar o facto à Caixa Geral de Aposentações, promovendo a apresentação do funcionário à respectiva junta médica (artº 30º nº 10). Os Formulários obrigatórios, em caso de acidente em serviço (artº 51º), encontram-se anexos ao Decreto-Lei nº 503/99, de 20 de Novembro. 5
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