Proteção de recursos hídricos subterrâneos Proteção de captações de água subterrânea
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- Domingos Santos Rico
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1 Proteção de recursos hídricos subterrâneos Proteção de captações de água subterrânea Edite Reis; Beatriz Neves Técnicas Superiores
2 INTRODUÇÃO As captações de água subterrânea deficientemente construídas e/ou sem proteção (existência de bujão e isolamento nos furos ou laje de proteção no caso dos poços), podem constituir um eventual risco de poluição para os recursos hídricos subterrâneos.
3 CONDIÇÕES GERAIS DOS TÍTULOS DE UTILIZAÇÃO O Decreto Lei nº 226A/2007 de 31 de maio apenas obriga a Título ou comunicação todas as captações de água subterrâneas que tenham utilização. Condições Gerais de um TÍTULO: - Cimentação anular até à profundidade de 5 m. - O titular é obrigado a implementar as medidas adequadas à proteção e manutenção da captação. - Seja qual for a sua finalidade deve proceder-se de modo a que não haja poluição química ou bacteriológica da água dos aquíferos a explorar, quer por infiltração de águas de superfície ou de escorrências, quer por mistura de águas subterrâneas de má qualidade, usando para o efeito técnicas adequadas. - No caso da pesquisa resultar negativa ou haver necessidade da sua substituição, em virtude de erro técnico, a empresa executora dos trabalhos é responsável pelo entulhamento da perfuração e a restituição do terreno à situação inicial.
4 RECOMENDAÇÕES DOS RELATÓRIOS TÉCNICOS - Deve ser construída sobre o furo uma caixa de alvenaria ou caseta, que deve prever, no seu teto, uma abertura para operações de instalação e /ou de retirada do equipamento. - A captação deverá ser provida de tampa estanque adequada, de forma a evitar a entrada de quaisquer objetos estranhos que eventualmente possam determinar a sua deterioração e /ou redução de produtividade. - A tampa de proteção deverá possuir um orifício de diâmetro não inferior a 20 mm, obturado por um bujão, que permita a introdução de aparelhos de medida do nível de água. - As construções junto da captação deverão reduzir-se ao mínimos indispensável e os trabalhos de terraplanagem deverão ter em conta o sentido de escoamento da água pluvial, do modo a que se faça do centro da captação para a sua periferia.
5 CAPTAÇÕES LICENCIADAS captações licenciadas
6 CAPTAÇÕES DESATIVADAS A anterior legislação (Decreto Lei 46/94 de 22 de Fevereiro) isentava de requererem licença, as captações com profundidade inferior a 20 m. Com a entrada em vigor do Decreto Lei nº 226-A/2007 de 31 de maio, a não obrigatoriedade de comunicar ou requerer título de captações já existentes (antigas), mas sem utilização cria um vazio no que respeita ao conhecimento da totalidade das captações desativadas. Perante estas imposições legais, as entidades gestoras dos recursos hídricos têm um desconhecimento sobre a existência e situação de um número significativo de captações.
7 CAPTAÇÕES DESATIVADAS Ao abrigo do artigo 89º do Decreto Lei nº 226-A/2007 de 31 de maio, uma grande parte das captações de água subterrânea foram regularizadas. Na área de jurisdição da APA-ARH Algarve deram entrada cerca de pedidos de regularização de captações de água subterrânea, entre as quais foram declaradas cerca de a como estando desativadas. Os concelhos de Monchique e Alcoutim foram aqueles onde se registaram o maior número de captações desativadas.
8 LEGISLAÇÃO DESATIVAÇÃO DE CAPTAÇÕES - Proteção dos recursos hídricos subterrâneos: O artigo 46º do Decreto Lei nº 226-A/2007 de 31 de maio, refere que as captações que deixem de ter a função para que foram inicialmente constituídas são desativadas no prazo de 15 dias após a cessação da exploração, devendo, ser seladas de acordo com os procedimentos impostos pela entidade licenciadora. - Proteção de pessoas e bens: Os artigos nºs 42 a 45 do Decreto Lei nº 310/2002 de 18 de dezembro, alterado pelo Decreto - Lei nº 204/2012 de 29 de agosto, determinam a necessidade dos poços possuírem uma cobertura eficaz, nomeadamente uma placa capaz de obstruir completamente a escavação e oferecer resistência a uma sobrecarga de 100 kg/m2 e a parede do mesmo ter uma altura mínima de 80 cm a partir da superfície do solo.
9 DESATIVAÇÃO DE CAPTAÇÕES - PROCEDIMENTOS Procedimentos adotados na APA ARH Algarve: - Furos : -Revestimento danificado ou furo assoreado Entulhamento com material inerte (cimento, terra, solo argiloso) - Revestimento intacto com interesse para monitorização Colocação de um bujão, no qual deverá ser aberto um orifício de diâmetro não inferior a 20 mm, destinado a permitir a todo o tempo, a introdução de aparelhos de medida dos níveis da água - Poços: Entulhamento - Entulhamento com material inerte (pedras, terra, solo argiloso) Selagem Colocação de uma laje de betão com porta de acesso, de forma a evitar a contaminação da água subterrânea. Se o mesmo for uma nora com engenho ou aparelho para tirar água, deverá a mesma ser tapada com laje de betão e o engenho de extração de água deverá, se possível, ser recuperado para preservação do património hidráulico.
10 DESATIVAÇÃO DE CAPTAÇÕES
11 DESATIVAÇÃO DE CAPTAÇÕES
12 PERÍMETROS DE PROTEÇÃO DAS CAPTAÇÕES PÚBLICAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Decreto Lei nº 382/99 de 22 de Setembro Define três zonas de proteção: - Imediata - Intermédia - Alargada As captações de água subterrânea localizados em sistemas aquíferos cujo risco de poluição seja reduzido, demonstrado por estudos hidrogeológicos poderão não incluir as zonas de proteção intermédia e alargada. Zona de proteção imediata (todas as captações) é interdita qualquer instalação ou atividade, com exceção das que têm por finalidade a conservação, manutenção e melhor exploração da captação. Nesta zona o terreno é vedado e tem que ser mantido limpo de quaisquer resíduos, produtos ou líquidos que possam provocar infiltração de substâncias indesejáveis para a qualidade da água da captação. Nas zonas de proteção intermédias ou alargadas são interditas ou condicionadas as instalações e atividades suscetíveis de poluírem as águas subterrâneas.
13 PERÍMETROS DE PROTEÇÃO DAS CAPTAÇÕES PÚBLICAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
14 Muito Obrigada
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