Especialista em C&T Produção e Inovação em Saúde Pública. Prova Discursiva INSTRUÇÕES

Transcrição

1 Processos midiáticos e políticas públicas Especialista em C&T Produção e Inovação em Saúde Pública Prova Discursiva 1. Você recebeu do fiscal o seguinte material: INSTRUÇÕES a) Este Caderno de Questões contendo o enunciado das 2 (duas) questões da prova discursiva. b) 1 (um) Caderno de Texto Definitivo da Prova Discursiva, onde você deverá transcrever a resposta de cada uma das questões da prova discursiva no lugar apropriado, usando tinta azul ou preta. 2. Somente após autorizado o início da prova, verifique se este Caderno de Questões está completo e em ordem. Notifique ao fiscal qualquer irregularidade IMEDIATAMENTE. Folhear o Caderno de Questões antes do início da prova implica na eliminação do candidato. 3. Tenha muito cuidado com o Caderno de Texto Definitivo da Prova Discursiva para não DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. 4. Cada uma das questões discursivas deverá ter como resposta um mínimo de 50 e um máximo de 120 linhas. 5. O caderno de texto definitivo da prova discursiva não poderá ser assinado, rubricado e/ou conter qualquer palavra e/ou marca que o identifique, sob pena de ser anulado. Assim, a detecção de qualquer marca identificadora no espaço destinado à transcrição dos textos definitivos acarretará nota ZERO na respectiva prova discursiva. 6. Não deixe de transcrever a resposta das questões da prova discursiva para os Cadernos de Texto Definitivo da Prova Discursiva, único documento válido para a correção das questões (o rascunho não será considerado). 7. O tempo de duração das provas será de 4 (quatro) horas, incluindo o tempo para o preenchimento do Caderno de Texto Definitivo da Prova Discursiva. Nenhum rascunho SERÁ LEVADO EM CONTA. 8 Quando terminar, entregue ao fiscal o Caderno de Questões e o Caderno de Texto Definitivo da Prova Discursiva. ASSINE OBRIGATORIAMENTE A LISTA DE PRESENÇA.

2 Questão 01 No prefácio à 5ª edição espanhola, 10 anos depois do lançamento de Dos meios às mediações (1987), reproduzido na edição brasileira de 2009 (UFRJ, Rio de Janeiro), Jesús Martin-Barbero discute o sentido de sua atualidade e dialoga criticamente com diferentes proposições que, reconhecendo a centralidade dos meios de comunicação na vida contemporânea, apontavam para necessidade de inversão do título de sua obra. E problematiza: Como assumir, então, a complexidade social e perceptiva que hoje reveste as tecnologias comunicacionais, seus modos transversais de presença na cotidianidade, desde o trabalho até o jogo, suas intricadas formas de mediação tanto do conhecimento como da política, sem ceder ao realismo do inevitável produzido pela fascinação tecnológica, e sem deixar-se apanhar na cumplicidade discursiva da modernização neoliberal racionalizadora do mercado como único organizador de seu conjunto com o saber tecnológico, segundo o qual, esgotado o motor da luta de classes, a história teria encontrado seu substituto nos avatares da informação e comunicação? A centralidade incontestável que hoje ocupam os meios de comunicação resulta desproporcionada e paradoxal em países como os nossos, com necessidades básicas insatisfeitas no âmbito da educação ou da saúde, e onde o crescimento da desigualdade atomiza nossas sociedades, deteriorando os dispositivos de comunicação, isto é, de coesão política e cultural. ( Pistas para entre-ver meios e mediações, p. 12, marcas do autor). A partir do texto citado, discorra sobre o tema em pauta, em um texto com no mínimo 50 linhas e no máximo 120 linhas. Sua resposta deve incluir: - uma contextualização do enfoque teórico-metodológico proposto por Barbero no campo de estudo dos processos comunicacionais e sua problematização das mediações implicadas nas relações entre comunicação, cultura e política; - uma análise de pontos de convergência e divergência entre as proposições de Barbero e aquelas que apontam para a midiatização da sociedade; e - a indicação de pelo menos uma repercussão significativa das mutações sócio-comunicacionais da atualidade para os processos produção, circulação e apropriação de notícias. Questão 02 Em agosto de 2013, em Recife-PE, na I Conferência Regional sobre Determinantes Sociais da Saúde, um grupo de instituições fez circular uma convocação para o debate sobre o tema da Comunicação e determinação social da saúde. O documento, que reivindica o reconhecimento da comunicação como constituinte e constitutiva dos processos de determinação social da saúde integra um movimento político e teórico-metodológico que busca vincular a comunicação à produção das desigualdades no campo da saúde. Por sua ainda dominante abordagem instrumental, que produz um efeito naturalizante, portanto de invisibilidade da sua dimensão como processo social e político, a comunicação não integra o escopo conceitual e analítico dos setores que pensam os processos de negligenciamento e de determinação social da saúde, assim como está ausente do elenco de indicadores de desigualdade ou mesmo dos que servem de parâmetros para avaliação do desempenho do SUS (IDSUS). A invisibilidade que afeta a comunicação na saúde é a mesma que atinge imensas parcelas da população, tornando-se um importante componente do processo de negligenciamento. Mesmo quando se tornam visíveis, no contextos discursivos da responsabilidade social das empresas do complexo industrial da saúde, ou em contextos particulares nos quais a superação das desigualdades sociais parece estar em foco, como em eventuais políticas públicas, sua visibilidade pode ser percebida como uma estratégia de contenção onde o Outro texto continua sempre sendo o horizonte exegético da diferença, nunca o agente ativo da articulação (Homi Bhabha, O local da cultura, p.59), ou como uma democratização simulada, ao modo de Norman Fairclough (Discurso e Mudança Social:2001, cap. VII) Com essas questões em tela, analise e problematize as afirmações acima, em um texto com no mínimo 50 linhas e no máximo 120 linhas, em relação aos seguintes aspectos, contemplando suas dimensões teórica e metodológica e suas ressonâncias no campo das políticas públicas. - Interfaces com outros campos sociais que possam evidenciar, no campo da saúde coletiva e no âmbito comunicacional, esse processo de produção das desigualdades sociais. - O lugar dos meios de comunicação na produção das (in)visibilidades, portanto das desigualdades em saúde. 2

3 Rascunho da Questão 01 3

4 Rascunho da Questão 01 4

5 Rascunho da Questão 01 5

6 Rascunho da Questão 01 6

7 Rascunho da Questão 02 7

8 Rascunho da Questão 02 8

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10 Rascunho da Questão 02 10