Flexibilização curricular e sua implementação no Brasil: uma proposta de estruturação do debate RICARDO HENRIQUES, INSTITUTO UNIBANCO
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- Giovana Thais Câmara Bernardes
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2 Flexibilização curricular e sua implementação no Brasil: uma proposta de estruturação do debate RICARDO HENRIQUES, INSTITUTO UNIBANCO
3 Colóquio Desafios Curriculares do Ensino Médio 2015 Seminário Internacional Desafios Curriculares do Ensino Médio 2016 currículo do ensino médio: caminhos e diálogos
4 RODAS DE CONVERSA DESAFIOS CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO INSTITUTO UNIBANCO 2017
5 1 PROPÓSITO
6 QUERO SER PSICOLOGO QUERO CUIDAR DA MINHA FAMÍLIA QUERO SER PRESIDENTE QUERO SER PILOTO QUERO UMA PISCINA COM MEU NOME QUERO SER PROFESSORA QUERO SER DANÇARINO
7 ACESSO À EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL a cada centena de estudantes que ingressam na escola, 74 e apenas este restante ingressa no ensino médio mas, não necessariamente na idade correta. ingressam no ensino fundamental 2,
8 CONCLUSÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL 8 100a cada centena de estudantes que ingressam na escola, 96Concluem o ensino fundamental Concluem o ensino fundamental 2 Concluem o ensino médio 58 7 seguem para a universidade não seguem para a universidade
9 JOVENS DE ANOS POR ATIVIDADE - BRASIL 9 5% 10% 71% 0,1% 16,2% 19,8% 0,4% 14% 1,2% Só Estuda Estuda e trabalha Nem estuda e nem trabalha Só trabalha 62,3% Ensino Fundamental Ensino Médio regular EJA - Fundamental EJA - Médio Alfabetização de jovens e adultos Não frequenta Fonte: Estimativas produzidas pelo Instituto Unibanco a partir de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD 2015/IBGE
10 Percentual de alunos ESTUDANTES POR PADRÃO DE DESEMPENHO NO ENSINO MÉDIO Língua Portuguesa ,4 0,5 0,7 0,7 14,8 22,5 20,6 20, Abaixo do básico Básico Adequado Avançado Estimativas produzidas pelo Instituto Unibanco a partir de informações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica SAEB/INEP Padrões não oficiais. Insuficiente: menor 225; básico: ; proficiente: e avançado: maior 350. Fonte: Soares 2009, ver
11 Percentual de alunos ESTUDANTES POR PADRÃO DE DESEMPENHO NO ENSINO MÉDIO Matemática ,3 0,3 0,3 0,2 4,5 4,7 4,4 3, Abaixo do básico Básico Adequado Avançado Estimativas produzidas pelo Instituto Unibanco a partir de informações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica SAEB/INEP. Padrões não oficiais. Insuficiente: menor 225; básico: ; proficiente: e avançado: maior 375. Fonte: Soares 2009, ver
12 A. MUITOS DE NOSSOS JOVENS QUE INGRESSARAM NA ESCOLA PÚBLICA NÃO CHEGAM AO ENSINO MÉDIO B. DOS QUE CHEGAM, MUITOS NÃO CONCLUEM 12 C. ENTRE OS QUE CONCLUEM, POUCOS APRENDEM O ESPERADO D. E APRENDIZAGEM FAZ POUCO SENTIDO PARA MUITOS JOVENS
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15 A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ATUAL CONTRIBUI PARA O CENÁRIO DE BAIXA POTÊNCIA DO ENSINO MÉDIO REESTRUTURAR O CURRÍCULO: FLEXIBILIZAÇÃO LÓGICA CENTRADA EM CONTEÚDOS TEM BAIXA POTÊNCIA PARA DESENVOLVER COMPETÊNCIAS PARA A VIDA CIDADÃ DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS E IDÊNTICAS PARA TODOS OS JOVENS: RIGIDEZ E FRAGMENTAÇÃO ESTAMOS TENTANDO REESTRUTURAR O CURRÍCULO HÁ ALGUM TEMPO
16 O DESEJO POR REFORMA(S) CURRICULAR(ES) a a 2012 LDB 4024/61 LDB 5692/71 Lei 7044/82 LDB 9394/96 LEI /2006 E.C. 53/2009 CFE CFE atuando por jurisprudência entre 1961 (caráter mais consultivo) CFE: Pareceres CFE 853/71, 45/72, 339/72, 76/75 Resoluções CFE 8/71, 2/72 CFE: Pareceres 618/82, 108/83, 170/83 CNE 1ª Geração de Diretrizes Curriculares para todos os níveis e modalidades da Educação Básica ( ) CNE 2ª geração de Diretrizes Curriculares para todos os níveis e modalidades da Educação Básica ( )
17 O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO: REFORMAS ( ) e a e 2012 Sanção da LDB 9394/96 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio Parecer nº 15/98 e Resolução 3/98 1ª versão das DCNEM PCNs do Ensino Médio Alterações por força do Decreto 5.154/04 e 5.478/05 (Ed. Técnica e Profisisonal de nível médio) Pareceres CNE/CEB nº 39/04 e 20/05 e Resoluções 1/05 e 4/05 Inclusão de Língua Espanhola, Filosofia e Sociologia como disciplinas obrigatórias Pareceres CNE/CEB nº 38/06, 18/07, 22/08 e Resoluções 04/06 e 01/09 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica Parecer 7/10 e Resolução 4/10 2ª versão das DCNEM Novas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio Parecer nº 5/2011 e Resolução 2/2012 3ª versão das DCNEM
18 2 REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
19 19 Para implementar a flexibilização curricular, algumas dimensões precisarão ser reorganizadas BNCC FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR ITINERÁRIOS Ao reorganizar essas dimensões, teremos a oportunidade e a necessidade de lidar com desafios antigos da educação brasileira
20 PILARES DA REFORMA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO 20 QUAL A MELHOR ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO PARA ESSES ITINERÁRIOS FORMATIVOS? Estruturada para garantir a equidade. Campo de conhecimento de domínio geral, comum a todos os jovens. COMO DEVE CAMINHAR A COMPOSIÇÃO DA BNCC PARA GARANTIR ESSES PRINCÍPIOS? BNCC ITINERÁRIOS Composição de conhecimentos de domínio geral e especializado, organizados de forma a garantir o atendimento às inclinações e disposições dos jovens.
21 Base Nacional Comum Curricular: 21 Transitar de um currículo fragmentado e organizado por conteúdos para um currículo integrado e centrado em competências. BASE DEVE SER COMUM E NÃO MÍNIMA
22 ESCOLHA DE UM MODELO DE ITINERÁRIO FORMATIVO 22 ITINERÁRIOS FIXOS ITINERÁRIOS CUSTOMIZADOS ITINERÁRIOS COMPOSTOS Padronizado para todas as escolas de uma mesma rede. A escolha do estudante se dá no momento em que precisa se encaminhar a um itinerário. Toda a carga horária flexível é composta a partir da escolha dos estudantes. Combinação de conhecimentos comuns para todos os que escolhem o mesmo itinerário e a livre escolha dos estudantes.
23 ESCOLHA DOS JOVENS Trajetória propedêutica 2 23 Trajetória propedêutica 1 Jovens estudantes: Sujeitos da Escolha Trajetória propedêutica 3 Trajetória propedêutica 4 Educadores: Orientação e Mediação Como apoiar e mediar pedagogicamente o processo de escolha dos estudantes? Trajetórias de ensino técnico Referência: 13 áreas do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos
24 ARQUITETURA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO 25 estudos complementares ITINERÁRIOS FORMATIVOS competências específicas competências de domínio comum por itinerário CURRÍCULO COMUM (PROPOSTA DE BASE) competências de domínio comum
25 26 BNCC ITINERÁRIOS
26 ARQUITETURA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO 27 estudos complementares ITINERÁRIOS FORMATIVOS competências específicas competências de domínio comum por itinerário CURRÍCULO COMUM (PROPOSTA DE BASE) competências de domínio comum CAMPO DE INCIDÊNCIA DA AVALIAÇÃO EXTERNA POSSIBILIDADE DE REVISÃO DA V2 DA BNCC
27 CARGA HORÁRIA DO ENSINO MÉDIO REGULAR Total 3000h H/ANO Total 2400h 40 H/ANO 40 H/ANO 120 H/ANO 80 H/ANO 240 H/ANO 600 H/ANO 600 H/ANO
28 DESTAQUE: ARQUITETURA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO TÉCNICO E PROFISSIONAL 29 ESTUDOS COMPLEMENTARES ITINERÁRIOS FORMATIVOS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO CURSO TÉCNICO COMPETÊNCIAS DE DOMÍNIO COMUM POR AREA DO CURSO TÉCNICO CURRÍCULO COMUM (PROPOSTA DE BASE) COMPETÊNCIAS DE DOMÍNIO COMUM CAMPO DE INCIDÊNCIA DA AVALIAÇÃO EXTERNA POSSIBILIDADE DE REVISÃO DA V2 DA BNCC
29 EMTEC CARGA HORÁRIA 30 ITINERÁRIO TÉCNICO E PROFISSIONAL 1200h ENSINO TÉCNICO CONCOMITANTE ENSINO MÉDIO REGULAR ENSINO TÉCNICO SEQUENCIAL DOMÍNIO COMUM 1800h 2400h 1200h 3600h 3000h
30 Certificação Ensino Médio Regular Certificação Itinerário EMTEC AUTONOMIA DA ESCOLA PARA CERTIFICAÇÃO ESCOLAR 31 ITINERÁRIO TÉCNICO E PROFISSIONAL ENSINO TÉCNICO CONCOMITANTE ENSINO MÉDIO REGULAR ENSINO TÉCNICO SEQUENCIAL DOMÍNIO COMUM Certificação Ensino Médio Regular Certificação Ensino Médio Técnico e Prof.
31 Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores nas licenciaturas 32 Aderência à BNCC e à lógica do currículo por competências na formação inicial docente Aderência à perspectiva das áreas do conhecimento como campo de convergência das disciplinas. Didática como eixo estruturante da formação docente. Criação de um Programa de Formação Continuada para docentes já em exercício, na pactuação federativa União Estados. Oportunidade para retomar a discussão sobre padrões de competência nacionais para professores e avaliações nacionais de docentes.
32 Formulação e disseminação de Orientações Curriculares das áreas do conhecimento, explicitando a conexão entre as competências de domínio comum e as de domínio por itinerário. 33 Formulação e disseminação de Matrizes Curriculares por área de conhecimento, explicitando, no campo metodológico, o caminho dos conteúdos às competências. Revisão completa do PNLDEM, considerando a nova arquitetura curricular do Ensino Médio. Editais de pesquisa em inovações pedagógicas para o desenvolvimento de materiais e tecnologias no campo da didática do EM, com ênfase na nova arquitetura curricular.
33 34 BNCC FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR ITINERÁRIOS
34 35 A reforma curricular será demandante em termos de construção e adaptação de escolas (prédios, instalações, reformas físicas etc.) Também será demandante em termos de transporte e merenda. Sistema de licitações atual e ineficiências. Como superar? Gestão de convênios com municípios para o transporte dos alunos. Como melhorar?
35 INFRAESTRUTURA 36 Indicador de vulnerabilidade em infraestrutura física das escolas Indicador de vulnerabilidade em infraestrutura pedagógica das escolas 1. água tratada 2. energia elétrica 3. esgoto 4. coleta de lixo periódica 5. banheiro 1. biblioteca/sala de leitura 2. laboratório de informática 3. laboratório de ciências 4. equipamentos de TIC
36 37 Fortalecer discussões normativas nos conselhos estaduais e federal para maior conexão com os desafios das redes de ensino para implementar a reforma. Conexão dos sistemas estaduais com as redes municipais para organizar a oferta do ensino médio a partir da demanda de saída do Ensino Fundamental II Assistência Técnica e Financeira do Ministério da Educação aos Estados
37 38 Gestão Pedagógica focada na aprendizagem: competências da gestão escolar. Fortalecimento das competências de gestão dos profissionais nas demais instâncias. Análise e planejamento da alocação dos professores e da distribuição dos recursos disponíveis na rede para dar sustentação a oferta dos itinerários nos diferentes territórios. A reforma traz escolha não só para os jovens mas para os gestores. A escolha dos jovens quanto aos itinerários depende de boas escolhas dos gestores sobre o que ofertar.
38 39 Necessidade de considerar os desafios que a flexibilização curricular apresenta para a revisão do FUNDEB Custo por aluno precisará ser revisto tendo em conta a flexibilização? Como melhorar a eficiência do gasto considerando uma eventual pressão orçamentária?
39 40 ESCOLAS COM MÚLTIPLOS ITINERÁRIOS ESPECIALIZAÇÃO E TERRITORIALIZAÇÃO DA OFERTA Especializar as escolas pode aumentar o foco e permitir ganhos de eficiência tanto devido à dedicação integral do professor como por atração de alunos com interesses específicos. Em escolas maiores, é mais fácil ofertar múltiplos itinerários. Considerando os muitos municípios com pouquíssimas escolas e os municípios maiores, com desigualdades de adensamento escolar, as redes de ensino precisarão planejar a diversificação da oferta de itinerários no território
40 Número de matrículas NÚMERO DE MUNICÍPIOS SEGUNDO QUANTIDADE DE ESCOLAS E MATRÍCULAS NO ENSINO MÉDIO REGULAR PÚBLICO escola 2 ou 3 escolas 4 a 10 escolas 11 a 40 escolas 41 a 690 escolas
41 Número de matrículas NÚMERO DE MATRÍCULAS DE ENSINO MÉDIO NOS MUNICÍPIOS COM APENAS UMA ESCOLA PÚBLICA Municípios
42 COMPARAÇÃO ENTRE ESCOLAS E MATRÍCULAS EM MUNICÍPIOS COM APENAS UMA ESCOLA 43 Percentual de municípios por estado com até uma escola pública de ensino médio regular Percentual de matrículas por estado em municípios com até uma escola pública de ensino médio regular Brasil: 53,4% Abaixo da média Brasil: 12,1% Abaixo da média Acima da média Acima da média
43 44 BNCC ITINERÁRIO
44 A Educação é um processo intencional e organizado de aquisição de conhecimentos e de desenvolvimento de capacidades para aplicar estes conhecimentos na solução de problemas relevantes para a vida dos estudantes (Rethinking Education, UNESCO, 2017)
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