E L E T R O Q U Í M I C A

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "E L E T R O Q U Í M I C A"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE E L E T R O Q U Í M I C A Professora: Dra. Sonia B. Faldini 2003

2 1 Introdução A Eletroquímica tem aplicação em muitas áreas da química, da biologia e da física. Desenvolvimentos futuros em muitos campos, como por exemplo a corrosão, a energia, a bioquímica e a biologia celular dependem da utilização dos princípios eletroquímicos. Entre as mais importantes contribuições da Eletroquímica, na Química citamos as leis de Faraday, as interações dos íons em solução, a teoria ácido-base e a termodinâmica. Medidas eletroquímicas sobre sistemas químicos, permitem por exemplo: a) obter dados termodinâmicos - energia livre, entalpia, entropia e constante de equilíbrio de uma reação química; b) identificar e/ou quantificar os componentes de um material usando técnicas eletroanalíticas como por exemplo a polarografia; c) entender processos de eletrodeposição e de corrosão. 1.2 Definição de Eletroquímica De acordo com o ponto de vista moderno, a eletroquímica é definida como sendo o estudo de interfaces carregadas eletricamente e dos fenômenos que ocorrem nestas interfaces. As interfaces consideradas são superfícies de separação entre um condutor eletrônico e um condutor iônico. De um modo geral, o condutor eletrônico é um metal e o condutor iônico é uma solução eletrolítica ou um sal (iônico) fundido. O sistema formado por um condutor eletrônico e um condutor iônico postos em contato é denominado Eletrodo. De uma maneira mais simples podemos dizer que a Eletroquímica é o estudo de fenômenos químicos associados a fenômenos elétricos ou vice-versa. A eletroquímica seria portanto o estudo de pilhas e eletrólises. 1.3 Divisão da Eletroquímica De acordo com definição moderna,a Eletroquímica abrange três partes: a iônica, a dupla camada elétrica e a eletródica. 1

3 Iônica é a parte mais antiga da Eletroquímica. Trata da natureza dos íons em solução ou em sais fundidos, das interações entre os íons e o solvente (solvatação ou hidratação), das interações íon-íon, das teorias das soluções iônicas e dos fenômenos de transporte dos íons em solução na presença de um campo elétrico ou de um gradiente de concentração. Atualmente é considerada como um ramo da Físico-Química ou seja é a Físico-Química das Soluções Iônicas. O estudo da iônica é muito importante pois nos permite conhecer a estrutura do condutor iônico. Dupla Camada Elétrica É o estudo da estrutura e dos aspectos termodinâmicos das interfaces eletrizadas e da adsorção de íons nestas interfaces. Eletródica - consta fundamentalmente de duas partes: Termodinâmica Eletroquímica Cinética Eletroquímica. Termodinâmica Eletroquímica - Nesta parte estudam-se eletrodos e células eletroquímicas no estado de equilíbrio ou seja na ausência da passagem de corrente elétrica. Cinética Eletroquímica - Nesta parte estudam-se eletrodos e células eletroquímicas que não estão em equilíbrio ou seja quando através dos mesmos há passagem de corrente elétrica. Este último aspecto é geralmente pouco tratado nos livros de físico-química apesar de suas inúmeras implicações tecnológicas. No presente curso estudaremos a Eletródica,abordando com maior ênfase a termodinâmica eletroquímica e vendo apenas alguns aspectos fundamentais de cinética eletroquímica. Daremos uma idéia geral do que vem a ser a dupla camada elétrica. 2 Conceitos Básicos 2.2 Condutor eletrônico Os condutores eletrônicos podem ser metais, ligas, compostos intermetálicos ou grafita, nos quais a condução de eletricidade se dá por meio do deslocamento de elétrons no interior do condutor. Nestes condutores não há transporte de matéria. Exemplos : Cu, Al, Ag, ligas de Ti. 2.3 Condutor iônico Os condutores iônicos ou soluções eletrolíticas são: soluções contendo eletrólitos que são substâncias capazes de se dissociarem em íons quando dissolvidas em água ou num solvente adequado; Exemplo: H 2 O(solvente) Cu(NO 3 ) 2 (eletrólito) sais fundidos. Exemplo: NaCl fundido. 2

4 Nos condutores iônicos a condução se dá através dos íons,portanto há transporte de matéria. 2.4 Eletrodos Definição Em eletroquímica a palavra eletrodo pode significar: Um condutor eletrônico. Por exemplo, uma placa de cobre é um eletrodo de cobre, uma placa de platina é um eletrodo de platina, um tarrugo de grafita é um eletrodo de grafita, uma placa de ouro é um eletrodo de ouro. Um condutor eletrônico imerso num condutor iônico. Exemplos: o eletrodo de vidro (eletrodo de ph), o eletrodo de calomelano. Abaixo apresentamos o desenho esquematizado de um eletrodo de zinco: SO 4 2- Zn Zn 2 SO 4 2- Zn 2 SO 4 2- Zn 2 Zn = condutor eletrônico Zn 2 SO 4 2- = condutor iônico (solução aquosa de sulfato de zinco) Figura 1. O eletrodo de zinco em solução de sulfato de zinco Interface eletrizada e formação da interface eletrizada Quando mergulhamos um metal numa solução de seus íons formamos uma interface entre as duas fases. Através dessa interface ocorre a transferência de elétrons de uma a outra fase e como resultado dessa transferência, a eletroneutralidade que existia em cada fase é desfeita adquirindo uma das fases um excesso de cargas positivas e a outra um excesso de cargas negativas. A transferência de carga se dá porque as forças entre íons e elétrons do reticulado da fase metálica tem intensidade diferente das forças entre o núcleo e os elétrons nos íons metálicos que estão na solução. 3

5 Exemplo 1 Imergindo uma placa de zinco em uma solução de sulfato de Zn, os íons Zn 2 presentes nas proximidades do metal tendem a remover elétrons do mesmo, resultando na deposição de átomos neutros de zinco. Por outro lado, íons de zinco (Zn 2 ) do metal passam para a solução. A Figura 2 abaixo mostra a formação da interface eletrizada, para o eletrodo de zinco. e Zn 2 Excesso de Excesso de Elétrons íons Zn Metal Solução Metal Solução 2 a) 2 b) Figura 2. 2 a ) Formação de uma interface eletrizada. 2 b) Interface eletrizada ( modelo do capacitor ) Podemos representar os dois processos que ocorrem na interface por meio das semi-equações a seguir Redução Zn 2 2e Zn (1a) Oxidação Zn Zn 2 2e (1b) Inicialmente as velocidades dos processos (1a) e (1b) são diferentes. Num determinado instante estas velocidades se igualam. O sistema atinge um equilíbrio que denominamos "Equilíbrio Eletroquímico". No equilíbrio, ambos os processos (1a) e (1b) ocorrem com a mesma velocidade e são representados por meio da seguinte equação Zn 2 2e Zn (2) Como neste caso, o processo (1b) é mais rápido que o processo (1a), ao se atingir o equilíbrio, a interface do lado metálico apresenta um excesso de cargas negativas ( acúmulo de elétrons ) e a interface do lado da solução um excesso de cargas positivas ( acúmulo de íons Zn 2 ). Está formada a interface eletrizada. Exemplo 2 Se no lugar de uma placa de zinco imergimos uma placa de cobre em uma solução de sulfato cúprico, os íons Cu 2 presentes nas proximidades do metal tendem a remover 4

6 elétrons do mesmo, resultando na deposição de átomos neutros de cobre. Por outro lado, íons de cobre (Cu 2) do metal passam para a solução. As semi-equações dois processos são: Redução Cu 2 2e Cu (1 a) Oxidação Cu Cu 2 2e (1 b) Inicialmente as velocidades dos processos (1 a) e (1 b) são diferentes. Num determinado instante estas velocidades se igualam. O sistema atinge um equilíbrio que denominamos Equilíbrio Eletroquímico. No equilíbrio, ambos os processos (1 a) e (1 b) ocorrem com a mesma velocidade e são representados por meio da seguinte equação Cu 2 2e Cu (2 ) Para o cobre o processo (1 a) é inicialmente mais rápido que o (1 b). Quando se atinge o equilíbrio, a interface do lado metálico apresenta um excesso de cargas positivas ( Cu 2 ) enquanto que a interface do lado da solução apresenta um excesso de cargas negativas ( acúmulo de íons SO 4 2- ). A interface eletrizada, formada em ambos os casos, é também conhecida como Dupla Camada Elétrica Quantidade de Zn 2 que transporta uma carga 2 x 10-5 C na interface eletrizada Técnicas da cinética de eletrodo mostram que no equilíbrio entre Zn metálico e uma solução 1mol/dm 3 de ZnSO 4 a 20 o C e 1 atm., os íons Zn 2, que atravessam em ambas as direções uma área de 1 cm 2 em 1s carregam uma carga de 2 x 10-5 C que corresponde a 1 x mol de Zn 21. No equilíbrio eletroquímico temos 1 x mol de Zn 2 que se depositam sobre o zinco e ao mesmo tempo 1 x mol de Zn 2 que saem do metal indo para a solução. Este fluxo de carga elétrica que se verifica no equilíbrio, em ambos os sentidos, recebe o nome de Densidade de Corrente de Troca e é um parâmetro cinético muito importante no estudo das reações que ocorrem nos eletrodos. 1 A carga de 1 próton = e = 1,60218 x C. a carga por mol de próton = 1F = N A e (N A =n o de Avogadro e F=Faraday) 1F = 6,0221 x mol -1. 1,60218x10-19 C 1F = C mol -1 a carga de 1 íon = z e ( z = n o de oxidação do íon ) a carga por mol de íon = Q = z e N A Q = zf a carga de n mol de íons = Q' = nzf n = 2 x 10-5 C / ( 2 x C mol -1 ) n = 1 x mol 5

7 ATENÇÃO - No equilíbrio eletroquímico não há consumo de material e o equilíbrio é dinâmico Potencial de Eletrodo Absoluto Todo eletrodo apresenta um potencial elétrico que depende da concentração de seus componentes em solução e da temperatura. Este potencial é denominado: Potencial de Eletrodo Absoluto. Este potencial surge quando mergulhamos um metal numa solução de seus íons e formamos uma interface entre as duas fases. Através dessa interface ocorre a transferência de elétrons de uma a outra fase. Como resultado dessa transferência, a eletroneutralidade que existia em cada fase é desfeita, adquirindo uma das fases um excesso de cargas positivas e a outra um excesso de cargas negativas. A interface apresenta então uma diferença de potencial elétrico entre o metal e a solução que é o Potencial de Eletrodo Absoluto. A Figura 2b mostra a interface eletrizada (modelo simplificado = capacitor), metal zinco em solução de sulfato de zinco. para o O Potencial de Eletrodo Absoluto, por ser uma diferença de potencial elétrico entre fases diferentes - metal / solução, não é mensurável. O que medimos sempre são quantidades relativas. Esse assunto será tratado em itens posteriores Potencial de Junção Interfaces eletrizadas também se formam quando duas soluções eletrolíticas diferentes são postas a contato. A separação de cargas positivas e negativas ocorre devido às diferentes velocidades de difusão dos íons. A interface apresenta uma diferença de potencial elétrico entre as duas soluções. Esta diferença de potencial elétrico recebe o nome de Potencial de junção Representação dos Eletrodos Os eletrodos são em geral representados por meio de diagramas onde se adotam as seguintes convenções: O diagrama mostra a seqüência e a composição das fases em contato. As interfaces presentes são representadas por meio de um traço vertical. Exemplos : Zn Zn 2 ou Zn ZnSO 4 6

8 Uma representação mais completa do diagrama contém também as concentrações dos íons presentes e o estado físico de todas as espécies. Íons diferentes são separados por meio de vírgulas. Exemplos : Pt (s) H 2 (g) (1atm) H (aq) (a =1); Hg HgO,KOH Equação de NERNST para um eletrodo A equação de Nernst relaciona o potencial elétrico metal/solução com a concentração dos íons em solução, a uma dada temperatura. Na prática o valor deste potencial é obtido em relação a um eletrodo de referência. φ = φ o (RT/zF) ln (a ox /a red ) (3) Sendo φ = diferença de potencial elétrico metal/solução φ o = diferença de potencial elétrico padrão metal/solução R = constante dos gases ideais T = temperatura ( kelvin ) z = n o de elétrons trocados F = Faraday a ox ; a red = atividade da espécie oxidada e da espécie reduzida respectivamente. 2.5 Tipos de Eletrodos Eletrodo Gás/íon O eletrodo gás-íon consiste de um coletor de elétrons inerte, por exemplo platina ou grafita, em contato com um gás e um íon solúvel. A reação e φ para este eletrodo são G (aq) e 1/2 G 2 (g) φ = φ o (RT/F) ln (a G /P 1/2 ) (4) Como exemplo deste tipo de eletrodo temos o eletrodo Pt (s) H 2 (g) H (aq) EXERCÍCIO: Um eletrodo de gás-íon consiste de gás cloro borbulhado sobre Pt dentro de uma solução de cloreto de sódio a 298K. Calcule de quanto muda φ, o potencial deste eletrodo, quando a pressão do cloro duplica. R=8,9 mv Eletrodo Metal/Ion Metálico Este eletrodo consiste de um pedaço do metal imerso numa solução contendo o íon metálico. A reação e φ é: 7

9 e M z ze M φ = φ o (RT/F) ln (a M z / a M) (5) Como exemplo temos o eletrodo Zn Zn Eletrodo Metal /Sal insolúvel /ânion Este eletrodo é também chamado de eletrodo de 2ª espécie. Ele consiste de uma barra de metal M recoberta por um sal insolúvel MX imerso numa solução que contém íons X -. Estes eletrodos são bastante comuns dentre eles citamos o eletrodo de prata-cloreto de prata, o eletrodo de calomelano.a reação e o potencial nestes eletrodos é: e MX(s) e (Metal) M φ = φ o - (RT/F) ln (a X - ) (6) O potencial destes eletrodos depende apenas da atividade do íon ou seja no caso dos eletrodos acima do íon Cl -. É um eletrodo reversível ao íon Cl Eletrodo de oxidação- redução Este eletrodo consiste de um metal inerte geralmente platina, imersa numa solução que contem duas espécies solúveis em diferentes estados de oxidação. Por exemplo uma solução contendo íons férricos e ferrosos. A reação e o potencial são: Ox ze Red φ = φ o (RT/F) ln (a ox / a red ) (7) 2.6 Células Eletroquímicas Uma célula Eletroquímica é um sistema constituído de dois eletrodos, que estão em contato. Este contato pode ser feito através de uma ponte salina ou usando o mesmo condutor iônico. De acordo com seu funcionamento as células eletroquímicas podem ser classificadas em: Pilhas ou células galvânicas - neste tipo de célula há obtenção de energia elétrica e a reação é espontânea. Estas células são Geradoras de energia; Célula eletrolítica -.neste tipo de célula há obtenção de matéria e a reação não é espontânea. Estas células são geradoras de substâncias; Sistemas em que há corrosão - neste tipo de célula há obtenção de matéria que não tem utilidade prática e a energia em jogo não é aproveitável. A reação é espontânea. 8

10 2.6.1 Cátodo e Ânodo Numa célula eletroquímica um dos eletrodos, o cátodo, age como fonte de elétrons para os íons do condutor iônico. Nele ocorre a semi-reação de redução M z ze M (8) O outro eletrodo, o ânodo, age como sumidouro dos elétrons provenientes dos íons do condutor iônico. No ânodo ocorre a semi-reação de oxidação M M z ze (9) Para o processo global temos: M z M M M z (10) Na figura 3 são representados esquematicamente um cátodo e um ânodo indicando o escoamento de elétrons através das respectivas interfaces. Ag Ag =, NO 3 - Cu Cu Cu 2= 2-, SO 4 2e e Ag Cu 2 3 a) 3 b) Figura 3. Processos nas interfaces do cátodo 3 a) e do ânodo 3 b) Na figura 4 são representados esquematicamente um cátodo e um ânodo, indicando o escoamento de elétrons do ânodo para o cátodo. e e Cu Ag e Cu 2 SO 4 2- Ag NO 3 - I Figura 4. Acoplamento de dois eletrodos : eletrodo de cobre (ânodo) e eletrodo de prata (cátodo) 9

11 Ao fecharmos a chave, a lâmpada acende. Elétrons fluem do cobre para a prata; na solução Cu 2 e Ag se dirigem para a prata enquanto os ânions se dirigem para o cobre. No cátodo a reação é: Ag e Ag No ânodo a reação é Cu Cu 2 2e A reação global da célula da figura 4 é : 2Ag Cu Cu 2 2Ag (10) Reação de Eletrodo ou Reação Eletroquímica A reação (10) é uma reação de óxido-redução. Costuma - se chamar a reação que ocorre num eletrodo de reação eletroquímica ou reação de eletrodo. Uma reação é eletroquímica se a ela estiver associada uma passagem de corrente elétrica através de uma distância finita maior que a distância interatômica. Estas reações podem ocorrer espontaneamente ou podem ser provocadas. Quando ocorrem espontaneamente há produção de energia elétrica e quando são provocadas há consumo de energia elétrica. 2.7 Célula Galvânica ou Pilha É uma célula eletroquímica capaz de fornecer espontaneamente energia elétrica, às vizinhanças. Na Figura 5 a e 5b apresentamos respectivamente o desenho esquemático da pilha de Daniell e da Célula de Weston. O contato na Pilha de Daniell é feito com uma ponte salina e na Célula de Weston a solução eletrolítica é comum aos dois eletrodos. Numa pilha, o polo com sinal negativo é o ânodo e o polo com sinal positivo é o cátodo. O ânodo apresenta um acúmulo de cargas negativas sobre a interface do lado do metal e o cátodo apresenta um acúmulo de cargas positivas sobre a interface do lado do metal. As pilhas como descritas são circuitos abertos e seus eletrodos estão em equilíbrio eletroquímico. Quando o circuito é fechado, ou seja quando os pólos são ligados a algum aparelho ou a um sistema qualquer, os elétrons circulam espontaneamente do polo negativo para o positivo ( ver Figura 4 ). Como há passagem de corrente elétrica,os eletrodos não estão mais em equilíbrio eletroquímico. As pilhas como descritas são circuitos abertos e seus eletrodos estão em equilíbrio eletroquímico. Quando o circuito é fechado, ou seja quando os pólos são ligados a algum aparelho ou a um sistema qualquer, os elétrons circulam espontaneamente do polo negativo para o positivo ( ver Figura 4 ). Como há passagem de corrente elétrica,os eletrodos não estão mais em equilíbrio eletroquímico. Numa pilha ou célula galvânica a reação química ocorre espontaneamente. Pilhas ou células galvânicas são geradores de eletricidade. 10

12 e V - e 5 a) Pilha de Daniell Solução de ZnSO 4 Solução de CuSO 4 Parede porosa 5 b) Célula de Weston Solução de CdSO 4 Solução de CdSO 4 CdSO 4 (s) Hg 2 SO 4 (s) Cd ( Hg ) - Hg(L) e V e Figura 5. 5a) Pilha de Daniell 5 b) Célula de Weston. 2.8 Representação de uma Pilha As pilhas ou células galvânicas são em geral representadas por meio de diagramas onde se adotam as seguintes convenções: 1) O diagrama mostra a seqüência e a composição das fases em contato. As interfaces presentes são representadas por meio de um traço vertical. 11

13 2) O diagrama lido da direita para a esquerda começa com o metal do cátodo e termina com o metal do ânodo. Desta forma à direita temos o cátodo ou seja o eletrodo onde ocorre a redução e à esquerda o ânodo ou seja o eletrodo onde ocorre a oxidação. 3) Quando a pilha estiver funcionando, a corrente elétrica produzida pela célula provém de uma reação na qual elétrons são fornecidos ao circuito externo pelo eletrodo da esquerda e absorvidos do circuito externo pelo eletrodo da direita. 4) Uma representação mais completa do diagrama contém também as concentrações dos íons presentes e o estado físico de todas as espécies. Diferentes íons são separados por meio de vírgulas. 5) Se não houver potencial de junção os eletrodos podem ser separados por duas barras interrompidas. Caso haja potencial de junção a separação é feita por uma barra interrompida. Exemplo : a pilha de Daniell Zn Zn 2= Cu 2 Cu ou Zn (s) Zn 2= (aq, a = 1 ) Cu 2 aq, a = 1 ) Cu(s) Esta pilha foi considerada sem junção e usou-se duas barras cheias no lugar de duas barras interrompidas. No lugar da concentração colocou-se a atividade ( concentração efetiva da solução ). Se o ânion fosse especificado por exemplo sulfato de zinco o mesmo podia ter sido escrito no diagrama. 2.9 Classificação das Pilhas Pilhas ou células galvânicas são geradores de eletricidade. O fornecimento de energia elétrica é resultante de uma reação química que transforma reagentes em produtos. Uma vez consumidos os reagentes, a pilha pára de funcionar. Se a reação for quimicamente reversível é possível transformar os produtos em reagentes e portanto recuperar a pilha Pilhas Primárias São pilhas que não são reversíveis e portanto não podem ser recarregadas. Exemplos: 12

14 Pilha de Leclanché: Zn NH 4 Cl (20%), ZnCl 2 MnO 2,C Reações de eletrodo : Ânodo (-) Zn Zn 2 2e Cátodo() 2MnO 2 2H 3 O 2e 2 MnOOH 2 H 2 O 2MnOOH Mn 2 O 3 H 2 O Causa da irreversibilidade : reações paralelas OH - NH 4 H 2 O NH 3 2 NH 3 Zn 2 2Cl - Zn(NH 3 ) 2 Cl 2 Zn 2 2OH - ZnO H 2 O O Zn(NH 3 ) 2 Cl 2 é um complexo levemente solúvel que forma um depósito cristalino. Aplicação: fonte de energia portátil de tamanho pequeno (não miniatura) para uso em rádios, brinquedos, lanternas. Pilha de Mercúrio Zn(Hg) Zn(OH) 2 (s) KOH(aq), Zn(OH) 4 2- (aq) HgO(s) Hg(l) Reação global: Zn HgO H 2 O Hg Zn(OH) 2 Eletrólito: KOH Condutores eletrônicos: Zn e Hg Aplicações: pilha de referência em eletrônica, rádios, relógios, aparelhos de surdez Pilhas Secundárias (Acumuladores) São pilhas quimicamente reversíveis e portanto são recarregáveis. Exemplo : Bateria "Chumbo-ácido". Reação global: PbO 2 Pb 2H 2 SO 4 descarga carga 2PbSO 4 2H 2 O Durante a descarga: Ânodo (-) 2- Pb SO 4 PbSO 4 2e Cátodo () 2 - PbO 2 SO 4 2e PbSO 4 Durante a carga : Cátodo (-) PbSO 4 2e Pb SO ânodo () PbSO 4 PbO 2 SO 4 2-2e 13

15 Condutores eletrônicos: ambos de Pb. Na prática, são grades de uma liga de chumbo/antimônio recobertos com uma pasta de óxido de chumbo IV. Eletrólito: solução aquosa de H 2 SO 4 Aplicações: em carros, energia de reserva, na indústria Pilhas Terciárias (Pilhas a Combustível) São pilhas continuamente alimentadas. Exemplo: a pilha de Bacon Hidrogênio/oxigênio. ânodo (-) 2H 2 4H 4e Cátodo () O 2 4H 4e 2H 2 O Reação global: 2H 2 O 2 2H 2 O Condutores eletrônicos: níquel poroso Eletrólito: solução aquosa (27%) NaOH Aplicações: em foguetes espaciais, em coração artificial. Não tem aplicação comercial Exercícios 1. Dê a reação da pilha e as semi-reações do cátodo e do ânodo para cada um dos seguintes casos: a) Ag(s) Ag (aq, a = 0,01 ) Zn 2 (a = 0,1) Zn(s); b) Pt(s) Fe 2 (aq,a - =1,0),Fe 2 (aq,a =0,1) Cl - (aq a - =0,001) AgCl(s) Ag(s) c) Cd CdSO 4 (s) CdSO 4 (l) Hg 2 SO 4 (s) Hg Pt 2. Muitas vezes quando construímos uma célula eletroquímica, precisamos usar condutores eletrônicos inertes (eletrodos inertes) ou seja condutores que não tomem parte das reações de eletrodo. Cite os três mais usados. 3. A partir das reações abaixo, dê o diagrama da pilha correspondente. a) Fe 2Fe 3 3Fe 2 b) H 2 (g) Cl 2 (g) 2 HCl (aq) 14

16 2.10 Célula Eletrolítica Definição É uma célula eletroquímica que recebe energia elétrica das vizinhanças. A bateria de chumbo é uma célula eletrolítica durante o processo de carga. A célula de mercúrio para a produção de gás cloro é uma célula eletrolítica. As células eletrolíticas são geradoras de substâncias químicas. ( figura 6 ) 35% NaCL 17% NaCL Na(Hg) cátodo - Lavagem Com água Figura 6. Célula de mercúrio para a produção de gás cloro. Catalisador H 2 O 50% NaOH H 2 Numa célula eletrolítica, o polo com sinal negativo é o cátodo e o polo com sinal positivo é o ânodo. As leis de Faraday regem as massas obtidas nas eletrólises. 15

ELETRODO OU SEMIPILHA:

ELETRODO OU SEMIPILHA: ELETROQUÍMICA A eletroquímica estuda a corrente elétrica fornecida por reações espontâneas de oxirredução (pilhas) e as reações não espontâneas que ocorrem quando submetidas a uma corrente elétrica (eletrólise).

Leia mais

Projeto Embuá Unidade de Aprendizagem: ENERGIA

Projeto Embuá Unidade de Aprendizagem: ENERGIA Projeto Embuá Unidade de Aprendizagem: ENERGIA Energia para realizar reações químicas: eletrólise do iodeto de potássio aquoso Existem reações químicas não espontâneas, mas que são realizadas com rapidez

Leia mais

Lista de exercícios de Química Correção da Revisão para a 2ª Avaliação de Química: Pilhas

Lista de exercícios de Química Correção da Revisão para a 2ª Avaliação de Química: Pilhas Nome: Bimestre: 3º Ano / série: 2ª série Ensino: Médio Componente Curricular: Química Professor: Ricardo Honda Data: / / 2011 1. Considere o esquema a seguir e responda: Lista de exercícios de Química

Leia mais

21814. (Ufg) Observando a tira, responda:

21814. (Ufg) Observando a tira, responda: 17054. (Unesp) As baterias dos automóveis são cheias com solução aquosa de ácido sulfúrico. Sabendo-se que essa solução contém 38% de ácido sulfúrico em massa e densidade igual a 1,29g/cm, pergunta-se:

Leia mais

Pilha de moedas. Introdução. Materiais Necessários

Pilha de moedas. Introdução. Materiais Necessários Intro 01 Introdução A pilha eletroquímica é um sistema constituído por anodo (eletrodo de oxidação), catodo (eletrodo de redução), eletrólito (condutor iônico) e condutor metálico (condutor de corrente

Leia mais

Introdução. Princípios da corrosão: reações de oxiredução potencial de eletrodo - sistema redox em equilíbrio - Diagrama de Pourbaix

Introdução. Princípios da corrosão: reações de oxiredução potencial de eletrodo - sistema redox em equilíbrio - Diagrama de Pourbaix Introdução Princípios da corrosão: reações de oxiredução potencial de eletrodo - sistema redox em equilíbrio - Diagrama de Pourbaix Introdução Conceitos de oxidação e redução 1 - Ganho ou perda de oxigênio

Leia mais

ELETROQUÍMICA (Parte II)

ELETROQUÍMICA (Parte II) ELETROQUÍMICA (Parte II) I ELETRÓLISE A eletrólise é um processo de oxirredução não espontâneo, em que a passagem da corrente elétrica em uma solução eletrolítica (solução com íons), produz reações químicas.

Leia mais

Figura 1: Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/-a3v8ofbk0k0/tyxbs6h5l8i/ AAAAAAAAAGo/eEZ-PJDZJlg/s1600/Charge.jpg acesso em 20/10/2014 ás 19:00 h

Figura 1: Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/-a3v8ofbk0k0/tyxbs6h5l8i/ AAAAAAAAAGo/eEZ-PJDZJlg/s1600/Charge.jpg acesso em 20/10/2014 ás 19:00 h TÍTULO: Recarregando a energia MOTIVAÇÃO 1: Figura 1: Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/-a3v8ofbk0k0/tyxbs6h5l8i/ AAAAAAAAAGo/eEZ-PJDZJlg/s1600/Charge.jpg acesso em 20/10/2014 ás 19:00 h MOTIVAÇÃO

Leia mais

Eletroquímica e Termodinâmica

Eletroquímica e Termodinâmica Eletroquímica e Termodinâmica Podemos relacionar a variação de energia livre de Gibbs de uma reação e a diferença de potencial da pilha através da seguinte equação: G(reação) = - nfe O potencial da célula

Leia mais

Projecto: Título do Vídeo: APL- Construção de uma pilha com tensão específica. Nome dos participantes: Anna Petrukhnova; Emanuel Real; Tânia Costa.

Projecto: Título do Vídeo: APL- Construção de uma pilha com tensão específica. Nome dos participantes: Anna Petrukhnova; Emanuel Real; Tânia Costa. Título do Vídeo: APL- Construção de uma pilha com tensão específica. Nome dos participantes: Anna Petrukhnova; Emanuel Real; Tânia Costa. Professor responsável: Michel Andrade Félix Pimenta Escola: Básica

Leia mais

Corrosão e Protecção

Corrosão e Protecção Corrosão e Protecção Capítulo 1.2 Fundamentos Docente: João Salvador Fernandes Lab. de Tecnologia lectroquímica Pavilhão de Minas, 2º Andar xt. 1964 Princípios de lectroquímica Quando se imerge uma placa

Leia mais

Corrosão Eletroquímica. Sumário 21 - Baterias e Corrosão. Definições e características Baterias primárias. Baterias secundárias

Corrosão Eletroquímica. Sumário 21 - Baterias e Corrosão. Definições e características Baterias primárias. Baterias secundárias Sumário 21 - Baterias e Corrosão Definições e características Baterias primárias Baterias de Leclanché (pilhas secas) Baterias Alcalinas Baterias de Lítio Baterias secundárias Baterias de chumbo Baterias

Leia mais

P3 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 16/06/12

P3 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 16/06/12 P3 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 6/06/ Nome: Nº de Matrícula: GABARITO Turma: Assinatura: Dados gerais: G = H - TS G= - n F E G = G o + RT ln Q ΔE ΔE [A] [A] 0 Questão Valor Grau Revisão kt a,5 a,5 3 a,5

Leia mais

Eletroquímica. 1 Introdução

Eletroquímica. 1 Introdução 1 Introdução Eletroquímica A matéria é composta de partículas eletricamente carregadas, portanto não é surpreendente a possibilidade de converter energia elétrica em energia química e viceversa. A Eletroquímica

Leia mais

Práticas de Físico Química QB75B. Experimento 7

Práticas de Físico Química QB75B. Experimento 7 1 PR UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA EDERAL DO PARANÁ MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA EDERAL DO PARANÁ - UTPR DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA E BIOLOGIA BACHARELADO EM QUÍMICA Práticas de ísico

Leia mais

CQ049 : FQ IV - Eletroquímica. CQ049 FQ Eletroquímica. prof. Dr. Marcio Vidotti LEAP Laboratório de Eletroquímica e Polímeros mvidotti@ufpr.

CQ049 : FQ IV - Eletroquímica. CQ049 FQ Eletroquímica. prof. Dr. Marcio Vidotti LEAP Laboratório de Eletroquímica e Polímeros mvidotti@ufpr. CQ049 FQ Eletroquímica prof. Dr. Marcio Vidotti LEAP Laboratório de Eletroquímica e Polímeros mvidotti@ufpr.br 1 a estrutura I-S (água) ion central moléculas de água orientadas interações ion - dipolo

Leia mais

PROCESSO SELETIVO 2006 QUESTÕES OBJETIVAS

PROCESSO SELETIVO 2006 QUESTÕES OBJETIVAS 3 PROCESSO SELETIVO 2006 QUESTÕES OBJETIVAS QUÍMICA 01 - O dispositivo de segurança que conhecemos como air-bag utiliza como principal reagente para fornecer o gás N 2 (massa molar igual a 28 g mol -1

Leia mais

ELETRÓLISE - TEORIA. Eletrólitos são condutores iônicos de corrente elétrica. Para que ocorra essa condução, é necessário:

ELETRÓLISE - TEORIA. Eletrólitos são condutores iônicos de corrente elétrica. Para que ocorra essa condução, é necessário: ELETRÓLISE - TEORIA Introdução Dentro do estudo de eletroquímica temos a eletrólise, que consiste num processo não-espontâneo, baseado na decomposição de uma espécie química (eletrólito) por uma corrente

Leia mais

Eletroquímica. Eletroquímica: Pilhas Galvânicas. Potencial de redução. Força eletromotriz. Equação de Nernst. Electrólise.

Eletroquímica. Eletroquímica: Pilhas Galvânicas. Potencial de redução. Força eletromotriz. Equação de Nernst. Electrólise. Eletroquímica IX Eletroquímica: Pilhas Galvânicas. Potencial de redução. Força eletromotriz. Equação de Nernst. Electrólise. Eletroquímica A Eletroquímica estuda a relação entre a eletricidade e as reações

Leia mais

CAPÍTULO 7 ELETROQUÍMICA

CAPÍTULO 7 ELETROQUÍMICA 1 CAPÍTULO 7 ELETROQUÍMICA SUMÁRIO 7.1 Introdução...216 7.2 Forma de condução...217 7.2.1 Condução metálica ou eletrônica...217 7.2.2 Condução eletrolítica ou iônica...219 7.3 Reações espontâneas e célula

Leia mais

PILHAS E BATERIAS COMERCIAIS. Química II Professora: Raquel Malta 3ª série Ensino Médio

PILHAS E BATERIAS COMERCIAIS. Química II Professora: Raquel Malta 3ª série Ensino Médio PILHAS E BATERIAS COMERCIAIS Química II Professora: Raquel Malta 3ª série Ensino Médio NOMENCLATURA Pilha: dispositivo constituído unicamente de dois eletrodos e um eletrólito, arranjados de maneira a

Leia mais

Oxirredução IDENTIFICAÇÃO O QUE SOFRE ENTIDADE O QUE FAZ. Oxidante ganha e - ( NOX) oxida o redutor redução

Oxirredução IDENTIFICAÇÃO O QUE SOFRE ENTIDADE O QUE FAZ. Oxidante ganha e - ( NOX) oxida o redutor redução Eletroquímica Oxirredução ENTIDADE IDENTIFICAÇÃO O QUE FAZ O QUE SOFRE Oxidante ganha e - ( NOX) oxida o redutor redução Redutor perde e - ( NOX) reduz o oxidante oxidação Todas as reações que têm substâncias

Leia mais

a) Qual a configuração eletrônica do cátion do alumínio isoeletrônico ao gás nobre neônio?

a) Qual a configuração eletrônica do cátion do alumínio isoeletrônico ao gás nobre neônio? Questão 1: O Brasil é o campeão mundial da reciclagem de alumínio, colaborando com a preservação do meio ambiente. Por outro lado, a obtenção industrial do alumínio sempre foi um processo caro, consumindo

Leia mais

Materiais / Materiais I

Materiais / Materiais I Materiais / Materiais I Guia para o Trabalho Laboratorial n.º 4 CORROSÃO GALVÂNICA E PROTECÇÃO 1. Introdução A corrosão de um material corresponde à sua destruição ou deterioração por ataque químico em

Leia mais

Energia é conservada!

Energia é conservada! Calor transferido E = q + w Variação de energia Trabalho realizado pelo sistema Energia é conservada! ENDOtérmico: o calor é transferido da VIZINHANÇA para o SISTEMA. T(sistema) aumenta enquanto T (vizinhança)

Leia mais

Resolução: 0,86ºC. x = 0,5 mol etanol/kg acetona. 0,5 mol 1000 g de acetona. 200 g de acetona. y = 0,1 mol de etanol. 1 mol de etanol (C 2 H 6 O) 46 g

Resolução: 0,86ºC. x = 0,5 mol etanol/kg acetona. 0,5 mol 1000 g de acetona. 200 g de acetona. y = 0,1 mol de etanol. 1 mol de etanol (C 2 H 6 O) 46 g (ACAFE) Foi dissolvida uma determinada massa de etanol puro em 200 g de acetona acarretando em um aumento de 0,86 C na temperatura de ebulição da acetona. Dados: H: 1 g/mol, C: 12 g/mol, O: 16 g/mol. Constante

Leia mais

Química experimental - Unidade mestra para química geral e eletroquímica - Volume 2 - Físico-química - EQ102A.

Química experimental - Unidade mestra para química geral e eletroquímica - Volume 2 - Físico-química - EQ102A. Autores: Luiz Antonio Macedo Ramos e Rosane Bittencourt Wirth. - Revisor: Leandro dos Santos Silveira - Direitos autorais reservados Índice Remissivo... 4 9999.994... 6 Instruções para o professor....6

Leia mais

ELETROQUÍMICA Profº Jaison Mattei

ELETROQUÍMICA Profº Jaison Mattei ELETROQUÍMICA Profº Jaison Mattei ELETROQUÍMICA 1) Eletrólise: reações provocadas pela corrente elétrica. 2) Pilhas: reações que produzem corrente elétrica. Eletrólise é a reação não espontânea provocada

Leia mais

9. REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO

9. REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO Departamento de Química Inorgânica IQ / UFRJ IQG 18 / IQG 31 9. REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO I. INTRODUÇÃO As reações de oxirredução estão entre as reações químicas mais comuns e importantes. Estão envolvidas

Leia mais

Ligações Químicas Ligação Iônica Ligação Metálica

Ligações Químicas Ligação Iônica Ligação Metálica Química Geral e Inorgânica QGI0001 Eng a. de Produção e Sistemas Prof a. Dr a. Carla Dalmolin Ligações Químicas Ligação Iônica Ligação Metálica Periodicidade O átomo é visto como uma esfera, onde só as

Leia mais

MECANISMOS DA CORROSÃO. Professor Ruy Alexandre Generoso

MECANISMOS DA CORROSÃO. Professor Ruy Alexandre Generoso MECANISMOS DA CORROSÃO Professor Ruy Alexandre Generoso MECANISMOS DA CORROSÃO De acordo com o meio corrosivo e o material, podem ser apresentados diferentes mecanismos. Os principais são: MECANISMO QUÍMICO

Leia mais

ESTEQUIOMETRIA (ELETRÓLISE)

ESTEQUIOMETRIA (ELETRÓLISE) ESTEQUIOMETRIA (ELETRÓLISE) EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 01 (UEL-PR) A carga elétrica necessária para transformar, por eletrólise, 2 mols de íons Cu 2+ em cobre metálico é igual a: a) 1 Faraday. b) 2 Faradays.

Leia mais

B) (até três pontos) Para os pares de espécies apresentados em i, ii e iii, tem-se, respectivamente, Al +, F - e Li.

B) (até três pontos) Para os pares de espécies apresentados em i, ii e iii, tem-se, respectivamente, Al +, F - e Li. Química 1. O raio atômico (ou iônico) é uma propriedade periódica que exerce grande influência na reatividade dos átomos (ou dos íons). A) Explique, em termos de carga nuclear efetiva, a variação apresentada

Leia mais

ÓXIDO-REDUÇÃO REAÇÕES REDOX : CONCEITO E IMPORTÂNCIA PILHAS E BATERIAS POTENCIAL DE ELETRODO CORROSÃO E PROTEÇÃO ELETRÓLISE

ÓXIDO-REDUÇÃO REAÇÕES REDOX : CONCEITO E IMPORTÂNCIA PILHAS E BATERIAS POTENCIAL DE ELETRODO CORROSÃO E PROTEÇÃO ELETRÓLISE ÓXIDO-REDUÇÃO REAÇÕES REDOX : CONCEITO E IMPORTÂNCIA PILHAS E BATERIAS POTENCIAL DE ELETRODO CORROSÃO E PROTEÇÃO ELETRÓLISE 1 POR QUE ESTUDAR AS REAÇÕES DE OXI-REDUÇÃO? -DESENVOLVIMENTO DE NOVAS BATERIAS

Leia mais

Fátima Sarmento, professora de Química da turma 12CT3/ 2011-2012. Escola Secundária Francisco de Holanda

Fátima Sarmento, professora de Química da turma 12CT3/ 2011-2012. Escola Secundária Francisco de Holanda Título do Vídeo: Redox Fotogénica Nome dos participantes: João Ribeiro,12CT3 João Paulo Fernandes, 12CT3 Pedro Faria,12CT3 Sandra Durães,12CT3 Sara Neves, 12CT3 Professor responsável: Fátima Sarmento,

Leia mais

Pilhas e baterias. Como funcionam as pilhas e baterias por Marshall Brain - traduzido por HowStuffWorks Brasil. Introdução

Pilhas e baterias. Como funcionam as pilhas e baterias por Marshall Brain - traduzido por HowStuffWorks Brasil. Introdução Como funcionam as pilhas e baterias por Marshall Brain - traduzido por HowStuffWorks Brasil Introdução As baterias estão em todos os lugares, carros, computadores, laptops, MP3 players e telefones celulares.

Leia mais

REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO

REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO A Química Analítica moderna tem por base a medida dos Sinais Analíticos, relacionados às transformações de propriedades dos materiais ao longo de uma Análise Química. Entre estes

Leia mais

Reacções de Redução/Oxidação. Redox

Reacções de Redução/Oxidação. Redox Reacções de Redução/Oxidação Redox Troca de iões Troca de protões Reacção Química Equilíbrio Químico Equilíbrio Ácido-Base Troca de neutrões Radioactividade Troca de electrões Reacções Redox 2.Fe 3+ +

Leia mais

Eletroquímica. Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Química

Eletroquímica. Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Química Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Química Eletroquímica Professora: Melissa Soares Caetano Disciplina QUI 217 Eletroquímica estuda as relações

Leia mais

Cálculo da Força Eletromotriz de uma Pilha

Cálculo da Força Eletromotriz de uma Pilha 30 2.10.1 Cálculo da Força Eletromotriz de uma Pilha Vamos calcular a fem (E) a 25 o C da célula abaixo: Zn ZnSO 4 (1,0 molal) CuSO 4 (0,1 molal) Cu A semi-reação no cátodo é Cu 2+ + 2e Cu, A semi-reação

Leia mais

UFJF CONCURSO VESTIBULAR 2011-2 GABARITO DA PROVA DISCURSIVA DE QUÍMICA

UFJF CONCURSO VESTIBULAR 2011-2 GABARITO DA PROVA DISCURSIVA DE QUÍMICA UFJF CNCURS VESTIBULAR 2011-2 GABARIT DA PRVA DISCURSIVA DE QUÍMICA Questão 1 Sabe-se que compostos constituídos por elementos do mesmo grupo na tabela periódica possuem algumas propriedades químicas semelhantes.

Leia mais

CÉLULAS GALVÂNICAS OU CÉLULAS ELECTROQUÍMICAS

CÉLULAS GALVÂNICAS OU CÉLULAS ELECTROQUÍMICAS CÉLULAS GALVÂNICAS OU CÉLULAS ELECTROQUÍMICAS Uma CÉLULA ELECTROQUÍMICA é um dispositivo que permite a conversão de energia química em energia eléctrica através de reacções de oxidação-redução que ocorrem

Leia mais

A limpeza de pisos de mármore normalmente é feita com solução de ácido clorídrico comercial (ácido muriático).

A limpeza de pisos de mármore normalmente é feita com solução de ácido clorídrico comercial (ácido muriático). 61 b A limpeza de pisos de mármore normalmente é feita com solução de ácido clorídrico comercial (ácido muriático). Essa solução ácida ataca o mármore, desprendendo gás carbônico, segundo a reação descrita

Leia mais

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Disciplina: Físico-Química II Professora: Claudia

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Disciplina: Físico-Química II Professora: Claudia Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Disciplina: Físico-Química II Professora: Claudia Aluno: Julys Pablo Atayde Fernandes Células a Combustível:

Leia mais

INTRODUÇÃO À ELETROQUÍMICA Prof. Dr. Patricio R. Impinnisi Departamento de engenharia elétrica UFPR

INTRODUÇÃO À ELETROQUÍMICA Prof. Dr. Patricio R. Impinnisi Departamento de engenharia elétrica UFPR INTRODUÇÃO À ELETROQUÍMICA Prof. Dr. Patricio R. Impinnisi Departamento de engenharia elétrica UFPR REAÇÕES ELETROQUÍMICAS Vamos inicialmente estudar estes sistemas para identificar os princípios fundamentais

Leia mais

As questões de 31 a 34 referem-se ao texto abaixo.

As questões de 31 a 34 referem-se ao texto abaixo. QUÍMICA As questões de 31 a 34 referem-se ao texto abaixo. Em diversos países, o aproveitamento do lixo doméstico é quase 100%. Do lixo levado para as usinas de compostagem, após a reciclagem, obtém-se

Leia mais

Circuitos Elétricos 1º parte. Introdução Geradores elétricos Chaves e fusíveis Aprofundando Equação do gerador Potência e rendimento

Circuitos Elétricos 1º parte. Introdução Geradores elétricos Chaves e fusíveis Aprofundando Equação do gerador Potência e rendimento Circuitos Elétricos 1º parte Introdução Geradores elétricos Chaves e fusíveis Aprofundando Equação do gerador Potência e rendimento Introdução Um circuito elétrico é constituido de interconexão de vários

Leia mais

Eletricidade Aula 1. Profª Heloise Assis Fazzolari

Eletricidade Aula 1. Profª Heloise Assis Fazzolari Eletricidade Aula 1 Profª Heloise Assis Fazzolari História da Eletricidade Vídeo 2 A eletricidade estática foi descoberta em 600 A.C. com Tales de Mileto através de alguns materiais que eram atraídos entre

Leia mais

Reações Químicas Reações Químicas DG O QUE É UMA REAÇÃO QUÍMICA? É processo de mudanças químicas, onde ocorre a conversão de uma substância, ou mais, em outras substâncias. A + B REAGENTES C +

Leia mais

: fórmula mínima M = (1. 12 + 4. 1) g/mol M = 16g/mol. b) A equação química do processo é: (g) + 2O 2. (g) CO 2. (g) + 2H 2

: fórmula mínima M = (1. 12 + 4. 1) g/mol M = 16g/mol. b) A equação química do processo é: (g) + 2O 2. (g) CO 2. (g) + 2H 2 20 A Bolívia é um grande produtor de gás natural (metano) e celebrou com o Brasil um acordo para a utilização deste importante recurso energético. Para seu transporte até os centros consumidores, há um

Leia mais

P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 11/10/08

P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 11/10/08 P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 11/10/08 Nome: Gabarito Nº de Matrícula: Turma: Assinatura: Questão Valor Grau Revisão 1 a 2,5 2 a 2,5 3 a 2,5 4 a 2,5 Total 10,0 Constantes: R 8,314 J mol -1 K -1 0,0821

Leia mais

Gabarito Química - Grupo A. 1 a QUESTÃO: (1,0 ponto) Avaliador Revisor

Gabarito Química - Grupo A. 1 a QUESTÃO: (1,0 ponto) Avaliador Revisor VESTIB LAR Gabarito Química - Grupo A 1 a QUESTÃO: (1,0 ponto) Avaliador Revisor Muitos álcoois, como o butanol (C 4 H 10 O), têm importância comercial como solventes e matériasprimas na produção industrial

Leia mais

PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa

PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa QUESTÃO 01 Num laboratório químico, havia três frascos que continham, respectivamente, um alcano, um álcool e um alqueno. Foram realizados experimentos que envolviam

Leia mais

QUÍMICA QUESTÃO 41 QUESTÃO 42

QUÍMICA QUESTÃO 41 QUESTÃO 42 Processo Seletivo/UNIFAL- janeiro 2008-1ª Prova Comum TIPO 1 QUÍMICA QUESTÃO 41 Diferentes modelos foram propostos ao longo da história para explicar o mundo invisível da matéria. A respeito desses modelos

Leia mais

ELETROQUÍMICA OU. Profa. Marcia M. Meier QUÍMICA GERAL II

ELETROQUÍMICA OU. Profa. Marcia M. Meier QUÍMICA GERAL II ELETROQUÍMICA OU REAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE ELÉTRONS Profa. Marcia M. Meier QUÍMICA GERAL II 1 Objetivo Compreender: Balanceamento de equações redox em solução ácida e básica. Células galvânicas e potencial

Leia mais

Segundo a Portaria do Ministério da Saúde MS n.o 1.469, de 29 de dezembro de 2000, o valor máximo permitido (VMP) da concentração do íon sulfato (SO 2

Segundo a Portaria do Ministério da Saúde MS n.o 1.469, de 29 de dezembro de 2000, o valor máximo permitido (VMP) da concentração do íon sulfato (SO 2 11 Segundo a Portaria do Ministério da Saúde MS n.o 1.469, de 29 de dezembro de 2000, o valor máximo permitido (VMP) da concentração do íon sulfato (SO 2 4 ), para que a água esteja em conformidade com

Leia mais

A resposta correta deve ser a letra B.

A resposta correta deve ser a letra B. ITA - 1999 1- (ITA-99) Assinale a opção CORRETA em relação à comparação das temperaturas de ebulição dos seguintes pares de substâncias: a) Éter dimetílico > etanol; Propanona > ácido etanóico; Naftaleno

Leia mais

UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR Química Questão 01 Carbono é um elemento cujos átomos podem se organizar sob a forma de diferentes alótropos. Alótropos H de combustão a 25

Leia mais

SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA

SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA SOLUÇÃO PC. H O( ) H (aq) OH (aq) OH (aq) HO( ) O (g) e (Ânodo ( ); oxidação) + H (aq) + e H (g) (Cátodo ( ); redução) Global HO( ) H (g) O (g) Volume,5 Volume SOLUÇÃO PC. [C]

Leia mais

Corrente elétrica corrente elétrica.

Corrente elétrica corrente elétrica. Corrente elétrica Vimos que os elétrons se deslocam com facilidade em corpos condutores. O deslocamento dessas cargas elétricas é chamado de corrente elétrica. A corrente elétrica é responsável pelo funcionamento

Leia mais

Questão 61. Questão 63. Questão 62. alternativa B. alternativa B. alternativa D

Questão 61. Questão 63. Questão 62. alternativa B. alternativa B. alternativa D Questão 61 A limpeza de pisos de mármore normalmente é feita com solução de ácido clorídrico comercial (ácido muriático). Essa solução ácida ataca o mármore, desprendendo gás carbônico, segundo a reação

Leia mais

Pilha de Daniell. Sentido dos elétrons

Pilha de Daniell. Sentido dos elétrons Pilha de Daniell As primeiras aplicações importantes da eletricidade provieram do aperfeiçoamento das pilhas voltaicas originais pelo cientista inglês John Frederick Daniell, em 1836. Pilhas eletroquímicas

Leia mais

-2014- CONTEÚDO SEPARADO POR TRIMESTRE E POR AVALIAÇÃO CIÊNCIAS 9º ANO 1º TRIMESTRE

-2014- CONTEÚDO SEPARADO POR TRIMESTRE E POR AVALIAÇÃO CIÊNCIAS 9º ANO 1º TRIMESTRE -2014- CONTEÚDO SEPARADO POR TRIMESTRE E POR AVALIAÇÃO CIÊNCIAS 9º ANO 1º TRIMESTRE DISCURSIVA OBJETIVA QUÍMICA FÍSICA QUÍMICA FÍSICA Matéria e energia Propriedades da matéria Mudanças de estado físico

Leia mais

TURMA DE REVISÃO - EMESCAM 1º SEMESTRE 2012 - QUÍMICA PILHAS

TURMA DE REVISÃO - EMESCAM 1º SEMESTRE 2012 - QUÍMICA PILHAS TURMA DE REVISÃO - EMESCAM 1º SEMESTRE 2012 - QUÍMICA Prof. Borges PILHAS 1. (Uepg 2010) A figura a seguir ilustra o esquema de uma pilha formada por um eletrodo de Zn em solução de Zn 2+ e um outro eletrodo

Leia mais

LIGAÇÕES QUÍMICAS TEORIA CORPUSCULAR

LIGAÇÕES QUÍMICAS TEORIA CORPUSCULAR LIGAÇÕES QUÍMICAS 5 TEORIA CORPUSCULAR 1 INTRODUÇÃO O fato de os gases nobres existirem na natureza como átomos isolados, levou os cientistas KOSSEL e LEWIS a elaborar um modelo para as ligações químicas.

Leia mais

UFMG - 2004 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

UFMG - 2004 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR UFMG - 2004 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR Química Questão 01 Os metais alcalinos, ao reagirem com água, produzem soluções dos respectivos hidróxidos e gás hidrogênio. Esta tabela apresenta

Leia mais

CQ049 FQ IV Eletroquímica. www.quimica.ufpr.br/mvidotti. Terça/Quarta: 15:30 17:30

CQ049 FQ IV Eletroquímica. www.quimica.ufpr.br/mvidotti. Terça/Quarta: 15:30 17:30 CQ049 FQ IV Eletroquímica prof. Dr. Marcio Vidotti LEP Laboratório de Eletroquímica e Polímeros mvidotti@ufpr.br www.quimica.ufpr.br/mvidotti Terça/Quarta: 15:30 17:30 Espontaneidade de reações eletroquímicas

Leia mais

TIPOS DE MÉTODOS ELETROANALÍTICOS

TIPOS DE MÉTODOS ELETROANALÍTICOS CONDUTOMETRIA TIPOS DE MÉTODOS ELETROANALÍTICOS CONDUTOMETRIA Baseia-se em medições de condutância das soluções iônicas (seio da solução). A condução de eletricidade através das soluções iônicas é devida

Leia mais

02/10/2017 ELETRÓLISE AQUOSA

02/10/2017 ELETRÓLISE AQUOSA ELETRÓLISE AQUOSA Ocorre quando um eletrólito é dissolvido em água (havendo ionização ou dissociação do mesmo), além dos seus íons, devemos considerar a ionização da própria água. 1 Experimentalmente,

Leia mais

Circuitos de Corrente Contínua

Circuitos de Corrente Contínua Circuitos de Corrente Contínua Conceitos básicos de eletricidade Fundamentos de Eletrostática Potencial, Diferença de Potencial, Corrente Tipos de Materiais Circuito Elétrico Resistores 1 Circuitos de

Leia mais

------------------------------------------------------------------------------ - Modelos de células de condutância. Procedimento Experimental

------------------------------------------------------------------------------ - Modelos de células de condutância. Procedimento Experimental QMC5351 Química Analítica Instrumental CONDUTIMETRIA A condutimetria é um método de análise que se fundamenta na medida da condutividade elétrica de uma solução eletrolítica. A condução da eletricidade

Leia mais

RECIFE. Colégio Salesiano Sagrado Coração. Aluna(o): Nº: Turma: 3º ano Recife, de de 2013 Disciplina: Química. Pilha (Espontâneo, ΔG < 0)

RECIFE. Colégio Salesiano Sagrado Coração. Aluna(o): Nº: Turma: 3º ano Recife, de de 2013 Disciplina: Química. Pilha (Espontâneo, ΔG < 0) RECIFE Colégio Salesiano Sagrado Coração ] Aluna(o): Nº: Turma: 3º ano Recife, de de 2013 Disciplina: Química Professor: Eber Barbosa 01 Introdução Eletroquímica é o estudo das relações existentes entre

Leia mais

Baterias de Chumbo. A A bateria de chumbo-ácido cido foi inventada por. período que remonta aos primórdios rdios das células galvânicas.

Baterias de Chumbo. A A bateria de chumbo-ácido cido foi inventada por. período que remonta aos primórdios rdios das células galvânicas. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - UFPB CENTRO DE CIENCIAS EXATAS E DA NATUREZA-CCEN DEPARTAMENTO DE QUIMICA Disciplina: FísicoF sico-química II Professora: Claudia Braga BATERIAS DE CHUMBO ALUNO: RONALDO

Leia mais

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de?

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de? Física 01. Um fio metálico e cilíndrico é percorrido por uma corrente elétrica constante de. Considere o módulo da carga do elétron igual a. Expressando a ordem de grandeza do número de elétrons de condução

Leia mais

Exercícios Sobre eletrólise em solução aquosa - Eletroquímica

Exercícios Sobre eletrólise em solução aquosa - Eletroquímica Exercícios Sobre eletrólise em solução aquosa - Eletroquímica 01. (Cesgranrio) O voltômetro de Hoffman anterior, é usado para realizar a eletrólise da água. Se a eletrólise de uma solução diluída de H

Leia mais

COVEST/UFPE 2003 2ª ETAPA

COVEST/UFPE 2003 2ª ETAPA COVEST/UFPE 2003 2ª ETAPA 97. A solubilidade do oxalato de cálcio a 20 C é de 33,0 g por 100 g de água. Qual a massa, em gramas, de CaC 2 O 4 depositada no fundo do recipiente quando 100 g de CaC 2 O 4

Leia mais

ELETROQUÍMICA, AULAS TEÓRICAS E PRÁTICAS COM AUXÍLIO DE MATERIAL ALTERNATIVO EM SALA DE AULA

ELETROQUÍMICA, AULAS TEÓRICAS E PRÁTICAS COM AUXÍLIO DE MATERIAL ALTERNATIVO EM SALA DE AULA ELETROQUÍMICA, AULAS TEÓRICAS E PRÁTICAS COM AUXÍLIO DE MATERIAL ALTERNATIVO EM SALA DE AULA 1 Gicelia Moreira 2 Morgana de Vasconcelos Araújo 1 Universidade Federal de Campina Grande/UFCG: gicelia.moreira2009@gmail.com

Leia mais

e - Zinco ZnSO 4 Zn(s) Zn 2 Zn(s) Zn 2+ (aq) + 2 e - + 0,76 V Cu(s) Cu 2+ (aq) + 2 e - - 0,34 V

e - Zinco ZnSO 4 Zn(s) Zn 2 Zn(s) Zn 2+ (aq) + 2 e - + 0,76 V Cu(s) Cu 2+ (aq) + 2 e - - 0,34 V Capítulo 7 Introdução teórica Pilhas e baterias são células eletroquímicas ou células galvânicas que produzem energia elétrica por meio de reações de oxirredução. A diferença básica é que a bateria é formada

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS Eletroquímica

LISTA DE EXERCÍCIOS Eletroquímica DISCIPLINA: Química Geral e Inorgânica PERÍODO: LISTA DE EXERCÍCIOS Eletroquímica CURSO: Engenharia de Produção e sistemas 1. Indique o número de oxidação de cada átomo nos compostos abaixo: a) CO; C:

Leia mais

Estequiometria. Prof a. Dr a. Flaviana Tavares Vieira

Estequiometria. Prof a. Dr a. Flaviana Tavares Vieira Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Bacharelado em Ciência e Tecnologia Diamantina - MG Estequiometria Prof a. Dr a. Flaviana Tavares Vieira -A palavra estequiometria deriva das palavras

Leia mais

Coeficientes de distribuição de metais pesados em solos de São Paulo. Luís Reynaldo F. Alleoni ESALQ/USP Dep. de Ciência do Solo

Coeficientes de distribuição de metais pesados em solos de São Paulo. Luís Reynaldo F. Alleoni ESALQ/USP Dep. de Ciência do Solo Coeficientes de distribuição de metais pesados em solos de São Paulo Luís Reynaldo F. Alleoni ESALQ/USP Dep. de Ciência do Solo Definição de metais pesados Química - grande grupo de elementos com: densidade

Leia mais

Célula eletroquímica ou galvânica: permite interconversão de energia química e elétrica

Célula eletroquímica ou galvânica: permite interconversão de energia química e elétrica letroquímica estuda reações químicas que envolvem transferência de elétrons Célula eletroquímica ou galvânica: permite interconversão de energia química e elétrica Pilha: química elétrica Célula eletrolítica:

Leia mais

DIODOS. Professor João Luiz Cesarino Ferreira

DIODOS. Professor João Luiz Cesarino Ferreira DIODOS A união de um cristal tipo p e um cristal tipo n, obtém-se uma junção pn, que é um dispositivo de estado sólido simples: o diodo semicondutor de junção. Figura 1 Devido a repulsão mútua os elétrons

Leia mais

Eletroquímica: Pilha e Eletrólise

Eletroquímica: Pilha e Eletrólise Eletroquímica: Pilha e Eletrólise Enem 15 semanas 1. O trabalho produzido por uma pilha é proporcional à diferença de potencial (ddp) nela desenvolvida quando se une uma meia-pilha onde a reação eletrolítica

Leia mais

Departamento de Química Inorgânica IQ / UFRJ IQG 128 / IQG ELETRÓLISE

Departamento de Química Inorgânica IQ / UFRJ IQG 128 / IQG ELETRÓLISE 10. ELETRÓLISE I. INTRODUÇÃO Como já mencionado na aula prática de reações de oxirredução, a eletricidade também pode ser usada para realizarmos reações de transferência de elétrons não espontâneas. Por

Leia mais

Teoria Atômica. Constituição da matéria. Raízes históricas da composição da matéria. Modelos atômicos. Composição de um átomo.

Teoria Atômica. Constituição da matéria. Raízes históricas da composição da matéria. Modelos atômicos. Composição de um átomo. Teoria Atômica Constituição da matéria Raízes históricas da composição da matéria Modelos atômicos Composição de um átomo Tabela periódica Raízes Históricas 6000 a.c.: descoberta do fogo 4000 a.c.: vidros,

Leia mais

PILHAS ELETROQUÍMICAS

PILHAS ELETROQUÍMICAS PILHAS ELETROQUÍMICAS As pilhas eletroquímicas são dispositivos capazes de produzir energia elétrica à custa de uma reação redox espontânea. Como as primeiras pilhas foram construídas por Galvani e Volta,

Leia mais

01) (CESGRANRIO-RJ) Considere a pilha representada abaixo. Cu(s) Cu 2+ Fe 3+, Fe 2+ Pt(s) Assinale a afirmativa falsa.

01) (CESGRANRIO-RJ) Considere a pilha representada abaixo. Cu(s) Cu 2+ Fe 3+, Fe 2+ Pt(s) Assinale a afirmativa falsa. 01) (CESGRANRIO-RJ) Considere a pilha representada abaixo. Cu(s) Cu 2+ Fe 3+, Fe 2+ Pt(s) Assinale a afirmativa falsa. a) A reação de redução que ocorre na pilha é: Cu2+ + 2 e Cu(s) b) O eletrodo de cobre

Leia mais

Considerando-se as propriedades da matéria e a partir da analise das curvas de aquecimento I e II, é correto afirmar:

Considerando-se as propriedades da matéria e a partir da analise das curvas de aquecimento I e II, é correto afirmar: 2 EXERCÍCIOS Fala Gás Nobre, está na hora de reagir! Essa é uma lista complementar, os exercícios aqui contidos irão ajudá-lo a treinar um pouco mais e aprofundar nos temas. Ao contrário a lista L1, essa

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA EXERCÍCIOS NOTAS DE AULA I Goiânia - 014 1. Um capacitor de placas paralelas possui placas circulares de raio 8, cm e separação

Leia mais

CORROSÃO DOS MATERIAIS METÁLICOS

CORROSÃO DOS MATERIAIS METÁLICOS Capítulo 8 CORROSÃO DOS MATERIAIS METÁLICOS 8.1 Conceitos gerais A corrosão pode ser definida como a dissolução eletroquímica de metais em íons, liberando elétrons, que ocorre quando metais dessemelhantes

Leia mais

Prova de Recuperação Bimestral de Ciências Nome Completo: Data: / /2010

Prova de Recuperação Bimestral de Ciências Nome Completo: Data: / /2010 COLÉGIO MARIA IMACULADA QI 05 ch. 72 LAGO SUL BRASÍLIA DF E-MAIL: cmidf@cmidf.com.br FONE: 248 4768 SITE: www.cmidf.com.br VALOR:10 pontos. NOTA: 9ºano 2º PERÍODO Prova de Recuperação Bimestral de Ciências

Leia mais

FORTALECENDO SABERES CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CIÊNCIAS DESAFIO DO DIA. Conteúdo: - O Gerador Elétrico

FORTALECENDO SABERES CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CIÊNCIAS DESAFIO DO DIA. Conteúdo: - O Gerador Elétrico CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Conteúdo: - O Gerador Elétrico CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Habilidades: - Aprender como funciona o gerador elétrico

Leia mais

Eletroquímica Eletrólise

Eletroquímica Eletrólise ] 01 Introdução Eletrólise é todo processo químico não espontâneo (ΔG > 0) provocado por corrente elétrica. Estudaremos dois tipos de eletrólise: Eletrólise Ígnea: É a eletrólise da substância fundida.

Leia mais

Resolução Comentada - Química

Resolução Comentada - Química Resolução Comentada - Química UFTM 2013 1 Fase Vestibular UFTM 2013 1 Resolução Prova de Química Tipo 1 Questão 76 A soja é considerada um dos alimentos mais completos em termos de propriedades nutricionais,

Leia mais

REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA PRODUZINDO REAÇÃO QUÍMICA

REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA PRODUZINDO REAÇÃO QUÍMICA REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA PRODUZINDO REAÇÃO QUÍMICA Porque estudar eletroquímica para o ENEM? 2015 81 2016 64 2107 95; 121 2018 93; 116 A relação entre as reações

Leia mais

Lição 5. Instrução Programada

Lição 5. Instrução Programada Instrução Programada Lição 5 Na lição anterior, estudamos a medida da intensidade de urna corrente e verificamos que existem materiais que se comportam de modo diferente em relação à eletricidade: os condutores

Leia mais

Teoria Ácido-Base e Reações Químicas

Teoria Ácido-Base e Reações Químicas Aula ao Vivo Teoria Ácido-Base e Reações Químicas Química Allan Rodrigues 27.04.2015 Existem várias teorias sobre ácidos e bases. Dentre elas, temos a teoria do químico sueco Svante August Arrhenius, que

Leia mais

AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB

AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB ELETROQUÍMICA Estuda os fenômenos envolvidos na produção de corrente elétrica a partir da transferência de elétrons em reações de óxido-redução, e a utilização de corrente

Leia mais

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO QUÍMICA CADERNO DE QUESTÕES 2014/2015

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO QUÍMICA CADERNO DE QUESTÕES 2014/2015 Informações de Tabela Periódica CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO QUÍMICA CADERNO DE QUESTÕES 2014/2015 Folha de Dados Elemento H C N O F Al Cl Zn Sn I Massa atômica (u) 1,00 12,0 14,0

Leia mais