CEN E TRO O D E E E N E SI S N I O O S U S PE P R E IO I R O E E D ES E E S N E VO V L O V L I V M I EN E TO O - CES E E S D
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- Baltazar Lombardi Prado
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1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR E DESENVOLVIMENTO - CESED FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - FACISA DIREITO EMPRESA I Professor: Jubevan Caldas de Sousa Empresário e Empresa Abandonando os antigos conceitos de comerciante e de sociedade civil (teoria do ato de comércio Sistema Francês), o novo Código Civil adota a teoria da empresa. Nesta perspectiva, cria uma categoria comum de empresário ou sociedades empresárias Englobando toda atividade econômica organizada e com finalidade lucrativa. O direito comercial, desta feita, passa a regular a atividade empresarial representada por toda ação realizada pelo empresário ou pela sociedade empresaria de forma permanente e organizada, assumindo os riscos inerentes a atividade, reunindo os fatores de produção com vistas a obtenção de lucro. 1
2 Empresário: é quem exerce profissionalmente (em nome próprio) atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços (art. 966, CC/2002). Empresa: qualquer atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços. Sociedade empresária: pessoa jurídica que exerce a atividade empresarial (art. 982, CC/2002). Estabelecimento: é o conjunto de bens operados pelo empresário. Trata-se de uma busca pela modernização dos conceitos e instituto da lei civil, já que o código anterior é datado de Este novo conceito trouxe como conseqüência a eliminação e unificação da divisão anterior existente entre empresário civil e empresário comercial, como bem anota AMADOR PAES DE ALMEIDA. Requisitos para ser considerado empresário: Exige-se: - CAPACIDADE (art. 972, CC); - está exercendo ATIVIDADE ECONÔMICA ORGANIZADA; - PROFISSIONALIDADE (art. 966, CC); - FINALIDADE LUCRATIVA*; ; e - INSCRIÇÃO no Registro Público de Empresas Mercantis (art. 967, CC). 2
3 CAPACIDADE: : Nos termos da Lei Civil podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil (ver artigos 3º e 4ª do CC/02) e não forem legalmente impedidos. A capacidade civil pela maioridade é agora alcançada aos dezoito anos, ou sendo menor de dezoito e maior de dezesseis anos em decorrência de emancipação. Observados os impedimentos que caracterizem a pessoa como absolutamente ou relativamente incapazes, como, por exemplo, a embriaguez habitual, enfermidade, deficiência mental, excepcionalidade, expressos no art. 5º do Código Civil em vigor. A incapacidade para realizar atos da vida civil pode ser relativa ou absoluta. São absolutamente incapazes: : I os menores de 16 (dezesseis) anos; II os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade (Ex: surdos-mudos, ébrios não-habituais, drogados, portadores de arteriosclerose). São relativamente incapazes: : I os maiores de 16 e menores de 18 anos; II ébrios habituais, os viciados em tóxicos, os deficientes mentais; III os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV os pródigos. Fim da incapacidade: : A incapacidade, quando relativa, não é definitiva, assim a menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos completos, ficando a pessoa habilidade para praticar todos os atos da vida civil. Observe-se, se, porém que a incapacidade para os menores cessará também em razão de emancipação, do casamento, pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação de grau em curso superior, pelo estabelecimento civil ou comercial com economia própria. 3
4 EXERCÍCIO ORGANIZADA: DE ATIVIDADE ECONÔMICA A atividade deve ser estruturada empresarialmente, ou seja, deve ser economicamente organizada e voltada para produção e circulação de bens ou de serviços. PROFISSIONALIDADE E FINALIDADE LUCRATIVA: A profissionalidade é requisito que significa a habitualidade, o exercício da atividade como profissão, e além do mais com finalidade lucrativa. Isto porque o lucro é elemento caracterizador da atividade econômica*. INSCRIÇÃO NO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCATIS: Expressamente o Código Civil determinou a obrigatoriedade da inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis, que esta a cargo das Juntas Comerciais. (Art. 967, CC/02) 4
5 Tratamento diferenciado: Importante observar que no que se refere ao empresário rural e ao empresário de pequeno porte, foram feitas ressalvas. Ao empresário de pequeno porte, foi remetido a lei dispensar tratamento diferenciado, favorecido e simplificado. Quanto ao empresário rural a Código deixa claro que o registro é facultativo, ao utilizar-se da palavra pode no art Exclui-se do conceito de empresário: Não é considerado empresário quem exerce profissão intelectual,, de natureza cientifica, literária ou artística,, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, *salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa (art. 966, parágrafo único). Isto quer dizer que os profissionais liberais não são considerados empresários, pelo fato de não se estruturarem empresarialmente, posto não cumprir tal requisito. Impedido de exercer a atividade empresarial: Assim como eram impedidos de comerciar, nos termos da teoria do ato comercial, determinadas pessoas estão impedidas de exercer atividades de empresário, mesmo sendo maiores e absolutamente capazes. 5
6 Impedido de exercer a atividade empresarial: os funcionários públicos federais, estaduais, municipais e militares; os magistrados (Juízes) e membros do Ministério Público (Promotores); os empresários falidos, enquanto não reabilitados; e os condenados a pena que vede o acesso a cargos públicos, por crime de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade. Os impedimentos em razão de condenação só valem enquanto perdurarem os efeitos. PREVARICAÇÃO: não cumprimento do dever a que está obrigado em razão de ofício, cargo ou função, por improbidade ou má-fé; PEITA ou SUBORNO: acordo ou ajuste, de caráter ilícito, em virtude do qual, mediante paga ou promessa de pagamento, a outra parte praticará ato em violação aos deveres que lhe são impostos; CONCUSSÃO: difere do suborno por ser obtida mediante imposição, coação ou ameaça; PECULATO: Apropriação, subtração, consumo ou desvio de valores ou bens móveis pertencentes à Fazenda Pública ou que se encontrem em poder do Estado, praticado por funcionário público, que os tenha sob sua guarda ou responsabilidade, em razão de cargo, da função ou do ofício, seja em proveito próprio ou alheio; À PARTE: O Direito Civil, assim como o Direito Comercial, é um ramo do Direito Privado formado por um conjunto de normas jurídicas que regula as relações entre as pessoas e entre estas e seus bens. Assim, o Código Civil na parte geral define a personalidade civil, a capacidade para exercício dos direitos, dispõe sobre o domicilio das pessoas, sua finalidade e importância, como também classifica os bens (objeto do direito), e trata da teoria dos fatos e atos jurídicos. 6
7 DA PERSONALIDADE: Pessoas Naturais e Jurídicas Pessoas Naturais: é o ser humano, pessoa física. Pessoa Jurídica: é um agrupamento de pessoas ligadas por um interesse e fins comuns. Em oposição à pessoa natural, expressão adotada para indicação da individualidade jurídica constituída pelo homem, é empregada para designar as instituições, corporações, associações e sociedades, que, por força ou determinação da lei, se personalizam, tomam individualidade própria, para constituir uma entidade jurídica, distinta das pessoas que a formam ou que a compõem. PESSOAS JURÍDICAS (Classificação) Pessoa Jurídica de Direito Público INTERNO EXTERNO UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS NAÇÕES ESTRANGEIRAS ORGANISMOS INTERNACIONAIS PESSOAS JURÍDICAS (Classificação) Pessoa Jurídica de Direito Privado ASSOCIAÇÕES SOCIEDADES (civis, mercantis, científicas, religioaas, literárias, esportivas, etc.) FUNDAÇÕES SINDICATOS 7
8 Nos termos da lei civil (art. 2º, CC/02) a personalidade civil da pessoa física começa com o nascimento com vida, sendo, porém resguardado o direito do nascituro. Para as pessoas jurídicas, a existência começa com a inscrição de seus atos constitutivo, estatuto social, contrato social ou compromissos no registro público competente (art. 45, CC/02) e termina com sua dissolução ou falência. São representadas em juízo ou perante terceiros (para firmar contratos, por exemplo), por seus representantes legais. 8
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