CÂNCER DO COLO DO ÚTERO. Maria da Conceição Muniz Ribeiro
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- Elza Ximenes Sintra
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1 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO Maria da Conceição Muniz Ribeiro
2 O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), por isso é importante a sua realização periódica. A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos. É o segundo tumor mais freqüente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causam de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz vítimas fatais e apresenta novos casos. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esses tipos de lesão são localizados. Mulheres
3 ESTIMATIVAS Estimativas de novos casos: Para o ano de 2014, no Brasil, são esperados casos novos de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 15,33 casos a cada 100 mil mulheres o câncer do colo do útero é o mais incidente na região Norte (23,57/ 100 mil). Nas regiões Centro-Oeste (22,19/ 100 mil) e Nordeste (18,79/ 100 mil), é o segundo mais freqüente. Na região Sudeste (10,15/100 mil), o quarto e, na região Sul (15,87 /100 mil), o quinto mais freqüente
4 EVOLUÇÃO DA DOENÇA ESTÁGIO 1 = invade o colo do útero (antes do tumor se instalar, surgem alterações na camada superficial das células do colo). A detecção e tratamento delas impede o surgimento da doença, a probabilidade de sobrevida de 5anos com tratamento é de 95%. ESTÁGIO 2 = ainda limitado à região pélvica. Probabilidade de sobrevida de 5 anos com tratamento é de 75%. ESTÁGIO 3 = vai para a vagina ou parede pélvica. Probabilidade de sobrevida de 5 anos com tratamento é de 45%. ESTÁGIO 4 = atinge órgãos próximos ou de outras partes. Probabilidade de sobrevida de 5 anos com tratamento é de 20%.
5 FATORES DE RISCO Atividade sexual: múltiplos parceiros sexuais, idade precoce no primeiro coito. Tabagismo Baixo estado socioeconômico Deficiências nutricionais Infecção cervical crônica
6 MEDIDAS PREVENTIVAS Exames pélvicos regulares e testes de Papanicolau para todas as mulheres. Educação relacionada com a saúde reprodutiva e sexo mais seguro Cessação do tabagismo. Vacina quadrivalente protege contra o HPV tipos 6, 11, 16 e 18 e a vacina bivalente só contra os tipos 16 e 18. Diretrizes publicadas recentemente pelo Center for Disease Control (CDC), de Atlanta, estabeleceram, como rotina, a vacina quadrivalente, atualmente a única aprovada pelo Food and Drugs Administration (FDA) americano. A vacina é recomendada para mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual. A idade sugerida para vacinação é aos 11 e 12 anos, podendo ter inicio a partir dos 9 anos. São aplicadas três doses intramusculares com intervalos de dois e seis meses após a primeira dose.
7 Os adenocarcinomas começam nas glândulas produtoras de muco e, com freqüência, são decorrentes de infecção por HPV. Muitos cânceres cervicais, quando não detectados e tratados, disseminam-se para os linfonodos pélvicos regionais, e a recidiva local não é comum. O câncer cervical precoce raramente produz sintomas. Quando os sintomas estão presentes, eles podem passar despercebidos como uma fina secreção vaginal aquosa frequentemente notada depois da relação sexual ou da ducha. Quando ocorrem os sintomas, como a secreção, sangramento irregular ou sangramento depois da relação sexual, a doença pode estar avançada.
8 No Câncer avançado, a secreção vaginal aumenta gradualmente e torna-se aquosa e, por fim, escura e com odor fétido pela necrose e infecção do tumor. Os sangramentos, que acontecem a intervalos irregulares entre os períodos (metrorragia) ou depois da menopausa, podem ser discretos. À medida que a doença continua, o sangramento pode persistir e aumentar; dor na perna, disúria, sangramento retal e edema dos membros sinalizam a doença avançada.
9 DIAGNÓSTICO Esfregaço de Papanicolau, seguidos de resultados de biópsia, identificando a displasia grave. Os resultados da biópsia podem indicar o Carcinoma in Situ. O Carcinoma in Situ é tecnicamente classificado como displasia grave e é definido como câncer que se estendeu através da totalidade da espessura do epitélio do colo
10 TRATAMENTO Crioterapia: Congelamento com óxido nitroso ou terapia com laser. Procedimento de excisão com eletrocautério de alça (leep): nesse procedimento, uma fina alça com laser é empregada para destacar uma fina camada de tecido cervical. Radioterapia: usada no tratamento inicial Terapia Hormonal: medicamentos à base de acetato de medroxiprogesterona são agentes pro gestacionais Quimioterapia: com antineoplasicos.
11 TRATAMENTO CIRÚRGICO HHisterectomia total remoção do útero, colo e ovários HHisterectomia radical remoção do útero, ovários, tubos de falópio, vagina proximal e linfonodos bilaterais HHisterectomia vaginal e radical remoção vaginal do útero, ovários, tubas de falópio e vagina proximal. LLinfadenectomia pélvica bilateral remoção dos linfonodos e vasos linfáticos elípticos comuns. Ecentração pélvica remoção de órgãos pélvicos, inclusive bexiga e reto. Traquelectomia radical remoção de colo e linfonodos.
12 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM AAnsiedade relacionada com o diagnóstico e cirurgia. DDisfunção sexual relacionada com a alteração na imagem corporal DDéficit de autocuidado, relacionada com a falta de compreensão sobre o cuidado com a incisão e o estado geral da saúde PProcessos familiares alterados Risco para angústia espiritual
13 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ OPERATÓRIO Realizar visita pré operatória de enfermagem Apoio emocional no familiar Orientar quanto a realização da dieta zero de 8 horas e higiene corporal Detectar anormalidades de pele que empeçam o ator cirúrgico Promover a profilaxia de infecções no pós operatório através do banho corporal, tricotomia e anti-sepsia da área cirúrgica. Orientar quanto às rotinas da unidade Verificar sinais vitais Checar exames pré-operatórios Conferir mapa cirúrgico: Atentar para o nome do cliente, cirurgia proposta e leito.
14 AÇÕES DE ENFERMAGEM NO INTRA OPERATÓRIO rrecebimento do paciente no C.C. proporcionando ambiente calma, para diminuir a ansiedade AAdmitir o paciente no C.C. PPosicionar o paciente na mesa cirúrgica para realizar anestesia e cirurgia e realizar cateterismo vesical IInstalar a placa neutra de unidade de eletro cirurgia Realizar registro de enfermagem.
15 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO Checar no prontuário, as perdas líquidas do paciente, procedimento realizado em procedimento realizado em intercorrências no trans operatório. Perdas: Impresso de anestesia. Ato cirúrgico: Impresso da cirurgia. Realizar exame físico, avaliar pele e mucosas, investigando alterações presentes (cianose, temperatura, coloração) Observar e avaliar curativo Verificar sinais vitais de 15 em 15 minutos na 1ª hora, 30 em 30 minutos na 2ª hora e de hora em hora nas horas subseqüentes. Avaliar o nível de consciência Instalar balanço hídrico Posicionar adequadamente o paciente, mantendo a cabeça lateralizada para o lado direito com intuito de evitar broncoaspiração. Evitar ânsia de vômito.
16 PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO Monitorização de sinais vitais Distúrbios psicoemocionais: conversar com a paciente para diminuir a ansiedade, solicitar avaliação da psicologia, solicitar avaliação médica quanto à administração de medicamentos Orientar quanto as ações de auto cuidado Orientar quanto a sexualidade orientá-lo a respeito dos efeitos da cirurgia, sobre a imagem corporal, atração sexual e funcionamento. Realizar visita pós operatória de enfermagem, avaliando a sistematização da assistência de enfermagem no pré e no intra operatório.
17 ÚTERO É VIDA!
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