Crescimento a várias velocidades Perspectivas Económicas Regionais para a África Subsariana
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- Eric Bicalho Ávila
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1 Crescimento a várias velocidades Perspectivas Económicas Regionais para a África Subsariana Departamento de África Fundo Monetário Internacional Dezembro de 216
2 Plano geral A desaceleração Causas e consequências Onde estão os pontos positivos? Como o crescimento pode ser retomado? 2
3 A desaceleração do crescimento é aguda, Crescimento do PIB real: 216 Percentagem : 5,3 % 215: 3,4 % 216: 1,4 % 1 t=216 t-4 t-3 t-2 t-1 t t+1 t+2 t+3 t+4 3
4 lembra desacelerações graves no passado, 6 5 Crescimento do PIB real: 216 v. desacelerações passadas t=216 Episódios anteriores: 1977, 1983, 1992, 29 4 Percentagem t=centro dos quatro ciclos anteriores t-4 t-3 t-2 t-1 t t+1 t+2 t+3 t+4 4
5 Percentagem está em descompasso com o crescimento mundial, Crescimento do PIB real: Desaceleração atual 6 5 África Subsariana Mundo t=216 t-4 t-3 t-2 t-1 t t+1 t+2 t+3 t+4 5
6 Percentagem Percentagem está em descompasso com o crescimento mundial, Crescimento do PIB real: Desaceleração atual Crescimento do PIB real: Desacelerações passadas 6 5 África Subsariana Mundo 6 5 África Subsariana Mundo t=216 1 t=centro dos quatro ciclos anteriores t-4 t-3 t-2 t-1 t t+1 t+2 t+3 t+4 t-4 t-3 t-2 t-1 t t+1 t+2 t+3 t+4 6
7 e implica a menor expansão desde Crescimento do PIB real, , Percentagem
8 Percentagem Mas, mais do que nunca, porém, a heterogeneidade do crescimento é impressionante, Crescimento do PIB real, Média Média Média Média Exportadores de petróleo Outros países intensivos em recursos Países não intensivos em recursos 8
9 216, percentagem com a desaceleração agregada sofrendo forte influência do abrandamento da actividade nos países exportadores de matériaprimas, Crescimento do PIB real, Países intensivos em recursos Países não intensivos em recursos Crescimento CIV em TZA SEN aceleração KEN RWA MDG SWZ ZAF MLI COG AGO MOZ GHA ZMB ZWE ETH SLE TCD Crescimento em NGA desaceleração Média 21 14, percentagem 9
10 devido à sua grande quota no produto regional. Crescimento do PIB real, , percentagem Países intensivos em recursos Países não intensivos em recursos Crescimento em aceleração MLI MDG ZAF SEN CIV KEN COG AGO NGA TZA MOZ ZMB RWA GHA ZWE ETH SLE Crescimento em desaceleração Média 21 14, percentagem 1
11 Plano Geral A desaceleração Causas e consequências Onde estão os pontos positivos? Como o crescimento pode ser retomado? 11
12 São quatro os motivos desta forte desaceleração: A pressão contínua decorrente dos baixos preços das matérias-primas Condições de financiamento mais restritivas Demora na aplicação das políticas económicas necessárias Outros factores nacionais específicos, como secas e perturbações políticas 12
13 Guiné Equatorial Congo, Rep. Angola Gabão Chade Nigéria Congo, Rep. Dem. Zâmbia Libéria Níger Camarões Serra Leoa África do Sul Gana Guiné Burkina Faso Zimbábue Rep. Centro-Africana Variação acumulada, pontos percentuais do PIB Mali Namíbia Tanzânia Botsuana O choque nos termos de troca tem sido de uma magnitude histórica para os exportadores de petróleo Variação acumulada nos termos de troca das matérias-primas, Exportadores de energia, variação Outros países intensivos em recursos, variação Variação Exportadores de petróleo Outros países intensivos em recursos 13
14 Ago/16 Jul/16 Jun/16 Mai/16 Abr/16 Mar/16 Fev/16 Jan/16 Dez/15 Nov/15 Out/15 Set/15 Ago/15 Jul/15 Jun/15 Mai/15 Abr/15 Mar/15 Fev/15 Jan/15 Dez/14 Nov/14 Out/14 Set/14 Ago/14 Jul/14 Jun/14 Mai/14 Abr/14 Mar/14 Fev/14 Jan/14 As condições de financiamento se tornaram mais restritivas, Mercados de fronteira da ASS em contexto: Rendimentos de Eurobonds, Exportadores de petróleo Outros intensivos em recursos Não intensivos em recursos Países comparáveis Rendimento médio, agosto de 216 (%) Angola 9,3 Camarões 8, Gabão 7,5 Nigéria 6, Gana 9,3 África do Sul 4,2 Tanzânia 4,3 Zâmbia 9,1 Côte d'ivoire 5,6 Etiópia 6,9 Quênia 7,2 Moçambique 16,9 Ruanda 6,4 Senegal 5,8 Azerbaijão 5,5 Bolívia 2,7 Egito 6,6 Honduras 4,8 Cazaquistão 4,9 Mongólia 8, Paquistão 5,9 Vietnã 3,3 Inferior a 6% Superior a 6% e inferior a 7% Superior a 7% e inferior a 8% Superior a 8% Sem dados disponíveis 14
15 Rendimento de Eurobonds, percentagem Preço do petróleo bruto, USD sobretudo para os exportadores de petróleo, Angola: Rendimento de Eurobonds e preço do petróleo Rendimento de Eurobonds de Angola (esq.) Preço do petróleo (dir.) Nov/15 Dez/15 Jan/16 Fev/16 Mar/16 Abr/16 Mai/16 Jun/16 Jul/16 Ago/16 Set/
16 Mil milhões de USD o que reduziu o acesso da região aos mercados. Emissões de títulos soberanos no mercado internacional Angola Côte d'ivoire Gabão Camarões Etiópia Gana Quênia Namíbia Ruanda Tanzânia Moçambique Nigéria Senegal Zâmbia ¹ 1 Até meados de setembro de
17 As consequências do colapso dos ganhos com as matérias-primas estão a espalhar-se Exportadores de petróleo: Contributo para o crescimento por fontes de procura, Exportações líquidas Investimento público Consumo público Investimento privado Consumo privado Crescimento do PIB (%) 6 Pontos percentuais Exportadores de petróleo, média Exportadores de petróleo, média
18 Saldo corrente (percentagem do PIB) o que produz grandes desequilíbrios macroeconómicos. Variação dos saldos corrente e orçamental, Exportadores de petróleo Outros países intensivos em recursos Saldo orçamental (percentagem do PIB) 18
19 A inflação teve uma forte aceleração em alguns casos, Inflação Inflação, percentagem Média Mais recente Angola Nigéria Guiné Equatorial Congo, República do Camarões Gabão Chade Guiné Serra Leoa Gana Tanzânia Congo, Rep. Dem. do Libéria Zâmbia Botsuana Namíbia Rep. Centro-Africana África do Sul Zimbábue Mali Burkina Faso Níger Malaui Etiópia São Tomé e Príncipe Uganda Burundi Quênia Madagáscar Moçambique Suazilândia Gâmbia Lesoto Ruanda Maurícias Seicheles Benin Côte d'ivoire Cabo Verde Togo Comoros Guiné-Bissau Senegal Exportadores de petróleo Outros países intensivos em recursos Países não intensivos em recursos 19
20 o que reflecte depreciações do câmbio Variação dos termos de troca das matérias-primas e da taxa de câmbio efectiva nominal, 216 v. 213 Depreciação face ao dólar desde dezembro de 213 (+ indica depreciação) Taxa de câmbio efetiva nominal, variação (mais recente), percentagem África Subsariana Países comparáveis BRN KWT COG GNQ AGO TKM IRQ ARE SAU QAT OMN GAB DZA VEN AZE KAZ BHR TTO TCD BOL RUSIRN NGA ECU YEM COD SDN MYS MNG SLE COL ZMB Percentagem Angola Nigéria Zâmbia Spread com taxa paralela, mais recente disponível Variação da taxa de câmbio, dez. 213 ago. 216 Gana África do Sul Namíbia Tanzânia Guiné Libéria Zimbábue RDC Serra Leoa Botsuana Termos de troca dos produtos primários, variação , % do PIB Exportadores de petróleo Outros países intensivos em recursos 2
21 e uma política monetária bastante acomodativa em alguns casos. Taxa real de política monetária, Angola Nigéria CEMAC Gana Pontos-base Zâmbia Namíbia África do Sul Uganda Quênia Ruanda Exportadores de petróleo Outros países intensivos em recursos Países não intensivos em recursos Taxa real de política monetária, out. 214 Taxa real de política monetária, ago
22 O ajustamento orçamental foi limitado, com défices a crescer apesar de cortes nas despesas na maioria dos casos. 15 Variação do saldo orçamental, 216 v. 213 Percentagem do PIB Gastos (+ indica cortes de gastos) Saldo global -1 Congo, República do Angola Gabão Nigéria Camarões Chade Guiné Equatorial Botsuana Namíbia Congo, Rep. Dem. do Níger Zimbábue Zâmbia Serra Leoa Libéria Mali Tanzânia África do Sul Burkina Faso Rep. Centro-Africana Guiné Gana Exportadores de petróleo Outros países intensivos em recursos 22
23 As reservas externas estão sob pressão, Reservas internacionais em meses de importações, Meses de importações Mais recente Out/14 Botsuana Angola Nigéria África do Sul Zâmbia Serra Leoa Libéria Tanzânia Gana Namíbia Guiné Congo, Rep. Dem. Zimbábue Sudão do Sul UEMOA CEMAC 23
24 assim como os balanços dos bancos. Crédito bancário mal parado, Percentagem do total de empréstimos Serra Leoa Níger Libéria Gana Angola Camarões Tanzânia Gabão Nigéria Congo, República do Botsuana África do Sul Namíbia Senegal Burundi Madagáscar Suazilândia Seicheles Maurícias Quênia Ruanda Uganda Moçambique Lesoto Países intensivos em recursos Países não intensivos em recursos 24
25 Plano Geral A desaceleração Causas e consequências Onde estão os pontos positivos? Como o crescimento pode ser retomado? 25
26 O crescimento económico foi robusto durante o ciclo mais recente, Distribuição do crescimento na África Subsariana, Mediana=5 Média ponderada=5.3 8 Angola Frequência África do Sul Nigéria Percentagem 26
27 Frequência e, claro, muitos países da região continuam a sustentar um crescimento razoavelmente alto, Distribuição do crescimento na África Subsariana, Média ponderada=1.4 Mediana=3.8 Benin Camarões Guiné-Bissau Seicheles Uganda Burkina Faso, República Centro- Africana, Mali, Niger, Togo Nigéria Angola África do Sul Quênia Ruanda Etiópia Senegal Côte d'ivoire Tanzânia Percentagem 27
28 Pontos percentuais com poucas alterações, de modo geral, nas fontes de procura, Países não exportadores de matérias-primas: Contributo para o crescimento por fontes de procura, Exportações líquidas Investimento público Consumo público Investimento privado Consumo privado Crescimento do PIB (%) Média, Média, de 45 países estão a crescer +/- 1 ponto percentual da média de Costa do Marfim, Tanzânia, Senegal e Ruanda figuram entre os países com crescimento igual ou superior a 6% 28
29 Saldo corrente (percentagem do PIB) mas os amortecedores também foram corroídos nestes países. Países não exportadores de matérias-primas: Variação dos saldos orçamental e corrente, Saldo orçamental (percentagem do PIB) 29
30 O desafio para eles é ajustar melhor os gastos, 1 2 Países não exportadores de matéria-prima: Saldo orçamental, Percentagem do PIB Faixa interquartil Mediana
31 de modo a conter a acumulação de dívida. Países não exportadores de matérias-primas: Dívida do sector público, Percentagem do PIB Faixa interquartil Mediana
32 Plano Geral A desaceleração Causas e consequências Onde estão os pontos positivos? Como o crescimento pode ser retomado? 32
33 Para 217, a previsão é de uma retoma modesta na região, condicionada por acções imediatas de política económica. Percentagem Crescimento do PIB real : 216 v. desacelerações passadas Mas os riscos são consideráveis: t=216 Novos atrasos na implementação de políticas económicas Riscos políticos em alguns casos 2 1 t=centro dos quatro ciclos t-4 t-3 t-2 t-1 t t+1 t+2 t+3 t+4 Riscos na conjuntura mundial (turbulência nos mercados financeiros, redução do crescimento mundial, etc.) 33
34 Em toda a região, a questão central agora é o ritmo do ajustamento: Nos exportadores de matéria-prima, dada a limitação de amortecedores, restrições de financiamento e desequilíbrios macroeconómicos elevados, um ajustamento significativo e urgente é necessário: Aperto das finanças públicas (dentro do possível, sem prejudicar o crescimento; por ex., reformas dos subsídios); O ajustamento orçamental precisa ser ainda maior nos países membros de uniões monetárias; O câmbio deve ser ajustado para absorver as pressões externas, onde for possível, em combinação com uma política monetária mais restritiva para conter a inflação; A única opção para abrandar o ritmo do ajustamento é conseguir inseri-lo num quadro de médio prazo fiável suportado por financiamento concessional suficiente. Nos países que ainda registam crescimento acelerado, a atenção deve recair sobre a reconstrução dos amortecedores ao reduzir os défices e fazer face às necessidades de investimento por meio do aumento da mobilização de receitas. 34
35 Reformas estruturais necessárias em toda a região: Reformas para a mobilização de receitas internas para reduzir a dependência excessiva das receitas relacionadas às materias-primas Racionalização das despesas para evitar cortes abruptos nas despesas em capital produtivo e apoiar a agenda da diversificação Reformas para aumentar a eficiência das despesas e reduzir os subsídios não direcionados Preservar as redes de segurança social viradas para os segmentos mais vulneráveis da população 35
36 Muito obrigado! A versão em linha do Regional Economic Outlook for Sub-Saharan Africa já está disponível em 36
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