Sistema de governo no qual o presidente da República é o chefe de governo e chefe de Estado. Caracteriza pela separação de poderes (Leg/Jud/Exec);
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- Juliana Bernardes Mascarenhas
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1 O Poder Executivo 1
2 Presidencialismo Conceito Formal Sistema de governo no qual o presidente da República é o chefe de governo e chefe de Estado. Caracteriza pela separação de poderes (Leg/Jud/Exec); EUA como modelo e predominante na AL; Interdependência funcional entre os órgãos.
3 Centro da Gravidade Presidente como centro da gravidade do regime político (Amorim Neto, 2004). Diferente do presidencialismo norte-americano que tem o Congresso como mais relevante na política doméstica. No Brasil, o Presidente é um dos mais fortes do mundo e esta centralidade deriva: Prerrogativas constitucionais; Fatores históricos; Padrão de carreiras políticas.
4 Centro da Gravidade Presidente como centro da gravidade do regime político (Amorim Neto, 2004). Diferente do presidencialismo norte-americano que tem o Congresso como mais relevante na política doméstica. No Brasil, o Presidente é um dos mais fortes do mundo e esta centralidade deriva: Prerrogativas constitucionais; Fatores históricos; Padrão de carreiras políticas.
5 Poderes do Presidente Apresentam ampla variação (Carey e Shugart, 1992): Reativos: sustentar o status quo com preferências do legislativo distintas (poder de veto); Proativos: mudanças no status quo antes do legislativo iniciar por conta própria (MPs e Decretos). Objetivos do Presidente: 1. Implementar seu programa de governo; 2. Maximizar o controle sobre a burocracia (subordinado ao 1).
6 Taxa de Coalescência dos Governos Mede a congruência entre as cotas de participação ministerial e o peso do partido no Legislativo. Varia de 0 (nenhum ministro partidário) e 1 (perfeita correspondência entre a participação no gabinete e o peso legislativo). É afetada: Positivamente pelo tamanho do partido do presidente; Negativamente por chefes do Executivo extremistas com poder de decreto-lei; Pela amplitude do poder de veto presidencial; Pelo transcurso do mandato.
7 Taxa de Coalescência - Efeitos Depende do relevo político (efeito honeymoon) e econômico e impacta a governabilidade; Déficit fiscal tende a ser atenuado quando a taxa de coalescência é alta em governos multipartidários; Gabinetes unipartidários majoritários e altamente partidarizados duram mais, enquanto a taxa de coalescência se revela como um importante determinante da estabilidade ministerial; Presidentes (Coal = 0,64) tem mais opções do que Primeiro-Ministros (0,86) para montar o Ministério.
8 Padrão de carreiras políticas Passagens curtas pelo legislativo como 'plataformas' para cargos no executivo (Samuels, 2000; 2003); Preferência por carreiras do Executivo em todas as esferas; Pouco tempo na Câmara tem efeito sobre a capacidade de aprovar leis de sua autoria, o que realça a presença do Executivo no processo legiferante (Amorim Neto e Santos, 2003).
9 Prerrogativas Constitucionais Vasto império administrativo (BNDES; Banco Central, BB/CAIXA, Estatais, Petrobrás, Agências); Considerável autonomia nas nomeações e na gestão orçamentária-financeira; Amplo poder legislativo: : 57% do total de leis promulgadas são de autoria do Executivo; : esse percentual se eleva para 86%.
10 Prerrogativas Legislativas Iniciativa em Projetos de lei; emendas constitucionais, iniciativa legislativa exclusiva no que diz respeito à administração pública e ao orçamento. Tramitação em regime de urgência Veto total e parcial de leis aprovadas; Medidas Provisórias.
11 Formação do Governo Amplos poderes sobre a administração pública (nomear e demitir ministros livremente); A nomeação de ministros tem outras duas dimensões que não estão expressas na CF: 1) Relações com o Congresso; 2) Relações com os outros entes federados, 'a força política das unidades da federação.
12 Interação entre Executivo e Partidos Políticos Variável chave: grau de autonomia do Executivo diante das demandas partidárias; 1. Separação entre governo e partido: autonomia ampla para o Presidente da República; 2. Fusão entre Executivo e Partido: maiorias partidárias constituídas e consolidadas; 3. Coalizão entre Poder Executivo e Partidos: governo baseado em coalizões legislativas.
13 Formação do Governo Amplos poderes sobre a administração pública (nomear e demitir ministros livremente); A nomeação de ministros tem outras duas dimensões que não estão expressas na CF: 1) Relações com o Congresso; 2) Relações com os outros entes federados, 'a força política das unidades da federação.
14 Relações com o Congresso Desafio: equilíbrio entre o apoio parlamentar máximo e um patamar mínimo de conhecimento técnico nas áreas da APF; Composição: Multipartidária com maior ou menor grau de fragmentação e heterogeneidade ideológica (FHC e Lula); Tamanho do Executivo no governo (Collor); Proporcionalidade (Ministérios e Bancada); Cota técnica (áreas chaves), bem mais alta que em regimes parlamentaristas;
15 Dimensão Regional dos Ministérios São Paulo com maior participação (Paulistério), sobretudo, nos governos FHC e Lula; O estado do presidente é sobrerrepresentado, regra geral; Efeitos sobre a representação do Estado dos resultados eleitorais (alianças); Predominância de representantes de Estados mais ricos e mais populosos (questão da desigualdade regional).
16 Perspectiva Histórica Presidencialismo nasce em 1889 e se institucionaliza mediante compromisso entre Presidência e governadores (Santos, 2004): Respeito á autonomia dos estados; Congressistas dependentes dos chefes estaduais. República de 46: a extrema centralização administrativa, fruto do Estado Novo, torna os estados dependentes dos recursos federais: Princípio de governo de controles múltiplos; Presidencialismo de Coalizão.
17 Presidencialismo de Coalizão Organização da base de sustentação através da distribuição de postos na estrutura do Executivo e de verbas orçamentárias aos grandes partidos que garantiriam os votos necessários à aprovação do programa de governo (Abranches, 1988); Freios e Contrapesos é introduzida no país pela via do multipartidarismo, por sua vez, estimulado pelo sistema proporcional com listas abertas em distritos de grande magnitude; Na América Latina, alguns países praticam diferentes formas de governos majoritários de coalizão (Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai).
18 Presidencialismo de Coalizão Altamente complexo, mas democrático. Maximiza accountability: porque as eleições presidenciais definem de forma clara e precisa quem [e o responsável pela administração do país; Maximiza representatividade: porque a separação de poderes, combinada com o pluripartidarismo, estimulado pelo sistema proporcional, exige que o chefe do Executivo negocie permanentemente a aprovação da sua agenda. No Brasil, a composição dos ministérios aliada ao poder de agenda do Presidente e a centralização decisórios dos líderes no Congresso tem efeitos positivos sobre a disciplina ao governo, embora ela tenda a se reduzir durante o mandato.
19 Perspectiva Global Variação nas nomeações do gabinete (primeiro escalão) pode ajudar a explicar as diferenças na elaboração de políticas públicas e na representação de interesses (Amorim Neto e Samuels, 2010); Como a variação na separação de poderes entre Executivo e Legislativos afeta duas questões críticas para o estudo do primeiro escalão: 1. Relação entre membros de partidos versus tecnocratas e cota pessoal do presidente; 2. Proporcionalidade dos partidos governistas.
20 Perspectiva Global Hipótese: o fator determinante na variação da partidarização do gabinete partidarismo e de sua da proporcionalidade é o sistema de governo: A única substancial diferença entre sistemas em termos da natureza da nomeações do gabinete está entre presidencialismo puro e todas as outras formas de democracia (semi-presidencialismo e parlamentarismo). Resultados confirmam a hipótese, com base na percentagem média de ministros não partidários: Parlamentarismo (2,5%); Semi-presidencialism (7%); Presidencialismo (21%). Brasil (47%).
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