EDUCAR A INFÂNCIA: Como as crianças aprendem?
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- Regina Santiago Vilalobos
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1 EDUCAR A INFÂNCIA: Como as crianças aprendem? PROFA. DRA. ANDRÉA SERPA UFF andreaserpauff@gmail.com
2 Alguns princípios... Aprender a fazer: o trabalho como um princípio educativo; Aprender a aprender: a pesquisa como um princípio educativo; Aprender a ser: a identidade como um princípio educativo; Aprender a conviver: o outro como um princípio educativo;
3 Aprendemos fazendo e pensando sobre o que fazemos; Resolvendo problemas reais buscamos conhecimentos reais; Trabalhinhos formam pessoas inhas. Trabalho é onde o sujeito se produz, onde ele se apropria do mundo, o transforma e se transforma; Transformamos o mundo e nos transformamos pelo uso das múltiplas linguagens que criamos: a matemática, a escrita, a cartografia, a astronomia, a musica, a dança, a literatura... O TRABALHO COMO PRINCÍPIO A PESQUISA COMO PRINCÍPIO O Conhecimento produzido em redes rompe barreiras de tempo e espaço, de idade, classe social, culturas...; Conhecer não é colecionar informações: conhecer é saber buscar, selecionar, relacionar, refletir e estabelecer usos para a informação; As crianças e adolescentes não são receptáculos de informações sobre as linguagens; são sujeitos inseridos em um mundo de redes de comunicação; as informações são efêmeras, ocasionais, mas saber produzí-las, interpretá-las, aplicá-las e resignificalas
4 Crianças e Jovens do século XXI são crianças e jovens do século XXI estudando em uma escola que AINDA espera que fossem do século XVIII; Compreender os tempos e espaços dos nossos alunos nos ajuda a compreender suas lógicas e seus processos de aprendizado; ignorar quem é o sujeito que aprende é fracassar na possibilidade de ensinar; A escola precisa parar de se colocar atrás do processo de desenvolvimento e assumir a dianteira; Quem é o sujeito que formamos? Quem queremos formar? Para que mundo? Cartilhas, letra cursiva, vogais, famílias silábicas, consciência fonológica babas, bebes e bolos ainda???? Por que se há pelo menos 50 anos isso só contribui para o fracasso escolar? A IDENTIDADE COMO PRINCÍPIO QUEM É MEU ALUNO? DO QUE ELE TEM MEDO? O QUE ELE PENSA? O QUE ELE SABE? O QUE ELE SONHA? O QUE ELE QUER APRENDER? A ESCOLA SE INTERESSA POR ELE?
5 O Trabalho, a pesquisa e a construção da identidade são processos coletivos; O OUTRO é o meu excedente de visão (cada ponto de vista é a vista de um ponto!) Só ensino ao outro quando aprendo sobre o outro e com o outro; só ensino quando acredito no outro e em sua capacidade de ensinar e aprender; Na escola toda e qualquer prática pedagógica pode e deve ser usada para a produção de conhecimentos significativos, relevantes através da interação, humanização e construção de identidades coletivas; o contrário é reproduzir um mundo doentio que estamos assistindo: egoísta, competitivo, desumano, perverso, violento; Na escola ensinar e educar são dimensões indissociáveis de um fazer ético; ignorar isso é ignorar a natureza da ação pedagógica O OUTRO COMO PRINCÍPIO Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDB 9394/96)
6 COMO AS CRIANÇAS APRENDEM? Crianças estão em processos de aprendizagem e desenvolvimento continuamente e dos 0 aos 06 anos é o período da vida humana que esse processo é mais intenso e jamais se reproduzirá; Crianças nos ensinam como educá-las. Nosso adultocentrismo é que nos impede de aprender; Crianças pensam, representam e constroem conceitos sobre o mundo; ao ignorar isso dificultamos o processo; Práticas de consideradas adequadas aos processos de aprendizagem de jovens e adultos não são adequadas as crianças; A aprendizagem não deve ser uma ANTECIPAÇÃO ou PREPARAÇÃO das etapas futuras. Só é de fato preparatória a aprendizagem que respeita as etapas e processos específicos de cada etapa
7 Crianças APRENDEM brincando, desenhando, ouvindo histórias, movendo-se, criando, pesquisando, interagindo; Os currículos devem ser centrados na produção e não na reprodução dos conhecimentos; Quanto mais experiências as crianças desenvolverem na produção de sistemas de representação, narrativas, autorias, mais competências comunicativas desenvolveram; mais facilmente aprenderam novos sistemas de representação sejam eles linguísticos, matemáticos, espaciais etc. Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade
8 Orientações Curriculares Nacionais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil Criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (art.4º). Art. 9º As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira, garantindo experiências que: I - promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;
9 II - favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical; III - possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos; IV - recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaçotemporais; V - ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas; VI - possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, autoorganização, saúde e bem-estar;
10 VII - possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e reconhecimento da diversidade; VIII - incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza; IX - promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura X - promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais; XI - propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras; XII - possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos.
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