Dinâmica dos investimentos produtivos internacionais

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1 Dinâmica dos investimentos produtivos internacionais Aula 6_Teorias do IED profa. Maria Caramez Carlotto SCB 2 quadrimestre de 2015

2 Qual a nossa pergunta essencial? Internacionalização e produção de alta tecnologia (3ª Revolução industrial) Expansão e diversificação da industrialização (2ª Revolução industrial) Sociedade agrária Industrialização incipiente (1ª Revolução industrial)

3 Qual a nossa pergunta essencial?

4 Como e por quê as empresas se internacionalizam? Exportação Licenciamento Investimento externo direto

5 Redes e cadeias

6 Quais os determinantes do IED? EMPRESAS(Parte I) ESTADO (Parte II)

7 Dunning: as teorias do IED A pergunta essencial de Dunning é sobre a empresa Todas as teorias que ele apresenta partem desse pressuposto.

8 Quais os determinantes do IED? Os determinantes são de duas ordens: Localização (teoria clássica do comércio) Propriedade e organização (teoria da organização industrial)

9 Como se compreende o IED Teorias clássicas e neoclássicas do comércio (predominantes até 1950) Novas teorias para investimento produtivo internacional (pós-1960) Mercado perfeito Agentes plenamente racionais e maximizadores de lucro Custos de transação nulos Comunicação perfeita Transparência das informações Falhas de mercado Peso da cultura nacional e organizacional Custos de transação Assimetrias de informação e de comunicação

10 Dentro dessas outras formas, Dunning constrói o seguinte espectro Marxismo Sweezy e Baran (1966) Capitalismo monopolista: ensaio sobre a ordem social norteamericana Inevitabilidade do investimento externo direto como forma de investimento exógeno do excedente Teoria da organização Johanson & Vahle (1977) gestão, com foco na dimensão comportamental Ele cita outros autores, mas o paradigma essencial é o Modelo de Uppsala: gradualismo das decisões baseadas na distância psíquica

11 Nesse entremeio, ele identifica três teorias que buscam explicar os determinantes econômicos do IED I. São os que pensam a empresa não à luz da microeconomia, mas sim da macroeconomia, lançando o foco sobre os países e não as empresas (vantagens de localização) II. Os teóricos que, ao contrário, aplicam uma visão de microeconomia para compreender o comportamento individual da firma (vantagens de propriedade e internalização); III. E o OLI (Ownership, Localisation, Internalization) ou paradigma eclético que, formulado pelo próprio Dunning, tenta unir os dois e formular um paradigma geral para a compreensão do IED.

12 Teorias pré-1960 Teorias pouco formalizadas; Estudos empíricos localizados sobre o que influenciava o IED de determinados países; O reconhecimento de que a internacionalização de algumas indústrias obrigada à revisão das teorias clássicas do comércio; Necessidade de se pensar os ganhos da integração horizontal e vertical; A noção de empreendedorismo e competência de negócios (empreendedorismo e financiamento).

13 Contribuições dos anos 1960 HYMER (1960 e 1968) Necessidade de se pensar as atividades estrangeiras de adição de valor para além da teoria financeira. Uma vez que o risco, a incerteza, os custos de aquisição de informação e realização de transações são incorporados pela teoria, muitas das suas premissas caem por terra. IED envolve a transferência não só de capital, mas de pacotes tecnológicos, gerenciais, habilidades e competências etc., e as empresas se engajam em IED esperando uma recompensa para a totalidade desses ativos, e não somente dos ativos financeiros.

14 Contribuições dos anos 1960 HYMER (1960 e 1968) Mas a contribuição mais específica de Hymer foi a aplicação de uma abordagem de organização industrial para pensar a produção internacional. Para se engajar em atividades produtivas no exterior, as firmas devem possuir algumas vantagens iniciais, de inovação, custo, financiamento, e vantagens de mercado (marketing). Isso vai superar as desvantagens que essas empresas vão enfrentar no mercado estrangeiro.

15 Contribuições dos anos 1960 HYMER (1960 e 1968) Em síntese, a empresa multinacional ter: Propriedades de ativos ou, se quisermos, vantagens monopolistas Assim, a expansão territorial, para ele, era uma forma de explorar e fortalecer esse poder monopolista da empresa.

16 Contribuições dos anos 1960 Teoria do ciclo do produto (Vernon) Enquanto Hymer aplicou para a explicação do IED uma teoria da organização industrial, Vernon e a escola de Harvard aplicaram as novas teorias de comércio. Em síntese, o argumento da escola de Harvard é que os determinantes do IED variam significativamente segundo o ciclo de vida do produto que vai ser produzido. Ou seja, considerando o ciclo do produto, ou seja, do processo de inovação, não é possível pensar os determinantes do IED de modo estático.

17 Contribuições dos anos 1960 Teoria do ciclo do produto (Vernon) A escola de Harvard olhava especificamente para as firmas norte-americanas e sua enorme capacidade de inovação; Essa capacidade era determinada pela estrutura e os padrões do país de origem, e a firmas buscavam meios de aprimorá-las. O foco de Vernon, portanto, recai sobre a firma e as vantagens da localização da sua produção. Dunning vai dizer que isso é uma extensão do paradigma neoclássico, embora ele tenha trazido uma perspectiva dinâmica para a explicação do IED.

18 Desdobramentos dos anos 1970 As teorias dos anos 1970 buscam, essencialmente, retrabalhar as teorias de Hymer e Vernon. A maioria dos estudos se concentrou na definição do papel dos ativos intangíveis (capacidades tecnológicas, habilidades dos trabalhadores; diferenciação de produtos; capacidade de marketing; capacidades organizacionais). Como esperado, foi encontrado variações significativas entre países e setores, assim como firmas. Em especial, diferenças EUA entre Europa e Japão, por diferenças econômicas, sociais e culturais desses países e regiões.

19 Desdobramentos dos anos 1970 Alguns exploraram mais o papel da tecnologia e do licenciamento de propriedade intelectual (Magee, 1977) Nesses estudos, cresce a importância das falhas de mercado, tais como as assimetrias de informação. Em todo caso, o papel do ciclo dos produtos continua central (valor da tecnologia dependia do seu grau de novidade). Pra além das variáveis de localização, os processos de decisão internos à firma importavam de modo decisivo (micro-análise).

20 Desdobramentos dos anos 1970 Outras contribuições teóricas: A hipótese da diversificação dos riscos Teorias macro-financeiras Teoria comportamental (Uppsala)

21 Teorias gerais (pós-1970) Teoria da internalização As empresas se engajam em IED não só pelas vantagens que têm previamente, mas sobretudo pelas vantagens que podem adquirir pela internalização dos fluxos de comércio. A teoria surge para explicar as divisões internacional do trabalho entre-firmas (cadeias produtivas de valor). A organização da produção é hierárquica, e tende a ser organizada por atividade, país e empresa. A teoria da internalização é uma teoria geral na medida em que é capaz de explicar as situações em que as firmas decidem internalizar mercados externos.

22 Teorias gerais (pós-1970) Teoria da internalização Ainda assim, é melhor descrita como um paradigma do que como uma teoria; Mas a sua preocupação central é com a internalização e com o comércio, do que com a decisão de investimento produtivo. Os próprios autores admitem que, além da análise da internalização, é preciso consideram que é preciso considerar a especificidade da localização da produção (porque determinados locais e não outros) à análise da internalização.

23 Teorias gerais (pós-1970) Paradigma eclético ou OLI O paradigma OLI busca uma paradigma geral para compreender a extensão e o padrão do IED, ou seja, da produção internacional. Não é uma teoria da empresa em si, mas as atividades produtivas internacionais. Em alguns setores, as vantagens de localização (ou seja, a teoria tradicional de comércio que explica o IED por diferenças no custo dos fatores de produção, modelo Hecksher-ohlin) são suficientes para explicar o IED, mas em outros não. Para esses, ele desenvolve o OLI (ownership, localisation and internalisation, ou, propriedade, localização e internalização).

24 Teorias gerais (pós-1970) Paradigma eclético ou OLI Vantagens monopolistas: as empresas multinacionais têm vantagens que as outras empresas não têm (Vernon e Hymer). Vantagens de localização: os países que recebem investimentos oferecem às empresas que investem vantagens que elas não têm no país de origem (teoria clássica). Vantagens de internalização: para completar, as empresas adquirem vantagens por internalizar fluxos de comércio externo.

25 Teorias gerais (pós-1970) Paradigma eclético ou OLI

26 Desdobramentos contemporâneos CRÍTICAS O caráter eclético e impreciso do paradigma; Menospreza o papel das outras firmas; E do Estado. POTENCIALIDADES A importância do acumulo de vantagens; O papel das vantagens do país de destino.

27 Próxima aula Texto base DUNNING, John. The emergence and maturing of international production: an historical excursion. DUNNING, John & LUNDAN, Sarianna. Multinational Enterprises and the Global Economy. Cheltenham: Edward Elgar, Texto complementar HIRST, Paul & THOMPSON, Grahame. As corporações multinacionais e as teses da globalização In. HIRST, Paul & THOMPSON, Grahame. Globalização em questão. Petrópolis: Editora Vozes, 2001, p

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