PROPOSTA. Plano de Trabalho do Comitê Temático de APLs de Base Mineral 2011/ 2012.
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- Micaela Coimbra Gusmão
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1 PROPOSTA Plano de Trabalho do Comitê Temático de APLs de Base Mineral 2011/ Apresentação No campo da Política Nacional de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais (APLs), o Grupo de Trabalho Permanente para APLs (GTP APL), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), coordena um trabalho de apoio ao desenvolvimento desses arranjos, em todo o território e de forma abrangente a todos os setores produtivos. No setor mineral, foi constituído, em 2010, no âmbito do GTP APL, sob a coordenação conjunta do MDIC e da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) do Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Comitê Temático (CT) APLs de Base Mineral. O CT APLs de Base Mineral tem por objetivo planejar, estruturar e integrar as ações das diversas instituições que apoiam o desenvolvimento da cadeia produtiva dos seguintes segmentos do setor mineral, organizados em APLs: agregados minerais para a construção civil; agrominerais; água mineral; calcário e cal; cerâmica de revestimento; cerâmica vermelha; gemas, joias e afins; gesso; rochas e minerais em pegmatitos; e rochas ornamentais e de revestimento. A Rede Brasileira de Informações sobre Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral, RedeAPLmineral, parte integrante do CT, é uma rede de informação sem fins lucrativos - responsável pela divulgação e disseminação da boa informação e das melhores práticas na cadeia produtiva do setor mineral, compreendendo o processo de: extração, beneficiamento, e transformação mineral organizado em APL de base mineral. A atuação integrada entre o CT e a RedeAPLmineral, pela sua estrutura e importância como instrumento de apoio aos APLs, além da abrangência nacional, deverá impulsionar a formulação e implementação de políticas para os arranjos minerais, bem como fortalecer o projeto de sustentabilidade da própria Rede. 1
2 O Plano de Trabalho, aqui apresentado, busca definir e planejar a atuação do CT APLs de Base Mineral. Faz uma breve caracterização do público alvo, de suas demandas e das especificidades dos APLs minerais. Estabelece as ações estratégicas a serem desenvolvidas; os eixos de atuação; um sistema de avaliação para acompanhamento das ações e seus resultados; uma agenda de eventos; os recursos previstos para a execução do Plano; e pontua os principais riscos do Plano. 2 Público Alvo Empresários Instituições Científicas e Tecnológicas Centros de Pesquisa e Universidades Gestores e Técnicos de APLs de Base Mineral Instituições e Entidades Públicas e Privadas Entidades do Terceiro Setor Associações, Sindicatos e Cooperativas Setoriais Educadores Estudantes Núcleos Estaduais de APLs 2.1 Participações dos Núcleos Estaduais Considera-se como fator importante de viabilização do CT APLs de Base Mineral integrar os Núcleos Estaduais (NE) em todo o processo de articulação, formulação e desenvolvimento das ações estratégicas do Plano de Trabalho e na execução das atividades propostas, referentes aos arranjos minerais em cada estado. Pretende-se, dessa forma, estabelecer parcerias com os NEs e integrá-los como fórum de discussão de políticas públicas para o desenvolvimento dos APLs minerais nos respectivos estados, em sintonia com a política de desenvolvimento estadual e a política do GTP APL. 2.2 Especificidades dos APLs Minerais A cadeia produtiva do setor mineral, cujos recursos não são renováveis e apresentam rigidez locacional, distingue-se das demais por ser regida por legislação federal específica, nas fases 2
3 de autorização de pesquisa e de concessão de lavra, de exclusiva competência do Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM. Alguns segmentos produtivos do setor mineral, organizados em APLs, apresentam maiores dificuldades de adaptação à legislação ambiental (federal, estadual e municipal) com risco de gerar atividades informais, o que restringe o apoio oficial. Por exemplo, na cadeia de cerâmica vermelha, a extração de argila é a parte mais sensível no que diz respeito aos efeitos ambientais e de informalidade das atividades produtivas. De modo semelhante, pouca importância é dada pelos empresários do setor às atividades de mineração, parte inicial da cadeia de gemas, joias e afins. Com dificuldade de organização (envolvimento dos beneficiários das políticas públicas), muitas vezes em locais distantes, sem infraestrutura e logística, isolados, estes setores tendem a não possuir capacidade de articulação, sendo grande a importância do setor público na provisão de recursos. 3 Ações Estratégicas 1 - atualizar a base de dados dos APLs cadastrados na RedeAPLmineral e estabelecer interlocução, via Núcleo Estadual, com representantes dos APLs, para retroalimentação do sistema de informação (custos, prazos); 2 - estabelecer interlocução com instituições que trabalham com os APLs minerais ou com possibilidade de vir a desenvolver atividades com esses arranjos, para somar esforços e atuar de forma integrada; 3 - apoiar a formação de novos APLs em áreas com potencial de organização; 4 - indicar, convidar e organizar os Grupos de Trabalho Setoriais, por segmento produtivo, para atuarem segundo as temáticas transversais priorizadas na RedeAPLmineral; 5 - realizar reuniões/videoconferências periódicas entre os integrantes do CT (cronograma); 6 - realizar visitas técnicas aos APLs ( previsão, custos); 7 - promover oficinas de trabalho e cursos de capacitação; 3
4 8 - planejar e articular as atividades da RedeAPLmineral em sintonia com as ações do CT; 9 - estimular a agregação de valor na cadeia produtiva mineral; 10 - promover a mineração formal. 4 Eixos de Atuação Matriz energética. Realizar estudos e projetos voltados para o uso sustentável de sucedâneos e/ou novas fontes energéticas em processos industriais de transformação mineral, com o apoio de entidades de ensino superior, centros tecnológicos e empresas. Difusão de tecnologia e inovação Realizar atividades com o apoio de entidades de ensino superior, centros tecnológicos e empresas, na obtenção de informações técnicas relevantes, de capacitação gerencial e técnica de pessoal, assim como na melhoria, desenvolvimento ou inovação tecnológica de produtos, processos e serviços. Normalização e certificação. Sensibilizar os empreendedores de APLs de base mineral para a importância da aplicação de sistemas de normalização técnica- normas técnicas de empresas, normas nacionais (ABNT) ou internacionais (ISO) - em seus respectivos processos produtivos, serviços e de gestão dos seus negócios, acompanhados dos devidos sistemas de controle e de certificação dos procedimentos relevantes na conquista e manutenção de posição de destaque no mercado. Recuperação ambiental, aproveitamento de resíduos sólidos e coprodutos. Promover as atividades de licenciamento ambiental, estudos e processos de aproveitamento dos resíduos sólidos e de coprodutos da extração mineral e de rejeitos da planta de beneficiamento. Formação e capacitação/treinamento. Organizar oficinas e cursos de capacitação nas modalidades presenciais e a distância. Segurança e saúde ocupacional. Organizar oficinas para conscientização e obtenção de melhoria das condições de segurança, saúde e higienização do ambiente de trabalho. 4
5 Formalização mineral. Estimular a formalização da produção mineral do ponto de vista relativo a atividades de exploração geológica, mineração, ambiental, trabalhista e tributária. Associativismo e cooperativismo. Estimular o associativismo e cooperativismo como fator de organização e fortalecimento das atividades produtivas e da competitividade dos pequenos empreendedores minerais. Extensionismo mineral. Promover o extensionismo com o objetivo de oferecer suporte técnico e gerencial aos pequenos produtores minerais em seus locais de atuação, capacitando-os para o desenvolvimento sustentável. O programa envolve as modalidades presencias e a distância. Difusão de informações e tecnologias. Portal de Apoio Técnico e Gerencial Para os Pequenos Produtores Minerais O Portal de Apoio ao Pequeno Produtor Mineral PORMIN foi criado com o objetivo de oferecer capacitação permanente, à distância, ao segmento da mineração em pequena escala. Contendo informações técnicas, gerenciais e de legislação mineral e ambiental, com foco nos bens minerais comumente produzidos por empreendimentos de pequena escala, tais como minerais agregados para construção civil, gemas, minerais industriais e metais preciosos, os conteúdos do PORMIN foram elaborados em linguagem simples e ambiente amigável. O PORMIN pode ser acessado no endereço: RedeAPLmineral A RedeAPLmineral tem amplitude nacional, contempla os arranjos minerais de todos os segmentos e cadeias produtivas; organiza e divulga informações de forma acessível e compartilhada, em benefício dos envolvidos com as atividades de mineração em pequena e média escala, organizadas em APLs. Essa linha de ação possibilita o acesso a informações úteis e aplicáveis, como a divulgação das melhores práticas, editais e políticas setoriais específicas, bem como aquelas informações de interesse comum a todo o setor produtivo mineral: crédito e fomento; qualidade e produtividade; gestão; inovação; capacitação; licenciamento ambiental, etc. 5
6 5 Sistema de Avaliação Os procedimentos estabelecidos para acompanhamento e avaliação sistemática da execução do plano de trabalho e dos resultados alcançados, consistem em relatórios sintéticos (de reuniões de avaliação das ações realizadas; das reuniões de trabalho; da análise dos produtos das ações; e da participação em oficinas, cursos de capacitação e demais eventos), consolidados em um relatório das atividades desenvolvidas. A partir da consolidação da base de dados, será implantado um sistema de indicadores para análise e avaliação da evolução competitiva dos APLs. 6 Agenda de Eventos Visitas técnicas - APL de Gemas, Joias e Afins de Cristalina, GO. Prevista para o abril. 6.2 IX Seminário Nacional de APLs de Base Mineral e VI Encontro Nacional da RedeAPLmineral de 8 a 11 de outubro de 2012 Salvador, BA. - Pré-Evento: Reunião do Comitê Executivo da RedeAPLmineral e do CTAPLMineral, dia 8 de outubro de 2012; - Plenária da RedeAPLmineral, dia 10 de outubro de Reuniões do CTAPLMineral 1ª Reunião Ter 3/4/12 14h30min 2ª Reunião Ter 8/5/12 14h30min 3ª Reunião Ter 21/8/12 14h30min 4ª Reunião Ter 2/10/12 14h30min 5ª Reunião Ter 13/11/12 14h30min 6
7 7 Recursos para o Plano de Trabalho Ação Atividades Trimestral Recursos Estimados Execução Atualizar base de dados APLs Interlocução com instituições 2 que atuam com APLs minerais 3 Formação de novos APLs 4 Criar os Grupos de Trabalho 5 Reuniões presencias e videoconferência 6 Visitas Técnicas 7 Oficinas e cursos de capacitação 8 Promoção de Conferência Nacional do CT APL Mineral (Implantar Informativo CT 9 APLmineral). Buscar atrair investimentos em tecnologia e inovação 10 Apoio ao desenvolvimento de APLs de base mineral via projetos com o SEBRAE, CT- 7
8 Mineral, BNDES, editais do CNPq e FNDCT, etc. 8 Principais Riscos do Plano - não obtenção de recursos necessários para a realização do Plano. - não comprometimento dos representantes dos Núcleos Estaduais - não comprometimento dos indicados para os Grupos de Trabalho Setoriais e Temáticos. Para minimizar os riscos relacionados ao cumprimento das ações assumidas no Plano de Trabalho prevê-se a formação de parcerias para alavancar os recursos necessários à execução das tarefas previstas e o monitoramento constante das atividades, com escolhas de estratégias alternativas, realização de ações corretivas e, se necessário, adequação do plano. 9 Ações em Desenvolvimento Articulação e apoio à formação de novos APLs - APL de Agrominerais do Sudoeste Goiano; - APL de areia de Piranema, RJ; - APL de cerâmica vermelha de Barreiros, BA Parcerias CETEM/SENAI - Serviços de resposta técnica e consultorias. 9.3 Parcerias CETEM/SEBRAE - Aproveitamento de resíduos sólidos em APLS de Rochas Ornamentais. 8
9 10 Mapa de APLs cadastrados na RedeAPLmineral 9
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